quinta-feira, janeiro 16, 2020

Jan Palach imolou-se pelo fogo há 51 anos

  
Jan Palach (11 de agosto de 1948 - 16 de janeiro de 1969) foi um estudante checo que cometeu suicídio através de auto-imolação como forma de protesto político.
  
Morte
A invasão da Checoslováquia, liderada pela União Soviética em agosto de 1968, tinha a pretensão de esmagar as reformas liberais do governo de Alexander Dubček na Primavera de Praga. Jan Palach morreu após se imolar pelo fogo, na avenida Wenceslas, na cidade de Praga, no dia 16 de janeiro de 1969. Ele tinha 20 anos de idade.
O funeral de Jan Palach transformou-se em um grande protesto contra a ocupação, e um mês depois (a 25 de fevereiro de 1969) um outro estudante, Jan Zajíc, também se imolou pelo fogo e ardeu até à morte no mesmo local, seguido ainda por Evžen Plocek, em abril do mesmo ano, na cidade de Jihlava.
  
Lápide de Jan Palach
  
Reconhecimento póstumo
Jan Palach foi inicialmente enterrado no cemitério Olšany. À medida que a sua lápide foi-se tornando um local de veneração, a StB (a polícia secreta do país) foi incumbida de destruir qualquer memória do legado de Jan Palach, e exumou os seus restos mortais, na noite de 25 de outubro de 1973. O seu corpo foi cremado e enviado à sua mãe na cidade de Všetaty, terra natal do estudante, enquanto uma mulher desconhecida foi posta no local. Não foi permitido à mãe de Jan Palach depositar a urna com as cinzas no cemitério local até 1974. Em 25 de outubro de 1990, a urna foi recolocada oficialmente no seu local de origem, na cidade de Praga.
A chamada "Semana Palach" ocorreu no vigésimo aniversário de morte de Jan Palach. Foi uma série de manifestações anti-comunistas em Praga, entre 15 e 21 de janeiro de 1989, todas suprimidas pela polícia, que precederam a queda do comunismo na então Checoslováquia, 11 meses depois.
Após a Revolução de Veludo, Jan Palach (em conjunto com Jan Zajíc) foi homenageado com uma cruz de bronze cravada no ponto onde ele caiu, do lado de fora do Museu Nacional, bem como com uma praça com o seu nome. O astrónomo checo Luboš Kohoutek, que veio a deixar o país no ano seguinte, nomeou um asteróide, que havia sido descoberto a 22 de agosto de 1969, como 1834 Palach. Existem vários outros memoriais a Jan Palach em cidades pela Europa, incluindo um pequeno memorial dentro dos túneis em Jungfraujoch, na Suíça.
Muitos incidentes posteriores de auto-imolação podem ter sido influenciados pelo exemplo de Jan Palach e a popularidade que o evento alcançou nos media. Na primavera de 2003, um total de seis jovens checos atearam fogo em si próprios e arderam até à morte, nomeadamente o estudante do ensino secundário Zdeněk Adamec, que se matou a 6 de março de 2003, quase no mesmo local de Jan Palach, em frente ao Museu Nacional, deixando uma nota de suicídio com referências explícitas a Jan Palach e aos outros que cometeram suicídio em 1969. As razões para a série de suicídios, entretanto, não é clara.
A apenas uma caminhada de distância do local onde Jan Palach cometeu suicídio, um monumento na cidade velha de Praga presta homenagem ao pensador religioso Jan Hus, que foi queimado na fogueira pelas suas ideias, em 1415. Ele próprio foi celebrado como herói nacional por muitos séculos, sendo automaticamente ligado ao caso de Jan Palach. A banda de rock britânica Kasabian dedicou a música Club Foot a Jan Palach.
    
Placa memorial para Jan Palach e Jan Zajíc, em frente ao Museu Nacional
  

Paul Webb - 58 anos

Os Talk Talk, em 1988, com Paul Webb ao centro
    
Paul Douglas Webb ( Essex, Inglaterra, 16 de janeiro de 1962) é um músico britânico. Foi o baixista da banda Talk Talk, entre 1981 e 1988.
Webb foi colega, no ensino secundário, de Lee Harris e os dois tornaram-se grandes amigos. Eles tocaram juntos na banda de reggae Eskalator, antes de serem selecionados para a banda Talk Talk, em 1981. Webb tocou baixo nos Talk Talk até 1988.
No início dos anos 90 ele e Harris formaram os .O.rang. No início do decénio de 2000 ele adotou o nome de "Rustin Man" e colaborou com Beth Gibbons no álbum Out of Season (2002).
Mais recentemente, em 2006, ele produziu o álbum The Year of the Leopard, de James Yorkston.
  

Um sismo destruiu a cidade de Kobe há vinte e cinco anos

Foto tirada imediatamente antes do colapso do Edifício Kashiwa
  
O Sismo de Kobe de 1995, ou Grande Sismo de Hanshin-Awaji, como ficou conhecido localmente, foi um sismo ocorrido terça-feira, dia 17 de janeiro de 1995, às 05:46 JST (ou 16 de janeiro às 20:46 UTC) no sul da Prefeitura de Hyōgo, no Japão. Atingiu a magnitude 6,8 na escala de magnitude de momento (USGS), Mj de 7,3 (revista, inicialmente com o valor de 7,2) na escala de intensidade sísmica da Agência Meteorológica do Japão. O tremor durou cerca de 20 segundos. O hipocentro localizou-se 16 km abaixo do seu epicentro, na extremidade norte da ilha Awaji, a 20 km da cidade de Kobe.
Aproximadamente 6.434 pessoas perderam a vida (estimativas finais, de 22 de dezembro de 2005); cerca de 4 600 eram habitantes de Kobe. De entre as maiores cidades do Japão, Kobe, com os seus 1,5 milhões de habitantes, era a que se encontrava mais próxima do epicentro e aquela que foi atingida pelos tremores mais violentos. Foi o sismo com mais impacto no Japão durante o século XX a seguir ao Grande sismo de Kantō de 1923, o qual provocou a morte de 140.000 pessoas. Os danos causados foram estimados em cerca de dez biliões de ienes, ou 2,5% do PIB do Japão nessa altura. Com base numa taxa de câmbio média dos 500 dias de 97,545 ienes/dólar, os prejuízos do sismo terão sido equivalentes a 102,5 mil milhões de dólares.
  

quarta-feira, janeiro 15, 2020

Notícia interessante sobre o ródio...

O metal mais caro do mundo já vale cinco vezes mais do que o ouro

O Ródio em três diferentes formas: 1g em pó, 1g em cilindro, 1g soldado refundido (Wikipédia)
 
O preço do ródio, um metal extremamente raro utilizado na indústria auto-motriz, aumentou 31% em 2020, atingindo um novo máximo desde 2008. 
Os números são avançados esta semana pela Bloomberg, que dá conta que este metal do grupo da platina custa já cinco vezes mais do que o ouro.
O preço do ródio, utilizado na construção de catalisadores de automóveis, aumentou 225% num só ano, tendo o seu preço se multiplicado por 12 nos últimos quatro. Este aumento continuado está relacionado com a procura do setor automóvel.
Na passada sexta-feira, o preço do ródio chegou aos 8.000 dólares por onça, segundo a empresa química Johnson Matthey, citados pela Bloomberg. Alguns especialistas não exulem que o metal possa atingir os 10.000 dólares, valore já registado em 2008.
“A maior causa para o aumento registado em janeiro [de 2019] foi a procura na Ásia, que estará também relacionada com os carros. As compras incentivaram mais compras e o efeito foi massivo no mercado não regulamentado, causando uma dinâmica de preços vista, provavelmente, apenas numa década”, explicou Andreas Daniel, corretor da refinaria Heraeus Holding, também citado pela agência.
Investir no ródio é mais difícil do que noutro metais preciosos, uma vez que este não é vendido em bolsa, observa a Russia Today. O mercado deste metal é limitando, sendo a maior parte dos negócios realizada entre fornecedores e indústrias.
O ródio é o metal mais caro do mundo, sendo também extremamente raro: uma tonelada da crosta terrestre contém apenas 0,001 gramas deste metal de transição, caracterizado pelo seu elevado ponto de fusão e excelentes propriedades anti-corrosivas.
As suas propriedades refletivas são utilizadas em artigos como espelhos, refletores e jóias. A África do Sul, Rússia e Canadá são os maiores produtores mundiais de ródio.
 
 
in ZAP

A soprano Victoria de los Ángeles morreu há quinze anos

Victoria de los Ángeles López García (Barcelona, 1 de noviembre de 1923 – 15 de enero de 2005) fue una soprano española.
  
Biografía
Victoria de los Ángeles era hija de un bedel de la Universidad de Barcelona. Su nombre completo era Victoria de los Ángeles López García. Victoria de los Ángeles siempre reconoció su origen humilde. Descubrió su vocación musical muy joven, y ganó diversos concursos de canto internacionales, en especial el festival de Ginebra.
Inicios
Estudió en el Conservatorio Superior de Música del Liceo, donde se graduó en sólo tres años, en 1941 cuando contaba 18 años de edad. Ese mismo año realizó su presentación operística en el Gran Teatro del Liceo para proseguir luego con sus estudios.
En 1945 hizo su debut profesional con el papel de la Condesa en Las bodas de Fígaro, de Mozart. Después ganó el primer premio en el concurso internacional de Ginebra de 1947. En 1948, interpretó en Londres La vida breve, de Manuel de Falla, acompañada por la orquesta de la BBC.
Consagración
En 1949 interpretó en la Ópera de París el papel de Marguerite en la ópera Fausto. En 1950 debutó en el Festival de Salzburgo y en la Royal Opera House; fue la Mimi de La Bohème en el Covent Garden londinense, teatro en el que siguió actuando de forma regular hasta 1961.
Fue muy apreciada en el Teatro Colón de Buenos Aires entre 1952 y 1980 —en el primer coliseo argentino debutó como Madama Butterfly y se la recuerda por su actuación en Manon, Werther, El barbero de Sevilla, Pelléas et Mélisande, Las bodas de Fígaro y Lohengrin junto a Christa Ludwig— y en la Scala de Milán entre 1950 y 1956.
Actuó por vez primera en los Estados Unidos en octubre de 1950 con un recital en el Carnegie Hall. En marzo del año siguiente, hizo lo mismo en el Metropolitan Opera de Nueva York y cantó regularmente con esa compañía hasta 1961. En sólo tres años y sólo siete después de su debut, ya había cantando en los teatros más importantes del mundo.
Fue la primera cantante española en actuar en el Festival de Bayreuth (1961 y 1962). Interpretó el papel de Elisabeth, de Tannhäuser, a las órdenes del nieto de Richard Wagner, que quedó tan impresionado con su actuación que volvió a invitarla al año siguiente.
Recitalista
Desde finales de los 60, Victoria de los Ángeles se dedicó principalmente a su carrera como concertista. Es muy destacable la atención y la especial sintonía que siempre dedicó al lied, en el que brilló con luz propia, para asombro de los alemanes. A pesar de ello, siguió realizando algunas apariciones en la ópera (Carmen y Pelléas et Mélisande): su despedida de la ópera fue en el Teatro de la Zarzuela de Madrid en 1980, precisamente con el papel de Mélisande. Dio su último recital en 1996, a los 72 años.
Preciosa voz de soprano lírica (o lírica spinto, como ella misma se consideraba), poseedora de un timbre inconfundible, supeditó siempre el lucimiento personal a las exigencias y el espíritu de la partitura. Los críticos coinciden en afirmar que la voz de Victoria es una de las más exquisitas y delicadas que haya dado el siglo XX. Sin poseer la belleza tímbrica de Tebaldi ni la fuerza dramática de Callas, era un compendio de una y otra. Siempre se señaló que sus agudos eran algo tirantes y metálicos, algo que tenía como contraprestación la posibilidad de cantar papeles de mezzosoprano, como Carmen o la Rosina de (El Barbero de Sevilla). Fue sin duda una de las más grandes artistas que ha dado la ópera.
Premios y grabaciones
Realizó gran número de grabaciones, siendo muchas de ellas auténticas referencias todavía hoy día: Manon, La Bohème, Madama Butterfly, Fausto, Carmen, Werther, Pelléas et Mélisande, Les nuits d'eté. Su discografía es tan abundante como magnífica, fundamentalmente la de la década de los 50. Basta con mirar no sólo los títulos de ópera sino también sus compañeros de grabación:
Carmen, con Nicolai Gedda, dirigidos por Sir Thomas Beecham (1958). I Pagliacci, con Jussi Björling y Leonard Warren, dirigidos por Renato Cellini (1953). Cavalleria rusticana, con Franco Corelli, dirigidos por Gabriele Santini (1962). Los cuentos de Hoffmann, con Nicolai Gedda y Elisabeth Schwarzkopf, dirigidos por Andre Cluytens (1965). La bohème, con Jussi Björling, dirigidos por sir Thomas Beecham (1955). Madama Butterfly, de la que hay dos grabaciones: la primera con Giuseppe di Stefano y Tito Gobbi, dirigidos por Gianandrea Gavazzeni (1954), y la segunda con Jussi Björling, dirigidos por Gabriele Santini (1959). El barbero de Sevilla, con Sesto Bruscantini y Luigi Alva, dirigidos por Vittorio Gui (1962). Simón Boccanegra, con Tito Gobbi y Boris Christoff, dirigidos por Gabriele Santini (1957). Melodies, con el pianista Gonzalo Soriano, una recopilación de canciones de compositores franceses (Gabriel Faure, Claude Debussy, Maurice Ravel y Reynaldo Hahn), (EMI Records ALP 2287, 1967). 20th Century Spanish Songs, también con Gonzalo Soriano, obras de Frederic Mompou, Joaquín Turina y Xavier Montsalvatge (Angel (S) 35775). Shéhérazade, 5 Mélodies Populaires Grecques, de Maurice Ravel, con Georges Pretre, Gonzalo Soriano, Orchestre de la Societe du Conservatoire Paris. (EMI Records, 1963). Manon, con Henry Legay, dirigidos por Pierre Monteux (1955), interpretación personal aún no superada.
    
Vida privada  
Modelo de la antidiva, huyó de las alharacas inherentes a su profesión. Hay una anécdota que refleja perfectamente el carácter de Victoria y muestra el aprecio que suscitaba allá adonde iba: una vez, la gran Renata Tebaldi tuvo que abandonar el Met e ir a Italia, ya que había muerto su madre. Era Navidad y Rudolf Bing, gerente del teatro neoyorquino, le suplicó que sustituyera a la de Pésaro en La Traviata. Victoria accedió y Bing, agradecido, hizo venir de Viena nada menos que a los Niños Cantores para que le dedicaran unos villancicos, lo que hicieron en medio de la ovación de un público entregado.
Aclamada en el escenario y maltratada por la vida, Victoria de los Ángeles tuvo que lidiar con tragedias reales que supo asumir y superar trasladándolas a su expresión vocal. Estuvo casada con Enrique Magriñá, con el que tuvo dos hijos. El mayor falleció unos años antes que ella. El segundo padece el síndrome de Down. Alejada del mundanal ruido por decisión propia, no se volvió a tener noticias de ella hasta el 15 de enero del 2005, cuando, víctima de una bronquitis, se iba para siempre, a los 81 años, una de las más grandes voces del siglo XX.
  
    

Há onze anos um avião aterrou no rio Hudson, em Nova Iorque, sem que houvesse vítimas

   
O Voo US Airways 1549 foi um voo comercial de passageiros rotineiro, que iria de Nova Iorque para Charlotte, Carolina do Norte, que, a 15 de janeiro de 2009, caiu no rio Hudson, numa zona próxima de Manhattan, seis minutos após descolar do Aeroporto de LaGuardia.
Enquanto ganhava altitude, o Airbus A320 atingiu um bando de gansos-do-canadá, o que resultou na imediata perda de potência de ambas as turbinas. Quando a tripulação determinou que o avião não poderia alcançar, da sua posição, logo a nordeste da ponte George Washington, nenhum aeroporto ou similar, decidiram guiar este para sul e estabeleceu o seu voo para o rio Hudson, e então aterrou o avião, virtualmente intacto, perto do Intrepid Sea-Air-Space Museum, no centro de Manhattan. Logo após a aterragem de emergência no rio, os 155 passageiros do avião, parcialmente submerso e em naufrágio, saíram e foram todos resgatados por embarcações próximas.
Toda a tripulação do voo 1549 foi mais tarde condecorada com a Medalha de Mestre da Guild of Air Pilots and Air Navigators. No momento da entrega das medalhas, foi dito que "esta aterragem de emergência e a evacuação do avião, sem a perda de vidas humanas, foi uma conquista heróica e única da aviação".
  
     

D. Afonso V nasceu há 587 anos

Retrato de D. Afonso V com cerca de 25 anos, por Georg von Ehingen (1428-1508)
    
D. Afonso V de Portugal, (Sintra, 15 de janeiro de 1432 - Sintra, 28 de agosto de 1481), foi o décimo-segundo Rei de Portugal, cognominado o Africano pelas conquistas no Norte de África. Filho do rei D. Duarte, sucedeu-lhe em 1438 com apenas seis anos. Por ordem paterna a regência foi atribuída a sua mãe, D. Leonor de Aragão mas passaria para o seu tio D. Pedro, Duque de Coimbra, que procurou concentrar o poder no rei em detrimento da aristocracia e concluiu uma revisão na legislação conhecida como Ordenações Afonsinas. Em 1448 D. Afonso V assumiu o governo, anulando os editais aprovados durante a regência. Com o apoio do tio homónimo, D. Afonso I, Duque de Bragança, declarou D. Pedro inimigo do reino, derrotando-o na batalha de Alfarrobeira. Concentrou-se então na expansão no norte de África, onde conquistou Alcácer Ceguer, Anafé, Arzila, Tânger e Larache. Concedeu o monopólio do comércio na Guiné a Fernão Gomes, com a condição de este explorar a costa, o que o levaria em 1471 à Mina, onde descobriu um florescente comércio de ouro cujos lucros auxiliaram o rei na conquista. Em 1475, na sequência de uma crise dinástica, D. Afonso V casou com sua a sobrinha, D. Joana de Trastâmara, assumindo pretensões ao trono de Castela, que invadiu. Após não obter uma clara vitória na batalha de Toro, com sintomas de depressão, D. Afonso abdicou da coroa para o filho, D. João II de Portugal, falecendo em 1481.
    

terça-feira, janeiro 14, 2020

Yukio Mishima nasceu há 95 anos

Yukio Mishima (14 de janeiro de 1925, Tóquio - 25 de novembro de 1970, Tóquio) é o nome artístico utilizado por Kimitake Hiraoka, novelista e dramaturgo japonês mundialmente conhecido por romances como O Templo do Pavilhão Dourado e Cores Proibidas. Escreveu mais de 40 novelas, poemas, ensaios e peças modernas de teatro Kabuki e Nô.
   
Origens
Kimitake Hiraoka nasceu no dia 14 de janeiro de 1925, em Tóquio. Teve uma infância problemática marcada por eventos que mais tarde influenciariam fortemente a sua literatura. Ainda criança foi separado dos seus pais e passou a viver com a avó paterna, uma aristocrata ainda ligada à Era Tokugawa. A avó mal deixava a criança sair de sua vista, de forma que Kimitake teve uma infância isolada. Muitos biógrafos de Mishima acreditam emergir desta época seu interesse pelo Kabuki e a sua obsessão pelo tema da morte.
Aos doze anos Kimitake voltou a viver com os pais e começou a escrever suas primeiras histórias. Matriculou-se num colégio de elite em Tóquio. Seis anos depois, publicou numa revista literária um conto que posteriormente foi editado em livro. O seu pai, um funcionário burocrático do governo, era totalmente contra as suas pretensões literárias. Nessa época adoptou o pseudónimo Yukio Mishima, em parte para ocultar seus trabalhos literários do conhecimento paterno. Foi recrutado pelas forças japonesas durante a Segunda Guerra Mundial, porém ficou fora das linhas de frente por motivos físicos e de saúde. Este facto tornou-se depois factor de grande remorso para Mishima que testemunhou a morte dos seus compatriotas e perdeu a oportunidade de ter uma morte heróica. Forçado pelo pai, matriculou-se na Universidade de Tóquio, onde se formou em Direito. Após a licenciatura conseguiu um emprego promissor no Ministério das Finanças. No entanto, tornou-se tão desgostoso que, por fim, convenceu o pai a aceitar a sua carreira literária. O seu pai, um sujeito rude e disciplinador, teria dito que, já que era para ser escritor, era melhor ele se tornar o melhor escritor que o Japão já viu.
 
Início da carreira literária 
Mishima tinha 24 anos quando publicou Confissões de Uma Máscara, uma história com sabores autobiográficos de um jovem talento homossexual que precisa se esconder atrás de uma máscara para evitar a sociedade. O romance acabou alcançando um tremendo sucesso literário, o que levou Mishima a um estado de celebridade e seguiu a outras publicações e traduções, de forma a ficar internacionalmente conhecido. Yukio Mishima concorreu a três Prémios Nobel de literatura, sendo o último deles concedido a seu amigo, Yasunari Kawabata, que o introduziu aos círculos literários de Tóquio nos anos 40.
Depois da publicação de Confissões de Uma Máscara, Mishima adquire uma postura mais realista e activa, tentando deixar para trás o jovem frágil e obsessivo. Começa a praticar artes marciais e junta-se ao Exército de Auto-Defesa japonês, onde, um ano depois, forma o Tatenokai (Sociedade da Armadura), uma entidade de extrema direita composta de jovens estudantes de artes marciais que estudavam o Bushido sob a displina e tutela de Mishima. Casou-se em 1958 com Yoko Sugiyama, tendo com ela um filho e uma filha. Nos últimos dez anos de sua vida, actuou como actor em filmes e co-dirigiu uma adaptação de uma de suas histórias.
 
Tentativa de golpe de estado e seppuku 
Em 25 de novembro de 1970, Yukio Mishima, acompanhado de 4 membros do Tatenokai tentaram forçar a  rendição do comandante do quartel general das Forças de Auto-Defesa japonesas em Tóquio. Ele realizou um discurso patriótico, na tentativa de persuadir os soldados do quartel a restituírem ao Imperador os seus poderes. Notando a indiferença dos soldados, Yukio Mishima cometeu seppuku, sendo assistido por Hiroyasu Koga, uma vez que Masakatsu Morita, o seu amante, falhou no momento final.
“A vida humana é finita mas eu gostaria de viver para sempre”, escreveu Mishima na manhã antes da sua morte.
Acredita-se que Mishima tenha preparado o seu suicídio durante um ano. Segundo John Nathan, o seu biógrafo, tradutor e amigo, teria criado este cenário apenas como pretexto para o suicídio ritual com o qual sempre sonhou. Quando morreu, Mishima tinha acabado de escrever O Mar da Fertilidade.
  

A Tosca foi apresentada pela primeira vez há cento e vinte anos

   
Tosca é uma ópera em três atos de Giacomo Puccini, com libretto de Luigi Illica e Giuseppe Giacosa, baseado na peça homónima de Victorien Sardou. Estreou no Teatro Costanzi de Roma (Teatro dell'Opera di Roma), a 14 de janeiro de 1900.
Na época, a atmosfera política na Itália era tensa, com muita agitação revolucionária, de caráter socialista e anarquista. A Rainha e o Primeiro Ministro assistiriam à estreia de Tosca, e temia-se que o teatro fosse alvo de um ataque terrorista, o que não aconteceu. Porém, seis meses mais tarde, o Rei Humberto I de Itália (tio de El-Rei D. Carlos I de Portugal) seria assassinado, pelo militante anarquista Gaetano Bresci, em Monza.
    
      

A sonda Huygens aterrou em Titã há quinze anos!

  
A Cassini-Huygens é uma sonda espacial dupla, enviada em missão ao planeta Saturno e ao seu sistema planetário, sendo um projeto conjunto da NASA (Agência Espacial dos estados Unidos), ESA (Agência Espacial Europeia) e ASI (Agência Espacial Italiana), ela consiste em dois elementos principais, o orbitador/sonda Cassini e a sonda Huygens. Lançada para o espaço a 15 de outubro de 1997, ela entrou em órbita de Saturno a 1 de julho de 2004 e continua em operação, estudando o planeta, os seus satélites naturais, a heliosfera e testando a Teoria da Relatividade.
Um projeto que levou duas décadas de planeamento e desenvolvimento até ao seu lançamento, após uma viagem interplanetária de quase sete anos, na qual sobrevoou Vénus e Júpiter, a nave entrou em órbita de Saturno a meio do ano de 2004; em dezembro daquele ano a sonda Huygens separou-se do orbitador Cassini e, em 14 de janeiro de 2005, entrou na atmosfera e pousou na superfície do maior satélite de Saturno, Titã, transmitindo imagens e dados para a Terra, na primeira vez em que um objeto construído pelo Homem pousou num corpo celeste do Sistema Solar exterior.
A Cassini-Huygens integra o Programa Flagship para os planetas exteriores, o maior e mais caro programa espacial não-tripulado da NASA. As outras missões deste programa incluem as Viking, as Voyager e a Galileu. A nave/sonda espacial, de duas partes, foi batizada em homenagem aos astrónomos Giovanni Cassini e Christiaan Huygens.
  
Vista da superfície de Titã a partir da sonda Huygens
   
Objetivos
Os principais objetivos da missão Cassini-Huygens são:
  1. determinar a estrutura tridimensional e comportamento dinâmico dos anéis;
  2. determinar a composição das superfícies e a história geológica dos satélites;
  3. determinar a natureza e origem do material escuro do hemisfério dianteiro de Jápeto.
  4. medir a estrutura tridimensional e comportamento dinâmico da magnetosfera.
  5. estudar o comportamento dinâmico das nuvens de Saturno;
  6. estudar a vulnerabilidade temporal das nuvens e a meteorologia de Titã;
  7. caracterizar a superfície de Titã a uma escala regional.
Vista da superfície de Titã a partir da sonda Huygens, depois de processada
     
A sonda Huygens
A sonda-pousador Huygens foi criada e desenvolvida pela Agência Espacial Europeia (ESA), e batizada com o nome do astrônomo descobridor de Titan, Christiaan Huygens. Desacoplada da Cassini e lançada sobre Titan no dia de Natal de 2004, depois de uma viagem de 22 dias no espaço ela entrou na atmosfera do satélite fazendo um exame minucioso das nuvens e pousando na superfície cerca de 11:30 UTC de 14 de janeiro de 2005, no oeste da região escura conhecida como Shangri-La, próximo à área brilhante de Xanadu.
A sonda foi criada para descer de para-quedas na atmosfera do maior satélite natural de Saturno (e o 2º maior do Sistema Solar, o único com atmosfera) e abrir um laboratório robótico completo à superfície. O seu sistema consistia na sonda em si e num equipamento de suporte, que permaneceu acoplado ao orbitador Cassini. Este equipamento incluía equipamento eletrónico para rastrear a sonda, receber os dados enviados durante a descida e aterragem e ainda processar e passar estes dados para o computador do orbitador, que os enviou para a Terra. Com 318 kg de peso e 1,3 m de diâmetro, a sua bateria era suficiente para 153 minutos de transmissão, mais 2 horas e 27 minutos gastas na descida. Foi o suficiente para enviar dados atmosféricos e a primeira imagem da superfície de um satélite do Sistema Solar exterior. É até hoje a aterragem mais distante da Terra já feito por um objeto construído pelo Homem. 

À escala, um lago de Titã (à esquerda) comparado com o Lago Superior (entre o Canadá e Estados Unidos) na Terra
    
Lagos líquidos em Titã
Em 21 de julho de 2006, os radares da Cassini obtiveram imagens que pareciam mostrar lagos de hidrocarboneto líquido – como metano e etano - nas latitudes norte do satélite Titã. Esta foi a primeira descoberta da existência de lagos em qualquer corpo celeste fora da Terra. Estes lagos mediriam entre 1 e 100 quilómetros de comprimento. A 13 de março de 2007, anunciou-se que havia fortes evidências da existência de mares de etano e metano no hemisfério norte do satélite. Um destes lagos teria o tamanho dos Grandes Lagos na América do Norte. Em 30 de julho de 2008 foi anunciada a descoberta de um grande lago líquido próximo da região do pólo sul de Titã, com quinze mil km². O lago foi batizado como Ontario Lacus. Em 2012, novos estudos da NASA levantaram a hipótese de que este lago seja mais parecido com um grande deserto de sal ou um grande lamaçal de hidrocarbonetos do que exatamente um lago como nós os conhecemos na Terra.
    

segunda-feira, janeiro 13, 2020

Notícia interessante de astronomia...

Júpiter está a atirar asteróides em direção à Terra
  
  
Alguns astrónomos acreditam que Júpiter, em vez de proteger a Terra de cometas e asteróides, está ativamente a atirá-los para dentro do Sistema Solar.
Uma teoria popular sugere que Júpiter, que tem uma massa enorme, age como um escudo gigante no Espaço, sugando ou desviando detritos perigosos que sobraram da formação do sistema solar. Porém, a teoria do “Escudo de Júpiter”, como é conhecida, caiu em desuso nas últimas duas décadas.
Um crítico importante dessa teoria, Kevin Grazier, já tenta desmascarar essa ideia há anos. O investigador publicou vários estudos sobre o assunto, incluindo um artigo de 2008 intitulado “Júpiter como um atirador de elite em vez de um escudo”. Grazier tem demonstrado cada vez mais formas pelas quais Júpiter, em vez de ser o nosso protetor, é na verdade – embora indiretamente – uma ameaça.
Em 2018, Grazier publicou um artigo na revista científica Astronomical Journal, no qual analisa as formas complexas pelas quais os objetos do sistema solar externo são afetado pelos planetas como Júpiter, Saturno, Neptuno e Urano.
Em 2019, num artigo publicado na revista científica Monthly Notices do Royal Astronomical Journal, analisa uma família específica de corpos gelados e a forma como são transformados por Júpiter em cometas potencialmente mortais.
“As nossas simulações mostram que Júpiter tem a mesma probabilidade de enviar cometas na Terra como de os desviar e vimos isso no sistema solar real”, disse Grazier, em declarações ao Gizmodo.
O portal relembra, porém, que isso era algo muito bom quando a Terra era jovem, porque cometas e asteróides forneciam os ingredientes essenciais necessários para a vida. Hoje, no entanto, os impactos não são bons, pois podem desencadear extinções em massa semelhantes à que extinguiu dinossauros não aviários há cerca de 66 milhões de anos.
Trabalhando com colaboradores do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA e da Universidade do Sul de Queensland, Grazier mostrou como objetos no disco disperso, um anel dentro do Cinturão de Kuiper que contém muitos planetesimais que se aproximam de Neptuno, são influenciados pelos planetas. Também mostram como Centauros, um grupo de corpos gelados em órbita além de Júpiter e Neptuno, são transformados por Júpiter em cometas potencialmente ameaçadores para a Terra.
Usando simulações, os investigadores descobriram que “os objetos Centauro, os Cometas da Família Júpiter e os objetos no Disco Disperso não são populações dinamicamente distintas – as órbitas dos objetos nessas famílias evoluem sob a influência gravitacional dos planetas jovianos,e os objetos podem mover-se entre as três classificações dinâmicas muitas vezes ao longo da vida”, disse Grazier.
Quanto a Júpiter ainda agindo como escudo, Grazier disse que isso permanece verdadeiro, mas os gigantes gasosos protegem a Terra principalmente de objetos presos entre eles. Quanto aos objetos encontrados no sistema solar externo, essa é uma história diferente.
Jonti Horner, co-autor dos dois estudos, disse que Júpiter desempenha um papel duplo. “Júpiter pega em coisas que ameaçam a Terra e arremessa-as, libertando espaço perto do nosso planeta. Portanto, nesse sentido, é uma espécie de escudo”, disse. “Por outro lado, pega em coisas que não estão perto da Terra e arremessa-as no nosso caminho, o que significa que também é uma ameaça”.
“Já sabemos que a Terra está na mira cósmica”, concluiu Grazier. “Existem centenas de objetos próximos à Terra que são potencialmente perigosos. Acho que agora precisamos de prestar mais atenção ao que está a acontecer um pouco mais longe, na vizinhança de Júpiter”.

in ZAP

Melvin Jones, o fundador do Lions Clubs International, nasceu há 141 anos

Melvin Jones (Fort Thomas, 13 de janeiro de 1879 - Fluosmod, 1 de junho de 1961) foi o fundador do Lions Clubs International.
Era filho de um capitão do Exército dos Estados Unidos da América que comandou um grupo de escuteiros. Mais tarde, o seu pai foi transferido e a família mudou-se para o leste do país. Aos 20 anos de idade, Melvin Jones mudou-se para Chicago, Illinois, onde se associou a uma companhia de seguros e, em 1913, fundou a sua própria agência. Foi ainda nesta cidade que se tornou membro da Maçonaria, em 1906, na Loja nº 141 (Garden City).
Como membro do Círculo de Negócios de Chicago, um grupo de empresários que reunia-se na hora do almoço e Melvin Jones rapidamente foi eleito seu secretário. Este era um dos muitos grupos da época que se dedicava totalmente a promover os interesses financeiros dos seus membros. Devido ao seu apelo limitado, estes grupos estavam destinados a desaparecer. Melvin Jones, contudo, tinha outros planos. "Que tal se os homens", ele perguntou, "que têm sucesso devido à sua energia, inteligência e ambição, usassem os seus talentos para melhorar as suas comunidades?"
Em 1914, como secretário do Círculo de Negócios de Chicago, manteve contatos com vários clubes independentes e associações de clubes dos Estados Unidos da América, interessando-os na unificação para formar uma associação de clubes de serviço. Entretanto, somente a 7 de julho de 1917, e depois de numerosa correspondência, é que conseguiu reunir os delegados dos clubes, na Sala Leste do Hotel La Salle de Chicago, a fim de preparar os fundamentos para a formação da Associação, a qual começou a existir alguns meses após, na Convenção reunida em Dallas, estado do Texas, de 8 a 10 de outubro de 1917. Nessa Convenção, Melvin Jones foi eleito Secretário. Foi estipulado que os clubes não teriam caráter social e que os seus sócios não poderiam promover seus interesses comerciais. Eventualmente, Melvin Jones abandonou sua agência de seguros e se dedicou totalmente ao Lions na sede internacional em Chicago. Foi sob sua liderança dinâmica que os Lions clubes conseguiram o prestígio necessário para atrair homens com mentalidade cívica. Em julho de 1950, a Diretoria Internacional concedeu-lhe à Melvin Jones o título de Secretário-Geral Perpétuo e em julho de 1958 o de Secretário-Geral e Fundador do Leonismo.
O fundador da associação também foi reconhecido como líder por outras entidades. Uma das maiores honras para Melvin Jones foi em 1945 quando ele representou Lions Clubs International como consultor na Conferência das Nações Unidas sobre Organização Internacional em São Francisco, Califórnia quando foi criada a Organização das Nações Unidas (ONU).
Melvin Jones, o homem cujo lema pessoal "Você não pode ir muito longe enquanto não começar a fazer algo pelo próximo", se tornou o princípio condutor de pessoas com espírito de serviço humanitário em todas as partes do mundo, faleceu aos 82 anos de idade.

Os Xutos & Pontapés deram o primeiro concerto há 41 anos


Os Xutos & Pontapés são uma banda de rock portuguesa formada em 1978.

História
No final de 1978, Zé Pedro, Kalú, Tim e Zé Leonel, formam os Xutos e Pontapés, dando o primeiro concerto a 13 de janeiro de 1979, com Zé Leonel na voz, Tim no baixo, Zé Pedro na guitarra e Kalú na bateria, na sala Alunos de Apolo, para a comemoração dos 25 anos do Rock & Roll.
Em 1981 entra para a banda o guitarrista Francis e sai Zé Leonel, assumindo Tim as funções de vocalista. Em 1982 sai o compacto 1978-1982, com músicas marcantes como "Sémen" e "Mãe". Em 1983 Francis sai da banda, que passa a actuar com músicos convidados, entre os quais o saxofonista Gui, e no mesmo ano entra para a banda o guitarrista João Cabeleira.
O primeiro álbum gravado por João Cabeleira, em 1985, foi Cerco, com as músicas "Barcos gregos" e "Homem do leme", que sairiam também em single.
A explosão mediática começou em 1987 com o álbum Circo de Feras e os seus mega sucessos "Contentores", "Não sou o único" e "N'América". Continuou com o single "7º Single" e o seu estrondoso hit "A minha casinha". O álbum 88 foi um dos pontos mais altos da carreira dos Xutos e Pontapés com os mega êxitos "À Minha Maneira", "Para Ti Maria" e "Enquanto a noite cai", entre outros, dando início a uma das maiores turnés da banda que ficou retratada no álbum "Xutos - Ao vivo".
Em 1990 o álbum Gritos Mudos é mal recebido e o sucesso da banda sofre o seu primeiro revés, embora a música "Gritos Mudos" seja também um grande sucesso.
Na década de 1990, o grupo entra em crise interna, com os seus elementos a iniciarem outros projectos. Tim integra os Resistência, Zé Pedro e Kalu abrem o bar Johnny Guitar e integram a banda de Jorge Palma, Palma's Gang, com Flak e Alex, ambos dos Rádio Macau.
Em 1998 editam o álbum Tentação, que serve de banda sonora ao filme de Joaquim Leitão, Tentação (filme).
Em 1999, com novo fôlego, fazem a turné XX Anos Ao Vivo, onde fazem cerca de oitenta concertos. Em ano de comemoração dos vinte anos de carreira é também editada uma compilação de homenagem, XX Anos XX Bandas, com a participação de várias das bandas e artistas. Nesse ano, gravam ainda o tema "Inferno" para o filme do mesmo nome, de Joaquim Leitão.
No ano seguinte, gravam uma versão da canção "Chico Fininho" de Rui Veloso, para o álbum de homenagem aos vinte anos de estreia de Veloso com "Ar de rock".
Os membros dos Xutos & Pontapés em 2004, foram agraciados pelo Presidente da República Jorge Sampaio com o grau de Comendador da Ordem do Mérito. Nesse mesmo ano, os Xutos deram dois concertos no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, nos dias 8 e 9 de outubro, para celebrar os seus 25 anos de carreira. A canção "O Mundo ao Contrário", do álbum homónimo, foi escolhida para música oficial do filme Sorte Nula, que conta com uma breve participação de Zé Pedro como actor.
Em 2005, os Xutos & Pontapés realizaram uma turné intitulada A turné dos 3 desejos, na qual deram três séries de concertos, cada um com um alinhamento diferente. Em 2006 não só deram um concerto acústico, em celebração dos seus vinte e oito anos, como também lançaram um DVD triplo com toda a sua história desde o início (1978) até 2005 (turné 3 desejos).
Em 2006, António Feio encenou um musical, Sexta Feira 13, apenas com músicas dos Xutos, tendo estes concebido um tema especialmente para o musical com mesmo nome da peça.
Ainda no mesmo ano, foram convidado pelos Gatos Fedorentos a interpretar o genérico do Diz Que É Uma Espécie de Magazine.
Em 2008 foram convidados pela Associação Encontrar-se a integrarem o Movimento UPA – Unidos Para Ajudar, em conjunto com os Oioai, para interpretarem o tema de solidariedade "Pertencer".
Ao longo do ano de 2009, foi reeditada toda a discografia da banda, sendo editadas em vinil e limitadas a 500 unidades, o que se tornará numa peça de coleccionador.
Já em setembro desse ano, os Xutos & Pontapés actuam perante 40 mil espectadores, num Estádio do Restelo quase cheio para ver o derradeiro concerto de comemoração dos trinta anos de carreira da banda. Os Pontos Negros e Tara Perdida asseguraram as primeiras partes e nomes como Camané, Pacman, Manuel Paulo e Pedro Gonçalves foram os convidados da noite.
Depois de terem completado 30 anos, os Xutos têm mais uma prenda dos fãs, em setembro de 2009, são nomeados para os EMAs na categoria de "Best Portuguese Act", ganhando o prémio em novembro do mesmo ano.
Mais recentemente, apenas o cantor Tim, lançou uma música com Rui Veloso acerca de um rapaz portador de Trissomia 21, que se encontra preso no quarto, denomina-se "Voar".
Em 2012 sai o disco "O Cerco Continua" com músicas do disco "Cerco" mas noutra versão.
Em 2014 é lançado o disco "Puro", que comemora os 35 anos da banda.
A 30 de novembro de 2017 morre o guitarrista e fundador Zé Pedro, aos 61 anos, vítima de doença hepática.
Em 2019 é lançado o disco ''Duro'', que comemora os 40 anos da banda

Membros actuais
Ex-Membros