quarta-feira, janeiro 15, 2014

Karl Liebknecht e Rosa Luxemburgo foram assassinados há 95 anos

Karl Liebknecht (Leipzig, 13 de agosto de 1871 - Berlim, 15 de janeiro de 1919) foi um político e dirigente socialista alemão.
Filho de Wilhelm Liebknecht e colaborador de Karl Marx e Friedrich Engels, Karl Liebknecht ficou conhecido por ter, com Rosa Luxemburgo, fundado a Liga Spartacus, em 1916. Este movimento de esquerda surgiu na Alemanha em oposição ao regime social-democrata vigente na República de Weimar, acusado pelos espartaquistas de ser cooptado pela burguesia.
Karl Liebknecht estudou direito nas Universidades de Leipzig e Berlim, concluindo o seu doutoramento na Universidade de Würzburg, em 1897. Abriu um escritório de advocacia e passou a defender causas sindicais e da juventude. Em 1900 aderiu ao Partido Social-Democrata da Alemanha. Passa a intensa militância política e funda em 1915, juntamente com Rosa Luxemburgo e outros, a Liga Spartacus, sendo expulso do SPD em 1916, aglutinando-se no Partido Social-Democrata Independente da Alemanha (USPD) e, depois da ruptura com este, no Partido Comunista da Alemanha (KPD).
Em 15 de janeiro de 1919, após o governo moderado alemão ter colocado as cabeças dos líderes da esquerda a prémio, Karl Liebknecht e Rosa Luxemburgo foram assassinados em Berlim. Entretanto, o movimento a que eles deram origem não morreu com os seus idealizadores, já que sua concepção acabou, principalmente através de sua principal teórica, Rosa Luxemburgo, influenciando diversos grupos e indivíduos, dando prosseguimento ao espartaquismo ou luxemburguismo.
Karl Liebknecht, juntamente com a Liga Spartacus, acabou por fundar o Partido Comunista da Alemanha, aliando-se a outros grupos comunistas da época, os Delegados Revolucionários e os Comunistas Internacionalistas. Com a morte de Liebknecht e Luxemburgo, o KPD acaba caindo na direção de Paul Levi, espartaquista que se aproximou da social-democracia anteriormente combatida e, posteriormente, passou ao comando de líderes pró-bolcheviques, sendo que a ala mais radical (principalmente os Comunistas Internacionalistas) juntou-se com a Esquerda de Breme e fundou o Partido Comunista Operário da Alemanha.



Rosa Luxemburgo, em polaco Róża Luksemburg (Zamość, 5 de março de 1871 - Berlim, 15 de janeiro de 1919), foi uma filósofa e economista marxista polaca e alemã, que se tornou mundialmente conhecida pela sua militância revolucionária ligada à Social-Democracia do Reino da Polónia e Lituânia (SDKP), ao Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) e ao Partido Social-Democrata Independente da Alemanha (USPD). Participou da fundação do grupo de tendência marxista do SPD, que viria a se tornar mais tarde o Partido Comunista da Alemanha (KPD).
Em 1915, após o SPD apoiar a participação alemã na Primeira Guerra Mundial, Luxemburgo fundou, ao lado de Karl Liebknecht, a Liga Espartaquista. Em 1 de janeiro de 1919, a Liga transformou-se no KPD. Em novembro de 1918, durante a Revolução Espartaquista, ela fundou o jornal Die Rote Fahne (A Bandeira Vermelha), para dar suporte aos ideais da Liga.
Luxemburgo considerou o levantamento espartaquista de janeiro de 1919, em Berlim, como um grande erro. Entretanto, ela acabaria por apoiar a insurreição que Liebknecht iniciou, sem seu conhecimento. Quando a revolta foi esmagada pelas Freikorps, milícias de direita composta por veteranos da Primeira Guerra que defendiam a República de Weimar, Luxemburgo, Liebknecht e alguns de seus seguidores foram capturados e assassinados. Luxemburgo foi fuzilada e o seu corpo deitado à água no Landwehr Canal, em Berlim.

(...)

Em 15 de janeiro de 1919, Rosa Luxemburgo, Karl Liebknecht e Wilhelm Pieck, líderes do Partido Comunista da Alemanha, foram presos e levados para interrogatório no Hotel Eden em Berlim. Enquanto que os detalhes das mortes de Luxemburgo e Liebknecht são desconhecidos, a versão mais aceite é de que foram retirados do hotel por paramilitares do grupo de direita Freikorps, que mais tarde iriam apoiar os nazis. Enquanto Luxemburgo e Liebknecht eram escoltados para fora do prédio, foram espancados até ficarem inconscientes. Pieck conseguiu fugir, enquanto Luxemburgo e Liebknecht foram levados, cada um, num jipe militar. O primeiro jipe, com Rosa Luxemburgo, virou antes da ponte Corneliusbrücke, numa pequena rua paralela ao curso de água conhecido como Canal do Exército (Landwehrkanal). Ela foi baleada e atirada, semi-morta, nas águas geladas de janeiro do Landwerkanal. O seu companheiro de luta, Karl, seguia no outro jipe, que cruzou a Corneliusbrücke e entrou numa das ruas desertas do parque Tiergarten. Ele foi baleado pelas costas, enquanto era induzido a caminhar. Morto, foi entregue como indigente num posto policial. Dois meses mais tarde, Jogiches foi morto, pelo mesmo grupo. O corpo de Rosa Luxemburgo só foi encontrado no final de junho. Os seus assassinos jamais foram condenados. Somente em 1999, uma investigação do governo alemão concluiu que as tropas de assalto haviam recebido ordens e dinheiro dos governantes social-democratas para matar Luxemburgo e Liebknecht.
Os corpos de Luxemburgo e Liebknecht estão enterrados no Cemitério Central de Freidrichsfelde, em Berlim. Todos os anos, socialistas e comunistas se reúnem no local na segunda segunda-feira de janeiro para homenageá-los.

(imagem daqui)

Epitáfio para Rosa Luxemburgo

Aqui jaz
Rosa Luxemburgo
Judia da Polónia
Vanguarda dos operários alemães
Morta por ordem
Dos opressores. Oprimidos
Enterrai as vossas desavenças!


Bertold Brecht

Martin Luther King nasceu há 85 anos

Martin Luther King Jr. (Atlanta, 15 de janeiro de 1929 - Memphis, 4 de abril de 1968) foi um pastor protestante e ativista político estadunidense. Tornou-se um dos mais importantes líderes do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, e no mundo, com uma campanha de não violência e de amor ao próximo.
Um pastor Batista, King tornou-se um ativista dos direitos civis no início de sua carreira. Ele liderou, em 1955, o boicote aos autocarros de Montgomery e ajudou a fundar a Conferência da Liderança Cristã do Sul (SCLC), em 1957, servindo como o seu primeiro presidente. Os seus esforços levaram à Marcha sobre Washington de 1963, onde ele fez o seu discurso "I Have a Dream".
Em 14 de outubro de 1964 King recebeu o Prémio Nobel da Paz, pelo o combate à desigualdade racial através da não violência. Nos anos que antecederam a sua morte, ele expandiu o seu foco de luta e debate para incluir a pobreza e a Guerra do Vietname, perdendo muitos dos seus aliados liberais com um discurso de 1967, intitulado "Além do Vietname".
King foi assassinado a 4 de abril de 1968, em Memphis, Tennessee. Ele recebeu, postumamente, a Medalha Presidencial da Liberdade, em 1977, e Medalha de Ouro do Congresso, em 2004; o Dia de Martin Luther King, Jr. foi estabelecido como um feriado federal dos Estados Unidos em 1986. Centenas de ruas nos EUA também foram renomeadas em sua homenagem.

(...)

Em 1986 foi estabelecido um feriado nacional nos Estados Unidos para homenagear Martin Luther King, o chamado Dia de Martin Luther King - sempre na terceira segunda-feira do mês de janeiro, data próxima do aniversário de King. Em 1993, pela primeira vez, o feriado foi cumprido por todos os estados do país.


Há cinco anos, um pequeno grande milagre ocorreu no rio Hudson, em Nova Iorque

 O Airbus A320, depois da queda, flutuando no rio Hudson

O Voo US Airways 1549 foi um voo comercial de passageiros rotineiro, que iria de Nova Iorque para Charlotte, na Carolina do Norte, que, a 15 de janeiro de 2009, caiu no rio Hudson, numa zona adjacente a Manhattan, seis minutos após descolar do Aeroporto de LaGuardia.
Enquanto ganhava altitude, o Airbus A320 atingiu um grupo de gansos-do-canadá, o que resultou numa imediata perda de potência de ambas as turbinas. Quando a tripulação determinou que a aeronave não poderia alcançar da sua posição, logo a nordeste da ponte George Washington, nenhum local de aterragem, decidiram guiar o avião para sul e estabeleceu o seu voo para o rio Hudson, e então aterrou o avião, virtualmente intacto, curiosamente perto do Intrepid Sea-Air-Space Museum, no centro de Manhattan. Logo após a aterragem de emergência no rio, os 155 passageiros do avião, parcialmente submerso e em naufrágio, saíram e foram todos resgatados por embarcações próximas.
Toda a tripulação do voo 1549 foi mais tarde condecorada com a Medalha de Mestre da Guild of Air Pilots and Air Navigators. No momento da entrega das medalhas, foi dito que "...esta aterragem de emergência e a evacuação do avião, sem a perda de vidas humanas, é uma conquista heroica e única da aviação".
 

terça-feira, janeiro 14, 2014

Caleb Followill, vocalista e guitarrista dos Kings of Leon, faz hoje 32 anos

Anthony Caleb Followill (Mt. Juliet, Tennessee, 14 de janeiro de 1982), mais conhecido como Caleb Followill, é o vocalista e guitarrista da banda norte-americana de rock alternativo, Kings of Leon. Ele é irmão dos companheiros de banda, o baixista Jared Followill, o baterista Nathan Followill, e é primo do guitarrista Matthew Followill.
Tem uns agudos exóticos e uma beleza considerada conquistadora, apesar de desajeitada. O álbum de estreia foi classificado pela imprensa inglesa como um dos dez melhores dos últimos dez anos (desde os Strokes) e a sua banda ganhou o adjetivo de “notável” de Elton John.

Biografia
Caleb é filho de Betty Ann e Ivan Leon Followill, um pastor da Igreja Pentecostal Evangelista, que viajou pelo sul dos Estados Unidos.
Caleb é casado com a modelo norte-americana, Lily Aldridge, que apareceu com ele no vídeo da música Use Somebody.

Curiosidades
  • A primeira grande canção dos Kings, de acordo com Caleb, foi “Wicker Chair”, que apareceu na EP Holy Roller Novocaine. “Trey Boyer tocava guitarra enquanto eu e Nathan cantávamos,” diz Caleb, lembrando um dos primeiros shows, em Nashville. “Um dia ele me ensinou um acorde C, e naquela noite eu tocava, e Jared desceu as escadas e sentou-se na nossa cadeira branca de vime. Quando Nathan não estava olhando, eu ficava chapado com Jared e tínhamos bons momentos. Então eu me lembro de escrever as letras de abertura sobre o Jared. ‘In your little white wicker chair, unsuspicious?’ E então escrevi o resto da canção sobre meu pai.” Caleb também disse que escreveu “Head To Toe” sobre Matthew, “Razz” sobre Jared, e “Go Fuck Yourself” sobre Nathan.
  • Caleb diz que adora ver o programa America’s Funniest Home Videos, e gosta de todos os programas do género culinário.
  • O primeiro show de todos dos Kings foi no Smith’s Olde Bar, em Atlanta, abrindo para os Skeeters e a estrela country fora da lei Billie Joe Shaver. Coincidentemente, Shaver estrelou o filme The Apostle. Caleb compara o seu pai ao papel do Robert Duvall naquele filme. “Aquele foi um dos momentos mais assustadores da minha vida toda,” diz Caleb. “Entramos e vimos todos os chapéus de cowboy, e eu literalmente disse ao pessoal, ‘Esqueçam o country normal. Esta noite, estas canções serão country alternativo.’ E fomos lá e as pessoas estavam a tirar os seus chapéus, falando ‘whooo!’ e adorando, mesmo que estivéssemos vestidos como os New York Dolls. Quando o pano baixou, foi um momento muito especial.”
  • Caleb foi eleito o músico de rock mais sexy pelo site de música Gigwise.
  • Caleb é conhecido como "Tony" pelo resto da banda e os seus amigos mais próximos.
  • Ele tem 1,78 m de altura.

Dave Grohl - 45 anos!

David Eric Grohl (Warren, 14 de janeiro de 1969) é ex-baterista da banda Nirvana e atual vocalista e guitarrista dos Foo Fighters e ainda baterista das bandas Them Crooked Vultures e Queens of the Stone Age, dos Estados Unidos.

Desde cedo tocava bateria em muitas bandas punk, e aos dezasseis anos, no começo da década de 80, entrou para a banda Scream. A primeira vez que Dave viu os Nirvana tocando foi durante uma turnê europeia dos Scream. Depois, com a turnê cancelada, o fim da banda Scream e ainda com alguns problemas financeiros ele ligou para Buzz Osbourne, um amigo que conhecia Kurt e Krist, pegou o telefone de Krist, ligou para ele e foi para Seattle. Chegando, tocou com os dois, que na época tocavam, provisoriamente, com Dan Peters, baterista do Mudhoney. Kurt e Krist perceberam que ele era o baterista que eles estavam à procura e Dave entrou para a banda.
Em 1992, Grohl grava a demo Pocketwatch com algumas composições suas, sob o pseudónimo de Late!
Em 1994, com a morte de Kurt Cobain, a banda acabou. Logo a seguir ele junta-se a Tom Petty & the Heartbreakers,  para uma série de apresentações onde é convidado para assumir as baquetas. Dave à principio aceita o convite, mas depois de uma conversa com Tom Petty onde Dave fala sobre algumas músicas que tinha composto desde os tempos do Nirvana, então o próprio Tom Petty admite que ele perderia o seu tempo ali com os "velhos" Tom Petty and the Heartbreakers e diz que ele tem um belo futuro pela frente, liderando uma banda.
Tom Petty estava certo e assim Dave, com seu o amigo Barret Jones entrou num estúdio profissional e gravou algumas coisas que, mais tarde, dariam origem ao primeiro CD dos Foo Fighters. Ele gravou todos os instrumentos, fez cem cópias da fita e mandou para os amigos. Rapidamente várias gravadoras mostraram interesse e, juntamente com Nate Mendel (baixo), William Goldsmith (bateria), Pat Smear (guitarra), Dave assumiu os microfones e formou os Foo Fighters. Hoje a formação não é igual à original, pois juntaram-se a Dave e Nate, no lugar de William e Pat, Taylor Hawkins, ex-baterista da Alanis Morissette, e Chris Shiflett na guitarra, sendo que Pat Smear, que se apresentava com a banda desde 2006 como músico de apoio, voltou a ser membro oficial em 2011, com o lançamento do álbum Wasting Light.

Vida pessoal
Dave envolveu-se no início dos anos 90 com a Riot Grrrl , Kathleen Hanna da banda Bikini Kill e com a baixista da banda L7, Jennifer Finch. Dave Grohl casou-se duas vezes, a primeira vez foi com a fotógrafa Jennifer Youngblood, de 1993 à 1997; depois do divórcio, Grohl teve relacionamentos com Louise Post de Veruca Salt, com a artista solo e também com a baixista da banda Hole, Melissa Auf der Maur, e com uma snowboarder profissional, chamada Tina Basich.
Finalmente ele casou com a sua segunda esposa, uma produtora da MTV, chamada Jordyn Blum, a 2 de agosto de 2003, em Los Angeles. Entre os convidados para a cerimónia estavam Clive Davis, Jack Black e o seu ex-companheiro de Nirvana Krist Novoselic. No dia 15 de Abril de 2006, Grohl e a sua esposa comemoraram a chegada de sua primeira filha, Violet Maye. O seu nome foi escolhido em homenagem à avó materna de Dave Grohl. Em 17 de abril de 2009, nasceu a segunda filha do casal, Harper Willow. Há pouco tempo teve seu nome associado a um escândalo com Courtney Love.

Nirvana - reencontro
Depois de concluir o álbum Wasting Light, em meados de fevereiro de 2011, Grohl alugou um estúdio em Los Angeles para ensaiar a música, só ele, Novoselic, e o ex-guitarrista do Nirvana, Pat Smear, integrante permanente dos Foo Fighters.
“Nós tocamos a música (Marigold) inteira e pensamos ter acabado,” Diz Grohl. “Éramos só nós três no estúdio e Krist disse, ‘Você quer tocar uma das antigas?’, e eu disse, ‘Hmm…Ok’ porque nunca tínhamos feito isso antes. Nunca.”
Novoselic tinha uma música em particular. “Krist disse, ‘Que se lixe, vamos tocar (Smells Like) Teen Spirit. E então tocámos Teen Spirit.”
A única pessoa, além dos três, no prédio inteiro, era Scott, o dono do estúdio. “Scott abriu a porta e ouviu-nos tocando Teen Spirit, parou por um segundo, ficou um bocado confuso confuso e fechou a porta.”
“Depois de terminamos, Scott disse, ‘Ei, essa música é muito boa – vocês deviam ficar com ela.”
Grohl e Smear ainda parecem assustados, com a coisa mais próxima de uma reunião dos Nirvana que o mundo já viu.
“É um bocado esquisito,” diz Grohl.
“É bastante esquisito,” ressalta Smear.
“Eu nunca pensei que fosse acontecer,” complementa Grohl. “Mas aconteceu. Simplemente assim. Da melhor maneira que poderia acontecer.”
O reencontro "oficial" do grupo aconteceu nessa quarta-feira (na verdade, na madrugada de quinta 13.12.12), como parte do concerto 121212, idealizado para apoiar as vítimas do furacão Sandy, em Nova York.
A reunião partiu de uma ligação de Paul McCartney para Dave Grohl, que, segundo o tabloide, culminou numa sessão de estúdio com os outros membros dos Nirvana, Novoselic e Pat Smear (integrante não oficial do grupo).

Outros projetos
Não é apenas com os Foo Fighters que Dave Grohl trabalha.
Em 2002, ele participou no CD "Songs For The Deaf", da banda Queens of the Stone Age, tocando bateria e fazendo alguns shows.
Dave também participou do filme "Tenacious D, a palheta do Destino" e no clipe "Beelzeboss" da banda Tenacious D, formada por Jack Black e Kyle Gass, fazendo o papel do demónio no filme, além de participar como baterista de todo o álbum The Pick of Destiny.
Em 2004 ele lançou o Probot, projeto que reuniu grandes nomes do metal, e ídolos de Dave Grohl, como Lemmy (Motörhead), Max Cavalera (Sepultura, Soulfly), Cronos (Venom) entre outros para gravar um álbum de nome Probot, com onze faixas, lançado pela Southern Lord Records.
Em 2005 participou como baterista do álbum With Teeth do Nine Inch Nails.
Em 2009, junto com John Paul Jones (Led Zeppelin) e Josh Homme (Queens of the Stone Age), Grohl formou a banda Them Crooked Vultures, na qual ele toca bateria.


Há 355 anos a Batalha das Linhas de Elvas consolidou a independência de Portugal

Padrão comemorativo da Batalha das Linhas de Elvas

Guerra da Restauração
Data 14 de janeiro de 1659
Local Elvas
Resultado Vitória esmagadora Portuguesa
Combatentes
Reino de Portugal (Bragança) Reino de Espanha (Habsburgo)
Comandantes
D. António Luís de Meneses D. Luís de Haro
Forças
8 000 homens
2 900 cavalaria
7 canhões
14 000 homens
5 000 cavalaria
19 canhões
3 Morteiros
Baixas
200 9 000 homens
4 700 cavalaria


A Batalha das Linhas de Elvas, foi travada em 14 de janeiro de 1659, em Elvas, entre portugueses e espanhóis.

História
Em 1658, o exército espanhol, comandado por D. Luís de Haro, acampava na fronteira do Caia, com 14 000 homens de infantaria, 5 000 de cavalaria,19 canhões (na verdade apenas 18 entraram em batalha, pois um perdeu uma roda no meio do caminho) 3 morteiros(155 mm.) de artilharia. Alguns dias decorreram em preparativos quer no lado espanhol para o cerco de Elvas, quer por parte dos portugueses para defenderem a cidade. D. Luís de Haro distribuiu as suas tropas ao longo de entrincheiramentos cercando a praça, dando ordem para que fosse exercida apertada vigilância a fim de impedir que Elvas recebesse mantimentos ou qualquer outra espécie de auxílio vindo do exterior, de tal modo que só a chegada de um verdadeiro Exército poderia evitar mais cedo ou mais tarde, a capitulação da praça. A rainha D. Luísa resolveu chamar D. António Luís de Meneses, conde de Cantanhede, para lhe entregar o comando geral das tropas portuguesas no Alentejo, e transferir para o mesmo teatro de operações D. Sancho Manuel, que foi assumir as funções de Mestre-de-campo-general. As tropas espanholas instaladas nas duas colinas mais próximas começaram a bombardear a praça de Elvas, causando pânico e grandes baixas na população. Mas o maior perigo era a peste que causava cerca de 300 mortes por dia.
Mediante tal situação, o conde de Cantanhede, D. António Luís de Meneses reuniu em Estremoz um exército a fim de socorrer aquela praça do cerco espanhol. Apesar de grandes dificuldades, que o obrigaram a organizar recrutamentos em Viseu e na ilha da Madeira, e reunir as guarnições de Borba, Juromenha, Campo Maior, Vila Viçosa, Monforte e Arronches, o conde de Cantanhede conseguiu formar um exército de oito mil infantes, dois mil e novecentos cavaleiros, guarnecidos por sete canhões. Tendo ficado acordado, entre o conde de Cantanhede e D. Sancho Manuel, que o ataque às linhas de Elvas se faria pelo sítio conhecido por Murtais, o exército português saiu de Estremoz e marchou sobre a praça cercada.
Os brigantinos ocuparam as colinas da Assomada, de onde se avistava a cidade de Elvas e as linhas inimigas, estas num majestoso arraial. No dia 14 de janeiro, cerca das oito e quinze da manhã, os portugueses desencadearam o ataque como estava previsto pelo sítio dos Murtais. Manteve-se indecisa a vitória durante algum tempo, pois ao ataque respondiam os espanhóis com vigorosa defesa, mas a certa altura as tropas do conde de Cantanhede conseguiram romper irremediavelmente as linhas de trincheiras dos espanhóis, que começaram por ceder terreno e não tardaram a debandar.
As perdas sofridas pelas tropas filipinas nas linhas de Elvas foram enormes. Dos dezanove mil homens comandados por D. Luís de Haro, apenas cerca de cinco mil infantes e trezentos cavaleiros (sem contar com as mortes por infecção ou doença) conseguiram alcançar Badajoz.
Nesta batalha distinguiu-se o conde de Cantanhede, que recebeu, entre outras mercês, o título de marquês de Marialva, por carta de lei de 11 de junho de 1661.
Texto do padrão comemorativo da Batalha das Linhas de Elvas

Humphrey Bogart morreu há 57 anos

Humphrey DeForest Bogart (Nova Iorque, 25 de dezembro de 1899 - Hollywood, 14 de janeiro de 1957) foi um ator de cinema e teatro dos Estados Unidos, eleito pelo American Film Institute como a maior estrela masculina do cinema norte-americano de todos os tempos.
Conhecido pelo público como Bogie ou Bogey (preferia ser chamado de Bogie), é considerado um dos grandes mitos do cinema e ganhou o Óscar de melhor ator em 1951, por seu papel no filme A Rainha Africana. Morreu em 1957, vítima de cancro.
De entre os seus filmes de maior sucesso estão Relíquia Macabra, O Tesouro de Sierra Madre e Casablanca.



Humphrey Bogart
 

Era a cara que tinha e foi-se embora
mas nunca foi tão visto como agora
O seu olhar é água pura água
devassa-nos dá nome mesmo à mágoa
Ganhámo-lo ao perdê-lo. Não se perde um olhar
não é verdade meu irmão
humphrey bogart?

 

in Homem de Palavra(s), 1969 - Ruy Belo

segunda-feira, janeiro 13, 2014

Hoje é o dia de recordar O Desejado...

(imagem daqui)

D. SEBASTIÃO, REI DE PORTUGAL...

Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.

Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?


(imagem daqui)

A ÚLTIMA NAU

Levando a bordo El-Rei D. Sebastião,
E erguendo, como um nome, alto o pendão
Do Império,
Foi-se a última nau, ao sol aziago
Erma, e entre choros de ânsia e de pressago
Mistério.

Não voltou mais. A que ilha indescoberta
Aportou? Voltará da sorte incerta
Que teve?
Deus guarda o corpo e a forma do futuro,
Mas Sua luz projecta-o, sonho escuro
E breve.

Ah, quanto mais ao povo a alma falta,
Mais a minha alma atlântica se exalta
E entorna,
E em mim, num mar que não tem tempo ou ’spaço,
Vejo entre a cerração teu vulto baço
Que torna.

Não sei a hora, mas sei que há a hora,
Demore-a Deus, chame-lhe a alma embora
Mistério.
Surges ao sol em mim, e a névoa finda:
A mesma, e trazes o pendão ainda
Do Império.


in Mensagem (1934) - Fernando Pessoa

Morreu um Senhor que ajudou a terminar com a segregação racial nos Estados Unidos

Franklin McCain, um negro que ousou pedir café no balcão errado da América

McCain (segundo a contar da esquerda) sentiu-se "quase invencível" naquele balcão

Foi um dos pioneiros da luta contra a segregação racial. Em 1960, ele e outros três estudantes sentaram-se num snack-bar reservado a brancos em Greensboro, na Carolina do Norte, num protesto que se espalhou ao país.

“Se não consegues encontrar alguma coisa pela qual estás disposto a perder a vida, então deves perguntar-te porque estás cá”. Franklin McCain tinha apenas 19 anos mas talvez esta convicção estivesse já firme na sua cabeça quando, a 1 de Fevereiro de 1960, entrou nos armazéns da Woolworth em Greensboro, na Carolina do Norte, e se sentou com três colegas da universidade ao balcão de um snack-bar reservado a brancos. Pediram café e donuts e, quando recusaram servi-los ficaram ali sentados até a loja fechar. Voltaram no dia a seguir e em todos os seguintes – o pequeno grupo transformou-se numa multidão, que inspirou outras e ajudou a incendiar a luta pela igualdade entre brancos e negros na América dos anos 1960.
McCain morreu quinta-feira, aos 73 anos, de complicações pulmonares e os obituários que a imprensa lhe dedicou foram elegias da ousadia juvenil dos Quatro de Greensboro (como ficaram conhecidos), transformada em marco dos protestos contra a segregação dos negros. “McCain e os seus três colegas foram heróis à moda antiga, soldados no puro sentido da palavra: fartos da sua situação, incapazes de a tolerar por mais tempo, temendo os custos de se manterem inactivos por mais tempo, ergueram-se e foram à luta”, escreveu a revista The Atlantic.
Não foram os primeiros a protestar – de forma pacífica, sem provocações mas sem transigir – contra os estabelecimentos que tratavam de forma diferente os clientes conforme a sua raça.  Mas até então, nenhuma outra iniciativa atraíra tanto a atenção.
Numa das várias entrevistas que deu em 2010, no 50.º aniversário do seu sit-in, McCain explicou ao Charlotte Observer, o que levou os quatro caloiros da Universidade de Agricultura e Tecnologia da Carolina do Norte, uma escola só para negros, a passar à acção. Os pais e os avós tinham-lhes ensinado que, se cumprissem as leis e trabalhassem no duro, seriam bem-sucedidos: “Eu sentia-me parte de uma grande mentira. Todos nos sentíamos assim.” Depois de meses a discutir as injustiças da segregação, decidiram que era altura de fazer qualquer coisa e, na noite de 31 de Janeiro de 1960, escolheram o alvo: a cadeia Woolworth que, nos estados do sul, impunha a segregação aos seus clientes.  
Na tarde do dia seguinte, entraram na loja de Greensboro e, depois de comprarem material escolar e pedirem a factura (para provar que tinham feito despesas), sentaram-se em quatro bancos altos do snack-bar reservado a brancos. “Estávamos assustados”, contou David Richmond, um dos quatro, que morreu em 1990. “A adrenalina corria-me nas veias, mas se alguém ao balcão tivesse gritado ‘buhh!’ eu teria fugido a correr”.  
  
Demasiado zangado para sentir medo
As recordações de McCain são diferentes. “Não tinha medo porque estava demasiado zangado para sentir medo. Sabia que se tivéssemos sorte iríamos passar muito tempo na prisão. Caso contrário, podíamos regressar ao campus num caixão de pinho”. Desafiar a segregação que fazia lei nos estados do Sul era arriscar a prisão e os espancamentos eram uma rotina. Mas McCain diz que, “15 segundos” depois de se sentar sentiu algo inédito: “Foi uma sensação de liberdade, de dignidade recuperada. Senti-me quase invencível”, contou, em 2010, à rádio pública NPR.
Não foram espancados, nem presos. Mas o empregado recusou servi-los, um polícia disse-lhes para saírem dali, tocando de forma ameaçadora no cassetete, e um empregado negro acusou-os de serem agitadores. Mantiveram-se sentados e ouviram insultos de clientes brancos, mas também palavras de incentivo. “Uma senhora de idade que estava a observar a cena aproximou-se e sussurrou ‘rapazes, tenho tanto orgulho em vocês’ e eu aprendi que nunca se deve julgar alguém antes de termos tido oportunidade de falar com essa pessoa”.
A loja fechou mais cedo e os quatro regressaram a casa, esfomeados mas determinados. Na manhã seguinte regressaram ao mesmo lugar, seguidos por 25 colegas e alguns jornalistas. No final da semana, eram já 300 e o protesto alastrava – primeiro a outras cidades da Carolina do Norte, depois a outros estados (há quem fale em 55 cidades, há quem conte mais de 250). Nem todos foram bem-sucedidos, mas a acumulação de protestos, escreveu o New York Times, “contribui para o impulso que levou à aprovação da Civil Rights Act de 1964”, que proibiu a segregação nos locais públicos a nível federal.
Em Greensboro, a luta dera frutos muito antes. A 25 de julho de 1960, Woolworth passou a atender todos os clientes por igual. Em 2010, a loja deu lugar ao Museu dos Direitos Cívicos e o balcão foi levado para o Museu Smithsonian de História Americana, em Washington.
Mas para McCain, o sit-in foi apenas o começo de uma vida de activismo pelos direitos cívicos. Aos 68 anos, numa entrevista à jornalista Mary C. Curtis, admitia sentir-se feliz com a nova face do país – a América que elegeu Barack Obama, um negro, para a presidência –, mas desafiava as novas gerações a não baixarem os braços. “A todo o momento sou recordado que em qualquer luta pela mudança são precisas apenas algumas pessoas para fazer a diferença, às vezes apenas uma”.

in Público - ler notícia

Há 35 anos os Xutos & Pontapés deram o primeiro concerto...!

Os Xutos & Pontapés são uma banda de rock portuguesa formada em 1978.

História
No final de 1978, Zé Pedro, Kalú, Tim e Zé Leonel, formam os Xutos e Pontapés, dando o primeiro concerto a 13 de janeiro de 1979, com Zé Leonel na voz, Tim no Baixo, Zé Pedro na guitarra e Kalú na bateria, na sala Alunos de Apolo, para a comemoração dos 25 anos do Rock & Roll.
Em 1981 entra para a banda o guitarrista Francis e sai Zé Leonel, assumindo Tim as funções de vocalista. Em 1982 sai o compacto 1978-1982, com músicas marcantes como "Sémen" e "Mãe". Em 1983 Francis sai da banda, que passa a actuar com músicos convidados, entre os quais o saxofonista Gui, e no mesmo ano entra para a banda o guitarrista João Cabeleira.
O primeiro álbum gravado por João Cabeleira, em 1985, foi Cerco, com as músicas "Barcos gregos" e "Homem do leme", que sairiam também em single.
A explosão mediática começou em 1987 com o álbum Circo de Feras e os seus mega sucessos "Contentores", "Não sou o único" e "N'América". Continuou com o single "7º Single" e o seu estrondoso hit "A minha casinha". O álbum 88 foi um dos pontos mais altos da carreira dos Xutos e Pontapés com os mega êxitos "À Minha Maneira", "Para Ti Maria" e "Enquanto a noite cai", entre outros, dando início a uma das maiores turnés da banda que ficou retratada no álbum "Xutos - Ao vivo".
Em 1990 o álbum Gritos Mudos é mal recebido e o sucesso da banda sofre o seu primeiro revés, embora a música "Gritos Mudos" seja também um grande sucesso.
Na década de 1990, o grupo entra em crise interna, com os seus elementos a iniciarem outros projectos. Tim integra os Resistência, Zé Pedro e Kalu abrem o bar Johnny Guitar e integram a banda de Jorge Palma, Palma's Gang, com Flak e Alex, ambos dos Rádio Macau.
Em 1998 editam o álbum Tentação, que serve de banda sonora ao filme de Joaquim Leitão, Tentação (filme).
Em 1999, com novo fôlego, fazem a turné XX Anos Ao Vivo, onde fazem cerca de oitenta concertos. Em ano de comemoração dos vinte anos de carreira é também editada uma compilação de homenagem, XX Anos XX Bandas, com a participação de várias das bandas e artistas. Nesse ano, gravam ainda o tema "Inferno" para o filme do mesmo nome, de Joaquim Leitão.
No ano seguinte, gravam uma versão da canção "Chico Fininho" de Rui Veloso, para o álbum de homenagem aos vinte anos de estreia de Veloso com "Ar de rock".
Os membros dos Xutos & Pontapés em 2004, foram agraciados pelo Presidente da República Jorge Sampaio com o grau de Comendador da Ordem do Mérito. Nesse mesmo ano, os Xutos deram dois concertos no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, nos dias 8 e 9 de outubro, para celebrar os seus 25 anos de carreira. A canção "O Mundo ao Contrário", do álbum homónimo, foi escolhida para música oficial do filme Sorte Nula, que conta com uma breve participação de Zé Pedro como actor.
Em 2005, os Xutos & Pontapés realizaram uma turné intitulada A turné dos 3 desejos, na qual deram três séries de concertos, cada um com um alinhamento diferente. Em 2006 não só deram um concerto acústico, em celebração dos seus vinte e oito anos, como também lançaram um DVD triplo com toda a sua história desde o início (1978) até 2005 (turné 3 desejos).
Em 2006, António Feio encenou um musical, Sexta Feira 13, apenas com músicas dos Xutos, tendo estes concebido um tema especialmente para o musical com mesmo nome da peça.
Ainda no mesmo ano, foram convidado pelos Gatos Fedorentos a interpretar o genérico do Diz Que É Uma Espécie de Magazine.
Em 2008 foram convidados pela Associação Encontrar-se a integrarem o Movimento UPA – Unidos Para Ajudar, em conjunto com os Oioai, para interpretarem o tema de solidariedade "Pertencer".
Ao longo do ano de 2009, foi reeditada toda a discografia da banda, sendo editadas em vinil e limitadas a 500 unidades, o que se tornará numa peça de coleccionador.
Já em setembro desse ano, os Xutos & Pontapés actuam perante 40 mil espectadores, num Estádio do Restelo quase cheio para ver o derradeiro concerto de comemoração dos trinta anos de carreira da banda. Os Pontos Negros e Tara Perdida asseguraram as primeiras partes e nomes como Camané, Pacman, Manuel Paulo e Pedro Gonçalves foram os convidados da noite.
Depois de terem completado 30 anos, os Xutos têm mais uma prenda dos fãs, em setembro de 2009, são nomeados para os EMAs na categoria de "Best Portuguese Act", ganhando o prémio em novembro do mesmo ano.
Mais recentemente, apenas o cantor Tim, lançou uma música com Rui Veloso acerca de um rapaz portador de Trissomia 21, que se encontra preso no quarto, denomina-se "Voar".
Em 2012 saiu o novo disco, "O Cerco Continua", com musicas antigas mas em novas versões. Começaram também a cantar uma música dos "Titãs" chamada "Vossa Excelência".

Membros actuais
Ex-Membros
Discografia 
  
Álbuns de estúdio
Ano Álbum
1982 78/82
1985 Cerco
1987 Circo de Feras
1988 88
1990 Gritos Mudos
1992 Dizer Não de Vez
1993 Direito ao Deserto
1997 Dados Viciados
1998 Tentação
2001 XIII
2004 Mundo ao Contrário
2009 Xutos & Pontapés

Álbuns ao vivo
Ano Álbum
1988 Ao Vivo
1995 Ao Vivo na Antena 3
2000 1º de Agosto no Rock Rendez-Vous
2002 Sei Onde Tu Estás (Ao Vivo 2001)
2003 Nesta Cidade

Compilações
Ano Álbum
2000 Vida Malvada
2012 O Cerco Continua

Bandas sonoras
Ano Álbum
1998 Tentação

Singles
Ano Single
1981 "Sémen"
1982 "Toca e Foge"
1984 "Remar Remar"
1986 "Barcos Gregos"
1987 "Saí P'ra Rua"
1987 "Contentores"
1987 "7º Single"
1988 "Para Ti Maria"
1989 "Submissão"
1990 "Inimigos: Tu Aí"
1992 "Chuva Dissolvente"
1993 "Estupidez"
1997 "Dá um Mergulho"
1997 "Manhã Submersa"
1998 "Para Sempre"
2004 "Ai se ele cai"
2006 "Sexta-Feira 13"
2007 É Tão Fácil
2009 Quem é Quem
2009 Perfeito Vazio

DVD's
Ano Nome do DVD
2005 Ao Vivo no Pavilhão Atlântico
2006 Ai a P*** da Minha Vida
2008 O Circo de Feras: Ao Vivo no Campo Pequeno
2010 Estádio Do Restelo 2009


O Tratado que permitiu que o Brasil se tornasse um gigante foi assinado há 264 anos

Capitanias do Brasil - 1534
 
O Tratado de Madrid foi firmado na capital espanhola entre D. João V de Portugal e D. Fernando VI de Espanha, a 13 de janeiro de 1750, para definir os limites entre as respectivas colónias sul-americanas, pondo fim assim às disputas. O objetivo do tratado era substituir o de Tordesilhas, o qual já não era,  na prática, ainda respeitado. Pelo tratado, ambas as partes reconheciam ter violado o Tratado de Tordesilhas na Ásia e na América e concordavam que, a partir de então, os limites deste tratado se sobreporiam aos limites anteriores. As negociações basearam-se no chamado Mapa das Cortes, privilegiando a utilização de rios e montanhas para demarcação dos limites. O diploma consagrou o princípio do direito privado romano do uti possidetis, ita possideatis (quem possui de facto, deve possuir de direito), delineando os contornos aproximados do Brasil de hoje.
 
Divisão territorial do Brasil - 1789

Há 255 anos deu-se a execução dos Távoras

(imagem daqui)

O Processo dos Távoras refere-se a um escândalo político português do século XVIII. Os acontecimentos foram desencadeados pela tentativa, pensa-se sem se ter certeza, de assassinato do Rei D. José I em 1758, e culminaram numa execução pública em Belém. Foram espancados e depois queimados Dom Francisco de Távora e os seus dois filhos, José Maria e Luís Bernardo. Brás Romeiro, grande amigo de Luís Bernardo, também não escapou. Também foram logo presos o Duque de Aveiro, um dos seus criados e um irmão desse criado, e a Marquesa de Távora, D. Leonor, que foi decapitada. O resto da família Távora, Aveiro, Alorna e Atouguia, foram presos, sendo mais tarde mandados libertar por D. Maria I, que nunca viu este processo com bom olhos, acreditando na inocência dos Távoras e restantes acusados.

(...)

Na noite de 3 de setembro de 1758, D. José I seguia incógnito numa carruagem que percorria uma rua secundária nos arredores de Lisboa. O rei regressava para as tendas da Ajuda, de uma noite com a amante. Pelo caminho, a carruagem foi interceptada por três homens, que dispararam sobre os ocupantes. D. José I foi ferido num braço, o seu condutor também ficou ferido gravemente, mas ambos sobreviveram e regressaram à Ajuda.
Sebastião de Melo tomou o controle imediato da situação. Mantendo em segredo o ataque e os ferimentos do rei, ele efectuou julgamento rápido. Poucos dias depois, dois homens foram presos e torturados. Os homens confessaram a culpa e que tinham tido ordens da família dos Távoras, que estavam a conspirar pôr o duque de Aveiro, José Mascarenhas, no trono. Ambos foram enforcados no dia seguinte, mesmo antes da tentativa de regicídio ter sido tornada pública. Nas semanas que se seguem, a marquesa Leonor de Távora, o seu marido, o conde de Alvor, todos os seus filhos, filhas e netos foram encarcerados. Os conspiradores, o duque de Aveiro e os genros dos Távoras, o marquês de Alorna e o conde de Atouguia foram presos com as suas famílias. Gabriel Malagrida, o jesuíta confessor de Leonor de Távora foi igualmente preso.
Foram todos acusados de alta traição e de regicídio. As provas apresentadas em tribunal eram simples: a) As confissões dos assassinos executados, b) A arma do crime pertencia ao duque de Aveiro e c) O facto de apenas os Távoras poderem ter sabido dos afazeres do Rei nessa noite, uma vez que ele regressava de uma ligação com Teresa de Távora, presa com os outros. Os Távoras negaram todas as acusações mas foram condenados à morte. Os seus bens foram confiscados pela coroa, o seu nome apagado da nobreza e os brasões familiares foram proibidos. A varonia Távora e morgadio foram então transferidos para a casa dos condes de São Vicente.
A sentença ordenou a execução de todos, incluindo mulheres e crianças. Apenas as intervenções da Rainha Mariana e de Maria Francisca, a herdeira do trono, salvaram a maioria deles. A marquesa, porém, não seria poupada. Ela e outros acusados que tinham sido sentenciados à morte foram torturados e executados publicamente em 13 de janeiro de 1759 num descampado, perto de Lisboa, próximo da Torre de Belém.
A execução foi violenta, mesmo para a época, as canas das mãos e dos pés dos condenados foram partidas com paus e as suas cabeças decapitadas e depois os restos dos corpos queimados e as cinzas deitadas ao rio Tejo. O Rei esteve presente, juntamente com a sua corte, absolutamente desnorteada. Os Távoras eram seus semelhantes, mas o Rei quis que a lição fosse aprendida e para que nunca mais a nobreza se rebelasse contra a autoridade régia.

Armas dos Távoras (chefe), in Livro do Armeiro-Mor