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quinta-feira, abril 18, 2024

Antero de Quental nasceu há cento e oitenta e dois anos

   
Antero Tarquínio de Quental (Ponta Delgada, 18 de abril de 1842 - Ponta Delgada, 11 de setembro de 1891) foi um escritor e poeta português do século XIX que teve um papel importante no movimento da Geração de 70.
  
(...)
  
Em 1890, devido à reação nacional contra o ultimato inglês, de 11 de janeiro, aceitou presidir à Liga Patriótica do Norte, mas a existência da Liga foi efémera. Quando regressou a Lisboa, em maio de 1891, instalou-se em casa da irmã, Ana de Quental.
Portador de Distúrbio Bipolar, nesse momento o seu estado de depressão era permanente. Após um mês, em junho de 1891, regressou a Ponta Delgada, cometendo suicídio no dia 11 de setembro de 1891, com dois tiros, num banco de jardim junto ao Convento de Nossa Senhora da Esperança, onde está na parede a palavra "Esperança", no Campo de São Francisco, cerca das vinte horas.
   
Local do suicídio de Antero, junto do Convento de Nossa Senhora da Esperança
    
in Wikipédia
  
 
   
    
Evolução


Fui rocha em tempo, e fui no mundo antigo
tronco ou ramo na incógnita floresta...
Onda, espumei, quebrando-me na aresta
Do granito, antiquíssimo inimigo...

Rugi, fera talvez, buscando abrigo
Na caverna que ensombra urze e giesta;
O, monstro primitivo, ergui a testa
No limoso paúl, glauco pascigo...

Hoje sou homem, e na sombra enorme
Vejo, a meus pés, a escada multiforme,
Que desce, em espirais, da imensidade...

Interrogo o infinito e às vezes choro...
Mas estendendo as mãos no vácuo, adoro
E aspiro unicamente à liberdade. 
   


Antero de Quental

terça-feira, abril 18, 2023

Antero de Quental nasceu há cento e oitenta e um anos

Antero Tarquínio de Quental (Ponta Delgada, 18 de abril de 1842 - Ponta Delgada, 11 de setembro de 1891) foi um escritor e poeta português do século XIX que teve um papel importante no movimento da Geração de 70.
  
(...)
  
Em 1890, devido à reação nacional contra o ultimato inglês, de 11 de janeiro, aceitou presidir à Liga Patriótica do Norte, mas a existência da Liga foi efémera. Quando regressou a Lisboa, em maio de 1891, instalou-se em casa da irmã, Ana de Quental.
Portador de Distúrbio Bipolar, nesse momento o seu estado de depressão era permanente. Após um mês, em junho de 1891, regressou a Ponta Delgada, cometendo suicídio no dia 11 de setembro de 1891, com dois tiros, num banco de jardim junto ao Convento de Nossa Senhora da Esperança, onde está na parede a palavra "Esperança", no Campo de São Francisco, cerca das vinte horas.
   
Local do suicídio de Antero, junto do Convento de Nossa Senhora da Esperança
    
in Wikipédia
  
 
   
    
Evolução


Fui rocha em tempo, e fui no mundo antigo
tronco ou ramo na incógnita floresta...
Onda, espumei, quebrando-me na aresta
Do granito, antiquíssimo inimigo...

Rugi, fera talvez, buscando abrigo
Na caverna que ensombra urze e giesta;
O, monstro primitivo, ergui a testa
No limoso paúl, glauco pascigo...

Hoje sou homem, e na sombra enorme
Vejo, a meus pés, a escada multiforme,
Que desce, em espirais, da imensidade...

Interrogo o infinito e às vezes choro...
Mas estendendo as mãos no vácuo, adoro
E aspiro unicamente à liberdade. 
   


Antero de Quental

segunda-feira, abril 18, 2022

Antero de Quental nasceu há cento e oitenta anos

Antero Tarquínio de Quental (Ponta Delgada, 18 de abril de 1842 - Ponta Delgada, 11 de setembro de 1891) foi um escritor e poeta português do século XIX que teve um papel importante no movimento da Geração de 70.
  
(...)
  
Em 1890, devido à reação nacional contra o ultimato inglês, de 11 de janeiro, aceitou presidir à Liga Patriótica do Norte, mas a existência da Liga foi efémera. Quando regressou a Lisboa, em maio de 1891, instalou-se em casa da irmã, Ana de Quental.
Portador de Distúrbio Bipolar, nesse momento o seu estado de depressão era permanente. Após um mês, em junho de 1891, regressou a Ponta Delgada, cometendo suicídio no dia 11 de setembro de 1891, com dois tiros, num banco de jardim junto ao Convento de Nossa Senhora da Esperança, onde está na parede a palavra "Esperança", no Campo de São Francisco, cerca das vinte horas.
   
Local do suicídio de Antero, junto do Convento de Nossa Senhora da Esperança
    
in Wikipédia
  
 
   
    
Evolução


Fui rocha em tempo, e fui no mundo antigo
tronco ou ramo na incógnita floresta...
Onda, espumei, quebrando-me na aresta
Do granito, antiquíssimo inimigo...

Rugi, fera talvez, buscando abrigo
Na caverna que ensombra urze e giesta;
O, monstro primitivo, ergui a testa
No limoso paúl, glauco pascigo...

Hoje sou homem, e na sombra enorme
Vejo, a meus pés, a escada multiforme,
Que desce, em espirais, da imensidade...

Interrogo o infinito e às vezes choro...
Mas estendendo as mãos no vácuo, adoro
E aspiro unicamente à liberdade. 
   


Antero de Quental

domingo, abril 18, 2021

Antero de Quental nasceu há 179 anos

    
Antero Tarquínio de Quental (Ponta Delgada, 18 de abril de 1842 - Ponta Delgada, 11 de setembro de 1891) foi um escritor e poeta português que teve um papel importante no movimento da Geração de 70.
    
Local do suicídio de Antero, junto do Convento de Nossa Senhora da Esperança
   
   
     
Mea Culpa

Não duvido que o mundo no seu eixo
Gire suspenso e volva em harmonia;
Que o homem suba e vá da noite ao dia,
E o homem vá subindo insecto o seixo.

Não chamo a Deus tirano, nem me queixo,
Nem chamo ao céu da vida noite fria;
Não chamo à existência hora sombria;
Acaso, à ordem; nem à lei desleixo.

A Natureza é minha mãe ainda...
É minha mãe... Ah, se eu à face linda
Não sei sorrir: se estou desesperado;

Se nada há que me aqueça esta frieza;
Se estou cheio de fel e de tristeza...
É de crer que só eu seja o culpado!


in
Sonetos Completos (1886) - Antero de Quental

sábado, abril 18, 2020

Antero de Quental nasceu há 178 anos

   
Antero Tarquínio de Quental (Ponta Delgada, 18 de abril de 1842 - Ponta Delgada, 11 de setembro de 1891) foi um escritor e poeta português do século XIX que teve um papel importante no movimento da Geração de 70.
  
Local do suicídio de Antero, junto do Convento de Nossa Senhora da Esperança
  
     
Na Mão de Deus
  
Na mão de Deus, na sua mão direita,
Descansou afinal meu coração.
Do palácio encantado da Ilusão
Desci a passo e passo a escada estreita.
  
Como as flores mortais, com que se enfeita
A ignorância infantil, despojo vão,
Depois do Ideal e da Paixão
A forma transitória e imperfeita.
  
Como criança, em lôbrega jornada,
Que a mãe leva ao colo agasalhada
E atravessa, sorrindo vagamente,
  
Selvas, mares, areias do deserto...
Dorme o teu sono, coração liberto,
Dorme na mão de Deus eternamente!
  
  
Antero de Quental

sexta-feira, abril 11, 2014

Sismo moderado nos Açores

Recebido via e-mail do IPMA:


O Instituto Português do Mar e da Atmosfera informa que no dia 11.04,2014 pelas 02.41 (hora local - UTC) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Arquipélago dos Açores, um sismo de magnitude 5.0 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 60 km a Oeste de Ginetes (S. Miguel).

Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima IV (escala de Mercalli modificada) na região de Ponta Delgada (São Miguel) e intensidade III nas regiões de Praia da Vitoria e Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.

De acordo com a informação disponível, este sismo foi sentido, devendo em breve ser emitido novo comunicado com informação instrumental e macrossísmica actualizada. 

Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados. 

Sugere-se o acompanhamento da evolução da situação através da página do IPMA na Internet (www.ipma.pt) e a obtenção de eventuais recomendações junto do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (www.prociv.azores.gov.pt).

NOTA: mais dados do IPMA sobre o sismo:


Data (TU)Lat.Lon.Prof.Mag.Ref.GrauLocal
2014.04.11 02.41 37,97 -26,51 - 5,0 Fossa de Hirondelle IVPonta Delgada

quarta-feira, abril 18, 2012

Antero de Quental nasceu há 170 anos


Google Doodle de 18.04.2012 - 170º aniversário do nascimento de Antero de Quental

Antero Tarquínio de Quental (Ponta Delgada, 18 de abril de 1842 - Ponta Delgada, 11 de setembro de 1891) foi um escritor e poeta de Portugal que teve um papel importante no movimento da Geração de 70.

Nascido na Ilha de São Miguel, Açores, filho do combatente liberal Fernando de Quental (Solar do Ramalho - do qual mandou tirar a pedra de armas da família -, 10 de maio de 1814 - Ponta Delgada, Matriz, 7 de março de 1873) e de sua mulher Ana Guilhermina da Maia (Setúbal, 16 de julho de 1811 - Lisboa, 28 de novembro de 1876), durante a sua vida, Antero de Quental dedicou-se à poesia, à filosofia e à política. Iniciou seus estudos na cidade natal, mudando para Coimbra aos 16 anos, ali estudando Direito e manifestando as primeiras ideias socialistas. Fundou em Coimbra a Sociedade do Raio, que pretendia renovar o país pela literatura.
Em 1861, publicou seus primeiros sonetos. Quatro anos depois, publicou as Odes Modernas, influenciadas pelo socialismo experimental de Proudhon, enaltecendo a revolução. Nesse mesmo ano iniciou a Questão Coimbrã, em que Antero e outros poetas foram atacados por Antônio Feliciano de Castilho, por instigarem a revolução intelectual. Como resposta, Antero publicou os opúsculos Bom Senso e Bom Gosto, carta ao Exmo. Sr. António Feliciano de Castilho, e A Dignidade das Letras e as Literaturas Oficiais.
Ainda em 1866 foi viver em Lisboa, onde experimentou a vida de operário, trabalhando como tipógrafo, profissão que exerceu também em Paris, entre janeiro e fevereiro de 1867.
Em 1868 regressou a Lisboa, onde formou o Cenáculo, de que fizeram parte, entre outros, Eça de Queirós, Abílio de Guerra Junqueiro e Ramalho Ortigão.
Foi um dos fundadores do Partido Socialista Português. Em 1869, fundou o jornal A República, com Oliveira Martins, e em 1872, juntamente com José Fontana, passou a editar a revista O Pensamento Social.
Em 1873 herdou uma quantia considerável de dinheiro, o que lhe permitiu viver dos rendimentos dessa fortuna. Em 1874, com tuberculose, descansou por um ano, mas em 1875, fez a reedição das Odes Modernas.
Em 1879 mudou-se para o Porto, e em 1886 publicou aquela que é considerada pelos críticos como sua melhor obra poética, Sonetos Completos, com características autobiográficas e simbolistas.
Em 1880, adoptou as duas filhas do seu amigo, Germano Meireles, que falecera em 1877. Em Setembro de 1881 foi, por razões de saúde e a conselho do seu médico, viver em Vila do Conde, onde fixou residência até Maio de 1891, com pequenos intervalos nos Açores e em Lisboa. O período em Vila do Conde foi considerado pelo poeta o melhor período da sua vida: "Aqui as praias são amplas e belas, e por elas me passeio ou me estendo ao sol com a voluptuosidade que só conhecem os poetas e os lagartos adoradores da luz."
Em 1886 foram publicados os Sonetos Completos, coligidos e prefaciados por Oliveira Martins. Entre março e outubro de 1887, permaneceu nos Açores, voltando depois a Vila do Conde. Devido à sua estadia em Vila do Conde, foi criada nesta cidade, em 1995, o "Centro de Estudos Anterianos"
Em 1890, devido à reacção nacional contra o ultimato inglês, de 11 de janeiro, aceitou presidir à Liga Patriótica do Norte, mas a existência da Liga foi efémera. Quando regressou a Lisboa, em maio de 1891, instalou-se em casa da irmã, Ana de Quental. Portador de Distúrbio Bipolar, nesse momento o seu estado de depressão era permanente. Após um mês, em junho de 1891, regressou a Ponta Delgada, suicidando-se no dia 11 de setembro de 1891, com dois tiros, num banco de jardim junto ao Convento da Esperança, no Campo de São Francisco.
Os seus restos mortais encontram-se sepultados no Cemitério de São Joaquim, em Ponta Delgada.

A poesia de Antero de Quental apresenta três faces distintas:
  • A das experiências juvenis, em que coexistem diversas tendências;
  • A da poesia militante, empenhada em agir como “voz da revolução”;
  • E a da poesia de tom metafísico, voltada para a expressão da angustia de quem busca um sentido para a existência.
A oscilação entre uma poesia de combate, dedicada ao elogio da acção e da capacidade humana, e uma poesia intimista, direcionada para a análise de uma individualidade angustiada, parece ter sido constante na obra madura de Antero, abandonando a posição que costumava enxergar uma sequência cronológica de três fases.
Antero atinge um maior grau de elaboração em seus sonetos, considerados por muitos críticos uns dos melhores da língua e comparados aos de Camões e aos de Bocage. Há, na verdade, alguns pontos de contato estilísticos e temáticos entre esses três poetas: os sonetos de Antero têm inegável sabor clássico, quer na adjetivação e na musicalidade equilibrada, quer na análise de questões universais que afligem o homem.


 
Ignoto Deo
Esperemos no Senhor! Ele há tornado
Em suas mãos a massa inerte e fria
Da matéria impotente e n'um só dia,
Luz, movimento, ação, tudo lhe há dado.

Ele ao que é pobre d'alma há tributado
Carinho e amor; Ele conduz à via
Segura quem lhe foge e se extravia,
Quem um momento só não o há lembrado.

E a mim, que aspiro a Ele, a mim que o amo,
Que tenho vida em mim, que anseio o brilho,
Há de negar-me o termo d'este anseio?

Buscou quem o não quis; é a mim, que o chamo,
Há de fugir-me, como a ingrato filho?
Oh Deus! Senhor! meu Pai! espero! eu creio!


in Sonetos de Antero (1861) - Antero de Quental

segunda-feira, abril 18, 2011

Antero de Quental nasceu há 169 anos


Antero Tarquínio de Quental (Ponta Delgada, 18 de Abril de 184211 de Setembro de 1891) foi um escritor e poeta de Portugal que teve um papel importante no movimento da Geração de 70.


Nirvana

Viver assim: sem ciúmes, sem saudades,
Sem amor, sem anseios, sem carinhos,
Livre de angústias e felicidades,
Deixando pelo chão rosas e espinhos;

Poder viver em todas as idades;
Poder andar por todos os caminhos;
Indiferente ao bem e às falsidades,
Confundindo chacais e passarinhos;

Passear pela terra, e achar tristonho
Tudo que em torno se vê, nela espalhado;
A vida olhar como através de um sonho;

Chegar onde eu cheguei, subir à altura
Onde agora me encontro - é ter chegado
Aos extremos da Paz e da Ventura!

in Sonetos - Antero de Quental

domingo, setembro 26, 2010

Exposição Fotográfica “Calores e Vapores da Terra”


Na sequência do Concurso Fotográfico “Calores e Vapores da Terra” promovido pelo Grupo de Fotografia de Natureza dos Amigos dos Açores – Associação Ecológica e o Grupo “Vida em Ebulição” do Observatório Microbiano dos Açores será entregue o prémio da fotografia vencedora e inaugurada a exposição fotográfica itinerante “Calores e Vapores da Terra” na próxima segunda feira, 27 de Setembro pelas 18.30 horas, no Salão Nobre do Teatro Micaelense, em Ponta Delgada.

A actividade insere-se nas comemorações do Dia Mundial do Turismo promovida pelo Governo dos Açores, este ano sob a égide do “Turismo e Biodiversidade”.

As 35 fotos da exposição resultam dos trabalhos de 7 concorrentes ao desafio lançado no Dia Mundial da Terra, 22 de Abril, que teve como objectivo a procura de interligação entre a Terra e a Vida, bem como a descoberta dos recursos naturais termais dos Açores, que se destacam de outras regiões, materializando traços identitários do ser açoriano.

quarta-feira, abril 07, 2010

Formação - Gruta do Carvão


No dia 17 de Abril de 2010 (sábado) decorrerá uma acção de formação para habilitação de novos guias e monitores de visitas à Gruta do Carvão.

Esta iniciativa decorrerá com formação teórica (09.30 às 12.30 horas) e formação prática (14.00 às 18.00 horas) com visita aos troços da Rua de Lisboa e da Rua do Paim da referida cavidade vulcânica.

Esta actividade é aberta a todos os interessados, que devem, no entanto, efectuar inscrição (grutadocarvao@amigosdosacores.pt).



NOTA: há que dar os parabéns ao Amigos dos Açores - Associação Ecológica por mais esta iniciativa...