domingo, abril 06, 2025

Isaac Asimov morreu há trinta e três anos...

     
Isaac Asimov (Petrovichi, circa 2 de janeiro de 1920 - Nova Iorque, 6 de abril de 1992), foi um escritor e bioquímico americano, nascido na Rússia, autor de obras de ficção científica e divulgação científica.
Asimov é considerado um dos mestres da Ficção Científica e, junto com Robert A. Heinlein e Arthur C. Clarke, foi considerado um dos "três grandes" da ficção científica. A obra mais famosa de Asimov é a série da Fundação, também conhecida como Trilogia da Fundação, que faz parte da série do Império Galáctico e que logo combinou com sua outra grande série dos Robots. Também escreveu obras de mistério e fantasia, assim como uma grande quantidade de não-ficção. No total, escreveu ou editou mais de 500 volumes, aproximadamente 90.000 cartas ou postais, e tem obras em cada categoria importante do sistema de classificação bibliográfica de Dewey, exceto em filosofia.
A maioria de seus livros mais populares sobre ciência, explicam conceitos científicos  de uma forma histórica, voltando no tempo o mais longe possível, quando a ciência em questão estava nos primeiros estágios. Ele providencia, muitas vezes, datas de nascimento e falecimento dos cientistas que menciona, também etimologias e guias de pronunciação para termos técnicos. Alguns exemplos incluem, "Guide to Science", os três volumes de "Understanding Physics" e a "Chronology of Science and Discovery", e trabalhos sobre Astronomia, Matemática, a Bíblia, textos sobre William Shakespeare e Química.
Asimov foi membro e vice-presidente por muito tempo da Mensa, ainda que faltasse frequentemente: ele os descrevia como "intelectualmente combalidos". Exercia, com mais frequência e assiduidade, a presidência da American Humanist Association (Associação Humanista Americana).
Em 1981, um asteroide recebeu o seu nome em sua homenagem, o 5020 Asimov. O robô humanoide "ASIMO" da Honda, também pode ser considerada uma homenagem indireta a Asimov, pois o nome do robô significa, em inglês, Advanced Step in Innovative Mobility, além de também significar, em japonês, "também com pernas" (ashi mo), em um trocadilho linguístico em relação à propriedade inovadora de movimentação deste robô.
   
Biografia
Isaac Asimov nasceu em Petrovichi, no Oblast de Smolensk, República Soviética Russa (hoje província de Mahilou, Bielorrússia), filho de Anna Rachel Berman Asimov e Judah Asimov, um moleiro de uma família de judeus. Em virtude das diferenças entre o calendário hebraico e o calendário juliano (à época ainda em uso na região pela Igreja Ortodoxa), bem como pela falta de registos, a sua data de nascimento não pode ser precisada, situando-se entre 4 de outubro de 1919 e 2 de janeiro de 1920, sendo esta última considerada como a correta por Asimov, que sempre celebrou o seu aniversário a 2 de janeiro. A família deve o seu nome a uma palavra da língua russa que significa um cereal de inverno, que o seu bisavô negociava, ao qual o sufixo paterno foi adicionado. A família emigrou para os Estados Unidos quando ele tinha só três anos de idade. Como os seus pais falavam sempre iídiche e inglês com ele, ele nunca aprendeu russo. Enquanto crescia em Brooklyn, Nova Iorque, Asimov aprendeu a ler, por si próprio, quando tinha cinco anos e permaneceu fluente em iídiche, bem como em inglês. Os seus pais tinham uma loja de doces, e toda a gente da família tinha de lá trabalhar. Revistas baratas de papel de fraca qualidade, chamadas pulp, sobre ficção científica eram vendidas em lojas, e ele começou a lê-las. Por volta dos onze anos, começou a escrever histórias próprias e, por volta dos dezanove anos, tendo-se tornado fã de ficção científica, começou a vender as suas histórias a revistas. John W. Campbell, o editor de Astounding Science Fiction,, a quem ele vendeu as suas primeiras histórias, foi uma forte influência formativa e tornou-se um amigo seu.
Asimov foi aluno das New York City Public Schools (escolas públicas de Nova Iorque), inclusive a Boys' High School, de Brooklyn. A partir daí, ele foi para a Universidade de Columbia, onde se graduou em 1939, depois tirando um Ph.D. em bioquímica, em 1948. Entretanto, passou três anos, durante a Segunda Guerra Mundial, a trabalhar como civil na Naval Air Experimental Station, do porto da Marinha em Filadélfia. Quando a guerra acabou foi destacado para o Exército Americano, tendo só servido nove meses antes de ser honrosamente dispensado. Durante a sua breve carreira militar ascendeu ao posto de cabo, baseado na sua habilidade para escrever à máquina, e escapou por pouco à participação nos testes da bomba atómica em 1946, no atol de Bikini.
Depois de completar o seu doutoramento, Asimov entrou para a Faculdade de Medicina da Universidade de Boston, à qual permaneceu associado a partir daí. Depois de 1958, isto foi sem ensinar, já que se virou para a escrita em tempo integral (os seus rendimentos da escrita já excediam os do salário académico). Pertencer ao quadro permanente significou que ele manteve o título de professor associado e, em 1979, a universidade honrou a sua escrita promovendo-o a professor catedrático de bioquímica. Os arquivos pessoais de Asimov, a partir de 1965, estão arquivados na Mugar Memorial Library da universidade, doados por ele a pedido do curador, Howard Gottlieb. A colecção preenche 464 caixas em 71 metros de prateleira.
Asimov casou-se com Gertrude Blugerman (Canadá, 1917 - Boston, 1990), em 26 de julho de 1942. Tiveram duas crianças, David (nascido em 1951) e Robyn Joan (nascida em 1955). Depois da separação, em 1970, ele e Gertrude divorciaram-se em 1973, e Asimov casou-se com Janet Jeppson mais tarde, no mesmo ano.

Asimov e a segunda esposa

Asimov era um claustrofilo; gostava de espaços pequenos fechados. No primeiro volume da sua autobiografia, ele conta um desejo infantil de possuir uma banca de jornais numa estação de metrô de Nova Iorque, dentro da qual ele se fecharia e escutaria o ruído dos carros enquanto lia.
Asimov tinha medo de voar, só o tendo feito duas vezes na vida inteira (uma vez, durante o seu trabalho na Naval Air Experimental Station, e outra, na volta para casa da base militar de Oahu, em 1946). Raramente viajava grandes distâncias, em parte por causa de sua aversão a voar, adicionada às dificuldades logísticas de viajar longas distâncias. Esta fobia influenciou várias das suas obras de ficção, como as histórias de mistério de Wendell Urth e as novelas sobre robôs de Elijah Baley. Nos seus últimos anos, ele gostava de viajar em navios de cruzeiro e, em várias ocasiões, ele fez parte do "entretenimento" no cruzeiro, dando palestras baseadas em ciência, em navios, como os RMS Queen Elizabeth 2. Asimov sabia entreter muitíssimo bem, era prolífico e procurado como discursador. Seu sentido de tempo era fantástico; ele nunca olhava para um relógio, mas invariavelmente falava precisamente o tempo combinado.
Asimov era um participante habitual em convenções de ficção científica, onde ficava amável e disponível para conversa. Ele respondia pacientemente a dezenas de milhares de perguntas e outro tipo de correio com postais, e gostava de dar autógrafos. Embora gostasse de mostrar o seu talento, raramente parecia levar-se a si próprio demasiadamente a sério.
Ele era de altura mediana, forte, com bigode e um óbvio sotaque de judeus do Brooklyn. A sua motricidade física era bastante limitada. Ele nunca aprendeu a nadar ou andar de bicicleta; no entanto, aprendeu a conduzir um carro, depois de se mudar para Boston. No seu livro de humor, Asimov Laughs Again, ele descreve a condução em Boston como "anarquia sobre rodas".
Ele demonstrou o seu amor por conduzir no seu conto de ficção científica, Sally, sobre carros-robôs. Um leitor atento reparará que ele faz uma descrição detalhada de um dos carros a que chama 'Giuseppe', de Milão - o que significa que Giuseppe era um Alfa Romeo. Asimov não especificou nenhum outro tipo de veículo em nenhuma das suas histórias, o que levou muitos fãs a considerarem que ele foi pago por aquela marca de automóvel.
Os interesses variados de Asimov incluíram, nos seus anos tardios, sua participação em organizações devotadas à opereta de Gilbert and Sullivan e em The Wolfe Pack, um grupo de seguidores dos mistérios de Nero Wolfe, escritos por Rex Stout. Ele era um membro proeminente da Baker Street Irregulars, a mais importante sociedade sobre Sherlock Holmes. De 1985 até sua morte em 1992, ele foi presidente da American Humanist Association; seu sucessor foi o amigo e congénere escritor, Kurt Vonnegut. Ele também era um amigo próximo do criador de Star Trek, Gene Roddenberry, e foram-lhe dados créditos em Star Trek: The Motion Picture, pelos conselhos que deu durante a produção.
Asimov morreu em 6 de abril de 1992 em Nova Iorque. Foi cremado e as suas cinzas foram espalhadas. Ele deixou tudo à sua segunda mulher, Janet, e às crianças do primeiro casamento. Dez anos depois da sua morte, a edição da autobiografia de Asimov, It's Been a Good Life, revelou que sua morte foi causada por SIDA; ele contraiu o vírus HIV através de uma transfusão de sangue recebida durante a operação de bypass, em dezembro de 1983. A causa específica da morte foi falha cardíaca e renal, como complicações da infeção com o vírus da SIDA.
Janet Asimov escreveu no epílogo de It's Been a Good Life que Asimov o teria querido tornar público, mas os seus médicos convenceram-no a permanecer em silêncio, avisando que o preconceito anti-SIDA se estenderia aos seus familiares. A família de Asimov considerou divulgar a sua doença antes de ele morrer, mas a controvérsia que ocorreu, quando Arthur Ashe divulgou que tinha SIDA, convenceu-os do contrário. Dez anos mais tarde, depois da morte dos médicos de Asimov, Janet e Robyn concordaram que a situação em relação à SIDA podia ser levada a público.
   
Asimov e a Wikipédia
No livro Escolha a Catástrofe, Asimov disserta sobre os futuros problemas que poderiam levar a humanidade à extinção e como a tecnologia poderia salvá-la. Em certa parte do livro, ele fala sobre a educação e como ela poderia funcionar no futuro.
Cquote1.svg Haverá uma tendência para centralizar informações, de modo que uma requisição de determinados itens pode usufruir dos recursos de todas as bibliotecas de uma região, ou de uma nação e, quem sabe, do mundo. Finalmente, haverá o equivalente de uma Biblioteca Computada Global, na qual todo o conhecimento da humanidade será armazenado e de onde qualquer item desse total poderá ser retirado por requisição. Cquote2.svg
Cquote1.svg …Certamente, cada vez mais pessoas seguiriam esse caminho fácil e natural de satisfazer suas curiosidades e necessidades de saber. E cada pessoa, à medida que fosse educada segundo seus próprios interesses, poderia então começar a fazer suas contribuições. Aquele que tivesse um novo pensamento ou observação de qualquer tipo sobre qualquer campo, poderia apresentá-lo, e se ele ainda não constasse na biblioteca, seria mantido à espera de confirmação e, possivelmente, acabaria sendo incorporado. Cada pessoa seria, simultaneamente, um professor e um aprendiz. Cquote2.svg
Isaac Asimov - 1979

Asimov e o Futuro
Asimov não se mostrou visionário apenas em relação à existência de uma Biblioteca Global, como visto acima. Em 1964, aceitou uma proposta do jornal The New York Times e fez uma série de previsões acerca do mundo do futuro, projetando-o como seria dali a 50 anos, isto é, em 2014.
Embora não utilizasse, à época, os termos de hoje, por seus escritos podemos notar que previu a existência dos micro-ondas nas nossas cozinhas, da fibra ótica, da Internet, dos microchips, das TVs de tela plana e até de pessoas acometidas de depressão. Mas também errou, como ao prever carros voadores e centrais nucleares de fusão atómica.
  
Leis da Robótica
Apresentadas no livro Eu, Robô, as 3 Leis da Robótica foram criadas, como condição de coexistência dos robôs com os seres humanos, como prevenção de qualquer perigo que a inteligência artificial pudesse representar à humanidade. São elas:
  • 1ª Lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal;
  • 2ª Lei: Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei;
  • 3ª Lei: Um robô deve proteger a sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e Segunda Leis.
Mais tarde, no livro Os Robôs do Amanhecer, o robô Daneel viria a instituir uma quarta lei: a 'Lei Zero':
  • 'Lei Zero': Um robô não pode fazer mal à humanidade e nem, por inação, permitir que ela sofra algum mal.
   

Os Presidentes do Ruanda e Burundi foram assassinados há 31 anos...

Juvénal Habyarimana, presidente do Ruanda
  
Juvénal Habyarimana (8 de março de 1937 - 6 de abril de 1994) foi o terceiro presidente da República de Ruanda, cargo que ocupou mais tempo do que qualquer outro presidente do país, até ao momento, de 1973 até 1994. Durante o seu mandato de 20 anos, favoreceu o seu próprio grupo étnico, os hutus, e apoiou a maioria hutu no vizinho Burundi contra o governo tutsi. Ele foi apelidado de "Kinani", uma palavra Kinyarwanda que significa "invencível".
Habyarimana foi descrito pelos críticos como um ditador, que citam o facto de ser reeleito por unanimidade, com 98,99% dos votos em 24 de dezembro de 1978, 99,97% dos votos em 19 de dezembro de 1983, e 99,98% dos votos em 19 de dezembro de 1988. Durante o seu governo, Ruanda tornou-se um estado totalitário em que os dirigentes do partido, tendido à extrema-direita, chamado Movimento Republicano Nacional por Democracia e Desenvolvimento, exigiam que as pessoas cantassem e dançassem em bajulação ao presidente em concursos de massas de "animação" política. Embora no país, em geral, a pobreza crescesse um pouco menos durante o mandato de Habyarimana, a grande maioria dos ruandeses permaneceu em situação de extrema pobreza.
Em 6 de abril de 1994 foi morto quando o seu avião, transportando também o presidente do Burundi, Cyprien Ntaryamira, foi derrubado perto do Aeroporto Internacional de Kigali. O seu assassinato inflamou as tensões étnicas na região e ajudou a desencadear o genocídio de Ruanda
  
  
  

Cyprien Ntaryamira, presidente do Burundi
   
O Atentado de 6 de abril de 1994 foi um atentado perpetrado na noite de 6 de abril de 1994 contra o avião que transportava o presidente de Ruanda, Juvénal Habyarimana, e o presidente do Burundi, Cyprien Ntaryamira. Este ataque resultou na morte dos dois presidentes, bem como de todas as demais pessoas que se encontravam no avião.
O avião que levava o presidente ruandês Juvénal Habyarimana e o presidente burundiano Cyprien Ntaryamira foi derrubado quanto se preparava para aterrar em Kigali, no Ruanda. Os assassinatos produziram alguns dos eventos mais sangrentos do final do século XX, o genocídio ruandês e a Primeira Guerra do Congo. A responsabilidade pelo ataque é contestada, com a maioria das teorias propondo como suspeitos os rebeldes da Frente Patriótica Ruandesa (FPR) ou os extremistas do Hutu Power que se opunham à negociação com a Frente Patriótica Ruandesa. Independentemente da causa dos assassinatos, indubitavelmente resultariam na mobilização nacional imediata de milícias antitutsis, os Interahamwe, que procederam a estabelecer bloqueios de estradas em todo o Ruanda e a massacrar todos os tutsis ou hutus moderados até serem expulsos pelas tropas rebeldes da Frente Patriótica Ruandesa. 
A responsabilidade pelo ataque é ainda hoje inconclusiva, com teorias propondo como suspeitos quer a Frente Patriótica de Ruanda quer a Hutu Power
  

O príncipe Rainier III do Mónaco morreu há vinte anos...

     
Rainier III, Príncipe do Mónaco, nascido Rainier Louis Henri Maxence Bertrand Grimaldi (Mónaco, 31 de maio de 1923 - Mónaco, 6 de abril de 2005) reinou no Principado do Mónaco durante quase cinquenta e seis anos, fazendo dele um dos monarcas que reinaram por mais tempo durante o século XX. Embora tenha ficado mais conhecido fora da Europa por se ter casado com a atriz dos Estados Unidos Grace Kelly, Rainier foi também responsável por reformas na constituição do Mónaco e pela expansão da economia do principado; não somente por meio de sua tradicional base de jogos de casino como também por meio do turismo. Os lucros com jogos correspondem, na atualidade, a três por cento da receita anual da nação, mas, quando Rainier ascendeu ao trono, em 1949, correspondiam a mais de noventa e cinco por cento. Antes da sua morte, era o segundo monarca no mundo que há mais tempo reinava.
         
         
          

O (primeiro) visconde de Alvalade nasceu há 188 anos

 
Alfredo Augusto das Neves Holtreman (Santarém, 6 de abril de 1837Lisboa, 7 de junho de 1920), 1.º Visconde de Alvalade, foi um advogado e empresário português.
Descendente da família Holtreman, foi filho de António Maria Ribeiro da Costa Holtreman, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e advogado em Lisboa, e de sua mulher, Libânia Augusta das Neves e Melo.

Bacharel, formado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, foi distinto advogado em Lisboa e proprietário de casas e terrenos, a Quinta das Mouras, junto ao Campo Grande, onde hoje está o Estádio do Sporting Clube de Portugal.
O título de 1.º Visconde de Alvalade foi-lhe concedido, em uma vida, por decreto de D. Carlos I de Portugal, a 22 de junho de 1898.
Da primeira filha, teve como neto José Alfredo Holtreman Roquette, mais conhecido por José Alvalade. Em 1904, quando este seu neto lhe pediu ajuda financeira para fundar o que viria a tornar-se Sporting Clube de Portugal, além de 200$000 réis, disponibilizou também terrenos na sua Quinta em Alvalade, que abarcava as atuais zonas do Lumiar, Campo Grande e Alvalade, em Lisboa, para a construção do Estádio. Foi nomeado 1.º Presidente do Sporting Clube de Portugal, como Presidente Honorário, em 1906.
Após a implantação da República, a 5 de outubro de 1910, o 1.º Visconde de Alvalade perdeu o interesse no Sporting Clube de Portugal, até porque se viu obrigado a ausentar-se para Londres, devido às suas ligações com a Família Real.
     
Brasão do Visconde de Alvalade - blog Miguel Ângelo Boto - Heráldica)
     

Um terramoto arrasou a cidade de Áquila, em Itália, há 16 anos...

     
O sismo de Áquila de 2009 foi um sismo de 6,3 graus na escala de magnitude de momento sísmico, segundo o United States Geological Survey (6.7 graus na escala de Richter) registado a 6 de abril de 2009 na zona central da península Itálica. O epicentro foi na cidade de Áquila, região de Abruzos.
O sismo deixou 309 mortos, cerca de mil feridos, quinze desaparecidos e centenas de edificações total ou parcialmente destruídas, sobretudo na cidade de Áquila, mas também em outras localidades próximas, como Onna.
O governo italiano lançou um conjunto de medidas de apoio temporário aos milhares de desalojados, como a suspensão de hipotecas e a concessão de subsídios.
    
    
  
The local prefecture (a government office) damaged by the earthquake
      
The 2009 L'Aquila earthquake occurred in the region of Abruzzo, in central Italy. The main shock occurred at 03:32 CEST (01:32 UTC) on 6 April 2009, and was rated 5.8 or 5.9 on the Richter magnitude scale and 6.3 on the moment magnitude scale; its epicentre was near L'Aquila, the capital of Abruzzo, which together with surrounding villages suffered most damage. There have been several thousand foreshocks and aftershocks since December 2008, more than thirty of which had a Richter magnitude greater than 3.5.
The earthquake was felt throughout central Italy; 308 people are known to have died, making this the deadliest earthquake to hit Italy since the 1980 Irpinia earthquake. In a subsequent inquiry of the handling of the disaster, seven members of the Italian National Commission for the Forecast and Prevention of Major Risks were accused of giving "inexact, incomplete and contradictory" information about the danger of the tremors prior to the main quake. On 22 October 2012, six scientists and one ex-government official were convicted of multiple manslaughter for downplaying the likelihood of a major earthquake six days before it took place. They were each sentenced to six years' imprisonment, but the verdict was overturned on 10 November 2014. Criticism was also applied to poor building standards that led to the failure of many modern buildings in a known earthquake zone: an official at Italy's Civil Protection Agency, Franco Barberi, said that "in California, an earthquake like this one would not have killed a single person". 
      

Black Francis, vocalista dos Pixies, celebra hoje sessenta anos...!

  

Charles Michael Kittridge Thompson IV (Boston, April 6, 1965) is an American singer, songwriter, and guitarist. He is best known as the frontman of the alternative rock band Pixies, with whom he performs under the stage name Black Francis. Following the band's breakup in 1993, he embarked on a solo career under the name Frank Black. After releasing two albums with record label 4AD and one with American Recordings, he left the label and formed a new band, Frank Black and the Catholics. He re-adopted the name Black Francis in 2007. 

 

in Wikipédia

 

sábado, abril 05, 2025

É bonito quando a Geologia e a Arqueologia se juntam...

“Braço perdido” do Nilo resolve dilema milenar sobre pirâmides do Egito


Pirâmides do Egito

 

 Uma novo estudo veio reforçar a importância do Nilo – quer por via direta quer por ramificações – na construção das pirâmides do Egito. Afinal, não há mesmo Pirâmides sem Nilo.

Como é que dezenas de pirâmides egípcias foram construídas ao longo da orla do deserto ocidental do Egito, a vários quilómetros de distância do Nilo, é (ou era) um dilema “antigo”.

Vários estudos já tinham teorizado que, para transportar os recursos necessários para a construção destas pirâmides, o rio Nilo deveria ter tido uma ramificação que passava pelos locais de construção.

Apenas tal hipótese poderia explicar porque é que pirâmides – nomeadamente a famosa Grande Pirâmide de Gizé – estão agrupadas numa fina faixa de terra árida e inóspita.

Para estudar tal teoria, um grupo de investigadores da Universidade Macquarie em Sydney (Austrália) analisou imagens de satélite e outros dados sobre a elevação do terreno na região.

As conclusões do estudo, publicado o ano passado na Communications Earth & Environment, indicaram que depressões encontradas na paisagem sugerem que o antigo canal de água se estendeu 64 quilómetros para lá dos campos das pirâmides, entre a cidade de Gizé, a norte, e a aldeia de Lisht, a sul.

Os investigadores recolheram amostras de solo e de sedimentos ao longo do seu trajeto e descobriram um leito de areia escondido sob o que é agora terra agrícola ou deserto.

“Calculámos que tinha cerca de 200 a 700 metros de largura e pelo menos 8 metros de profundidade no seu ponto mais profundo”, revelou o líder da investigação, Timothy Ralph, citado pela New Scientist.

A mesma revista detalha que as calçadas encontradas à volta das pirâmides parecem terminar nas margens deste antigo braço do Nilo.

Estas evidências são, muito provavelmente, a confirmação de que o canal de água foi utilizado para transportar materiais de construção há milhares de anos.

O antigo “braço do Nilo” – apelidado de braço de Ahramat”, que significa pirâmide em árabe – acabou por secar depois de uma seca severa ter atingido aquela região há cerca de 4200 anos.

 

in ZAP

Hoje é dia de ouvir Alice in Chains...

Mark St. John morreu há dezoito anos...

(imagem daqui)
  
Mark St. John, nome artístico de Mark Norton, (Hollywood, 7 de fevereiro de 1956 - 5 de abril de 2007) foi um guitarrista norte-americano. Ele estava mais interessado em basquetebol do que em música até o final do ensino secundário, quando finalmente descobriu a sua verdadeira vocação (começou a tocar guitarra por rebeldia). Ele começou a tocar guitarra em 1972, como hobby, e entrou nos Kiss no início de 1984. Mark foi o terceiro guitarrista oficial dos Kiss, tendo substituído Vinnie Vincent (que substituiu Ace Frehley).
  
A sua espalhafatosa forma de tocar refletiu a era dos guitarristas de rock influenciados por Van Halen. Chegou a gravar o álbum Animalize, que foi um grande sucesso, numa época onde o grupo já não usava a maquilhagem pesada e as roupas que eram antes a sua marca registada, mas precisou sair logo no início da turnê do disco por causa de uma artrite grave que o atormentava. John recebeu o diagnóstico dessa doença, chamada Síndrome de Reiter, que causou inchaço nas suas mãos e braços e o impediu de tocar guitarra. Tocou em alguns shows (e apenas num show completo) e gravou apenas um vídeo com os Kiss, o popular vídeo da MTV Heaven's On Fire, e foi substituído em dezembro de 1984 por Bruce Kulick.
Após deixar os Kiss a sua condição médica melhorou e Mark St. John formou os White Tiger com David Donato, que chegou a ter uma breve passagem pelo coros dos Black Sabbath. Depois, o guitarrista gravou com Jeff Scott Soto, em 1988, e com o baterista Peter Criss (ex-Kiss), em 1990 e apareceu como orador convidado nas convenções dos Kiss. Em 2001, St. John lançou um disco instrumental intitulado Single Bullet Theory.
Nos últimos anos, o músico andava bastante afastado da ribalta e havia voltado a dar aulas de guitarra em Los Angeles.
Faleceu a 5 de abril de 2007, aos 51 anos, de hemorragia cerebral.
    

Música de aniversariante de hoje...!

Poema de aniversariante de hoje...

 Carlos Queirós

 

Apelo à Poesia

 

Por que vieste? — Não chamei por ti!
Era tão natural o que eu pensava,
(Nem triste, nem alegre, de maneira
Que pudesse sentir a tua falta... )
E tu vieste,
Como se fosses necessária!

Poesia! nunca mais venhas assim:
Pé ante pé, covardemente oculta
Nas idéias mais simples,
Nos mais ingênuos sentimentos:
Um sorriso, um olhar, uma lembrança...
— Não sejas como o Amor!

É verdade que vens, como se fosses
Uma parte de mim que vive longe,
Presa ao meu coração
Por um elo invisível;
Mas não regresses mais sem que eu te chame,
— Não sejas como a Saudade!

De súbito, arrebatas-me, através
De zonas espectrais, de ignotos climas;
E, quando desço à vida, já não sei
Onde era o meu lugar...
Poesia! nunca mais venhas assim,
— Não sejas como a Loucura!

Embora a dor me fira, de tal modo
Que só as tuas mãos saibam curar-me,
Ou ninguém, se não tu, possa entender
O meu contentamento,
Não venhas nunca mais sem que eu te chame,
— Não sejas como a Morte! 


Carlos Queirós

A Agnetha Faltskog dos ABBA faz hoje 75 anos

   
Agneta Åse Fältskog (Jönköping, 5 de abril de 1950), conhecida como Agnetha Fältskog e Anna Fältskog, é uma cantora, compositora, música e atriz sueca, mais conhecida por ser integrante do grupo sueco de música pop ABBA. Ela atingiu o sucesso a solo na Suécia com o seu álbum homónimo, em 1968. Obteve fama internacional nos anos 70, como integrante da banda ABBA, um dos grupos musicais mais bem sucedidos da história. Ela é o membro mais jovem dos ABBA, sendo a única que nasceu nos anos 50.
   
     
 
 

Ana Luísa Amaral nasceu há 69 anos...

Ana Luísa Amaral (Lisboa, 5 de abril de 1956Porto, 5 de agosto de 2022) foi uma poetisa portuguesa, tradutora e professora de Literatura e Cultura Inglesa e Americana na Faculdade de Letras da Universidade do Porto

 

Biografia

Ana Luísa Amaral nasceu em Lisboa no dia 5 de abril de 1956 e vivia, desde os nove anos, em Leça da Palmeira. Tinha um doutoramento sobre a poesia de Emily Dickinson e as suas áreas de investigação eram Poéticas Comparadas, Estudos Feministas e Estudos Queer. Era Professora Associada da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde integrava também a direção do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa. Tinha publicações académicas várias em Portugal e no estrangeiro.

Foi autora, com Ana Gabriela Macedo, do Dicionário de Crítica Feminista (Porto: Afrontamento, 2005) e preparou a edição anotada de Novas Cartas Portuguesas (1972), de Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa (Lisboa: Dom Quixote, 2010).

Organizou, com Marinela Freitas, os livros Novas Cartas Portuguesas 40 Anos Depois (Dom Quixote, 2014) e New Portuguese Letters to the World (Peter Lang, 2015). Coordenou o projeto internacional financiado pela FCT Novas Cartas Portuguesas 40 anos depois, que envolveu 13 equipas internacionais e mais de 15 países.

Tinha feito leituras dos seus poemas em vários países, como Brasil, França, Estados Unidos da América, Alemanha, Irlanda, Espanha, Rússia, Roménia, Polónia, Suécia, Holanda, China, México, Itália, Colômbia e Argentina.

Em torno dos seus livros de poesia e infantis foram levados à cena espetáculos de teatro e leituras encenadas (como O olhar diagonal das coisas, A história da Aranha Leopoldina, Próspero morreu ou Amor aos Pedaços).

Obteve diversas distinções, como a Medalha de Ouro da Câmara Municipal de Matosinhos e a Medalha de Ouro da Câmara Municipal do Porto, por serviços à Literatura, ou a Medaille de la Ville de Paris, e diversos prémios, entre os quais o Prémio Literário Correntes d’Escritas, o Premio di Poesia Giuseppe Acerbi, o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores, o Prémio António Gedeão, o Prémio Internazionale Fondazione Roma, Ritratti di Poesia, o Prémio PEN, de Ficção, o Prémio de Ensaio Jacinto do Prado Coelho, da Associação Portuguesa de Críticos Literários, o Prémio Literário Guerra Juntqueiro, o Prémio Leteo (Espanha), o Prémio de Melhor Livro do Ano dos Livreiros de Madrid, o Prémio Vergílio Ferreira, o Prémio Literário Francisco Sá de Miranda, ou o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana.

Os seus livros de poesia estão editados em vários países como Estados Unidos da América, França, Brasil, Suécia, Holanda, Venezuela, Itália, Colômbia, México, Reino Unido e na Alemanha.

Em 2021, saiu no Reino Unido um livro de ensaios sobre a sua obra, pela Peter Lang Publishing, com o título The Most Perfect Excess: The Works of Ana Luísa Amaral (org. Claire Williams).

Tinha um programa de rádio, com Luís Caetano, na Antena 2, chamado O Som que os Versos Fazem ao Abrir.

A 1 de abril de 2022, foi agraciada com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada. As insígnias foram apenas entregues a 6 de agosto de 2022, a título póstumo, à filha de Ana Luísa Amaral.

Durante a sua vida colecionou milhares de livros (mais de quatro mil exemplares), sobre os mais variados temas. Atualmente a sua biblioteca pessoal encontra-se disponível para consulta na Casa dos Livros - Centro de Estudos da Cultura em Portugal da Universidade do Porto (Rua do Campo Alegre 1055, 4150-181 Porto) e poderá ser consultada em qualquer dia útil, das 14.30 às 18.00 horas.

Morreu em 5 de agosto de 2022, aos 66 anos.

 

in Wikipédia

 

 

SARÇA ARDENTE



Um toque leve,
e eu perder-me-ei
- pelas planícies todas do azul,
pelos campos mais longos
que quiseres,
em direcção a leste, a norte,
a sul

Um toque tão macio de rouxinol
que a tortura se apague,
um nome se incendeie
junto ao chão
e expluda com a tarde

Desliza-me na pele
o fio incandescente dos teus dedos,
que eu entrarei de frente
pelo sol,
e arderei no sol,
sem medo


Ana Luísa Amaral

Hoje é dia de ouvir Rádio Macau...!

Música adequada à data...

Saudades de Kurt Cobain...

O poeta Carlos Queirós nasceu há 118 anos...

  
José Carlos de Queirós Nunes Ribeiro, ou simplesmente Carlos Queirós (Lisboa, Santos-o-Velho, 5 de abril de 1907Paris, 27 de outubro ou 28 de outubro de 1949) foi um poeta português.
Poeta do segundo modernismo Português, identificado como um dos grandes nomes da revista Presença.
Desempenhou um importante papel na ligação entre o primeiro modernismo português da geração da revista Orpheu e o segundo modernismo da Presença. É Carlos Queirós, que por volta de 1927 estabelece a ligação entre Pessoa e a revista coimbrã Presença, dirigida por Gaspar Simões, José Régio e Branquinho da Fonseca, no qual Pessoa veio a publicar diversos textos. Foi no número 5 da Presença (1927) que Carlos Queirós, juntamente com Fernando Pessoa e Almada Negreiros, iniciou a sua participação neste periódico.
David Mourão-Ferreira, no prefácio do primeiro volume da Obra Poética de Carlos Queirós, refere que entre 1927 e 1937, ano em que Carlos Queirós deixou de colaborar com a Presença, terá publicado, nas edições que vão do n.º 5 ao n.º 49, cerca de 49 poemas e ainda dois textos em prosa, constituindo-se como um dos nomes de referência e de continuidade desta publicação.
É Carlos Queirós, num número especial da revista Presença, de homenagem a Fernando Pessoa, que dá a conhecer os amores de Fernando Pessoa por Ophélia Queiroz, a sua tia, publicando nesse número diversas cartas de amor de Pessoa escritas a Ofélia.
A participação literária de Carlos Queirós não se circunscreveu somente à celebre revista Presença. Publicou em diversas revistas e folhas literárias, tendo uma obra poética espalha por diversos periódicos: revista Ocidente, revista Atlântico, Revista de Portugal, revista Momento, revista Aventura, revista Vamos Ler e revista Litoral esta última dirigida pelo próprio.
Carlos Queirós publicou dois livros em vida o primeiro, intitulado Desaparecido, em 1935, tendo à data o poeta 28 anos de idade e que foi alvo dos maiores elogios. Destaca-se a crítica publicada por Pessoa na Revista de Portugal. Pessoa escreve no primeiro parágrafo do seu texto crítico:
  
A beleza do livro começa pelo livro. A edição é lindíssima. A beleza do livro continua pelo livro fora; os poemas são admiráveis.  
Mais à frente, no seu texto, Pessoa prossegue:  
Não se pode dizer deste livro o que é vulgar dizer-se, elogiosamente, de um primeiro livro, sobretudo de um jovem - que é uma bela promessa. O livro de Carlos Queirós não é uma promessa, porque é uma realização.
in Revista de Portugal, n.º 2 Coimbra, janeiro de 1938
 

O segundo livro publicado em vida foi Breve Tratado de Não Versificação, editado em 1948.

Entre 1945 e 1949, colaborou com Victor Buescu na tradução para português de uma selecção da obra poética de Mihai Eminescu, que veio a lume apenas em 1950.

A obra poética de Carlos Queirós, pouco divulgada, está atualmente editada em dois livros pela Editora Ática. O primeiro livro tem como data de publicação 1984, intitula-se Desaparecido – Breve Tratado de Não Versificação, sendo a compilação dos dois livros publicados em vida por Carlos Queirós. O segundo livro tem como data de publicação 1989 e intitula-se Epístola aos Vindouros e Outros Poemas, sendo constituído por uma coletânea de poemas dispersos, por diversas publicações da época e alguns inéditos recolhidos por David Mourão-Ferreira, com a ajuda de uma das filhas do poeta.
 
Casou com Guilhermina Maria Correia Manoel de Aboim Borges (Loures, Loures, 20 de dezembro de 1907 - Lisboa, 18 de outubro de 1975), sobrinha materna do 1.º Visconde de Idanha e sobrinha-neta do 1.º Visconde de Vila-Boim, de quem teve cinco filhos.
    

 

Libera Me

 

Livrai-me, Senhor,
De tudo o que for
Vazio de amor.

Que nunca me espere
Quem bem me não quer
(Homem ou mulher).

Livrai-me também
De quem me detém
E graça não tem,

E mais de quem não
Possui nem um grão
De imaginação. 


 
Carlos Queirós