domingo, abril 11, 2010

O principe-cientista amigo d'El Rei D. Carlos homenageado nos Açores

Açores agradecem contribuição de Alberto I para o conhecimento científico dos seus mares
Alberto do Mónaco reuniu-se com Cavaco Silva durante a sua visita a Portugal
   
Os Açores prestaram hoje uma homenagem ao Príncipe Alberto I do Mónaco (1848-1922), pela sua “contribuição para o conhecimento científico do mar dos Açores nos finais do século XIX. Iniciativa conjunta do município da Horta e do Instituto de Meteorologia, a homenagem teve lugar no Observatório Príncipe Alberto de Mónaco, no âmbito de uma visita oficial de dois dias à ilha do Faial do Príncipe Alberto II, trineto do príncipe-cientista monegasco. Para além do chefe da Casa Grimaldi e actual governante do Principado do Mónaco, assistiram também a esta cerimónia, durante a qual foi descerrada uma lápide comemorativa no exterior do observatório meteorológico faialense, o representante da República e os presidentes da assembleia e do governo dos Açores. Falando sexta-feira à noite, no jantar oferecido ao trineto do monarca homenageado na Horta, Carlos César recordou que a relação do Principe Alberto I está referenciada um pouco por todo o arquipélago, quer na toponímia, quer na designação de instituições científicas, quer ainda na nomenclatura do mar que rodeia as ilhas, de que são exemplos a Fossa Oceânica do Hirondelle ou o Banco Princesa Alice. “Antigas e novas gerações aprenderam, assim, a apreciar essa lembrança e a torná-la presente, sobretudo agora que tanto procuramos valorizar a nossa condição de região atlântica central, baseada no nosso compromisso com a sua qualidade ambiental e na sua vocação de laboratório natural e espaço de ciência para o desenvolvimento sustentável”, afirmou o governante açoriano. Alberto I morreu em Junho de 1922 e, no seguinte, “em homenagem ao interesse que sempre lhe mereceu a fundação e os progressos do Serviço Meteorológico dos Açores, que tão valiosos serviços tem já prestado à ciência”, o governo português, por decreto de 19 de Junho, resolveu então dar o seu nome ao Observatório Meteorológico da Horta. Dedicou mais de três décadas aos estudos meteorológicos e oceanográficos, incluindo os da fauna marítima, ficando intimamente ligado aos Açores, tendo 13 das 28 campanhas oceanográficas que organizou a partir de 1885 sido dedicadas, no todo ou em parte, ao estudo do arquipélago açoriano. Nos mares dos Açores, descobriu, por exemplo, o Banco Princesa Alice e a Fossa do Hirondelle, tendo realizado também aquelas que foram as primeiras experiências para a pesca nos grandes fundos com covos iluminados electricamente. Este príncipe-cientista interessou-se igualmente pela biologia da água doce, realizando investigações em S. Miguel (Lagoa das Sete Cidades), Flores (Lagoa Funda) e Faial (Caldeira), e empenhou-se para que o Governo Português construísse observatórios meteorológicos em várias ilhas dos Açores. O Serviço Meteorológico dos Açores, com sede em Ponta Delgada, foi instituído por Carta de Lei de 12 de Junho de 1901 e dele fez parte, desde o seu início, o Observatório da Horta, cuja primeira pedra foi lançada nesse mesmo mês e ano, em cerimónia presidida pelo Rei D. Carlos. 
  
  
NOTA: eu sei que fica mal no ano do centenário da (imposição da) república homenagear reis e príncipes, mas já que começaram há também que recordar que El-Rei D. Carlos I, Rei de Portugal, foi também um excelente oceanógrafo, tendo trabalhado por diversas vezes o príncipe Alberto I e que partilhavam um profunda amizade entre si e à região dos Açores.

sábado, abril 10, 2010

No More Lies


Éticas socráticas

socrates


Para memória futura, sugere-se a leitura atenta de dois post de António Balbino Caldeira no Blog Do Portugal Profundo...

Novo álbum dos Mão Morta

'Novelos da Paixão'

Mão Morta mostram teledisco

Mão Morta

Os Mão Morta, que no próximo dia 19 lançam o seu novo álbum, 'Pesadelo em Peluche', têm já disponível o vídeo para o single de avanço, 'Novelos da Paixão'.

O filme, que 'leva' os Mão Morta a um obscuro cabaret, tem a particularidade de não apresentar cortes, com a câmara em permanentes e lentas panorâmicas recheadas de voluptuosos corpos femininos.

A realização é de Rodrigo Areias, numa produção Bando à Parte.

'Novelos da Paixão' é o primeiro tema conhecido do novo álbum dos Mão Morta, que contém 12 novas canções. Uma delas, 'Como um Vampiro', conta com a participação vocal de Fernando Ribeiro, dos Moonspell.

A apresentação de 'Pesadelo em Peluche' está marcada para o próximo dia 29, no Coliseu de Lisboa.

in CM - ler notícia


Workshop sobre Geoarqueologia em Torres Vedras e Serra do Sicó

Workshop Geoarqueologia

(clicar para aumentar)

19 de Junho de 2010 - entre as 10.00 e as 18.00 horas

Auditório
da
Junta de Freguesia de Santa Maria do Castelo e S. Miguel
e
Laboratório de Paleontologia e Paleoecologia
da
Associação Leonel Trindade - Sociedade de História Natural


20 de Junho de 2010 - Visita de Campo ao Maciço do Sicó


Formadores: Luca Dimuccio, Thierry Aubry, Lúcio Cunha

Preço
: 45€ (sócios) / 65 € (não sócios) - 2 dias - Até 15 participantes
10€ (sócios) / 20 € (não sócios) – 1 dia (não inclui visita de campo) até 20 participantes


SINOPSE

Na interface entre as Ciências da Terra e as Ciências Humanas, a Geoarqueologia coloca-se como uma disciplina que utiliza conceitos e técnicas próprias das Ciências da Terra em campo arqueológico e no intervalo temporal que corresponde a presença do Ser Humano à face da Terra. Trata-se de uma ciência interdisciplinar que aproveita aproximações teóricas, vocabulários e instrumentos metodológicos provenientes quer das Ciências da Terra, quer da Arqueologia, com o intuito de chegar a interpretações arqueológicas mais completas através da construção de modelos sobre as dinâmicas ambientais e da paisagem inferidas a diferentes escalas de análise.

Quase sempre um geoarqueólogo analisa dois sistemas diferentes, o natural e o antrópico (ou cultural) regidos por dinâmicas distintas e que interagem entre si duma maneira complexa. Nenhum objecto ou vestígio é independente do sistema (ou subsistema) em que se encontra inserido. Os dois sistemas, juntamente com as inter-relações entre os diferentes componentes que os constituem, correspondem ao chamado “contexto”. Cada artefacto, camada sedimentar, horizonte de solo ou sítio arqueológico faz parte de um contexto que compreende relações entre um sistema natural e um sistema cultural, e que sofreu modificações, pelo menos no intervalo de tempo que decorre entre a sua fabricação/uso e o instante em que o arqueólogo o descobre.

A finalidade última da Geoarqueologia é compreender as relações biunívocas existentes entre os grupos humanos do passado e os ambientes em que viveram. Assim sendo, a abordagem gearqueológica permite reconstituir as sucessões estratigráficas ao nível do sítio e/ou da região, as sequências de eventos e sua datação, os paleo-ambientes e suas modificações no tempo assim como as relações com as variações climáticas globais e/ou regionais, os sistema de povoamento e as relações entre povoamento e ambiente físico, a utilização dos recursos naturais, os efeitos do impacte antrópico sobre o território e os seus componentes, os processos de formação dos sítios arqueológicos e dos seus elementos, as inferências entre processos antrópicos e não antrópicos, as modificações sin e pós-deposicionais, a conservação dos sítios e dos vestígios, etc.


Inscrições aqui
para mais informações contactar educacao@alt-shn.org


PROGRAMA

O workshop compõe-se de três apresentações em PowerPoint (no 1º dia), discussão informal entre os oradores e o publico, assim como de uma visita de campo (no 2º dia) a sítios arqueológicos de grutas, abrigos e de ar livre no Maciço de Sicó (Portugal Central).

Os tópicos a tratar nas apresentações, na discussão informal e na visita de campo são:
  • A Geoarqueologia, na interface entre as Ciências da Terra e a Arqueologia;
  • Descrição e interpretação genética de solos e sedimentos arqueológicos;
  • Determinação das relações espaciais entre solos, sedimentos, estruturas tectónicas e formas da paisagem;
  • Análise espacial dos vestígios arqueológicos;
  • Implicações arqueológicas das dinâmicas de sedimentação;
  • As informações geoarqueológicas como suporte as interpretações arqueológicas.

1º dia (manhã)
  • A abordagem geoarqueológica (Luca Dimuccio) - 1 ½ horas
  • Uma abordagem experimental em Geoarqueologia: matérias primas, lito-tecnologias e a análise espacial dos vestígios (Thierry Aubry) - 1 ½ horas

1º dia (tarde)
  • As armadilhas geoarqueológicas do Maciço de Sicó (Portugal central): análise do registo arqueo-estratigráfico e implicações paleoambientais. (Luca e Thierry) 2 horas
  • Oficina de Talhe (arqueologia experimental) - Laboratório

2º dia (manhã e tarde)

Visita de campo: Maciço de Sicó - grutas, buracas e sítios arqueológicos ao ar livre (Luca, Thierry e Prof. Lúcio Cunha)

sexta-feira, abril 09, 2010

The end is (almost) near...

Asteróide de 22 metros passa esta madrugada perto da Terra

«2010-GA6» aproxima-se a uma distância de 350 mil quilómetros, 9/10 da distância da Terra à Lua

Órbita do asteróide (Cortesia: NASA)

O asteróide de 22 metros, recentemente descoberto, o «2010-GA6», sobrevoará hoje a órbita lunar e passará “muito próximo da Terra”, segundo informou a NASA.

Assim, de quinta para sexta-feira, por volta da uma hora e seis minutos da madrugada o asteróide vai aproximar-se a uma distância de 350 mil quilómetros, ou seja, nove décimos da separação entre a Terra e a Lua.


“Os sobrevoos de objectos próximos da Terra, inclusive da órbita lunar, acontecem todas as semanas”, explicou um perito do laboratório da NASA, Don Yeomans.

O «2010-GA6» tem 22 metros de comprimento e foi descoberto pelo telescópio Catalina Sky Survey, da Universidade de Tucson, no Arizona, Estados Unidos.

A NASA, com os telescópios instalados, detecta e segue o rastro dos asteróides e cometas que passam próximos da Terra. O programa de «Observação de Objectos próximos da Terra», da agência espacial norte-americana, mais conhecido como o ‘vigilante do espaço’, é o responsável por coordenar a descoberta destes objectos e determinar se são perigosos ou não para o planeta.

in Ciência Hoje - ler notícia (via Blog AstroLeiria)

Eugénia Cunha lança livro de divulgação científica

Lançado no dia 13, em Coimbra
Antropóloga portuguesa publica livro sobre como nos tornámos humanos

Eugénia Cunha é especialista em evolução humana da Universidade de Coimbra
(Paulo Ricca/PÚBLICO)


Eugénia Cunha, antropóloga forense e especialista em evolução humana. "Como nos Tornámos Humanos", publicado pela Imprensa da Universidade de Coimbra, e que vai ser lançado no próximo dia 13 (no Museu da Ciência daquela universidade, às 17h30), cabe no bolso do casaco, ou não tivesse só 17 por 12 centímetros. Mas contém tudo o que é essencial para compreender o que se lê e ouve sobre evolução humana.


Tem as descobertas importantes de fósseis, numa espécie de "quem é quem" dos protagonistas da nossa história evolutiva, sistematiza os conhecimentos, traça o "estado da arte", tudo de forma concisa e simples. Inclui referências a alguns achados portugueses, como a criança do Lapedo, com 24 mil anos ("o mais importante fóssil humano alguma vez descoberto em Portugal").

Nesta história, já sabemos como tudo acaba: somos agora a única espécie de humanos ("Homo sapiens"), mas houve muitas outras, como o "Homo habilis", o "Homo erectus" ou o "Homo neanderthalensis", algumas coexistiram, e descobrir como chegámos até aqui faz-nos continuar a ler.

"O que nos torna humanos constitui uma incrível questão científica", lê-se no início. "O destaque da imprensa à nossa história natural fundamenta-se por se tratar das nossas origens, de saber quem foi o 'big daddy', enfim compreender por que somos como somos."

Eugénia Cunha leva-nos, assim, numa viagem com início há 55 milhões de anos, quando surgiram os primatas, e, com grande parte da acção em África, conta como nos fomos tornando no que somos: bípedes, com cérebros grandes, fabricantes de ferramentas, com uma linguagem articulada e produtores de símbolos.

in Público - ler notícia



Eugénia Cunha numa palestra em Leiria (Foto: Fernando Martins)

NOTA: é sempre um prazer divulgar aqui actividades de ex-professores dos Geopedrados - até porque a Professora Doutora Eugénia Cunha tem feito imenso pela Ciência, Antropologia e Divulgação Científica no nosso país e até fora dele...

Notícia no Público

Organismos habitam a base do mar rica em sal

Mediterrâneo revela primeiros animais que vivem sem oxigénio


Nova espécie de Loricifera que vive sem oxigénio

Está provado. Há animais em locais da Terra que vivem sem oxigénio. Cientistas italianos olharam para o fundo do Mediterrâneo e descobriram três espécies que respiram sem a nossa molécula vital.


A descoberta foi publicada na revista de acesso livre BMC Biology. As espécies pertencem a um dos filos do Reino animal menos conhecidos, os Loricifera. São seres que mal atingem um milímetro, têm um corpo mole protegido por uma concha especial e que foram descobertos há poucas décadas.

“É um mistério muito grande como é que estes seres vivem sem oxigénio porque até agora pensávamos que só as bactérias pudessem fazer isto”, disse à BBC News Roberto Donovaro, da Universidade de Ancona, em Itália.

O investigador fez parte de uma equipa que na última década realizou três expedições a L’Atalante, uma região na base do Mediterrâneo que fica a 3,5 quilómetros de profundidade e a 200 quilómetros da costa Oeste da ilha de Creta, na Grécia.

Aqui, a base do mar tem uma concentração de sal tão grande que não há espaço para o oxigénio. A molécula vital é necessária para as mitocôndrias - as baterias das nossas células que transformam os açúcares em moléculas energéticas essenciais para todas as funções.

A equipa retirou as três novas espécies de Loricifera da base salina. Apesar de estarem mortas os cientistas verificaram haver evidências de que os indivíduos tinham estado vivos há pouco tempo, para além disso, a outras profundidades com oxigénio estas espécies não existiam.

Um passado sem O2

Mas a prova definitiva apareceu quando os investigadores incubaram ovos de uma das espécies num ambiente anóxico (sem oxigénio) e a larva eclodiu normalmente. Segundo Donovaro, estas espécies representam “uma adaptação tremenda para animais que evoluírem em condições com oxigénio”.

No entanto há discórdia. Um comentário escrito sobre o artigo publicado na mesma revista, dos autores Marek Mentel, bioquímico da Eslováquia e William Martin, um botânico alemão, defende um passado sem oxigénio.

“A descoberta de vida animal em ambientes sem oxigénio dá o vislumbre do que foi boa parte do passado ecológico da Terra, antes do aumento dos níveis do oxigénio marinho em profundidade e do aparecimento dos primeiros grandes animais no registo fóssil, há cerca de 550-600 milhões de anos”, escrevem os autores.

O oxigénio só existe na atmosfera devido à fotossíntese das plantas e as grandes quantidades com que vivemos apareceram antes do início do Câmbrico, há 542 milhões de anos.

Música para preparar os professores para o regresso às aulas



Frankie Goes To Hollywood - Watching The Wildlife


I Passeio Pedestre - Nos Trilhos da Raposa


I PASSEIO PEDESTRE

11 de Abril de 2010


CAMINHAR PELA PROTECÇÃO DOS MOINHOS


O Centro de Interpretação Científico-Ambiental das Grutas da Moeda comemora o Dia Mundial dos Moinhos.



O Centro de Interpretação Científico-Ambiental das Grutas da Moeda, em parceria com o Grupo de Cantares do Planalto de S. Mamede, promove um passeio pedestre no próximo dia 11 de Abril, pelos trilhos do Planalto de S. Mamede, como forma de comemorar do Dia Mundial dos Moinhos que se assinala no dia 7 de Abril.

Será o I PASSEIO PEDESTRE "NOS TRILHOS DA RAPOSA” e, tal como o nome indica, consistirá num passeio a pé, cujo percurso inclui parte da já conhecida Rota dos Moinhos, passando ainda por um outro novo percurso denominado de Trilho das Raposas, com uma duração que rondará as duas horas e meia.

O programa prevê que os participantes se encontrem no largo das Grutas da Moeda pelas 09.00 horas, a partir de onde serão transportados de autocarro até à conhecida aldeia de Pia do Urso.

Aqui terá início o passeio pela serra, onde, para além de se poderem deslumbrar com as magnificas paisagens, os caminheiros farão uma visita aos Moinhos existentes ao longo do percurso. Este passeio pedestre conta com inúmeras surpresas, que a organização mantém nos segredos dos deuses, e termina no largo das Grutas da Moeda, onde será servido um almoço típico.

O programa do I PASSEIO PEDESTRE não fica por aqui. Inclui também uma visita guiada às belíssimas Grutas da Moeda e ao Centro de Interpretação Científico-Ambiental.

Com a realização deste passeio pedestre, os organizadores pretendem não apenas possibilitar um dia diferente a todos os amantes das caminhadas, mas também chamar a atenção da comunidade local para o inestimável valor patrimonial dos nossos moinhos tradicionais, de forma a motivar e coordenar vontades e esforços de proprietários, organizações associativas, Autarquias locais, Museus, investigadores, molinólogos, entusiastas e amigos dos moinhos.

Para participar nesta iniciativa basta inscrever-se através do e-mail info@grutasmoeda.com ou por telefone (244 703 838) ou telemóvel (919 741 212). O custo por pessoa é de 12,50 €, podendo ainda participar as crianças com mais de 8 anos, mediante o pagamento de 10 €.

Os pais que tenham crianças com idade inferior a 8 anos e queiram participar no evento, podem deixar as crianças no OFICINA DA CRIATIVIDADE. Este é um espaço onde as crianças mais pequenas ficarão em segurança, acompanhadas por animadoras e onde terão oportunidade de desenvolver inúmeras actividades lúdicas. Os interessados em usufruir deste serviço gratuito, devem fazê-lo no acto da sua inscrição.

Outras informações, contactar: mariete.ferreira@grutasmoeda.com

Inscrições até 09.04.2010 (hoje).

Link para o Cartaz - AQUI

Coisas boas para geopedrados




NOTA: quem é que não se lembra desta música, tão dançável e que já anteriormente publicámos aqui no Blog, que nos recorda os bons e velhos anos oitenta...?!? Penso que inclusive realizaram um anúncio com esta música, não me recordo de quê...

Workshop sobre Dendocronologia

I Workshop de Dendocronologia e Arqueologia da Paisagem

15 e 16 de Maio de 2010, entre as 10.00 e as 18.00 horas

LOCAIS: Biblioteca da Associação Leonel Trindade - Sociedade de História Natural e Visita de Campo

Formador: Gerardo Vidal

Preço: 45€ (sócios) / 65 € (não sócios) - 10 a 14 participantes



(clicar para aumentar)

A dendrocronologia representa, hoje em dia, uma área do saber que desfruta de uma ampla e vastíssima gama de aplicações nas mais variadas áreas do saber. A dendrocronologia ou ciência que estuda e analisa, de variadíssimas formas, os anéis de crescimento das árvores adquiriu, ao longo de quase 90 anos de aplicações, uma relevância importantíssima no panorama científico internacional. Com métodos e técnicas mais ou menos simples, a dendrocronologia fornece um conjunto de informações bastante relevantes nos domínios da investigação paleoambiental, arqueologia, climatologia, história dos incêndios, hidrologia, avalanches, etc.

Em Portugal as aplicações da dendrocronologia são bastante escassas. Contudo, as aplicações plausíveis são bastante elevadas. O estudo e análise do crescimento dos anéis das árvores permitem colocar em evidência um vastíssimo leque de informações que se encontram no interior das espécies e que, de maneira geral, foram acumuladas ao longo dos tempos. Alguns estudos mais recentes no Alentejo (Gonçalves, 2007/2008) colocaram em evidência algumas das aplicações desta área do saber.

O presente Workshop pretende dar a conhecer uma parte importante desta área do saber. A organização do curso compreende uma parte teórica, uma parte prática e uma apresentação sobre os resultados do workshop sob a forma de artigo. A abordagem dada ao workshop terá também uma componente mais teórica sobre a paisagem e as inúmeras abordagens realizadas pelo Homem, como refere o título do workshop - Dendocronologia e Arqueologia da Paisagem.

Inscrições aqui
Para mais informações contactar educacao@alt-shn.org


PROGRAMA


O curso comporta uma componente teórica, com 7 horas lectivas, e uma componente prática de 7 horas distribuídas em 3 horas de campo e 4 horas de laboratório. O programa do curso desenvolve-se da seguinte forma:

1.ª Parte (Componente Teórica)
  • O que é a dendrocronologia?
  • Resenha histórica
  • Fundamentos e leis
  • Métodos e materiais
  • Aplicações práticas
  • Metodologias de análise
  • Dendrocronologia e paisagem
  • O Homem, as árvores, a madeira e a paisagem
  • A paisagem e o Homem

2.ª Parte (Componente Prática)
  • Materiais e metodologia (Campo)
  • Como utilizar o trado de incremento (Campo)
  • Obtenção das amostras e acondicionamento (Campo)
  • Saída de campo e recolha de amostras em Pinus pinea L. (Campo)
  • Recolha de amostras e condicionamento (Campo)
  • Preparação das amostras (Laboratório)
  • Digitalização das amostras (Laboratório)
  • Utilização de Software e medição (Laboratório)
  • Análise dos dados (Laboratório)
  • Aplicações (Laboratório)
  • Resultados obtidos e Discussão (Laboratório)
  • Preparação de texto (e-mail) (Laboratório)

quinta-feira, abril 08, 2010

A propósito do novo Estatuto do Aluno que certas almas caridosas nos querem impingir


Hoje Sinto-Me Um Empedernido Conservador De Direita

Anote-se que subscrevi aquele documento que apelava a uma união dos partidos de esquerda para uma maioria governativa.

Mas depois dá-me um ataque de urticária dos grandes quando leio estas coisas que, se no plano dos princípios é difícil atacar, nas consequências práticas levou ao estado em que estamos.

Alguém informe o Bloco e o PCP que o fascismo já acabou e que este tipo de atitude complacente e benevolente resulta do pior dos preconceitos: a de que os pobrezinhos é que são perigosos. No fundo, pensam o mesmo que os vitorianos, só que em pleno século XXI, só que apontam o dedo aos outros. Parece que não percebem que o argumento é reversível.

E eu estou farto, mas mesmo farto, que certas medidas sejam recusadas, mitigadas ou transfiguradas só porque surgem do quadrante político oposto. peçam lá aos irmãos Portas para se entenderem a este respeito e, pelo caminho, respeitem as escolas, os alunos, os funcionários e, já agora, os professores.

A violência na escola e a cruzada da direita

Afinal, parece que as ocorrências de agressão em contexto escolar – a professores, funcionários, alunos – diminuíram: à volta de 1.000 e longe das 1.656 registadas em 2007-2008. Os números poderão esconder ainda o medo, o silêncio cúmplice ou a indiferença, mas não deixam de ser uma chapada no frenesim autoritário que tem tomado conta do discurso sobre a escola, e que só serve a direita.

O medo de retaliação de uma criança agredida por outra, o medo de um professor de ver o carro riscado, o silêncio de um professor ou professora, vítima de violência psicológica por outro/s professor/es, ou perante a agressão, física ou psicológica de um aluno a outro, que viu ou ouviu e fez de conta que não viu nem ouviu, a indiferença de quem devia ter punido e achou que a coisa passava. Tudo isto é intolerável. É contra o medo e o silêncio que se exige o máximo às escolas, que só podem ser espaços contra a violência, com tolerância zero à indiferença e à cumplicidade. É punição e identificação clara dos agressores, sejam eles quem forem, porque a comunidade deve saber o que fizeram.

Mas estas exigências são o contrário da verborreia autoritária, e a escola pública não pode ser indiferente nem cúmplice perante a cavalgada da paranóia securitária e do policiamento do CDS, que acha que a “indisciplina” é coisa de pobres – quando os estudos dizem que não tem classe social.

Intervir de forma integrada

O PCP discorda que os problemas da violência e do insucesso escolar sejam encarados a partir da estreita visão do «securitarismo e do autoritarismo», defendendo, pelo contrário, uma intervenção «estruturada e integrada» que tenha em conta a realidade económica e social.

Só esta perspectiva pode «construir uma escola mais democrática e inclusiva», sustentou a deputada comunista Rita Rato, distanciando-se de PS, PSD e CDS/PP, a quem acusou igualmente de serem protagonistas ou apoiantes de uma política de crescente desresponsabilização do Estado. O que, aliás, lembrou, ainda há bem pouco tempo voltou a ficar demonstrado no Orçamento do Estado, com a aprovação por aqueles partidos da quebra de investimento público na educação, do congelamento de prestações sociais ou da redução do número de trabalhadores da administração pública (regra da entrada de um pela saída de dois), em prejuízo da qualidade dos serviços prestados à população.

E o mais curioso é que esta posição fortemente ideológica, desligada do quotidiano das escolas, não é partilhada pela maior parte dos docentes que eu conheço serem destes partidos. O que significa que a posição dos deputados do Bloco e do PCP no Parlamento será ditada por tácticas políticas e preconceitos ideológicos, a que é estranho o interesse da Escola Pública que tanto dizem defender.

Que de uma vez por todas se entenda que sancionar comportamentos agressivos e de desrespeito evidente não é excluir, rejeitar.

in A Educação do meu Umbigo - post de Paulo Guinote

Conferência - Litoral: Problemas e Potencialidades

A Oikos - Associação de Defesa do Ambiente e do Património da Região de Leiria vai realizar, nos dias 16 e 17 de Abril de 2010, na Galeria Municipal da Marinha Grande, a Conferência "Litoral: Problemas e Potencialidades" cujo programa e cartaz colocámos neste post.


Tem um excelente programa, com nomes conhecidos, conteúdos muito actuais, uma saída de campo e, sobretudo, é de graça... É pena não ser toda ao fim-de-semana, pois há quem trabalhe à sexta (eu, por acaso, tenho o dia todo com aulas e no sábado estou de serviço nos Regionais de Xadrez do Desporto Escolar, que se realizam nesses mesmos dias na Marinha Grande...).

Se puderes, participa e divulga...!


(Clicar para aumentar)


NOTA: os dados principais da Conferência, para quem quiser ler ou imprimir:

OBJECTIVOS
  • Compreender a importância dos recursos do litoral, analisar as suas potencialidades e fragilidades, detectar disfunções no seu uso em geral e na região em particular;
  • Reflectir sobre a importância dos recursos do litoral e conhecer, analisar e divulgar as políticas e estratégias para o seu uso sustentado;
  • Discutir os instrumentos de planeamento e gestão do litoral, buscando uma maior responsabilização dos beneficiários e a recuperação dos ecossistemas que lhe estão associados;
  • Promover a cooperação entre entidades públicas e privadas na definição de novos modelos de desenvolvimento e estratégias de abordagem à problemática da conservação dos recursos associados ao litoral;
  • Sensibilizar e incentivar todos os agentes (poderes central, regional e local, agentes económicos, ONGA's e outras ONG's, estabelecimentos de todos os graus de ensino e população em geral) para as temáticas em análise, sua relevância estratégica, económica, social e ambiental.
PROGRAMA

Dia 16 de Abril, Sexta-Feira

MANHÃ
09.00 - Entrega de documentação
09.30 - SESSÃO DE ABERTURA
  • Presidente da Oikos
  • Presidente da C. M. Marinha Grande
  • Governador Civil do Distrito de Leiria
  • Secretário de Estado do Ambiente

10.00 - PAINEL A: CARACTERIZAÇÃO E PROBLEMAS DO LITORAL
“Litoral: Espelho da Sociedade - Mudam-se os Tempos Mudam-se as Vontades” - Alveirinho Dias (CIMA - Centro de Investigação Marinha e Ambiental)
“Litoral Regional - Um Retrato Ambiental” - Mário Oliveira (OIKOS)

Intervalo para café

“Cetáceos no Litoral de Alcobaça: Dos Arrojamentos à Investigação” - Sofia Quaresma (Câmara Municipal de Alcobaça)
“Os Sistemas de Informação Aplicados à Gestão do Litoral” - António Mota Lopes (Instituto Geográfico Português)

12.30 - DEBATE
Moderador: Jorge Dinis (FCT - Universidade de Coimbra)


TARDE

14.30 - PAINEL B: POLÍTICAS, ESTRATÉGIAS E POTENCIALIDADES

“Estratégia Nacional para a Gestão Integrada da Zona Costeira” - Paulo Machado (Instituto Nacional da Água)
“Litoral e Áreas Protegidas” - Teresa Leonardo (Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade)
“Os Desafios do Turismo na Zona Costeira” - José Carlos Ferreira (FCT - Universidade Nova de Lisboa)

Intervalo para café

“Avaliação Ambiental Estratégica para a Gestão do Litoral: O Caso de Estudo de Tróia” - João Joanaz de Melo (FCT - Universidade Nova de Lisboa)
“Litoral de Gaia - Problemas e suas potencialidades” - Henrique Nepomuceno (Parque Biológico de Gaia)

DEBATE
Moderador: Nuno Carvalho (Oikos)


Dia 17 de Abril, Sábado

09.00 / 13.00 - SAÍDA DE CAMPO

Mais um sismo forte sem consequências



Indonésia: Levantado alerta de tsunami após sismo de magnitude 7,8 em Samatra

O alerta de tsunami depois do sismo de magnitude 7,8 que sacudiu hoje de madrugada a ilha de Samatra já foi levantado em toda a região, informaram as autoridades locais.

O alerta de tsunami depois do sismo de magnitude 7,8 que sacudiu hoje de madrugada a ilha de Samatra já foi levantado em toda a região, informaram as autoridades locais.

Relativamente ao sismo, as autoridades indonésias referiram não ter recebido informações de danos dignos de registo em Sinabang.

"Os nossos polícias nada viram digno de registo", disse o chefe da polícia local, Dedi Junaidi, à cadeia de televisão MetroTV.




NOTA: para saber mais podem consultar a página do USGS dedicada a este sismo, onde a magnitude foi entretanto revista para um valor de 7,7 - AQUI.

Egito Gonçalves nasceu há 90 anos

José Egito de Oliveira Gonçalves (Matosinhos, 8 de Abril de 1920 - Porto, 29 de Janeiro de 2001), mais conhecido por Egito Gonçalves, foi um poeta, editor e tradutor. Publicou os primeiros livros na década de 1950. Teve como actividade profissional a administração de uma editora. A sua intensa actividade de divulgação cultural e literária concretizou-se, a partir dos anos 50, na fundação e/ou direcção de diversas revistas literárias, como A Serpente (1951), Árvore (1952-54), Notícias do Bloqueio (1957-61), Plano (1965-68, publicada pelo Cineclube do Porto) e Limiar. Em 1977 foi-lhe atribuído o Prémio de Tradução Calouste Gulbenkian, da Academia das Ciências de Lisboa pela selecção de Poemas da Resistência Chilena e, em 1985, recebeu o Prémio Internacional Nicola Vaptzarov, da União de Escritores Búlgaros. Em 1995 obteve o Prémio de Poesia do Pen Clube, o Prémio Eça de Queirós e o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores com o livro E No Entanto Move-se. A sua obra encontra-se traduzida em francês, polaco, búlgaro, inglês, turco, romeno, catalão e castelhano.



Tudo Vai Bem, Amor!...

Tudo vai bem, amor! Aqui estamos longe!
Aqui malogra-se a abordagem dos terrores,
ninguém descarna o sonho ou a esperança,
não há fantasmas de espingarda ao ombro,
ninguém agoniza chicoteado pelas sombras...
Aqui não há ditadores nem guilhotinam os oráculos,
ninguém encobre estrelas com areia,
não cortam com navalhas os seios das mulheres,
não se incendeiam ghetos com corpos de crianças:
é tudo útil, simples, como um campo de trigo
- a Esfinge é um animal de pedra muito gasta.
Os poetas podem passear nas ruas; a paz
não é uma aranha sobre terra árida.
O sono não se povoa de estátuas de ameaça,
o amor não se faz de coração crispado:
o leito do amor é a simples terra nua.

in O Vagabundo Decepado - Egito Gonçalves

Música dos anos oitenta para geopedrados


quarta-feira, abril 07, 2010

Formação - Gruta do Carvão


No dia 17 de Abril de 2010 (sábado) decorrerá uma acção de formação para habilitação de novos guias e monitores de visitas à Gruta do Carvão.

Esta iniciativa decorrerá com formação teórica (09.30 às 12.30 horas) e formação prática (14.00 às 18.00 horas) com visita aos troços da Rua de Lisboa e da Rua do Paim da referida cavidade vulcânica.

Esta actividade é aberta a todos os interessados, que devem, no entanto, efectuar inscrição (grutadocarvao@amigosdosacores.pt).



NOTA: há que dar os parabéns ao Amigos dos Açores - Associação Ecológica por mais esta iniciativa...

Comboios e Dinossáurios


No trilho dos Dinossáurios – Castelo Branco

Os dinossáurios invadem o Geopark: Esqueletos, crânios de dinossauros, ovos, ninhos e ovos com embriões, garras e dentes vão invadir o Geopark Naturtejo, numa actividade que esta instituição promove em Castelo Branco e que é a maior exposição itinerante de Dinossáurios do Mundo.

A exposição decorre de 27 de Março a 30 de Outubro de 2010, estando aberta todos os dias entre as 10.00 e as 19.00 horas.

A CP tem um pacote especial para os fins-de-semana que inclui o transporte de comboio, o transfer entre a estação de Castelo Branco e o Centro de Exposições do Nercab e ainda a visita à exposição, à venda nas bilheteiras do serviço Longo Curso e Regional.

Este pacote é válido também durante a semana para grupos.

Consulte os horários dos comboios com transfer - AQUI.

Para pedidos de informação e preços envie um e-mail para gruposlbrj@cp.pt ou contacte através dos telefones 249 132 752 ou 919 558 443.

Para mais informações sobre a exposição sugere-se ainda a consulta ao site oficial.

Dia Nacional dos Moinhos

Uma velha música para celebrar a data...