quarta-feira, julho 08, 2009
terça-feira, julho 07, 2009
Música adequada ao dia
Homem do leme - Xutos & Pontapés
Sozinho na noite
um barco ruma para onde vai.
Uma luz no escuro brilha a direito
ofusca as demais.
E mais que uma onda, mais que uma maré...
Tentaram prendê-lo, impor-lhe uma fé...
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade,
vai quem já nada teme, vai o homem do leme...
E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...
No fundo do mar
jazem os outros, os que lá ficaram.
Em dias cinzentos
descanso eterno lá encontraram.
E mais que uma onda, mais que uma maré...
Tentaram prendê-lo, impor-lhe uma fé...
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade,
vai quem já nada teme, vai o homem do leme...
E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...
No fundo horizonte
sopra o murmúrio para onde vai.
No fundo do tempo
foge o futuro, é tarde demais...
E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...
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O Blog Geopedrados faz 4 anos!
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segunda-feira, julho 06, 2009
Saíram as Listas...
Outra tourada...
Não importa sol ou sombra
camarotes ou barreiras
toureamos ombro a ombro
as feras.
Ninguém nos leva ao engano
toureamos mano a mano
só nos podem causar dano
espera.
Entram guizos chocas e capotes
e mantilhas pretas
entram espadas chifres e derrotes
e alguns poetas
entram bravos cravos e dichotes
porque tudo o mais
são tretas.
Entram vacas depois dos forcados
que não pegam nada.
Soam brados e olés dos nabos
que não pagam nada
e só ficam os peões de brega
cuja profissão
não pega.
Com bandarilhas de esperança
afugentamos a fera
estamos na praça
da Primavera.
Nós vamos pegar o mundo
pelos cornos da desgraça
e fazermos da tristeza
graça.
Entram velhas doidas e turistas
entram excursões
entram benefícios e cronistas
entram aldrabões
entram marialvas e coristas
entram galifões
de crista.
Entram cavaleiros à garupa
do seu heroísmo
entra aquela música maluca
do passodoblismo
entra a aficionada e a caduca
mais o snobismo
e cismo...
Entram empresários moralistas
entram frustrações
entram antiquários e fadistas
e contradições
e entra muito dólar muita gente
que dá lucro aos milhões.
E diz o inteligente
que acabaram as canções...
domingo, julho 05, 2009
Música para a ocasião
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Há cultura e tradição no Parlamento...!
Ciência na Rua 09 - Evento Científico-Cultural nas ruas de Estremoz
11 e 12 de Julho de 2009
A Teoria da Evolução, sem dúvida, faz já parte do nosso imaginário. No entanto, muitos de nós desconhecemos alguns dos princípios básicos que lhe estão associados.
O Centro Ciência Viva de Estremoz em colaboração com a Câmara Municipal de Estremoz, propõem-se reviver algumas das principais etapas da evolução da Vida no nosso Planeta. A ideia base da Ciência na Rua 2009 consiste na recriação, durante duas noites consecutivas, de 7 grandes etapas evolutivas que serão levadas a efeito em 7 locais públicos da cidade de Estremoz. Nestas recriações, o teatro, a música e a dança serão formas de expressão privilegiadas.
Associado a cada momento haverá um "quiosque da ciência" onde experiências, ao dispor do visitante, permitem que este se aperceba da explicação científica do fenómeno.
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sábado, julho 04, 2009
Maria Teresa de Noronha
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Paleontologia australiana - novidades
Dois herbívoros gigantes e um carnívoro vieram renovar a paleontologia da Austrália
03.07.2009 - 21h10 Nicolau Ferreira
O hino não oficial australiano Waltzing Matilda alastrou a sua influência para a paleontologia, depois de dar nome a dois dinossauros que morreram num billabong – o nome nativo para lagos em forma de U formados a partir de antigos meandros de rio – há 98 milhões de anos. Na Austrália, o billabong está associado a fantasmas e monstros e é uma peça importante no poema de Banjo Patterson. A partir de agora os répteis gigantes fazem parte deste imaginário.
Os paleontólogos que fizeram esta associação pertencem à Australian Age of Dinosaurs Museum e ao Queensland Museum, e descobriram três novos dinossauros entre outras espécies animais do Cretácico médio, em dois lugares da formação geológica de Winton, no Estado de Queensland, no Nordeste da Austrália. O artigo sobre a descoberta foi publicado na “Public Library of Science One”.
As três novas espécies de dinossauros têm 98 milhões de anos, e caminhavam na Terra numa altura em que a Austrália ainda não se tinha separado completamente da Antárctida. Os paleontólogos descobriram ossadas de dois saurópodes – dinossauros gigantes herbívoros, com pescoços longos – e de um terópode, um carnívoro bípede que Scott Hocknull, o primeiro autor do artigo, definiu como “a chita do seu tempo”.
O Australovenator wintonensis, apelidado de Banjo, era ágil, leve e “a reposta australiana ao velociraptor, mas maior e mais aterrador”, disse em comunicado o paleontólogo do museu de Queensland. “Ele podia ir atrás das presas facilmente em campo aberto. A sua característica mais distintiva eram três grandes garras em cada mão, os seus braços eram a sua arma principal.” O fóssil encontrado é o esqueleto mais completo de dinossauros carnívoros que se conhece na Austrália e lança luz para o grupo ancestral que evoluiu nos maiores carnívoros de sempre, como o Carcharodontosaurus.
Os dois herbívoros pertencem ao grupo dos titanossauros, os maiores saurópodes de sempre. Witonotitan wattsi, também conhecido como Clancy, seria um animal maior e mais grácil que estaria num nicho ecológico equivalente ao da girafa, já Matilda, Diamantinasaurus matildae, representaria uma espécie mais parecida com um hipopótamo.
Matilda foi encontrada junto de Banjo, provavelmente morreram os dois dentro de um billabong. “É fenomenal encontrar dois dinossauros no mesmo local”, disse ao “Times” Hocknull. “Há uma ponta de mistério para a causa dos dois estarem ali. Talvez se tenham afogado ou o herbívoro pode ter ficado preso na lama, o que atraiu o carnívoro para a sua própria morte.” Nunca se saberá o que aconteceu, mas ainda hoje há gado a cair em lagos como este.
Os paleontólogos apelidaram-nos com estes nomes em memória do poeta australiano Banjo Patterson que compôs em 1885 Waltzing Matilda, uma canção famosa na Austrália que foi feita em Winton, a região onde se descobriram os fósseis. A canção conta a história de um vagabundo de trouxa às costas que descansava à beira de um billabong e caçou uma ovelha selvagem que estava a beber água no lago. Quando aparece um grupo de polícias, o vagabundo esconde-se no lago com a sua ovelha e acaba por morrer. “Os billabong fazem parte do imaginário da Austrália porque associamos ao mistério, aos fantasmas e monstros”, disse Hocknull.
Esta história ficou contada, mas a região guarda ainda muitos fósseis, abrindo uma nova etapa para a paleontologia na Austrália. “Esta é apenas a ponta do iceberg”, refere o autor.
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Maria Teresa de Noronha - 16 anos de saudade
Morreu faz hoje 16 anos - aqui fica a sua voz para matar a saudade:
FADO DAS HORAS - MARIA TERESA DE NORONHA
Chorava por te não ver...
Por te ver eu choro agora,
Mas choro só por querer,
Querer ver-te a toda a hora!
Deixa-te estar a meu lado
E não mais te vás embora
P´ra o meu coração, coitado,
Viver na vida uma hora!
Passa o tempo de corrida;
Quando falas eu te escuto.
Nas horas da nossa vida
Cada hora é um minuto!
Quando estás ao pé de mim
Sinto-me dona do Mundo,
Mas o tempo é tão ruim...
Tem cada hora um segundo!
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sexta-feira, julho 03, 2009
Música para a ocasião
The Pogues - Fiesta
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quinta-feira, julho 02, 2009
Saudades de Sophia
Regressarei
Eu regressarei ao poema como à pátria à casa
Como à antiga infância que perdi por descuido
Para buscar obstinada a substância de tudo
E gritar de paixão sob mil luzes acesas
in O nome das coisas (1977) - Sophia de Mello Breyner Andresen
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Pega de cernelha político-poética
"Ai, flores, ai, flores do verde pinho,
se sabedes novas do meu amigo?
Ai, Deus, e u é?
(...)
E eu ben vos digo que é sano e vivo
e seerá vosco ante o prazo saido.
Ai, Deus, e u é?"
Prisão de Coimbra acolhe Exposição de Astronomia
O Estabelecimento Prisional de Coimbra (EPC) acolhe "Da Terra ao Universo" ("From Earth To The Universe" - FETTU), uma exposição fora de comum, que apresenta alguns dos mais belos elementos do nosso Universo.
Encontro invulgar com a ciência promovido pelo Ano Internacional da Astronomia (AIA2009), "Da Terra ao Universo" não tem lugar marcado. Com o apoio das câmaras municipais e de diversas instituições, mostra, durante todo o ano, de Norte a Sul de Portugal (nas paragens de autocarros, nos jardins, museus, centros comerciais, nas estações de metro, nos parques públicos e desde Maio nas prisões), a estonteante beleza do Universo.
O conjunto de 10 imagens astronómicas de grandes dimensões que compõe a exposição dá a conhecer, entre outros, a Nebulosa da Cabeça de Cavalo, a Galáxia Whirlpool, o relevo da Lua, as protuberâncias solares e o remanescente de Supernova da Vela.
O projecto "From Earth To The Universe" (FETTU) foi apresentado na sede da UNESCO em Paris, em Janeiro passado. Perto de 50 países estão neste momento envolvidos na exposição que pretende, de uma maneira inesperada mas, contudo, acessível, fazer chegar a astronomia ao público em geral.
O Ano Internacional de Astronomia desafiou por outro lado todos os amadores de fotografia a sair para a rua e a "imortalizar" a presença inédita dessas imagens astronómicas no quotidiano das nossas cidades. As mais belas fotografias do certame estão publicadas online (aqui).
O AIA 2009 é coordenado em Portugal pela Sociedade Portuguesa de Astronomia, com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia, da Agência Nacional Ciência Viva, do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra e da Fundação Calouste Gulbenkian.
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Fanhais canta Sophia
Cantata da Paz - Francisco Fanhais
Cantata de paz
Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar
Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar
Vemos, ouvimos e lemos
Relatórios da fome
O caminho da injustiça
A linguagem do terror
A bomba de Hiroshima
Vergonha de nós todos
Reduziu a cinzas
A carne das crianças
D'África e Vietname
Sobe a lamentação
Dos povos destruídos
Dos povos destroçados
Nada pode apagar
O concerto dos gritos
O nosso tempo é
Pecado organizado.
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Sophia - 5 anos de saudade
Porque
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Por que os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
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AQUI POSTO DE COMANDO...
Por não querer aquilo que me é dado
Por não querer nem governo nem estado
Por não ter nada e por tudo querer
Esquadrão da morte faz-me correr
Por não querer aquilo que me é dado
Por não querer nem governo nem estado
Por não ter nada e por tudo querer
Esquadrão da morte faz-me correr
Eles ai ai estão, já lhes sinto o bafo
Dobro uma esquina a ver se me safo
Por aí não que não tem saída
Muito cuidado que arriscas a vida
A noite é dia, e o dia é de noite
Não tenho sítio onde me acoite
Esquadrão da morte avança no escuro
E sigo em frente a sombra do muro
E sigo o cheiro na escuridão
Que me conduz onde está a razão
E sigo o cheiro da escuridão
Que me conduz onde está a razão
Sangue na boca da queda de há pouco
Tento falar só sai um grito rouco
Num beco sujo, num vão de escada
Dois tiros secos e não resta nada
Por isso eu ponho, eu ponho a questão
Onde mas onde se esconde a razão
Por isso eu ponho, eu ponho a questão
Onde mas onde se esconde a razão
Por isso eu ponho, eu ponho a questão
Onde mas onde se esconde a razão
Por isso eu ponho, eu ponho a questão
Onde mas onde se esconde a razão
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quarta-feira, julho 01, 2009
Música para conhecedores
Longa se torna a espera - Sétima Legião
E quando eu descobrir o segredo
Da neblina cinzenta
O que torna a agua barrenta
E sem perdão me esmaga o peito
E quando se levanta de repente
A névoa que cobre o rio
Que gela tudo de frio
E escurece a corrente
Longa se torna a espera
Na névoa que cobre o rio
Lenta vem a galera
Na noite quieta de frio
E quando...
E quando eu apanhar finalmente
O barco para a outra margem
Outra que finde a viagem
Onde se espere por mim
Terei, terei mais uma vez a forca
Para enfrentar tudo de novo
Como a galinha e o ovo
Num repetir de desgraças
Longa se torna a espera
Na névoa que cobre o rio
Lenta vem a galera
Na noite quieta de frio
E quando...
PS - para os puristas, a versão (quase) original dos Xutos, de 1996 (a primeira é de 84...):
Haja névoa
Haja névoa!
Dancem os véus na minha alma
(E externos nas luzes próximas,
Que se recusam como estrelas na distância).
Haja névoa!
Paire nela a memória dos maníacos
Sonhando na penumbra dos portais
Assassínios brutais.
Haja, haja névoa!
Aqui e além no mar.
No mar, nos mares, para que todas as viagens,
Para que todos os barcos em todas as paragens,
Na iminência dos naufrágios improváveis
- Improváveis, possíveis -,
Se gastem nos avisos aflitos
Das luzes, dos rádios, dos radares,
Dos gritos
Dos apitos.
Haja, haja névoa...
Desgastem-se os contornos
Das coisas excessivamente conhecidas.
Não haja céu sequer.
Névoa, só névoa!
E eu, nas ruas distorcidas,
Livre e tão leve
Como se fosse eu próprio a névoa
Da noite longa duma existência breve.
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domingo, junho 28, 2009
sexta-feira, junho 26, 2009
Dia Mundial de Luta Contra a Droga
I don't wanna be the girl who laughs the loudest
Or the girl who never wants to be alone
I don't wanna be that call at four o'clock in the morning
'Cause I'm the only one you know in the world that won't be home
Aahh, the sun is blinding
I stayed up again
Oohh, I am finding
That's not the way I want my story to end
I'm safe
Up high
Nothing can touch me
But why do I feel this party's over?
No pain
Inside
You're my protection
But how do I feel this good sober?
I don't wanna be the girl who has to fill the silence...
The quiet scares me 'cause it screams the truth
Please don't tell me that we had that conversation
When I won't remember, save your breath, 'cause what's the use?
Aahh, the night is calling
And it whispers to me softly, "come and play"
Aahh, I am falling
And if I let myself go, I'm the only one to blame
I'm safe
Up high
Nothing can touch me
But why do I feel this party's over?
No pain
Inside
You're like perfection
But how do I feel this good sober?
Comin' down
Comin' down
Comin' down
Spinnin' round
Spinnin' round
Spinnin' round
Looking for myself... Sober
When it's good, then it's good, it's so good, 'till it goes bad
Till you're trying to find the you that you once had
I have heard myself cry
Never again
Broken down in agony
And just trying to find a friend
I'm safe
Up high
Nothing can touch me
But why do I feel this party's over?
No pain
Inside
You're like perfection
But how do I feel this good sober?
How do I feel this good sober?
In memoriam - Michal Jackson
Morreu o Rei da Música Pop...
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Poesia para a ocasião
Cântico Negro
"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!
in Poemas de Deus e do Diabo - José Régio
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quinta-feira, junho 25, 2009
A primeira Taça é foi dos estudantes, há 70 anos
A Académica de Coimbra assinala hoje a passagem de 70 anos sobre a conquista da primeira edição da Taça de Portugal de futebol, que subsiste como feito desportivo mais importante da história do clube.
"Esse facto significa o ponto alto da Académica. Não diminui o desempenho dos anos 60 (2.º lugar no campeonato e presença em duas finais da Taça de Portugal), mas esta foi a única Taça que conquistámos", disse à Agência Lusa o vice-presidente da Académica para a Cultura, Gonçalo Reis Torgal, de 78 anos.
Reis Torgal recordou que, com oito anos, acompanhou a final de 25 de Junho de 1939 através de um aparelho de rádio que o pai colocou na varanda de casa, em Souselas, para toda a gente ouvir o relato da vitória da Académica sobre o Benfica, por 4-3, no campo das Salésias, "Depois fui com ele à chegada dos jogadores a Coimbra", disse o dirigente.
As memórias de Reis Torgal não se ficam por aqui: acompanhou ao vivo as outras três finais no Estádio Nacional: em 1951, com a Académica a perder com o Benfica por 1-5; em 1967, derrota da Briosa por 2-3 com o Vitória de Setúbal, após três prolongamentos e em 1969, derrota por 1-2, com o Benfica, também após prolongamento.
"Foi uma odisseia tremenda. Tenho uma imagem muito grande da minha participação activa, como adepto, nestas quatro finais", concluiu Reis Torgal.
Reis Torgal, após a saída do vice-presidente para o futebol, Jorge Alexandre, ascendeu na hierarquia do clube a vice-presidente efectivo, mas rejeitou qualquer eventual subida a vice-presidente do futebol, continuando com este pelouro da cultura.
Até à final de 1939, a Briosa eliminou o Sporting da Covilhã, o Académico do Porto e o Sporting Clube de Portugal na sua caminhada imparável até à final.
Tibério, José Maria Antunes, Portugal, Faustino, César Machado, Octaviano, Manuel Costa, Arnaldo Carneiro, Alberto Gomes, Nini e Pimenta foram os jogadores que alinharam na altura. O treinador era Albano Paulo e os marcadores foram Pimenta (36), Alberto Gomes (46) e Arnaldo Carneiro (52 e 53).
Música a pedido
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quarta-feira, junho 24, 2009
Para o meu Pai
Father and Son - Cat Stevens
Its not time to make a change,
Just relax, take it easy.
Youre still young, thats your fault,
Theres so much you have to know.
Find a girl, settle down,
If you want you can marry.
Look at me, I am old, but Im happy.
I was once like you are now, and I know that its not easy,
To be calm when youve found something going on.
But take your time, think a lot,
Why, think of everything youve got.
For you will still be here tomorrow, but your dreams may not.
How can I try to explain, when I do he turns away again.
Its always been the same, same old story.
From the moment I could talk I was ordered to listen.
Now theres a way and I know that I have to go away.
I know I have to go.
Its not time to make a change,
Just sit down, take it slowly.
Youre still young, thats your fault,
Theres so much you have to go through.
Find a girl, settle down,
If you want you can marry.
Look at me, I am old, but I'm happy.
All the times that I cried, keeping all the things I knew inside,
Its hard, but its harder to ignore it.
If they were right, Id agree, but its them you know not me.
Now theres a way and I know that I have to go away.
I know I have to go.
ADENDA: para o aficionados, o telefilme original:
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segunda-feira, junho 22, 2009
Mina de Sal Gema de Loulé palco de programa da RTP
22 Junho 2009 - 00h30
Especial informação: RTP garante segurança do local
Debate em mina
O especial informação de hoje, no horário do ‘Prós e Contras’, é transmitido em directo pela RTP das profundezas de Loulé, tendo como cenário uma mina de sal-gema. Mas há quem questione a segurança do local para a realização do programa, que conta com cem convidados para debater o turismo.
A jornalista Fátima Campos Ferreira diz ao CM que estão garantidas todas as condições. "A RTP trabalhou em parceria com a Câmara de Loulé e com o Governo Civil. As minas têm condições, são prescritas pelo médicos e são muito saudáveis, por isso ali vai ser construído um hotel", explica.
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Poesia para preparar os 40 anos da morte de José Régio
Ventura Porfírio, Poeta de Deus e do Diabo, 1958
Daqui a 6 meses muitos irão recordar o grande poeta José Régio, que morreu há quase 40 anos (a 22 de Dezembro de 1969).
Para o recordar, um belíssimo poema, que serve de homenagem a alguns dos nossos leitores que tanto apreciam o Alentejo:
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros
Morei numa casa velha,
À qual quis como se fora
Feita para eu Morar nela...
Cheia dos maus e bons cheiros
Das casas que têm história,
Cheia da ténue, mas viva, obsidiante memória
De antigas gentes e traças,
Cheia de sol nas vidraças
E de escuro nos recantos,
Cheia de medo e sossego,
De silêncios e de espantos,
- Quis-lhe bem como se fora
Tão feita ao gosto de outrora
Como as do meu aconchego.
Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De montes e de oliveiras
Ao vento suão queimada
( Lá vem o vento suão!,
Que enche o sono de pavores,
Faz febre, esfarela os ossos,
E atira aos desesperados
A corda com que se enforcam
Na trave de algum desvão...)
Em Portalegre, dizia,
Cidade onde então sofria
Coisas que terei pudor
De contar seja a quem for,
Na tal casa tosca e bela
À qual quis como se fora
Feita para eu morar nela,
Tinha, então,
Por única diversão,
Uma pequena varanda
Diante de uma janela
Toda aberta ao sol que abrasa,
Ao frio que tosse e gela
E ao vento que anda, desanda,
E sarabanda, e ciranda
Derredor da minha casa,
Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos e sobreiros
Era uma bela varanda,
Naquela bela janela!
Serras deitadas nas nuvens,
Vagas e azuis da distância,
Azuis, cinzentas, lilases,
Já roxas quando mais perto,
Campos verdes e Amarelos,
Salpicados de Oliveiras,
E que o frio, ao vir, despia,
Rasava, unia
Num mesmo ar de deserto
Ou de longínquas geleiras,
Céus que lá em cima, estrelados,
Boiando em lua, ou fechados
Nos seus turbilhões de trevas,
Pareciam engolir-me
Quando, fitando-os suspenso
Daquele silêncio imenso,
Sentia o chão a fugir-me,
- Se abriam diante dela
Daquela
Bela
Varanda
Daquela
Minha
Janela,
Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros
Na casa em que morei, velha,
Cheia dos maus e bons cheiros
Das casas que têm história,
Cheia da ténue, mas viva, obsidiante memória
De antigas gentes e traças,
Cheia de sol nas vidraças
E de escuro nos recantos,
Cheia de medo e sossego,
De silêncios e de espantos,
À qual quis como se fora
Tão feita ao gosto de outrora
Como as do meu aconchego...
Ora agora,
Que havia o vento suão
Que enche o sono de pavores,
Faz febre, esfarela os ossos,
Dói nos peitos sufocados,
E atira aos desesperados
A corda com que se enforcam
Na trave de algum desvão,
Que havia o vento suão
De se lembrar de fazer?
Em Portalegre, dizia,
Cidade onde então sofria
Coisas que terei pudor
De contar seja a quem for,
Que havia o vento suão
De fazer,
Senão trazer
Àquela
Minha
Varanda
Daquela
Minha
Janela,
O documento maior
De que Deus
É protector
Dos seus
Que mais faz sofrer?
Lá num craveiro, que eu tinha,
Onde uma cepa cansada
Mal dava cravos sem vida,
Poisou qualquer sementinha
Que o vento que anda, desanda
E sarabanda, e ciranda,
Achara no ar perdida,
Errando entre terra e céus...,
E, louvado seja Deus!,
Eis que uma folha miudinha
Rompeu, cresceu, recortada,
Furando a cepa cansada
Que dava cravos sem vida
Naquela
Bela
Varanda
Daquela
Minha
Janela
Da tal casa tosca e bela
À qual quis como se fora
Feita para eu morar nela...
Como é que o vento suão
Que enche o sono de pavores,
Faz febre, esfarela os ossos,
Dói nos peitos sufocados,
E atira aos desesperados
A corda com que se enforcam
Na trave de algum desvão,
Me trouxe a mim que, dizia,
Em Portalegre sofria
Coisas que terei pudor
De contar seja a quem for,
Me trouxe a mim essa esmola,
Esse pedido de paz
Dum Deus que fere ... e consola
Com o próprio mal que faz?
Coisas que terei pudor
De contar seja a quem for
Me davam então tal vida
Em Portalegre; cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros,
Me davam então tal vida
- Não vivida!, sim morrida
No tédio e no desespero,
No espanto e na solidão,
Que a corda dos derradeiros
Desejos dos desgraçados
Por noites do tal suão
Já varias vezes tentara
Meus dedos verdes suados...
Senão quando o amor de Deus
Ao vento que anda, desanda,
E sarabanda, e ciranda,
Confia uma sementinha
Perdida entre terra e céus,
E o vento a trás à varanda
Daquela
Minha
Janela
Da tal casa tosca e bela
À qual quis como se fora
Feita para eu morar nela!
Lá no craveiro que eu tinha,
Onde uma cepa cansada
Mal dava cravos sem vida,
Nasceu essa acaciazinha
Que depois foi transplantada
E cresceu; dom do meu Deus!,
Aos pés lá da estranha casa
Do largo do cemitério,
Frente aos ciprestes que em frente
Mostram os céus,
Como dedos apontados
De gigantes enterrados...
Quem desespera dos homens,
Se a alma lhe não secou,
A tudo transfere a esperança
Que a humanidade frustrou:
E é capaz de amar as plantas,
De esperar nos animais,
De humanizar coisas brutas,
E ter criancices tais,
Tais e tantas!,
Que será bom ter pudor
De as contar seja a quem for!
O amor, a amizade, e quantos
Mais sonhos de oiro eu sonhara,
Bens deste mundo!, que o mundo
Me levara,
De tal maneira me tinham,
Ao fugir-me,
Deixando só, nulo, vácuos,
A mim que tanto esperava
Ser fiel,
E forte,
E firme,
Que não era mais que morte
A vida que então vivia,
Auto-cadáver...
E era então que sucedia
Que em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros
Aos pés lá da casa velha
Cheia dos maus e bons cheiros
Das casa que têm história,
Cheia da ténue, mas viva, obsidiante memória
De antigas gentes e traças,
Cheia de sol nas vidraças
E de escuro nos recantos,
Cheia de medo e sossego,
De silêncios e de espantos,
- A minha acácia crescia.
Vento suão!, obrigado...
Pela doce companhia
Que em teu hálito empestado
Sem eu sonhar, me chegara!
E a cada raminho novo
Que a tenra acácia deitava,
Será loucura!..., mas era
Uma alegria
Na longa e negra apatia
Daquela miséria extrema
Em que vivia,
E vivera,
Como se fizera um poema,
Ou se um filho me nascera.
Postado por Fernando Martins às 21:59 1 bocas
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domingo, junho 21, 2009
Solstício de Verão - música oficial
Postado por Fernando Martins às 05:25 0 bocas
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sábado, junho 20, 2009
Música para um dia de Orgulho...
Postado por Fernando Martins às 23:56 0 bocas
Marcadores: anos 80, Aventura Homossexual com o General Custer, música, Xutos e Pontapés
Poesia para entendedores
XIII
Es verdad que sólo en Australia
Hay cocodrilos voluptuosos?
Cómo se reparten el sol
En el naranjo las naranjas?
Venía de una boca amarga
La dentadura de la sal?
Es verdad que vuela de noche
Sobre mi patria un cóndor negro?
in Libro de Las Preguntas - Pablo Neruda
NOTA: Para os que não percebem bem o castelhano, a tradução:
É verdade que só na Austrália
há crocodilos voluptuosos?
Como é que as laranjas distribuem
o sol na laranjeira?
Vinha duma boca amarga
a dentadura do sal?
É verdade que sobre a minha pátria
voa de noite um condor negro?
Postado por Fernando Martins às 20:51 0 bocas
Marcadores: canalhices, Libro de las Preguntas, Pablo Neruda, poesia
sexta-feira, junho 19, 2009
quinta-feira, junho 18, 2009
Observação Astronómica na Barosa (Leiria) - 19 de Junho
A entrada é livre, podendo cada um trazer o seu material de observação, comida e vontade de aprender...!
Ver mapa maior
Postado por Fernando Martins às 23:30 0 bocas
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quarta-feira, junho 17, 2009
Stravinski nasceu há 127 anos
Recordemos a data com um pequeno filme sobre uma reconstituição da coreografia original para a dança feita com base na peça musical A Sagração da Primavera:
Postado por Pedro Luna às 10:09 0 bocas
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segunda-feira, junho 15, 2009
Música dos meus 18 anos
Kayleigh
Do you remember chalk hearts melting on a playground wall
Do you remember dawn escapes from moon washed college halls
Do you remember the cherry blossom in the market square
Do you remember I thought it was confetti in our hair
By the way didnt I break your heart?
Please excuse me, I never meant to break your heart
So sorry, I never meant to break your heart
But you broke mine
Kayleigh is it too late to say Im sorry?
And kayleigh could we get it together again?
I just cant go on pretending that it came to a natural end
Kayleigh, oh I never thought Id miss you
And kayleigh I thought that wed always be friends
We said our love would last forever
So how did it come to this bitter end?
Do you remember barefoot on the lawn with shooting stars
Do you remember loving on the floor in belsize park
Do you remember dancing in stilettoes in the snow
Do you remember you never understood I had to go
By the way, didnt I break your heart?
Please excuse me, I never meant to break your heart
So sorry, I never meant to break your heart
But you broke mine
Kayleigh I just wanna say Im sorry
But kayleigh Im too scared to pick up the phone
To hear youve found another lover to patch up our broken home
Kayleigh Im still trying to write that love song
Kayleigh its more important to me now youre gone
Maybe it will prove that we were right
Or ever prove that I was wrong
Música para blogger aniversariante...
We skipped the light fandango
Turned cartwheels cross the floor
I was feeling kinda seasick
But the crowd called out for more
The room was humming harder
As the ceiling flew away
When we called out for another drink
The waiter brought a tray
And so it was that later
As the miller told his tale
That her face, at first just ghostly,
Turned a whiter shade of pale
She said, there is no reason
And the truth is plain to see.
But I wandered through my playing cards
And would not let her be
One of sixteen vestal virgins
Who were leaving for the coast
And although my eyes were open
They might have just as wellve been closed
She said, Im home on shore leave,
Though in truth we were at sea
So I took her by the looking glass
And forced her to agree
Saying, you must be the mermaid
Who took neptune for a ride.
But she smiled at me so sadly
That my anger straightway died
If music be the food of love
Then laughter is its queen
And likewise if behind is in front
Then dirt in truth is clean
My mouth by then like cardboard
Seemed to slip straight through my head
So we crash-dived straightway quickly
And attacked the ocean bed
Postado por Pedro Luna às 08:30 0 bocas
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domingo, junho 14, 2009
Música actual
Four letter word just to get me along
It's a difficulty and I'm biting on my tongue and I
I keep stalling, keeping me together
People around gotta find something to say now
Holding back, everyday the same
Don't wanna be a loner
Listen to me, oh no
I never say anything at all
But with nothing to consider they forget my name
(ame, ame, ame)
They call me 'hell'
They call me 'Stacey'
They call me 'her'
They call me 'Jane'
That's not my name
That's not my name
That's not my name
That's not my name
They call me 'quiet'
But I'm a riot
Mary-Jo-Lisa
Always the same
That's not my name
That's not my name
That's not my name
That's not my name
I miss the catch if they through me the ball
I'm the last kid standing up against the wall
Keep up, falling, these heels they keep me boring
Getting glammed up and sitting on the fence now
So alone all the time at night
Lock myself away
Listen to me, I'm not
Although I'm dressed up, out and all with
Everything considered they forget my name
(ame, ame, ame)
They call me 'hell'
They call me 'Stacey'
They call me 'her'
They call me 'Jane'
That's not my name
That's not my name
That's not my name
That's not my name
They call me 'quiet'
But I'm a riot
Mary-Jo-Lisa
Always the same
That's not my name
That's not my name
That's not my name
That's not my name
Are you calling me darling?
Are you calling me bird?
Are you calling me darling?
Are you calling me bird?
Postado por Fernando Martins às 14:36 0 bocas
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sábado, junho 13, 2009
Poesia adequada à época
Será birra? Será falta de anti-ácido? Será apenas a proverbial falta de sentido de humor de algum político e da sua trupe...?
Para eles (e também para os escrutinadores...) um poema, de Pablo Neruda, do seu póstumo Livro de Perguntas:
III
Porque é que as árvores escondem
o esplendor de suas raízes?
Quem ouve os remorsos
do automóvel criminoso?
Há no mundo alguma coisa mais triste
que um comboio parado na chuva?
NOTA: para os hispanohablantes, o original:
Dime, la rosa está desnuda
o sólo tiene ese vestido?
Por qué los árboles esconden
el esplendor de sus raíces?
Quién oye los remordimientos
del automóvil criminal?
Hay algo más triste en el mundo
que un tren inmóvil en la lluvia?
Postado por Pedro Luna às 23:27 0 bocas
Marcadores: este ano há Eleições, Pablo Neruda, poesia, PS
Variações sobre Variações
Postado por Pedro Luna às 20:09 0 bocas
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António Variações morreu há 25 anos
Morreu há 25 anos, no Dia de S.º António, no Dia Feriado da Cidade de Lisboa que tanto amava, ele que era um minhoto de nascimento. Morreu sendo já um assumido homossexual e provavelmente de SIDA, numa altura em que ainda não se falava na doença.
Eu, que assisti ao seu último espectáculo, já bastante doente, na Queima das Fitas de Coimbra de 1984, em 17 de Maio (se a memória não me atraiçoa...) não era grande apreciador dele em vida, mas agora gosto imenso de algumas coisas suas.
Para o recordar, uma música do António Variações:
Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P'ra não chegar tarde
Não sei de que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão
Vou continuar a procurar
A quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só:
Quero quem quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder
Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P'ra outro lugar
Vou continuar a procurar
A minha forma
O meu lugar
Porque até aqui eu só:
Estou bem aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
Estou bem aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
Postado por Fernando Martins às 18:10 0 bocas
Marcadores: anos 80, António Variações, música