segunda-feira, junho 10, 2013

A Guerra dos Seis Dias terminou há 46 anos

A Guerra dos Seis Dias foi um conflito armado que opôs Israel a uma frente de países árabes - Egito, Jordânia e Síria, apoiados pelo Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Argélia e Sudão.
O crescimento das tensões entre os países árabes e Israel, em meados de 1967, levou ambos os lados a mobilizarem as suas tropas. A Força Aérea Israelita lançou um ataque preventivo e arrasador contra a Força Aérea Egípcia. Segundo Menahem Begin, "em junho de 1967, tivemos novamente uma alternativa. As concentrações do exército egípcio nas proximidades do Sinai não provavam que Nasser estivesse realmente a ponto de atacar-nos. Temos que ser honestos. Nós decidimos atacá-lo." Yitzhak Rabin, chefe do Estado Maior de Israel em 1967, declarou: "Não penso que Nasser buscava uma guerra. As duas divisões que enviou ao Sinai não seriam suficientes para lançar uma guerra ofensiva. Ele sabia e nós o sabíamos."
O plano traçado pelo Estado-Maior de Israel, chefiado pelo general Moshe Dayan (1915-1981), começou a ser posto em prática às 07.45 horas da manhã do dia 5 de junho de 1967, quando caças israelitas atacaram nove aeroportos militares, aniquilando a força aérea egípcia antes que esta saísse do chão e causando danos às pistas de aterragem, inclusive com bombas de efeito retardado para dificultar as reparações. Ao mesmo tempo, forças blindadas de Israel investiam contra a Faixa de Gaza, o sul da Síria, os Montes Golã e o norte do Sinai. A Jordânia abriu fogo em Jerusalém, e a Síria interveio no conflito depois de ser atacada.
No terceiro dia de luta, todo o Sinai já estava sob o controle de Israel. Nas 72 horas seguintes, Israel impôs a sua superioridade militar, ocupando também a Cisjordânia, o sector oriental de Jerusalém e as Montes Golã, na Síria.
Como resultado da guerra, aumentou o número de refugiados palestinos na Jordânia e no Egito. Síria e Egito estreitaram ainda mais as relações com a URSS, aproveitando também para renovarem seu arsenal de blindados e aviões, além de conseguirem a instalação de novos mísseis, mais perto do Canal de Suez.

(...)

Em 8 de junho, os israelitas começam o seu ataque no Deserto do Sinai e, sob a liderança do General Ariel Sharon, empurraram os egípcios para o Canal do Suez. No final do dia, as Tzahal alcançaram o canal e a sua artilharia continuou a batalha ao longo da linha de frente, enquanto a força aérea atacava as forças egípcias, que, em retirada, tentavam recuar utilizando as poucas estradas não controladas. No final do dia os israelitas controlavam toda a Península do Sinai e, em seguida, o Egito, por intervenção da ONU, aceitou um cessar-fogo com Israel.
Às primeiras horas do mesmo dia 8 de Junho, Israel bombardeou acidentalmente o navio de guerra americano USS Liberty, ao largo da costa de Israel, que havia sido confundido com um barco de tropas árabes. 34 americanos morreram. Isso obrigou Israel a anteceder a sua aceitação dos acordos de cessar fogo da ONU que surgiriam em poucos dias.
Com o Sinai sob controle, Israel começa o assalto às posições sírias nos Montes Golã, no dia 9 de junho. Foi uma ofensiva difícil devido às bem entrincheiradas forças sírias e ao terreno acidentado. Israel envia uma brigada blindada para as linhas da frente, enquanto a infantaria atacava as posições sírias, e ganha o controle das colinas, hoje divididas com tropas sírias e da ONU.
Às 18.30 horas do dia 10 de junho, a Síria retirou-se da ofensiva faces ao apelo da ONU e foi assinado o armistício, apesar dos soviéticos iniciarem um re-armamento do estado sírio.
Era o fim da guerra nos campos de batalha e inicio da guerra burocrática nas dependências da ONU, como tais países o assinaram. Mas alguns resultados se estenderam por anos posteriores.

Há 69 anos, a cidade francesa de Oradour-sur-Glane sofreu o mesmo destino de Lídice

Brasão de Oradour-sur-Glane

Oradour-sur-Glane é uma comuna francesa situada no departamento de Haute-Vienne, na região Limousin.
A cidade tornou-se famosa por ter sido o local de um dos maiores massacres cometidos pelos soldados nazis das Waffen-SS durante a Segunda Guerra Mundial.
Dias após o desembarque das tropas aliadas na Normandia em 6 de junho de 1944, no que ficou conhecido como Dia D, tropas alemães estacionadas na França dirigiam-se aos locais de desembarque para travar combate com as forças aliadas. Uma delas, a 2ª Divisão Panzer SS Das Reich, da Waffen-SS, as tropas de combate de elite da SS, atravessava boa parte do país em direção à costa, tendo sido diversas vezes fustigada no caminho por sabotagens e ações da resistência francesa, os maquis.

Dentro desta igreja, conservada em suas ruínas exatamente como era em 1944, 452 mulheres e crianças foram queimadas vivas pelas tropas da SS

Massacre
Em 10 de junho de 1944, nas proximidades da vila de Oradour-sur-Glane, o comandante de um dos batalhões da divisão, Sturmbannführer Adolf Diekmann, comunicou aos seus oficiais subordinados que havia sido avisado por dois civis franceses da região que um oficial SS tinha sido preso pelos guerrilheiros na cidade e seria executado e queimado publicamente nos próximos dias.
No começo da tarde, os pelotões da SS cercaram e fecharam a pequena cidade de Oradour e o comando convocou toda a população para a praça principal a fim de fazer uma verificação de documentos. Homens e mulheres foram separados, os homens levados para celeiros e garagens das redondezas e as mulheres e crianças fechadas na igreja do lugar.
Nos celeiros, onde os habitantes masculinos eram esperados por metralhadoras montadas em tripés, todos foram fuzilados e os celeiros queimados, com os corpos dentro. Dos 195 homens de Oradour presos, apenas cinco escaparam. Enquanto isso, outros SS jogavam tochas incendiárias dentro da igreja onde se encontravam trancadas as mulheres e crianças, causando um incêndio generalizado.
Os sobreviventes que tentavam escapar pelas janelas eram metralhados pelos soldados colocados em posição do lado de fora. Apenas uma mulher, Marguerite Rouffanche, conseguiu escapar entre as 452 mulheres e crianças que morreram carbonizadas na chacina, pulando por um pedaço de janela quebrada pelo fogo sem que os soldados se apercebessem. Após a imolação, a tropa queimou a cidade até o chão. No total, 642 habitantes de Oradour foram mortos pelas Waffen-SS em algumas horas, de um total de pouco mais de mil habitantes.

Lídice viverá eternamente...!

Poster da propaganda de guerra britânica sobre Lídice

Lídice (Lidice em língua checa, Liditz em alemão) é um pequena cidade da antiga Checoslováquia, hoje República Checa, famosa durante a Segunda Guerra Mundial quando foi totalmente destruída e a grande maioria de seus habitantes assassinados pelos alemães, a 10 de junho de 1942, como vingança pela morte de seu comandante e segunda maior autoridade nas SS nazis, Reinhard Heydrich.

Massacre e genocídio
Em 27 de maio de 1942, Heydrich, então designado como Protetor do Terceiro Reich na Boémia e Morávia, área ocupada pelas tropas nazis há mais de três anos, dirigia-se da vila onde morava para seu escritório no centro de Praga, capital do país. Numa esquina perto de seu local de destino, o carro em que viajava foi emboscado a tiros por dois integrantes da resistência checa, treinados na Inglaterra e lançados de para-quedas sobre a Checoslováquia. Atingido pelos tiros no atentado, o oficial da SS protegido de Himmler e Hitler e um dos mais cruéis da SS, um dos idealizadores da Solução Final, morreria uma semana depois, de infeção generalizada no hospital.
Enraivecido pela morte de um de seus seguidores mais leais, Hitler ordenou ao substituto de Heydrich que fizesse de tudo e não poupasse vidas para achar os responsáveis pela morte do oficial nazi e se vingar dos checos.
Seguiu-se uma retaliação sangrenta e generalizada das tropas nazis contra a população civil checa. Em 10 de junho, aconteceria aquela que se tornaria a mais tristemente famosa por sua crueldade. A pequena vila de Lídice, uma comunidade de mineiros, perto da capital, foi cercada pelas tropas nazis, impedindo a saída de seus moradores. Todos os habitantes homens com mais de quinze anos foram separados de mulheres e crianças, colocados em um celeiro e fuzilados em pequenos grupos no dia seguinte. As mulheres e crianças da cidade foram todas enviadas para o campo de concentração feminino de Ravensbruck, onde a grande maioria viria a morrer de tifo e exaustão pelos trabalhos forçados. Após o assassinato e o desterro de toda a população, a cidade inteira foi demolida com explosivos e deixada apenas em terra, aplainada por tratores. Os alemães espalharam grãos e cevada pelo chão de toda a área para transformá-la em pasto e riscaram-na dos mapas da Europa. Cerca de 340 habitantes de Lídice morreram no massacre alemão, 173 homens, 60 mulheres e provavelmente 88 crianças. Uma outra pequena aldeia de Lezaky a este de Praga, também foi destruída e seus habitantes executados.
A vingança alemã causou perto de 1500 mortes em toda a Checoslováquia e se estendeu a parentes e amigos de resistentes, integrantes da elite do país suspeitos de deslealdade e factos como o de Lídice, que foi escolhida para o massacre por ser reconhecidamente uma vila hostil aos conquistadores e suspeita de ser ponto de reunião dos assassinos de Heydrich (que acabariam suicidando-se em Praga, quando estavam prestes a serem presos pela SS).
Diferente de outros crimes de guerra que os nazis cometiam na época e mantinham em segredo, a propaganda alemã fez questão de anunciar publicamente ao mundo os eventos de Lídice, como uma ameaça e um aviso à população cativa da Europa então ocupada pela Alemanha. A notícia causou uma onda de terror e indignação mundial e a propaganda britânica aproveitou o facto para alardear os crimes do III Reich e fez um filme sobre o genocídio, “A Vila Silenciosa”.

O local onde se situava a vila de Lídice, hoje um cemitério sagrado e um memorial nacional

Lídice hoje
Lídice tornou-se um símbolo da crueldade nazi durante a guerra e diversos países batizaram cidades e vilas com o seu nome, para que ela jamais fosse esquecida, como era a intenção de Adolf Hitler, inclusive no Brasil, no estado do Rio de Janeiro. Mulheres nascidas no pós-guerra também foram batizadas com o nome de Lídice por seus pais.
Mesmo tendo sido totalmente apagada do mapa, Lídice foi novamente reconstruída e ampliada em 1949, a setecentos metros da área onde havia a vila destruída pelos nazis, mantido intocado como um cemitério sagrado e o terreno onde existiu é marcado apenas por um memorial - onde arde uma chama eterna - sendo um monumento nacional mantido pelo governo checo.


Canção de Lídice

Irmão, é a a hora
Apronta-te agora
Passa a outras mãos a invisível bandeira!
No morrer não diferente do que na vida inteira,
Não irás render-te a estes, companheiro bravo.
Estás hoje vencido, e és por isso hoje escravo.
Mas a guerra só acaba co'a última batalha
A guerra não acaba antes da última batalha.

Irmão, é a a hora
Apronta-te agora
Passa a outras mãos a invisível bandeira!
Violência ou Justiça e a balança vacila
Mas, passada a servidão, outro dia cintila.
Estás hoje vencido, mas a coragem não te falta. 
Que a guerra só acaba co'a última batalha
Que a guerra não acaba antes da última batalha.


in Poemas (2007) - Bertold Brecht (tradução de Paulo Quintela)

NOTA: poema escrito por Bertold Brecht para o filme Hangmen Also Die, em cujo argumento e guião colaborou.

Porque hoje é Dia de Portugal

(imagem daqui)

Terra natal

E cá mesmo no extremo Ocidental
Duma Europa em farrapos, eu
Quero ser europeu. Quero ser europeu
Num canto qualquer de Portugal.

Como as ondas do mar sabem ao sal,
A ave amacia o ninho que teceu;
Mas não será do mar, e nem do céu,
Porque me quero assim tão natural.

E se a esperança ainda me consente
No sonho do futuro, ao mal presente
Se digo adeus, - é adeus até um dia…

Um presídio será, mas é meu berço!
Nem noutra língua escreveria um verso
Que me soubesse ao sal desta harmonia.

 

in Post-Scriptum de um Combatente (1949) - Afonso Duarte

domingo, junho 09, 2013

Hoje é preciso recordar Daniel Faria

(imagem daqui)

O homem lança a rede e não divide a água


O homem lança a rede e não divide a água
O pobre estende a mão e não divide o reino

É tempo de colheitas e não tenho uma seara
Nem um pequeno rebento de oliveira




 

in Explicação das Árvores e de Outros Animais (1998) - Daniel Faria

Companheira

(imagem daqui)

Dá-me a tua mão 

Dá-me a tua mão.

Deixa que a minha solidão
prolongue mais a tua
— para aqui os dois de mãos dadas
nas noites estreladas,
a ver os fantasmas a dançar na lua.

Dá-me a tua mão, companheira,
até o Abismo da Ternura Derradeira.


in
Poeta Militante I (1978) - José Gomes Ferreira

José Gomes Ferreira nasceu há 113 anos

(imagem daqui)

José Gomes Ferreira (Porto, 9 de junho de 1900 - Lisboa, 8 de fevereiro de 1985) foi um escritor e poeta português, filho do empresário e benemérito Alexandre Ferreira e pai do arquitecto Raul Hestnes Ferreira e do poeta Alexandre Vargas Ferreira.

Nasceu no Porto a 9 de junho de 1900. Com quatro anos de idade mudou-se para a capital. O pai, Alexandre Ferreira, era um empresário que se fixou na actual zona do Lumiar, em Lisboa, tendo doado as suas propriedades para a construção da Casa de Repouso dos Inválidos do Comércio. José estudou nos liceus de Camões e de Gil Vicente, com Leonardo Coimbra, onde teve o primeiro contacto com a poesia. Colaborou com Fernando Pessoa, ainda muito jovem, num soneto para a revista Ressurreição .
A sua consciência política começou a florescer também ela cedo, sobretudo por influência do pai (democrata republicano). Licencia-se em Direito em 1924, tendo trabalhado posteriormente como cônsul na Noruega. Paralelamente seguiu uma carreira como compositor, chegando a ter a sua obra "Suite Rústica" estreada pela orquestra de David de Sousa.
Regressa a Portugal em 1930 e dedica-se ao jornalismo. Fez colaborações importantes tais como nas publicações Presença, Seara Nova, Descobrimento, Imagem, Sr. Doutor, Gazeta Musical e de Todas as Artes e Ilustração (1926-1975). Também traduziu filmes sob o pseudónimo de Gomes, Álvaro.
Inicia-se na poesia com o poema Viver sempre também cansa em 1931, publicado na revista Presença. Apesar de já ter feito algumas publicações nomeadamente os livros Lírios do Monte e Longe, foi só em 1948 que começou a publicação séria do seu trabalho, com Poesia I e Homenagem Poética a António Gomes Leal (colaboração).
Ganhou em 1961 o Grande Prémio da Poesia da Sociedade Portuguesa de Escritores, com Poesia III.
Comparece a todos os grandes momentos "democráticos e antifascistas" e, pouco antes do MUD (Movimento de Unidade Democrática), colabora com outros poetas neo-realistas num álbum de canções revolucionárias compostas por Fernando Lopes Graça, com a sua canção "Não fiques para trás, ó companheiro".
Em 1978 foi projectada em Lisboa pelo seu filho Raul Hestnes Ferreira a Escola Secundária de Benfica, que viria ser Escola Secundária de José Gomes Ferreira, em sua homenagem.
Tornou-se Sub-Presidente da Associação Portuguesa de Escritores em 1978 e foi candidato em 1979, da APU (Aliança Povo Unido), por Lisboa, nas eleições legislativas intercalares desse ano. Tornou-se militante do PCP (Partido Comunista Português) em fevereiro do ano seguinte. Foi condecorado pelo Presidente Ramalho Eanes como grande oficial da Ordem Militar de Santiago de Espada, recebendo posteriormente o grau de grande oficial da Ordem da Liberdade.
No ano em que foi homenageado pela Sociedade Portuguesa de Autores (1983), foi submetido a uma delicada intervenção cirúrgica. Veio a falecer dois anos depois, a 8 de fevereiro de 1985, vítima de doença prolongada. Em 1990, o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Jorge Sampaio, descerrou uma lápide de homenagem ao escritor, na Avenida Rio de Janeiro, a sua última morada. Na ocasião discursou o escritor, pintor e amigo de José Gomes Ferreira, Mário Dionísio.



Jornada

Não fiques p’ra trás, ó companheiro!
É de aço esta fúria que nos leva!
P’ra não te perderes no nevoeiro,
segue os nossos corações na treva!

Vozes ao alto! Vozes ao alto!
Unidos como os dedos da mão!
Havemos de chegar ao fim da estrada,
ao Sol desta canção!

Aqueles que se percam no caminho,
que importa chegarão ao nosso lado!
Porque nenhum de nós anda sozinho,
e até mortos vão ao nosso lado!

Vozes ao alto! Vozes ao alto!
Unidos como os dedos da mão!
Havemos de chegar ao fim da estrada,
ao Sol desta canção!

José Gomes Ferreira

Jon Lord, o teclista dos Deep Purple, nasceu há 72 anos

Jonathan Douglas "Jon" Lord, mais conhecido como Jon Lord (Leicester, 9 de junho de 1941 - Londres, 16 de julho de 2012), foi um compositor, pianista e organista inglês, mais conhecido por ter integrado as bandas Deep Purple, Whitesnake, Paice, Ashton & Lord, The Artwoods e Flower Pot Men, além de ser pioneiro na fusão do rock com música clássica.
Em 1968, Lord fundou a banda de rock inglesa Deep Purple, onde, praticamente, era o líder da banda, até 1970. Ele e o baterista Ian Paice foram os únicos integrantes constantes da banda durante a fase inicial da sua existência (1968-1976) e, a partir do momento em que eles refundaram a banda, em 1984, até a saída de Lord dos Deep Purple, em 2002.
Em 11 de novembro de 2010, Jon Lord foi eleito membro honorário da Faculdade de Stevenson, em Edimburgo. Em 15 de julho de 2011, foi-lhe concedido um Doutoramento Honoris Causa em Música pela Universidade de Leicester, a sua cidade natal.
 
 

O Congresso de Viena terminou há 198 anos

 O Congresso de Viena por Jean-Baptiste Isabey (1819)

O Congresso de Viena foi uma conferência entre embaixadores das grandes potências europeias que aconteceu na capital austríaca, entre 2 de maio de 1814 e 9 de junho de 1815, cuja intenção era a de redesenhar o mapa político do continente europeu após a derrota da França napoleónica na primavera anterior, restaurar nos respectivos tronos as famílias reais derrotadas pelas tropas de Napoleão Bonaparte (como a restauração dos Bourbon) e firmar uma aliança entre os burgueses.
Os termos de paz foram estabelecidos com a assinatura do Tratado de Paris (30 de maio de 1814), no qual se estabeleciam as indemnizações a pagar pela França aos países vencedores. Mesmo diante do regresso do imperador Napoleão I do exílio, tendo reassumido o poder na França em março de 1815, as discussões prosseguiram. O Ato Final do Congresso foi assinado nove dias antes da derrota final de Napoleão, na batalha de Waterloo, em 18 de junho de 1815.

Objetivos
Os objetivos eram reorganizar as fronteiras europeias, alteradas pelas conquistas de Napoleão e restaurar a ordem absolutista do Antigo Regime Após o fim da época napoleónica, que provocou mudanças políticas e económicas em toda a Europa, os países vencedores (Áustria, Rússia, Prússia e Reino Unido) sentiram a necessidade de selar um tratado para restabelecer a paz e a estabilidade política na Europa, já que momentos de instabilidade eram vividos e temia-se uma nova revolução.

Medidas
Foram adotados uma política e um instrumento de ação:
  • Política: Restauração legitimista e compensações territoriais;
  • Instrumento de Ação: Santa Aliança, aliança político-militar reunindo exércitos de Rússia, Prússia e Áustria prontos para intervir em qualquer situação que ameaçasse o Antigo Regime, incluindo a hipótese de intervir nas independências da América. Contra isso foi criada a "Doutrina Monroe" (América para Americanos).

Participantes
O congresso foi presidido pelo estadista austríaco Príncipe Klemens Wenzel von Metternich (que também representava seu país), contando ainda com a presença do seu Ministro de Negócios Estrangeiros e do Barão Wessenberg como deputado.
Portugal é representado por três Ministros Plenipotenciários: D. Pedro de Sousa Holstein, Conde de Palmela, António de Saldanha da Gama, diplomata destacado na Rússia, e D. Joaquim Lobo da Silveira, diplomata destacado em Estocolmo.
A Prússia foi representada pelo príncipe Karl August von Hardenberg, o seu Chanceler e o diplomata e académico Wilhelm von Humboldt.
O Reino Unido foi inicialmente representado pelo seu Secretário dos Negócios Estrangeiros, o Visconde de Castlereagh; após fevereiro de 1815 por Arthur Wellesley, Duque de Wellington; nas últimas semanas, após Wellington ter partido para dar combate a Napoleão, pelo Conde de Clancarty.
A Rússia foi defendida pelo seu Imperador Alexandre I, embora fosse nominalmente representada pelo seu Ministro de Negócios Estrangeiros.
A França estava representada pelo seu Ministro de Negócios Estrangeiros, Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord.
Inicialmente, os representantes das quatro potências vitoriosas esperavam excluir os franceses de participar nas negociações mais sérias, mas o Ministro Talleyrand conseguiu incluir-se nesses conselhos desde as primeiras semanas de negociações.
O congresso nunca teve uma sessão plenária de facto: as sessões eram informais entre as grandes potências. Devido à maior parte dos trabalhos ser feito por estas cinco potências (com, algumas questões dos representantes de Espanha, Portugal, Suécia e dos estados alemães), a maioria das delegações pouco tinha que fazer, pelo que o anfitrião, Francisco II, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico, oferecia entretenimento para as manter ocupadas. Isto levou a um comentário famoso pelo Príncipe de Ligne: le Congrès ne marche pas; il danse (o Congresso não anda; ele dança).

Princípios
As diretrizes fundamentais do Congresso de Viena foram: o princípio da legitimidade, a restauração, o equilíbrio de poder e, no plano geopolítico, a consagração do conceito de "fronteiras geográficas":
  • O princípio da legitimidade, defendido sobretudo por Talleyrand a partir do qual se consideravam legítimos os governos e as fronteiras que vigoravam antes da Revolução Francesa, garantindo com isso que os Bourbons retornassem ao poder com a anuência dos vencedores. Atendia os interesses dos Estados vencedores na guerra contra Napoleão Bonaparte, mas ao mesmo tempo buscava salvaguardar a França de perdas territoriais, assim como da intervenção estrangeira. Os representantes dos governos mais reacionários acreditavam que poderiam, assim, restaurar o Antigo Regime e bloquear o avanço liberal. Contudo, o acesso não foi respeitado, porque as quatro potências do Congresso trataram de obter algumas vantagens na hora de desenhar a nova organização geopolítica da Europa.
  • O princípio da restauração, que era a grande preocupação das monarquias absolutistas, uma vez que se tratava de recolocar a Europa na mesma situação política em que se encontrava antes da Revolução Francesa, que guilhotinou ao rei absolutista e criou um regime republicano, a República, que acabou com os privilégios reais e instituiu o direito legítimo de propriedade aos burgueses. Os governos absolutistas defendiam a intervenção militar nos reinos em que houvesse ameaça de revoltas liberais.
  • O princípio do equilíbrio, defendeu a organização equilibrada dos poderes económico e político europeus dividindo territórios de alguns países, como, por exemplo, a Confederação Alemã que foi dividida em 39 Estados, tendo a Prússia e a Áustria como líderes, e anexando outros territórios a países adjacentes, como o caso da Bélgica, que foi anexada pelos Países Baixos.
Outra decisão importante das grandes potências reunidas em Viena foi a consagração da ideia de equilíbrio do poder. Segundo essa perspectiva, considerava-se que só fora possível o fenómeno Napoleão na Europa porque ele havia juntado uma tal soma de recursos materiais e humanos que, aliados à sua capacidade política e militar, provocaram todo aquele período de guerras.
As grandes potências decidiram então dividir os recursos materiais e humanos da Europa, de tal maneira que uma potência não pudesse ser mais poderosa que a outra (equilíbrio de poder); sendo assim, nenhum outro Napoleão se atreveria a desafiar seu vizinho, sabedor de que este contaria com os mesmos recursos.
Sendo esse o critério estabelecido, trataram de pô-lo em prática, resultando num mapa europeu em que as etnias e as nacionalidades não foram levadas em consideração, tal como aconteceu com a partilha da Polónia, por exemplo.
Uma vez estabelecida a paz, haveria a necessidade de manutenção de exércitos? Os estadistas reunidos em Viena foram unânimes em responder afirmativamente. Tratava-se de manter forças armadas exatamente para preservar a paz alcançada. A garantia da paz residia, a partir de então, na preservação das fronteiras geográficas estabelecidas justamente para evitar que qualquer potência viesse a romper o equilíbrio, anexando recursos dos seus vizinhos e pondo em risco todo o sistema de estados europeus. O princípio geopolítico das "fronteiras geográficas" perdurou até o término da Segunda Guerra Mundial, quando esse conceito foi substituído pelo conceito de "fronteiras ideológicas", no contexto da Guerra Fria.


Consequências
  • Reconstruir as monarquias absolutistas;
  • A Rússia anexou parte da Polónia, Finlândia e a Bessarábia;
  • A Áustria anexou a região dos Balcãs;
  • A Inglaterra ficou com a estratégica ilha de Malta, Ceilão e a Colónia do Cabo, o que lhe garantiu o controle das rotas marítimas;
  • O Império Otomano manteve o controle dos povos cristãos do Sudeste da Europa;
  • A Suécia e a Noruega uniram-se;
  • A Prússia ficou com parte da Saxónia, da Westfália, da Polónia e com as províncias do Reno;
  • A Bélgica, industrializada, foi obrigada a unir-se aos Países Baixos, formando o Reino dos Países Baixos;
  • Os Principados Alemães formaram a Confederação Alemã com 38 Estados, em que a Prússia e a Áustria participavam da Confederação ;
  • Restabelecimento dos Estados Pontifícios;
  • A Espanha e Portugal não foram recompensados com ganhos territoriais, mas tiveram restauradas as suas antigas dinastias.
  • No encerramento do Congresso de Viena, pelo Artigo 105º do Acto Final, o direito português ao território de Olivença foi reconhecido. Apesar de sua inicial resistência a esta disposição, a Espanha terminaria por ratificar o tratado mais tarde, em 7 de maio de 1817, nunca havendo, entretanto, cumprido esta disposição ou restituído o território oliventino a Portugal.
O Congresso de Viena logrou garantir a paz na Europa. Além das disposições políticas territoriais, estabeleceu-se:
  • o princípio da livre-navegação do Reno e do Meuse;
  • a condenação do tráfico de escravos, determinando sua proibição ao norte da linha do Equador;
  • medidas favoráveis para a melhoria das condições dos judeus;
  • e, de suma importância, um regulamento sobre a prática das atividades diplomáticas entre os países.
Mapa espanhol de 1773 (detalhe), pelo cartógrafo Tomás López de Vargas Machuca: Olivença encontra-se indicada como território português

O poeta e noviço beneditino Daniel Faria morreu há 14 anos

(imagem daqui)

Daniel Augusto da Cunha Faria nasceu em Baltar, Paredes, a 10 de abril de 1971.

Frequentou o curso de Teologia na Universidade Católica Portuguesa – Porto, tendo defendido a tese de licenciatura em 1996.

No Seminário e na Faculdade de Teologia criou gosto por entender a poesia e dialogar com a expressão contemporânea.

Licenciou-se em Estudos Portugueses na faculdade de Letras da Universidade do Porto. Durante esse período (1994 - 1998) a opção monástica criava solidez.

A partir de 1990, e durante vários anos, esteve ligado à paróquia de Santa Marinha de Fornos, Marco de Canaveses. Aí demonstrou o seu enorme potencial de sensibilidade criativa encenando, com poucos recursos, As Artimanhas de Scapan e o Auto da Barca do Inferno.

Faleceu a 9 de junho de 1999, quando estava prestes a concluir o noviciado no Mosteiro Beneditino de Singeverga.


Explicação da Ausência

Desde que nos deixaste o tempo nunca mais se transformou
Não rodou mais para a festa não irrompeu
Em labareda ou nuvem no coração de ninguém.
A mudança fez-se vazio repetido
E o a vir a mesma afirmação da falta.
Depois o tempo nunca mais se abeirou da promessa
Nem se cumpriu
E a espera é não acontecer - fosse abertura -
E a saudade é tudo ser igual.




 

in Explicação das Árvores e de Outros Animais (1998) - Daniel Faria

sábado, junho 08, 2013

Mick Hucknall, o vocalista dos Simply Red, faz hoje 53 anos

Michael James Hucknall (Denton, 8 de junho de 1960), conhecido como Mick Hucknall, é vocalista e foi o principal membro e compositor da banda Simply Red.

Mick Hucknall nasceu em Denton, Lancashire, Reino Unido, a 8 de junho de 1960, único filho de Reginald Hucknall (1935-2009), e de Maurren Hucknall. Estudou na Audenshaw School, em Audenshaw, próximo de Manchester. Quando Mick tinha 3 anos, a sua mãe, Maureen, abandona a família e Mick foi criado sozinho pelo pai, que era proprietário de uma barbearia em Stockport, nos arredores de Manchester. Reencontrou a mãe poucas vezes depois disso: em 1990, em Dallas, Texas, onde ela vivia e 18 anos depois, mais uma vez chamando a atenção dos media. Mick tem uma filha, Romy True Hucknall, nascida em 14 de junho de 2007, da sua companheira Gabriella Wesberry. Hucknall e Wesberry casaram a 25 de maio de 2010, no Castelo Forter, do século XVI, em Glenisla, Perthshire, Escócia. Ele passa uma considerável quantidade de tempo na Irlanda, onde ele comprou uma propriedade (Glenmore Estate), no condado de Donegal. O seu nome artístico surgiu de um mal entendido. Quando questionado pelo apresentador de um show sobre o seu nome, Hucknall disse "Vermelho (Red)". Devido ao alto barulho, o apresentador voltou a perguntar seu nome, e Hucknall gritou "Apenas Vermelho (Simply Red)". O apresentador entendeu mal e anunciou "Simply Red".

Mick começou a carreira como DJ e o seu primeiro contato com o meio artístico foi através do cenário inglês dos anos 70 do punk, com a banda Frantic Elevators. quando surgiriam bandas como os Sex Pistols e Joy Division. O seu sucesso veio, no entanto, com o grupo Simply Red, através do qual conseguiram o primeiro grande hit, que foi "Holding Back the Years". Atualmente, além da música, Mick também produz vinho tinto em Itália, chamado "Il Cantante" (O cantor) e é um dos donos do restaurante Man Ray, em Paris, conjuntamente com Johnny Depp, John Malkovich e Sean Penn. É reconhecido ainda como grande fã e sócio colaborativo da equipa inglesa de futebol Manchester United. Mick é ainda proprietário do selo simplyred.com e um dos fundadores do selo de reggae Blood and Fire.
Em 2008, lançou um álbum a solo, Tribute to Bobby, que foi o primeiro da sua carreira a solo, com a descontinuidade dos Simply Red no final de 2010, após 26 anos de consecutivos sucessos.
Em 2012, lançou o segundo álbum a solo, uma compilação dos seus temas soul favoritos, com o titulo American Soul.


Nick Rhodes, o teclista da banda Duran Duran, faz hoje 51 anos

Nick Rhodes, nascido Nicholas James Bates (Moseley, 8 de junho, 1962) é um músico britânico. Ele é o teclista da banda new romantic Duran Duran.
Nick é o único membro da banda que esteve com ela desde a sua fundação em 1978. Nick divorciou-se de Julie Anne Friedman em 1993, após nove anos de casamento, e tiveram uma filha, Tatjana, nascida em 1986.


O músico brasileiro Seu Jorge faz hoje 43 anos

Seu Jorge, nome artístico de Jorge Mário da Silva (São Gonçalo, 8 de junho de 1970) é um ator, cantor, compositor e multi-instrumentista brasileiro de MPB, de samba e soul.

Primogénito de quatro filhos,os seus irmãos são Charles, Vitório e Rogério. Seu Jorge teve uma infância dura, mas tranquila, no bairro Gogó da Ema, em Belford Roxo. Começou a trabalhar com dez anos de idade em uma borracharia, primeira de várias ocupações, como contínuo, marceneiro e descascador de batatas num bar. Serviu no Exército Brasileiro em 1989-1990, no Rio de Janeiro, no Depósito Central de Armamento - DCArmt, onde fez curso de corneteiro militar no 2º Batalhão de Infantaria Motorizado Escola (Regimento AVAÍ), mas não se adaptou à vida militar, sendo licenciado em janeiro de 1990.
As variadas profissões nunca ofuscaram o seu verdadeiro desejo de se tornar músico. Desde adolescente, frequentava as rodas de samba cariocas, acompanhando o pai e os irmãos em bailes funks e bailes charmes da periferia, e cedo começou a profissionalizar-se, cantando na noite. Foi aí que a morte de seu irmão Vitório, em uma chacina, levou a família à desestruturação, e Seu Jorge acabou tornando-se sem abrigo durante cerca de três anos. A mudança na sua vida deu-se quando o clarinetista Paulo Moura o convidou para fazer um teste para um musical de teatro. Foi aprovado e acabou participando em mais de 20 espetáculos com o Teatro da Universidade do Rio de Janeiro, como cantor e ator.
Participou da formação da banda Farofa Carioca, que lançou seu primeiro CD em 1998 com uma mistura dos ritmos negros de várias partes do mundo, como samba, reggae, jongo, funk e rap. A partir daí, Seu Jorge tem sua carreira engrenada e passa a participar de vários projetos, como um disco de tributo a Tim Maia e a participação em estúdio e na turnê da banda brasileira Planet Hemp, em 2000.
Participou também em diversos filmes na sua carreira, como Cidade de Deus, The life Aquatic, Tropa de Elite 2, The escapist, entre outros. Seu Jorge é sobrinho de Jovelina Pérola Negra e primo do sambista Dudu Nobre. Ganhou a alcunha do amigo Marcelo Yuka. Em 2012 participou da Cerimónia de Encerramento das Olimpíadas de Londres 2012, durante o segmento carioca. Cantou as músicas Nem Vem Que Não Tem, de Wilson Simonal e Aquele Abraço, de Gilberto Gil.

Tomaso Albinoni nasceu há 342 anos

Tomaso Giovanni Albinoni (Veneza, 8 de junho de 1671 – Veneza, 17 de janeiro de 1751) foi um compositor barroco italiano, nascido na República de Veneza. Famoso na sua época como compositor de óperas, atualmente é mais conhecido pela sua música instrumental, parte da qual é regularmente regravada. Massificou a sua música, mas graças ao seu talento melódico e estilo pessoal, foi tão popular na época quanto Arcangelo Corelli e Antonio Vivaldi.
Filho de um rico fabricante de papel, não pensava em seguir a carreira artística e muito menos em ganhar dinheiro com ela. Recusou-se a gerir a herança do pai e dedicou-se a compor para violino, passando a responsabilidade da fábrica para os seus dois irmãos mais novos. Estreou em Munique, em 1722, com muito sucesso.

Albinoni foi um dos primeiros compositores a escrever concertos para violino a solo. A sua música instrumental atraiu a atenção de Johann Sebastian Bach, que escreveu pelo menos duas fugas sobre temas de Albinoni (Fuga sobre um tema de Albinoni em lá, BWV950 e Fuga sobre um tema de Albinoni em si menor, BWV951) e constantemente usava os seus baixos como exercícios de harmonia para os seus pupilos.
Grande parte do trabalho de Albinoni foi perdido na Segunda Guerra Mundial, com a destruição da Biblioteca Estadual da Saxónia, durante o bombardeamento de Dresden, em fevereiro de 1945. Por isso, pouco se sabe sobre seu trabalho a partir de meados da década de 1720.
Quanto ao famoso "Adágio de Albinoni" (Adágio em sol menor para violino, cordas e órgão, T. Mi 26), que tornou Albinoni conhecido do grande público, aparentemente não foi escrito por ele. Trata-se de uma "reconstrução" de 1945, feita por Remo Giazotto, musicólogo e autor de uma biografia do compositor. Pouco depois da Segunda Guerra, Giazotto alegou ter recebido da Biblioteca Estadual da Saxónia, em Dresden, um fragmento manuscrito, que fora encontrado entre as ruínas do prédio, e que, segundo o musicólogo, seria parte do movimento adagio de uma sonata da chiesa (possivelmente a Op.4), composta por Albinoni por volta de 1708. Giazotto, que afirmava ter reconstituído a obra, registrou-a posteriormente em seu nome para efeito de direitos autorais, publicando-a em 1958. Porém, ele nunca publicou o tal fragmento de Albinoni. A composição integra a banda sonora do premiado filme Gallipoli, de 1981, sobre a campanha de mesmo nome, empreendida na Turquia, durante a Primeira Guerra Mundial.

Albinoni compôs cerca de oitenta óperas, das quais 28 foram produzidas em Veneza entre 1723 e 1740, das quais não resta quase nada. Aproximadamente setenta dessas partituras foram destruídas durante o bombardeamento a Dresden. Sabe-se entretanto que, circa 1720, as suas óperas eram frequentemente representadas fora da Itália, principalmente em Munique. Além de trinta cantatas, das quais só uma foi publicada (Amsterdam, c. 1701), o que chegou até a nossa época foi sua obra instrumental, que havia sido impressa, e na qual se destacam os seus concertos para oboé.


O Padre Zezinho nasceu há 72 anos

(imagem daqui)

José Fernandes de Oliveira, conhecido como Padre Zezinho (Machado, 8 de junho de 1941) é um padre católico brasileiro da Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus.
O Padre Zezinho é conhecido pelas suas qualificações como escritor e músico. O seu pai era violeiro e foi dele que herdou o amor pela música. Quando era criança, José Fernandes passou a conviver com os padres, que davam assistência à sua família. Zezinho é o mais jovem de seis irmãos e os seus pais morreram paralíticos.
Ordenado padre aos 25 anos de idade em 1966, nos Estados Unidos, logo assumiu como meios de evangelização o teatro e a música, em 1967, e os meios de comunicação, em 1969.
O Padre Zezinho é um dos maiores fenómenos da música cristã no mundo, sempre esgotando os lugares nas suas apresentações. O grande pioneiro da música católica popular é considerado o maior cantor e compositor da música católica brasileira de todos os tempos com renome internacional., sendo admirado e respeitado até pelos protestantes. As suas canções atravessaram gerações. Começou a compor em 1964 e iniciou a sua carreira de cantor em 1967. Em 1969, gravou Shalom, seu primeiro LP, pela Paulinas COMEP. O sucesso das canções do Padre Zezinho foi imediato entre os fiéis católicos, sendo reconhecido por eles como um profeta de várias gerações. Foi ainda pioneiro no uso de instrumentos modernos como a guitarra elétrica e a bateria na música religiosa.
Atualmente, o Padre Zezinho apresenta um programa em diversas emissoras de Rádio Católicas no Brasil, emitido a partir de São Paulo e intitulado "Palavras que não passam". Apresenta também um programa com o mesmo nome na TV Século XXI, da Associação do Senhor Jesus. Também gravou discos em mais de 5 idiomas.
Algumas de suas canções mais famosas são Um Certo Galileu, Maria de Nazaré, Amar como Jesus Amou, Oração pela Família, És Água Viva, Maria da Minha Infância, Alô Meu Deus, Ilumina, Ilumina, Estou Pensando em Deus, Utopia, Tua palavra, Senhor, Mãe do Céu Morena, Um Coração para Amar, Quando Jesus Passar, Cidadão do Infinito, Nova Geração, Minha Vida Tem Sentido, Daqui do Meu Lugar, De Lá do Interior, Palavra de Salvação, Cantiga Por um Ateu, Cantiga por Francisco, É Muito Jovem a Minha Oração, Mini Sermão, Ieshuá, Há um Barco Esquecido na Praia, Filho Pródigo, Vocação e Glória a Deus na Imensidão.
Em 2010 recebeu a indicação para concorrer ao Grammy Latino na categoria "Melhor Álbum de Música Cristã em português".


John Everett Millais nasceu há 184 aos

Sir John Everett Millais, 1.º Baronete de Millais of Palace Gate and Saint Ouen, Jersey (Southampton, 8 de junho de 1829 - Londres, 13 de agosto de 1896) foi um pintor e ilustrador inglês.
Fundou, juntamente com Dante Gabriel Rossetti e William Holman Hunt, em 1848, a Irmandade Pré-Rafaelita, um grupo artístico entre o espírito revivalista do romantismo e as novas vanguardas do século XX.


sexta-feira, junho 07, 2013