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sábado, janeiro 27, 2024

O naturalista Audubon morreu há 173 anos


   
John James Audubon (Les Cayes, 26 de abril de 1785Manhattan, 27 de janeiro de 1851) foi um naturalista americano de origem francesa, especializado na ilustração científica de aves. O seu trabalho mais conhecido The Birds of America (As Aves da América em língua portuguesa) alcançou, durante a sua vida, sucesso comercial e trouxe-lhe enorme popularidade junto do público. O prestígio científico alcançado pela obra valeu-lhe elogios rasgados dos seus pares e permitiu-lhe tornar-se o segundo americano (depois de Benjamin Franklin) a ser incluído na seleta Royal Society - The Royal Society of London for the Improvement of Natural Knowledge (em português Real Sociedade de Londres para o Progresso do Conhecimento da Natureza).
Audubon nasceu em 1785 em Santo Domingo na Republica Dominicana como Jean-Jacques Fougère Audubon, filho de um capitão da marinha mercante francesa e de Mademoiselle Rabine, que morreu pouco tempo depois do seu nascimento. Quatro anos depois, o capitão regressou a França e apresentou o bastardo à família. Audubon foi criado pela mulher legítima do pai, que o tratou como um filho, juntamente com a sua meia-irmã, também nascida fora do casamento. Em 1803 Audubon regressa às Américas, para fugir ao ingresso nos exércitos de Napoleão Bonaparte, e com a ajuda financeira do pai, instala-se em Mill Grove, perto de Filadélfia, onde a família detinha algumas propriedades. Nestes primeiros anos, Audubon desenvolve o gosto pelo desenho de temas naturalistas, em particular das aves das suas redondezas. O seu interesse era também de ordem científica e a sua curiosidade levou-o a fazer as primeiras experiências conhecidas de anilhagem de aves migratórias, para ver que indivíduos regressavam ao mesmo local no ano seguinte.
Em Mill Grove, Audubon casou com Lucy Bakewell, filha de uns vizinhos, que lhe deu dois filhos Victor e John. Pouco tempo depois do casamento, a família muda-se para Louisville no Kentucky, onde por influência paterna Audubon era suposto dedicar-se a negócios comerciais. A experiência acabou por ser um falhanço pois, por admissão do próprio em correspondência com amigos, a vida de empresário deixava-o deprimido. Após ter perdido quase todos os investimentos e estar à beira da bancarrota, Audubon percebeu que esta não era uma vida para si e decidiu dedicar-se ao seu projeto de vida: desenhar todas as aves da América do Norte.


Estampa do The Birds of America, ilustrando o cisne-trombeteiro (Cygnus buccinator)

As Aves da América
Em nome deste sonho, Audubon percorreu os Estados Unidos da América em busca das aves que pretendia desenhar, enquanto Lucy Bakewell suportava a família como professora. A sua insistência em procurar os seus modelos na Natureza, em vez de utilizar exemplares taxidermizados em museus era então uma abordagem totalmente nova da ilustração científica. Isto não significa, porém, que Audubon fosse um ecologista: ele fazia o seu trabalho de campo acompanhado de papel e material de desenho, mas também de uma espingarda que usava para matar as aves que pretendia ilustrar. Uma vez mortas, as aves eram repostas em posição de vida com arames e então desenhadas.
Em 1826, Audubon tinha a maioria das suas estampas preparadas e começou a procurar uma editora para publicar a sua obra-prima, o livro The Birds of America. Audubon, no entanto, não encontrou nenhuma casa editorial em Nova York ou Filadélfia que quisesse arriscar o negócio, e decidiu procurar a sua sorte na Europa. Com o dinheiro poupado pela mulher, comprou uma passagem e rumou ao Velho Continente.
Audubon foi um sucesso quase imediato no Reino Unido, em parte devido à qualidade dos seus desenhos, em parte pelas suas qualidades de marketing. Para vender o The Birds of America, Audubon adotou uma aparência propositadamente exótica, deixando crescer o cabelo e aparecendo nos salões britânicos vestido de pioneiro americano, à maneira de David Crocket. As subscrições da obra não tardaram e Audubon pode contratar uma litografia para imprimir as cerca de 200 cópias das 435 gravuras que compunham o The Birds of America. Cada uma foi vendida ao preço exorbitante de 1000 dólares americanos e entregues em volumes de 10 gravuras cada ao longo dos doze anos seguintes. O rei Jorge IV do Reino Unido foi um dos subscritores e entusiastas de Audubon, mas não foi o único. O barão Georges Cuvier elogiou publicamente o trabalho de Audubon como um monumento à ornitologia e a Royal Academy convidou-o para se tornar membro da instituição.
  
O sucesso
Audubon regressou às Américas em 1829, com o objetivo de encontrar mais assinantes da sua obra e para fazer mais viagens, a fim de completar as gravuras que lhe faltavam. Neste período, Audubon procurou popularizar a sua obra ao editar, em 1840, uma versão mais barata do livro The Birds of America, acessível também à classe média. O sucesso da Octavo Edition foi imediato e a primeira edição esgotou rapidamente as 1200 cópias impressas.
Com os seus méritos reconhecidos e situação financeira estabilizada, Audubon comprou uma propriedade perto do rio Hudson, mas não parou de trabalhar. O seu trabalho seguinte Viviparous Quadrupeds of North America, ocupou os seus últimos anos e foi elaborado em colaboração com os seus dois filhos, John e Victor. Audubon morreu em 1851 e este livro foi publicado postumamente em 1852.
 
  

sexta-feira, janeiro 27, 2023

O naturalista Audubon morreu há 172 anos

   
John James Audubon (Les Cayes, 26 de abril de 1785Manhattan, 27 de janeiro de 1851) foi um naturalista americano de origem francesa, especializado na ilustração científica de aves. O seu trabalho mais conhecido The Birds of America (As Aves da América em língua portuguesa) alcançou, durante a sua vida, sucesso comercial e trouxe-lhe enorme popularidade junto do público. O prestígio científico alcançado pela obra valeu-lhe elogios rasgados dos seus pares e permitiu-lhe tornar-se o segundo americano (depois de Benjamin Franklin) a ser incluido na seleta Royal Society - The Royal Society of London for the Improvement of Natural Knowledge (em português Real Sociedade de Londres para o Progresso do Conhecimento da Natureza).
Audubon nasceu em 1785 em Santo Domingo na Republica Dominicana como Jean-Jacques Fougère Audubon, filho de um capitão da marinha mercante francesa e de Mademoiselle Rabine, que morreu pouco tempo depois do seu nascimento. Quatro anos depois, o capitão regressou a França e apresentou o bastardo à família. Audubon foi criado pela mulher legítima do pai que o tratou como um filho, juntamente com a sua meia-irmã, também nascida fora do casamento. Em 1803 Audubon regressa às Américas, para fugir ao ingresso nos exércitos de Napoleão Bonaparte, e com a ajuda financeira do pai instala-se em Mill Grove, perto de Filadélfia, onde a família detinha algumas propriedades. Nestes primeiros anos, Audubon desenvolve o gosto pelo desenho de temas naturalistas, em particular das aves das suas redondezas. O seu interesse era também de ordem científica e a sua curiosidade levou-o a fazer as primeiras experiências conhecidas de anilhagem de aves migratórias, para ver que indivíduos regressavam ao mesmo local no ano seguinte.
Em Mill Grove, Audubon casou com Lucy Bakewell, filha de uns vizinhos, que lhe deu dois filhos Victor e John. Pouco tempo depois do casamento, a família muda-se para Louisville no Kentucky, onde por influência paterna Audubon era suposto dedicar-se a negócios comerciais. A experiência acabou por ser um falhanço pois, por admissão do próprio em correspondência com amigos, a vida de empresário deixava-o deprimido. Após ter perdido quase todos os investimentos e estar à beira da bancarrota, Audubon percebeu que esta não era uma vida para si e decidiu dedicar-se ao seu projecto de vida: desenhar todas as aves da América do Norte.

Estampa do The Birds of America, ilustrando o cisne-trombeteiro (Cygnus buccinator)

As Aves da América
Em nome deste sonho, Audubon percorreu os Estados Unidos da América em busca das aves que pretendia desenhar, enquanto Lucy Bakewell suportava a família como professora. A sua insistência em procurar os seus modelos na Natureza, em vez de utilizar exemplares taxidermizados em museus era então uma abordagem totalmente nova da ilustração científica. Isto não significa, porém, que Audubon fosse um ecologista: ele fazia o seu trabalho de campo acompanhado de papel e material de desenho, mas também de uma espingarda que usava para matar as aves que pretendia ilustrar. Uma vez mortas, as aves eram repostas em posição de vida com arames e então desenhadas.
Em 1826, Audubon tinha a maioria das suas estampas preparadas e começou a procurar uma editora para publicar a sua obra-prima, o livro The Birds of America. Audubon, no entanto, não encontrou nenhuma casa editorial em Nova York ou Filadélfia que quisesse arriscar o negócio, e decidiu procurar a sua sorte na Europa. Com o dinheiro poupado pela mulher, comprou uma passagem e rumou ao Velho Continente.
Audubon foi um sucesso quase imediato no Reino Unido, em parte devido à qualidade dos seus desenhos, em parte pelas suas qualidades de marketing. Para vender o The Birds of America, Audubon adoptou uma aparência propositadamente exótica, deixando crescer o cabelo e aparecendo nos salões britânicos vestido de pioneiro americano, à maneira de David Crocket. As subscrições da obra não tardaram e Audubon pode contratar uma litografia para imprimir as cerca de 200 cópias das 435 gravuras que compunham o The Birds of America. Cada uma foi vendida ao preço exorbitante de 1000 dólares americanos e entregues em volumes de 10 gravuras cada ao longo dos doze anos seguintes. O rei Jorge IV do Reino Unido foi um dos subscritores e entusiastas de Audubon, mas não foi o único. O Barão Georges Cuvier elogiou publicamente o trabalho de Audubon como um monumento à ornitologia e a Royal Academy convidou-o para se tornar membro da instituição.
  
O sucesso
Audubon regressou às Américas em 1829, com o objetivo de encontrar mais assinantes da sua obra e para fazer mais viagens, a fim de completar as gravuras que lhe faltavam. Neste período, Audubon procurou popularizar a sua obra ao editar, em 1840, uma versão mais barata do livro The Birds of America, acessível também à classe média. O sucesso da Octavo Edition foi imediato e a primeira edição esgotou rapidamente as 1200 cópias impressas.
Com os seus méritos reconhecidos e situação financeira estabilizada, Audubon comprou uma propriedade perto do rio Hudson, mas não parou de trabalhar. O seu trabalho seguinte Viviparous Quadrupeds of North America, ocupou os seus últimos anos e foi elaborado em colaboração com os seus dois filhos, John e Victor. Audubon morreu em 1851 e este livro foi publicado postumamente em 1852.
  

quinta-feira, janeiro 27, 2022

O naturalista Audubon morreu há 171 anos

   
John James Audubon (Les Cayes, 26 de abril de 1785Manhattan, 27 de janeiro de 1851) foi um naturalista americano de origem francesa, especializado na ilustração científica de aves. O seu trabalho mais conhecido The Birds of America (As Aves da América em língua portuguesa) alcançou, durante a sua vida, sucesso comercial e trouxe-lhe enorme popularidade junto do público. O prestígio científico alcançado pela obra valeu-lhe elogios rasgados dos seus pares e permitiu-lhe tornar-se o segundo americano (depois de Benjamin Franklin) a ser incluido na seleta Royal Society - The Royal Society of London for the Improvement of Natural Knowledge (em português Real Sociedade de Londres para o Progresso do Conhecimento da Natureza).
Audubon nasceu em 1785 em Santo Domingo na Republica Dominicana como Jean-Jacques Fougère Audubon, filho de um capitão da marinha mercante francesa e de Mademoiselle Rabine, que morreu pouco tempo depois do seu nascimento. Quatro anos depois, o capitão regressou a França e apresentou o bastardo à família. Audubon foi criado pela mulher legítima do pai que o tratou como um filho, juntamente com a sua meia-irmã, também nascida fora do casamento. Em 1803 Audubon regressa às Américas, para fugir ao ingresso nos exércitos de Napoleão Bonaparte, e com a ajuda financeira do pai instala-se em Mill Grove, perto de Filadélfia, onde a família detinha algumas propriedades. Nestes primeiros anos, Audubon desenvolve o gosto pelo desenho de temas naturalistas, em particular das aves das suas redondezas. O seu interesse era também de ordem científica e a sua curiosidade levou-o a fazer as primeiras experiências conhecidas de anilhagem de aves migratórias, para ver que indivíduos regressavam ao mesmo local no ano seguinte.
Em Mill Grove, Audubon casou com Lucy Bakewell, filha de uns vizinhos, que lhe deu dois filhos Victor e John. Pouco tempo depois do casamento, a família muda-se para Louisville no Kentucky, onde por influência paterna Audubon era suposto dedicar-se a negócios comerciais. A experiência acabou por ser um falhanço pois, por admissão do próprio em correspondência com amigos, a vida de empresário deixava-o deprimido. Após ter perdido quase todos os investimentos e estar à beira da bancarrota, Audubon percebeu que esta não era uma vida para si e decidiu dedicar-se ao seu projecto de vida: desenhar todas as aves da América do Norte.

Estampa do The Birds of America, ilustrando o cisne-trombeteiro (Cygnus buccinator)

As Aves da América
Em nome deste sonho, Audubon percorreu os Estados Unidos da América em busca das aves que pretendia desenhar, enquanto Lucy Bakewell suportava a família como professora. A sua insistência em procurar os seus modelos na Natureza, em vez de utilizar exemplares taxidermizados em museus era então uma abordagem totalmente nova da ilustração científica. Isto não significa, porém, que Audubon fosse um ecologista: ele fazia o seu trabalho de campo acompanhado de papel e material de desenho, mas também de uma espingarda que usava para matar as aves que pretendia ilustrar. Uma vez mortas, as aves eram repostas em posição de vida com arames e então desenhadas.
Em 1826, Audubon tinha a maioria das suas estampas preparadas e começou a procurar uma editora para publicar a sua obra-prima, o livro The Birds of America. Audubon, no entanto, não encontrou nenhuma casa editorial em Nova York ou Filadélfia que quisesse arriscar o negócio, e decidiu procurar a sua sorte na Europa. Com o dinheiro poupado pela mulher, comprou uma passagem e rumou ao Velho Continente.
Audubon foi um sucesso quase imediato no Reino Unido, em parte devido à qualidade dos seus desenhos, em parte pelas suas qualidades de marketing. Para vender o The Birds of America, Audubon adoptou uma aparência propositadamente exótica, deixando crescer o cabelo e aparecendo nos salões britânicos vestido de pioneiro americano, à maneira de David Crocket. As subscrições da obra não tardaram e Audubon pode contratar uma litografia para imprimir as cerca de 200 cópias das 435 gravuras que compunham o The Birds of America. Cada uma foi vendida ao preço exorbitante de 1000 dólares americanos e entregues em volumes de 10 gravuras cada ao longo dos doze anos seguintes. O rei Jorge IV do Reino Unido foi um dos subscritores e entusiastas de Audubon, mas não foi o único. O Barão Georges Cuvier elogiou publicamente o trabalho de Audubon como um monumento à ornitologia e a Royal Academy convidou-o para se tornar membro da instituição.
  
O sucesso
Audubon regressou às Américas em 1829, com o objetivo de encontrar mais assinantes da sua obra e para fazer mais viagens, a fim de completar as gravuras que lhe faltavam. Neste período, Audubon procurou popularizar a sua obra ao editar, em 1840, uma versão mais barata do livro The Birds of America, acessível também à classe média. O sucesso da Octavo Edition foi imediato e a primeira edição esgotou rapidamente as 1200 cópias impressas.
Com os seus méritos reconhecidos e situação financeira estabilizada, Audubon comprou uma propriedade perto do rio Hudson, mas não parou de trabalhar. O seu trabalho seguinte Viviparous Quadrupeds of North America, ocupou os seus últimos anos e foi elaborado em colaboração com os seus dois filhos, John e Victor. Audubon morreu em 1851 e este livro foi publicado postumamente em 1852.
  

sexta-feira, janeiro 27, 2012

Audubon morreu há 161 anos

John James Audubon (26 de abril de 178527 de janeiro 1851) foi um naturalista americano de origem francesa, especializado na ilustração científica de aves. O seu trabalho mais conhecido The Birds of America (As Aves da América em língua portuguesa) alcançou, durante a sua vida, sucesso comercial e trouxe-lhe enorme popularidade junto do público. O prestígio científico alcançado pela obra valeu-lhe elogios rasgados dos seus pares e permitiu-lhe tornar-se o segundo americano (depois de Benjamin Franklin) a ser incluido na seleta Royal Society - The Royal Society of London for the Improvement of Natural Knowledge (em português Real Sociedade de Londres para o Progresso do Conhecimento da Natureza).
Audubon nasceu em 1785 em Santo Domingo na Republica Dominicana como Jean-Jacques Fougère Audubon, filho de um capitão da marinha mercante francesa e de Mademoiselle Rabine, que morreu pouco tempo depois do seu nascimento. Quatro anos depois, o capitão regressou a França e apresentou o bastardo à família. Audubon foi criado pela mulher legítima do pai que o tratou como um filho, juntamente com a sua meia-irmã, também nascida fora do casamento. Em 1803 Audubon regressa às Américas, para fugir ao ingresso nos exércitos de Napoleão Bonaparte, e com a ajuda financeira do pai instala-se em Mill Grove, perto de Filadélfia, onde a família detinha algumas propriedades. Nestes primeiros anos, Audubon desenvolve o gosto pelo desenho de temas naturalistas, em particular das aves das suas redondezas. O seu interesse era também de ordem científica e a sua curiosidade levou-o a fazer as primeiras experiências conhecidas de anilhagem de aves migratórias, para ver que indivíduos regressavam ao mesmo local no ano seguinte.
Em Mill Grove, Audubon casou com Lucy Bakewell, filha de uns vizinhos, que lhe deu dois filhos Victor e John. Pouco tempo depois do casamento, a família muda-se para Louisville no Kentucky, onde por influência paterna Audubon era suposto dedicar-se a negócios comerciais. A experiência acabou por ser um falhanço pois, por admissão do próprio em correspondência com amigos, a vida de empresário deixava-o deprimido. Após ter perdido quase todos os investimentos e estar à beira da bancarrota, Audubon percebeu que esta não era uma vida para si e decidiu dedicar-se ao seu projecto de vida: desenhar todas as aves da América do Norte.

Estampa do The Birds of America, ilustrando o cisne-trombeteiro (Cygnus buccinator)

As Aves da América
Em nome deste sonho, Audubon percorreu os Estados Unidos da América em busca das aves que pretendia desenhar, enquanto Lucy Bakewell suportava a família como professora. A sua insistência em procurar os seus modelos na Natureza, em vez de utilizar exemplares taxidermizados em museus era então uma abordagem totalmente nova da ilustração científica. Isto não significa, porém, que Audubon fosse um ecologista: ele fazia o seu trabalho de campo acompanhado de papel e material de desenho, mas também de uma espingarda que usava para matar as aves que pretendia ilustrar. Uma vez mortas, as aves eram repostas em posição de vida com arames e então desenhadas.
Em 1826, Audubon tinha a maioria das suas estampas preparadas e começou a procurar uma editora para publicar a sua obra-prima, o livro The Birds of America. Audubon, no entanto, não encontrou nenhuma casa editorial em Nova York ou Filadélfia que quisesse arriscar o negócio, e decidiu procurar a sua sorte na Europa. Com o dinheiro poupado pela mulher, comprou uma passagem e rumou ao Velho Continente.
Audubon foi um sucesso quase imediato no Reino Unido, em parte devido à qualidade dos seus desenhos, em parte pelas suas qualidades de marketing. Para vender o The Birds of America, Audubon adoptou uma aparência propositadamente exótica, deixando crescer o cabelo e aparecendo nos salões britânicos vestido de pioneiro americano, à maneira de David Crocket. As subscrições da obra não tardaram e Audubon pode contratar uma litografia para imprimir as cerca de 200 cópias das 435 gravuras que compunham o The Birds of America. Cada uma foi vendida ao preço exorbitante de 1000 dólares americanos e entregues em volumes de 10 gravuras cada ao longo dos doze anos seguintes. O rei Jorge IV do Reino Unido foi um dos subscritores e entusiastas de Audubon, mas não foi o único. O Barão Georges Cuvier elogiou publicamente o trabalho de Audubon como um monumento à ornitologia e a Royal Academy convidou-o para se tornar membro da instituição.

O sucesso
Audubon regressou às Américas em 1829, com o objetivo de encontrar mais assinantes da sua obra e para fazer mais viagens, a fim de completar as gravuras que lhe faltavam. Neste período, Audubon procurou popularizar a sua obra ao editar, em 1840, uma versão mais barata do livro The Birds of America, acessível também à classe média. O sucesso da Octavo Edition foi imediato e a primeira edição esgotou rapidamente as 1200 cópias impressas.
Com os seus méritos reconhecidos e situação financeira estabilizada, Audubon comprou uma propriedade perto do rio Hudson, mas não parou de trabalhar. O seu trabalho seguinte Viviparous Quadrupeds of North America, ocupou os seus últimos anos e foi elaborado em colaboração com os seus dois filhos, John e Victor. Audubon morreu em 1851 e este livro foi publicado postumamente em 1852.

domingo, janeiro 09, 2011

Concurso Internacional de Ilustração de Dinossauros 2011

O Museu da Lourinhã vai fazer a 7ª edição do Concurso Internacional de Ilustração de Dinossauros.



Tema: Dinossauros e outros animais extintos. As ilustrações podem representar reconstituição de vida dos animais, eventualmente no seu meio ambiente, ou fósseis encontrados.

Prémios: Os prémios serão monetários e pagos em Euros.
1º Lugar 1000 Euros
2º Lugar 500 Euros
3º Lugar 250 Euros
5 Menções Honrosas 50 Euros cada


Calendário:
  • Entrega das obras a concurso: até 15 de Abril de 2011
  • Anúncio dos resultados: 24 de Junho de 2011
  • Exposição das obras: Julho e Agosto de 2011
  • Devolução das obras: a partir de Outubro de 2011
Morada para envio das obras:
CIID - 2011 - Museu da Lourinhã
Rua João Luís de Moura, 95
2530-158 Lourinhã
PORTUGAL


O regulamento completo está disponível aqui: http://www.museulourinha.org/pt/CIID.

Mais informações no FAQ - Perguntas frequentes ou através dos seguintes contactos:

Tel.: [+351] 261 413 995 / [+351] 261 414 003

Este concurso tem sido muito bem sucedido de tal forma que a ideia tem sido copiada por outros museus europeus.

segunda-feira, abril 26, 2010

Curso de Ilustração Científica no Porto


O CIIMAR vai receber pela segunda vez este ano, nestes três fins-de-semana de Maio e Junho, um dos maiores ilustradores científicos do país, consagrados pelo Guil of Natural Science Ilustrators (EUA) e com trabalhos publicados na National GeographicMestre Fernando Correia. O sucesso da 1.ª edição, que decorreu em Março, foi muito bom e “obrigou-nos” a repetir o curso.

O curso destina-se a qualquer pessoa interessada em aprender técnicas de índole gráfico e a iniciar-se no vasto mundo da ilustração científica, e não é necessário possuir qualquer formação científica ou artística de base.

Estão abertas as inscrições até dia 1 de Maio, que têm número limitado de vagas.

Datas:
  • 8 e 9 Maio 2010
  • 15 e 16 Maio 2010
  • 05 e 06 Junho 2010
Local:
CIIMAR - Universidade do Porto
Rua dos Bragas, 289
4050-123 Porto

LINK - OUTRO CARTAZ

Para mais informações contacte:

sábado, novembro 01, 2008

Concurso de Ilustração de Dinossauros da Lourinhã 2009

O Museu da Lourinhã vai lançar, em 2009, mais um Concurso Internacional de Ilustração de Dinossauros.

Ilustração por Maurílio de Oliveira


Quanto ao seu regulamento, pode ser lido AQUI (post do Blog Lusodinos).