sábado, janeiro 28, 2023

Sir Francis Drake morreu há 427 anos

    
Sir Francis Drake, (Tavistock, circa 1540 - Portobelo, 28 de janeiro de 1596) foi um capitão inglês, vice-almirante do Reino Unido, corsário, navegador, um pirata famoso e um político da era isabelina. Isabel I da Inglaterra armou Drake como cavaleiro em 1581. Ele foi o segundo em comando da frota inglesa contra a Invencível Armada em 1588, subordinado apenas a Charles Howard e à própria rainha. Morreu de disenteria, em janeiro de 1595, depois de um ataque fracassado a San Juan, Porto Rico.
As suas façanhas eram lendárias, tornando-o um herói para os ingleses, mas um pirata para os espanhóis, a quem ele era conhecido como El Draque, 'Draque' sendo a pronúncia espanhola 'Drake'. O seu nome em latim era Franciscus Draco ("Francis the Dragon"). O rei Filipe II ofereceu uma recompensa por sua vida de 20.000 ducados, cerca de £4.000.000 (EUA $ 6,5 milhões) pelos padrões modernos. Entre outras coisas, é famoso por ter sido o primeiro inglês a realizar uma volta ao mundo, em 1577-1580.
  
Pirataria
Ficou conhecido por sua luta obstinada contra Filipe II da Espanha e por ter sido o primeiro dos grandes da marinha inglesa. Liderou a esquadra inglesa que derrotou a Invencível Armada, tida como a maior força naval da Europa à época, com desvantagem numérica e poucos mantimentos, assegurando a supremacia naval britânica. Fez pirataria nas Caraíbas, contra navios e possessões espanholas, viajou ao longo da América do Norte e foi o primeiro comandante inglês a circum-navegar o mundo.
Alguns historiadores afirmam que teria sido filho bastardo de Isabel I de Inglaterra. Chegou a capitão de navio aos vinte anos de idade. Dois anos mais tarde foi atacado e derrotado pela armada espanhola, perdendo o navio e quase perdendo a vida, o que lhe legou um ressentimento profundo aos espanhóis.
Em 1577, a rainha enviou Drake numa expedição para atacar os espanhóis ao longo da costa do Pacífico nas Américas. Drake partiu no Golden Hind (Corça Dourada), atravessou o estreito de Magalhães, devastou os territórios espanhóis das costas ocidentais da América, tomou posse da Califórnia (a que chamou "Nova Albion"), e regressou à Europa via Índias Orientais pela rota do cabo da Boa Esperança tendo completado a segunda circum-navegação do mundo (1580). O seu golpe mais famoso foi o ataque ao galeão espanhol Cacafuego (1579) ao largo da costa do Panamá.
Em 1588, liderou a armada inglesa na defesa ao ataque da Invencível Armada, da qual afundou vinte e três navios.
Às 04.00 horas do dia 28 de janeiro de 1596 a bordo do Defiance, Sir Francis Drake morreu de disenteria, com cerca de 55 anos. No dia seguinte (29), ele foi enterrado no mar, próximo de Portobelo, num caixão de chumbo, ao som de trombetas e canhões. Segundo a lenda, o seu corpo foi lançado ao mar trajando uma armadura de ouro de dezoito quilates, com a sua espada, também de ouro.
     
Sir Francis Drake, com o novo brasão, com o seu lema: Sic Parvis Magna, traduzido literalmente: "As grandes coisas de pequenas (vêm)" - a mão que sai das nuvens diz Auxilio Divino, traduzido "Com ajuda divina"
         

Roberto Ivens morreu há 125 anos...

   
Roberto Ivens (São Pedro, Ponta Delgada, 12 de julho de 1850 - Dafundo, Oeiras, 28 de janeiro de 1898), filho de pai inglês e de mãe açoriana, foi um oficial da Armada, português, administrador colonial e explorador do continente africano.
   
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Concluiu o curso de Marinha em 1870, com apenas 20 anos, com as mais elevadas classificações. Frequentou, em 1871, a Escola Prática de Artilharia Naval, partindo em setembro desse ano para a Índia, pelo Canal do Suez, integrado na guarnição da corveta Estefânia, onde é feito guarda-marinha.
A partir de 1872 inicia contactos regulares com Angola. A 10 de outubro de 1874, completa os três anos de embarque nas colónias. Regressando a Portugal, em janeiro de 1875 faz exame para segundo tenente fora da barra de Lisboa. Em abril de 1875, segue na corveta Duque da Terceira para São Tomé e Príncipe e daqui para os portos da América da Sul. Regressando em abril de 1876, parte no mesmo mês, no Índia, para Filadélfia, com produtos portugueses para a Exposição Universal daquela cidade.
Após o regresso da grande viagem de exploração, Roberto Ivens, por motivos de saúde, abandona o mar, passando a prestar colaboração cartográfica na Sociedade de Geografia de Lisboa e na execução de trabalhos relacionados com África, sobretudo Angola, no Ministério da Marinha e Ultramar.
Foi nomeado, por Decreto de 8 de maio de 1890, oficial às ordens da Casa Militar de El-Rei D. Carlos. Em 1891 colabora na constituição de um instituto ultramarino do qual viria a ser vogal da direcção. Por Decreto de 20 de dezembro 1892, foi colocado no quadro da Comissão de Cartografia, como vogal permanente. Por Decreto de 27 de abril de 1893, foi transferido para o cargo de ajudante-de-campo do rei.
Em 1895 foi feito Oficial da Ordem Militar de Avis e por Decreto de 17 de outubro nomeado secretário da Comissão de Cartografia, cargo que manterá até ao ano seguinte. O topo da sua carreira na Marinha foi alcançado a 7 de dezembro de 1895, com a promoção a capitão-de-fragata.
   
Explorações em África
Ao regressar a Lisboa, soube do plano governamental de exploração científica no interior africano, destinado a explorar os territórios entre as províncias de Angola e Moçambique e, especialmente, a efectuar um reconhecimento geográfico das bacias hidrográficas do Zaire e do Zambeze. Foi, de imediato, oferecer-se para nela tomar parte. Como, porém, a decisão demorasse, pediu para ir servir na estação naval de Angola. Aproveitou esta estadia para fazer vários reconhecimentos, principalmente no rio Zaire, levantando uma planta do rio entre Borud e Nóqui.
Por Decreto de 11 de maio de 1877 foi nomeado para dirigir a expedição aos territórios compreendidos entre as províncias de Angola e Moçambique e estudar as relações entre as bacias hidrográficas do Zaire e do Zambeze. Na mesma data foi promovido a primeiro tenente.
De 1877 a 1880, ocupou-se com Hermenegildo Capelo e, em parte, com Serpa Pinto, na exploração científica de Benguela às Terras de Iaca. No regresso, é feito Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e é nomeado a 19 de agosto de 1880 vogal da Comissão Central de Geografia. Por Decreto de 19 de janeiro de 1882, foram-lhe concedidas honras de oficial às ordens e a 28 de julho foi nomeado para proceder à organização da carta geográfica de Angola.
Em 19 de abril de 1883, é nomeado vogal da comissão encarregada de elaborar e publicar uma coleção de cartas das possessões ultramarinas portuguesas. Por portaria de 28 de novembro do mesmo ano foi encarregado de proceder a reconhecimentos e explorações necessários para se reunirem os elementos e informações indispensáveis a fim de se reconstruir a carta geográfica de Angola.
Face às mais que previsíveis decisões da Conferência de Berlim era preciso demonstrar a presença portuguesa no interior da África austral, como forma de sustentar as reivindicações constantes do mapa cor-de-rosa entretanto produzido. Para realizar tão grande façanha, são nomeados Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens.
Feitos os preparativos, a grande viagem inicia-se em Porto Pinda, no sul de Angola, em Março de 1884. Após uma incursão de Roberto Ivens pelo rio Curoca, a comitiva reúne-se, de novo, desta vez em Moçamedes, para a partida definitiva, a 29 de abril daquele ano.
Foram 14 meses de inferno no interior africano, durante os quais, a fome, o frio, a natureza agreste, os animais selvagens, a mosca tsé-tsé, puseram em permanente risco a vida dos exploradores e comitiva. As constantes deserções e a doença e morte de carregadores aumentavam o perigo e a incerteza. Só de uma vez, andaram perdidos 42 dias, por terrenos pantanosos, sob condições meteorológicas difíceis, sem caminhos e sem gente por perto. Foram dados como mortos ou perdidos, pois durante quase um ano não houve notícias deles.
Ao longo de toda a viagem, Roberto Ivens escreve, desenha, faz croquis, levanta cartas; Hermenegildo Capelo recolhe espécimes de plantas, rochas e animais.
A 21 de junho 1885, a expedição chega finalmente a Quelimane, em Moçambique, cumpridos todos os objetivos definidos pelo governo.
Na viagem foram percorridas 4500 milhas geográficas (mais de 8.300 km), 1.500 das quais por regiões ignotas, tendo-se feito numerosas determinações geográficas e observações magnéticas e meteorológicas.
Estas expedições, para além de terem permitido fazer várias determinações geográficas, colheitas de fósseis, minerais e de várias coleções de história natural, tinham como objetivo essencial afirmar a presença portuguesa nos territórios explorados e reivindicar os respetivos direitos de soberania, já que os mesmos se incluíam no famoso mapa cor-de-rosa que delimitava as pretensões portuguesas na África meridional.
   
Honra e glória
Finda a viagem de exploração, Roberto Ivens e Hermenegildo Capelo foram recebidos como heróis em Lisboa, a 16 de setembro de 1885. O próprio rei D. Luís dirigiu-se ao cais para os receber em pessoa e os condecorar à chegada. O rio Tejo regurgitava de embarcações. Nunca se havia visto tamanho cortejo fluvial. Acompanhados pelo rei foram conduzidos ao Arsenal da Marinha para as boas vindas, com Lisboa a vestir-se das suas melhores galas para os receber. Foram oito dias de festas constantes, com colchas nas varandas, iluminação, fogos de artifício, receções, almoços, jantares e discursos sobre a heroica viagem.
Mais tarde, o Porto não quis ficar atrás, excedendo-se em manifestações de regozijo e receções. E no estrangeiro, Madrid esmerou-se em festas, conferências, receções e condecorações; em Paris é-lhes conferida a Grande Medalha de Honra.
Em Ponta Delgada, por iniciativa de Ernesto do Canto sucederam-se as manifestações em honra do herói. O dia 6 de dezembro de 1885 foi o escolhido para as solenidades. As ruas da cidade encheram-se de gente de todas as condições sociais. Cada profissão, cada instituição se incorporou no cortejo cívico com os seus pendões. Não faltaram as bandas de música e os discursos. Expressamente para esse dia foi composto o número único do jornal Ivens e Capelo e foi executado um Hino a Roberto Ivens, com letra de Manuel José Duarte e música de Quintiliano Furtado.
Roberto Ivens faleceu no Dafundo, Oeiras, em 28 de janeiro de 1898, deixando viúva e três filhos que, por decreto de D. Carlos, continuariam a receber o subsídio que havia sido atribuído ao pai. O enterro, a 29 de janeiro, foi uma grande manifestação de pesar nacional. A urna, de mogno, estava coberta com a bandeira nacional. O segundo tenente Ivens Ferraz conduzia o bicórnio e a espada do falecido, envolta em crepe. Sobre a urna, três coroas de flores. No largo do Cemitério de Carnaxide prestou as honras fúnebres uma força de 160 praças do corpo de marinheiros, com a respetiva charanga, e junto do jazigo, o Ministro da Marinha proferiu o elogio fúnebre.
Por todo Portugal existem dezenas de ruas com o nome de Roberto Ivens. Ponta Delgada prestou-lhe também a devida homenagem, erguendo um busto inicialmente colocado no Relvão e transferido, por decisão camarária de 1950, para a "Avenida Roberto Ivens", que começou a ser aberta com a demolição do muro da cerca do Convento da Esperança, em 7 de abril de 1886. Em Ponta Delgada, bem próximo do lugar do seu nascimento, funciona a Escola Básica Integrada Roberto Ivens.
       

Há 115 anos houve uma tentativa de golpe de estado republicana

      
O Golpe do Elevador da Biblioteca, ou a Intentona do Elevador, ou ainda o Golpe de 28 de janeiro de 1908, foi uma tentativa de golpe de estado, visando a proclamação da República, levada a cabo pelo Partido Republicano Português, de parceria com a Dissidência Progressista, como reação contra o anunciado fim da ditadura administrativa de João Franco e a consequente ameaça de ascensão política do Partido Regenerador-Liberal daquele. Embora o golpe tenha sido gorado por ação preventiva do governo, este falhou em eliminar todos os focos de conspiração, do que resultou, em questão de dias, a execução da ação que previa a eliminação física do monarca: o Regicídio, em consequência do qual, embora a mudança de regime em si não tenha sido efetuada, o afastamento do Rei e de João Franco puseram termo à reforma da monarquia, mantendo a mesma instabilidade até aí crescente e que levaria à proclamação da República em consequência do golpe seguinte.
     

Jackson Pollock nasceu há 111 anos

       
Paul Jackson Pollock (Cody, Wyoming, January 28, 1912 – Springs, New York, August 11, 1956), known professionally as Jackson Pollock, was an American painter and a major figure in the abstract expressionist movement. He was well known for his unique style of drip painting.
During his lifetime, Pollock enjoyed considerable fame and notoriety; he was a major artist of his generation. Regarded as reclusive, he had a volatile personality, and struggled with alcoholism for most of his life. In 1945, he married the artist Lee Krasner, who became an important influence on his career and on his legacy.
Pollock died at the age of 44 in an alcohol-related single-car accident when he was driving. In December 1956, four months after his death, Pollock was given a memorial retrospective exhibition at the Museum of Modern Art (MoMA) in New York City. A larger, more comprehensive exhibition of his work was held there in 1967. In 1998 and 1999, his work was honored with large-scale retrospective exhibitions at MoMA and at The Tate in London.
      
   

Vergílio Ferreira nasceu há 107 anos

(imagem daqui)
  
Vergílio António Ferreira (Melo, 28 de janeiro de 1916 - Lisboa, 1 de março de 1996) foi um escritor português.
Embora formado como professor (veja-se a referência aos professores de Manhã Submersa e Aparição), foi como escritor que mais se distinguiu. O seu nome continua atualmente associado à literatura através da atribuição do Prémio Vergílio Ferreira. Em 1992, foi galardoado com o Prémio Camões.
A sua vasta obra, geralmente dividida em ficção (romance, conto), ensaio e diário, costuma ser agrupada em dois períodos literários: o neo-realismo e o existencialismo. Considera-se que Mudança é a obra que marca a transição entre os dois períodos.

Vergílio Ferreira nasceu em Melo, aldeia do concelho de Gouveia, na Beira Alta, a meio da tarde do dia 28 de janeiro de 1916, filho de António Augusto Ferreira e, de Josefa Ferreira que, em 1927, emigraram para os Estados Unidos da América, em busca de melhores condições de vida. Então, o pequeno Vergílio é deixado mais os irmãos, ao cuidado de tias maternas. Esta dolorosa separação é descrita em Nítido Nulo. A neve - que virá a ser um dos elementos fundamentais do seu imaginário romanesco é o pano de fundo da infância e adolescência passadas na zona da Serra da Estrela. Aos dez anos, após uma peregrinação a Lourdes, entra no seminário do Fundão, que frequentará durante seis anos. Esta vivência será o tema central de Manhã Submersa.
Em 1932, deixa o seminário e acaba o Curso Liceal no Liceu da Guarda. Entra para a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, continuando a dedicar-se à poesia, nunca publicada, salvo alguns versos lembrados em Conta-Corrente e, em 1939, escreve o seu primeiro romance, O Caminho Fica Longe. Licenciou-se em Filologia Clássica em 1940. Concluiu o Estágio no Liceu D.João III (1942), em Coimbra. Começa a leccionar em Faro. Publica o ensaio "Teria Camões lido Platão?" e, durante as férias, em Melo, escreve "Onde Tudo Foi Morrendo". Em 1944, passa a lecionar no Liceu de Bragança, publica "Onde Tudo Foi Morrendo" e escreve "Vagão "J"", que publicou em 1946; no mesmo ano em que se casou, com Regina Kasprzykowsky, professora polaca que se encontrava refugiada em Portugal da guerra e com quem Vergílio ficaria até à sua morte. Após uma passagem pelo liceu de Évora (onde escreveu o mundialmente conhecido romance Manhã Submersa, corria o ano de 1953), fixa-se como docente em Lisboa, lecionando o resto da sua carreira no Liceu Camões.
Em 1980, o realizador Lauro António adapta para o cinema, o romance Manhã Submersa e, Vergílio Ferreira interpreta um dos principais papéis, o de Reitor do Seminário, contracenando assim com outros grandes vultos da cena portuguesa, tais como Eunice Muñoz, Canto e Castro, Jacinto Ramos e Carlos Wallenstein. Vergílio morreu no dia 1 de março de 1996, na sua casa, em Lisboa, na freguesia de Alvalade. O funeral foi realizado no cemitério de Melo, sua terra-natal e, a seu pedido, o caixão fora enterrado na ala do cemitério com vista para a Serra da Estrela.

Henrique VII de Inglaterra nasceu há 566 anos

  
Henrique VII (Pembroke, 28 de janeiro de 1457Londres, 21 de abril de 1509) foi Rei da Inglaterra de 1485 até à sua morte. Subiu ao trono após derrotar o rei Ricardo III na Batalha de Bosworth Field, que acabou com a Guerra das Rosas.
  
   

Sarah McLachlan - 55 anos

 

  
Sarah McLachlan
(Halifax, 28 de janeiro de 1968) é uma cantora e compositora canadiana. 


     

 


Henrique VIII morreu há 476 anos

      
Henrique VIII (Greenwich, 28 de junho de 1491Palácio de Whitehall, Londres, 28 de janeiro de 1547) foi o Rei da Inglaterra de 1509 até à sua morte, e também Lorde e depois Rei da Irlanda. Henrique foi o segundo monarca inglês da Casa de Tudor, sucedendo ao seu pai Henrique VII.
Henrique é conhecido como o fundador da Igreja Anglicana. As suas lutas contra Roma ocasionaram a renúncia da Inglaterra à autoridade papal, a Dissolução dos Mosteiros e seu próprio estabelecimento como Chefe Supremo da Igreja de Inglaterra. Ainda assim ele continuou a acreditar nos principais ensinamentos católicos, mesmo após a sua excomunhão. Henrique supervisionou a união legal da Inglaterra e Gales com os Atos das Leis em Gales de 1535 e 1542.
Em 1513, Henrique aliou-se com Maximiliano I, Sacro Imperador Romano-Germânico, e invadiu a França com um exército numeroso e bem equipado, porém pouco realizou, pelo enorme custo financeiro. Por outro lado, Maximiliano usou a invasão inglesa para seu próprio benefício, prejudicando a capacidade da Inglaterra de derrotar os franceses. Esse incidente marcou o início de uma obsessão de Henrique, que invadiu o país novamente em 1544. Desta vez, as suas forças capturaram a importante cidade de Bolonha, porém o imperador Carlos V apoiou Henrique até onde julgava necessário e a Inglaterra, esgotada pelos custos da guerra, entregou a cidade novamente após pagamento de resgate.
Os seus contemporâneos, durante o seu auge, consideraram Henrique um rei atraente, bem educado e realizado, e ele já foi descrito como "um dos governantes mais carismáticos a ocupar o trono inglês". Além de reinar com poder considerável, Henrique também escrevia e compunha. O seu desejo de ter um herdeiro masculino – em parte por causa de sua vaidade pessoal, por acreditar que uma mulher não seria capaz de consolidar a dinastia Tudor e também pela frágil paz existente após a Guerra das Rosas – levaram às duas coisas pelas quais Henrique é mais lembrado: os seus seis casamentos e à Reforma Inglesa. Ele tornou-se obeso mórbido e com saúde fraca, contribuindo para a sua morte precoce, em 1547. Ele é frequentemente caracterizado no final de sua vida como concupiscente, egoísta, severo e inseguro. Henrique VIII teve como sucessor o seu filho Eduardo VI, fruto de seu casamento com Joana Seymour.
     
      

A cantora Sandy faz hoje quarenta anos

 
Sandy Leah Lima
(Campinas, 28 de janeiro de 1983) é uma cantora, compositora e atriz brasileira. Cantora desde a infância, Sandy começou a sua carreira em 1990, quando formou com o irmão, o músico Junior Lima, a dupla vocal Sandy & Junior
   
 

 


A música We Are The World foi gravada há 38 anos...

  
We Are The World é uma canção composta por Michael Jackson e Lionel Richie, gravada em 28 de janeiro de 1985 por 45 dos maiores nomes da música norte-americana, no projeto conhecido como USA for Africa. A música tinha como objetivo arrecadar fundos para o combate à fome no continente africano. Inspirados pelo Band Aid, festival organizado pelo músico irlandês Bob Geldof, que reuniu dezenas de astros da música mundial, Michael e Lionel convocaram 45 dos maiores nomes da música norte americana em torno do projeto. O single, o LP e o clipe renderam cerca de 55 milhões de dólares. We Are the World apresentava 44 vocalistas diferentes, incluindo Michael Jackson, Lionel Richie, Harry Belafonte, Tina Turner, Bruce Springsteen, Billy Joel, Kenny Rogers, Bob Dylan, Cyndi Lauper, Diana Ross,Ray Charles eStevie Wonder. Foi produzido pelo maestro Quincy Jones, que também fez a regência do grupo vocal. As vendas de discos atingiram 7 milhões de cópias só nos Estados Unidos, tornando-se um dos singles mais vendidos de todos os tempos.
A canção foi lançada em 7 de março de 1985 como single único do álbum. Um sucesso comercial internacional, a canção liderou diversas paradas musicais em todo o mundo, tornando-se single mais rapidamente difundido na história da música pop. Além disso, foi também o primeiro single certificado com "platina múltipla" e "platina quádrupla" pela Recording Industry Association of America (RIAA). 
     

   


O vaivém espacial Challenger explodiu há 37 anos...

   
O Challenger foi um vaivém espacial da NASA. Foi o segundo a ser fabricado, após o Columbia. Foi a primeira vez para o espaço a 4 de abril de 1983.
Em 28 de janeiro de 1986, na STS-51-L (a sua décima missão), um defeito nos tanques de combustível causou a explosão da Challenger, matando todos seus ocupantes, inclusive a professora Christa McAuliffe, a primeira civil a participar de um voo espacial.
Este desastre paralisou o programa espacial norte-americano durante meses, durante os quais foi feita uma extensa investigação que concluiu por defeito no equipamento e no processo de controle de qualidade da fabricação das peças da nave espacial.
A investigação sobre o acidente com o vaivém espacial foi liderada pelo famoso físico novaiorquino Richard Philips Feynman, que descobriu uma falha nos anéis de borracha que serviam para a vedação das partes do tanque de combustíveis, que apresentava anomalias na expansão quando a temperatura chegava aos 0°C (ou 32°F). Feynman foi a público explanar as causas do acidente, que chocou os Estados Unidos e fez uma demonstração em rede nacional e ao vivo.


 
STS-51-L foi o 25º voo do programa do vaivém espacial norte-americano, realizado com a nave Challenger, e que marcaria o primeiro voo de um civil a bordo de um vaivém espacial, a professora Christa McAuliffe. Lançado a 28 de janeiro de 1986 de Cabo Canaveral, na Flórida, a nave explodiu 73 segundos após a descolagem, matando os seus sete tripulantes.
A tragédia, causada pelo rompimento de um anel de vedação no tanque externo de combustível sólido da nave, causando um incêndio seguido de explosão, foi o primeiro acidente fatal, em voo, de uma missão tripulada no programa espacial dos Estados Unidos.



Na noite do desastre, o presidente Ronald Reagan realizaria o discurso do Estado da Nação (State of the Union), que depois preferiu adiar por uma semana, realizando um comovente discurso no Salão Oval da Casa Branca. Ao fim deste, fez a seguinte declaração retirada do poema "High Flight" de John Gillespie Magee Jr.: Nunca iremos esquecê-los, nem a última vez em que os vimos, esta manhã, conforme eles se preparavam para sua jornada e se despediram e "abandonaram os cruéis limites da Terra" para "tocar a face de Deus." Esta citação foi lembrada como um dos melhores discursos de Reagan. Três dias depois, ele e a sua mulher, Nancy viajaram até o Johnson Space Center para um serviço fúnebre em honra aos astronautas
  
Os restos mortais dos membros da tripulação da Challenger, sendo transferidos de sete veículos para um avião de transporte MAC C-141 no SLF para serem levados à base de Dover Air Force, Delaware

  
  
 
NOTA: nestes tempos complicados para os professores portugueses, recordemos uma colega de profissão, a Professora Christa McAuliffe, teve direito à simbólica maçã vermelha brilhante (que alguns alunos oferecem aos professores, depois de lhe darem brilho...) no logótipo da missão. Recordemos uma de nós, que foi Professora até ao último segundo da sua vida e que morreu quando ia dar uma lição no espaço (através do programa chamado Projeto Professor no Espaço) para os seus alunos...

José Martí, martir da independência de Cuba, nasceu há 170 anos

   
José Julián Martí Pérez (Havana, 28 de janeiro de 1853 - Dos Ríos, 19 de maio de 1895) foi um político, intelectual, jornalista, filósofo, poeta e maçom cubano, criador do Partido Revolucionário Cubano (PRC) e organizador da Guerra de 1895 ou Guerra Necessária. O seu pensamento transcendeu as fronteiras de sua Cuba natal para adquirir um carácter universal. No seu país natal, também é conhecido como «El apóstol».
Era filho de Mariano Martí, natural de Valência, e de Leonor Pérez Cabrera, natural de Tenerife, nas ilhas Canárias.
José Martí foi o grande mártir da Independência de Cuba da Espanha. Além de poeta e pensador fecundo, desde a sua juventude demonstrou a sua inquietude cívica e a sua simpatia pelas ideias revolucionárias que cresciam entre os cubanos.
Influenciado pelas ideias de independência de Rafael María de Mendive, o  seu mestre na escola secundária de Havana, iniciou a sua participação política escrevendo e distribuindo jornais com conteúdo separatista no início da Guerra dos Dez Anos. Com a prisão e deportação do seu mestre Mendive, cristalizou-se a atitude de rebeldia que Martí nutria contra a dominação espanhola.
Em 1869, com apenas dezasseis anos, publicou a folha impressa separatista "El Diablo Cojuelo" e o primeiro e único número da revista "La Patria Libre". No mesmo ano, passou a distribuir um periódico manuscrito intitulado "El Siboney". Pouco depois, foi preso e processado pelo governo espanhol por estar de posse de papéis considerados revolucionários. Foi condenado a seis anos de trabalhos forçados mas passou somente seis meses na prisão. Em 1871, com a saúde debilitada, a sua família conseguiu um indulto e obteve a permuta da pena original pela deportação para Espanha. Na Espanha, Martí publicou, naquele mesmo ano, o seu primeiro trabalho de importância: "El Presidio Político en Cuba", no qual expôs as crueldades e os horrores vividos no período em que esteve na prisão. Nesta obra, já se encontravam presentes o idealismo e o estilo vigoroso que tornariam Martí conhecido nos círculos intelectuais da sua época. Mais tarde, dedicou-se ao estudo do Direito, obtendo um doutoramento em Leis, Filosofia e Letras, na Universidade de Saragoça em 1874.
Em 19 de maio de 1895, no comando de um pequeno contingente de patriotas cubanos, após um encontro inesperado com tropas espanholas, nas proximidades da aldeia de Dos Ríos, José Martí foi atingido e veio a falecer em seguida. O seu corpo, mutilado pelos soldados espanhóis, foi exibido à população e posteriormente sepultado na cidade de Santiago de Cuba, em 27 de maio do mesmo ano.
      

Billy Powell, teclista dos Lynyrd Skynyrd, morreu há catorze anos...

 
William Norris "Billy" Powell
(Corpus Christi, Texas, 3 de junho de 1952 - Orange Park, Flórida, 28 de janeiro de 2009) foi um teclista dos Estados Unidos, integrante da banda de southern rock Lynyrd Skynyrd.
     
Biografia
Começou como roadie da banda em 1970, até que, em 1972, durante o aquecimento num show do Lynyrd em Jacksonville, tocou uma versão de "Free Bird" no teclado. O vocalista Ronnie Van Zant ficou tão impressionado que imediatamente o convidou para ser o teclista oficial do grupo.
Sobreviveu ao desastre aéreo que abateu a banda em 1977, sofrendo apenas ferimentos no rosto. Entre essa época e 1987, entrou para uma banda cristã chamada Vision.
Voltou aos Lynyrd em 1987, para uma turnê-tributo, permanecendo com a banda até à sua morte, de ataque cardíaco, em 28 de janeiro de 2009, em Orange Park, Flórida.
    

 

 

Lynyrd Skynyrd - Free bird

If I leave here tomorrow
Would you still remember me?
For I must be travelling on, now,
cause theres too many places Ive got to see.
But, if I stayed here with you, girl,
Things just couldnt be the same.
cause Im as free as a bird now,
And this bird you can not change.
Lord knows, I cant change.

Bye, bye, its been a sweet love.
Though this feeling I cant change.
But please dont take it badly,
cause lord knows Im to blame.
But, if I stayed here with you girl,
Things just couldnt be the same.
Cause Im as free as a bird now,
And this bird youll never change.
And this bird you can not change.
Lord knows, I cant change.
Lord help me, I cant change

Paul Kantner, dos Jefferson Airplane, morreu há sete anos...

  
Paul Lorin Kantner (São Francisco, 17 de março de 1941São Francisco, 28 de janeiro de 2016) foi um músico norte-americano de rock conhecido por ter co-fundado a banda de rock psicadélico Jefferson Airplane.

Biografia
Paul Kantner liderou os Jefferson Airplane e diversas incarnações posteriores da banda, sendo primariamente um guitarrista, mas também auxiliando frequentemente nos vocais de apoio na maioria das canções. Em 1965 foi recrutado pelo cantor Marty Balin para a fundação da banda.
Durante o período de transição no início da década de 70, com a desintegração da banda, Kantner gravou Blows Against the Empire, um álbum conceptual com um grupo de músicos que ele chamou Jefferson Starship, marcando o primeiro uso desse nome. Essa edição da banda incluiu membros dos Crosby, Stills, Nash & Young (David Crosby e Graham Nash) e membros dos Grateful Dead (Jerry Garcia, Bill Kreutzmann e Mickey Hart), assim como alguns dos membros remanescentes dos Jefferson Airplane (Grace Slick, Joey Covington e Jack Casady). Neste álbum, Kantner e Slick cantaram sobre um grupo de pessoas escapando da Terra num foguetão sequestrado. Durante essa época Kantner e Slick tiveram um caso e a sua filha China Kantner nasceu logo após.
Kantner e Slick (com um grupo similar de músicos mas sem o crédito dos "Jefferson Starship") lançaram também Sunfighter (1971) e Baron von Tollbooth & the Chrome Nun (1973). Já na época de lançamento deste segundo álbum, com Kaukonen e Casady devotando todo o seu tempo aos Hot Tuna, os músicos da banda de Kantner e Slick formaram o núcleo da nova formação dos Jefferson Airplane, denominados Jefferson Starship em 1974, agora oficialmente. A formação ainda incluía John Barbata, Papa John Creach, Pete Sears e Craig Chaquico. Apesar de Balin não estar nessa formação, ele reuniu-se com a banda durante o trabalho de gravação de Dragonfly, o primeiro álbum do novo grupo.
Em 1984, Kantner deixou o grupo, mas não antes de tomar ações legais contra os seus ex-colegas de banda sobre o nome "Jefferson". Ganhando a causa, o resto da banda teve que reduzir o seu nome para "Starship", marcando a terceiro incarnação do grupo. No ano seguinte, Paul Kantner reuniu-se com Balin e Jack Casady para formar o KBC Band, lançando somente um álbum homónimo em 1987, pela Arista Records.
Com a união dos três músicos, a KBC Band abriu portas para uma reunião completa dos Jefferson Airplane. Em 1989, durante um concerto a solo em São Francisco, Paul Kantner reuniu-se com Grace Slick e outros dois integrantes dos Airplane para uma aparição pública, o que levou a uma reunião da formal formação clássica, incluindo Marty Balin, mas sem Spencer Dryden. Um álbum homónimo foi lançado pela Columbia Records.
Kantner morreu em S. Francisco, com a idade de 74 anos, a 28 de janeiro de 2016, de falhanço múltiplo de vários órgãos e choque séptico, depois de ter sofrido um ataque cardíaco, na sequência outro ataque que teve dias antes.
  

 


sexta-feira, janeiro 27, 2023

Holocausto...? Não esquecemos nem perdoamos

(imagens daqui)


 

 

ARBEIT MACHT FREI
  
Punham o comboio em marcha quando a hora
chegava. Carruagens fechadas, vagões atrelados,
o caminho era em frente. Olhavam a paisagem,
quando se distraíam ; mas logo voltavam
a atenção para os carris, gracejando ao trocarem
de lugar quando chegava a hora das refeições.
Nas paragens, bebiam pela garrafa; e nem
davam pelo que se passava atrás deles: estava
longe o destino, as paragens eram muitas, e
tinham de as compensar com horas extraordinárias
para cumprir o horário: regulamentos são ordens,
estavam à sua espera, e só depois de feita
a entrega podiam mudar o sentido da máquina
e fazer o caminho de volta, vagões vazios
e limpos, e tudo a andar mais depressa porque
já não havia peso a atrasar a marcha. São
assim os bons profissionais, cumpridores,
e não há notícia de greves, desvios,
perguntas sobre o que enchia os vagões.
    

  
    

in Fórmulas de uma luz inexplicável (2012) - Nuno Júdice

Trajano tornou-se Imperador de Roma (sucedendo a Nerva) há 1925 anos

     
Marco Coceio Nerva (em latim: Marcus Cocceius Nerva, 8 de novembro de 30 - 27 de janeiro de 98), foi imperador romano de 96 até à sua morte em 98.
Este reputado senador esteve ao serviço do Império durante os reinados de Nero, Vespasiano, Tito e Domiciano. Com Nero foi membro do séquito imperial e desempenhou um papel de destaque na descoberta de uma conspiração contra o imperador, orquestrada pelo senador Caio Calpúrnio Pisão (65). Foi recompensado com dois consulados, com Vespasiano em 71 e com Domiciano em 90. Sendo este assassinado, a 18 de setembro de 96, o senado ao dia seguinte elegeu e aclamou um de seus membros, Nerva, imperador. Como novo monarca jurou restaurar os direitos que foram abolidos ou simplesmente obviados durante o reinado de Domiciano. Contudo, a sua administração foi pontuada por problemas financeiros e pela sua falta de habilidade para tratar com as tropas. Uma rebelião da guarda pretoriana em 97 quase o forçou a adotar o popular Trajano como herdeiro e sucessor. Nerva faleceu, de morte natural, a 27 de janeiro de 98, sendo sucedido pelo seu filho adotivo, Trajano.
Embora se desconheça grande parte da vida de Nerva, é considerado pelos historiadores antigos como um imperador sábio e moderado, interessado no bem-estar económico, procurando reduzir as despesas do governo. Esta opinião foi confirmada pelos historiadores modernos, um dos quais, Edward Gibbon, chama a Nerva e aos seus quatro sucessores, os "cinco bons imperadores". A adoção de Trajano como herdeiro finalizou com a tradição dos anteriores imperadores, que nomeavam algum dos seus parentes como filho adotivo, caso não lhe sucedessem os seus próprios filhos.
    
    
  
     
  
Marco Úlpio Nerva Trajano (em latim: Marcus Ulpius Traianus; 18 de setembro de 53 - 9 de agosto de 117) nasceu em Itálica (atual Santiponce), na Bética, no sul da Hispânia, perto de Híspalis (a atual Sevilha) em 53 d.C. Foi imperador romano de 98 a 117. Durante a sua administração, o Império Romano atingiu a sua maior extensão territorial graças às conquistas de leste. Trajano também é notado pelos seus extensos programas de obras públicas e as políticas sociais implementadas durante o seu reinado.
     
   

O naturalista Audubon morreu há 172 anos

   
John James Audubon (Les Cayes, 26 de abril de 1785Manhattan, 27 de janeiro de 1851) foi um naturalista americano de origem francesa, especializado na ilustração científica de aves. O seu trabalho mais conhecido The Birds of America (As Aves da América em língua portuguesa) alcançou, durante a sua vida, sucesso comercial e trouxe-lhe enorme popularidade junto do público. O prestígio científico alcançado pela obra valeu-lhe elogios rasgados dos seus pares e permitiu-lhe tornar-se o segundo americano (depois de Benjamin Franklin) a ser incluido na seleta Royal Society - The Royal Society of London for the Improvement of Natural Knowledge (em português Real Sociedade de Londres para o Progresso do Conhecimento da Natureza).
Audubon nasceu em 1785 em Santo Domingo na Republica Dominicana como Jean-Jacques Fougère Audubon, filho de um capitão da marinha mercante francesa e de Mademoiselle Rabine, que morreu pouco tempo depois do seu nascimento. Quatro anos depois, o capitão regressou a França e apresentou o bastardo à família. Audubon foi criado pela mulher legítima do pai que o tratou como um filho, juntamente com a sua meia-irmã, também nascida fora do casamento. Em 1803 Audubon regressa às Américas, para fugir ao ingresso nos exércitos de Napoleão Bonaparte, e com a ajuda financeira do pai instala-se em Mill Grove, perto de Filadélfia, onde a família detinha algumas propriedades. Nestes primeiros anos, Audubon desenvolve o gosto pelo desenho de temas naturalistas, em particular das aves das suas redondezas. O seu interesse era também de ordem científica e a sua curiosidade levou-o a fazer as primeiras experiências conhecidas de anilhagem de aves migratórias, para ver que indivíduos regressavam ao mesmo local no ano seguinte.
Em Mill Grove, Audubon casou com Lucy Bakewell, filha de uns vizinhos, que lhe deu dois filhos Victor e John. Pouco tempo depois do casamento, a família muda-se para Louisville no Kentucky, onde por influência paterna Audubon era suposto dedicar-se a negócios comerciais. A experiência acabou por ser um falhanço pois, por admissão do próprio em correspondência com amigos, a vida de empresário deixava-o deprimido. Após ter perdido quase todos os investimentos e estar à beira da bancarrota, Audubon percebeu que esta não era uma vida para si e decidiu dedicar-se ao seu projecto de vida: desenhar todas as aves da América do Norte.

Estampa do The Birds of America, ilustrando o cisne-trombeteiro (Cygnus buccinator)

As Aves da América
Em nome deste sonho, Audubon percorreu os Estados Unidos da América em busca das aves que pretendia desenhar, enquanto Lucy Bakewell suportava a família como professora. A sua insistência em procurar os seus modelos na Natureza, em vez de utilizar exemplares taxidermizados em museus era então uma abordagem totalmente nova da ilustração científica. Isto não significa, porém, que Audubon fosse um ecologista: ele fazia o seu trabalho de campo acompanhado de papel e material de desenho, mas também de uma espingarda que usava para matar as aves que pretendia ilustrar. Uma vez mortas, as aves eram repostas em posição de vida com arames e então desenhadas.
Em 1826, Audubon tinha a maioria das suas estampas preparadas e começou a procurar uma editora para publicar a sua obra-prima, o livro The Birds of America. Audubon, no entanto, não encontrou nenhuma casa editorial em Nova York ou Filadélfia que quisesse arriscar o negócio, e decidiu procurar a sua sorte na Europa. Com o dinheiro poupado pela mulher, comprou uma passagem e rumou ao Velho Continente.
Audubon foi um sucesso quase imediato no Reino Unido, em parte devido à qualidade dos seus desenhos, em parte pelas suas qualidades de marketing. Para vender o The Birds of America, Audubon adoptou uma aparência propositadamente exótica, deixando crescer o cabelo e aparecendo nos salões britânicos vestido de pioneiro americano, à maneira de David Crocket. As subscrições da obra não tardaram e Audubon pode contratar uma litografia para imprimir as cerca de 200 cópias das 435 gravuras que compunham o The Birds of America. Cada uma foi vendida ao preço exorbitante de 1000 dólares americanos e entregues em volumes de 10 gravuras cada ao longo dos doze anos seguintes. O rei Jorge IV do Reino Unido foi um dos subscritores e entusiastas de Audubon, mas não foi o único. O Barão Georges Cuvier elogiou publicamente o trabalho de Audubon como um monumento à ornitologia e a Royal Academy convidou-o para se tornar membro da instituição.
  
O sucesso
Audubon regressou às Américas em 1829, com o objetivo de encontrar mais assinantes da sua obra e para fazer mais viagens, a fim de completar as gravuras que lhe faltavam. Neste período, Audubon procurou popularizar a sua obra ao editar, em 1840, uma versão mais barata do livro The Birds of America, acessível também à classe média. O sucesso da Octavo Edition foi imediato e a primeira edição esgotou rapidamente as 1200 cópias impressas.
Com os seus méritos reconhecidos e situação financeira estabilizada, Audubon comprou uma propriedade perto do rio Hudson, mas não parou de trabalhar. O seu trabalho seguinte Viviparous Quadrupeds of North America, ocupou os seus últimos anos e foi elaborado em colaboração com os seus dois filhos, John e Victor. Audubon morreu em 1851 e este livro foi publicado postumamente em 1852.