segunda-feira, outubro 02, 2017

Jerusalém caiu há 830 anos...

Balião entrega a cidade de Jerusalém a Saladino, c. 1490

O Cerco de Jerusalém foi uma decisiva batalha travada pelo controle de Jerusalém, entre 20 de setembro a 2 de outubro de 1187, quando os homens de Balião de Ibelin renderam a cidade a Saladino, um poderoso sultão árabe. Esta derrota para os cristãos assinalou o fim do primeiro Reino de Jerusalém. A Europa respondeu em 1189 lançando mais uma expedição militar, a Terceira Cruzada, liderada por Ricardo I de Inglaterra, Filipe II de França e por Frederico I, Sacro Imperador Romano-Germânico (cada um destes liderando incursões separadas).

Contexto
O Reino de Jerusalém, que perdurava há quase um século, sofria com disputas internas. O recém coroado rei, Guy de Lusignan, enviou boa parte dos exércitos da cidade para enfrentar as forças de Saladino, Sultão do Egito e Síria. Os dois confrontaram-se na Batalha de Hattin (4 de julho de 1187), que acabou sendo um fracasso humilhante para os cruzados. O exército de Jerusalém fora praticamente destruído ou dispersado, e boa parte da nobreza local, incluindo o Rei Guy, acabou sendo capturada. Em setembro, os muçulmanos já dominavam boa parte das regiões vizinhas de Jerusalém. As tropas de Saladino já assumiram o controle das fortalezas cruzadas em Acre, Nablus, Jafa, Toron, Sídon, Beirute e Ascalão.
Balião, senhor de Ibelin, foi um dos poucos lordes que sobreviveram ou escaparam a captura em Hattin. Ele, e outros sobreviventes, tomaram refúgio em Tiro. Balião contactou Saladino e pediu salvo-conduto para Jerusalém, com o propósito de  ir buscar a sua esposa, Maria Comnena. O Sultão concordou. Contudo, ao chegar na cidade, Heráclio, Patriarca de Jerusalém e arcebispo de Cesareia, e a Rainha Sibila rogaram que ele permanecesse. Balião concordou e começou a planear a defesa da cidade.
A situação de Jerusalém era precária. A cidade transbordava de refugiados da guerra e havia poucos cavaleiros. Balião então promoveu pelo menos 60 escudeiros e jovens soldados ao título de cavaleiro e começou a guardar comida, armas e dinheiro. Saladino também se preparava para a batalha, trazendo reforços do Egito e da Síria. O seu exército era, naquela altura, superior numericamente as forças dos cruzados.
A batalha
Apesar das negociações, ambos os lados se preparavam para a guerra. Saladino exigia a rendição da cidade, mas Balião queria negociar numa posição mais favorável. Em 20 de setembro a cidade já estava completamente cercada. Por dias, os muçulmanos começaram a bombardear Jerusalém com disparos de catapultas e manganelas. Pedras incendiárias cobertas com fogo grego eram disparadas por pesados trabucos. Por pelo menos seis dias, escaramuças se seguiram com poucos resultados. As forças de Saladino investiram diretamente contra os muros da cidade diversas vezes, mas não conseguiram quebrar suas defesas. Os sarracenos então focaram os seus ataques pelo Monte das Oliveiras, numa área pouco protegida. Em 29 de setembro, os muros daquela região cederam. Balião e os defensores cruzados, exauridos pela batalha, não tinham como defender a cidade por muito mais tempo. Em outubro, as negociações recomeçaram. Saladino permitiu que os habitantes da cidade pudessem deixa-la, mediante o pagamento de uma taxa (ou resgate). Balião argumentou que havia pelo menos 20 mil refugiados que não tinham dinheiro o suficiente para pagar o valor. O sultão então concordou em baixar os valores. Mais tarde, mulheres, crianças, velhos e doentes foram permitidos partir sem pagar nada. Ao menos outros milhares de pessoas também foram permitidas evacuar a cidade.
Em 2 de outubro, Balião entregou a Torre de David, o principal ponto de defesa de Jerusalém. No mesmo dia, as últimas caravanas de refugiados deixaram a cidade e as tropas de Saladino entraram na capital do reino. Balião juntou-se a sua esposa em Trípoli. Heráclio, arcebispo da cidade, teria partido levando consigo todos os tesouros e relíquias das igrejas locais. Como parte do acordo firmado com Balião para a rendição de Jerusalém, Saladino permitiu que peregrinos cristão tivessem salvo-conduto para visitar seus locais sagrados na cidade. Quando os cristão conquistaram Jerusalém pela primeira vez em 1099, eles massacraram todos os considerados "infiéis" (não cristãos), resultando em centenas de mortes de inocentes. Temia-se que o sultão também massacrasse os habitantes que não haviam conseguido fugir, contudo Saladino acabou tratando os povos conquistados com surpreendente generosidade.
Enquanto isso, notícias da desastrosa derrota chegaram à Europa. A conquista completa das terras ao redor de Jerusalém só viria no verão de 1187. Planos começaram então a ser feitos para uma nova incursão militar. Em 29 de outubro, antes mesmo que as noticias da queda de Jerusalém chegassem ao continente, o Papa Gregório VIII emitiu uma bula pontifícia (a Audita tremendi), convocando uma nova cruzada. A expedição partiria apenas em 1189, com três contingentes separados, vindos da Inglaterra, da França e da Alemanha. A nova cruzada, contudo, não conseguiu reaver Jerusalém para os cristãos.



Chris de Burgh - Crusader

"What do I do next?" said the Bishop to the Priest,
"I have spent my whole life waiting, preparing for the Feast,
And now you say Jerusalem has fallen and is lost,
The King of Heathen Saracen has seized the Holy Cross;"

Then the Priest said "Oh my Bishop, we must put them to the sword,
For God in all His mercy will find a just reward,
For the Noblemen and sinners, and Knights of ready hand
Who will be the Lord's Crusader, send word through all the land,

Jerusalem is lost,
Jerusalem is lost,
Jerusalem is lost,"

"tell me what to do," said the King upon his throne,
"But speak to me in whispers, for we are not alone,
They tell me that Jerusalem has fallen to the hand
Of some bedevilled Eastern heathen who has seized the Holy Land;"

Then the Chamberlain said "Lord, we must call upon our foes
In Spain and France and Germany to end our bitter wars,
All Christian men must be as one and gather for the fight,
You will be their leader, begin the Battle cry,

Jerusalem is lost,
Jerusalem is lost,
Jerusalem is lost,

Ooh, high on a hill, in the town of Jerusalem,
There stood Saladin, the King of the Saracens,
Whoring and drinking and snoring and sinking, around him his army lay,
Secure in the knowledge he had won the day;

A messenger came, blood on his feet and a wound in his chest,
"The Christians are coming!" he said, "I have seen their Cross in the West,"
In a rage Saladin struck him down with his knife,
And he said "I know that this man lies,
They quarrel too much, the Christians could never unite!

I am invincible, I am the King,
I am invincible, and I will win..."


Closer they came, the army of Richard Lionheart,
Marching by day and night, with soldiers from every part,
And when the Crusaders came over the mountain and they saw Jerusalem,
They fell to their knees and prayed for her release;

They started the battle at dawn, taking the city by storm,
With horsemen and bowmen and engines of war,
They broke through the city walls,
The Heathens were flying and screaming and dying,
And the Christian swords were strong,
And Saladin ran when he heard their victory song;

"We are invincible, God is the King,
We are invincible, and we will win!"

"What do I do now?" said the Wise man to the Fool,
"I have spent my whole life searching, to find the Golden Rule,
Though centuries have disappeared, the memory still remains;
Of those enemies together, could it be that way again?"

Then the Fool said "Oh you Wise men, you really make me laugh,
With your talk of vast persuasion and searching through the past,
There is only greed and evil in the men who fight today,
The Song of the Crusader has long since gone away,

Jerusalem is lost,
Jerusalem is lost,
Jerusalem is lost,
Jerusalem."

Sting faz hoje 66 anos

Gordon Matthew Thomas Sumner (Wallsend, 2 de outubro de 1951), mais conhecido pelo seu nome artístico, Sting, é um músico, cantor e ator inglês. Antes de começar uma carreira a solo foi o principal compositor, cantor e baixista da banda de rock The Police. Vendeu ao longo de sua carreira mais de 100 milhões de discos, e recebeu dezasseis Prémios Grammy pelo seu trabalho, incluindo o seu primeiro, por "melhor performance instrumental de rock", em 1981, e recebeu uma nomeação para o Óscar de melhor canção original.

O massacre do Carandiru foi há 25 anos

 
(imagem daqui)

O massacre do Carandiru ocorreu no Brasil, em 2 de outubro de 1992, quando uma intervenção da Polícia Militar do Estado de São Paulo, para conter uma rebelião na Casa de Detenção de São Paulo, causou a morte de 111 presos.

Motivos da rebelião e intervenção da Polícia Militar
A rebelião teve início com uma disputa violenta de presos no Pavilhão 9 da Casa de Detenção. A intervenção da Polícia Militar, liderada pelo coronel Ubiratan Guimarães, tinha como justificativa acalmar a rebelião no local. A promotoria do julgamento do coronel Ubiratan classificou a intervenção como sendo "desastrosa e mal-preparada".
A intervenção da polícia foi autorizada pelo então secretário de Segurança Pública de São Paulo, Pedro Franco de Campos, que deixaria o governo menos de um mês depois. No entanto, ele negou ter consultado o governador Luiz Antônio Fleury Filho sobre a ação. Fleury, anos depois, afirmou que não deu a ordem, mas que se estivesse em seu gabinete teria autorizado a invasão.
Michel Temer assumiu a Secretaria de Segurança no lugar de Pedro Franco de Campos. Ao tomar posse, ele anunciou como reação ao massacre que recomendaria repouso e meditação para os policiais envolvidos.

Julgamento
Um tribunal brasileiro condenou, em abril de 2013, 23 dos polícias militares a 156 anos de prisão cada um pelo seu envolvimento na morte de 12 presos durante o massacre. A sentença foi anunciada pelo juiz José Augusto Nardy Marzagão e corresponde apenas à primeira parte do julgamento que está dividido em quatro etapas. Outros três policiais julgados nesta primeira fase foram absolvidos a pedido do próprio Ministério Público.
Em 3 de agosto de 2013, por volta das 4 horas da manhã, o juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo leu a sentença de 624 anos de prisão a 25 réus polícias militares que foram acusados de participação no massacre, especificamente na participação direta na morte de 52 presos instalados no terceiro pavimento do pavilhão 9.
Cinco júris condenaram 74 polícias militares envolvidos no massacre, porém, acabaram anulados por decisão da Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, em recurso relatado pelo desembargador Ivan Ricardo Garisio Sartori, em 2016.

Absolvição e morte do coronel Ubiratan
Em junho de 2001, o coronel Ubiratan Guimarães foi, inicialmente, condenado a 632 anos de prisão por 102 das 111 mortes do massacre (seis anos por cada homicídio e vinte anos por cinco tentativas de homicídio). No ano seguinte foi eleito deputado estadual por São Paulo, após a sentença condenatória, durante o trâmite do recurso da sentença de 2001. Por este motivo, o julgamento do recurso foi realizado pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça, ou seja, pelos 25 desembargadores mais antigos do estado de São Paulo, em 15 de fevereiro de 2006. O tribunal reconheceu, por vinte votos ontra dois, que a sentença condenatória, proferida em julgamento pelo Tribunal do Júri, continha um equívoco. Essa revisão acabou absolvendo o réu. A absolvição do réu causou indignação em vários grupos de direitos humanos, que acusaram o facto de ser um "passo para trás" da justiça brasileira.
No dia 10 de setembro de 2006, o coronel Ubiratan foi assassinado com um tiro na região do abdómen. No muro do prédio onde morava foi desenhada a frase "aqui se faz, aqui se paga", em referência ao massacre do Carandiru.

Outras referências ao evento 

Canções
 
Filmes
 
Livros
  • Uma Porta para a Vida, de Celso Bueno de Godoy Junior
  • Carandiru: o Caldeirão do diabo de Celso Bueno de Godoy Junior
  • Diário de um Detento do ex-detento Jocenir
  • Estação Carandiru (1999) de Dr. Dráuzio Varella
  • O outro lado do muro - Ladrões, humildes, vacilões e bandidões nas prisões paulistas, 1997, de Silvio Cavalcante e Osvaldo Valente
  • Pavilhão 9 - O Massacre do Carandiru, de Elói Pietá e Justino Pereira
  • "Vidas do Carandiru - Histórias Reais", 2003, de Humberto Rodrigues
 
Televisão

domingo, outubro 01, 2017

O pintor Jan Gossaert Mabuse morreu há 485 anos

Autor-retrato  (1515–1520) - Currier Museum of Art, Manchester, New Hampshire

Mabuse, de seu verdadeiro nome Jan Gossaert (Maubeuge, 1478 - Antuérpia?, 1 de outubro de 1532), foi um importante pintor flamengo, vulgarmente identificado como o maior precursor do barroco na Flandres. É igualmente considerado um dos maiores seguidores de Rogier van der Weyden.
Nasceu em Maubeuge, na actual França, e iniciou a sua formação artística na cidade de Bruges, completando-a com diversas visitas a outros importantes centros artísticos flamengos.
Posteriormente, trabalhou em variadas cortes europeias e, desta forma, ia conhecendo, em primeira mão, os estudos e as descobertas mais recentes, sobretudo relativos às áreas pelas quais mantinha mais interesse, como anatomia, perspectiva e Antiguidade Clássica.
Vulgarmente combinava estes elementos, próprios do Renascimento italiano, com a vivacidade, alegorismo e precisão técnica da pintura flamenga, como se pode observar em obras como Dánae, Antiga Pinacoteca, Munique, São Lucas pintando a Virgem, Galeria Nacional de Praga, Praga, A Virgem com Menino, Museu do Prado, Madrid, ou Cristo coroado de espinhos, Fundação Medeiros e Almeida, Lisboa.
Concebeu também numerosas versões de cenas bíblicas, como Adão e Eva, e muitos retratos de proeminentes personalidades da época.
 
Madonna (1515–16, Prado, Madrid)
 

O pintor Jan Asselijn morreu há 365 anos

 Retrato de Jan Asselijn por Rembrandt, 1647

Jan Asselijn (Dieppe, circa 1610 - Amesterdão, 1 de outubro de 1652) foi um pintor e desenhista neerlandês pertencente à Idade de Ouro neerlandesa. Era o irmão mais velho do poeta e dramaturgo Thomas Asselijn.

Vida e obra
Asselijn nasceu em Dieppe numa família de huguenotes franceses, com o nome de Jean Asselin. Estudou pintura com Esaias van de Velde (1587-1630), e distinguiu-se particularmente em pintura de paisagem e animalista, embora os seus trabalhos sobre temas históricos e peças de batalhas também sejam admirados. Viajou pela França e Itália, e modelou o seu estilo segundo Bamboccio (Pieter van Laer), também membro dos Bentvueghels. Nicolaes de Helt Stockade e Asselijn casaram com duas irmãs em Lyon, em 1645, filhas de Houwaart Koorman de Antuérpia. De acordo com Houbraken, ele ouviu essa história de Abraham Genoels, que por sua vez a ouviu de Laurens Frank, um artista que estava hospedado na casa de Koorman, juntamente com Artus Quellinus, nessa ocasião. Após o casamento, tanto Asselijn quanto Helt Stockade retornaram para os Países Baixos. Asselijn tinha uma mão atrofiada e era de pequena estatura, o que lhe deu o apelido na França de petit Jean Hollandois, e era conhecido entre os Bentvueghels como Krabbetje (garra curta).
Parece ter sido amigo de Rembrandt. Na gravura a água-forte, que Rembrandt fez dele, Asselijn aparenta estar de pé diante de um cavalete. Suas mãos não são mostradas. Frederik de Moucheron, outro pintor de paisagens italianas, foi seu aluno.
Foi um dos primeiros pintores neerlandeses a introduzir uma maneira fresca e clara de pintar paisagens ao estilo de Claude Lorrain e o seu exemplo foi rapidamente seguido por outros artistas. Os quadros de Asselijn eram muito apreciados em Amesterdão, e vários deles podem ser vistos nos museus da cidade. Vinte e quatro deles, pintados na Itália, foram reproduzidos em gravuras.
Uma das suas pinturas, O Cisne Ameaçado, que retrata um cisne defendendo agressivamente o seu ninho, tornou-se um símbolo da resistência nacional neerlandesa, embora não se saiba se esta era mesmo a pretensão de Asselijn. Em especial, foi interpretado como uma representação de Johan de Witt. Várias inscrições foram adicionados pelos proprietários posteriores da pintura, incluindo "Holanda" em um dos ovos, e "Inimigo do Estado" ao lado do cão que está ameaçando o ninho. Algumas partes da pintura são menos realista do que o cisne, tal como as nuvens baixas, o cão e os ovos. A pintura foi datada como produzida na década de 1640. Esta é considera a obra mais famosa de Asselijn e foi a primeira aquisição do Rijksmuseum.
 
O Cisne Ameaçado, 1640-1650, Rijksmuseum
 

sábado, setembro 30, 2017

Marc Bolan, vocalista e guitarrista dos T. Rex, nasceu há 70 anos

Marc Bolan, nome artístico de Mark Feld (Londres, 30 de setembro de 1947 - Londres, 16 de setembro de 1977) foi um cantor e guitarrista britânico que ficou mundialmente conhecido como o vocalista e guitarrista da banda britânica de glam rock T. Rex.


O irmão mais novo da dupla Chitãozinho & Xororó faz hoje 60 anos

Chitãozinho (esquerda) e Xororó (direita) em 2007

Chitãozinho & Xororó é uma dupla brasileira de música sertaneja formada pelos irmãos José Lima Sobrinho (Astorga, 5 de maio de 1954) e Durval de Lima (Astorga, 30 de setembro de 1957). Chitãozinho & Xororó são recordistas em vendas de discos no Brasil: venderam mais de 37 milhões de álbuns e ganharam três prémios Grammy Latino. São tidos como a dupla que abriu as portas das rádios FM para a música sertaneja, no início da década de 80.
 


O Duque de Gândia morreu há 445 anos

São Francisco de Borja por Alonso Cano, Museu de Belas Artes de Sevilha

Francisco de Borja e Aragão (São Francisco de Borja) (Gandia, Valência, Espanha, 28 de outubro de 1510Roma, 30 de setembro de 1572) foi Duque de Gândia, bisneto do Papa Alexandre VI e bisneto do rei Fernando II de Aragão, que se fez jesuíta logo após enviuvar. Francisco de Borja foi canonizado em 1671. Exerceu o cargo de Vice-rei da Catalunha.
Desde pequeno era muito piedoso e desejou tornar-se monge, sua família porém o enviou à corte do imperador Carlos V. Ali se destacaria acompanhando o imperador em suas campanhas e casando-se com uma nobre portuguesa: Eleonor de Castro Melo e Menezes, com a qual teve oito filhos: Carlos, Isabel, João, Álvaro, Fernando, Afonso, Joana e Dorotéia.
Nobre e considerado "grande de Espanha", em 1539 escoltou o corpo da imperatriz Isabel de Portugal ao seu túmulo em Granada. Diz-se que, quando viu o efeito da morte sobre o corpo daquela que tinha sido uma bela imperatriz decidiu "nunca mais servir a um senhor que me possa morrer". Ainda jovem foi nomeado vice-rei da Catalunha, província que administrou com grande eficiência. Quando seu pai morreu, recebeu por herança o título de Duque de Gandía, retirou-se para a sua terra natal e aí levaria, com sua família, uma vida entregada puramente à religião.
Em 1546 a sua esposa Eleanor morreu e Francisco decidiu entrar na recentemente fundada Companhia de Jesus. Ajustou as contas com os seus assuntos mundanos, renunciou aos seus títulos em favor do seu primogénito, Carlos e, imediatamente, foi-lhe oferecido o título de cardeal. Recusou, preferindo a vida de um pregador itinerante. Os seus amigos conseguiram convencê-lo a aceitar o título para aquilo que a natureza e as circunstâncias o haviam predestinado: em 1554, converteu-se no Comissário Geral dos Jesuítas na Espanha, e em 1565, em Superior Geral de toda a Ordem.


Meditação do Duque de Gândia sobre a morte de Isabel de Portugal

Nunca mais
A tua face será pura limpa e viva
Nem o teu andar como onda fugitiva
Se poderá nos passos do tempo tecer.
E nunca mais darei ao tempo a minha vida.


Nunca mais servirei senhor que possa morrer.
A luz da tarde mostra-me os destroços
Do teu ser. Em breve a podridão
Beberá os teus olhos e os teus ossos
Tomando a tua mão na sua mão.


Nunca mais amarei quem não possa viver
Sempre,
Porque eu amei como se fossem eternos
A glória, a luz e o brilho do teu ser,
Amei-te em verdade e transparência
E nem sequer me resta a tua ausência,
És um rosto de nojo e negação
E eu fecho os olhos para não te ver.


Nunca mais servirei senhor que possa morrer.

in Mar Novo (1958) - Sophia de Mello Breyner Andresen

O físico Hans Geiger nasceu há 135 anos

Johannes (Hans) Wilhelm Geiger (Neustadt an der Weinstrasse, 30 de setembro de 1882 - Potsdam, 24 de setembro de 1945) foi um físico alemão. Juntamente com Walther Müller, desenvolveu o contador Geiger.
Em 1902 Geiger começou a estudar física e matemática em Erlangen, obtendo um doutoramento em 1906.
Em 1907 começou a trabalhar com Ernest Rutherford na Universidade de Manchester. Em 1909 participou na Experiência de Geiger-Marsden, também conhecido como experiência da folha de ouro ou experiência de Rutherford, uma experiência científica realizada conjuntamente com Ernest Marsden com o objetivo de investigar a estrutura do átomo. A experiência foi realizado sob a supervisão de Rutherford nos laboratórios de Física da Universidade de Manchester, no Reino Unido.
Em 1912 tornou-se líder da Physical-Technical Reichsanstalt de Berlim, em 1925 professor na Universidade de Kiel, em 1929 professor em Tübingen e, a partir de 1936, em Berlim. Em Berlim desenvolveu em conjunto com o então estudante de graduação Walther Müller, o contador Geiger.
Descobriu com Mitchell Nuttall a lei Geiger-Nuttall e realizou experiências que levaram ao modelo atómico de Rutherford. Ele era também membro do Uranverein (Clube do Urânio) na Alemanha nazi, o grupo de físicos alemães que, durante a Segunda Guerra Mundial, trabalhou sem êxito na construção da bomba atómica alemã.
A sua lealdade ao Partido Nazi levou-o a trair os seus colegas judeus.
Editou, juntamente com Karl Scheel, entre 1926 e 1933, o Handbuch der Physik, composto por 24 volumes.

Teresa de Lisieux morreu há 120 anos

Teresa de Lisieux, nascida Marie-Françoise-Thérèse Martin, conhecida como Santa Teresinha do Menino Jesus e da Santa Face (Alençon, 2 de janeiro de 1873  - Lisieux, 30 de setembro de 1897), foi uma freira carmelita descalça francesa conhecida como um dos mais influentes modelos de santidade para católicos e religiosos em geral pela sua "maneira prática e simples de abordar a vida espiritual". Juntamente com São Francisco de Assis, é uma das santas mais populares da história da Igreja. O papa Pio X chamou-a de "a maior entre os santos modernos".
Teresa recebeu cedo o seu chamamento para a vida religiosa e, depois de superar inúmeros obstáculos, conseguiu, em 1888, com apenas quinze anos, tornar-se freira para juntar-se às suas duas irmãs mais velhas na comunidade carmelita enclausurada em Lisieux, na Normandia. Depois de nove anos, tendo ocupado funções como sacristã e assistente da mestra das noviças, Teresa passou seus últimos dezoito meses numa "noite de fé" e morreu de tuberculose com apenas vinte e quatro anos de idade.
O impacto de sua "A História de uma Alma", uma coleção dos seus manuscritos autobiográficos, publicados e distribuídos um ano depois de sua morte, foi enorme e rapidamente se tornou um dos santos mais populares do século XX. Pio XI fez dela a "estrela do seu pontificado", beatificando-a em 1923 e canonizando-a dois anos depois. Teresa foi também declarada co-padroeira das missões com São Francisco Xavier em 1927 e nomeada co-padroeira da França (com Santa Joana d'Arc) em 1944. Em 19 de outubro de 1997, São João Paulo II proclamou Teresa a trigésima-terceira Doutora da Igreja, a pessoa mais jovem e a terceira mulher a ter recebido o título na época.
Além da sua popular autobiografia, Teresa deixou também cartas, poemas, peças religiosas e orações. As suas últimas conversas foram também preservadas por suas irmãs. Pinturas e fotografias - a maioria de autoria de sua irmã Céline - ajudaram a aumentar ainda mais a popularidade de Teresa por todo o mundo.

(...)

A Basilica de Lisieux é o segundo mais popular destino de peregrinação na França depois do Santuário de Lourdes.

Chacrinha nasceu há um século!

José Abelardo Barbosa de Medeiros, mais conhecido como Chacrinha (Surubim, 30 de setembro de 1917Rio de Janeiro, 30 de junho de 1988), foi um comunicador de rádio e televisão do Brasil, apresentador de programas de auditório de grande sucesso, das décadas de 50 a 80. Foi o autor da célebre frase: "Na televisão, nada se cria, tudo se copia". Em seus programas de televisão, foram revelados para o país inteiro nomes como Roberto Carlos, Perla, Paulo Sérgio e Raul Seixas, entre muitos outros.
Desde a década de 70 era chamado de Velho Guerreiro, conforme homenagem feita a ele por Gilberto Gil, que assim se referiu a Chacrinha numa conhecida letra de canção que compôs, chamada "Aquele Abraço".
 
 

O baterista Buddy Rich nasceu há 100 anos!

Bernard "Buddy" Rich (Brooklyn, Nova Iorque, 30 de setembro de 1917 - Los Angeles, 2 de abril de 1987) foi um baterista dos Estados Unidos do estilo jazz da Era do Swing.
O seu estilo notável era caracterizado por uma incrível velocidade e habilidade, mesmo em temas mais complexos, tornando-os claros e precisos.
Desde criança envolvido com o palco, já possuía sua própria banda aos 11 anos de idade, e tocou com inúmeros grupos entre 1937 e 1939, quando se juntou a uma banda de Tommy Dorsey.
Serviu nos Marines na II Grande Guerra, reassumindo o seu lugar na orquestra de Dorsey, e paralelamente mantendo o seu próprio grupo até 1951.
De 1953 a 1966 tocou com a orquestra de Harry James, quando então formou a sua própria big band e alcançando renome internacional.
Nos anos 70, dirigiu o seu night club em Nova Iorque e tocou com pequenos grupos, além de participar em inúmeras apresentações em TV, concertos e festivais de rock clássico.
Era também conhecido pelo seus fãs pelo seu "humor negro".
Muitos músicos, críticos e inclusive a maioria dos bateristas famosos de todo o mundo, consideram Buddy Rich o melhor baterista de todos os tempos, sendo visto como uma espécie de ápice revolucionário e definitivo no instrumento.

O músico Tico Santa Cruz faz hoje 40 anos

(imagem daqui)

Luis Guilherme Brunetta Fontenelle de Araújo (Rio de Janeiro, 30 de setembro de 1977), mais conhecido pelo seu nome artístico Tico Santa Cruz, é um músico, compositor, escritor brasileiro. É o vocalista da banda Detonautas Roque Clube. Estudou Ciências Sociais na UFRJ.


sexta-feira, setembro 29, 2017

Roy Lichtenstein morreu há vinte anos

Roy Fox Lichtenstein (Nova Iorque, 27 de outubro de 1923 - Nova Iorque, 29 de setembro de 1997) foi um pintor norte-americano identificado com a Pop Art.
Na sua obra, procurou valorizar os cliches das histórias em quadrinhos como forma de arte, colocando-se dentro de um movimento que tentou criticar a cultura de massa.
O seu interesse pelas histórias em quadradinhos (banda desenhada), como tema artístico, começou provavelmente com uma pintura do rato Mickey, que realizou em 1963 para os filhos. Nos seus quadros a óleo e tinta acrílica, ampliou as características da banda desenhada e dos anúncios comerciais, e reproduziu à mão, com fidelidade, os procedimentos gráficos. Empregou uma técnica pontilhista conhecida como Pontos Ben-Day para simular os pontos reticulados das histórias. Cores brilhantes, planas, limitadas e delineadas por um traço negro, contribuíam para o intenso impacto visual.
Com essas obras, o artista pretendia oferecer uma reflexão sobre a linguagem e as formas artísticas. Os seus quadros, desvinculados do contexto de uma história, aparecem como imagens frias, intelectuais, símbolos ambíguos do mundo moderno. O resultado é a combinação de arte comercial e abstracção.


Tony Curtis morreu há sete anos

   
Tony Curtis (nome artístico de Bernard Schwartz; Nova York, 3 de junho de 1925 - Las Vegas, 29 de setembro de 2010) foi um ator norte-americano, popular desde as décadas de 50 e 60 pelo seu trabalho no cinema, tendo participado em mais de cem filmes desde 1949.

Biografia
Filho de um alfaiate húngaro imigrante judeu, teve uma infância bastante difícil no bairro do Bronx, Nova York, onde a família morava no fundo da alfaiataria. A sua mãe e um dos seus dois irmãos eram esquizofrénicos, o que fez com que ele e o outro irmão fossem internados num orfanato aos oito anos de idade, por impossibilidade do pai de tomar conta de todos.
Curtis serviu na marinha durante a Segunda Guerra Mundial e foi um espectador privilegiado da rendição japonesa na Baía de Tóquio em 1945. De volta aos Estados Unidos, passou a estudar teatro, e em 1948, devido à bela aparência e aos olhos marcantes que o tornariam ídolo do público feminino nos anos seguintes, foi contratado pelo estúdio Universal de Hollywood, que lhe colocou em aulas de esgrima e montaria e trocou seu nome de batismo para Tony Curtis.
Apesar de parecer ser apenas mais um "menino bonito" a chegar ao cinema, Tony provaria o seu talento em filmes como Sweet Smell of Success, com Burt Lancaster, The Defiant Ones, com Sidney Poitier - que lhe daria uma nomeação para o Óscar -, Boston Strangler (O Estrangulador de Boston ou O Homem Que Odiava as Mulheres), em que interpretava um psicopata real e aquele que seria o seu mais duradouro trabalho na lembrança dos cinéfilos: o clássico de Billy Wilder, Some Like It Hot (Quanto Mais Quente Melhor), com Marilyn Monroe e Jack Lemmon.
Ele também fez diversos trabalhos na televisão, o mais bem sucedido deles na série The Persuaders, com Roger Moore, bastante popular no início dos anos 70, que terminou porque Moore foi escolhido para fazer James Bond no cinema.
Tony tornou-se pintor nos anos 80 e conseguiu grande sucesso nesta segunda atividade, que segundo ele era o seu principal interesse há anos, com seus quadros sendo vendidos por até 50.000 dólares e um deles exposto no Metropolitan Museum of Art de Nova York.
Curtis lamentava nunca ter ganho um Óscar e considera que o mundo do cinema jamais reconheceu verdadeiramente o seu trabalho, mas conquistou diversas honrarias e tem uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood.
Morou no estado de Nevada e considerava Cary Grant (com quem filmou em 1959 a ótima comédia Operation Petticoat) o seu ator favorito de todos os tempos.
Faleceu em 29 de setembro de 2010. A notícia foi divulgada pela filha, a também atriz Jamie Lee Curtis. Foi sepultado no Palm Memorial Park (Green Valley), Las Vegas, Nevada no Estados Unidos.

Vida pessoal
Tony Curtis foi casado seis vezes. Em duas delas com as atrizes Janet Leigh, o seu mais famoso relacionamento e com quem teve duas filhas, Kelly e a também atriz Jamie Lee Curtis; com a austríacaChristine Kaufmann, com quem também teve 2 filhas, Alexandra(1964) e Allegra (1966), nos anos 50 e 60 respectivamente; casou-se com Leslie Allen e também teve dois filhos: Nicholas (nascido em 1971, morreu em 1994 de overdose de heroína) e Benjamin (1973). Ele revelou que tinha engravidado Marilyn Monroe. Um dos mais conhecidos e picantes factos dos bastidores do cinema envolvendo Tony Curtis deu-se em 1959 durante as filmagens de Quanto Mais Quente Melhor. O estilista do filme, ao comentar com Marilyn Monroe, durante provas de roupas (Tony e Jack Lemmon atuam quase o tempo todo travestidos de mulher) que Tony tinha nádegas mais bonitas que ela, fez Marilyn retorquiar na hora, abrindo a blusa, "é, mas ele não tem isso!", mostrando os seios. A grande tragédia de sua vida, depois da dramática infância que passou, foi a morte do seu filho Nicholas, aos 23 anos, em 1994, por overdose de heroína.
Foi casado com Jill Vandenbergh Curtis, 42 anos mais nova.

O Desastre de Kyshtym foi há sessenta anos

Área contaminada pelo desastre de Kyshtym

O desastre de Kyshtym foi um acidente de contaminação radioativa que ocorreu a 29 de setembro de 1957, em Mayak, com plutónio, no local de produção de armas nucleares e fábrica de reprocessamento de combustível nuclear da União Soviética. É medido como um Nível de 6 de desastres na Escala Internacional de Eventos Nucleares (INES), tornando-se o terceiro mais grave acidente nuclear da história, apenas atrás do desastre nuclear de Fukushima Daiichi e do desastre de Chernobyl (Nível 7 no INES). O evento ocorreu na cidade de Ozyorsk, Oblast de Chelyabinsk, uma cidade fechada, construída em torno da fábrica Mayak. Como Ozyorsk/Mayak (também conhecido como Chelyabinsk-40 e Chelyabinsk-65) não está nos mapas, o desastre foi chamado depois de Kyshtym, o local mais próximo conhecido da cidade.

Kyshtym Memorial

Por causa do sigilo em torno de Mayak, as populações das áreas afetadas não foram inicialmente informados do acidente. Uma semana mais tarde (a 6 de outubro), uma operação foi realizada para evacuar 10.000 pessoas da área afetada, ainda sem dar uma explicação das razões da evacuação.
Relatos vagos de um "acidente catastrófico" causando "precipitação radioativa sobre a URSS e muitos estados vizinhos" começaram a aparecer na imprensa ocidental entre 13 e 14 de abril de 1958 e os primeiros detalhes surgiram no jornal vienense Die Presse, em 17 de março de 1959. Mas foi apenas em 1976 que Zhores Medvedev fez com que a natureza e a extensão do desastre fossem conhecidas pelo mundo. Na ausência de informações verificáveis, foram dados valores exagerados da catástrofe.  As pessoas ficaram histéricas com medo de doenças "misteriosas". As vítimas foram vistas com a pele de seus rostos, mãos e outras partes expostas de seus corpos "escamando". A descrição de Medvedev do desastre no New Scientist foi inicialmente ridicularizada por fontes da indústria nuclear ocidental, mas o núcleo da sua história foi logo confirmado pelo professor Leo Tumerman, ex-chefe do Instituto de Biologia Molecular , em Moscovo.
O verdadeiro número de mortos permanece incerto, devido ao facto de que o cancro induzido por  radiação é clinicamente indistinguível de qualquer outro cancro, e sua taxa de incidência só pode ser medido por meio de estudos epidemiológicos. Um livro afirma que "em 1992, um estudo realizado pelo Instituto de Biofísica do antigo Ministério da Saúde Soviético em Chelyabinsk descobriu que 8.015 pessoas morreram nos últimos 32 anos, como resultado do acidente." Por outro lado, apenas 6.000 atestados de óbito foram encontrados por residentes do rio Techa entre 1950 e 1982 de todas as causas de morte, embora talvez o estudo soviético considerasse uma área geográfica maior afetada pela pluma aerotransportada. A estimativa mais citada é de 200 mortes por cancro, mas a origem desse número não está clara. Estudos epidemiológicos mais recentes sugerem que cerca de 49 a 55 mortes por cancro entre residentes ribeirinhos podem ser associadas à exposição à radiação. Isso incluiria os efeitos de todas as libertações radioativas no rio, 98% das quais ocorreram muito antes do acidente de 1957, mas não incluiria os efeitos da pluma transportada pelo ar, que foi levada para o nordeste. A área mais próxima do acidente produziu 66 casos diagnosticados de síndrome de radiação crónica, fornecendo a maior parte dos dados sobre esta condição.
Para reduzir a disseminação de contaminação radioativa após o acidente, o solo contaminado foi escavado e armazenados em áreas fechadas que eram chamados de "cemitério da terra". O governo Soviético, em 1968, disfarçou a área, criando a Reserva Natural Ural Oriental, que proibiu qualquer acesso não autorizado à área afetada.

Émile Zola morreu, misteriosamente, há 115 anos

Émile Zola (Paris, 2 de abril de 1840 - Paris, 29 de setembro de 1902) foi um consagrado escritor francês, considerado criador e representante mais expressivo da escola literária naturalista além de uma importante figura libertária da França. Foi presumivelmente assassinado por desconhecidos em 1902, quatro anos depois de ter publicado o famoso artigo J'accuse, em que acusa os responsáveis pelo processo fraudulento de que Alfred Dreyfus foi vítima.


Cervantes nasceu há 470 anos

Miguel de Cervantes Saavedra (Alcalá de Henares, 29 de setembro de 1547Madrid, 22 de abril de 1616) foi um romancista, dramaturgo e poeta castelhano. A sua obra-prima, Dom Quixote, muitas vezes considerada o primeiro romance moderno, é um clássico da literatura ocidental e é regularmente considerada um dos melhores romances já escritos. O seu trabalho é considerado entre os mais importantes em toda a literatura e a sua influência sobre a língua castelhana tem sido tão grande que esta é frequentemente chamada de La lengua de Cervantes (A língua de Cervantes).

Filho de um cirurgião cujo nome era Rodrigo e de Leonor de Cortinas, supõe-se que Miguel de Cervantes tenha nascido em Alcalá de Henares. O dia exato do seu nascimento é desconhecido, ainda que seja provável que tenha nascido no dia 29 de setembro, data em que se celebra a festa do arcanjo San Miguel, pela tradição de receber o nome do santoral. Miguel de Cervantes foi batizado em Castela no dia 9 de outubro de 1547, na paróquia de Santa María la Mayor.

D. Quixote e Sancho Pança (ilustração de Gustave Doré)