quarta-feira, fevereiro 14, 2024
Hoje é dia de ouvir fado de Lisboa...
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Marcadores: Carlos Zel, Fado, Meu Amor Morre no Mar, música
O fadista Carlos Zel morreu há vinte e dois anos...
(imagem daqui)
Carlos Zel, nome artístico de António Carlos Pereira Frazão (Parede, Cascais, 29 de setembro de 1950 - Cascais, 14 de fevereiro de 2002), foi um fadista português. Recebeu o Prémio Prestígio e o Prémio José Neves de Sousa da Casa de Imprensa.
Com mais de 30 anos de carreira, subiu ao palco no teatro de revista e musical, participou e apresentou vários programas de televisão, e na música, para além da fazer parte do elenco de várias casas de fado, atuou em todos os casinos portugueses de então e protagonizou espetáculos aquém e além fronteiras.
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Marcadores: Carlos Zel, Fado, Fado loucura, música
domingo, fevereiro 11, 2024
O Professor Moniz Pereira nasceu há cento e três anos...
Mário Alberto Freire Moniz Pereira (Lisboa, 11 de fevereiro de 1921 - Lisboa, 31 de julho de 2016) foi um professor, desportista, atleta, treinador e autor de canções. Foi praticante de andebol, basquetebol, futebol, hóquei em patins, ténis de mesa, voleibol e atletismo. Ele era conhecido em Portugal como "Senhor Atletismo" e é considerado o principal responsável pelas conquistas na modalidade depois da chegada da democracia ao país.
Moniz Pereira foi ainda o autor dos livros Manual de Atletismo do Conselho Providencial de Educação Física de Angola (1961) e Carlos Lopes e a Escola Portuguesa do Meio-Fundo (1980).
Recebeu o Globo de Ouro 2013 na categoria de Mérito e Excelência.
Faleceu no dia 31 de julho de 2016, vítima de pneumonia, aos 95 anos de idade.
A 6 de março de 2018 foi homenageado no Museu Nacional do Desporto com a reconstituição fiel da sua sala de trabalho.
- Medalha de Mérito Desportivo em 1976 e 1984
- Comendador da Ordem do Infante D. Henrique (9 de abril de 1981)
- Comendador da Ordem da Instrução Pública (26 de outubro de 1984)
- Medalha de Mérito em Ouro (1985)
- Ordem Olímpica (1988)
- Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (26 de março de 1991)
- Globo de Ouro (2013)
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Marcadores: atletismo, desporto, Eu Cá por Mim Gosto Mais, Fado, José da Câmara, Moniz Pereira, música, SCP, Sporting
quinta-feira, fevereiro 01, 2024
Música para recordar um dia negro da nossa História...
Portugal foi-nos roubado
Há que dizê-lo a cantar
Para isso nos serve o Fado
Para isso e para não chorar
5 de outubro que treta
O que foi isso afinal
Dona Lisboa de Opereta
Muito chique por sinal
Sou português e por tal
Nunca fui republicano
O que eu quero é Portugal
Para desfazer o engano
Os heróis dos republicanos
Banqueiros, tropa, doutores
No estado em que ainda estamos
Só lhe devemos favores
Outubro, maio e abril
Cinco, dois oito, dois cinco
Reina a canalha mais vil
Neste pano verde e tinto
Sou português e por tal
Nunca fui republicano
O que eu quero é Portugal
Para desfazer o engano.
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Marcadores: assassinato, carbonária, D. Carlos I, dinastia de Bragança, Fado, João Ferreira-Rosa, maçonaria, Monarquia Constitucional, música, Portugal foi-nos roubado, príncipe Luís Filipe, regicídio
quinta-feira, janeiro 18, 2024
Saudades de Ary...
Corpo de linho
Lábios de mosto
Meu corpo lindo
Meu fogo posto
Eira de milho
Luar de Agosto
Quem faz um filho
Fá-lo por gosto
É milho-rei
Milho vermelho
Cravo de carne
Bago de amor
Filho de um rei
Que sendo velho
Volta a nascer
Quando há calor
Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal de madrugada
Amor amor amor amor amor presente
Em cada espiga desfolhada
Minha raiz de pinho verde
Meu céu azul tocando a serra
Oh minha mágoa e minha sede
Oh mar ao sul da minha terra
É trigo loiro
É além tejo
O meu país
Neste momento
O sol o queima
O vento o beija
Seara louca em movimento
Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal de madrugada
Amor amor amor amor amor presente
Em cada espiga desfolhada
Olhos de amêndoa
Cisterna escura
Onde se alpendra
A desventura
Moira escondida
Moira encantada
Lenda perdida
Lenda encontrada
Oh minha terra
Minha aventura
Casca de noz
Desamparada
Oh minha terra
Minha lonjura
Por mim perdida
Por mim achada
Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal
De madrugada
Amor amor, amor amor, amor presente
Em cada espiga desfolhada
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Marcadores: Ary dos Santos, declamador, Desfolhada Portuguesa, Eurofestival da Canção, Fado, Fernando Tordo, Festival da Canção, homossexuais, Lisboa, música, música de intervenção, poesia, Simone de Oliveira
Hoje é dia de cantar Ary dos Santos...
Meu Amor, Meu Amor
Poema de Ary dos Santos
Música de Alain Oulman
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento.
Meu limão de amargura meu punhal a escrever
nós parámos o tempo não sabemos morrer
e nascemos nascemos
do nosso entristecer.
Meu amor meu amor
meu nó e sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento
Este mar não tem cura este céu não tem ar
nós parámos o vento não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar.
NOTA: Lhasa de Sela também contou esta música:
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Marcadores: Amália Rodrigues, Ary dos Santos, declamador, Fado, Festival da Canção, homossexuais, Lhasa de Sela, Lisboa, Meu amor meu amor, música, música de intervenção, poesia
quinta-feira, janeiro 11, 2024
Raquel Tavares faz hoje 39 anos
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Marcadores: cinema, Fado, Meu Amor de Longe, música, Raquel Tavares, Teatro de Revista, world music
segunda-feira, janeiro 08, 2024
José Viana morreu há vinte e um anos...
José Viana recebeu por seis vezes o Prémio Bordalo, ou Prémio da Imprensa, atribuídos pela Casa da Imprensa, metade deles como ator e a outra metade como autor, sempre na categoria "Teatro de Revista":
- Prémio Bordalo (1963), como ator, acompanhado pela atriz Aida Baptista, dos autores Fernando Santos e Nelson de Barros e da Companhia de Hermes Portela.
- Prémio Bordalo (1967), partilhado com Aníbal Nazaré e Eugénio Salvador, pela peça Pão, Pão, Queijo, Queijo, considerada "Melhor espetáculo". Nessa mesma ocasião seriam galardoados os atores Mariema e Raul Solnado.
- Dois Prémio Bordalo (1968), um como ator, acompanhado pela atriz Florbela Queirós, e outro, como autor, novamente partilhado com Aníbal Nazaré e Eugénio Salvador, agora pela peça Grande Poeta é o Zé, considerada "Melhor espetáculo".
- Mais dois Prémio Bordalo (1970), um como ator na peça Pimenta na Língua, acompanhado desta feita pela atriz Maria do Céu Guerra, e outro, como autor, agora apenas repete parceria com Aníbal Nazaré, nesta ocasião pela peça Pimenta na Língua. Desta vez seria ainda premiado o cenógrafo Mário Alberto.
Em 1997 José Viana foi elevado, a 9 de junho, a Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
Faleceu, vítima de um acidente de automóvel, aos oitenta anos.
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Marcadores: Fado, Fado do Cacilheiro, José Viana, Lisboa, música, Teatro de Revista, Zé Cacilheiro
quinta-feira, janeiro 04, 2024
Teresa Tarouca nasceu há oitenta e dois anos...
Teresa de Jesus Pinto-Coelho Teles da Silva, mais conhecida por Teresa Tarouca (Lisboa, 4 de janeiro de 1942 - Lisboa, 11 de novembro de 2019), foi uma fadista portuguesa. Recebeu o Prémio da Imprensa (1964) na categoria "Fado".
Biografia
Nasceu em 4 de janeiro de 1942, em Lisboa. Oriunda de uma família ligada à música (é prima de Frei Hermano da Câmara e prima afastada de Maria Teresa de Noronha) adotou o nome de Teresa Tarouca, devido à sua ascendência nos condes de Tarouca.
Na década de 50 foi considerada "menina-prodígio", começou a cantar desde muito cedo, com 11 anos de idade, em espetáculos de beneficência, estreando-se no fado aos 13 anos.
Assinou contrato com a editora RCA, em 1962, para a gravação do primeiro disco.
Teresa Tarouca recebeu o Prémio da Imprensa (1964), ou Prémio Bordalo, na categoria "Fado". Na mesma cerimónia de entrega, no Pavilhão dos Desportos a 3 de abril de 1965, a Casa da Imprensa distinguiu na mesma categoria o fadista Alfredo Marceneiro.
Trabalhou com uma vasta galeria de autores de qualidade como D. António de Bragança, João de Noronha, Casimiro Ramos, João Ferreira-Rosa, Francisco Viana, Alfredo Marceneiro, D. Nuno de Lorena, Pedro Homem de Mello ou Maria Manuel Cid.
Algumas das suas canções mais conhecidas são "Mouraria", "Deixa Que Te Cante Um Fado", "Fado, Dor e Sofrimento", "Passeio à Mouraria" ou "Saudade, Silêncio e Sombra".
Teresa Tarouca atuou em vários países como Dinamarca, Bélgica, Espanha, Estados Unidos da América ou Brasil.
A fadista foi convidada para atuar na edição de 1973 do Festival RTP da Canção.
Em 1989 foi editado o álbum "Tereza Tarouca Canta Pedro Homem de Mello", um disco emblemático da sua carreira.
No ano de 1997 participou, como "Atração de Fado", na revista Preço Único, no Teatro ABC do Parque Mayer.
Após alguns afastamento das lides artísticas, Teresa Tarouca teve uma participação especial em 2008 no musical Fado... Esse Malandro Vadio!, de João Núncio, com encenação de Francisco Horta.
A 7 de junho de 2013, foi feita comendadora da Ordem do Infante D. Henrique, tal como também a fadista Maria da Fé.
Ainda em 2013 foi distinguida com o "Prémio Carreira" na 8.ª edição dos Prémios Amália.
in Wikipédia
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Marcadores: Destinos que Deus nos deu, Fado, Fado Aristocrático, música, Teresa Tarouca
quarta-feira, janeiro 03, 2024
Porque é preciso recordar a poesia de Vasco Graça Moura...
Ó meu amor não te atrases
Ó meu amor não te atrases
Vou agora pôr-te à prova
Esta noite é Lua Nova
E tu não sabes de fases
Se chegas tarde te acuso
De que andarás a enganar-me
Vindo de ti cada abuso
Me soa a sinal de alarme
Teus olhos arregalados
Não são desculpa melhor
Sabes cá chegar de cor
E mesmo de olhos fechados
Nem um cego se perdia
Lá fora agitam-se os ramos
Nas brenhas da ventania
É tarde porém juramos
Que enquanto este amor se guarde
E seja o nosso segredo
Virias cedo, bem cedo
E havias de partir tarde
Sendo a Lua Nova ou Cheia
Ou Crescente ou Minguante
O que a nós nos incendeia
É fogo de outro quadrante
É clarão de uma outra luz
Que ao pressentir os teus passos
Acendi quando dispus
Quatro quartos nos teus braços
Quatro quartos nos teus braços
Quatro quartos nos teus braços
Quatro quartos
Nos teus braços
Vasco Graça Moura
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segunda-feira, janeiro 01, 2024
Carlos do Carmo morreu há três anos...
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Marcadores: Carlos do Carmo, Eurofestival da Canção, Fado, Grammy, música, Por Morrer Uma Andorinha
quinta-feira, dezembro 28, 2023
Cristina Branco faz hoje cinquenta e um anos
Postado por Fernando Martins às 00:51 0 bocas
Marcadores: Cristina Branco, Fado, música, Senhora do Mar Redondo
quinta-feira, dezembro 21, 2023
Carlos do Carmo nasceu há oitenta e quatro anos...
Postado por Fernando Martins às 08:40 0 bocas
Marcadores: Camané, Carlos do Carmo, Fado, Festival da Canção, Grammy, música, Por Morrer Uma Andorinha
quarta-feira, dezembro 20, 2023
Camané - 56 anos
terça-feira, dezembro 19, 2023
Música adequada à data...
Poema: Alexandre O'Neill
Música: Alain Oulman
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.
Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
no meu olhar se enlaçasse.
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.
Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.
Que perfeito coração
no meu peito morreria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração.
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Marcadores: Alain Oulman, Alexandre O'Neill, Amália Rodrigues, Fado, Gaivota, música, poesia
sábado, dezembro 16, 2023
Porque um Herói nunca morre enquanto for recordado...
Afonso de Albuquerque
Quando esta escrevo a Vossa Alteza
Estou com um soluço que é sinal de morte.
Morro à vista de Goa, a fortaleza
Que deixo à Índia a defender-lhe a sorte.
Morro de mal com todos que servi,
Porque eu servi o Rei e o povo todo.
Morro quase sem mancha, que não vi
Alma sem mancha à tona deste lodo.
De Oeste a Leste a Índia fica vossa;
De Oeste a Leste o vento da traição
Sopra com força para que não possa
O Rei de Portugal tê-la na mão.
Em Deus e em mim o império tem raízes
Que nem um furacão pode arrancar...
Em Deus e em mim, que temos cicatrizes
Da mesma lança que nos fez lutar.
Em mais alguém, Senhor, em mais ninguém
O meu sonho cresceu e avassalou
A semente daninha que de além
A tua mão, Senhor, lhe semeou.
Por isso a Índia há de acabar em fumo
Nesses doirados paços de Lisboa;
Por isso a pátria há de perder o rumo
Das muralhas de Goa.
Por isso o Nilo há de correr no Egito
E Meca há de guardar o muçulmano
Corpo dum moiro que gerou meu grito
De cristão lusitano.
Por isso melhor é que chegue a hora
E outra vida comece neste fim...
Do que fiz não cuido agora:
A Índia inteira falará por mim.
in Poemas Ibéricos (1965) - Miguel Torga
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Marcadores: Afonso de Albuquerque, D. Manuel I, Fado, Fado Afonso de Albuquerque, Índia, João Braga, Miguel Torga, música, poesia, Portugal, Vice-Rei
Mariza comemora hoje cinquenta anos...!
in Wikipédia
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Marcadores: Fado, Gente Da Minha Terra ao vivo, Mariza, Moçambique, música, Portugal, world music
segunda-feira, novembro 27, 2023
A UNESCO declarou o Fado Património Cultural Imaterial da Humanidade há doze anos...!
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Marcadores: Amália, Canção pagã, Coimbra, Fado, Fado de Coimbra, Lisboa, Luiz Goes, MPP, música, Património Cultural Imaterial da Humanidade, world music
domingo, novembro 26, 2023
Hoje é dia de cantar a poesia de Vasco de Lima Couto...
Noite - Max
Poema de Vasco de Lima Couto
Música de Maximiano de Sousa (Max)
Sou da noite um filho noite
Trago rugas nos meus dedos
De contarem os segredos
Nas altas fontes do amor
E canto porque é preciso
Raiar a dor que me impele
E gravar na minha pele
As fontes da minha dor
Noite companheira dos meus gritos
Rio de sonhos aflitos
Das aves que abandonei
Noite céu dos meu casos perdidos
Vêm de longe os sentidos
Nas canções que eu entreguei
Oh minha mãe de arvoredos
Que penteias a saudade
Com que vi a humanidade
A minha voz soluçar
Dei-te um copo de segredos
Onde risquei minha mágoa
E onde bebi essa água
Que se prendia no ar
Noite companheira dos meus gritos
Rio de sonhos aflitos
Das aves que abandonei
Noite céu dos meu casos perdidos
Vêm de longe os sentidos
Nas canções que eu entreguei