sábado, junho 01, 2024

Música de aniversariante de hoje...

Brandi Carlile celebra hoje quarenta e três anos

  
Brandi Carlile (Ravensdale, 1 de junho de 1981) é uma cantora e compositora norte-americana. A música de Carlile tem sido catalogada de vários géneros musicais, incluindo pop, rock, música country, indie e folk.
 
 
 

Um voo da Air France caiu no meio do Atlântico, matando 228 pessoas, há quinze anos...

      
Voo Air France 447 era a identificação da rota aérea regular de longo curso operada pela companhia francesa Air France entre Rio de Janeiro e Paris. Tornou-se conhecido pelo acidente aéreo ocorrido durante o voo da noite de 31 de maio para 1 de junho de 2009, efetuado pelo Airbus A330-203, quando a aeronave se despenhou no Oceano Atlântico com 228 pessoas a bordo (216 passageiros e 12 tripulantes).
O avião, de matrícula F-GZCP, partiu do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro-Galeão a 31 de maio de 2009, às 19h29min locais (22h29 UTC), e deveria chegar ao Aeroporto de Paris-Charles de Gaulle 10h34min depois. O último contacto humano com a tripulação foram mensagens de rotina enviadas aos controladores de terra brasileiros 3 horas e 06 minutos após o início do voo, quando o avião se aproximava do limite de vigilância dos radares brasileiros, cruzando o Oceano Atlântico en route, seguindo para a costa senegalesa, na África Ocidental, onde voltaria a ser coberto por radares. Quarenta minutos mais tarde, uma série de mensagens automáticas emitidas pelo ACARS (Aircraft Communications Addressing and Reporting System ou Sistema Dirigido de Comunicação e Informação da Aeronave) foram enviadas pelo avião, indicando problemas elétricos e de perda da pressurização da cabine da aeronave, sem que houvesse outras indicações de problemas.
Por não se confirmar a esperada aparição da aeronave nos radares senegaleses e não ter sido possível o contacto com o controle de tráfego aéreo de ambos os lados do Oceano Atlântico, teve início uma busca pelo avião. Posteriormente, o Ministro dos Transportes da França, Jean-Louis Borloo, admitiu que "a situação era alarmante" e que a aeronave poderia ser dada como desaparecida já que, pelo tempo decorrido, teria esgotado suas reservas de combustível.
Em 2 de junho foram reportadas observações aéreas e marítimas de destroços no oceano, perto da última localização conhecida do aparelho. À medida que as buscas continuaram, a França enviou o navio de pesquisa Pourquoi Pas?, equipado com dois mini-submarinos capazes de realizar buscas a uma profundidade de 4.700 m. O Brasil enviou cinco navios para o local, de entre os quais um navio-tanque para prolongar as buscas na área. O porta voz da marinha brasileira afirmou que a existência de destroços poderia ser um indício de haver sobreviventes.
Na tarde de 2 de junho o ministro da defesa do Brasil, Nelson Jobim, confirmou a queda do avião no Oceano Atlântico, na área onde foram avistados os destroços. Na noite do mesmo dia, o presidente brasileiro em exercício, José Alencar, tendo em vista a localização do acidente em alto-mar, decretou luto nacional por três dias, em memória às vítimas da tragédia. A 3 de junho o Estado Maior do Exército francês confirmou que os destroços encontrados pertenciam ao Airbus desaparecido.
Em 3 de abril de 2011, a agência do governo francês para investigações de acidentes aeronáuticos (BEA) anunciou que, após novas buscas no oceano, localizou e que iria recolher diversos destroços. Também foi anunciado que corpos foram vistos entre os destroços.
A investigação inicial do acidente foi prejudicada tanto pela falta de testemunhas e rastreamento de radares, como pela falta das caixas pretas, localizadas dois anos após o acidente, em maio de 2011.
  
Plano do voo AF 447, que se dirigia para nordeste - a linha vermelha mostra a rota real. O tracejado indica a rota planeada a partir da última posição captada pelo radar (tempo UTC)
 
Incidente
No dia 31 de maio de 2009, às 19.29 horas (horário de Brasília), o voo Air France AF 447 partiu do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão - Antonio Carlos Jobim, com destino ao Aeroporto Internacional de Paris-Charles de Gaulle, em Paris. Estavam no voo, além de 12 tripulantes, 216 passageiros, incluindo um bebé e sete crianças. Dos passageiros adultos, 82 eram mulheres e 126 homens. Com duração de 10.34 horas, o voo deveria pousar em Paris às 11.03 horas locais - 06.03 horas no horário de Brasília (09.03 UTC).
O último contacto verbal foi à 01.33 horas UTC de 1 de junho, segunda-feira, ao aproximar-se do waypoint INTOL (1° 21′ S 32° 49′ W), a 565 km da cidade de Natal. A tripulação informou que esperava entrar em 50 minutos no espaço aéreo controlado pelo Senegal, no waypoint TASIL (4° 0′ N 29° 59′ W), e que o avião voava normalmente a uma altitude de 10.670 m (35.000 pés) e a uma velocidade de 840 km/h.
O avião deixou a área de cobertura do Centro de Controle Aéreo (ACC) Atlântico à 01.48 horas UTC. O desaparecimento se deu após a saída da zona de cobertura pelo radar brasileiro e alguns minutos antes da entrada no espaço aéreo senegalês, sob controle do ACC Dakar, o que deveria ter ocorrido às 02.20 horas GMT. O último contacto com o avião foi quatro horas após a partida, às 02.14 horas UTC, a cerca de 100 km do waypoint TASIL e a cerca de 1.228 km de Natal, quando cerca de dez mensagens automáticas ACARS indicaram falhas em vários sistemas elétricos e um possível problema de pressurização. A troca de mensagens automática durou cerca de quatro minutos. Na altura o avião atravessava uma área com formações meteorológicas pesadas.
Quando isto ocorreu, a localização provável do avião era a cerca de 100 km do waypoint TASIL, assumindo que o voo decorria conforme planeado. Fontes da Air France anunciaram que as mensagens de falhas nos sistemas começaram a chegar às 2h10min UTC, indicando que o piloto automático tinha sido desativado. Entre as 02.11 horas UTC e as 02.13 horas UTC chegaram várias mensagens referentes a falhas na Air Data Inertial Reference Unit (ADIRU) (fornecendo informação de posição e navegação) e no Integrated Standby Instrument System (ISIS) (um sistema secundário que fornece altitude, velocidade, Mach, altitude e velocidade vertical), e às 02.13 horas UTC foram indicadas falhas no Flight Control Primary Computer (PRIM 1) e no Spoiler Elevator Control (SEC 1), e às 02.14 horas UTC chegou a última mensagem, um aviso sobre a velocidade vertical de cabine, o que significa que o ar externo penetrou na aeronave, o que pode indicar despressurização ou mesmo que, a essa altura, o A330 já estivesse em queda na localização.
O voo deveria chegar a Paris às 11.10 horas CEST, 09.10 horas UTC.
A 2 de junho foi confirmada pelo ministro da defesa brasileiro Nelson Jobim a queda do aparelho, numa área próxima do arquipélago de São Pedro e São Paulo, cerca de 270 km a sul/sudeste da última localização conhecida da aeronave.
   
(...)
  
Em 17 de fevereiro de 2010, Jean-Paul Troadec, diretor do Bureau d'Enquêtes et d'Analyses pour la sécurité de l'Aviation Civile (BEA) da França anunciou a terceira fase de buscas submarinas das duas caixas-pretas. Foram utilizados dois navios, um norte-americano e um norueguês, equipados com quatro sonares e dois robôs, que vasculharam uma área de 2 mil quilómetros quadrados ao noroeste da última posição conhecida do avião antes da queda, a cerca de 1,2 mil quilómetros da costa brasileira.
Cerca de dois anos depois do acidente, em 4 de abril de 2011, equipes de busca e resgate francesas anunciaram a descoberta de mais destroços do avião em meio ao Oceano Atlântico, e de corpos ainda presos a uma grande parte da fuselagem encontrada praticamente intacta no mar. A descoberta, anunciada pela ministra francesa dos Transportes, Nathalie Kosciusko-Morizet, deu esperanças de que as caixas pretas do avião pudessem ser finalmente encontradas. A área em que os novos destroços com corpos presos neles foram encontrados, ficava no meio do oceano, cerca de dois a quatro dias de distância de navio tanto do Senegal quanto do Brasil e o fundo do mar no local é coberto de montanhas e vales.
No dia 1 de maio de 2011, foram encontradas as duas caixas pretas com os dados registados do voo, além das gravações da comunicações dos pilotos. No dia 5 de maio, com a ajuda do robô submarino Remora 6000, de fabrico norte-americano, o mesmo que descobriu os destroços e as caixas pretas, a equipe de busca resgatou o primeiro corpo do fundo do mar. As autoridades francesas informaram que, após dois anos a 3.900 metros de profundidade, os restos mortais encontravam-se em adiantado estado de decomposição. A notícia causou surpresa à Associação das Famílias das Vítimas do Voo 447 da Air France, já que numa reunião em abril com a BEA (Birô de Investigações e Análises), em Paris, havia ficado decidido que os corpos encontrados não seriam resgatados, permanecendo em seu túmulo no fundo do oceano. 
  
(...)
  
Em 5 de julho de 2012, o BEA (Bureau de Investigações e Análises), órgão do governo francês responsável pelas investigações, apresentou seu relatório final. Nele, o órgão aponta que a tragédia foi causada por uma combinação de erros de avaliação dos pilotos, com problemas técnicos ocorridos por congelamento nos sensores de velocidade (Sondas Pitot). Segundo o relatório as sondas Pitot, obstruídas por cristais de gelo, não conseguiram informar a velocidade correta da aeronave, o que causou a desconexão do piloto automático e em seguida diversos erros de avaliação dos pilotos. 
    
(...)   
     

Estavam a bordo do avião:

  • Pedro Luís de Orléans e Bragança, 26 anos, na altura o quarto na linha de sucessão à chefia da Casa Imperial brasileira
  • Giambattista Lenzi, conselheiro regional (deputado) da região italiana Trentino-Alto Ádige pelo partido A União
  • Luigi Zortea, prefeito da comunidade italiana de Canal San Bovo
  • Marcelo Parente Gomes de Oliveira, chefe de gabinete do prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes
  • Luis Roberto Anastacio, diretor-executivo para a América Latina do Grupo Michelin
  • Antonio Gueiros, diretor regional de informática do Grupo Michelin no Rio de Janeiro
  • Christine Pieraerts, funcionária do Grupo Michelin na França
  • Erich Heine, presidente da filial brasileira da siderúrgica ThyssenKrupp
  • Adriana Van Slouijs, do departamento de comunicação da Petrobras
  • Dez funcionários da empresa francesa CGED e nove cônjuges, que haviam viajado ao Brasil como prémio por seu bom desempenho
  • Maestro Silvio Barbato, regente da Orquestra Sinfónica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro
  • Juliana de Aquino, cantora brasileira
  • Fatma Ceren Necipoğlu, harpista clássica turca;
  • Octavio Augusto Ceva Antunes, professor do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com a esposa e o filho de três anos a bordo
  • Carlos Eduardo Lopes de Mello, procurador da Procuradoria Federal Especializada junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Rio de Janeiro, acompanhado da sua esposa, a médica Bianca Cotta. Os dois se casaram no sábado anterior (30 de maio) em Niterói e seguiam para a lua de mel na França.
  • Izabela Maria Furtado Kestler, académica membro do Programa de Mestrado em Linguística Aplicada e professora associada de nível 1 em língua e literatura alemã da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • Bianca Cotta, médica, que se formou em dezembro de 2008. Viajava acompanhada de seu marido, o Procurador Federal Carlos Eduardo Lopes de Mello. Era filha do professor Renato Cotta, pesquisador do instituto de engenharia da UFRJ, da COPPE. O casal viajava para lua de mel, no dia seguinte ao casamento
  

Pat Boone celebra hoje noventa anos...!

  
Pat Boone, nome artístico de Charles Eugene Patrick Boone, nascido em Jacksonville, Florida, a 1 de junho de 1934. Dono de um estilo suave que fez dele um dos mais populares intérpretes dos anos 50, as suas versões de sucessos de rythm and blues afro-americanos tiveram um impacto visível no desenvolvimento da ampla popularidade do Rock´n Roll. É também um ator, um palestrante motivacional, uma personalidade da televisão e um comentador político conservador. Boone é um cristão pentecostal.
  

 


Armando da Silva Carvalho morreu há sete anos...

(imagem daqui)


Armando da Silva Carvalho (Olho Marinho, Óbidos, 28 de março de 1938Caldas da Rainha, 1 de junho de 2017) foi um poeta e tradutor português.

Licenciado em Direito, na Universidade de Lisboa, foi advogado, jornalista, professor do ensino secundário e publicitário. Colaborou na Antologia de Poesia Universitária, em 1959, juntamente com Ruy Belo, Fiama Hasse Pais Brandão, Luiza Neto Jorge, Gastão Cruz, entre outros, e também na Quadrante revista da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa, iniciada em 1958. Publicou Lírica Consumível em 1965, que marcou o início da sua obra poética e que lhe valeu o Prémio Revelação da Sociedade Portuguesa de Autores. A sua escrita é marcada por um timbre de mordacidade, sarcasmo e figurações da pulsão sexual. Das obras de ficção salienta Portuguex, publicada em 1977. Desde a década de 60 colaborou em inúmeros jornais e revistas (Diário de Lisboa, Jornal de Letras, O Diário, Poemas Livres, Colóquio-Letras, Hífen, As Escadas Não Têm Degraus, Sílex, Nova, Via Latina, Loreto 13, entre outras). Foi incluído na IV Líricas Portuguesas, em 1969, antologia poética organizada por António Ramos Rosa e desde então tem estado representado na generalidade das antologias de poesia portuguesa.

Morreu a 1 de junho de 2017, no Montepio Rainha D. Leonor, nas Caldas da Rainha, aos 79 anos de idade, vítima de cancro.

 

in Wikipédia

 

Poema dos motoristas oficiais


Encontram-se um pouco por todos os lugares.
Ora fumando,
orando pelos filhos junto a um deus
secretariado por magníficos
patrões.
De fato azul e gravata preta,
de anel cachucho e jornal da bola,
o rabo habituado aos bons cabedais
pousado no capot ultra-reluzente.
Trazem a província em cada bolso do corpo
e estendem olhos julgadores às mulheres solitárias
de cigarro na boca em plena rua.
Às vezes são quatro ou cinco à espera do final
um conselho em pleno parto,
de uma portaria inacabada
ou de uma reunião e economia mística.
Derramam o passeio
o ócio inexplicável rústicos fiéis
e contam anedotas num bocejo amarelo de melancolia.
Quem lhes dera a reforma, a courela da mãe
ou num sonho longínquo
essa noite sem lua em que engravidaram
a prima por descuido.
Sinto por todos eles um sentimento soturno
e muito gostaria
que Cesário os conhecesse
ao passear sozinho
pelas novas avenidas ao anoitecer.




Armando Silva Carvalho

Alanis Morissette faz hoje cinquenta anos...!

 
Alanis Nadine Morissette (Ottawa, 1 de junho de 1974) é uma cantora, compositora, produtora, atriz e escritora canadiana. Desde 1991, foi vencedora de 15 Junos e 7 Grammies, vendeu mais de 76 milhões de cópias no mundo e é considerada uma das mulheres mais influentes no mundo da música. 
 
  

 


Porque hoje é o Dia da Criança...


(imagem daqui)

     
Instrução Primária
  
Não saibas: imagina...
Deixa falar o mestre, e devaneia...
A velhice é que sabe, e apenas sabe
Que o mar não cabe
Na poça que a inocência abre na areia.
 
Sonha!
Inventa um alfabeto
De ilusões...
Um á-bê-cê secreto
Que soletres à margem das lições...
  
Voa pela janela
De encontro a qualquer sol que te sorri!
Asas? Não são precisas:
Vais ao colo das brisas,
Aias da fantasia...


    
     

in Diário IX (1964) - Miguel Torga

sexta-feira, maio 31, 2024

Poema adequada à data...

 

 

SAUDAÇÃO A WALT WITHMAN

 

Portugal Infinito, onze de junho de mil novecentos e quinze…

Hé-lá-á-á-á-á-á-á!

De aqui de Portugal, todas as épocas no meu cérebro,
Saúdo-te, Walt, saúdo-te, meu irmão em Universo,
Eu, de monóculo e casaco exageradamente cintado,
Não sou indigno de ti, bem o sabes, Walt,
Não sou indigno de ti, basta saudar-te para o não ser…
Eu tão contíguo à inércia, tão facilmente cheio de tédio,
Sou dos teus, tu bem sabes, e compreendo-te e amo-te,
E embora te não conhecesse, nascido pelo ano em que morrias,
Sei que me amaste também, que me conheceste, e estou contente.
Sei que me conheceste, que me contemplaste e me explicaste,
Sei que é isso que eu sou, quer em Brooklyn Ferry dez anos antes de eu nascer,
Quer pela Rua do Ouro acima pensando em tudo que não é a Rua do Ouro,
E conforme tu sentiste tudo, sinto tudo, e cá estamos de mãos dadas,
De mãos dadas, Walt, de mãos dadas, dançando o universo na alma.

Ó sempre moderno e eterno, cantor dos concretos absolutos,
Concubina fogosa do universo disperso,

Grande pederasta roçando-te contra a adversidade das coisas,
Sexualizado pelas pedras, pelas árvores, pelas pessoas, pelas profissões,
Cio das passagens, dos encontros casuais, das meras observações,
Meu entusiasta pelo conteúdo de tudo,
Meu grande herói entrando pela Morte dentro aos pinotes,
E aos urros, e aos guinchos, e aos berros saudando Deus!
Cantor da fraternidade feroz e terna com tudo,
Grande democrata epidérmico, contágio a tudo em corpo e alma,
Carnaval de todas as ações, bacanal de todos os propósitos,
Irmão gêmeo de todos os arrancos,

Jean-Jacques Rousseau do mundo que havia de produzir máquinas,
Homero do insaisissable de flutuante carnal,
Shakespeare da sensação que começa a andar a vapor,
Milton-Shelley do horizonte da Eletricidade futura! incubo de todos os gestos
Espasmo pra dentro de todos os objetos-força,
Souteneur de todo o Universo,
Rameira de todos os sistemas solares…
Quantas vezes eu beijo o teu retrato!
Lá onde estás agora (não sei onde é mas é Deus)
Sentes isto, sei que o sentes, e os meus beijos são mais quentes (em gente)
E tu assim é que os queres, meu velho, e agradeces de lá —,
Sei-o bem, qualquer coisa mo diz, um agrado no meu espírito
Uma ereção abstrata e indireta no fundo da minha alma.
Nada do engageant em ti, mas ciclópico e musculoso,
Mas perante o Universo a tua atitude era de mulher,
E cada erva, cada pedra, cada homem era para ti o Universo.
Meu velho Walt, meu grande Camarada, evohé!
Pertenço à tua orgia báquica de sensações-em-liberdade,
Sou dos teus, desde a sensação dos meus pés até à náusea em meus sonhos,
Sou dos teus, olha pra mim, de aí desde Deus vês-me ao contrário:
De dentro para fora… Meu corpo é o que adivinhas, vês a minha alma —
Essa vês tu propriamente e através dos olhos dela o meu corpo —

Olha pra mim: tu sabes que eu, Álvaro de Campos, engenheiro,

Poeta sensacionista,
Não sou teu discípulo, não sou teu amigo, não sou teu cantor,
Tu sabes que eu sou Tu e estás contente com isso!
Nunca posso ler os teus versos a fio… Há ali sentir demais…
Atravesso os teus versos como a uma multidão aos encontrões a mim,
E cheira-me a suor, a óleos, a atividade humana e mecânica.
Nos teus ver sos, a certa altura não sei se leio ou se vivo,
Não sei se o meu lugar real é no mundo ou nos teus versos,

Não sei se estou aqui, de pé sobre a terra natural,
Ou de cabeça pra baixo, pendurado numa espécie de estabelecimento,
No teto natural da tua inspiração de tropel,

No centro do teto da tua intensidade inacessível.
Abram-me todas as portas!
Por força que hei de passar!
Minha senha? Walt Whitman!
Mas não dou senha nenhuma…
Passo sem explicações…

Se for preciso meto dentro as portas…
Sim — eu, franzino e civilizado, meto dentro as portas,
Porque neste momento não sou franzino nem civilizado,

Sou EU, um universo pensante de carne e osso, querendo passar,
E que há de passar por força, porque quando quero passar sou Deus!
Tirem esse lixo da minha frente!

Metam-me em gavetas essas emoções!
Daqui pra fora, políticos, literatos,
Comerciantes pacatos, polícia, meretrizes, souteneurs,
Tudo isso é a letra que mata, não o espírito que dá a vida.

O espírito que dá a vida neste momento sou EU!
Que nenhum filho da… se me atravesse no caminho!
O meu caminho é pelo infinito fora até chegar ao fim!
Se sou capaz de chegar ao fim ou não, não é contigo,
E comigo, com Deus, com o sentido-eu da palavra Infinito…
Pra frente!
Meto esporas!
Sinto as esporas, sou o próprio cavalo em que monto,
Porque eu, por minha vontade de me consubstanciar com Deus,
Posso ser tudo, ou posso ser nada, ou qualquer coisa,
Conforme me der na gana… Ninguém tem nada com isso…
Loucura furiosa! Vontade de ganir, de saltar,
De urrar, zurrar, dar pulos, pinotes, gritos com o corpo,
De me cramponner às rodas dos veículos e meter por baixo,
De me meter adiante do giro do chicote que vai bater,

De ser a cadela de todos os cães e eles não bastam,
De ser o volante de todas as máquinas e a velocidade tem limite,
De ser o esmagado, o deixado, o deslocado, o acabado,

Dança comigo, Walt, lá do outro mundo, esta fúria,
Salta comigo neste batuque que esbarra com os astros,
Cai comigo sem forças no chão,
Esbarra comigo tonto nas paredes,

Parte-te e esfrangalha-te comigo
Em tudo, por tudo, à roda de tudo, sem tudo,
Raiva abstrata do corpo fazendo maelstroms na alma…
Arre! Vamos lá pra frente!
Se o próprio Deus impede, vamos lá pra frente Não faz diferença
Vamos lá pra frente sem ser para parte nenhuma
Infinito! Universo! Meta sem meta! Que importa?
(Deixa-me tirar a gravata e desabotoar o colarinho.

Não se pode ter muita energia com a civilização à roda do pescoço…)
Agora, sim, partamos, vá lá pra frente.
Numa grande marche aux flabeux-todas-as-cidades-da-Europa,
Numa grande marcha guerreira a indústria, o comércio e ócio,
Numa grande corrida, numa grande subida, numa grande descida
Estrondeando, pulando, e tudo pulando comigo,
Salto a saudar-te,
Berro a saudar-te,
Desencadeio-me a saudar-te, aos pinotes, aos pinos, aos guinos!
Por isso é a ti que endereço
Meus versos saltos, meus versos pulos, meus versos espasmos
Os meus versos-ataques-histéricos,
Os meus versos que arrastam o carro dos meus nervos.
Aos trambolhões me inspiro,
Mal podendo respirar, ter-me de pé me exalto,

E os meus versos são eu não poder estoirar de viver.
Abram-me todas as janelas!
Arranquem-me todas as portas!
Puxem a casa toda para cima de mim!
Quero viver em liberdade no ar,
Quero ter gestos fora do meu corpo,
Quero correr como a chuva pelas paredes abaixo,
Quero ser pisado nas estradas largas como as pedras,
Quero ir, como as coisas pesadas, para o fundo dos mares,
Com uma voluptuosidade que já está longe de mim!
Não quero fechos nas portas!
Não quero fechaduras nos cofres!
Quero intercalar-me, imiscuir-me, ser levado,

Quero que me façam pertença doída de qualquer outro,
Que me despejem dos caixotes,
Que me atirem aos mares,
Que me vão buscar a casa com fins obscenos,
Só para não estar sempre aqui sentado e quieto,
Só para não estar simplesmente escrevendo estes versos!
Não quero intervalos no mundo!
Quero a contigüidade penetrada e material dos objetos!
Quero que os corpos físicos sejam uns dos outros como as almas,
Não só dinamicamente, mas estaticamente também!
Quero voar e cair de muito alto!
Ser arremessado como uma granada!
Ir parar a… Ser levado até…
Abstrato auge no fim cie mim e de tudo!

Clímax a ferro e motores!
Escadaria pela velocidade acima, sem degraus!
Bomba hidráulica desancorando-me as entranhas sentidas!

Ponham-me grilhetas só para eu as partir!
Só para eu as partir com os dentes, e que os dentes sangrem
Gozo masoquista, espasmódico a sangue, da vida!

Os marinheiros levaram-me preso,
As mãos apertaram-me no escuro,
Morri temporariamente de senti-lo,
Seguiu-se a minh’alma a lamber o chão do cárcere privado,
E a cega-rega das impossibilidades contornando o meu acinte.
Pula, salta, toma o freio nos dentes,
Pégaso-ferro-em-brasa das minhas ânsias inquietas,
Paradeiro indeciso do meu destino a motores!
He calls Walt:
Porta pra tudo!
Ponte pra tudo!
Estrada pra tudo!
Tua alma omnívora,
Tua alma ave, peixe, fera, homem, mulher,

Tua alma os dois onde estão dois,
Tua alma o um que são dois quando dois são um,
Tua alma seta, raio, espaço,
Amplexo, nexo, sexo, Texas, Carolina, New York,
Brooklyn Ferry à tarde,
Brooklyn Ferry das idas e dos regressos,
Libertad! Democracy! Século vinte ao longe!
PUM! pum! pum! pum! pum!
PUM!
Tu, o que eras, tu o que vias, tu o que ouvias,
O sujeito e o objeto, o ativo e o passivo,
Aqui e ali, em toda a parte tu,
Círculo fechando todas as possibilidades de sentir,
Marco miliário de todas as coisas que podem ser,
Deus Termo de todos os objetos que se imaginem e és tu!
Tu Hora,
Tu Minuto,
Tu Segundo!
Tu intercalado, liberto, desfraldado, ido,
Intercalamento, libertação, ida, desfraldamento,
Tu intercalador, libertador, desfraldador, remetente,
Carimbo em todas as cartas,
Nome em todos os endereços,
Mercadoria entregue, devolvida, seguindo…
Comboio de sensações a alma-quilômetros à hora,
À hora, ao minuto, ao segundo, PUM!
Agora que estou quase na morte e vejo tudo já claro,
Grande Libertador, volto submisso a ti.
Sem dúvida teve um fim a minha personalidade.
Sem dúvida porque se exprimiu, quis dizer qualquer coisa
Mas hoje, olhando para trás, só uma ânsia me fica —

Não ter tido a tua calma superior a ti-próprio,
A tua libertação constelada de Noite Infinita.
Não tive talvez missão alguma na terra.
Heia que eu vou chamar
Ao privilégio ruidoso e ensurdecedor de saudar-te
Todo o formilhamento humano do Universo,
Todos os modos de todas as emoções
Todos os feitios de todos os pensamentos,
Todas as rodas, todos os volantes, todos os êmbolos da alma.
Heia que eu grito
E num cortejo de Mim até ti estardalhaçam
Com uma algaravia metafisica e real,
Com um chinfrim de coisas passado por dentro sem nexo.

Ave, salve, viva, ó grande bastardo de Apolo,
Amante impotente e fogoso das nove musas e das graças,
Funicular do Olimpo até nós e de nós ao Olimpo.

 

11-6-1915
Álvaro de Campos

 

Clint Eastwood celebra hoje 94 anos

      
Clinton "Clint" Eastwood, Jr. (São Francisco, 31 de maio de 1930) é um ator, cineasta e produtor dos Estados Unidos famoso pelos seus papéis típicos em filmes de ação como um cowboy duro e anti-herói, principalmente como o A Fistful of Dollars, da Trilogia dos Dólares nos filmes western spaghetti de Sergio Leone dos anos 60, e interpretando o Inspetor 'Dirty' Harry Callahan na série de filmes Dirty Harry, das décadas de 70 e 80.
Como diretor, os seus filmes têm sido criticados positivamente. Ganhou quatro vezes o Óscar - duas  como Melhor Diretor e duas com o Melhor Filme -, e foi homenageado em 1995, recebendo o Prémio Memorial Irving G. Thalberg em reconhecimento pela sua longa carreira no cinema. Por duas vezes foi eleito o ator favorito dos norte-americanos, e é o único ator da história do cinema a estrelar em filmes considerados de "grande sucesso" durante cinco décadas consecutivas.
Eastwood também tem interesse na política. Membro do partido republicano desde 1951, Clint foi eleito prefeito de Carmel-by-the-Sea, Califórnia, onde permaneceu no cargo de 1986 até 1988. Em 2012, durante uma entrevista para o programa Ellen, declarou-se adepto do libertarismo.
   

John Bonham, o baterista dos Led Zeppelin, nasceu há 76 anos

  
John Henry Bonham (Redditch, 31 de maio de 1948 - Clewer, 25 de setembro de 1980) foi um baterista inglês, membro da banda de rock, heavy metal e hard rock Led Zeppelin, grupo de sucesso formado em 1968 pelo guitarrista Jimmy Page, juntamente com o vocalista Robert Plant e o baixista e teclista John Paul Jones. Bonham era reconhecido pela sua velocidade, potência, e o seu pé direito rápido, sons característicos, e o seu "sentir" para a música Groove. Ele é considerado um dos maiores bateristas da história da música rock. Mais de quarenta anos após a sua morte, Bonham continua a receber prémios e elogios, incluindo uma lista dos leitores da Rolling Stone, em 2011, e Gibson, colocando-o em primeiro lugar da lista dos "melhores bateristas de todos os tempos".
 
O símbolo de Bonham do álbum Led Zeppelin IV
 

Bonham não gostava de se ausentar de casa e da família por muito tempo. Isto levou-o ao uso abusivo do álcool para controlar a ansiedade. Em 24 de setembro de 1980, na viagem do hotel para o estúdio onde a banda ensaiava para a sua digressão pelos Estados Unidos, Bonham bebeu cerca de quarenta doses de vodca.

Quando terminou o ensaio foram para a casa de Jimmy Page em Windsor. Depois da meia noite, Bonham adormeceu e foi levado para a cama. Benji LeFevre encontrou o corpo de Bonham na manhã seguinte. Apesar do alarido feito pela imprensa sensacionalista, a autópsia não revelou a presença de drogas no seu corpo. Foi diagnosticado de que Bonham morreu asfixiado pelo próprio vómito.
 

 


Boris Pasternak morreu há 64 anos...

   

Boris Leonidovitch Pasternak (em russo: Борис Леонидович Пастернак; Moscovo, Império Russo, 10 de fevereiro de 1890 - Peredelkino, União Soviética, 30 de maio de 1960) foi um poeta e romancista russo.


 

Pasternak em 1908


Biografia

Nasceu em Moscovo, em 10 de fevereiro (no calendário gregoriano - a 29 de janeiro no calendário juliano), em 1890, numa rica família judia assimilada. Filho de um professor de pintura e de uma pianista, teve uma juventude numa atmosfera cosmopolita. A família alegava ser descendente da linhagem paterna de Isaac Abrabanel, o famoso tesoureiro judeu sefardita do século XV em Portugal. Estudou filosofia na Alemanha e retornou a Moscovo em 1914, ano em que publicou a sua primeira coleção de poesias. Primeiramente próximo do futurismo russo, é principalmente como poeta que Pasternak se tornou conhecido na Rússia.

Durante a Primeira Guerra Mundial ele ensina e trabalha numa fábrica química dos Urais, o que lhe deu matéria para a sua famosa saga Doutor Jivago anos mais tarde.

Pasternak caiu em desgraça perante as autoridades soviéticas durante os anos 30; acusado de subjetivismo, conseguiu, no entanto, não ser enviado para um Gulag.

Foi-lhe atribuído o Nobel de Literatura de 1958, mas não foi autorizado a recebê-lo, por razões políticas.

Na Rússia, é mais conhecido como poeta do que romancista, em virtude de o livro Dr. Jivago não ter feito sucesso na antiga União Soviética por motivos políticos. É interessante observar, no entanto, que o personagem principal, homónimo do título do livro, é, justamente, um poeta que tem problemas com as autoridades soviéticas, embora simpatizante da causa dos deserdados. O Dr. Jivago, é possível afirmar, é um alter-ego do poeta Pasternak.

Até o momento de sua morte por cancro de pulmão em 1960, a campanha contra Pasternak foi severamente criticada, pondo em causa a credibilidade internacional da URSS. Ele continua sendo uma figura importante na literatura russa ainda hoje. Além disso, as táticas desenvolvidas por Pasternak foram mais tarde continuadas, ampliadas e aperfeiçoadas por Aleksandr Solzhenitsyn e outros dissidentes soviéticos. 

         

(...)    

     

Em 1958, Boris Pasternak publicou o seu mais conhecido trabalho no mundo ocidental: o romance Doutor Jivago. O livro não pôde ser publicado na União Soviética, devido às críticas feitas ao regime comunista na obra. Os originais do livro foram contrabandeados para fora da Cortina de Ferro e editados na Itália, tornando-se rapidamente num verdadeiro best-seller, fazendo de Pasternak vencedor do Nobel de Literatura.

Entretanto, pelo facto de ser um livro proibido pelo governo de Moscovo, Pasternak foi impedido de receber o Nobel e acabou sendo obrigado a devolver a honraria. A proibição da publicação de Doutor Jivago dentro da União Soviética vigorou até 1989, quando a política de abertura de Mikhail Gorbachev, então líder da URSS, permitiu a publicação da obra. Somente nesse ano os russos puderam conhecer a saga de Jivago.

Em 1965, Doutor Jivago teve uma adaptação para o cinema, com Omar Sharif no papel principal. O filme ficou famoso também por sua grande banda sonora, "Lara's Theme". Entretanto, Pasternak não viveu para ver o seu livro adaptado para as telas. Ele morreu em 1960. Encontra-se sepultado no Cemitério Peredelkino, Moscovo, na Rússia.
 

El-Rei D. Manuel I nasceu há 555 anos


D. Manuel I de Portugal
(Alcochete, 31 de maio de 1469 - Lisboa, 13 de dezembro de 1521) foi o 14.º Rei de Portugal, cognominado O Venturoso, O Bem-Aventurado ou O Afortunado tanto pelos eventos felizes que o levaram ao trono, como pelos que ocorreram no seu reinado. D. Manuel I ascendeu inesperadamente ao trono em 1495 em circunstâncias excecionais, sucedendo ao seu primo direito e cunhado, El-Rei D. João II de Portugal, de quem se tornara protegido. Prosseguiu as explorações portuguesas iniciadas pelos seus antecessores, o que levou à descoberta do caminho marítimo para a Índia, do Brasil e das ambicionadas "ilhas das especiarias", as Molucas, determinantes para a expansão do império português. Foi o primeiro rei a assumir o título de Senhor do Comércio, da Conquista e da Navegação da Arábia, Pérsia e Índia. Em 1521, promulgou uma revisão da legislação conhecida como Ordenações Manuelinas, que divulgou com ajuda da recente imprensa. No seu reinado, apesar da sua resistência inicial, cumprindo as cláusulas do seu casamento com Dona Maria de Aragão, viria a autorizar a instalação da inquisição em Portugal. Com a prosperidade resultante do comércio, em particular o de especiarias, realizou numerosas obras cujo estilo arquitetónico ficou conhecido como manuelino.
    
Esfera armilar, divisa de D. Manuel I, conferida por D. João II que, tendo escrito no meridiano "Spera Mundi" foi, mais tarde, interpretada como sinal de um desígnio divino para o reinado de D. Manuel, Igreja Matriz da Golegã
     
Infância e juventude
Constantes surtos de peste negra em Lisboa, capital do Reino, levaram a corte e a nobreza dos séculos XIV e XV a instalarem-se em Alcochete, nomeadamente o rei D. João I e, em meados do século XV, o seu neto infante D. Fernando, Duque de Viseu. Aí, na vila de Alcochete, nasceu em 1469 D. Manuel, filho de D. Fernando, Duque de Viseu e de Beatriz de Portugal.
Durante a infância e a juventude, assistiu à guerra de intriga e conspiração entre a aristocracia e o seu primo direito D. João II, muito cioso do seu poder. Alguns homens do seu círculo próximo foram mortos ou exilados, incluindo o seu irmão mais velho Diogo, Duque de Viseu, assassinado pelo próprio rei. Sucedeu-lhe como 5º Duque de Viseu, 5º Senhor da Covilhã e 4º Duque de Beja, 4º Senhor de Moura. Portanto, quando em 1493 recebeu uma ordem real de comparência no paço, D. Manuel I deveria estar preocupado. Mas o propósito de D. João II era nomeá-lo herdeiro da coroa, depois da morte do seu filho Afonso de Portugal e das tentativas frustradas de legitimar o bastardo Jorge de Lencastre.
D. Manuel I ascendeu ao trono em circunstâncias excecionais, sucedendo João II de Portugal em 1495 de quem se tornara uma espécie de «filho adotivo»
   
O Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, um dos legados mais exuberantes do chamado estilo manuelino