segunda-feira, setembro 29, 2014

Miguel de Unamuno nasceu há 150 anos

Miguel de Unamuno y Jugo (Bilbau, 29 de setembro de 1864Salamanca, 31 de dezembro de 1936) foi um ensaísta, romancista, dramaturgo, poeta e filósofo espanhol. Foi também deputado entre 1931 a 1933 pela região de Salamanca. É o principal representante espanhol do existencialismo cristão, sendo conhecido principalmente por sua obra O sentimento trágico da vida, que lhe valeu a condenação do Santo Ofício. Tendo apoiado inicialmente o franquismo, passaria seus últimos dias de vida em prisão domiciliar, por se opor aos excessos deste.

Biografia
Nasceu na rua Ronda, no bairro de Casco Viejo (Bilbau), sendo o terceiro filho do comerciante Félix de Unamuno Larraza e de sua sobrinha, Salomé Jugo Unamuno. Ao concluir seus estudos fundamentais, testemunha o assédio da sua cidade durante a Terceira Guerra Carlista, o que refletirá em seu primeiro romance, Paz na guerra.
É considerado como a figura mais completa da Generación del 98 - um grupo constituído por nomes como Antonio Machado, Azorín, Pío Baroja, Ramón del Valle-Inclán, Ramiro de Maetzu, Angel Ganivet, entre outros.
Estudou na Universidade de Madrid, onde concluiu o curso de Filosofia e Letras em 1883. No ano seguinte, obtém seu doutorado com uma tese sobre a língua basca: Crítica del problema sobre el origen y prehistoria de la raza vasca, na qual antecipa suas ideias sobre a origem dos bascos - contrárias àquelas que nos anos seguintes irão alimentar o nacionalismo basco, fundado pelos irmãos Arana Goiri, que defenderão uma "raça basca" (no sentido de etnia) não contaminada por outras.
Em 1891 obteve a cátedra de grego na Universidade de Salamanca. Em 1900, com apenas 36 anos de idade, é nomeado Reitor, cargo que exerceria por mais duas vezes.
Conhecido também pelos sucessivos ataques à monarquia de Afonso XIII de Espanha, viveu no exílio, de 1926 a 1930, primeiro nas Ilhas Canárias e depois na França, de onde só voltaria depois da queda do general Primo de Rivera. Mais tarde o General Francisco Franco, cujo golpe Unamuno inicialmente apoiara, afastou-o novamente da vida pública, devido a críticas duras feitas pelo filósofo ao General Millán-Astray. Unamuno passaria os seus últimos dias de vida em prisão domiciliar, na cidade de Salamanca.

O último incidente na Universidade
O incidente teve lugar em 12 de outubro de 1936, durante o ato de abertura do ano letivo no salão nobre da Universidade, ato presidido por Unamuno, na condição de reitor da referida instituição.
Em certo momento, um dos oradores (Francisco Maldonado de Guevara) lançou um candente ataque contra a Catalunha e o País Basco, qualificando-os de "anti-Espanha e de tumores no sadio corpo da nação" e asseverando que "o fascismo redentor da Espanha saberá como exterminá-los, cortando na própria carne, como um decidido cirurgião, livre de falsos sentimentalismos". Concluiu elogiando o papel do Exército, que se havia empenhado numa nova e verdadeira cruzada nacional e afirmando que catalães e bascos "exploradores do homem e do nome da Espanha [...] estão vivendo até agora, em meio a este mundo necessitado e miserável do pós-guerra, em um paraíso de fiscalidade e de altos salários, às custas do povo espanhol".
Na sequência, alguém na plateia teria gritado o lema da Falange: "Viva la muerte!", ao que Milán-Astray, general falangista também presente ao ato, respondeu com um costumeiro repto: "Espanha!". A plateia respondeu "Unida!". Ele repetiu "Espanha!" e a massa replicou "Grande!". Millán-Astray exclamou pela terceira vez "Espanha!" e a multidão gritou "Livre!". Nesse ponto um grupo uniformizado - camisas azuis - da Falange entrou no recinto e fez uma saudação oficial - braço direito ao alto - ao retrato de Franco pendente em uma parede.
Não se tem registo escrito do exato conteúdo da intervenção de Unamuno que sucedeu a esses factos. O que existe são várias reconstruções. Uma das mais extensas é a versão de Luis Gabriel Portillo, publicada na revista Horizon en 1941. Conforme Portillo, a reação de Unamuno foi a seguinte.
Um indignado Unamuno, que até então havia se mantido em silêncio, levantou-se e pronunciou um apaixonado discurso: «Estais esperando que vos fale. Conhecei-me bem e sabeis que sou incapaz de permanecer em silêncio. As vezes, permanecer calado equivale a mentir porque o silêncio pode ser interpretado como aquiescência. Quero fazer alguns comentários ao discurso - se posso chamá-lo assim - do professor Maldonado, que se encontra entre nós. Falou-se aqui da guerra internacional em defesa da civilização cristã; eu mesmo já fiz isso em outras oportunidades. Mas não, a nossa é tão somente uma guerra incivil. Vencer não é convencer, e há, sobretudo, que convencer. O ódio - que não deixa lugar à compaixão - não pode convencer. Um dos oradores aqui presentes é catalão, nascido em Barcelona e está aqui para ensinar a doutrina cristã, que vós não quereis conhecer. Eu mesmo nasci em Bilbao e passei a minha vida ensinando a língua espanhola, a qual desconheceis [...] Deixarei de lado a ofensa pessoal que se deduz da repentina explosão contra bascos e catalães, chamando-os de anti-Espanha até porque com a mesma razão poderiam eles dizer o mesmo.»
Nesse ponto, o general José Millán-Astray (que nutria um profundo sentimento de inimizade por Unamuno), começou a gritar: «Posso falar? Posso falar?». E, em altos brados, reforçou: «A Catalunha e o País Basco são dois cancros no corpo da nação! O fascismo, remédio da Espanha, vem para exterminá-los cortando na carne viva como um frio bisturi!». Alguém do público tornou a gritar «Viva a morte!»
No silêncio mortal que se seguiu, os olhos todos se voltaram para Unamuno, que continuou: «Acabo de ouvir o necrófilo e insensato grito de "Viva a Morte!". Isto me parece o mesmo que "Morra a Vida!". E eu, que passei minha vida compondo frases paradoxais que despertavam a ira dos que não as compreendiam, devo dizer, como especialista na matéria, que esta me parece ridícula e repelente.Como foi proclamada em homenagem ao último orador, entendo que a ele é dirigida, se bem que de forma excessiva e tortuosa, como testemunho de que ele mesmo é um símbolo da morte. O general Milan-Astray é um inválido. Não é necessário dizer isso com um acento pejorativo pois é, de fato, um inválido de guerra. Cervantes também o foi. Mas extremos não servem como norma. Desgraçadamente na Espanha atual há demasiados mutilados. Atormenta-me pensar que o general Millán-Astray possa ditar as normas da psicologia das massas. De um mutilado que careça da grandeza espiritual de Cervantes, que era um homem viril e completo apesar de suas mutilações, de um inválido que não tenha essa superioridade de espírito, é de se esperar que encontre um terrível alívio vendo multiplicar-se os mutilados ao seu redor. O general Millán-Astray deseja criar uma nova Espanha, criação negativa, sem dúvida, posto que a sua própria imagem.»
Nesse momento Millán-Astray exclama irritado «Morra a intelectualidade traidora! Viva a morte!».
Unamuno, sem intimidar-se, continua: «Este é o templo da inteligência e eu sou seu sumo sacerdote! Vós estais profanando este sagrado recinto. Tenho sempre sido, digam o que digam, um profeta de meu próprio país. Vencereis porque tendes sobrada força bruta. Mas não convencereis porque para convencer há que persuadir. E para persuadir lhes falta algo que não tendes: razão e direito. Mas me parece inútil cogitar de que pensais na Espanha».
Após essa manifestação, estando o público assistente encolerizado contra Unamuno e lançando-lhe todo o tipo de insultos, alguns oficiais sacaram suas pistolas, mas graças a intervenção de Carmen Polo de Franco, que se agarrou o braço, pode Inamuno retirar-se do recinto.
Nesse mesmo dia, o Conselho Municipal decretou a expulsão de Unamuno. O proponente, conselheiro Rubio Polo, solicitou a medida sob o argumento de que «...a Espanha, afinal, apunhalada traiçoeiramente pela pseudo-intelectualidade liberal-maçónica cuja vida e pensamento [...] só na vontade de vingança se manteve firme, em tudo o mais foi sinuosa e oscilante, não teve critérios, somente paixões [...]». Em de outubro de 1936, Franco assina o decreto de destituição de Unamuno como reitor da Universidade de Salamanca.
Em outubro de 2011, Unamuno foi reconduzido, postumamente, ao cargo.





Castilla


Tú me levantas, tierra de Castilla,
en la rugosa palma de tu mano,
al cielo que te enciende y te refresca,
al cielo, tu amo,

Tierra nervuda, enjuta, despejada,
madre de corazones y de brazos,
toma el presente en ti viejos colores
del noble antaño.

Con la pradera cóncava del cielo
lindan en torno tus desnudos campos,
tiene en ti cuna el sol y en ti sepulcro
y en ti santuario.

Es todo cima tu extensión redonda
y en ti me siento al cielo levantado,
aire de cumbre es el que se respira
aquí, en tus páramos.

¡Ara gigante, tierra castellana,
a ese tu aire soltaré mis cantos,
si te son dignos bajarán al mundo
desde lo alto!

O Infante Santo nasceu há 612 anos

Um dos Painéis de São Vicente de Fora mostrando provavelmente o Infante D. Fernando

O Beato Fernando de Portugal, dito o Infante Santo (Santarém, 29 de setembro de 1402Fez, 5 de junho de 1443) era o oitavo filho de El-Rei D. João I de Portugal e de sua mulher, a Rainha Dª Filipa de Lencastre, o mais novo dos membros da Ínclita Geração.

Le bien me plaît
Brasão do Infante D. Fernando com a sua divisa

in Wikipédia

Stolen Dance - música para geopedrados...



domingo, setembro 28, 2014

O ferry boat Estonia naufragou há 20 anos

MS Estonia, previously Viking Sally (1980–1990), Silja Star (−1991), and Wasa King (−1993), was a cruise ferry built in 1979/80 at the German shipyard Meyer Werft in Papenburg. The ship sank in 1994 in the Baltic Sea in one of the worst maritime disasters of the 20th century. It is the deadliest shipwreck disaster to have occurred in the Baltic Sea in peacetime, costing 852 lives.

(...)

The Estonia disaster occurred on Wednesday, 28 September 1994, between about 00:55 to 01:50 (UTC+2) as the ship was crossing the Baltic Sea, en route from Tallinn, Estonia, to Stockholm. Estonia was on a scheduled crossing with departure at 19:00 on 27 September. She had been expected in Stockholm the next morning at about 09:30. She was carrying 989 people: 803 passengers and 186 crew. Most of the passengers were Scandinavian, while most of the crew members were Estonian (several Swedish passengers were of Estonian origin). The ship was fully loaded, and was listing slightly to port because of poor cargo distribution.
According to the final disaster report the weather was rough, with a wind of 15 to 20 metres per second (29 to 39 kn), force 7–8 on the Beaufort scale and a significant wave height of 4 to 6 metres compared with the highest measured significant wave height in the Baltic Sea of 7,7 metres. Esa Mäkelä, the captain of Silja Europa who was appointed on scene commander for the subsequent rescue effort, described the weather as "normally bad", or like a typical autumn storm in the Baltic Sea. All scheduled passenger ferries were at sea. The official report says that while the exact speed at the time of the accident is not known, Estonia had very regular voyage times, averaging 16 to 17 knots (30 to 31 km/h; 18 to 20 mph), perhaps implying she did not slow down for adverse conditions. The chief mate of the Viking Line cruiseferry Mariella tracked Estonia's speed by radar at approximately 14.2 knots (26.3 km/h) before the first signs of distress, while the Silja Europa's officers estimated her speed at 14 to 15 knots (26 to 28 km/h) at midnight.
The first sign of trouble aboard Estonia was when a metallic bang was heard, caused by a heavy wave hitting the bow doors around 01:00, when the ship was on the outskirts of the Turku archipelago, but an inspection - limited to checking the indicator lights for the ramp and visor - showed no problems. Over the next 10 minutes, similar noises were reported by passengers and other crew. At about 01:15, the visor separated in which the ship's bow door opened and the ship immediately took on a heavy starboard list (initial 30 to 40 degrees, but by 01:30, the ship had rolled 90 degrees) as water flooded into the vehicle deck. Estonia was turned to port and slowed before her four engines cut out completely.
At about 01:20 a weak female voice called "Häire, häire, laeval on häire", Estonian for "Alarm, alarm, there is alarm on the ship", over the public address system, which was followed immediately by an internal alarm for the crew, then one minute later by the general lifeboat alarm. The vessel's rapid lean and the flooding prevented many people in the cabins from ascending to the boat deck. A Mayday was communicated by the ship's crew at 01:22, but did not follow international formats. Estonia directed a call to Silja Europa and only after making contact with her the radio operator uttered the word "Mayday". In English, the radio operator on Silja Europa, chief mate Teijo Seppelin replied: "Estonia, are you calling mayday?" After that, the voice of Andres Tammes took over on Estonia and the conversation shifted to Finnish. Tammes was able to provide some details about their situation but due to loss of power, he could not give their position, which delayed rescue operations somewhat. Some minutes later power returned (or somebody on the bridge managed to lower himself to the starboard side of the bridge to check the marine GPS which will display the ship's position even in a blackout condition), and the Estonia was able to radio their position to Silja Europa and Mariella. The ship disappeared from the radar screens of other ships at around 01:50, and sank at 59°23′N 21°42′E, about 22 nautical miles (41 km; 25 mi) on bearing 157° from Utö island, Finland, in 74 to 85 metres of water.

O penúltimo Rei e a (sua) última Rainha de Portugal nasceram nesta data

Carlos I de Portugal (nome completo: Carlos Fernando Luís Maria Vítor Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis José Simão de Bragança Sabóia Bourbon e Saxe-Coburgo-GothaPalácio da Ajuda, Lisboa, 28 de setembro de 1863 - Terreiro do Paço, Lisboa, 1 de fevereiro de 1908) foi o penúltimo Rei de Portugal.
Nascido em Lisboa, era filho do rei Luís I de Portugal e da princesa Maria Pia de Saboia, tendo subido ao trono em 1889. Foi cognominado O Diplomata (devido às múltiplas visitas que fez a Madrid, Paris e Londres, retribuídas com as visitas a Lisboa dos reis Afonso XIII de Espanha, Eduardo VII do Reino Unido, do Kaiser Guilherme II da Alemanha e do presidente da República Francesa Émile Loubet), O Martirizado e O Mártir (em virtude de ter morrido assassinado), ou O Oceanógrafo (pela sua paixão pela oceanografia, partilhada com o pai e com o príncipe do Mónaco).

(imagem daqui)


Maria Amélia Luísa Helena de Orleães (Twickenham, 28 de setembro de 1865 - Le Chesnay, 25 de outubro de 1951) foi a última rainha de facto de Portugal.
Durante a sua vida, Amélia perdeu todos os seus familiares diretos: defrontou-se com o assassinato do marido, o rei Carlos I, e do filho mais velho, Luís Filipe (episódio conhecido como regicídio de 1908); vinte e quatro anos mais tarde, recebeu a notícia da morte do segundo e último filho, o futuro rei Manuel II; e também ficou de luto com a morte de sua filha, a infanta Maria Ana de Bragança, nascida em um parto prematuro, e, em 1920, com a morte do cunhado, o infante Afonso, Duque do Porto, único irmão do rei D. Carlos I.
Ela foi o único membro da família real portuguesa exilada após a implantação da república - facto ocorrido a 5 de outubro de 1910 - que visitou Portugal em vida, bem como o último membro a morrer, aos oitenta e seis anos. Amélia de Orleães viveu sofridas décadas de exílio, entre Inglaterra e França, onde aguentou a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Esta frase estava entre as suas últimas palavras:
Cquote1.svg
Quero bem a todos os portugueses, mesmo àqueles que me fizeram mal.
Cquote2.svg
(...)

Após a proclamação da república portuguesa, em 5 de outubro de 1910, Amélia seguiu o caminho do exílio com o resto da família real portuguesa para Londres, Inglaterra. Depois do casamento de D. Manuel II, com Augusta Vitória de Hohenzollern-Sigmaringen, a rainha passou a residir em Château de Bellevue, perto de Versalhes, em França. Em 1932, D. Manuel II morreu inesperadamente em Twickenham, o mesmo subúrbio londrino onde a sua mãe havia nascido.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o governo Salazar ofereceu-lhe asilo político em Portugal, mas D. Amélia permaneceu em França ocupada, com imunidade diplomática portuguesa.
Após o fim da guerra, em 8 de junho de 1945, regressou a Portugal, numa emocionante jornada, visitando o Santuário de Fátima e todos os lugares que lhe estavam ligados, com exceção de Vila Viçosa, apesar da grande afeição que sentia por esta vila alentejana.

Reconciliação familiar
Pouco antes da sua visita a Portugal, D. Amélia aceitara ser madrinha de baptismo de Duarte Pio de Bragança, confirmando a reconciliação dos dois ramos da família Bragança.
Brasão da Rainha D.ª Amélia


Happy - música para geopedrados...



Ben E. King - 76 anos

Ben E. King, nome artístico de Benjamin Earl Nelson (Henderson, 28 de setembro de 1938), é um cantor de Soul americano. Nasceu em Henderson, Carolina do Norte, mas mudou-se para o Harlem, em New York, com a idade de 9 anos. Ele é talvez mais conhecido como vocalista e co-compositor da música Stand by Me do álbum Don't Play That Song, gravado em 1961 e lançado em 1962 pela gravadora Atco Records.



Stand by me - Ben E. King

When the night has come
And the land is dark
And the moon is the only light we'll see
No I won't be afraid, no I won't be afraid
Just as long as you stand, stand by me

And darlin', darlin', stand by me, oh now now stand by me
Stand by me, stand by me

If the sky that we look upon
Should tumble and fall
And the mountains should crumble to the sea
I won't cry, I won't cry, no I won't shed a tear
Just as long as you stand, stand by me

And darlin', darlin', stand by me, oh stand by me
Stand by me, stand by me, stand by me-e, yeah

Whenever you're in trouble won't you stand by me, oh now now stand by me
Oh stand by me, stand by me, stand by me

Darlin', darlin', stand by me-e, stand by me
Oh stand by me, stand by me, stand by me

sábado, setembro 27, 2014

Há 57 anos iniciou-se a última erupção subaérea em Portugal

O Vulcão dos Capelinhos, também referido na literatura vulcanológica como Mistério dos Capelinhos, localiza-se na Ponta dos Capelinhos, freguesia do Capelo, na Ilha do Faial, nos Açores. Constitui-se como uma das maiores atrações turísticas do Atlântico, nomeadamente dos Açores, pela singularidade de sua beleza paisagística, de génese muito recente e quase virgem.
Geologicamente insere-se no complexo vulcânico do Capelo, constituído por cerca de 20 cones de escórias e respectivos derrames lávicos, ao longo de um alinhamento vulcano-tectónico de orientação geral WNW-ESE. O nome Capelinhos deveu-se à existência de dois ilhéus chamados de "Ilhéus dos Capelinhos" no local, em frente ao Farol dos Capelinhos.
O vulcão manteve-se em actividade por 13 meses, entre 27 de setembro de 1957 e 24 de outubro de 1958. A erupção dos Capelinhos, provavelmente terá sido uma sobreposição de duas erupções distintas, uma começada a 27 de setembro de 1957, e a segunda, a 14 de maio de 1958. A partir de 25 de outubro, o vulcão entrou em fase de repouso. Do ponto de vista vulcanológico, este vulcão é considerado um vulcão activo.

(...)

Vulcão dos Capelinhos, Centro Interpretativo do Vulcão (museu subterrâneo do vulcão)

Próximo situava-se o Museu Geológico do Vulcão, inaugurado a 24 de março de 1964, que documentava toda a sua atividade eruptiva e cujo acervo passou para o novo Centro Interpretativo do Vulcão. A área em torno do vulcão, classificada como paisagem protegida de elevado interesse geológico e biológico, integra a Rede Natura 2000. O Farol dos Capelinhos foi transformado num miradouro, e junto/por baixo deste, funciona o Centro Interpretativo do Vulcão, que foi inaugurado em maio de 2008.
Em resultado da erupção, entre os meses de maio a outubro de 1958, a área total da ilha (de 171,42 km²) aumentou em cerca de 2,50 km² (para 173,02 km²). Actualmente, essa área foi reduzida para cerca de metade (aproximadamente 172,42 km²) devido à natureza pouco consolidada das rochas e à acção erosiva das ondas. A escalada do vulcão apresenta alguns riscos, devendo por isso ser efectuada nos trilhos indicados e sob orientação de um guia credenciado. Convém mencionar que o respiradouro do Vulcão, situado no seu Cabeço Norte, liberta vapor de água e gases tóxicos com temperaturas na ordem dos 180 a 200 °C.

Lhasa de Sela nasceu há 42 anos

Lhasa de Sela (Big Indian, New York, 27 de setembro de 1972 - Montreal, 1 de janeiro de 2010) foi uma cantora norte americana radicada no Canadá.
A sua ascendência era, de um lado, mexicana e de outro, americano-judaico-libanesa. Filha de um professor não convencional que percorria os Estados Unidos e o México, difundindo o conhecimento, e de uma fotógrafa, assim passou a sua infância, de maneira nómada, juntamente com os seus pais e as suas três irmãs.
Aua obra musical misturava a tradição mexicana, klezmer e rock e era cantada em três idiomas: espanhol, francês e inglês.
Faleceu a 1 de janeiro de 2010, em Montreal, Canadá, vítima de cancro de mama.


Avril Lavigne - 30 anos!

Avril Ramona Lavigne (Belleville, 27 de setembro de 1984) é uma cantora e compositora canadiana que também desenvolve trabalhos paralelos na área do design de moda, da filantropia e, ocasionalmente, como atriz.
Alguns críticos a denominam como Princesa do Pop Punk. Iniciou a sua carreira musical ao assinar contrato em dezembro de 2001, após uma apresentação feita pela cantora numa feira e exposição de gado, quando despertou o interesse do produtor L. A. Reid, que trabalhava na já extinta Arista Records. Até 2011, os seus então quatro álbuns de estúdio, Let Go, Under My Skin, The Best Damn Thing e Goodbye Lullaby, já haviam vendido juntos mais de 35 milhões de cópias e 50 milhões de singles em todo o mundo, além de mais de 500 mil álbuns e 700 mil downloads pagos somente no Brasil, sendo uma das recordistas de vendas digitais no país, de acordo com a ABPD. Lavigne também é uma das jovens mais ricas do mundo, segundo a lista da revista Forbes, com um lucro de mais de 12 milhões de dólares por ano.
A revista Rolling Stone criou uma votação para eleger as 100 melhores canções e discos entre 2000 e 2009, na qual a música "Complicated" ficou na oitava posição e o álbum Let Go na quarta, respetivamente. Lavigne também está no livro Guinness World Records como a cantora mais jovem a estrear no topo da parada oficial do Reino Unido, aos 18 anos e 106 dias de idade, em 11 de janeiro de 2003, com Let Go, que alcançou o primeiro lugar em sua 18º semana na UK Albums Chart. O mesmo trabalho entrou na posição 162º na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame.
A revista Billboard fez uma lista dos 100 artistas mais populares da década de 2000 nos Estados Unidos, na qual Lavigne ficou na 28ª posição. Na categoria Billboard 200 Artists, que indica os artistas mais bem sucedidos na parada de vendas de álbuns Billboard 200, a canadiana ficou na 38ª colocação - além da 10ª posição na Pop Songs, na 48ª na Radio Songs Artists e na Digital Songs Artists. No Brasil, o portal de entretenimento e notícias IG elegeu a cantora, através de mais de meio milhão de votos de internautas, como o "som da década" de 2000. Já foi lançado o seu quinto álbum de estúdio autointitulado Avril Lavigne, em 5 de novembro de 2013 pela gravadora Epic Records.
Além de cantora e compositora, Avril Lavigne também está envolvida nas áreas de moda e perfumaria, lançando a fragrância Black Star, criada sob licença da Procter & Gamble; e uma linha de roupas, Abbey Dawn, lançada em julho de 2008 nos Estados Unidos pela loja Kohls. Também fez participações em três filmes, Going the Distance, Fast Food Nation e The Flock, além de ter composto a faixa-tema do filme Alice no País das Maravilhas, de Tim Burton, "Alice". A artista foi casada com o vocalista da banda Sum 41, Deryck Whibley, durante três anos - entre 2006 e 2009. E é atualmente casada com Chad Kroeger, vocalista da banda Nickelback, desde 1 de julho de 2013.


Música para geopedrados para preparar o fim de semana...



NOTA: queríamos dedicar esta música à colega geopedrada e amiga Luísa, neste dia em que é novamente bebé, recordando as saudades que temos dela... Temos mesmo de fazer em breve um novo encontro de curso...

sexta-feira, setembro 26, 2014

Pequeno sismo sentido no Alentejo

Recebido via e-mail do IPMA:
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera informa que no dia 25.09.2014 pelas 22.31 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente, um sismo de magnitude 2,6 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 14 km a Sul-Sudeste de Évora.

Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima III (escala de Mercalli modificada) em diversas localidades do concelho de Évora.

Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados.

Sugere-se o acompanhamento da evolução da situação através da página do IPMA na Internet (www.ipma.pt) e a obtenção de eventuais recomendações junto da Autoridade Nacional de Proteção Civil (www.prociv.pt).

NOTA: localização do epicentro no GoogleMaps e dados do sismo de ontem, obtido pelo IPMA:


Data (TU)Lat.Lon.Prof.Mag.Ref.GrauLocal
2014-09-25 21:31 38,44 -7,86 17 2,5 SE Evora IIIÉvora

quarta-feira, setembro 24, 2014

Nicolau abandonou o ciclismo há 75 anos

(imagem daqui)

José Maria Nicolau, ciclista português, nasceu no Cartaxo no dia 15 de outubro de 1908. Ingressou no Sport Lisboa e Benfica em 1929. Venceria com a camisola encarnada a Volta a Portugal em 1931 e 1934. O país desportivo, na década de 1930, rejubilou com os seus famosos duelos com o arqui-rival sportinguista Alfredo Trindade, também de Cartaxo. Ambos tinham cinco meses de diferença de idade e uma mútua amizade. Nicolau era alto, forte e possante, ao contrário de Trindade, pequeno e franzino. Esta sã rivalidade desportiva entre os dois contribuiu decisivamente para a consolidação dos dois emblemas desportivos a nível nacional. Nicolau é considerado o maior corredor da História do ciclismo do Benfica, modalidade simbolicamente representada no seu emblema.
Terminaria a sua carreira no dia 24 de setembro de 1939. Faleceu em agosto de 1969, num acidente de viação, quando Alfredo Trindade era, por curiosidade, técnico de ciclismo do Benfica.


Na morte de nicolau

José maria nicolau fugiu. Quem o apanha?
Nunca ele pedalou tanto como agora
Decerto vai chegar antes da hora
A etapa era decisiva e está ganha

Ele que várias vezes deu a volta a portugal
deu desta vez a volta a quê? Talvez à vida
A alguns anos já da primeira partida
fugiu. Tudo se torna agora mais real

Que média fez num terreno tão mau
É tudo serra custa tanto subi-la
Deixem que eu vista a camisola amarela
ao grande corredor josé maria nicolau

 

in Homem de Palavra(s) - Ruy Belo (1970)

terça-feira, setembro 23, 2014

Música, com respetiva poesia de Vivaldi, para celebrar a estação em que entrámos...




L'Autunno

Celebra il vilanel con balli e canti
Del felice raccolto il bel piacere
E del liquor de Bacco accesi tanti
Finiscono col sonno il lor godere.

Fà ch' ogn' uno tralasci e balli e canti
L' aria che temperata dà piacere,
E la Staggion ch' invita tanti e tanti
D'un dolcissimo sonno al bel godere.

I cacciator alla nov' alba á caccia
Con corni, schioppi e canni escono fuore
Fugge la belua, e seguono la traccia;

Già Sbigottita, e lassa al gran rumore
De'schioppi e canni, ferita minaccia
Languida di fuggir, mà oppressa muore.


NOTA: tradução pessoal do poema de Vivaldi, para quem não entende italiano:

O Outono

Celebra o agricultor com danças e cantos
Da feliz colheita o grande prazer;
Mas um tanto aceso pelos líquidos de Baco
Acaba com o sono estes divertimentos.

Faz a todos interromper danças e cantos,
O clima temperado é aprazível;
E a estação convida a uns e outros
De um dulcíssimo sono a todos gozar.

O caçador, na nova alvorada, à caça,
Com trompas, espingardas e cães, irrompe;
Foge a besta, mas seguem-lhe o rastro.

Já exausta e apavorada com o grande rumor,
Por tiros e mordidas ferida, ameaça
Uma curta fuga, mas cai e morre oprimida!

Porque acabou o verão...

(imagem daqui)

Glosa à chegada do outono

O corpo não espera. Não. Por nós
ou pelo amor. Este pousar de mãos,
tão reticente e que interroga a sós
a tépida secura acetinada,
a que palpita por adivinhada
em solitários movimentos vãos;
este pousar em que não estamos nós,
mas uma sede, uma memória, tudo
o que sabemos de tocar desnudo
o corpo que não espera: este pousar
que não conhece, nada vê, nem nada
ousa temer no seu temor agudo...

Tem tanta pressa o corpo! E já passou,
quando um de nós ou quando o amor chegou.

 

in Fidelidade (1958) - Jorge de Sena

Chegou o outono...

Google Doodle animado de 23.09.2014 - Equinócio do outono

Na astronomia, equinócio é definido como o instante em que o Sol, em sua órbita aparente (como vista da Terra), cruza o plano do equador celeste (a linha do equador terrestre projetada na esfera celeste). Mais precisamente é o ponto no qual a eclíptica cruza o equador celeste.
A palavra equinócio vem do latim, aequus (igual) e nox (noite), e significa "noites iguais", ocasiões em que o dia e a noite duram o mesmo tempo. Ao medir a duração do dia, considera-se que o nascer do Sol (alvorada ou dilúculo) é o instante em que metade do círculo solar está acima do horizonte, e o pôr do Sol (crepúsculo ou ocaso) o instante em que o círculo solar está metade abaixo do horizonte. Com esta definição, o dia e a noite durante os equinócios têm igualmente 12 horas de duração.
Os equinócios ocorrem nos meses de março e setembro quando definem mudanças de estação. Em março, o equinócio marca o início da primavera no hemisfério norte e do outono no hemisfério sul. Em setembro ocorre o inverso, quando o equinócio marca o início do outono no hemisfério norte e da primavera no hemisfério sul.

domingo, setembro 21, 2014

Leonard Cohen - 80 anos


Leonard Norman Cohen (Montreal, 21 de Setembro de 1934) é um cantor, compositor, poeta e escritor canadiano.
Embora seja mais conhecido por suas canções, que alcançaram notoriedade tanto em sua voz quanto na de outros intérpretes, Cohen passou a se dedicar à música apenas depois dos 30 anos, já consagrado como autor de romances e livros de poesia.

Biografia
Leonard Cohen nasceu em Montreal, província de Quebec, Canadá, de uma família judia de origem polaca. A sua infância foi marcada pela morte de seu pai quando Cohen tinha apenas 9 anos, facto que seria determinante para o desenvolvimento de uma depressão que o acompanharia durante boa parte da vida.
Aos 17 anos, ingressa na Universidade McGill e forma um trio de música country. Paralelamente, passa a escrever seus primeiros poemas, inspirado por autores como García Lorca.

Em 1956, lança seu primeiro livro de poesia, Let Us Compare Mythologies, seguido em 1961 por The Spice Box of Earth, que lhe conferiria fama internacional.
Após o sucesso do livro, Cohen decide viajar pela Europa, e acaba por fixar residência na ilha de Hidra, na Grécia, onde passa a viver junto com Marianne Jensen e seu filho, Axel.
Em 1963 lança The Favorite Game, sua primeira novela, seguida pelo livro de poemas Flowers for Hitler, em 1964, e pela sua segunda novela, Beautiful Losers, em 1966.
Em 2011 foi o vencedor do Prémio Príncipe das Astúrias das Letras.

Já estabelecido como escritor, Cohen decide se tornar compositor. Para isso, muda-se para os Estados Unidos, onde conhece a cantora Judy Collins, que grava duas de suas composições ("Suzanne" e "Dress Rehearsal Rag") em seu disco In My Life, de 1966.
No ano seguinte, Cohen participa do Newport Folk Festival, onde chama a atenção do produtor John Hammond, o mesmo que antes havia descoberto, dentre outros, Billie Holiday e Bob Dylan. Songs of Leonard Cohen, seu primeiro disco, é lançado no final do ano, sendo bem recebido por público e crítica.
Seu próximo disco, Songs from a Room, seria produzido por Bob Johnston, produtor dos principais trabalhos de Dylan nos anos 60. Embora não tão bem recebido quanto o anterior, contém a canção "Bird on the Wire", que o próprio Cohen disse ser a sua favorita dentre as suas composições. Em 1971, lança Songs of Love and Hate, um disco mais sombrio que os anteriores. No mesmo ano, o diretor Robert Altman, em seu filme McCabe & Mrs. Miller, utiliza três canções de Cohen: "Sisters of Mercy", "Winter Lady" e "The Stranger Song", todas do primeiro disco do cantor.
Um novo livro de poemas, The Energy of Slaves, é lançado em 1972 e, no ano seguinte, o disco ao vivo Live Songs.
Também em 1973, por ocasião da Guerra do Yom Kipur, Cohen faz uma série de shows gratuitos para soldados israelitas. Baseada no poema "Unetaneh Tokef " da tradição judaica, surgiria a canção "Who by Fire", incluída no álbum New Skin for the Old Ceremony, a ser lançado no ano seguinte.

Após o disco de 1974, Cohen decide se afastar do mundo da música, resultado não só de uma confessa falta de inspiração, mas também de sua insatisfação com as exigências do mercado.
O seu retorno dar-se-ia em 1977, com Death of a Ladies' Man, produzido por Phil Spector, que foi também o co-autor de quase todo o repertório do disco. O álbum foi marcado por atritos após as gravações, quando Spector se trancou em seu estúdio para o processo de mixagem, não permitindo que nem mesmo Cohen interferisse no resultado final. Por conta disso é até hoje notória a insatisfação do cantor com o disco, o qual classifica como sendo o mais fraco de todos. Em 1978, numa alusão ao álbum do ano anterior, seria a vez do lançamento do livro Death of a Lady's Man.
Em 1979 reaproxima-se do estilo dos seus primeiros trabalhos com Recent Songs, cuja turnê foi registada no disco Field Commander Cohen: Tour of 1979, lançado apenas em 2001. Entre os integrantes de sua banda de apoio encontravam-se Sharon Robinson, co-autora de várias canções de Cohen a partir da década de 80, e Jennifer Warnes.
Após a turnê, seguiu-se mais um período de reclusão, no qual dedicou-se à escrita e ao estudo do budismo. Só voltaria a lançar novos trabalhos em 1984, com o disco Various Positions e o livro de poemas Book of Mercy. Embora a essa altura sua popularidade nos Estados Unidos estivesse em baixa, a sua música ainda fazia grande sucesso em alguns países da Europa como França e Noruega.
  
Ressurgimento e aclamação
Em 1988, retorna com o álbum I'm Your Man, aclamado por crítica e público. Parte dessa boa recepção deve ser creditada a Famous Blue Raincoat – The Songs of Leonard Cohen, disco tributo lançado por Jennifer Warnes um ano antes, que apresentou as canções do canadiano a toda uma nova geração de fãs.
Paralelamente, muitos dos jovens músicos ligados ao folk e ao indie-rock da época diziam-se influenciados pelo trabalho do cantor. Parte desses músicos seria responsável pelo disco-tributo I'm Your Fan, lançado em 1991. Dentre estes, destacavam-se R.E.M., Ian McCulloch (vocalista do Echo & the Bunnymen) e Nick Cave and the Bad Seeds.
No ano seguinte lançaria The Future e, em 1994, Cohen Live, contendo registos de apresentações ao vivo entre os anos de 1988 e 1993.
Em 1994, consolidando a sua aproximação com o budismo, Cohen passa a viver no mosteiro de Mount Baldy Zen Center, próximo de Los Angeles. Em 1996, seria ordenado monge zen, e ganharia o nome Dharma de Jikan ("silencioso").
Nesse meio-tempo é lançado, em 1995, um outro disco-tributo, Tower of Songs, dessa vez com nomes mais conhecidos, como Elton John, Bono e Willie Nelson.
No mesmo ano é lançado o livro Dance Me to the End of Love, onde poesias suas são mescladas com pinturas do francês Henri Matisse.
A sua experiência no mosteiro iria até o ano de 1999, quando voltaria a morar em Los Angeles. Apesar disso, Cohen ainda se considera judeu, ressaltando que não procura "uma nova religião".
Em 2001, lança Ten New Songs, o seu primeiro disco de inéditas em sete anos, feito em parceria com Sharon Robinson. Em 2004 seria a vez de Dear Heather.
Em maio de 2006 é lançado o disco Blue Alert da cantora Anjani Thomas, a sua namorada e ex-vocalista da sua banda de apoio. Cohen foi o produtor e co-autor de todas as faixas do disco.
Menos de um mês depois é lançado o aclamado documentário Leonard Cohen: I'm Your Man, onde relatos do cantor são intercalados com versões de suas músicas interpretadas por artistas como Rufus Wainwright e Nick Cave. No fim da película o próprio Cohen interpreta, juntamente com os U2, a música "Tower of Song".



sábado, setembro 20, 2014

O Papa João XXI foi eleito há 737 anos

Papa João XXI, nascido Pedro Julião Rebolo mais conhecido como Pedro Hispano, (Lisboa, 1215  - Viterbo, 20 de maio de 1277)  foi papa entre 20 de setembro de 1276, até à data da sua morte, tendo sido também um famoso médico, filósofo, professor e matemático português do século XIII.
Alguns autores indicam como data de nascimento o ano de 1205, outros que foi antes de 1210, possivelmente em 1205 ou 1207 e outros ainda entre 1210 e 1220.
 
Brasão de armas do Papa João XXI
 
Papado
João XXI irá marcar o seu breve pontificado (de pouco mais de 8 meses) pela fidelidade ao XIV Concílio Ecuménico de Lião. Apressa-se a mandar castigar, em tribunal criado para o efeito, os que haviam molestado os cardeais presentes no conclave que o elegera.
Embora sem grande sucesso, leva por diante a missão encetada por Gregório X de reunir a Igreja Grega à Igreja do Ocidente. Esforça-se por libertar a Terra Santa em poder dos turcos.
Tenta reconciliar grandes nações europeias, como França, Germânia e Castela, dentro do espírito da unidade cristã. Neste sentido, envia legados a Rodolfo de Habsburgo e a Carlos de Anjou, sem sucesso.
Pontífice dotado de rara simplicidade, recebe em audiência tanto os ricos como os pobres. Dante Alighieri, poeta italiano (1265-1321), na sua famosa Divina Comédia, coloca a alma de João XXI no Paraíso, entre as almas que rodeiam a alma de São Boaventura, apelidando-o de "aquele que brilha em doze livros", menção clara a doze tratados escritos pelo erudito pontífice português. O rei Afonso X de Leão e Castela, o Sábio, avô do Rei D. Dinis de Portugal, elogia-o em forma de canção no "Paraíso", canto XII. Mecenas de artistas e estudantes, é tido na sua época por 'egrégio varão de letras', 'grande filósofo', 'clérigo universal' e 'completo cientista físico e naturalista'.
Mais dado ao estudo que às tarefas pontifícias, João XXI delega no Cardeal Orsini, o futuro Papa Nicolau III, os assuntos correntes da Sé Apostólica. Ao sentir-se doente, retira-se para a cidade de Viterbo, onde morre a 20 de maio de 1277, vitimado pelo desmoronamento das paredes do seu aposento, estando o palácio apostólico em obras. É sepultado junto do altar-mor da Catedral de São Lourenço, naquela cidade. No século XVI, durante os trabalhos de reconstrução do templo, os seus restos mortais são trasladados para modesto e ignorado túmulo, mas nem aqui encontraram repouso definitivo. Através do contributo da Câmara Municipal de Lisboa, por João Soares então seu presidente, o mausoléu é colocado, a título definitivo, ao lado do Evangelho da Catedral de Viterbo, a 28 de março de 2000.
Deu nome ao Hospital Pedro Hispano e à Estação Pedro Hispano, ambos em Matosinhos, à Avenida João XXI, em Lisboa, e ao Instituto Pedro Hispano, em Granja do Ulmeiro, no concelho de Soure, no distrito de Coimbra.