segunda-feira, junho 28, 2010

Humor mundialista

A ORIGEM DAS VUVUZELAS


Um dos nossos leitores enviou-nos este "esclarecimento" sobre a origem das vuvuzelas:


"6. E os sete anjos, que tinham as sete trombetas, prepararam-se para tocá-las.
7. E o primeiro anjo tocou a sua trombeta, e houve saraiva e fogo misturado com sangue, e foram lançados na terra, que foi queimada na sua terça parte; queimou-se a terça parte das árvores, e toda a erva verde foi queimada.
8. E o segundo anjo tocou a trombeta; e foi lançada no mar uma coisa como um grande monte ardendo em fogo, e tornou-se em sangue a terça parte do mar.
9. E morreu a terça parte das criaturas que tinham vida no mar; e perdeu-se a terça parte das naus.
10. E o terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande estrela ardendo como uma tocha, e caiu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas.
11. E o nome da estrela era Absinto, e a terça parte das águas tornou-se em absinto, e muitos homens morreram das águas, porque se tornaram amargas.
12. E o quarto anjo tocou a sua trombeta, e foi ferida a terça parte do sol, e a terça parte da lua, e a terça parte das estrelas; para que a terça parte deles se escurecesse, e a terça parte do dia não brilhasse, e semelhantemente a noite.
13. E olhei, e ouvi um anjo voar pelo meio do céu, dizendo com grande voz: Ai! ai! ai! dos que habitam sobre a terra! por causa das outras vozes das trombetas dos três anjos que hão de ainda tocar."
(Bíblia, Novo Testamento, Capítulo 8 do Livro do Apocalipse)

Dizem que o Saxofone faz hoje 170 anos...

(imagem daqui)
Saxofone, também conhecido simplesmente como sax, é um instrumento de sopro inventado em 1840 e patenteado em 1846 pelo belga Adolphe Sax, um respeitado fabricante de instrumentos, que viveu na França no século XIX.

Ao contrário da maioria dos instrumentos populares hoje em dia, que para chegar ao seus formatos actuais foram evoluídos de instrumentos mais antigos, o saxofone foi um instrumento inventado. O pai do saxofone foi o belga Antonie Joseph Sax, mais conhecido pela alcunha de Adolphe Sax. Filho de um fabricante de instrumentos musicais, Adolphe Sax aos 25 anos foi morar em Paris, e começou a trabalhar no projecto de novos instrumentos. Ao adaptar uma boquilha semelhante à do clarinete a um oficleide, Sax teve a ideia de criar o saxofone. A data exacta da criação do instrumento foi em 28 de Junho de 1840. Mesmo tendo sido lançado há muitos anos, os modelos e formatos continuam semelhantes aos criados por Adolphe Sax,  sendo utilizado e admirado o formato original.

Embora seja feito de metal, o saxofone pertence à família das madeiras, pois seu som é emitido a partir da vibração de uma palheta de madeira que fica fixada à boquilha.

Por ter um som único, com propriedades tanto dos instrumentos de madeira, quanto dos de metal, o saxofone logo foi adoptado por muitos músicos. O sax tem a capacidade de ter o poder de execução de instrumentos como o clarinete, ao mesmo tempo que tem uma potência sonora quase tão grande quanto à das cornetas. Além disso seu timbre é um dos que mais se assemelham ao da voz humana.



domingo, junho 27, 2010

Música nova para geopedrados

Apresentamos aqui o primeiro single do novo disco "Dois Selos e Um Carimbo", dos Deolinda, com o pedido de desculpa pelo atraso:


sábado, junho 26, 2010

O King of Pop morreu há um ano...

Fez ontem um ano que morreu Michael Jackson - recordemos, com música, a data:

sexta-feira, junho 25, 2010

Crise sísmica no Faial continua

O centro do círculo maior indica a zona epicentral (clique na imagem para a ampliar)

Já há vários meses que se desenrola uma crise sísmica de origem tectónica, a NW dos Capelinhos, na ilha do Faial.

Na crises já ali anteriormente ocorridas é normal estas estenderem-se por vários meses, com momentos de maior libertação de energia que provocam sismos sentidos no Faial, com maior intensidade na Oeste. Tal como aconteceu hoje, às 09.26 horas locais, com um evento de magnitude 3.8 na escala de Richter e que atingiu uma intensidade IV/V no Capelo e Praia do Norte.

Apesar de não serem conhecidos eventos catastróficos a partir desta zona, os faialenses têm sempre de ter em conta o facto de se estar numa região de elevada sismicidade e para o que isso significa em termos de protecção pessoal.

Por isso, recomenda-se calma e a acompanhar a situação na página do CVARG e a ter em conta os comunicados e recomendações da Protecção Civil.

in Blog Geocrusoe

Sismos de hoje em imagens

Mapas de epicentros do IM (dos sismos do último mês):





Sismograma obtido pelo geofone de Évora (últimas 24 horas):

Música para descontrair enquanto se vê futebol...

Hoje é dia de Sismos...

Recebido via e-mail, do Instituto de Meteorologia:

Sismo no Alentejo

O Instituto de Meteorologia informa que no dia 25-06-2010 pelas 00:23 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente, um sismo de magnitude 2,3 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 10 km a Sudeste de Évora.Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima II/III (escala de Mercalli modificada) na região de Évora. Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados.Sugere-se o acompanhamento da evolução da situação através da página do IM na Internet (www.meteo.pt) e a obtenção de eventuais recomendações junto da Autoridade Nacional de Protecção Civil (www.prociv.pt).


 Sismo nos Açores
O Instituto de Meteorologia informa que no dia 25-06-2010 pelas 09:26 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Arquipélago dos Açores, um sismo de magnitude 3.9 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 30 km a Oeste-Noroeste do Capelo (Faial).Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima IV (escala de Mercalli modificada) na região de Capelo, intensidade III na região da Praia da Almoxarife e Castelo Branco na Ilha do Faial e intensidade II na região da Madalena na Ilha do Pico.Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados.Sugere-se o acompanhamento da evolução da situação através da página do IM na Internet (www.meteo.pt) e a obtenção de eventuais recomendações junto do Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros (www.srpcba.pt).

NOTA: post a actualizar mais logo...

quinta-feira, junho 24, 2010

Música para preparar o jogo de futebol de amanhã...



NOTA: a Wikipédia tem para esta canção o seguinte texto:

"The Ketchup Song" é o título da versão em inglês da canção "Aserejé", que foi um hit mundial em 2002. Foi gravada pela girlband espanhola Las Ketchup e lançada como sendo o primeiro single de seu primeiro álbum de estúdio, Las Hijas del Tomate.

O Porto é uma Naçôm - Dia de S. Joôm




Quem vem e atravessa o rio
Junto à Serra do Pilar
Vê um velho casario
Que se estende ate ao mar

Quem te vê ao vir da ponte
És cascata são-joanina
Erigida sobre um monte
No meio da neblina

Por ruelas e calçadas
Da Ribeira até à Foz
Por pedras sujas e gastas
E lampiões tristes e sós

Esse teu ar grave e sério
Dum rosto de cantaria
Que nos oculta o mistério
Dessa luz bela e sombria

Ver-te assim abandonado
Nesse timbre pardacento
Nesse teu jeito fechado
De quem mói um sentimento

E é sempre a primeira vez
Em cada regresso a casa
Rever-te nessa altivez
De milhafre ferido na asa

quarta-feira, junho 23, 2010

Música para animar as hostes...


NOTA: numa notícia do CM diz-se o seguinte do anterior grupo, os Anaquim:

Para o meu Pai, que amanhã é bebé...

O Pai

Terra de semente inculta e bravia,
terra onde não há esteiros ou caminhos,
sob o sol minha vida se alonga e estremece.

Pai, nada podem teus olhos doces,
como nada puderam as estrelas
que me abrasam os olhos e as faces.

Escureceu-me a vista o mal de amor
e na doce fonte do meu sonho
outra fonte tremida se reflecte.

Depois… Pergunta a Deus porque me deram
o que me deram e porque depois
conheci a solidão do céu e da terra.

Olha, minha juventude foi um puro
botão que ficou por rebentar e perde
a sua doçura de seiva e de sangue.

O sol que cai e cai eternamente
cansou-se de a beijar… E o outono.
Pai, nada podem teus olhos doces.

Escutarei de noite as tuas palavras:
… menino, meu menino…

E na noite imensa
com as feridas de ambos seguirei.

in Crepusculário - Pablo Neruda

segunda-feira, junho 21, 2010

Percurso pedestre nocturno com observação astronómica em Reguengo do Fetal

Post em estereofonia com o Blog AstroLeiria:

(clicar para ampliar)

Aqui vos deixo uma proposta de actividade ao ar livre um pouco diferente: a 2ª Caminhada do Centro Paroquial de Assistência de Reguengo do Fetal, a realizar no próximo sábado, dia 26 de Junho de 2010.

Com início às 20.00 horas, é um percurso de cerca de 8 quilómetros, de baixa dificuldade e que inclui uma Observação Astronómica, distribuição de reforço alimentar e que termina com convívio com organista – tudo pela módica quantia de 5 euros…!

As inscrições podem ser feitas até 25 de Junho através do Centro Paroquial de Assistência de Reguengo do Fetal (telefone 244 705 482 e e-mail cparf@sapo.pt) ou da Junta de Freguesia de Reguengo do Fetal (telefone 244 705 113 e e-mail junta.reguengofetal@sapo.pt).

Link do Cartaz – AQUI.

Música para celebrar a chegada do Verão

Porque o Solstício de Verão é exactamente às 12.28 horas locais de Portugal Continental (11.28 dos Açores e, simultaneamente, UTC - Tempo Universal), uma música de 1970 para celebrar o momento:


Mungo Jerry - In The Summertime

Chh chh-chh, uh, chh chh-chh, uh
Chh chh-chh, uh, chh chh-chh, uh...

In the summertime when the weather is high
You can stretch right up and touch the sky
When the weather's fine
You got women, you got women on your mind
Have a drink, have a drive
Go out and see what you can find

If her daddy's rich, take her out for a meal
If her daddy's poor, just do what you feel
Speed along the lane
Do a ton, or a ton and twenty-five
When the sun goes down, you can make it
Make it good in a lay-by

We're no threat, people, we're not dirty, we're not mean
We love everybody, but we do as we please
When the weather's fine
We go fishing or go swimming in the sea
We're always happy
Life's for living, yeah, that's our philosophy

Sing along with us, dee-dee-dee-dee-dee
Da-da-da-da-da, yeah, we're hap-happy
Da-da-da-da-dah....

Chh chh-chh, uh, chh chh-chh, uh
Chh chh-chh, uh, chh chh-chh, uh...

When the winter's here, yeah it's party time
Bring a bottle
Wear your bright clothes, it'll soon be summertime
And we'll sing again
We'll go drivin' or maybe we'll settle down
If she's rich, if she's nice
Bring your friends and we'll all go into town

domingo, junho 20, 2010

Xanana nasceu há 64 anos


Alexandre Kay Rala "Xanana" Gusmão (Manatuto, 20 de Junho de 1946) é um político timorense e um dos principais activistas pela independência de seu país, tendo sido durante largos anos chefe da resistência timorense, durante a ocupação indonésia. Foi o primeiro presidente da República de Timor-Leste, ocupando actualmente o cargo de primeiro-ministro.

sábado, junho 19, 2010

Faz hoje 44 anos...

... que Portugal derrotou o Brasil, num célebre jogo no Mundial de 1966 na Inglaterra. Para celebrar a data um filme com os grandes momentos do encontro:

sexta-feira, junho 18, 2010

Mísia canta Saramago

Waterloo - há 195 anos o imperador corso perdeu a guerra e a coroa


Morreu José Saramago


Jose-Saramago-1
(imagem daqui)

Morreu o senhor que trouxe o Prémio Nobel à Língua Portuguesa. Não era o meu escritor favorito nem nunca será (dele apenas gostei e consegui ler os livros Viagem a Portugal, de 1981, e de O Ano da Morte de Ricardo Reis, de 1984) mas deu um relevo à nossa língua que há muito merecia. Pessoalmente tinha preferido que, muito antes, Miguel Torga ou Jorge Amado tivessem ganho a medalha, mas a Academia Sueca assim não quis.

Não era nenhum santo, mas não iremos aqui falar mal de quem morreu - recordemos apenas o que a Wikipédia dizia deste escritor:


Foi galardoado com o Nobel de Literatura de 1998. Também ganhou o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa. Saramago é considerado o responsável pelo efectivo reconhecimento internacional da prosa em língua portuguesa.

O seu livro Ensaio Sobre a Cegueira foi adaptado para o cinema e lançado em 2008, produzido no Japão, Brasil e Canadá, dirigido por Fernando Meirelles (realizador de O Jardineiro Fiel e Cidade de Deus). Em 2010 o realizador português António Ferreira adapta um conto retirado do livro Objecto Quase, conto esse que viria dar nome ao filme Embargo, uma produção portuguesa em co-produção com o Brasil e Espanha.

Nasceu na província do Ribatejo, no dia 16 de Novembro, embora o registo oficial apresente o dia 18 como o do seu nascimento. Saramago, conhecido pelo seu ateísmo e iberismo, é membro do Partido Comunista Português e foi director do Diário de Notícias. Juntamente com Luiz Francisco Rebello, Armindo Magalhães, Manuel da Fonseca e Urbano Tavares Rodrigues foi, em 1992, um dos fundadores da Frente Nacional para a Defesa da Cultura (FNDC). Casado com a espanhola Pilar del Río, Saramago viveu em Lanzarote, nas Ilhas Canárias.

(...)

Saramago é conhecido por utilizar frases e períodos compridos, usando a pontuação de uma maneira não convencional. Os diálogos das personagens são inseridos nos próprios parágrafos que os antecedem, de forma que não existem travessões nos seus livros: este tipo de marcação das falas propicia uma forte sensação de fluxo de consciência, a ponto do leitor chegar a confundir-se se um certo diálogo foi real ou apenas um pensamento. Muitas das suas frases (i.e. orações) ocupam mais de uma página, usando vírgulas onde a maioria dos escritores usaria pontos finais. Da mesma forma, muitos dos seus parágrafos ocupariam capítulos inteiros de outros autores. Apesar disso o seu estilo não torna a leitura mais difícil, se os seus leitores se habituarem facilmente ao seu ritmo próprio.

Estas características tornam o estilo de Saramago único na literatura contemporânea: é considerado por muitos críticos um mestre no tratamento da língua portuguesa. Em 2003, o crítico norte-americano Harold Bloom, no seu livro Genius: A Mosaic of One Hundred Exemplary Creative Minds ("Génio: Um Mosaico de Cem Exemplares Mentes Criativas"), considerou José Saramago "o mais talentoso romancista vivo nos dias de hoje" (tradução livre de the most gifted novelist alive in the world today), referindo-se a ele como "o Mestre". Declarou ainda que Saramago é "um dos últimos titãs de um género literário que se está a desvanecer".

quinta-feira, junho 17, 2010

Música dos anos oitenta para geopedrados

Hoje estou de plantão na Feira da Ciência da minha Escola e não dará para mais... Assim aqui fica uma música de um dos meus grupos favoritos dos anos oitenta:



Souvenir -OMD

It's my direction, it's my proposal, it's so hard, it's leading me astray
My obsession, it's my creation, you'll understand, it's not important now
All I need is coordination, I can't imagine my destination
My intention, ask my opinion, with no excuse, my feelings still remain
My feelings still remain

terça-feira, junho 15, 2010

A política da verdade


Já estamos pouco habituados, mas ainda há políticos que assumem erros antigos e aceitar falar a verdade:

Homenageemos as vítimas do Domingo Sangrento (e ainda os políticos que finalmente limparam o seu nome) com duas músicas, uma de John Lennon (cantor inglês com raízes familiares irlandesas) e outra dos U2:




O rodrigues dos gravadores ataca outra vez

(imagem daqui)

Este homem é imparável: depois do caso Farfalha, da burla em Vila Franca do Campo e do roubo dos gravadores a jornalistas, ainda insiste na asneira e na provocação...



PS - sugere-se que políticos inimputáveis não leiam O Triunfo dos Porcos - dá-lhes ideias estranhas...

Observação astronómica em Barreiros - Amor (Leiria)

Post roubado ao Blog AstroLeiria:

No próximo dia 18 de Junho de 2010, 6ª-feira, entre as 21.00 e as 24.00 horas, vou fazer uma observação astronómica, com prévia apresentação do livro "O Mistério da Estrelinha Curiosa", na Escola do 1º Ciclo de Barreiros, Amor.

Estão todos convidados - para quem não sabe onde é, aqui fica o mapa:


View Larger Map

Quando a natureza imita a arte

Paleontologia
Descobertos pêlos de mamífero conservados em âmbar com 100 milhões de anos

 Um pêlo com 100 milhões de anos (Romain Vullo)


Os pêlos de mamífero a três dimensões mais antigos foram encontrados num fóssil de âmbar. Com 100 milhões de anos, estes pêlos pertenceram a uma espécie que viveu ao lado dos dinossauros.


A descoberta foi feita no sudoeste de França, no âmbar, juntamente com os pêlos, ficou também preservado uma pupa de moscas. O âmbar foi produzido no período Cretácico, que decorreu entre os 145 milhões de anos e 65 milhões de anos, quando os dinossauros foram pulverizados da Terra.

Conhecem-se pêlos fossilizados do Jurássico, o período anterior. “Temos impressões de pêlo a duas dimensões, tão antigas como o Jurássico Médio”, disse citado pela BBC News Romain Vullo, da Universidade de Rennes, em França, que estudou os pêlos. “No entanto, os pêlos carbonizados dão muito menos informação sobre a estrutura do que os pêlos a três dimensões, preservados em âmbar”, explicou Vullo.

Os fragmentos são mínimos, um tem 2,4 milímetros de comprimento e 32 até 48 micrómetros de largura. O outro tem 0,6 milímetros de comprimento e 49 a 78 micrómetros de largura.

Segundo o investigador este é o fóssil de pêlo mais antigo em que se pode observar a estrutura cuticular – a parte mais externa dos pêlos feito de células mortas. A estrutura é parecida com os pêlos dos mamíferos de hoje, mas a identidade do animal ainda é desconhecida.

Quatro dentes do mamífero marsupial conhecido Arcantiodelphys foram encontrados no mesmo local. “A hipótese mais parcimoniosa é considerar que os pêlos no âmbar pertencem a este animal ou a uma espécie parecida”, disse o investigador.

Existem três hipóteses que podem explicar a forma como os pêlos ficaram agarrados à resina que depois fossilizou em âmbar. Ou a resina caiu em cima do animal morto, e a pupa é o resultado de ovos que foram postos na carcaça. Ou o animal encostou-se à resina quando estava a passar e os pêlos ficaram agarrados ao material. A terceira hipótese é o animal ter-se aproximado da árvore para alimentar-se de insectos que estavam presos na resina.

O PS lava mais branco



Portugal tem de ser qualquer coisa de asseado

O final do célebre "Manifesto Anti-Dantas", de José de Almada Negreiros, dito por Mário Viegas - reparem como está ainda tão actual, com os alarves que nos governam neste momento...


Mais um ano...

Sim, hoje faço anos - um rol deles que, qualquer dia, deixo de comemorar... E, embora seja eu quem devia receber as prendas, aqui fica uma para a minha mãe, que é quem mais mérito tem no feito, e para os meus leitores:


Nasci para ser ignorante...

Nasci para ser ignorante
mas os parentes teimaram
(e dali não arrancaram)
em fazer de mim estudante.

Que remédio? Obedeci.
Há já três lustros que estudo.
Aprender, aprendi tudo,
mas tudo desaprendi.

Perdi o nome às Estrelas,
aos nossos rios e aos de fora.
Confundo fauna com flora.
Atrapalham-me as parcelas.

Mas passo dias inteiros
a ver um rio passar.
Com aves e ondas do Mar
tenho amores verdadeiros.

Rebrilha sempre uma Estrela
por sobre o meu parapeito;
pois não sou eu que me deito
sem ter falado com ela.

Conheço mais de mil flores.
Elas conhecem-me a mim.
Só não sei como em latim
as crismaram os doutores.

No entanto sou promovido,
mal haja lugar aberto,
a mestre: julgam-me esperto,
inteligente e sabido.

O pior é se um director
espreita p'la fechadura:
lá se vai licenciatura
se ouve as lições do doutor.

Lá se vai o ordenado
de tuta-e-meia por mês.
Lá fico eu de uma vez
um Poeta desempregado.

Se me não lograr o fado
porém, com tais directores,
e de rios, aves e flores
somente for vigiado,

enquanto as aulas correrem
não sentirei calafrios,
que flores, aves e rios
ignorante é que me querem.


Sebastião da Gama

Música para geopedrado que faz hoje anos

Almada Negreiros morreu há 40 anos



José Sobral de Almada Negreiros (Trindade, S. Tomé, 7 de Abril de 1893Lisboa, 15 de Junho de 1970) foi um artista multidisciplinar, pintor, escritor, poeta, ensaísta, dramaturgo e romancista português ligado ao grupo modernista.
Também foi um dos principais colaboradores da Revista Orpheu.

Almada Negreiros morre em 15 de Junho de 1970, de falha cardíaca, no mesmo quarto do Hospital de São Luís dos Franceses em que também tinha morrido Fernando Pessoa.



segunda-feira, junho 14, 2010

A asneira habitual e os recuos do Ministério da Educação

Ministério da Educação "vai ter de recuar" no fecho das escolas
Decisão viola cartas educativas que foram pedidas, subsidiadas e aprovadas pelo Governo

A decisão do Ministério da Educação de fechar as escolas primárias com menos de 21 alunos faz tábua rasa das Cartas Educativas que pediu às autarquias, subsidiou e aprovou. E chega sem alternativas no terreno: poucos dos centros escolares previstos estão de pé.


Ninguém acredita nos números, apesar de a ministra Isabel Alçada garantir que já tem acordo com autarquias para encerrar muitas das perto de mil escolas do 1º ciclo com menos de 21 alunos. Dessas, 400 já tinham fecho decretado e só por especial favor funcionaram este ano. Do total, 500 não deverão reabrir em Setembro, determinou o Governo.

"Eles sabem que não vão conseguir", diz Francisco Almeida, da Federação Nacional dos Professores (Fenprof). E José António Ganhão, da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), não acredita mesmo. O Ministério "vai ter de recuar", pelo simples facto de que não há, no terreno, condições para realojar as crianças. "Haverá casos em que será possível, mas não são a maioria", diz o autarca de Benavente, que lamenta o desrespeito pelas autarquias e pelas famílias.

Em causa estão as Cartas Educativas. Aprovadas há dois ou três anos, são fruto de estudos aprofundados que custaram dinheiro ao erário público. E previam encerramentos combinando a criação de centros escolares para reunir alunos de várias escolas com as especificidades de cada concelho. Incluindo coisas tão simples como o clima e as condições das estradas. Porque as distâncias até podem ser curtas, mas, a não ser que seja directo de cada localidade, um transporte vai ter de correr muitas capelinhas para apanhar todos os alunos. E transformar um percurso curto em mais de uma hora de estrada.

"As cartas são instrumentos de planeamento para o presente e o futuro. Mas, de uma forma inesperada, somos surpreendidos com um decreto-lei à margem de qualquer acordo com a ANMP", reage António José Ganhão. Sem compreender a necessidade nem a pressa de um decreto-lei quando as ditas cartas já previam o encerramento de escolas.

A determinação viola "a única regra existente" - a das cartas -, completa Francisco Almeida, que pertence ao sindicato de professores da região mais afectada pela medida, o Centro. Só em Viseu há 86 escolas a cumprir o critério numérico do Ministério. Em Coimbra, uma contagem provisória aponta 60, na Guarda são 54.

Mais uma nota de incompreensão: "O actual secretário de Estado da Educação, João Trocado da Mata, era o director do Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério, cujo parecer era obrigatório na homologação das Cartas Educativas". A conclusão que o sindicalista tem ouvido de vários autarcas é a de que se está perante "uma brincadeira". "Assim ninguém consegue governar nada".

A reorganização, alerta do seu lado Albino Almeida, da Confederação de Associações de Pais, foi desenhada como "um caminho a percorrer", que "não precisa de ser atabalhoado. E pede compreensão. As condições para um fecho são as de todos: oferecer escolas melhores (com cantina, desporto e música), que não podem passar mais de meia hora num autocarro.

in JN - ler notícia

Sobre as últimas asneiras do Ministério da Educação


Penso que será nas respostas a esta pergunta que se encontrarão os responsáveis por mais um crime contra a pátria.

A quem interessa o encerramento de escolas primárias e a constituição de mega (e giga, segundo se diz) agrupamentos escolares?

O povo não é interessado.
Pelo que vemos e lemos nos órgãos de comunicação social, às populações não interessa nem uma coisa nem outra: nem lhes interessa que os filhos percorram dezenas de quilómetros por dia para irem à escola, nem lhe interessa que os filhos frequentem uma maravilhosa escola com milhares de alunos e milhares de problemas. Todos preferem a proximidade de uma escola, todos preferem a calma e a paz de uma escola pequena ou média.

Nem os professores, nem os funcionários.
Todos percebem que a uma extinção ou fusão de de escolas há-de corresponder um decréscimo das necessidades de pessoal docente e não docente: pura e simplesmente, os professores e os funcionários perderão os lugares que hoje ocupam.

Aos alunos também não interessa tal coisa.
Os alunos que frequentam as escolas que agora se querem encerrar ou agregar podem ter acesso e dispor de todas as boas condições existentes nos novos centros escolares: podem dispor de quadros intereactivos, de computadores e de todas as modernidades introduzidas por este Governo, entregando as encomendas às empresas amigas, digo, às empresas sem concurso. Que ganham os alunos em se deslocar 30 km para as escolas modernas? Ganharão cansaço e, mais cedo que o costume, o epíteto e o estigma de provincianos e aldeões.

Nem interessará aos directores das actuais escolas.
Porque, pura e simplesmente, deixarão de o ser.

Só pode interessar ao Governo
Os governantes pensam - e pensam mal - que o encerramento de escolas e a junção de várias escolas numa só reduzirá os custos com a educação. Como se enganam. Já deviam ter aprendido que as revoluções só trazem mais despesas. Esta trará custos sociais: mais indisciplina, mais conflitualdiade, maior criminalidade, maior desenraizamento, maior afastamento da família, desertificação do interior.

Também interessa aos autarcas.
Especialmente aos asnos que vão na cantiga do Governo e aos lambões da parvónia que, para justificarem a existência do próprio concelho como tal, querem mais poderes, mais atribuições, mais pessoal para gerir.

Pronto, já sabemos a quem apontar a artilharia.
Post do Reitor - Blog Educação S.A.

Música de 2003 para Geopedrados


Carta - Toranja

Não falei contigo
Com medo que os montes e vales que me achas
Caíssem a teus pés
Acredito e entendo
Que a estabilidade lógica
De quem não quer explodir
Faça bem ao escudo que és


Saudade é o ar
Que vou sugando e aceitando
Como fruto de Verão
Jardins do teu beijo
Mas sinto que sabes,
Que sentes também num dia maior
Serás trapézio sem rede
Pairar sobre o mundo
Em tudo o que vejo


É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago e feiticeiro
Que a minha bola de cristal é folha de papel
E nela te pinto nua
Nua, numa chama
Minha e tua


Desconfio que ainda não reparaste
Que o teu destino foi inventado por gira-discos estragados
Aos quais te vais moldando
E todo o teu planeamento estratégico de sincronização,
Do coração, são leis como paredes e tectos
Cujos vidros vais pisando


Anseio o dia em que acordares por cima
De todos os teus números,
Raízes quadradas,
De somas subtraídas,
Sempre com a mesma solução.
Nah!
Podias deixar de fazer da vida um ciclo vicioso,
Harmonioso,
Ao teu gesto mimado
E à palma da tua mão


É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago e feiticeiro
Que a minha bola de cristal é folha de papel
E nela te pinto nua
Nua, numa chama
Minha e tua


Desculpa se te fiz fogo e noite
Sem pedir autorização por escrito
Ao sindicato dos Deuses
Mas não fui eu que te escolhi
Desculpa se te usei
Como refugio dos meus sentidos
Pedaços de silêncios perdidos
Que voltei a encontrar em ti.


É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago e feiticeiro...


...E nela te pinto nua
Nua, numa chama
Minha e tua
numa chama minha e tua...


Ainda magoas alguém
O tiro passou-me ao lado
Ainda magoas alguém
Se não te deste a ninguém
Magoaste alguém
A mim passou-me ao lado...
A mim passou-me ao lado...

Yes, Minister!

Com a devida vénia, publicamos o seguinte post do Blog De Rerum Natura:


Artigo de Guilherme Valente no "Público" de hoje:

O exemplo da Finlândia é muito referido, mas poucas vezes com rigor.

Também a Senhora Ministra referiu a Finlândia na Assembleia da República. Na Finlândia não há retenções, afirmou, parecendo querer dizer não existir essa possibilidade naquele país. E nem um deputado lhe pediu para esclarecer o que terá pretendido afirmar. Nos debates parlamentares nunca foi feita, aliás, a pergunta iluminante de toda questão da educação: em que tipo de sociedade quer o «eduquês» obrigar os Portugueses a viverem?

Na Finlândia existe a possibilidade de retenção. Mas o objectivo e a qualidade do ensino; a preparação dos professores e o reconhecimento da sua função inestimável; as regras, a direcção e o ambiente nas escolas; a responsabilidade exigida aos pais; a exigência desde o primeiro dia de aulas, reduzem as retenções a uma percentagem residual.

Na Finlândia a escola é a sério. Tudo está organizado para os professores ensinarem, os alunos aprenderem, para ninguém ficar para trás.

Em Portugal, pelo contrário, o facilitismo é cultivado desde o primeiro dia de aulas. E logo interiorizado por todos: alunos, pais e professores. (Para o bem e para o mal, é a grande vantagem dos seres humanos: adaptarem-se depressa.) O resultado não pode ser outro.

A escola finlandesa é o inverso da escola em Portugal. E a medida agora anunciada – possibilidade oferecida aos alunos de 15 anos retidos no oitavo ano de poderem «saltar» para o décimo (e porque não aos de 14 anos?) – é um exemplo expressivo dessa diferença.

Medida injusta, por não ser oferecida a todos de qualquer ano (e os melhores conseguiriam avançar); inútil se os exames forem sérios; irreflectida por abalar sem mais a própria arquitectura do tempo de escolaridade.

Pareceu-me, aliás, haver constrangimento e confusão na defesa feita pela Ministra desse «milagre». Por isso pergunto: quem manda no Ministério da Educação?

Será seriamente imaginável que alunos reprovados (apesar do facilitismo todo) no 8.º ano, possam aprender num ano a matéria do 8º. e do 9º?. E se passarem no «exame sério» do 9.º e reprovarem no 8.º? E os pobres dos professores que os apanharem no décimo?

"Exame" em vez de exames, é o que virá. Prepara-se, portanto, mais um grande êxito… estatístico. É para isso esta medida. E não se faz o que devia ser feito: a oferta criteriosa, a tempo de prevenir o abandono, de uma via técnico-profissional, de exigência e dignidade iguais à via de acesso ao ensino superior, que, na Finlândia é frequentada, aliás, pela maioria dos estudantes.

O que é oferecido em algumas escolas, por iniciativa de directores e professores que vivem quotidianamente essa falta gritante, sem o empenhamento autêntico, muito pelo contrário, do Ministério, não pode responder a essa necessidade imperiosa. Mas mesmo assim - ouçam-se essas escolas – esses exemplos, que a nomenclatura do Ministério teve de aceitar que surgissem e procura sabotar, a funcionarem sem o reconhecimento, os meios humanos e as condições mínimas, provam a razão dos que durante todos estes anos combateram pela oferta de uma via de ensino técnico profissional no sistema educativo: a sério, qualificada, exigente e dignificada.

Impõe-se, pois, a pergunta, para muitos retórica: a Senhora Ministra está com ou contra o "eduquês"? Quer continuar a nivelar por baixo? Partilha o igualitarismo, anti-cultura, anti-conhecimento, loucura de tornar todos iguais? Ou, pelo contrário, quer uma escola de liberdade que revele e valorize as capacidades, interesses e vocação de todos, até ao limite do possível? Uma escola que reduza as desigualdades, ou esta escola de mentira, de ignorância e de exclusão que as agrava? Anti-escola que tornou Portugal no país mais desigual da União, com excepção da Polónia.

Tem um projecto para fazer sair o ensino público das trevas?

Guilherme Valente

Poderia o nosso Ministério da Educação ser diferente?

Num texto que aqui publiquei há quase um ano defendi a ideia de que o Ministério da Educação não é o único nem, talvez, o principal responsável pelo mau, ou péssimo, estado em que a educação escolar se encontra: somos todos responsáveis. Defendi, de modo complementar, que nos devemos interrogar sobre a nossa capacidade para educar as novas gerações.

E nomeei, para além dos políticos, encarregados de educação e pais, professores, autarcas, formadores de professores, especialistas em educação (onde me incluo), associações científicas e profissionais, protectores de menores, programadores do ensino, directores de escolas, pessoas com interesses económicos e outros...

Volto a defender essa ideia a propósito da inexplicável medida recentemente tomada, por despacho da tutela, que permite a passagem de alunos com um percurso académico problemático do 8.º para o 1o.º ano, que dois juristas consideraram DUPLAMENTE inconstitucional.

Ora, tanto quanto me foi dado saber DUAS entidades de grande importância - a Associação Nacional de Professores e o Conselho de Escolas - reconhecidas como parceiros educativos...

"... consideram que a medida não terá grandes efeitos práticos, frisando que dificilmente um aluno, já com um historial de insucesso, conseguirá ter um bom resultado em exames sem ter frequentado as aulas" (in jornal Público).

Não percebem estas duas entidades, sempre ouvidas nestas circunstâncias, que a questão não se prende com a quantidade de alunos que abrange, mas com o PRINCÍPIO que lhe está subjacente?

Bastaria que se aplicasse a UM aluno para não ser correcta.

in Blog De Rerum Natura - post de Helena Damião

domingo, junho 13, 2010

Mais uma do amigo venezuelano de Sócrates

O caso da juíza Maria Afíuni não tem feito "primeiras páginas", mas há quem esteja atento a esta história insuportável de abuso de poder. Como se pode ler no texto a que faço referência, e noutros, passou-se o seguinte: Maria Afíuni foi detida a 10 de Dezembro, sem mais nem menos, duas horas depois de ter tido o atrevimento de revogar a prisão preventiva de um banqueiro, que se arrastava há três anos, do seu ponto de vista de forma ilegal. Alegadamente, o início do julgamento deste banqueiro era sempre adiado por falta de provas, o que permitia, por vontade de Chávez, o protelamento sine die da prisão preventiva. É preciso compreender que o banqueiro, de nome Elísio Cedeno, é um capitalista, financiador da oposição ao regime de Chávez, amigo de Álvaro Uribe (líder da Colômbia) e bem relacionado com os Estados Unidos. Mas, em bom rigor, tudo isto me parece irrelevante, quando está em causa uma decisão judicial, aquela que foi tomada por uma juíza, que deveria ser independente, mas que foi imediatamente seguida de declarações bombásticas de Chávez, pedindo nada mais nada menos do que 30 anos de prisão para a "criminosa".

O banqueiro fugiu, enquanto que Maria Afíuni, talvez ingenuamente, se manteve no seu gabinete, até ser surpreendida pela DISIP (a polícia política).

E Agora? Estamos a 9 de Junho e esta mulher continua detida sem julgamento. Ironicamente, em situação análoga à do banqueiro que libertou. É certo que já houve uma audiência marcada para 5 de Abril, mas a dita não teve lugar por falta de juiz, o qual parece que estava com "problemas de saúde" e até pediu para ser retirado do caso. Por quê? É mesmo necessário explicar? Que colega terá a coragem de fazer o óbvio, isto é, revogar uma detenção absurda por falta de base legal?

Sabemos, infelizmente, que este não foi e não será o primeiro caso com este tipo de contornos. Mas a história de Maria Afíuni, relatada na revista Tabu do Sol de 4 de Junho, mereceu a atenção da ASJP e não só, como se pode ler no final do comunicado que, já agora, contém uma petição: "Ao tomarem conhecimento desta situação, os juízes portugueses, através da sua associação representativa, associam-se à manifestação de repúdio da mesma, já proclamada pela União Internacional de Magistrados, apelando a toda a comunidade jurídica portuguesa para que levante a sua voz contra esta situação atentatória da independência do poder judicial e da separação de poderes inerentes a um Estado de Direito, violadora também dos mais elementares direitos humanos, cometida nos dias de hoje numa República da América Latina, com quem Portugal mantém relações amistosas".

Pelo que se pode ler no texto publicado na revista Tabu, pouco antes de embarcar para uma visita de 4 dias ao Brasil e Venezuela, José Sócrates recebeu uma carta da ASJP a denunciar este caso, nela se podendo ler que "o medo não deixa os juízes da Venezuela decidir a contragosto do poder político". Parece que o Gabinete do PM acusou a recepção da carta e que a mesma foi enviada ao MENE. Quanto à forma como Sócrates abordou o tema com Chávez numa visita em que foram assinados 19 novos acordos no valor de 1655,9 milhões de euros, a resposta do gabinete do PM é "omissa".

Também não sei, para além da reacção da ONU, que, de Genebra, apelou à libertação imediata e incondicional da juiza Maria Afíuni, que raio de reacções acima da política se têm visto por aí.
Tenho para mim que isto merecia uma gritaria.

in Jugular - post de Isabel Moreira

A destruição das escolas portuguesas - crime de lesa-pátria

O VERDADEIRO CRIME:

Admito que àquele que se tenha limitado às aulas de Português Técnico lhe falte o mais vulgar vocabulário, mas dizer-se que não encerrar escolas com menos de 20 alunos “seria criminoso” é coisa que deveria fazer reprovar o maior cábula do canto mais recôndito do país. Fazê-lo com auxílio do argumento da economia, então, isso sim, é verdadeiramente criminoso.

Quando no Estado Novo se andou a construir escolas pelo país inteiro, essa medida não foi seguramente economicamente sustentada, mas era devida às populações que existiam no interior. Hoje, retiramos-lhes as possibilidades de aí viverem. Que interessa o município xis andar a pagar pelos nascimentos, se o Estado não dá aos pais escolas para os filhos serem ensinados? Se o país prefere reunir as crianças numa camioneta e fazê-las passear horas até as reunir numa imensa escola longe de casa? Se prefere deixar morrer o interior?

Sabugueiro e Santana são duas localidades simpáticas entre Montemor e Arraiolos, duas terras onde se diz que irão encerrar escolas, duas terriolas onde me desloco variadas vezes e onde compro, no comércio local e para o ajudar, tudo o que tenham para me vender e me faça falta nas temporadas em que lá estou. Faço-o, por vezes pagando conscienciosamente mais do que noutros estabelecimentos maiores existentes relativamente perto (em Montemor e Arraiolos), para ajudar a população local e manter o comércio, as gentes, a população, a vida. O meu contributo é reduzido, seguramente, mas o Governo socialista não quer fazer nenhum. Isso é que é criminoso.

in Mar Salgado - post de Vasco Lobo Xavier 

Poema declamado de Pessoa

Fernando Pessoa nasceu há 122 anos

Fernando António Nogueira Pessoa (Lisboa, 13 de Junho de 1888Lisboa, 30 de Novembro de 1935), mais conhecido como Fernando Pessoa, foi um poeta e escritor português.

É considerado um dos maiores poetas da Língua Portuguesa, e da Literatura Universal, muitas vezes comparado com Luís de Camões. O crítico literário Harold Bloom considerou a sua obra um "legado da língua portuguesa ao mundo".

Por ter crescido na África do Sul, para onde foi aos sete anos em virtude do casamento de sua mãe, Pessoa aprendeu a ler e escrever na língua inglesa. Das quatro obras que publicou em vida, três são na língua inglesa. Fernando Pessoa dedicou-se também a traduções desse idioma.

Durante uma vida discreta, trabalhou em Jornalismo, em Publicidade, no Comércio, ao mesmo tempo que compunha a sua obra literária. Como poeta, desdobrou-se em diversas personagens conhecidas como heterónimos, objeto da maior parte dos estudos sobre sua vida e sua obra. Centro irradiador da heteronímia, auto-denominou-se um "drama em gente".

Fernando Pessoa morreu de cirrose hepática aos 47 anos, na cidade onde nasceu. Sua última frase foi escrita em Inglês: "I know not what tomorrow will bring… " ("Não sei o que o amanhã trará").


Sou um evadido.
Logo que nasci
Fecharam-me em mim,
Ah, mas eu fugi.

Se a gente se cansa
Do mesmo lugar,
Do mesmo ser
Por que não se cansar?

Minha alma procura-me
Mas eu ando a monte,
Oxalá que ela
Nunca me encontre.

Ser um é cadeia,
Ser eu é não ser.
Viverei fugindo
Mas vivo a valer.

Fernando Pessoa

Sobre a desertificação das aldeias do interior pelo governo via Ministério da Educação


NOTA: para perceberem melhor o que se passa, sugere-se a leitura de um post do Blog Vila Franca das Naves - Algumas sugestões sobre metodologia de luta contra as estúpidas decisões do governo - e leitura/assinatura da Petição para impedir o encerramento do Agrupamento de Escolas de Vila Franca das Naves: http://www.peticaopublica.com/?pi=VFN2010

Parabéns Fernando Pessoa

Fernando Pessoa

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

Fernando Pessoa

Falso alarme de tsunami em sismo no Oceano Índico

Epicentro a mais de 150 quilómetros da costa
Alerta de tsunami no Índico após sismo de 7.7 ao largo de Nicobar

Um sismo de 7.7 na escala de Richter ao largo das ilhas Nicobar, no Índico, lançou hoje um alerta de tsunami para toda a região.


De acordo com o site da US Geological Survey, dos Estados Unidos, o alerta começou por ser dirigido só á Indonésia, mas foi alargado para todo o Índico, estendendo-se à Tailândia, Malásia, Sri Lanka, Birmânia e Índia.

O Sismo foi sentido pelas 20.26 horas de Lisboa, com epicentro a uma profundidade de 35 quilómetros a 157 quilómetros de distância de Nicobar e a 445 de Banda Aceh, na Indonésia, adiantam as autoridades norte-americanas.


NOTA: a USGS corrigiu, entretanto, o valor da magnitude - passou para 7,5 - e o aviso de tsunami anulado. Para quem não onde são as ilhas Nicobar aqui fica um mapa com a sua localização (e do epicentro do sismo):

A ética republicana e socialista - versão Ricardo "Larápio" Rodrigues


Ricardo Rodrigues ainda é deputado

O deputado que furtou dois gravadores aos jornalistas que o entrevistavam continua a comunicar com o país.


Será que alguma vez chegou a passar pela cabeça dos jornalistas a ideia de um blackout a Ricardo Rodrigues? É que a tarefa de divulgar o que o senhor tem para dizer não é propriamente um serviço mínimo.

Na verdade, quem se der ao trabalho de ler o artigo 598 do Código do Trabalho sobre as obrigações durante uma greve reparará que a prestação de serviços mínimos deve assegurar a manutenção da "salubridade pública".

in Expresso - texto de Vasco M. Barreto