quinta-feira, setembro 14, 2017

O primeiro Cassini morreu há 305 anos

Giovanni Domenico Cassini (Perinaldo, Génova, hoje Itália, 8 de junho de 1625 - Paris, 14 de setembro de 1712), também chamado Jean-Dominique ou Cassini I, foi um astrónomo e matemático italiano.
Giovanni Cassini estudou no colégio dos Jesuítas em Gónova e Bolonha, e em 1650 foi, sob a proteção do general e senador Cornelio Malvasia, o sucessor de Pater Bonaventura Cavalieri na Universidade de Bolonha como professor na cátedra de astronomia. Nesta função, lecionou, sob o controle da doutrina da Igreja Católica, geometria euclidiana e a astronomia de Ptolomeu. O seu interesse foi atraído principalmente pela aparição de cometas, que observava com muita atenção. Além disso, produziu precisas tabelas solares e observou os períodos de rotação de Vénus, Marte e Júpiter. Em 1669, foi chamado pelo rei Luís XIV, a fim de tomar parte como membro da Academia de Ciências de Paris, fundada em 1667.
Um ano depois, foi nomeado diretor do Observatório Astronómico de Paris. Apesar do observatório de Paris não ser muito bem construído para a observação astronómica, Cassini continuou com as suas observações, descobrindo em 1671 e 1672 as luas de Saturno Jápeto e Reia, em 1675 uma parte escura dos anéis de Saturno, batizada com o seu nome (a Divisão de Cassini, área escura que separa os anéis A e B de Saturno e que tem cerca de 5.000 km de largura) e, em 1684, dois outros satélites do planeta dos anéis: Tétis e Dione.
Em 1672 calculou com precisão a paralaxe solar, e em 1683 foi o primeiro a descrever a luz do zodíaco. Cassini ficou cego em 1710, e dois anos depois, no dia 14 de setembro de 1712, faleceu em Paris.
Os sucessores na direção do Observatório Astronómico de Paris foram o seu filho Jacques, o seu neto César François e o seu bisneto Jean Dominique.
A sonda espacial da missão Cassini-Huygens, da NASA e da ESA, chegou, a julho de 2004, a Saturno, para investigar o sistema de anéis do planeta.

quarta-feira, setembro 13, 2017

O ícone gay Randy Jones, dos Village People, faz hoje 65 anos

Desde 2006 residindo em Nova York, lançou em 2007 o álbum Ticket to the World, o seu primeiro trabalho a solo. Como ator, apareceu com outros membros do grupo no filme Can't Stop the Music, lançado em 1980.


Vinny Appice - 60 anos

Vincent "Vinny" Appice (Brooklyn, Nova Iorque, 13 de setembro de 1957) é um baterista norte-americano de rock n' roll mundial, principalmente de heavy metal. Ficou famoso por tocar em importantes bandas, principalmente nos Black Sabbath, banda na qual entrou em 1980, com Ronnie James Dio, após a saída de Bill Ward para o tour do álbum Heaven and Hell. Tocou também na banda Dio, juntamente com o vocalista Ronnie James Dio, gravando inicialmente o álbum Holy Diver em 1983.
Ficou em 42° lugar na lista dos "50 melhores bateristas de hard rock e metal de todos os tempos" do site Loudwire.
 

O músico Tim Owens faz hoje 50 anos

Timothy S. "Ripper" Owens (Akron, 13 de setembro de 1967) é um músico de heavy metal norte-americano. É mais conhecido por ter sido o substituto de Rob Halford nos vocais dos Judas Priest, gravando dois discos de estúdio com a banda, Jugulator em 1997 e Demolition em 2001, saindo posteriormente dos Judas Priest. A passagem de Tim pela banda britânica serviu de inspiração para o filme Rock Star, com Mark Wahlberg e Jennifer Aniston. Entrou nos Iced Earth, saindo desta banda em 2006.
Atualmente faz parte das bandas Beyond Fear e Charred Walls of the Damned, além de tocar nos Dio Disciples, banda de tributo a Ronnie James Dio.


O acidente radiológico de Goiânia foi há trinta anos

(imagem daqui)

O acidente radiológico de Goiânia, amplamente conhecido como acidente com o césio-137, foi um grave episódio de contaminação por radioatividade ocorrido no Brasil. A contaminação teve início a 13 de setembro de 1987, quando um aparelho utilizado em radioterapias foi encontrado dentro de uma clínica abandonada, no centro de Goiânia, em Goiás. Foi classificado de nível 5 (acidentes com consequências de longo alcance) na Escala Internacional de Acidentes Nucleares, que vai de zero a sete, em que o menor valor corresponde a um desvio, sem significado em questões de segurança, enquanto no outro extremo estão localizados os acidentes graves.
O instrumento foi encontrado por sucateiros de um ferro-velho local, que entenderam tratar-se de sucata. Foi desmontado e dadas amostras a terceiros, gerando um rastro de contaminação, o qual afetou seriamente a saúde de centenas de pessoas. O acidente com césio-137 foi o maior acidente radioativo do Brasil e o maior do mundo ocorrido fora de centrais nucleares.
Fonte contaminadora
A contaminação em Goiânia foi originada por uma cápsula que continha cloreto de césio - um sal obtido a partir do radioisótopo 137 do elemento químico césio. A cápsula radioativa era parte de um equipamento radioterapêutico onde, dentro deste, se encontrava, revestida por uma caixa protetora de aço e chumbo. Essa caixa protetora possuía uma janela, feita de irídio, que permitia a passagem da radiação para o exterior.
A caixa contendo a cápsula radioativa estava, por sua vez, posicionada num contentor giratório que dispunha de um colimador. Este servia para direcionar o feixe radioativo, bem como para controlar a sua intensidade.
Não se pôde conhecer ao certo o número de série da fonte radioativa, mas pensa-se que ela tenha sido produzida por volta de 1970 pelo Laboratório Nacional de Oak Ridge, nos Estados Unidos. O material radioativo dentro da cápsula totalizava 0,093 kg e a sua radioatividade era, à época do acidente, de 50,9 TBq (= 1375 Ci).
O equipamento em questão era do modelo Cesapam F-3000. Foi projetado nos anos 50 pela empresa italiana Barazetti e comercializado pela empresa italiana Generay.
O objeto que continha a cápsula de césio foi recolhido pelo Exército e encontra-se exposto como troféu no interior da Escola de Instrução Especializada, no Rio de Janeiro, em forma de agradecimento aos que participaram da limpeza da área contaminada.
  
A origem do acidente
O Instituto Goiano de Radioterapia (IGR) era um instituto privado, localizado na Avenida Paranaíba, no Centro de Goiânia. O equipamento que gerou a contaminação na cidade entrou em funcionamento em 1971, tendo sido desativado em 1985, quando o IGR deixou de operar no local mencionado. Com a mudança de localização, o equipamento de terapia foi abandonado no interior das antigas instalações. A maior parte das edificações pertencentes à clínica foi demolida, mas algumas salas - inclusive aquela em que se localizava o aparelho - foram mantidas em ruínas.
O desmonte do equipamento radiológicoFoi no ferro-velho de Devair Ferreira que a cápsula de césio foi aberta para o reaproveitamento do chumbo. O dono do ferro-velho expôs ao ambiente 19,26 g de cloreto de césio-137 (CsCl), um sal muito parecido com o sal de cozinha (NaCl), mas que emite um brilho azulado quando em local desprovido de luz. Devair ficou encantado com o pó, que emitia um brilho azul no escuro. Ele mostrou a descoberta à sua esposa Maria Gabriela, bem como o distribuiu a familiares e amigos. O irmão de Devair, Ivo Ferreira, levou um pouco de césio para sua filha, Leide das Neves, que ingeriu as partículas do césio com um ovo cozido. Outro irmão de Devair também teve contacto direto com a substância. Pelo facto do sal ser higroscópico, ou seja, absorver a humidade do ar, facilmente adere à roupa, à pele e aos utensílios, podendo contaminar os alimentos e o organismo internamente. No dia 23 de outubro morreram Leide e Maria Gabriela. Devair Ferreira passou pelo tratamento de descontaminação no Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro, e morreu sete anos depois.
A exposição à radiação 
Logo que expostas à presença do material radioativo, em algumas horas as pessoas começaram a desenvolver sintomas: náuseas, seguidas de tonturas, com vómitos e diarreia. Alarmados, os familiares dos contaminados foram inicialmente a drogarias procurar auxílio, alguns procuraram postos de saúde e foram encaminhados para hospitais

Deteção
Os profissionais de saúde, observando os sintomas, pensaram tratar-se de algum tipo de doença contagiosa desconhecida, medicando os doentes em conformidade com os sintomas descritos. Maria Gabriela desconfiou que aquele pó que emitia um brilho azul era o responsável pelos sintomas que ocorriam na sua família. Ela e um empregado do ferro-velho levaram a cápsula de césio para a Vigilância Sanitária, que ainda permaneceu durante dois dias abandonada sobre uma cadeira. Durante a entrevista com médicos, a esposa do dono do ferro-velho relatou para a junta médica que os vómitos e diarreia se iniciaram depois que o seu marido desmontou aquele "aparelho estranho". Só então, no dia 29 de setembro de 1987, foi dado o alerta de contaminação por material radioativo de milhares de pessoas. Maria Gabriela foi um dos pacientes tratados no Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro e foi uma das primeiras vitimas da contaminação.
O governo da época tentou minimizar o acidente escondendo dados da população, que foi submetida a uma "seleção" no Estádio Olímpico Pedro Ludovico; os governantes da época escondiam a tragédia da população que, aterrorizada, procurava por auxílio, dizendo ser apenas um vazamento de gás. Outra razão é que Goiânia era a sede, à época, do GP Internacional de Motovelocidade no Autódromo Internacional Ayrton Senna e o governador do estado Henrique Santillo não queria que o pânico fosse instalado nos estrangeiros.
Contaminação
A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) mandou examinar toda a população da região. No total, 1000 pessoas foram expostas aos efeitos do césio, muitas com contaminação corporal externa revertida a tempo. Destas, 129 pessoas apresentaram contaminação corporal interna e externa concreta, vindo a desenvolver sintomas e foram apenas medicadas. Porém, 49 foram internadas, sendo que 21 precisaram sofrer tratamento intensivo; destas, quatro não resistiram e acabaram morrendo.
Muitas casas foram esvaziadas, e limpadores a vácuo foram usados para remover a poeira antes das superfícies serem examinadas para detecção de radioatividade. Para uma melhor identificação, foi usada uma mistura de ácido e tintas azuis. Telhados foram limpos a vácuo, mas duas casas tiveram os seus telhados removidos. Objetos como brinquedos, fotografias e utensílios domésticos foram considerados material para rejeitar. O que foi recolhido com a limpeza foi transferido para o Parque Estadual Telma Ortegal.
Até hoje todos os contaminados ainda desenvolvem enfermidades relativas à contaminação radioativa, facto este muitas vezes não noticiado pelos media brasileiros.
Após trinta anos do desastre radioativo, as várias pessoas contaminadas pela radioatividade reclamam por não estarem recebendo os medicamentos, que, segundo as leis instituídas, deveriam ser distribuídos pelo governo. Muitas pessoas contaminadas ainda vivem nas redondezas da região do acidente, entre as Ruas 57, Avenida Paranaíba, Rua 74, Rua 80, Rua 70 e Avenida Goiás; essas locais não oferecem, contudo, mais nenhum risco de contaminação à população.
Numa casa em que o césio foi distribuído a um residente, esposa do comerciante vizinho de Devair, esta deitou o elemento radioativo no casa de banho e, em seguida, fez uma descarga. O imóvel ficou conhecido como a "casa da fossa". Entretanto, a Saneago alegou que a casa não possuía fossa, sendo construída com cisterna, para a população não pensar que a água da cidade estaria hipoteticamente contaminada. 
Vítimas fatais e níveis de radiação
  • Leide das Neves Ferreira, de 6 anos (6,0 Gy, 600 REM), era filha de Ivo Ferreira e foi a vítima com a maior dose de radiação do acidente. Inicialmente, quando uma equipe internacional começou a tratá-la, estava confinada a um quarto isolado no hospital porque os funcionários estavam com medo de chegar perto dela. Desenvolveu gradualmente inchaço na parte superior do corpo, perda de cabelo, danos nos rins, pulmões e hemorragias internas. Morreu a 23 de outubro de 1987, de septicemia e infecção generalizada, no Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro. Ela foi enterrada num cemitério comum em Goiânia, num caixão especial, de fibra de vidro revestida com chumbo, para evitar a propagação da radiação. Apesar destas medidas, ainda houve um início de tumulto no cemitério, onde mais de 2.000 pessoas, temendo que o seu cadáver envenenasse toda a área, tentaram impedir o seu enterro, usando pedras e tijolos para bloquear a rua do cemitério. Depois de dias de impasse, Leide foi enterrada num caixão de chumbo lacrado, erguido por um guindaste, devido às altas taxas de radiação e para que esta fosse contida.
  • Maria Gabriela Ferreira, de 37 anos (5,7 Gy, 570 REM), esposa do proprietário do ferro-velho Devair Ferreira, ficou doente cerca de três dias depois de entrar em contacto com a substância. O seu estado de saúde piorou e desenvolveu hemorragias internas, principalmente nos membros, nos olhos e no trato digestivo, além da perda de cabelo. Morreu a 23 de outubro de 1987, cerca de um mês após a exposição.
  • Israel Baptista dos Santos, de 22 anos (4,5 Gy, 450 REM), foi um empregado de Devair Ferreira que trabalhou na fonte radioativa principalmente para extrair o chumbo.  Desenvolveu uma doença respiratória grave e complicações linfáticas. Acabou por ser internado no hospital e morreu seis dias depois, em 27 de outubro de 1987.
  • Admilson Alves de Souza, de 18 anos (5,3 Gy, 530 REM), também foi funcionário de Devair Ferreira, que também trabalhou na fonte radioativa. Desenvolveu lesões pulmonares, hemorragias internas e teve danos no coração. Morreu em 28 de outubro de 1987.

Vítimas posteriores
  • Devair Alves Ferreira, o dono do ferro-velho, sobreviveu em primeira mão à exposição, apesar de ter recebido 7 Gy de radiação. Os efeitos corporais incluíram a perda de cabelo e problemas em diversos órgãos. Sentindo-se culpado por abrir a cápsula, tornou-se alcoólico e contraiu cancro pela radiação, morrendo 7 anos depois, em 1994.
  • Ivo Ferreira, pai da menina Leide das Neves Ferreira, teve uma pequena contaminação. No entanto, ficou com depressão depois da morte da filha e passou a fumar cerca de seis maços de cigarro por dia, falecendo por enfisema pulmonar em 2003, 16 anos depois.
A Associação das Vítimas do Césio 137 afirma que, até ao ano de 2012, quando o acidente completou 25 anos, cerca de 104 pessoas morreram de contaminação, decorrente de cancro e outros problemas, e que cerca de 1.600 tenham sido afetadas diretamente.
  
Lixo contaminado
A limpeza produziu 13.500 quilogramas de lixo atómico, que necessitou ser acondicionado em 14 contentores que foram totalmente lacrados. Dentro destes estão 1.200 caixas e 2.900 tambores, que permanecerão perigosos para o meio ambiente durante 180 anos. Para armazenar esse lixo atómico e atendendo às recomendações do IBAMA, da CNEN e da CEMAM, o Parque Estadual Telma Ortegal foi criado em Goiânia, hoje pertencente ao município de Abadia de Goiás, onde se encontra uma "montanha" artificial onde foram colocados, ao nível do solo, revestida de uma parede de aproximadamente 1 (um) metro de espessura de concreto e chumbo.

terça-feira, setembro 12, 2017

O tratado de Alcanizes foi assinado há 720 anos

O diploma do Tratado de Alcanizes, no Arquivo Nacional Torre do Tombo

O tratado de Alcanizes (em castelhano, Alcañices) foi assinado entre os soberanos de Leão e Castela, Fernando IV (1295-1312), e de Portugal, D. Dinis (1279-1325), a 12 de setembro de 1297, na povoação leonesa-castelhana de Alcanizes. O tratado fazia parte de uma estratégia defensiva do rei D. Dinis.
Por ele se restabelecia a paz, fixando-se os limites fronteiriços entre os dois reinos. Em troca de direitos portugueses nos termos raianos de Aroche e de Aracena, passavam para a posse definitiva de Portugal:
E em troca de direitos portugueses nos domínios de Aiamonte, Esparregal, Ferreira de Alcântara e Valença de Alcântara, e outros lugares nos Reinos de Leão e de Galiza, era reconhecida a posse portuguesa das chamadas terras de Riba-Côa, que compreendiam as seguintes povoações e respetivos castelos:
Uma versão do tratado, cujo exemplar em Castelhano hoje se encontra depositado no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, encontra-se transcrita por Rui de Pina na Crónica de El-Rei D. Dinis. No século XIX, o original foi publicado pelo Visconde de Santarém (1846).
Embora na fórmula de encerramento seja informada a datação como Era de mil trezentos trinta e cinco annos, recorde-se que a referida é a da Era de César, vigente à época daqueles soberanos, equivalente a 1297 no atual calendário gregoriano.
Três territórios foram perdidos por Portugal ou encontram-se pendentes de delimitação: São Félix dos Galegos (atual San Felices de los Gallegos), Ermesende (atual Hermisende), Salvaterra do Minho (atual Salvaterra de Miño) e Olivença (incluindo o atual município de Táliga). Olivença e Táliga actualmente estão administradas pela Espanha mas Portugal ainda mantém uma reclamação sobre a soberania dessas duas localidades.

Neil Peart, o mítico baterista dos Rush, faz hoje 65 anos

Neil Ellwood Peart (Hamilton, 12 de setembro de 1952), é um músico canadiano, baterista da banda de rock progressivo Rush, e escritor. Este é considerado por muitos e pela revista Rolling Stone o melhor baterista de todos os tempos
Peart recebeu inúmeros prémios pelas suas performances musicais e é conhecido pela sua agilidade, proficiência e energia.
Peart cresceu em Port Dalhousie, Ontário no Canadá (agora parte de St. Catharines) trabalhando em serviços ocasionais. Com 13 anos, Neil recebeu um par de baquetas, algumas almofadas de aprendizagem e lições de bateria, com a promessa de que se estudasse durante um ano com afinco, os seus pais lhe comprariam uma bateria. Como prometido, recebeu a sua primeira bateria aos 14 anos e passou a praticar rigorosamente.
Durante a adolescência, ele tocou em bandas regionais e eventualmente acabou por desistir dos estudos para dedicar-se a tempo integral à sua carreira de baterista. Após uma temporada desencorajadora na Inglaterra, Peart retornou a casa, onde ingressou numa banda regional de Toronto, Rush, no verão de 1974.
No começo da carreira, o estilo de tocar de Peart foi desenvolvido com base no hard rock. Assim tirou a maioria da sua inspiração de bateristas como Keith Moon e John Bonham, que estavam no destaque nesta área musical no Reino Unido. Entretanto, conforme o tempo foi passando, começou a absorver a influência de músicos de jazz e das big bands como Gene Krupa e Buddy Rich. Em 1994, Peart tornou-se amigo e pupilo do instrutor de jazz Freddie Gruber. Foi durante esse tempo que decidiu renovar o seu estilo de tocar, incorporando componentes do swing e do próprio jazz. Gruber foi também responsável por lhe mostrar produtos da Drum Workshop, a companhia que fornece os produtos da bateria de músico.


Hans Zimmer - 60 anos!

 
Hans Florian Zimmer (Frankfurt, 12 de setembro de 1957) é um aclamado compositor alemão, conhecido pelos seus trabalhos com bandas sonoras de filmes, considerado um dos melhores do género, na atualidade. Hans possui mais de 110 prémios de 178 indicações na carreira, sendo o segundo compositor de bandas sonoras para filmes mais premiado da história, ficando atrás apenas de John Williams, que possui 112 prémios de 231 indicações, segundo o IMDb.

Nascido em Frankfurt, Zimmer iniciou a sua carreira musical tocando teclados e sintetizadores, entre outros instrumentos, com as bandas 'Ultravox' e 'The Buggles' ("Video Killed the Radio Star"). Nos anos 80 começou a compor e produzir bandas sonoras para filmes. O seu primeiro grande sucesso veio em 1988, com o tema de Rain Man, pelo qual foi indicado para o Óscar. Desde então, tem composto música para muitos filmes, como O Último Samurai, Gladiador, Cercados, Hannibal, O Código Da Vinci, Pearl Harbor e Missão: Impossível 2. Além de filmes, Zimmer, também contribuiu para o DVD da banda finlandesa "Nightwish", "End of an era". Zimmer compôs a música de introdução e de final também. Zimmer também compôs parte das bandas sonoras da série Piratas das Caraíbas, trabalho que define muito bem o estilo do compositor. Compôs a banda sonora de The Dark Knight juntamente com James Newton Howard. Também contribuiu para os arranjos do álbum de Tarja Turunen, My Winter Storm. Em 2008 compôs para um filme de animação da DreamWorks Kung Fu Panda juntamente com John Powell. Ainda em 2008, Hans compôs para mais um filme de animação da DreamWorks Animation, Madagascar: Escape 2 Africa, juntamente com will.i.am. E em 2009, compôs a banda sonora de Anjos e Demónios e do jogo Call of Duty: Modern Warfare 2, considerado o maior sucesso da indústria dos jogos e um dos maiores sucessos da indústria de entretenimento.
Também 2009 compôs a banda sonora de Sherlock Holmes, com a qual foi indicado para o Óscar, porém perdeu para o filme Up: Altamente. Em 2010 fez a banda sonora de A Origem, continuando a sua colaboração com o diretor Christopher Nolan, além de ter participado também da composição da banda sonora da mini série The Pacific. Um dos trabalhos notáveis de Zimmer foi no seu trabalho em The Dark Knight - o segundo filme da trilogia de Christopher Nolan. Em dezembro de 2010, foi anunciado que Zimmer será o compositor do filme Homem de Aço, produzido por Nolan e dirigido por Zack Snyder. Embora a esposa de Nolan, Emma Thomas tenha dito que Nolan não vai interferir demais no filme do Homem de Aço, Zimmer é bem próximo de Nolan. Zimmer também fez a banda sonora de Sherlock Holmes 2 e The Dark Knight Rises, último filme da trilogia Batman, dirigido por Nolan. Num de seus últimos trabalhos colaborou na composição da banda sonora dos jogos Crysis 2 e Guild Wars 2. Em 2013, como seu último trabalho, compôs a banda sonora do jogo de Playstation 3, Beyond: Two Souls.



José Lins do Rego morreu há sessenta anos...

José Lins do Rego Cavalcanti (Pilar, 3 de junho de 1901 - Rio de Janeiro, 12 de setembro de 1957) foi um escritor brasileiro que, ao lado de Graciliano Ramos, Érico Veríssimo, Rachel de Queiroz e Jorge Amado, figura como um dos romancistas regionalistas mais prestigiosos da literatura brasileira. Segundo Otto Maria Carpeaux, José Lins era" o ultimo contador de histórias." O seu romance de estreia, Menino de Engenho (1932), foi publicado com dificuldade, todavia foi logo elogiado pela crítica.
José Lins escreveu cinco livros a que nomeou "ciclo da cana-de-açúcar", numa referência ao papel que nele ocupa a decadência do engenho açucareiro nordestino, visto de modo cada vez menos nostálgico e mais realista pelo autor: Menino de Engenho (1932), Doidinho (1933), Bangüê (1934), O Moleque Ricardo (1935), e Usina (1936). A sua obra regionalista, contudo, não se encaixa somente na denúncia sócio-política, mas, como afirmou Manuel Cavalcanti Proença, igualmente na sua "sensibilidade à flor da pele, na sinceridade diante da vida, na autenticidade que o caracterizavam."
José Lins nasceu na Paraíba; os seus antepassados, que eram em grande parte senhores de engenho, legaram ao jovem a riqueza do engenho de açúcar que lhe ocupou toda a infância. O seu contacto com o mundo rural do Nordeste lhe deu a oportunidade de, nostalgica e criticamente, relatar as suas experiências através das personagens dos seus primeiros romances. Lins era ativo nos meios intelectuais. Ao matricular-se em 1920 na Faculdade de Direito do Recife ampliou os seus contactos com o meio literário de Pernambuco, tornando-se amigo de José Américo de Almeida (autor de A Bagaceira). Em 1926, partiu para o Maceió, onde se reunia com Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Aurélio Buarque de Holanda e Jorge de Lima. Quando partiu para o Rio de Janeiro, em 1935, conquistou ainda mais a crítica e colaborou para a imprensa, escrevendo para os Diários Associados e O Globo.
É atribuído a José Lins do Rego a invenção de um novo romance moderno brasileiro. O conjunto da sua obra é um marco histórico na literatura regionalista por representar o declínio do Nordeste canavieiro. Alguns críticos acreditam que o autor ajudou a construir uma nova forma de escrever fundada na "obtenção de um ritmo oral", que foi tornada possível pela liberdade conquistada e praticada pelos modernistas de 1922. A sua magnum opus, Fogo Morto (1943), é visto como o "romance dos grandes personagens." Massaud Moisés escreveu que esta obra-prima de José Lins "é uma das mais representativas não só da ficção dos anos 30 como de todo o Modernismo."

Irène Joliot-Curie nasceu há 120 anos

Irène Joliot-Curie (Paris, 12 de setembro de 1897 - Paris, 17 de março de 1956) foi uma química francesa, filha de Marie Curie e Pierre Curie e esposa de Frédéric Joliot-Curie. Juntamente com o seu marido, Irène ganhou o Prémio Nobel de Química em 1935 pela descoberta da radioatividade artificial. Isso tornou a família Curie a que obteve maior número de prémios Nobel até hoje. Os dois filhos do casal também são cientistas.

Juscelino Kubitschek nasceu há 115 anos

Juscelino Kubitschek de Oliveira (Diamantina, 12 de setembro de 1902 - Resende, 22 de agosto de 1976) foi um médico, oficial da Polícia Militar mineira e político brasileiro que ocupou a Presidência da República entre 1956 e 1961. JK concluiu o curso de humanidades do Seminário de Diamantina e em 1920 mudou-se para Belo Horizonte. Em 1927, formou-se em medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e em 1930 especializou-se em urologia em Paris. Em dezembro de 1931, casou-se com Sarah Lemos, com quem teve a filha Márcia, em 1943, e adotou Maria Estela, em 1947.
Em 1931, ingressou na Polícia Militar como médico. Neste período, trabalhou na Revolução Constitucionalista e tornou-se amigo do político Benedito Valadares que, ao ser nomeado interventor federal em 1933, nomeou Juscelino como seu chefe de gabinete. Em 1934, foi eleito deputado federal, mas o seu mandato foi cassado com o advento do golpe do Estado Novo. Com a perda do mandato, retornou à medicina. Em 1940, foi nomeado prefeito de Belo Horizonte por Valadares, permanecendo neste cargo até outubro de 1945. No final do mesmo ano foi eleito deputado constituinte pelo Partido Social Democrático. Em 1950, venceu Bias Fortes nas prévias do PSD para a escolha do candidato do partido ao Governo de Minas nas eleições daquele ano. Na eleição geral, derrotou seu concunhado Gabriel Passos e foi empossado governador em 31 de janeiro de 1951. Neste cargo, criou a Companhia Energética de Minas Gerais, e também priorizou as estradas e a industrialização.
Em outubro de 1954, lançou sua candidatura à Presidência da República para a eleição de 1955, sendo oficializada em fevereiro de 1955. JK apresentou um discurso desenvolvimentista e utilizou como slogan de campanha "50 anos em 5". Numa aliança formada por seis partidos, o seu companheiro de chapa foi João Goulart. Em 3 de outubro, elegeu-se presidente com 35,6% dos votos, contra 30,2% de Juarez Távora, da UDN. A oposição tentou anular a eleição com a alegação de que JK não havia obtido a maioria absoluta dos votos. No entanto, o general Henrique Lott desencadeou um movimento militar que garantiu a posse de JK e Jango em 31 de janeiro de 1956. Na presidência, foi o responsável pela construção de uma nova capital federal, Brasília, executando assim um antigo projeto para promover o desenvolvimento do interior e a integração do país. Durante todo o seu mandato, o país viveu um período de notável desenvolvimento económico e relativa estabilidade política. No entanto, houve também um significativo aumento da dívida pública interna, da dívida externa, e, segundo alguns críticos, o seu mandato terminou com crescimento da inflação, aumento da concentração de renda e arrocho salarial. Na época, não havia reeleição e em 31 de janeiro de 1961 foi sucedido por Jânio Quadros, seu opositor apoiado pela UDN.
Em 1962 foi eleito senador por Goiás e tentou viabilizar a sua candidatura à presidência em 1965. No entanto, com o golpe militar de 1964, foi acusado pelos militares de corrupção e de ser apoiado pelos comunistas e como consequência perdeu o seu mandato e teve os seus direitos políticos suspensos. A partir de então passou a percorrer cidades dos Estados Unidos e da Europa, em um exílio voluntário. Em março de 1967, voltou definitivamente ao Brasil e uniu-se a Carlos Lacerda e Goulart na articulação da Frente Ampla, em oposição à ditadura militar, que foi extinta pelos militares um ano depois, levando JK à prisão por um curto período. JK pretendia voltar à vida política depois de passados os dez anos da perda de seus direitos políticos. Em outubro de 1975, concorreu, sem sucesso, a uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Em 22 de agosto de 1976, faleceu num acidente automobilístico. JK é visto nacionalmente como o pai do Brasil moderno e está entre os políticos cujo legado é mantido mais favoravelmente.

Paulo Portas - 55 anos

Há 55 anos JFK proferiu o discurso "We choose to go to the moon"

The "Address at Rice University on the Nation's Space Effort", or better known informally as the "We choose to go to the moon" speech, was delivered by U.S. President John F. Kennedy to a large crowd gathered at Rice Stadium in Houston, Texas on September 12, 1962. It was one of Kennedy's earlier speeches meant to persuade the American people to endorse the Apollo program, the national effort to land a man on the Moon.

Background
When John F. Kennedy became president during January 1961, many Americans perceived that the United States was losing the Space Race with the USSR, which had successfully launched the first artificial satellite, Sputnik 1, almost four years earlier. The perception increased when during April 1961, Russian cosmonaut Yuri Gagarin became the first man in space before the U.S. could launch its first Project Mercury astronaut. Convinced of the political need to make an achievement which would decisively demonstrate America's space superiority, and after consulting with NASA to identify such an achievement, Kennedy stood before Congress on May 25, 1961, and proposed that “this nation should commit itself to achieving the goal, before this decade is out, of landing a man on the Moon and returning him safely to the Earth.”
Kennedy's goal gave a specific mission to National Aeronautics and Space Administration's Apollo program. This required the expansion of NASA's Space Task Group into a Manned Spacecraft Center. Houston, Texas was chosen as the site, and the Humble Oil and Refining Company donated the land during 1961, with Rice University as an intermediary. Kennedy took advantage of the 1962 construction of the facility to deliver a speech on the nation's space effort.

The speech
On September 12, 1962, President Kennedy delivered his speech before a crowd of 35,000 people in the Rice University football stadium. The most memorable and quoted portion of the speech is in the middle:
We set sail on this new sea because there is new knowledge to be gained, and new rights to be won, and they must be won and used for the progress of all people. For space science, like nuclear science and all technology, has no conscience of its own. Whether it will become a force for good or ill depends on man, and only if the United States occupies a position of pre-eminence can we help decide whether this new ocean will be a sea of peace or a new terrifying theater of war. I do not say that we should or will go unprotected against the hostile misuse of space any more than we go unprotected against the hostile use of land or sea, but I do say that space can be explored and mastered without feeding the fires of war, without repeating the mistakes that man has made in extending his writ around this globe of ours.
There is no strife, no prejudice, no national conflict in outer space as yet. Its hazards are hostile to us all. Its conquest deserves the best of all mankind, and its opportunity for peaceful cooperation may never come again. But why, some say, the Moon? Why choose this as our goal? And they may well ask, why climb the highest mountain? Why, 35 years ago, fly the Atlantic? Why does Rice play Texas?
We choose to go to the Moon! ... We choose to go to the Moon in this decade and do the other things, not because they are easy, but because they are hard; because that goal will serve to organize and measure the best of our energies and skills, because that challenge is one that we are willing to accept, one we are unwilling to postpone, and one we intend to win ...

Steve Biko foi assassinado há quarenta anos

Stephen Bantu Biko (Ginsberg, 18 de dezembro de 1946 - Pretoria, 12 de setembro de 1977) foi um ativista anti-apartheid da África do Sul na década de 60 e 70.
Líder estudantil, fundou o Movimento da Consciência Negra (Black Consciousness Movement), que capacitava e mobilizava grande parte da população negra urbana. Desde sua morte sob custódia da polícia, ele foi chamado de mártir de um movimento anti-apartheid. Enquanto vivia, os seus escritos e ativismo tentaram capacitar as pessoas negras, e era famoso pelo seu slogan "Black is Beautiful", que o próprio descreveu como: "você está bem como você é, comece a olhar para si mesmo como um ser humano".
Mesmo que Biko nunca tenha sido um membro do Congresso Nacional Africano (ANC), foi incluído no seu panteão dos heróis de luta, indo tão longe como a utilização da sua imagem para cartazes de campanha nas primeiras eleições não-raciais da África do Sul, em 1994. Nelson Mandela disse a respeito de Biko: "Tiveram que matá-lo para prolongar a vida do apartheid".
 

Anthony Perkins morreu há 25 anos

Anthony Richard Perkins (Nova York, 4 de abril de 1932 - Los Angeles, 12 de setembro de 1992) foi um ator norte-americano, imortalizado pela sua performance como Norman Bates no filme Psycho (1960) de Alfred Hitchcock. Em 2003, o American Film Institute classificou Norman Bates como o segundo maior vilão da história do cinema, e sua frase "o melhor amigo de um menino é sua mãe" foi listada na posição 56 das maiores citações do cinema. Ele reviveu o personagem nas três sequências distribuídas pela Universal Pictures.
A sua estreia no cinema foi no filme The Actress (1953), de George Cukor. O seu segundo papel no cinema foi no filme Friendly Persuasion (1956), tendo recebido a sua primeira e única indicação ao Óscar por esta produção em 1957. Durante a década de 1950, ele fez filmes como Fear Strikes Out (1957), retratando a vida de Jimmy Piersall nos cinemas, The Tin Star (1957), ao lado de Henry Fonda, Desire Under the Elms (1958), com Sophia Loren, The Matchmaker (1958), com Shirley Booth, Green Mansions (1959), com Audrey Hepburn e Tall Story (1960), com Jane Fonda. Em 1964, atuou com Brigitte Bardot no filme Une ravissante idiote, dirigido por Édouard Molinaro.

(...)

Perkins morreu em sua residência na Hollywood Hills em 12 de setembro de 1992, vítima de doenças relacionadas com a SIDA e pneumonia. Foi cremado.

João Paulo, da dupla sertaneja João Paulo e Daniel, morreu há vinte anos

José Henrique dos Reis (Brotas, 28 de julho de 1960 - Franco da Rocha, 12 de setembro de 1997), mais conhecido como João Paulo, da dupla João Paulo e Daniel, foi um cantor brasileiro.

Vida
João Paulo, filho de Henrique Neri dos Reis e Faraildes dos Reis, teve uma infância humilde e chegou mesmo a trabalhar como pedreiro e carpinteiro. Em 1980, juntamente com Daniel (José Daniel Camillo) começou a carreira na cidade de Brotas, interior do estado de São Paulo, em busca do sucesso num segmento que ainda sofria muitos preconceitos. Separadamente, eles já possuíam alguma experiência: João Paulo formava com o irmão Francisco a dupla Neri e Nerinho e Daniel tocava e cantava em rodas de viola e festivais desde os 5 anos.
O curioso da história da dupla é que os dois eram rivais nas apresentações que faziam em circos, praças e festivais. João Paulo cuidava do gado nas fazendas do pai de Daniel enquanto cantava com o irmão. Mas essa dupla não foi muito longe. Logo João Paulo e Daniel estavam a cantar juntos, com o objetivo de gravar um disco, o que aconteceu com ajuda de amigos pela gravadora Continental (Chantecler). Estava pronto Amor Sempre Amor, lançado em 1985.
A partir daí, a dupla começou uma busca intensa e incessante pelo sucesso, divulgando o trabalho nas rádios e nas cidades do interior paulista. Porém o mercado fonográfico nacional só começou mesmo a aceitar a dupla, que sofreu inclusive de preconceito racial, em 1992.
Em 1996, com o lançamento de João Paulo & Daniel Vol. 7, a dupla finalmente se consagrou. O CD trazia a canção romântica Estou Apaixonado, versão para Estoy Enamorado, de Donato e Estefano, que fez muito sucesso nas emissoras de rádio e na televisão, tendo sido tema da novela Explode Coração, da Rede Globo. Outra canção da dupla entrou na banda sonora da novela O Rei do Gado, a toada caipira Pirilume.

Morte
Em 12 de setembro de 1997, João Paulo voltava para Brotas, onde morava, depois de um show realizado em São Caetano do Sul, dirigindo pela Rodovia dos Bandeirantes. No quilómetro 40,5 (em Franco da Rocha) o  seu carro capotou várias vezes e o cantor ficou preso no interior, não conseguindo sair do veículo, que se incendiou de seguida. Assim foi o fim da dupla, que estava no auge da carreira.
O enterro foi realizado em sua cidade natal (Brotas), e milhares de pessoas participaram, até duplas sertanejas como Chitãozinho & Xororó, Leandro & Leonardo e Zezé di Camargo & Luciano estiveram presentes na despedida.
No mesmo ano, o show Amigos produziu uma bandeira com uma pintura do cantor, feita em homenagem a ele, com Daniel cantando duas canções: Canção Da América com Chitãozinho & Xororó, Leandro & Leonardo e Zezé Di Camargo & Luciano e Te Amo Cada Vez Mais com Leandro, Chitãozinho e Luciano. Mesmo depois de perder o amigo e parceiro, o sucesso não parou para Daniel, que continuou uma carreira a solo.
Ao completar 30 anos de carreira, em abril de 2013, Daniel gravou um DVD ao vivo no Credicard Hall em São Paulo, com uma homenagem ao parceiro durante a canção Te Amo Cada Vez Mais, com as últimas imagens do amigo saindo do hotel em São Caetano do Sul, rumo à sua cidade natal, pouco antes do acidente.