terça-feira, maio 10, 2022

Poema para recordar evento triste que hoje recordamos - e não esquecemos...

(imagem daqui)

  

A QUEIMA DOS LIVROS

Quando o Regime ordenou que queimassem em público
Os livros de saber nocivo, e por toda parte
Os bois foram forçados a puxar carroças
Carregadas de livros para a fogueira, um poeta
Expulso, um dos melhores, ao estudar a lista
Dos queimados, descobriu, horrorizado, que os seus
Livros tinham sido esquecidos. Correu para a secretária
Alado de cólera e escreveu uma carta aos do Poder
Queimai-me! escreveu com pena veloz, queimai-me!
Não me façais isso! Não me deixeis de lado! Não disse eu
Sempre a verdade nos meus livros? E agora
Tratais-me como um mentiroso! Ordeno-vos:
Queimai-me!

 
  
Bertolt Brecht

Música adequada à data...

Winston Churchill chegou a primeiro-ministro há 82 anos

    
Sir Winston Leonard Spencer-Churchill (Oxfordshire, 30 de novembro de 1874 - Londres, 24 de janeiro de 1965) foi um político conservador e estadista britânico, famoso principalmente por sua atuação como primeiro-ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial. Ele foi primeiro-ministro por duas vezes (1940-45 e 1951-55). Orador e estadista notável, ele também foi Oficial no Exército Britânico, historiador, escritor e artista. Ele é o único primeiro-ministro britânico a ter recebido o Prémio Nobel de Literatura e o primeiro cidadão honorário dos Estados Unidos.

(...)

Em 10 de maio de 1940, Churchill chegou ao cargo de primeiro-ministro britânico, contando 65 anos de idade. Seus discursos memoráveis, chamando o povo britânico à resistência e sua crescente aproximação com o então presidente americano Franklin Delano Roosevelt, visando a que os Estados Unidos da América ingressassem definitivamente na guerra, foram essenciais para o êxito dos aliados. O exemplo de Churchill e sua incendiária oratória permitiram-lhe manter a coesão do povo britânico nas horas de prova suprema que significaram os bombardeamentos sistemáticos da Alemanha sobre Londres e outras cidades do Reino Unido. Devido a estes bombardeamentos, em 20 de julho de 1944, mesmo dia em que Hitler sofreria um grave atentado contra sua vida, Churchill consideraria a possibilidade de utilizar gás venenoso em civis alemães, contrariando as regras internacionais da guerra moderna, sendo fortemente desencorajado pelos generais britânicos, abandonando a ideia ao final. Nessa época, ele comandava a Inglaterra de um prédio de escritórios simples, que não fora projetado para seu conforto, passando as manhãs deitado na cama, tomando banho numa casa-de-banho separado de seu quarto, de forma tal que às vezes oficiais ingleses encontravam-no andando pelo prédio seminu e molhado. A má alimentação de Churchill, que passava o dia fumando charutos e bebendo whiskies, apavorava o seu médico.
  
Brasão pessoal de Sir Winston Spencer-Churchill
    

Uma escumalha nazi começou a Queima de Livros há 89 anos...

    
Bücherverbrennung significa, em alemão, literalmente, Queima de Livros. É um termo muitas vezes associado à ação propagandística dos nazis, organizada entre 10 de maio e 21 de junho de 1933, poucos meses depois da chegada ao poder de Adolf Hitler. Em várias cidades alemãs foram organizadas queimas de livros em praças públicas, com a presença da polícia, bombeiros e outras autoridades.
Tudo o que fosse crítico, ou se desviasse dos padrões impostos pelo regime nazi, foi destruído. Centenas de milhares de livros foram queimados no auge de uma campanha iniciada pelo diretório nacional de estudantes (Verbindungen).
Os estudantes, em particular os estudantes membros das Verbindungen, membros das SA e SS participaram nestas queimas. A organização deste evento coube às associações de estudantes alemãs NSDStB e a ASTA, que com grande zelo competiram entre si tentando cada uma provar que era melhor do que a outra. Foram queimados milhares de cerca de 20.000 títulos de livros, a maioria dos quais pertencentes às bibliotecas públicas, de autores oficialmente tidos como "pouco alemães" (undeutsch).
O poeta nazi Hanns Johst foi um dos que justificou a queima, logo depois da ascensão dos nazis ao poder, com a "necessidade de purificação radical da literatura alemã de elementos estranhos que possam alienar a cultura alemã".
     
Autores banidos
Entre os livros queimados pelos nazis contavam-se obras quer de autores falecidos como também contemporâneos, perseguidos pelo regime, muitos deles tendo emigrado. Na lista encontravam-se, entre outros, Thomas Mann, Heinrich Mann, Walter Benjamin, Bertold Brecht, Lion Feuchtwanger, Leonhard Frank, Erich Kästner (que anónimo assistia na multidão), Alfred Kerr, Robert Musil, Carl von Ossietzky, Erich Maria Remarque, Joseph Roth, Nelly Sachs, Ernst Toller, Kurt Tucholsky, Franz Werfel, Sigmund Freud, Albert Einstein, Karl Marx, Heinrich Heine e Ricarda Huch.
    
"Queimem os meus livros!"
Oskar Maria Graf não foi incluído na lista. Para seu espanto, os seus livros não foram banidos como até foram recomendados pelos nazis. Em resposta, ele publicou um artigo intitulado "Verbrennt mich! (Queimem-me!) no jornal de Viena "Arbeiter-Zeitung" (Jornal dos Trabalhadores). Em 1934 o seu desejo foi tornado realidade e os seus livros foram também banidos pelos nazis.
     
Repercussão
A opinião pública e a intelectualidade alemãs ofereceram pouca resistência à queima. Editoras e distribuidoras reagiram com oportunismo, enquanto a burguesia nada fez, passando a responsabilidade para os universitários. Também os outros países acompanharam a destruição de forma distanciada, chegando a minimizar a queima como resultado do "fanatismo estudantil".
Entre os poucos escritores que reconheceram o perigo e tomaram uma posição estava Thomas Mann, que havia recebido o Nobel de Literatura em 1929. Em 1933, ele emigrou para a Suíça e, em 1939, para os Estados Unidos. Quando a Faculdade de Filosofia da Universidade de Bona lhe retirou o título de Doutor Honoris Causa, ele escreveu ao reitor: "Nestes quatro anos de exílio involuntário, nunca parei de meditar sobre minha situação. Se tivesse ficado ou retornado à Alemanha, talvez já estivesse morto. Jamais sonhei que no fim da minha vida seria um emigrante, despojado da nacionalidade, vivendo desta maneira!"
Também Ricarda Huch se retirou da Academia Prussiana de Artes. Na carta ao seu presidente, em 9 de abril de 1933, a escritora criticou os ditames culturais do regime nazi: "A centralização, a opressão, os métodos brutais, a difamação dos que pensam diferente, os auto-elogios, tudo isso não combina com meu modo de pensar", justificou. Em 1934, a "lista negra" incluía mais de três mil obras proibidas pelos nazis.
Como disse o poeta Heinrich Heine: "Onde se queimam livros, acaba por se queimar pessoas."
     
Memorial sobre a queima de livros, no chão de Praça de Römerberg, à frente da Câmara de Frankfurt
     
Outros
Em Munique foi usada a Königsplatz, no dia 10 de maio de 1933 e, em Berlim, a Opernplatz. A Deutsche Freiheitsbibliothek (Biblioteca Alemã da Liberdade), inaugurada em Paris um ano depois da queima de livros, reuniu obras de autores banidos (mais de onze mil volumes), por Heinrich Mann.
   
    

Do Sacrifício de Isaac



Queimarás o monte, o filho, a lenha
A morte, as areias, a viagem
O deserto, a túnica, as estrelas

Nunca será bastante o incêndio

  
   

in Dos Líquidos (2000) - Daniel Faria

Música adequada à data...

Fausto Fawcett - 65 anos

    
Fausto Fawcett, nome artístico de Fausto Borel Cardoso (Rio de Janeiro, 10 de maio de 1957), é um cantor-compositor, guitarrista rítmico, letrista, romancista, contista, dramaturgo, jornalista, ator e roteirista brasileiro, famoso por suas frequentes colaborações com o também músico Laufer e por ser um grande expoente do rap rock e da literatura cyberpunk no Brasil. Suas composições mais famosas são o sucesso de 1987 "Kátia Flávia, a Godiva do Irajá"; "Rio 40 Graus", gravada por Fernanda Abreu em 1992; e "Balada do Amor Inabalável", gravada pelo Skank em 2000
  

 


Max Steiner nasceu há 134 anos

   
Maximilian Raoul Steiner (Vienna, Austria-Hungary, May 10, 1888 – Hollywood, California, December 28, 1971) was an Austrian-born American music composer for theatre and films. He was a child prodigy who conducted his first operetta when he was twelve and became a full-time professional, either composing, arranging, or conducting, when he was fifteen.
Steiner worked in England, then Broadway, and in 1929 he moved to Hollywood, where he became one of the first composers to write music scores for films. He was referred to as "the father of film music". Steiner played a major part in creating the tradition of writing music for films, along with composers Dimitri Tiomkin, Franz Waxman, Erich Wolfgang Korngold, Alfred Newman, Bernard Herrmann, and Miklós Rózsa.
Steiner composed over 300 film scores with RKO Pictures and Warner Bros. and was nominated for 24 Academy Awards, winning three: The Informer (1935); Now, Voyager (1942); and Since You Went Away (1944). Besides his Oscar-winning scores, some of Steiner's popular works include King Kong (1933), Little Women (1933), Jezebel (1938), Casablanca (1942), The Searchers (1956), A Summer Place (1959), and Gone with the Wind (1939), the film score for which he is best known.
He was also the first recipient of the Golden Globe Award for Best Original Score, which he won for his score for Life with Father. Steiner was a frequent collaborator with some of the most famous film directors in history, including Michael Curtiz, John Ford, and William Wyler, and scored many of the films with Errol Flynn, Bette Davis, Humphrey Bogart, and Fred Astaire. Many of his film scores are available as separate soundtrack recordings.
   

  


Fred Astaire nasceu há 123 anos

   
Fred Astaire, nome artístico de Frederick Austerlitz (Omaha, 10 de maio de 1899 - Los Angeles, 22 de junho de 1987) foi um ator, cantor e dançarino dos Estados Unidos de origem judaica. Era filho de Frederic e Ann Austerlitz, ele austríaco (chegou aos Estados Unidos em 1892) e ela descendente de alemães, nascida nos Estados Unidos.
   

 


João Villaret nasceu há 109 anos

(imagem daqui)
     
João Henrique Pereira Villaret (Lisboa, 10 de maio de 1913 - Lisboa, 21 de janeiro de 1961) foi um ator, encenador e declamador português.
  
Teatro
Depois de frequentar o Conservatório Nacional de Teatro, começou por integrar o elenco da companhia de teatro lisboeta Amélia Rey Colaço-Robles Monteiro.
Mais tarde, fez parte da companhia teatral Os Comediantes de Lisboa, fundada em 1944 por António Lopes Ribeiro e o seu irmão Francisco, mais conhecido por Ribeirinho.
Teve uma interpretação considerada antológica na peça Esta Noite Choveu Prata, de Pedro Bloch, em 1954, no extinto Teatro Avenida, em Lisboa.
  
Cinema
No cinema, Villaret surge em:
   
Declamador

Nos anos 1950, com o aparecimento da televisão, transpõe para este meio de comunicação a experiência que adquirira no palco e em cinema, assim como em programas radiofónicos. Aos domingos declamava na RTP, com graça e paixão, poemas dos maiores autores nacionais. Encontram-se no mercado edições, em CD, do trabalho de Villaret como declamador.
  
Música
Na música é de destacar, pela sua originalidade:
Fado falado, de Aníbal Nazaré e Nelson de Barros (1947), na revista Tá Bem ou Não 'Tá?, onde se pode ouvir: «Se o fado se canta e chora, também se pode falar».
   
Homenagens
A 2 de abril de 1960 foi feito Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada. Em Loures há uma Escola EB2.3 com o nome de João Villaret.
   

 


Joaquim Agostinho morreu há 38 anos

(imagem daqui)
       
Joaquim Agostinho (Torres Vedras, 7 de abril de 1943 - Lisboa, 10 de maio de 1984) foi um ciclista português. Morreu, depois de dez dias em coma, em consequência de uma queda sofrida numa etapa da X Volta ao Algarve.
     
(imagem daqui)
    
Joaquim Agostinho começou a praticar ciclismo no Sporting Clube de Portugal, equipa que o descobriu ao treinar perto de Casalinhos de Alfaiata em Torres Vedras, começando a praticar já com 25 anos de idade, mas ainda conseguiu evoluir de tal forma que é usualmente referido como o melhor ciclista português de todos os tempos.
A sua carreira internacional começou em 1968, depois de ter sido observado pelo director desportivo francês Jean de Gribaldy, obtendo resultados de destaque na Volta a Espanha, vários dias de amarelo e um segundo lugar final, distando apenas 11 segundos da vitória, e na Volta a França onde terminou duas vezes no pódio e venceu a mítica etapa do Alpe d'Huez.
A 30 de abril de 1984, quando liderava a X Volta ao Algarve, na 5ª. etapa. A 300 metros da meta, um cão atravessou-se no seu caminho, o que o fez cair, provocando-lhe uma fractura craniana - algum tempo depois afirmou-se que as consequências deste acidente poderiam ser menores se Joaquim levasse capacete. Levantou-se, voltou a montar na bicicleta e terminou a etapa com a ajuda de dois colegas. As dores persistentes na cabeça levaram-no a ingressar no hospital de Loulé, onde o seu estado de saúde agravou-se drasticamente. Foi evacuado de emergência, de helicóptero, para o hospital da CUF, em Lisboa. Após 10 intervenções cirúrgicas e de permanecer 10 dias em coma, faleceu a 10 de maio, poucos minutos antes das 11.00 horas. Foi enterrado na sua terra natal. 
    
Monumentos e homenagens
  • Em Torres Vedras, no topo do Parque Verde da Várzea foi edificado um monumento em homenagem a Joaquim Agostinho.
  • No jardim da Silveira também foi construído um monumento em homenagem ao atleta e foi inaugurado a 14 de maio de 1989.
  • Também em Silveira, foi dado o nome de Avenida Joaquim Agostinho à avenida onde se localizam a Junta de Freguesia bem como o cemitério onde o ciclista está sepultado.
  • À avenida principal de acesso ao centro da Praia de Santa Cruz, com início na rotunda do Parque de Campismo, foi dado o nome de Avenida Joaquim Agostinho.
  • Em França, na 14.ª curva do Alpe d'Huez. O busto é em bronze e em alto-relevo, tendo 1,70 m de altura, 70 cm de largura, e pesando 70 kg. Está apoiado num pedestal com três metros de altura, de granito verde. A estátua é comemorativa da sua vitória na mítica etapa com chegada ao Alpe d'Huez, em 1979, ano em que terminou o Tour em terceiro lugar pela segunda vez. Nunca outro ciclista português venceu esta etapa.
  • Em Lisboa, tem uma rua com o seu nome, na zona do Lumiar.
    
Carreira e vitórias
Descoberto por Jean de Gribaldy, Joaquim Agostinho competiu como profissional entre 1968 e 1984, passando pelas seguintes equipas:
  • Sporting: 1968-1973, 1975 e 1984
  • Frimatic - de Gribaldy: 1969-1970
  • Hoover: 1971
  • Magniflex - de Gribaldy: 1972
  • Bic: 1973, 1974
  • Teka: 1976, 1977
  • Flandria: 1978, 1979
  • Puch-Sem-Campagnolo: 1980
  • Sem-France Loire: 1981, 1983
  • Sporting Lisboa-Raposeira: 1984
     
Etapas míticas
  • Alpe d'Huez (Tour) - 1979
  • Cangas de Oniz (Vuelta); San Sebastián (Contra-relógio individual) (Vuelta) - 1974
  • Torre (Volta a Portugal) - 1971, 1973
  • Penhas da Saúde (Volta a Portugal) - 1970, 1971
  • Solothurn Balmberg (Volta à Suíça) - 1972
  • Puerto del Léon (Vuelta) - 1972
  • Côte de Laffrey (Tour) - 1971
  • First plan (Tour) - 1969
  • Grammont (Tour) - 1971
  • Manse (Tour) - 1972
  • Lautaret (Tour) - 1972
  • Hundruck (Tour) - 1972
  • Oderen (Tour) - 1972
  • Lalouvesc (Tour) - 1977
  • Croix de Chabouret (Tour) - 1977
   
Volta a Portugal
  • 1968 (2º lugar)
  • 1969 (7º lugar) (vencedor de 1 etapa)
  • 1970 (1º lugar) (vencedor de 4 etapas)
  • 1971 (1º lugar) (vencedor de 8 etapas)
  • 1972 (1º lugar) (vencedor de 5 etapas)
     
Volta a França
  • 1969 (8º lugar) (vencedor de 2 etapas)
  • 1970 (14º lugar)
  • 1971 (5º lugar)
  • 1972 (8º lugar)
  • 1973 (8º lugar) (vencedor de 1 etapa)
  • 1974 (6º lugar)
  • 1975 (15º lugar)
  • 1977 (13º lugar)
  • 1978 (3º lugar)
  • 1979 (3º lugar) (vencedor de 1 etapa)
  • 1980 (5º lugar)
  • 1983 (11º lugar)
    
Volta a Espanha
  • 1973 (6º lugar)
  • 1974 (2º lugar) (vencedor de 2 etapas)
  • 1976 (7º lugar) (vencedor de 1 etapa)
  • 1977 (15º lugar)
    
Campeonato do Mundo de Estrada
  • 1968 - 16º lugar
  • 1969 - 15º lugar
  • 1972 - 42º lugar
  • 1973 - 20º lugar
    
Campeonato Nacional Estrada
  • 6 Campeonatos Nacionais de Estrada (1968 - 1973)
  • 1 Campeonato Nacional de Perseguição Individual (1971)
  • 2 Campeonatos Nacionais de contra-relógio por equipas (1968 - 1969)
     

Artur Paredes nasceu há 123 anos

(imagem daqui)
    
Artur Paredes (Coimbra, 10 de maio de 1899 - Lisboa, 20 de dezembro de 1980) foi um compositor e intérprete de guitarra portuguesa. É por muitos considerado o criador de uma sonoridade própria para a guitarra de Coimbra, distinguindo-a assim da guitarra de Lisboa. Ele nasceu numa família de músicos, o seu pai era o também guitarrista Gonçalo Paredes, que também era um compositor. O seu filho foi Carlos Paredes, nascido em 1925, que também se tornou guitarrista. Artur Paredes revolucionou a afinação e o estilo de acompanhamento para o Fado de Coimbra, acrescentando o seu nome aos músicos mais progressistas e inovadores.
  

  

Carl Douglas faz hoje oitenta anos

(imagem daqui)
  
Carlton George Douglas (Kingston, 10 May 1942), also known by his stage name Carl Douglas, is a Jamaican recording artist who rose to prominence with his single "Kung Fu Fighting".
  

 


Bono Vox - 62 anos

   
Paul David Hewson (Dublin, 10 de maio de 1960), mais conhecido por seu nome artístico Bono é um cantor e músico irlandês vocalista principal da banda de rock irlandesa U2. Bono nasceu e cresceu em Dublin, na Irlanda, onde conheceu a sua esposa, Alison Stewart, e os membros dos U2. Bono escreve todas as letras da banda, muitas vezes usando temas sociais, religiosos e políticos. Durante os seus primeiros anos, as letras de Bono contribuíram para o tom espiritual e rebeldia dos U2. Conforme a banda amadureceu, as suas letras tornaram-se mais inspiradas por experiências pessoais, compartilhadas com os restantes membros da banda.
Fora da banda, colaborou e gravou com vários artistas, faz parte da direção da Elevation Partners, e possui um hotel, o The Clarence Hotel, em Dublin, em conjunto com The Edge. Bono também é amplamente conhecido pelo seu ativismo relativos a África, para o qual co-fundou DATA, EDUN, a ONE Campaign e Product Red. Organizou e tocou em vários shows beneficentes e se reuniu com políticos influentes. Bono tem sido elogiado e criticado por seu ativismo e envolvimento com o U2. Foi nomeado para o prémio Nobel da Paz, foi concedido um honorário cavaleiro pela rainha Rainha Elizabeth II, e foi nomeado como "Personalidade do Ano" pela revista Time, conquistando muitos outros prémios e nomeações.
  
in Wikipédia

 


Sid Vicious nasceu há 65 anos...

   
Sid Vicious (nome artístico de John Simon Ritchie-Beverly, Londres, 10 de maio de 1957 - Nova Iorque, 2 de fevereiro de 1979) foi um músico inglês, conhecido por tratar-se de um ícone da cultura punk, baixista da banda Sex Pistols.
Sid Vicious, antes de entrar para a banda Sex Pistols, era o baterista dos Siouxsie & The Banshees. Também foi o vocalista da banda The Flowers of Romance.
    
Infância
Sid Vicious nasceu a 10 de maio de 1957, em Londres. Batizado como John Simon Ritchie, era filho de um ex-guarda, John Ritchie, e de Anne Randall, uma hippie, o que o deixava à vontade. Alguns consideravam-no um pouco problemático desde pequeno, sentia falta de atenção e fazia de tudo para que todos olhassem para ele. A família morava em Lee Green e o seu pai abandonou Anne logo após o seu nascimento.
Com 3 anos, John foi com a mãe para Ibiza (ilha espanhola) com a ajuda financeira do pai. Anne vendia drogas para sobreviver e, após perder o apoio financeiro do "ex", foi obrigada a voltar para a Inglaterra com John.
Após o regresso de Ibiza, John e a mãe não tiveram uma residência fixa e a mãe acabou casando com Christover Beverly, que morreu 6 meses depois, antes mesmo de adotar a criança. Em 1971 (ou 1974 - varia conforme a fonte) John mudou-se para Hackney (com ou sem a mãe, também varia de acordo com a fonte). Segundo o que se conta, o garoto foi estudar fotografia e arte e nessa época já tinha tido empregos temporários e já tinha vendido LSD em concertos, para ajudar a mãe.
     
O encontro com Johnny Rotten
Em Hackney (bairro no nordeste de Londres), John conheceu John Joseph Lydon (que mais tarde se tornou Johnny Rotten), John Wardle e John Gray, formando "o bando de Johns". Nessa época, ficou bastante amigo de John Lydon e já eram considerados estranhos, pois ele pintava os cabelos, influenciado por David Bowie.
Antes de ser Sid Vicious, John eram chamado de Sly e acabou trocando seu apelido após levar uma mordida do roedor de John Lyndon, Sydney, e chamá-lo de perverso (vicious significa perverso em inglês - daí surgiu o nome Sid Vicious).
Sid e John andavam sempre estranhos e Sid inspirava-se muito em David Bowie. John não aguentava mais o fanatismo religioso da família e fugiu de casa, levando Sid com ele.
Abandonando a escola, Sid e o amigo passaram por diversos "squats" (prédios abandonados que são invadidos por jovens, e que passaram a ficar conhecidos por se tornarem centros culturais e de encontros promovidos por punks) e acabaram ficando no apartamento de Linda Ashby, uma prostituta lésbica amiga deles.
   
Formação dos Sex Pistols
Nessa época, Sid vivia sem emprego fixo e a suas ideias anarquistas começavam a surgir. A vida era difícil e, noutro canto da cidade, Malcom McLaren teve a brilhante ideia de criar uma banda (os Sex Pistols) para divulgar sua loja, a Sex, onde vendia roupas para interessados no rock e acessórios considerados "estranhos", que atraiam jovens como Sid e John.
Um dia, Sid e John chamaram a atenção de McLaren na Sex, pelo seu cabelo vermelho e estilo estranho. Os Sex Pistols precisava de um vocalista e Malcon convenceu Lydon a tentar preencher o cargo.
Foi cantando com uma jukebox a música "I'm Eighteen", de Alice Cooper que Lydon se tornou oficialmente vocalista da banda punk e Sid, que acompanhava de perto, se apaixonou de vez pelo estilo.
Sid substituiu David Bowie pelo estilo punk, que cada vez mais crescia, e, no primeiro festival punk, o 100 Club, em Oxford Street, apareceu como baterista da banda Siouxsie & The Banshees. O festival contava com outras bandas, tais como: Subway Seet, The Clash e os próprios Sex Pistols. Mesmo nunca tendo tocado bateria, Sid impressionou com a sua performance, que durou pouco, pois a banda foi criada apenas para o evento. Após a bateria, Sid arriscou-se e passou a vocalista da banda The Flowers of Romance, que também durou pouco.
Os Sex Pistols cresceram mas havia constantes disputas entre Johnny Rotten (Lydon já havia adquirido o novo nome nessa época) e o baixista Glen Matlock - que segundo o que dizem, era o único da banda que realmente sabia tocar.
    
Sex Pistols
Sem Matlock, Malcom foi atrás de Vicious para assumir a vaga de baixista. Sid não sabia tocar mas compensava com o seu estilo e aparência, o mais importante da banda. Em março de 1977, Sid entra para os Pistols e recusa a ajuda de Matlock para aprender a tocar baixo.
Como Sid não sabia tocar baixo, Jones (o guitarrista da banda) teve que ajuda-lo em todas as músicas do álbum da banda, com exceção de "Anarchy in the UK" que o Glen Matlock (baixista original da banda) gravou.
Mesmo que não tivesse nenhum senso sobre como tocar, Sid era uma imagem publicitária enorme para os Pistols e eles fecham um contrato com a A&M Records. Como a festa de comemoração do novo contrato acabou em muita disputa e pancadaria (bem ao estilo deles), pelo que a A&M cancelou tudo e eles ficaram novamente sem gravadora.
Com os problemas causados pelas letras polémicas e desrespeito pelas regras impostas pelo país e pela Rainha da Inglaterra (eles foram proibidos de tocar em território inglês, pelo que fizeram um show num barco, sob as águas da Inglaterra) e foram parar à cadeia. Eles começaram a ser obrigados a tocar escondidos e a palavra "bollocks" no encarte de seu disco (Never Mind the Bollocks, Here's the Sex Pistols) fez com que ele fosse retirado das lojas.
Para a felicidade de McLaren, os Sex Pistols deixavam notícias por onde passavam. Porém, além de alguns problemas envolvendo Sid e Nancy, as disputas entre os integrantes fez com que a banda finalmente acabasse, em 1978, em São Francisco após a turnê americana.
Os outros integrantes dos Pistols nunca gostaram de Sid, pois achavam-no um idiota.
    
Sid e Nancy
Em novembro de 1977, Sid conheceu Nancy Spungen, por quem se apaixonou. Nancy era uma drogada que tentara a vida como prostituta em Nova York e que acabou apelidada de groupie, por se aproximar de vários astros do rock. Ninguém gostava dela, então ela arriscou a sua sorte em Inglaterra e foi parar ao apartamento da sua amiga Linda, o mesmo de Sid e Johnny, na época em que Sid entrou para os Sex Pistols.
Nancy já era viciada em heroína, enquanto Sid ainda era virgem. Começaram a namorar, e Sid pediu a Nancy que lhe desse heroína, afirmando que já sabia usar. Passou o dia inteiro a vomitar.
Nancy dividia um colchão com Sid no apartamento. Ela relata que lhe tirou a virgindade e o encantou.
Sid uniu-se a ela e aos seus amigos e se viciaram juntos na heroína (ele já tinha a filosofia de vida de viver intensamente e morrer jovem). Ele usava liamba e anfetaminas apenas para se divertir.
Os amigos de Sid tentaram ajudá-lo a sair da situação. Eles achavam que afastá-lo de Nancy seria a solução. Malcon, sem sucesso, tentou sequestrá-la, mas apenas conseguiu mantê-la fora da turnê americana. De qualquer forma, Sid bebia e falava de Nancy o tempo todo durante a turnê, o que comprova que a sua vontade era estar com Nancy.
Após o fim da banda, Sid foi morar com Nancy em Nova York, no hotel Chelsea. Spungen tornou-se a sua manager em 1978. Chegou um momento em que Sid estava convencido de que ele era a alma da banda e que poderia muito bem seguir numa carreira a solo. Até fez uma versão da música My Way (de Paul Anka), mas não foi muito longe. A carreira a solo de Sid fracassou completamente e todo o dinheiro que conseguia era destinado ao vício em heroína.
   
A morte de Nancy
Vicious e a namorada tinham constantes disputas e, em 12 ou 13 de outubro, varia conforme a fonte, ele encontrou a sua namorada morta na casa de banho, com uma facada no abdómen, no quarto nº100 onde moravam. Uma das histórias, diz que Sid estava drogado e a matou. Outra versão, envolve dinheiro desaparecido durante o assassinato e conta que Nancy foi assassinada por um traficante que vivia no apartamento. A terceira versão da história diz que Nancy, drogada, se matou. Ela não esperava nada da vida e eles tinham feito um pacto de suicídio.
Sid foi preso acusado de assassiná-la e, arrasado, tentou se matar várias vezes na cadeia. Enquanto esteve lá, Sid escreveu poesias e músicas para Nancy.
Juntando 30 mil dólares, a gravadora pagou a fiança e Sid foi libertado. Dizem que ele era um bom compositor e que as letras escritas na prisão nunca foram gravadas.
    
A recuperação de Sid e a sua morte
Após ser libertado, Sid começa a namorar Michelle Robinson e, mesmo estando com ela, ele envolveu-se com a namorada do irmão de Patti Smith, Todd Smith. A história acaba com uma luta e Sid agridiu Todd com uma garrafa de cerveja no rosto. Sid regressa à cadeia e mais uma vez sob fiança, sai de lá após 55 dias, com liberdade condicional.
Todos acreditavam na desintoxicação de Sid mas, após uma festa de homenagem pela sua libertação, na casa da sua mãe, ele fechou-se na casa de banho e injetou uma grande dose de heroína. Foi achado morto, deitado de costas na cama do apartamento de Michelle Robinson, na manhã de 2 de fevereiro de 1979, aos 21 anos, de overdose de heroína. Acredita-se que Sid havia roubado a droga à própria mãe (que tinha ido para a prisão por posse de drogas). Uma das últimas pessoas que estiveram com ele naquela noite foi Jerry Only o baixista do Misfits.
Após a morte, a sua mãe encontrou na sua jaqueta uma carta de suicida, que dizia:
Cquote1.svg
We had a death pact, and I have to keep my half of the bargain. Please bury me next to my baby in my leather jacket, jeans and motorcycle boots. Goodbye.
(Nós fizemos um pacto de morte, e eu tenho que manter a minha parte do acordo. Por favor, enterrem-me ao pé do meu amor com a minha jaqueta, jeans e botas de motard. Adeus.)
Cquote2.svg
- Sid Vicious
Pelo facto de Nancy ser judia e ter sido enterrada num cemitério israelita, Vicious não foi autorizado a ser enterrado próximo de Nancy. Ele foi cremado e conta-se que a sua mãe perdeu parte das suas cinzas no aeroporto de Heathrow e depositou o resto no túmulo de Nancy, contrariando as autoridades judaicas.
O seu romance com Nancy tornou-se a versão de Romeu e Julieta no mundo punk.
   

 


segunda-feira, maio 09, 2022

Billy Joel - 73 anos

   
Billy Joel, nascido William Joseph Martin Joel (Bronx, 9 de maio de 1949) é um cantor, compositor e pianista norte-americano.
Em 1973 lançou a sua primeira música de sucesso, "Piano Man".
De acordo com o RIAA, Joel é o sexto artista que mais vendeu nos Estados Unidos, com 78,5 milhões de discos.
Joel tem 10 músicas de sucesso entre os anos 70, 80, e 90; ganhou o Grammy 6 vezes e teve 23 nomeações e já vendeu mais de 150 milhões de álbuns pelo mundo fora. Foi incluído no Songwriters Hall of Fame em 1992, no Rock and Roll Hall of Fame, e no Long Island Music Hall of Fame. Parou de gravar música pop em 1993 mas continuou com turnês (algumas vezes com Elton John). Em 2001 lançou Fantasies & Delusions, um CD com composições clássicas para piano. Em 2007 voltou a gravar um single intitulado "All My Life", seguido de uma extensa turnê (2006-2009) indo a muitas das maiores cidades do mundo.
A coletânea "Greatest Hits Volume I & Volume II" é o disco duplo mais vendido de todos os tempos, segundo lista da RIAA.
O disco de maior sucesso do cantor foi "The Stranger", de 1977.
Em março de 2009, Joel voltou aos palcos com a popular turnê Face to Face com o amigo Elton John. Os dois artistas apresentarem-se juntos pela primeira vez em 1994, mas não tinham voltado com uma turnê desde maio de 2003. A turnê terminou em março de 2010 e atualmente não há novas datas, embora Joel, que firmou o desejo de descansar em 2010, ter dito à revista Rolling Stone: "Nós provavelmente vamos voltar. É sempre divertido tocar com ele."
     
   

 


Just Can't Get Enough...!

Baptista-Bastos morreu há cinco anos...

Armando Baptista-Bastos (Lisboa, 27 de fevereiro de 1933 – Lisboa, 9 de maio de 2017) foi um jornalista e escritor português. jornalista e escritor português.
 
Biografia
Nascido no Bairro da Ajuda, ficou órfão de mãe precocemente, aos seis anos de idade. A profissão do pai, tipógrafo - viria a ser chefe de tipografia em O Século - despertará em Baptista-Bastos um interesse pela imprensa e, reflexamente, pela literatura, que o acompanhará pela vida fora. Contudo, na infância, Baptista-Bastos aspirava tornar-se arquiteto, tendo frequentado com esse intuito a Escola de Artes Decorativas António Arroio, em Lisboa. Também estudou francês no Liceu Francês Charles Lepierre.
Aos 14 anos publicou os seus primeiros contos na secção infantil do Diário Popular. Aos 19 entrou como estagiário para a redação d' O Século, instituição conhecida à época no meio da imprensa por «universidade» do jornalismo. O chefe de redacção, Acúrsio Pereira foi decisivo nos primeiros anos de Baptista-Bastos como jornalista, fazendo-o trabalhar em rotatividade em todas as secções do jornal. Em 1953 tornou-se subchefe de redação da revista O Século Ilustrado, assinando uma coluna de crítica, comentário de cinema, e iniciando, assim, um estilo jornalístico próprio, inovador, mas frequentemente tido como controverso e polémico.
Baptista-Bastos participou na Revolta da Sé em 1959, e embora não tenha sido sequer julgado, foi despedido d'O Século em abril de 1960, dada a inconveniência para o jornal em manter um opositor declarado do regime salazarista na sua redação. Desempregado e sob o controlo da polícia política, chegou a pensar exilar-se em Paris, mas conseguiu subsistir, na clandestinidade. Sob o pseudónimo de Manuel Trindade, redigiu notícias para a RTP e colaborou em diversos documentários da estação pública, realizados por Fernando Lopes (Cidade das Sete Colinas, Os Namorados de Lisboa, Este século em que vivemos) e Baptista Rosa (O Forcado, a que ficaria associada a imagem de Augusto Cabrita e a música Scketchs of Spain, de Miles Davies).
Em fevereiro de 1962, Baptista-Bastos vai com Fernando Lopes durante um mês para a Ericeira, para fazer a adaptação do romance Domingo à tarde, de Fernando Namora. Foi lá que escreveu a primeira versão do seu primeiro livro de ficção, O Secreto Adeus, uma crítica ao jornalismo que existia na altura. A associação a Fernando Lopes levaria ainda Baptista-Bastos a colaborar com o realizador no primeiro filme da autoria deste, Belarmino, obra-chave do Cinema Novo Português, como autor da entrevista a Belarmino Fragoso.
Proibido de colaborar na RTP por ordem direta do diretor do Secretariado Nacional de Informação, César Moreira Baptista, ficou mais uma vez no desemprego, passando sazonalmente pela redação da Agence France Press, em Lisboa. Pouco tempo depois, entrou para o jornal República. No entanto, resolveu aceitar o convite de Raúl Solnado, que então procurava lançar-se como ator no Brasil, e que tinha sido contratado pela TV Rio, e acompanhá-lo na qualidade de seu secretário. Por coincidência, quando o jornalista chegou ao Brasil deu-se o golpe militar contra o presidente Goulart, fazendo Batista-Bastos a cobertura dos acontecimentos subsequentes, redigindo notícias para o jornal República, que nunca chegarão a ser publicadas, por impedimento da censura.
Volvidos oito meses, de regresso a Portugal, Baptista-Bastos regressa ao República, mas não por muito tempo, pois é convidado para integrar o Diário Popular. Neste matutino irá permanecer por cerca de duas décadas, mais precisamente, 23 anos, desde 1965 até 1988, ficando para sempre associado a este jornal, onde assinou centenas de peças, entre reportagens, entrevistas e crónicas. Foi também aí que teve oportunidade de viajar e escrever sobre Portugal e muitos outros países europeus, americanos, africanos, e contactar e entrevistar inúmeras personalidades, da política, à cultura e ao desporto, mas sem deixar de revelar a opinião e o sentimento do povo anónimo.
Fez ainda parte das redações do Europeu, de João Soares Louro, e de O Diário, bem como das revistas Almanaque, Gazeta Musical e Todas as Artes, Época e Sábado.
Como cronista, teve igualmente uma extensa colaboração; com o Jornal de Notícias, A Bola, Diário de Notícias, Jornal de Negócios e a revista Tempo Livre, editada pelo INATEL. Também na rádio leu as suas crónicas na Antena 1 e na Rádio Comercial.
Foi um dos fundadores do semanário O Ponto, periódico onde registou uma série de entrevistas semanais, entre outros textos e reportagens, posteriormente editadas no livro O Homem em Ponto.
Apresentou na televisão o programa de entrevistas Conversas Secretas, emitido na SIC. A convite do jornal Público, realizou também uma série de 16 célebres entrevistas, com o título «Onde é que você estava no 25 de Abril?», posteriormente editadas em CD-ROM, uma pergunta que se tornou icónica da imagem de Baptista-Bastos e recorrente em entrevistas de caráter biográfico, por outros jornalistas.
Faleceu a 9 de maio de 2017, aos 84 anos de idade, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde se encontrava internado há várias semanas.

Obras
  • O Cinema na Polémica do Tempo (ensaio, 1959)
  • O Filme e o Realismo (ensaio, 1962)
  • O Secreto Adeus (romance 1963)
  • O Passo da Serpente (romance, 1965)
  • A Palavras dos Outros (crónicas e reportagens, 1969)
  • Cidade Diária (crónicas, 1972)
  • Cão Velho entre Flores (romance, 1974)
  • Capitão de Médio Curso (crónicas, 1979)
  • Viagem de um Pai e de Um Filho pelas Ruas da Amargura (romance, 1981)
  • Elegia para um Caixão Vazio (romance, 1984)
  • O Homem em Ponto (entrevistas, 1984)
  • A Colina de Cristal (romance, 1987)
  • Um Homem Parado no Inverno (romance, 1991)
  • O Nome das Ruas (crónicas, com António Borges Coelho, 1993)
  • O Cavalo a Tinta da China (romance, 1995)
  • Fado Falado (reportagem, 1999)
  • Lisboa Contada pelos Dedos (crónicas, 2001)
  • No Interior da Tua Ausência (romance, 2002)
  • As Bicicletas em Setembro (romance, 2007)
  • A Bolsa da Avó Palhaça (romance, 2007)
  • A Cara da Gente (crónicas, 2008)
  • Tempo de Combate (crónicas, 2014)
  •  
 Prémios
  • Prémio Literário Município de Lisboa (Prémio de Prosa de Ficção), 1987 - A Colina de Cristal
  • Prémio P.E.N. Clube Português de Ficção, 1987 - A Colina de Cristal
  • Prémio da Crítica do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários (ex-aequo), 2002 - No interior da tua ausência
  • Prémio de Crónica João Carreira Bom - 2006
  • Prémio Clube Literário do Porto - 2006