sexta-feira, junho 12, 2015

A Guerra do Chaco terminou há 80 anos

A Guerra do Chaco foi um conflito armado entre a Bolívia e o Paraguai que se estendeu de 1932 a 1935.
Originou-se pela disputa territorial da região do Chaco Boreal, tendo como uma das causas a descoberta de petróleo no sopé dos Andes. Deixou um saldo de 60 mil bolivianos e 30 mil paraguaios mortos, tendo resultado na derrota dos bolivianos com a perda e anexação de parte de seu território pelos paraguaios.

(...)

Em 12 de junho de 1935 ocorre a última batalha, em Ingavi, com 3000 bolivianos, comandados pelo coronel Bretel, que combateram 850 paraguaios, comandados pelo coronel Rivarola que derrotou definitivamente os bolivianos. Então sem forças, a Bolívia se rende, iniciando as negociações de paz. Em 21 de julho de 1938, os dois países aceitaram o acordo de paz realizado em Buenos Aires, o Paraguai ficou com 3/4 do Chaco Boreal e a Bolívia ficou com 1/4, acabando com 3 anos de guerra, e levando os dois países à novas dificuldades económicas devido a guerra e a descoberta de que os supostos poços de petróleo não existiam.

John Wetton - 66 anos

Apesar de ter nascido em Derby, Wetton cresceu em Bournemouth, no condado de Dorset.
Ele têm sido um músico profissional desde o fim da década de 60, e foi membro de grupos como Mogul Trash, Phenomena, Family, King Crimson (trabalhando ao lado do amigo de infância Robert Fripp), Roxy Music, Uriah Heep, UK, Asia e Wishbone Ash. Wetton trabalha a solo desde a sua segunda saída dos Asia, em 1992.
Wetton inicialmente era conhecido pelo seu som potente de baixo e as suas habilidades de improvisação (vistas claramente em discos ao vivo dos King Crimson como The Great Deceiver), mas desde a década de 80 os seus trabalhos seguem uma linha mais comercial. Nesses tempos, ele concentrava menos no baixo, dando mais favoritismo a seu lado cantor/compositor, que frequentemente usa guitarra acústica e piano.
Na carreira de Wetton, destacam-se os discos Larks' Tongues in Aspic (1973), dos King Crimson e os discos de estreia (e homónimos) dos grupos UK, de 1978, e Asia, de 1982, sendo este último o mais vendido de toda a sua carreira.


quinta-feira, junho 11, 2015

Carlos Seixas nasceu há 211 anos

José António Carlos de Seixas (Coimbra, 11 de junho de 1704 - Lisboa, 25 de agosto de 1742), compositor e organista português.

Filho de Francisco Vaz e de Marcelina Nunes, Carlos Seixas estudou com o pai e cedo o substituiu como organista da Sé de Coimbra, cargo de grande responsabilidade que exerceu durante dois anos. Aos 16 anos partiu para Lisboa, altura em que a corte portuguesa era das mais dispendiosas da Europa. Foi muito solicitado como professor de música de famílias nobres da corte, nomeado organista da Sé Patriarcal e da Capela Real (sendo o Mestre desta Domenico Scarlatti, estabeleceram certamente colaborações proveitosas). Carlos Seixas gozava da fama de ser músico e professor excelente. Na capital impôs-se como organista, cravista e compositor. Com o seu trabalho sustentou a mulher, que desposara aos 28 anos, e os cinco filhos, dois filhos e três filhas, e adquiriu algumas casas nas vizinhanças da Sé. Carlos Seixas morreu a 25 de agosto de 1742, de febre reumática, já sendo Mestre da Capela Real.


Richard Strauss nasceu há 151 anos

Richard Georg Strauss (Munique, 11 de junho de 1864 - Garmisch-Partenkirchen, 8 de setembro de 1949) foi um compositor e maestro alemão. É considerado como um dos mais destacados representantes da música entre o final da Era Romântica e a primeira metade do século XX.



El-Rei D. João III morreu há 458 anos

    
D. João III de Portugal (Lisboa, 6 de junho de 1502 - Lisboa, 11 de junho de 1557) foi o décimo quinto Rei de Portugal, cognominado O Piedoso ou O Pio pela sua crença religiosa. Filho do Rei D. Manuel I de Portugal e da Rainha D. Maria de Aragão, sucedeu-lhe em 1521, aos 19 anos. Herdou um império vastíssimo e disperso, nas ilhas atlânticas, costas ocidental e oriental de África, Índia,Malásia, Ilhas do Pacífico, China e Brasil. Continuou a política centralizadora do seu pai. Durante o seu reinado foi obrigado a negociar as Molucas com Espanha, no tratado de Saragoça, adquiriu novas colónias na Ásia - Chalé, Diu, Bombaim, Baçaim e Macau e um grupo de portugueses chegou pela primeira vez ao Japão em 1543, estendendo a presença portuguesa de Lisboa até Nagasaki. Para fazer face à pirataria iniciou a colonização efectiva do Brasil, que dividiu em capitanias hereditárias, estabelecendo o governo central em 1548. Ao mesmo tempo, abandonou diversas cidades fortificadas em Marrocos, devido ao custos da sua defesa face aos ataques muçulmanos. Extremamente religioso, permitiu a introdução da inquisição em Portugal em 1536, obrigando à fuga muitos mercadores judeus e cristãos-novos, forçando o recurso a empréstimos estrangeiros. Inicialmente destacado entre as potências europeias económicas e diplomáticas, viu a rota do Cabo fraquejar, pois a rota do Levante recuperava, e em 1548 teve de mandar fechar a feitoria Portuguesa de Antuérpia. Viu morrer os dez filhos que gerou e a crise iniciada no seu reinado amplificou-se sob o governo do seu neto e sucessor, o Rei D. Sebastião de Portugal.
   
 

quarta-feira, junho 10, 2015

Podereis roubar-me tudo

(imagem daqui)
   
Camões dirige-se aos seus contemporâneos 
 
Podereis roubar-me tudo:
as ideias, as palavras, as imagens,
e também as metáforas, os temas, os motivos,
os símbolos, e a primazia
nas dores sofridas de uma língua nova,
no entendimento de outros, na coragem
de combater, julgar, de penetrar
em recessos de amor para que sois castrados.
E podereis depois não me citar,
suprimir-me, ignorar-me, aclamar até
outros ladrões mais felizes.
Não importa nada: que o castigo
será terrível. Não só quando
vossos netos não souberem já quem sois
terão de me saber melhor ainda
do que fingis que não sabeis,
como tudo, tudo o que laboriosamente pilhais,
reverterá para o meu nome. E, mesmo será meu,
tido por meu, contado como meu,
até mesmo aquele pouco e miserável
que, só por vós, sem roubo, haveríeis feito.
Nada tereis, mas nada: nem os ossos,
que um vosso esqueleto há-de ser buscado,
para passar por meu. E para outros ladrões,
iguais a vós, de joelhos, porem flores no túmulo.

 
Assis, 11.06.1961
 
in Metamorfoses, Poesia II (1978) - Jorge de Sena

Na fonte está Lianor - Zeca canta Camões...


Na fonte está Lianor

Mote
Na fonte está Lianor
Lavando a talha e chorando,
Às amigas perguntando:
- Vistes lá o meu amor?

Voltas
Posto o pensamento nele,
Porque a tudo o amor obriga,
Cantava, mas a cantiga
Eram suspiros por ele.
Nisto estava Lianor
O seu desejo enganando,
Às amigas perguntando:
- Vistes lá o meu amor?

O rosto sobre ua mão,
Os olhos no chão pregados,
Que, do chorar já cansados,
Algum descanso lhe dão.
Desta sorte Lianor
Suspende de quando em quando
Sua dor; e, em si tornando,
Mais pesada sente a dor.

Não deita dos olhos água,
Que não quer que a dor se abrande
Amor, porque, em mágoa grande,
Seca as lágrimas a mágoa.
Despois que de seu amor
Soube novas perguntando,
De improviso a vi chorando.
Olhai que extremos de dor!

Luís de Camões

Camões e a Tença (este país te mata lentamente)...




Camões e a tença


Irás ao paço. Irás pedir que a tença
Seja paga na data combinada.
Este país te mata lentamente
País que tu chamaste e não responde
País que tu nomeias e não nasce.

Em tua perdição se conjuraram
Calúnias desamor inveja ardente
E sempre os inimigos sobejaram
A quem ousou ser mais que a outra gente.

E aqueles que invocaste não te viram
Porque estavam curvados e dobrados
Pela paciência cuja mão de cinza
Tinha apagado os olhos no seu rosto.

Irás ao paço irás pacientemente
Pois não te pedem canto mas paciência.

Este país te mata lentamente.



in Dual (1972) - Sophia de Mello Breyner Andresen

Oradour - je me souviens...

 Ruínas queimadas e carcaças de veículos no memorial intocado de Oradour-sur-Glane

Oradour-sur-Glane é uma comuna francesa, situada no departamento de Haute-Vienne, na região do Limousin.
A cidade tornou-se famosa por ter sido o local de um dos maiores massacres cometidos pelos soldados nazis das Waffen-SS durante a Segunda Guerra Mundial.
Dias após o desembarque das tropas aliadas na Normandia em 6 de junho de 1944, no que ficou conhecido como Dia D, tropas alemães estacionadas na França dirigiam-se aos locais de desembarque para travar combate com as forças aliadas. Uma delas, a 2ª Divisão Panzer SS Das Reich, da Waffen-SS, as tropas de combate de elite da SS, atravessava boa parte do país, em direção à costa, tendo sido diversas vezes fustigada no caminho por sabotagens e ações da resistência francesa, os maquis.

Massacre
Em 10 de junho de 1944, nas proximidades da vila de Oradour-sur-Glane, o comandante de um dos batalhões da divisão, Sturmbannführer Adolf Diekmann, comunicou aos seus oficiais subordinados que havia sido avisado por dois civis franceses da região que um oficial SS havia sido preso pelos guerrilheiros na cidade e seria executado e queimado publicamente nos próximos dias.
No começo da tarde, os pelotões da SS cercaram e fecharam a cidadezinha de Oradour e o comando convocou toda a população para a praça principal a fim de fazer uma verificação de documentos. Homens e mulheres foram separados, os homens levados a celeiros e garagens das redondezas e as mulheres e crianças fechadas na igreja do lugar.
Nos celeiros, onde os habitantes masculinos eram esperados por metralhadoras montadas em tripés, todos foram fuzilados e os celeiros queimados com os  seus corpos dentro. Dos 195 homens de Oradour presos, apenas cinco escaparam. Enquanto isso, outros SS atiraram tochas incendiárias para dentro da igreja, onde se encontravam fechadas as mulheres e crianças, causando um incêndio generalizado.
Os sobreviventes que tentavam escapar pelas janelas eram metralhados por soldados colocados em posição do lado de fora. Apenas uma mulher, Marguerite Rouffanche, conseguiu escapar entre as 452 mulheres e crianças que morreram carbonizadas na chacina, fugindo por um buraco de janela partido pelo fogo, sem ser percebida. Após a imolação, a tropa queimou a cidade até às fundações. No total, 642 habitantes de Oradour foram mortos pelas Waffen-SS em algumas horas, de um total de pouco mais de mil habitantes.

Dentro desta igreja, conservada em ruínas, exatamente como era em 1944, 452 mulheres e crianças foram queimadas vivas pelas tropas das SS

Protestos
A barbárie causou uma onda de protestos dentro das próprias forças alemãs, incluindo o Marechal Erwin Rommel e o governo francês aliado dos nazistas em Vichy, na França não-ocupada. O comando da divisão considerou que o comandante Dieckman havia extrapolado em muito suas ordens - fazer 30 franceses de reféns e usá-los como moeda de troca pelo suposto oficial nazi prisioneiro - e abriu uma investigação judicial militar. Diekman não chegou a ser julgado, morrendo em combate pouco dias depois do massacre, junto com a maior parte dos soldados que destruíram Oradour-sur-Glane.
Após a guerra, o Presidente Charles De Gaulle decidiu que a cidade não seria reconstruída, permanecendo suas ruínas como um memorial à crueldade da ocupação nazi na França. Em 1999. Jacques Chirac ergueu um centro da memória em Oradour, e nomeou oficialmente a vila como 'cidade-mártir'.
Assim como a sua cidade-irmã em martírio, Lídice, na Checoslováquia, a nova Oradour-sur-Glane é uma pequena comuna de pouco mais de 2000 habitantes, construída a pequena distância das ruínas silenciosas da cidade-mártir francesa da Segunda Guerra Mundial.

As ruínas tombadas e transformadas em memorial da cidade-mártir nos dias de hoje

Requiem por Oradour-sur-Glane
A tragédia de Oradour foi contada na televisão mundial em documentário na aclamada série da BBC inglesa, The World at War (O Mundo em Guerra) de 1974. Na voz de Laurence Olivier, o primeiro capítulo da série abre com imagens feitas de helicóptero sobre a cidade vazia e silenciosa e a narração grave:
Cquote1.svg Por esta estrada, num dia de verão de 1944, os soldados vieram. Ninguém vive aqui agora. Eles aqui ficaram por algumas horas. Quando eles se foram, a comunidade que existia há mil anos, havia morrido. Esta é Oradour-sur-Glane, na França. No dia em que os soldados vieram, a população foi reunida. Os homens foram levados para garagens e celeiros, as mulheres e crianças foram conduzidas por esta rua e trancadas dentro desta igreja. Aqui, elas escutaram os tiros que matavam seus homens. Então, elas foram mortas também. Algumas semanas depois, muitos daqueles que cometeram essas mortes, foram também mortos, em batalha.
Nunca reconstruíram Oradour. As suas ruínas são um memorial. O seu martírio soma-se a milhares e milhares de outros martírios na Polónia, na Rússia, em Burma, na China, em..... um Mundo em Guerra.

Hoje é dia de poesia...




Endechas a Bárbara Escrava

Aquela cativa
Que me tem cativo,
Porque nela vivo
Já não quer que viva.
Eu nunca vi rosa
Em suaves molhos,
Que pera meus olhos
Fosse mais fermosa.

Nem no campo flores,
Nem no céu estrelas
Me parecem belas
Como os meus amores.
Rosto singular,
Olhos sossegados,
Pretos e cansados,
Mas não de matar.

Ua graça viva,
Que neles lhe mora,
Pera ser senhora
De quem é cativa.
Pretos os cabelos,
Onde o povo vão
Perde opinião
Que os louros são belos.

Pretidão de Amor,
Tão doce a figura,
Que a neve lhe jura
Que trocara a cor.
Leda mansidão,
Que o siso acompanha;
Bem parece estranha,
Mas bárbara não.

Presença serena
Que a tormenta amansa;
Nela, enfim, descansa
Toda a minha pena.
Esta é a cativa
Que me tem cativo;
E pois nela vivo,
É força que viva.


Luís de Camões

segunda-feira, junho 08, 2015

Tomaso Albinoni nasceu há 344 anos

Tomaso Giovanni Albinoni (Veneza, 8 de junho de 1671 – Veneza, 17 de janeiro de 1751) foi um compositor barroco italiano, nascido na República de Veneza, famoso na sua época como compositor de óperas, atualmente é mais conhecido pela sua música instrumental, parte da qual é regularmente regravada. Massificou a sua música, mas graças ao seu talento melódico e estilo pessoal foi tão popular na época quanto Arcangelo Corelli e Antonio Vivaldi.
Filho de um rico fabricante de papel, não pensava em seguir a carreira artística e muito menos em ganhar dinheiro com ela. Recusou-se a gerir a herança do pai e dedicou-se a compor para violino, passando a responsabilidade da fábrica para os seus dois irmãos mais novos. Estreou em Munique, em 1722, com muito sucesso.

sexta-feira, junho 05, 2015

D. Fernando, o Infante Santo, morreu há 572 anos

Pormenor de um dos Painéis de São Vicente de Fora mostrando, possivelmente, o Infante D. Fernando.
(circa 1450-1470 - por Nuno Gonçalves, atualmente no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa)

O Beato Fernando de Portugal, dito o Infante Santo (Santarém, 29 de setembro de 1402Fez, 5 de junho de 1443) era o oitavo filho do rei João I de Portugal e de sua mulher Filipa de Lencastre, o mais novo dos membros da Ínclita Geração a chegar à idade adulta.

Le bien me plaît

Brasão do Infante D. Fernando

(...)

Assim, em 1437 participa numa expedição militar ao Norte de África, comandada por um irmão mais velho, o Infante D. Henrique, mas com o voto desfavorável dos outros infantes, Pedro, Duque de Coimbra e João, Infante de Portugal e do próprio Rei D. Duarte que, vítima de estranhos pressentimentos, só muito a contragosto consentiu na partida da expedição. O Rei terá entregue ao Infante D. Henrique uma carta com algumas recomendações úteis, que foram por algum motivo ignoradas. A campanha revelou-se um desastre e, para evitar a chacina total dos portugueses, estabeleceu-se uma rendição pela qual as forças portuguesas se retiram, deixando o infante como penhor da devolução de Ceuta (conquistada pelos portugueses em 1415). No entanto, o Infante pareceu ter pressentido o seu destino, pois ao despedir-se do seu irmão D. Henrique, lhe terá dito "Rogai por mim a El-Rei, que é a última vez que nos veremos!"
A divisão na metrópole entre os apoiantes da entrega imediata de Ceuta, ou a sua manutenção, conseguindo por outras vias (diplomática ou bélica), o resgate do infante, foi coeva da morte de D. Duarte (que morreu vítima da epidemia de peste que contaminou o Reino e ao que parece, de desgosto pelo fracasso da expedição a Tânger e do cativeiro de D. Fernando), o que impediu um desfecho favorável à situação.
Fernando foi entretanto levado para Fez, sendo tratado ora com todas as honras, ora como um prisioneiro de baixa condição (sobretudo depois de uma tentativa de evasão gorada, patrocinada por Portugal). Daí escreve ao seu irmão D. Pedro, então regente do reino, um apelo, pedindo a sua libertação a troco de Ceuta. Mas a divisão verificada na Corte em torno deste problema delicado e diversas ocorrências ocorridas com os governadores da praça-forte levam a que D. Fernando assuma o seu cativeiro com resignação cristã e morra no cativeiro de Fez em 1443 - acabando assim o problema da devolução ou não de Ceuta por se resolver naturalmente. Pelo seu sacrifício em nome dos interesses nacionais, viria a ganhar o epíteto de Infante Santo.
Pesará sempre a lembrança da morte trágica de D. Fernando, e com a maioridade de El-Rei D. Afonso V, seu sobrinho, desejoso de feitos guerreiros contra o Infiel em África, sucedem-se as tentativas de conquista, viradas sempre para Tânger, a fim de o vingar - primeiro em 1458 (acabando por desistir, dada a aparente inexpugnabilidade da cidade, e voltando-se para Alcácer Ceguer), depois nas "correrias" de 1463-1464, enfim a tomada de Arzila em 1471, embora uma vez mais o objectivo fosse Tânger. De resto, após a tomada de Arzila, os mouros de Tânger, sentindo-se desprotegidos (pois eram a única praça muçulmana no meio de terra de cristãos) e abandonados pelo seu chefe (que a troco do reconhecimento, por Afonso V, do título de rei de Fez, concedia ao monarca português o domínio de todo a região a Norte de Arzila, na qual Tânger se encontrava), deixaram a cidade, facto que muito custou ao rei português, por se ver assim impossibilitado de fazer pagar cara a morte de D. Fernando, seu tio.

Culto
Por meio desse mesmo tratado concluído com o agora rei de Fez, os restos mortais do Infante, que se achavam naquela cidade, passaram para as mãos dos portugueses, tendo sido solenemente transferidos para o Mosteiro da Batalha, onde hoje repousam ao lado dos pais e irmãos, na Capela do Fundador.
O seu culto religioso foi aprovado em 1470 e os bolandistas o incluem no rol dos beatos portugueses.
Uma teoria recente sobre os Painéis de São Vicente de Fora defende que os mesmos têm como figura central o próprio Infante Santo, e não S. Vicente, estando o mesmo rodeado pelos seus irmãos e família nos painéis centrais. Este conhecido quadro de Nuno Gonçalves seria assim uma homenagem nacional ao Infante mártir, morto no exílio por defesa do território nacional.

domingo, maio 31, 2015

Há 45 anos, um sismo, seguido de um deslizamento, mataram mais de 100.000 pessoas no Peru

El terremoto y aluvión de Áncash de 1970, conocido localmente como el terremoto del 70, fue un sismo de magnitud 7.9 MW sentido en toda la costa y sierra del departamento de Áncash, seguido de un alud que sepultó la ciudad de Yungay el domingo 31 de mayo de 1970, a las 15:23.
Fue el sismo más destructivo de la historia del Perú, no solo por la magnitud sino también por la cantidad de pérdidas humanas que afectó la región ancashina y varias provincias de los departamentos de Huánuco, el norte de Lima y La Libertad, dañando una extensa área de aproximadamente 1.000 km de longitud y 250 km de ancho de la costa y sierra peruana.
A raíz de esta catástrofe, en 1972 el gobierno del Perú fundó el Instituto Nacional de Defensa Civil, el cual, además de preparar a la población acerca del actuar durante un terremoto, conmemora el 31 de mayo con un simulacro de sismo a nivel nacional.

Características
El terremoto se inició el 31 de mayo de 1970 de 7,9 a las 3:25 p.m. Su epicentro se halló frente a las costas de las ciudades de Casma y Chimbote, en el Océano Pacífico. Su magnitud fue de 7,8 grados en la escala de Richter y alcanzó una intensidad de hasta X y XI grados en la escala de Mercalli entre Chimbote y Casma. Produjo además un violento alud en las ciudades de Yungay y Ranrahirca. Las intensidades evaluadas en varias ciudades fueron:
Lugar Intensidad de la zona
Samanco VIII
Casma IX-X
Chimbote VIII
Huallanca, Aija VII
Huaraz, Carhuaz, Trujillo, Yungay, Huarmey VII
Chacas, San Luis, Huari VII
Santiago de Chuco VII
Cajamarca, Huacho, Huánuco, Bambamarca, Chiclayo V-VI
Huacho, Cerro de Pasco, Tingo María V
Lima V-VI
Ica, Chincha Alta, Juanjuí IV
Yurimaguas, Huancayo, Iquitos, Tarapoto III

Efectos en el Callejón de Huaylas y el Perú
Las muertes se calcularon en 80.000 y hubo aproximadamente de 20.000 desaparecidos, algunas fuentes elevan las víctimas mucho más alto. Los heridos hospitalizados se contabilizaron en 143.331, si bien en lugares como Recuay, Aija, Casma, Huarmey, Carhuaz y Chimbote la destrucción de edificios osciló entre 80% y 90%. Se calculó el número de afectados en 3.000.000. La Carretera Panamericana sufrió graves grietas entre Trujillo y Huarmey, lo que dificultó aún más la entrega de ayuda. La central hidroeléctrica del Cañón del Pato quedó también afectada por el embate del río Santa y la línea férrea que comunicaba Chimbote con el valle del Santa y quedó inutilizable en un 60% de su recorrido. Con esta catástrofe el Perú sacó volutariamente a la Brigada de Defensa Civil Peruana para evitar que vuelva a suceder algo tan terrible; el general Juan Velasco Alvarado, que era el presidente del país en ese entonces, tomó un barco para llevar personalmente la ayuda a Chimbote.
Sin duda alguna, la zona andina de Ancash, la pintoresca área del Callejón de Huaylas, resultó siendo el área más castigada por el terremoto. La Ciudad de Huaraz se destruyó en un 97%, el cuadrilátero de la Plaza de Armas, fue lo único importante que no se destruyó, luego del sismo, la ciudad quedó oscurecida por un negro manto de polvo, unas 10.000 personas fallecieron, solo en el "Colegio Santa Elena", murieron 400 personas. El resto de ciudades y pueblos del Callejón de Huaylas también fueron destruidos casi por completo, desde Recuay por el sur, hasta Huallanca por el norte. La tercera ciudad en importancia, Yungay terminó sepultada junto a Ranrahirca por un alud, desapareciendo 25.000 moradores. Los aludes y derrumbes obstaculizaron caminos y carreteras, y estancaron partes del Río Santa. El ferrocarril que unía a Chimbote con Huallanca desapareció. Los pobladores se disminuyeron en cantidad. Costa de Áncash y Callejón de Conchucos. En la zona costera, los efectos del sismo destruyeron grandes sectores de la Carretera Panamericana entre Huarmey y Trujillo (Departamento de La Libertad). Tanto la ciudad y el Puerto de Chimbote quedaron con averías incuantificables, en la zonas de San Pedro y Lacramarca todas las construcciones se derrumbaron, al igual que las industrias pesqueras y daño similar a las metalúrgicas, en algunas áreas el suelo se agrietó hasta expulsar chorros de agua de hasta un metro de altura, la ciudad perdió más de 2.800 habitantes. En Casma, una vieja ciudad de adobes murieron 800 personas, y más hacia el sur, en Huarmey 100. La Provincia de Bolognesi, con 1.800 víctimas, refirió cuantiosos derrumbes que incomunicaron a pueblos completos, donde se da referencias que algunas personas enterraron a sus parientes sin notificar. La zona andina siguiente al Callejón de Huaylas, conocida como Conchucos, quedó con daño moderado debido a la gran cantidad de energía que absorvió el macizo de la Cordillera Blanca, pero aún así muchas de las construcciones quedaron inhabitables, y muchas personas murieron mientras se encontraban en laborando en áreas agrícolas debido a derrumbes en los cerros contiguos. La zona quedó aislada hasta meses del resto del país.
  
El aluvión en Yungay
El fuerte y prolongado sismo de 45 segundos, provocó el desprendimiento de hielo y rocas del pico norte del nevado Huascarán, produciendo un alud estimado en 80 millones de pies³ de hielo, lodo y piedras que medía 1,5 km de ancho y que avanzó los 18 km a una velocidad promedio de 280 a 335 km/h. Durante los tres minutos que la avalancha tardó en llegar a la ciudad, la población yungaina quedó desorientada debido al eco que producía el aluvión en los cerros de la Cordillera Negra por lo que pensaron que este venía desde ese flanco y corrieron en dirección al alud. Cuando el aluvión chocó contra la pared de la quebrada del río de Ranrahirca, desvió su curso violentamente unos treinta grados en dirección sur, pero una tercera parte de la masa saltó esa barrera natural (que ya había salvado a Yungay de un aluvión en 1962) sepultando completamente a la segunda ciudad más importante del Callejón de Huaylas, mientras que la corriente mayor arrasó con el pueblo de Ranrahirca, matando en total a más de 20 000 personas.
«...Sentimos un tremendo ruido que se presentaba de ambos lados... el ruido se asemejaba al de muchos aviones... no sabíamos por donde venía ni que pasaba, en esos momentos no nos acordábamos del Huascarán... Finalmente vimos el aluvión de lodo completamente negro con más de 400 metros de altura que avanzaba botando chispas de distintos colores...»
Relato de una superviviente en 1970.
En Yungay sólo se salvaron aproximadamente 300 personas separadas en dos grupos, 90 personas que corrieron hacia el cementerio de la ciudad (una antigua fortaleza preinca elevada), y un numeroso grupo de niños que asistieron a un circo itinerante llamado Verolina y que estaba ubicado en el estadio a 700 metros de la plaza mayor.
Las labores de rescate y evacuación que puso en marcha el gobierno central sólo procedieron mediante vía aérea luego de dos días de la tragedia debido a la densa nube de polvo que se levantaba a 2700 metros sobre el nivel de la zona de la tragedia.
Así es que la provincia de Yungay alcanzó las cifras más altas en cuanto a mortalidad: 25.000 personas. El aporte internacional tuvo gran importancia en el momento de la emergencia, diversas organizaciones mundiales brindaron su apoyo. La magnitud de su cooperación no sólo fue en el momento de la emergencia sino también en la rehabilitación de la zona afectada y en el futuro desarrollo de la región. Sin embargo, la destrucción de las vías de comunicación de la zona y la falta de planeamiento le dieron una cuota de ineficiencia. Por ello es que el 28 de marzo de 1972 se crea el Instituto Nacional de Defensa Civil, para que se encargue de coordinar la prevención y la ayuda en caso de posteriores desastres.
A raíz del terremoto de 1970 que asoló varias ciudades del Callejón de Huaylas y que motivó la solidaridad de diversos países, Yungay recibió el nombre de "Capital de la Solidaridad Internacional".

Ruinas de la catedral de Yungay

sexta-feira, maio 29, 2015

Isaac Albéniz nasceu há 155 anos

Isaac Manuel Francisco Albéniz y Pascual (Camprodón29 de mayo de 1860 – Cambo-les-Bains18 de mayo de 1909) fue un célebre compository pianista español.
Siendo un virtuoso compositor de piano, Isaac Albéniz también compuso música para otros instrumentos. Dedicó más de una década de sus casi cuarenta y nueve años de vida a escribir temas para teatro, - como por ejemplo, su más exitoso trabajo operístico, Pepita Jiménez - también se dedicó a interpretar conciertos, o a la grabación de su ópera Merlín. Durante su carrera escribió canciones - más de dos docenas - así como varios temas orquestales y de cámara.
El fondo personal de Isaac Albéniz se conserva en la Biblioteca de Cataluña y en el Museo de la Música de Barcelona, que guarda la donación ofrecida por la nieta del compositor (incluye documentación biográfica, ejemplares manuscritos originales y objetos personales).


Gary Brooker nasceu há 70 anos!

Gary Brooker (Hackney, East London, 29 May 1945) is an English singer, songwriter,pianist and founder and lead singer of the rock band Procol Harum. He was appointed Member of the Order of the British Empire in the Queen's Birthday Honours on 14 June 2003, in recognition of his charitable services.


A Batalha de Trancoso foi há 630 anos

(imagem daqui)

Batalha de Trancoso ocorreu provavelmente no dia 29 de maio de 1385, entre forças Portuguesas e Castelhanas.
No contexto da crise de 1383-1385, no final da Primavera de 1385, ao mesmo tempo em que D. João I de Castela invadia o país ao Sul, pela fronteira de Elvas, forças castelhanas invadiam a Beira por Almeida, passavam por Trancoso, cujos arrabaldes saquearam, até atingir Viseu, cidade aberta, também na ocasião saqueada e incendiada.
Ao retornarem da incursão com o esbulho, saiu-lhes ao encontro o Alcaide do Castelo de TrancosoGonçalo Vasques Coutinho, com as forças do Alcaide do Castelo de LinharesMartim Vasques da Cunhae as do Alcaide do Castelo de CeloricoJoão Fernandes Pacheco. Estando os dois primeiros fidalgos desavindos à época, o terceiro promoveu a reconciliação de ambos, e assim concertados, com os respectivos homens de armas e as forças que conseguiram arregimentar, fizeram os arranjos para o combate.
De acordo com os estudos que levaram afixar o feriado municipal em 29 de maio, ocorreu o encontro entre as forças de Castela e as de Portugal, no alto da Capela de São Marcos, em Trancoso. A sorte das armas sorriu para os nacionais, que desse modo recuperaram as posses, alcançando a liberdade dos cativos.
No mês seguinte, uma nova invasão de tropas castelhanas, sob o comando de D. João I de Castela em pessoa, voltou a cruzar a fronteira por Almeida e, de passagem pelo alto de São Marcos, incendiaram-lhe a Capela, em represália. Passando por Celorico, a caminho de Lisboa, essas tropas foram derrotadas na batalha de Aljubarrota.
Reza a lenda local, registada pela historiografia portuguesa seiscentista, que o próprio São Marcos apareceu por milagre como um cavaleiro na batalha, incitando os combatentes portugueses. Como testemunho do feito, teria ficado gravada, na rocha, uma das ferraduras de sua montaria.

A Tragédia de Heysel foi há 30 anos...

O jogador da Juventus Michel Platini, autor do golo decisivo na final

tragédia do Estádio do Heysel, na Bélgica, ocorreu no dia 29 de maio de 1985, quando estava a ser disputada a final da Taça dos Campeões Europeus, que opunha o Liverpool, da Inglaterra, e a Juventus, da Itália.

História
A possibilidade de confrontos entre os adeptos de ambas as equipas foi, desde início, ponderada pelas autoridades belgas, que anunciaram uma série de medidas a tomar: proibição da venda de álcool em estabelecimentos próximos do estádio, revista a todos os espectadores à entrada para o jogo, e um total de 1500 policiais para salvaguardar a segurança. Todavia, a maior parte dos bares continuou a trabalhar normalmente e a servir os hooligans de ambas as equipas.
Os distúrbios começaram ainda fora do estádio com ingleses e italianos a trocarem provocações. Uma joalharia foi roubada e lesada em 150 mil euros (em valores atuais). Por volta das 19.00 horas, uma grande parte dos espectadores já se encontrava dentro do recinto do Heysel. Contrariamente ao previsto pela polícia, o lado norte do estádio estava partilhado por adeptos das duas formações, separados apenas por uma pequena barreira e alguns polícias.
Meia hora mais tarde, os britânicos lançaram o primeiro "ataque" e os distúrbios começaram a ganhar proporções incontroláveis. As grades que separavam as bancadas cederam à pressão humana e deram lugar à tragédia. Dezenas de espectadores italianos foram espezinhados por hooligans, que usaram barras de ferro para bater nos rivais. Com a pressão dos espectadores em pânico, o muro caiu, arrastando na queda mais algumas dezenas de pessoas.
A expectativa em relação ao jogo era grande e a UEFA decidiu pela realização do mesmo. O balanço final da tragédia apontou 39 mortos e um número indeterminado de feridos. A polícia não efectuou nenhuma detenção.
Os hooligans ingleses foram responsabilizados pelo incidente, o que resultou na proibição das equipas britânicas participarem em competições europeias por um período de cinco anos. As reacções do povo inglês foram todas no sentido da reprovação e incredulidade pelos actos violentos dos adeptos do Liverpool, o que levou a própria rainha Isabel II a condenar publicamente o comportamento dos hooligans e a apoiar a suspensão das equipas inglesas.
O jogo em si ficou em segundo plano mas acabou com a não comemorada vitória da Juventus por um a zero, com golo, de penalty, de Michel Platini, o grande astro do clube italiano.

Mily Balakirev morreu há 105 anos

Mily Alexeyevich Balakirev (Nizhny Novgorod, 2 de janeiro de 1837São Petersburgo, 29 de maio de 1910) foi um compositor russo, mais conhecido atualmente por fazer parte e liderar o Grupo dos Cinco, um grupo nacionalista de músicos russos no qual faziam parte, além de Balakirev, César Cui, Modest Mussorgsky, Aleksandr Borodin e Nikolai Rimsky-Korsakov.