sexta-feira, março 18, 2011

O último Grande Mestre dos Templários foi queimado há 697 anos


Jacques de Molay (Vitrey, 1243/1244 ou 1249/1250 - Paris, 18 de Março de 1314) nasceu no Condado da Borgonha e pertencia a uma família da pequena nobreza franca.

(...)
Aos seus 21 anos de idade, Jacques de Molay entrou para a Ordem dos Cavaleiros Templários. Estes eram uma organização sancionada pela Igreja Católica Romana de 1128, para proteger e guardar as estradas entre Jerusalém e Acre, um importante porto da cidade no Mar Mediterrâneo. A Ordem dos Cavaleiros Templários participou das Cruzadas, e conquistou um nome de valor e heroísmo.


(...)


Em 1298, Jacques de Molay foi nomeado Grande Mestre dos Cavaleiros, uma posição de poder e prestígio. Jacques de Molay assumiu o cargo após a morte de seu antecessor Teobaldo Gaudini no mesmo ano (1298).
Como Grande Mestre, Jacques de Molay passou por uma difícil posição pois as cruzadas não estavam atingindo seus objectivos. O anticristianismo sarraceno derrotou as Cruzadas em batalhas capturando algumas cidades e portos vitais dos Cavaleiros Templários e os Hospitaleiros (outra ordem de cavalaria), restaram apenas um único grupo do confronto contra os Sarracenos.

(...)
O ano de 1307 viu o começo da perseguição aos Cavaleiros. Apesar de possuir um exército com cerca de 15 mil homens, Jacques de Molay havia ido a França para o funeral de uma Princesa da casa Real Francesa e havia levado consigo poucos homens, sendo esses todos nobres. Na madrugada de 13 de Outubro Jacques de Molay, juntamente a seus amigos, foram capturados e lançados nas masmorras pelo chefe real Guilherme de Nogaret (este era um de seus conselheiros) .
Durante sete anos, Jacques de Molay e os Cavaleiros sofreram torturas e viveram em condições sub-humanas. Enquanto os Cavaleiros não se dobravam, Filipe IV gerenciava as forças do Papa Clement para condenar os Templários. Suas riquezas e propriedades foram confiscadas e dadas a protecção de Filipe.
Após três julgamentos, Jacques de Molay continuou sendo leal para com seus amigos e Cavaleiros. Ele se recusou a revelar o local das riquezas da Ordem, e recusou-se a denunciar seus companheiros. Em 18 de Março de 1314, ele foi levado à Corte Especial. Como evidências, a Corte dependia de confissões forjadas, supostamente assinadas por Jacques de Molay. Ele desmentiu as confissões forjadas. Sob as leis da época, a pena por desmentir uma confissão, era a morte. Jacques de Molay foi julgado pelo Papa Clemente, e assim como Jacques de Molay, outro Cavaleiro, Guy D'Auvergne, desmentiu sua confissão e ambos foram condenados. O Rei Filipe ordenou que ambos fossem queimados naquele mesmo dia, e deste modo a história de Jacques de Molay se tornou um testemunho de lealdade e companheirismo. Jacques de Molay veio a falecer aos seus 70 anos de idade no dia 18 de Março de 1314.

Pequenos contributos para entender a anarquia no partido do governo






Penela - CISED apresenta agenda de actividade para 2011

Centro de Interpretação quer valorizar-se ao nível da investigação e sensibilização ambiental

O Centro Interpretativo do Sistema Espeleológico do Dueça (CISED), no concelho de Penela, apresenta no próximo domingo, dia 20, a sua Agenda de Actividade para 2011, com uma calendarização de actividades para todo o ano, fruto de algumas parcerias realizadas. A apresentação será acompanhada do visionamento de um filme sobre as Grutas do Carso de Sicó.

Segundo o CISED, a Agenda de Actividades permitirá valorizar o Centro Interpretativo enquanto local de investigação para os investigadores, profissionais e interessados nas áreas da espeleologia, geologia e afins, mas também na sua vertente de sensibilização ambiental, com actividades que visam esclarecer os cidadãos para a responsabilidade de cada um de nós zelar pelo bom estado de saúde dos seus recursos hídricos e património natural.

O CISED é uma infra-estrutura pensada e criada para promover e valorizar o território através da preservação e salvaguarda do ambiente enquanto principal riqueza social e económica. Os seus objectivos fundamentais passam por apoiar a exploração espeleológica no território; estimular a investigação científica; incentivar a cooperação entre as diferentes entidades que trabalham nos vários domínios disciplinares do território envolvente; divulgar nos meios científicos, técnicos e administrativos os conhecimentos entretanto adquiridos sobre o território; implementar a realização de acções de Educação Ambiental; organizar reuniões científicas para apresentação, discussão e divulgação do conhecimento adquirido; promover o turismo ambiental; e contribuir para uma atitude crítica das populações e agentes regionais e para uma visão ambientalmente sustentável do desenvolvimento regional.

 
NOTA: site do CISED - AQUI

Formação sobre aromaterapia e óleos de massagem em Leiria


(clicar para aumentar)

No dia 9 de Abril de 2011, realizar-se-á no Centro de Interpretação Ambiental (CIA) de Leiria, uma formação intitulada “Abordagem à aromaterapia e óleos de massagem”.


Ficheiros de Apoio:

Localização do CIA de Leiria:


Ver mapa maior

Finalmente uma boa notícia



Plano de austeridade entregue na próxima semana




Um poema para um melhor país - VI


(imagem daqui)

LXII

Que significa persistir
na azinhaga da morte?

Como se pode florir
no deserto do sal?

No mar do nada acontece
há roupa para morrer?

Quando os ossos já se foram
quem vive no pó final?

in Livro das Perguntas - Pablo Neruda

quinta-feira, março 17, 2011

Que saudades de Elis Regina...

Viva a Irlanda!

Os animais são todos iguais, mas uns têm mais sorte e pedigree

(imagem daqui)

Finalmente um dinossáurio angolano

Fóssil pertencia a um saurópode primitivo
Primeiro dinossauro de Angola recebe o apelido Adamastor

África poderá ter servido de refúgio a este grupo de dinossauros

Em latim, o seu nome científico quer dizer Titã de Angola, a que se juntou o apelido Adamastor, numa referência à figura mitológica de Os Lusíadas, que representava os perigos que os portugueses enfrentaram nas viagens de descoberta pela costa africana. O Angolatitan adamastor, o primeiro dinossauro encontrado em Angola, e até agora único, é hoje descrito numa revista científica brasileira como sendo de um género e uma espécie novos para a ciência.

Tinha 13 metros de comprimento e era um herbívoro quadrúpede, ou saurópode, como dizem os paleontólogos. Viveu há 90 milhões de anos, no Cretácico Superior, quando Angola era bastante diferente de hoje. África e a América do Sul já se tinham separado e entre as duas estava a nascer o Atlântico Sul, embora pouco desenvolvido. A Antárctida encontrava-se ainda colada ao continente africano.

A 25 de Maio de 2005, o paleontólogo Octávio Mateus, do Museu da Lourinhã e do Centro de Estudos Geológicos da Universidade Nova de Lisboa, andava sozinho em prospecção de fósseis pelas arribas do Ambriz, na província de Bengo, 70 quilómetros a norte de Luanda. E foi assim que localizou ossos do dinossauro - embora estivesse em Angola numa expedição com o norte-americano Louis Jacobs, paleontólogo da Universidade Metodista do Sul, no Texas. Era o início do Projecto PaleoAngola, que pretende descobrir, estudar e mostrar fósseis de vertebrados, envolvendo cientistas portugueses, angolanos, norte-americanos, entre outros.

Naquela expedição, Octávio Mateus e Louis Jacobs visitavam locais identificados com fósseis, nos anos 60, pelo paleontólogo Miguel Telles Antunes. A guerra naquela antiga colónia portuguesa interrompeu os seus trabalhos e depois os geólogos angolanos centraram as atenções nos diamantes e no petróleo. Ainda no mês da descoberta, e depois no ano seguinte, a equipa retirou das arribas vários ossos do dinossauro, todos de uma pata dianteira. Parte encontra-se agora na Universidade Agostinho Neto, em Luanda, e outra parte no Museu da Lourinhã, até que seja feito um molde.

Hoje, a equipa, que inclui Telles Antunes, da Academia de Ciências de Lisboa, além de cientistas angolanos, entre outros, publica a descrição do animal na revista Anais da Academia Brasileira de Ciências.

Há 90 milhões de anos, a região angolana onde se encontrou o dinossauro era árida. Apesar disso, o Angolatitan adamastor adaptou-se a essas condições, tal como acontece actualmente com os elefantes.

Do ponto de vista evolutivo, era já uma relíquia, explica Octávio Mateus. "Era relativamente primitivo." Encontrava-se num ramo tão baixo da árvore evolutiva dos dinossauros que era o único representante desse ramo no Cretácico Superior. "Isto mostra que, de alguma forma, África serviu como refúgio a este grupo de dinossauros."


Observação Astronómica - Santa Catarina da Serra (Leiria)

 

Observação Astronómica - 18.03.2011

Santa Catarina da Serra

UMA NOITE DIFERENTE, UMA NOITE MÁGICA

Actividade: Observação astronómica da Lua, Saturno e de outros astros;
Local: AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SANTA CATARINA DA SERRA;
Data: Noite de 18/03/2011 (6ª para sábado);
Horário: 20.30 – 23.30 horas.


Convidam-se todas as pessoas para um olhar diferente sobre o Universo:
  • Narração da história “O MISTÉRIO DA ESTRELINHA CURIOSA” pela autora, Leonor Lourenço;
  • Observação astronómica, com telescópio, da LUA, SATURNO, NEBULOSA DE ÓRION e outros astros e constelações sob orientação de astrónomos amadores.
    Nota - Caso o tempo não esteja favorável à observação astronómica, será projectado uma apresentação multimédia.

ORGANIZAÇÃO:

- Equipa de BE/CRE do Agrupamento de Escolas de Santa Catarina da Serra;
- Leonor Lourenço (Professora Bibliotecária), Fernando Martins, Rosário Duarte, Paulo Simões e João Cruz (astrónomos amadores);
- Núcleo de Astronomia Galileu Galilei do Agrupamento de Escolas Dr. Correia Mateus;
- Núcleo de Astronomia do Agrupamento de Escolas D. Dinis;
- Blog AstroLeiria: http://astroleiria.blogspot.com/
- Ad Astra (Associação para a Divulgação da Astronomia de Amadores): http://www.ad-astra.pt/


Não esquecer de trazer:
  • Comida/bebidas para partilhar;
  • Mapas celestes ou livros;
  • Telescópio ou binóculos;
  • Amigos ou familiares;
  • Vontade de aprender e dúvidas.

Ver mapa maior

Actividade aberta a todas as pessoas, sem pré-inscrição, que durará enquanto houver interessados.
  
ACTIVIDADE DEPENDENTE DAS CONDIÇÕES CLIMATÉRICAS...
   
NOTA: link para Cartaz - AQUI.

Um poema para um melhor país - V

(imagem daqui)


Será possível

Será possível que nada se cumprisse?
Que o roseiral a brisa as folhas de hera
Fossem como palavras sem sentido
– Que nada sejam senão seu rosto ido
Sem regresso nem resposta - só perdido?

in
O nome das coisas - Sophia de Mello Breyner Andresen

Elis Regina nasceu há 66 anos

Elis Regina Carvalho Costa (Porto Alegre, 17 de março de 1945São Paulo, 19 de janeiro de 1982) foi uma cantora brasileira. De morte trágica e prematura, deixou vasta e brilhante obra na música popular brasileira. Era carinhosamente chamada a Pimentinha. Considerada por boa parcela de músicos e público como uma das maiores cantoras da MPB.



Recordar S. Patrício e a verde Irlanda...

Hoje sou celtibero e gosto de cerveja, de música celta e do verde...



quarta-feira, março 16, 2011

Ceia Comemorativa do Equinócio da Primavera – Conimbriga

Recebido dos Amigos de Conimbriga:




No prosseguimento da realização do ciclo de jantares romanos, invocando as festividades dos Solstícios e Equinócios, comemora-se o Equinócio da Primavera,  sob o reconhecimento da Dieta Mediterrânica como Património da Humanidade, pela UNESCO.

A Dieta Mediterrânica, tem a sua matriz histórica no livro de cozinha do império De re coquinaria, legado pelo nobre Apicius, que neste ciclo é homenageado e recriado pela arte de cozinha da chef  Sónia Neves.

A Liga de Amigos de Conimbriga promove, o Restaurante do Museu de Conimbriga, a empresa TCNGEST, Lda. colaboram na organização, que tem o apoio do Museu Monográfico de Conimbriga.

19 de Março de 2011, Sábado, pelas 20.00 horas


Ceia Romana de recriação da gastronomia clássica de Apicius



Chef Sónia Neves


Celebração do equinócio de Primavera




Gustatio
  • Salada à Moda de César

Fercula
  • Creme de cogumelos
  • Frango à Moda de Varda

Mensae Secundae
  • Bolo de maçã à Moda de      Apicius com gelado de alecrim

Música ambiente



Local: Restaurante do Museu Monográfico de Conimbriga

Preço: 14 € mais bebidas

Organização e promoção: Liga de Amigos de Conimbriga, TCNGEST-Turismo Cultural e de Natureza, Lda.

Apoio: Museu Monográfico de Conimbriga.
Reservas: Tel: 239 944764    Tel 239 941168    Tlm: 96 9279074



ADENDA:

Botto morreu há 51 anos


António Tomás Botto (Concavada, Abrantes, 17 de Agosto de 1897Rio de Janeiro, 16 de Março de 1959) foi um poeta português.
A sua obra mais conhecida, e também a mais polémica, é o livro de poesia Canções que, pelo seu carácter abertamente homossexual, causou grande agitação nos meios religiosamente conservadores da época. Foi amigo pessoal de Fernando Pessoa que traduziu em 1930 as suas Canções para inglês, e com quem colaborou numa Antologia de Poemas Portugueses Modernos. Homossexual assumido (apesar de ser casado com Carminda Silva), a sua obra reflecte muito da sua orientação sexual e no seu conjunto será, provavelmente, o mais distinto conjunto de poesia homoerótica de língua portuguesa. Morreu atropelado em 1959 no Brasil, para onde se tinha exilado para fugir às perseguições homófobas de que foi vítima, na mais dolorosa miséria. Os seus restos mortais foram trasladados para o cemitério do Alto de São João, em Lisboa, em 1966.
(...)

Em 9 de Novembro de 1942 António Botto foi demitido do seu emprego na função pública (escriturário de primeira-classe do Arquivo Geral de Identificação) por:
"a) ter desacatado uma ordem verbal de transferência dada pelo primeiro oficial investido ao tempo em funções de director, por impedimento do efectivo;
b) não manter na repartição a devida compostura e aprumo, dirigindo galanteios e frases de sentido equívoco a um seu colega, denunciando tendências condenadas pela moral social;
c) fazer versos e recitá-los durante as horas regulamentares do funcionamento da repartição, prejudicando assim não só o rendimento dos serviços mas a sua própria disciplina interna."
Ao ler o anúncio publicado no Diário do Governo, Botto ficou profundamente desmoralizado e comentou com ironia: "Sou o único homossexual reconhecido no País..."
Para se sustentar passou a escrever artigos, colunas e crítica literária em jornais, e publicou vários livros, entre os quais "Os Contos de António Botto" e "O Livro das Crianças", uma colecção de sucesso de contos para crianças (que seria oficialmente aprovada como leitura escolar na Irlanda, sob o título The Children’s Book, traduzido por Alice Lawrence Oram). Mas tudo isto se revelou insuficiente. A sua saúde deteriou-se devido a sífilis terciária que ele recusava tratar e o brilho da sua poesia começou a desvanecer-se. Era alvo de troça quando entrava nos cafés, livrarias e teatros. Por fim, cansou-se de viver em Portugal e em 1947 decidiu emigrar para o Brasil. Para juntar dinheiro para a viagem organizou, em maio desse ano, recitais de poesia em Lisboa e no Porto, que resultaram em grandes sucessos, com elogios por parte de vários intelectuais e artistas, entre os quais Amália Rodrigues, João Villaret e o escritor Aquilino Ribeiro. A 17 de Agosto partiu finalmente para o Brasil com a sua mulher.
(...)
No Brasil residiu em São Paulo até 1951 quando se mudou para a cidade do Rio de Janeiro. Sobreviveu escrevendo artigos e colunas em jornais Portugueses e Brasileiros, participando em programas de rádio e organizando récitas de poesia em teatros, associações, clubes e, por fim, botequins.
A sua vida foi-se degradando de dia para dia e acabou por viver na mais profunda miséria. A sua megalomania agravada pela sifílis era gritante e não parava de contar histórias delirantes das visitas que André Gide lhe teria feito em Lisboa ("Se não foi o Gide, então foi o Marcel Proust..."), de ser o maior poeta vivo e de ser o dono de São Paulo. Em 1954 pediu para ser repatriado, mas desistiu por falta de dinheiro para a viagem. Em 1956 ficou gravemente doente e foi hospitalizado por algum tempo.
Em 4 de Março de 1959, ao atravessar a Avenida Copacabana, no Rio de Janeiro, foi atropelado por um automóvel do governo. Cerca das 17.00 horas de 16 de Março de 1959, no Hospital da Beneficência Portuguesa, Botto, mal barbeado e pobremente vestido, expira, abraçado pela sua inconsolável mulher, que o chora perdidamente.

E, só por curiosidade, quando é que o parlamento aprecia o PEC IV?

Entrevista à SIC
Primeiro-ministro admite demitir-se em caso de “chumbo” do PEC

“Se o Parlamento se pronunciar contra o Programa de Estabilidade e Crescimento, estará a abrir uma crise política”, afirmou José Sócrates, esta terça-feira, em entrevista à SIC.

Sócrates foi ainda mais longe quando, perante a insistência de Ana Lourenço, admitiu implicitamente a demissão do Governo nesse cenário. Se o resultado do debate parlamentar for o “chumbo”, os partidos “tiram todas as condições ao Governo para governar e teria de haver eleições”. “Nunca irei para uma Cimeira Europeia sem me poder comprometer com um programa de medidas de médio prazo que considero essenciais”, frisou.

Foi já na recta final da entrevista, de mais de 45 minutos, e nesta passagem não houve qualquer insistência. Apenas mais um dado explícito: em caso de eleições antecipadas, Sócrates volta a candidatar-se: “Com certeza que sim. Não volto a cara às dificuldades”. E assim se pôs fim aos anseios de quem desejaria ver na crise a oportunidade de o substituir à frente do PS.

Mas o cenário de crise é coisa de que o primeiro-ministro não quer nem ouvir falar: “Não acredito numa crise política; não quero acreditar que a irresponsabilidade dos partidos os leve tão longe”. “Espero que todos caiam em si”, “tudo farei para evitar uma crise política”, disse e repetiu.

E porquê? Porque, justificou o primeiro-ministro, “isso agravaria os riscos de financiamento da nossa economia e levaria Portugal a pedir uma intervenção externa”. Com “custos gravíssimos para o país”, que enumerou: “10 anos de opróbrio, pelo menos cinco anos fora dos mercados, perda de prestígio e influência no mundo, consequências para o Estado e para os portugueses muito piores que estas medidas”.

Isso significaria, acrescentou ainda, a entrada em Portugal da “agenda do FMI”: “Acabar com o 13º mês, reduzir o salário mínimo, despedimentos na função pública”. “É isto que queremos?”, questionou Sócrates, elevando ao limite o nível de dramatização.

Pelo meio, o primeiro-ministro foi polvilhando a conversa com fortes ataques ao seu principal alvo. “O PSD está em aproveitamento político total, em situação de profunda irresponsabilidade”, usando “uma linguagem cada vez mais agressiva que está a encaminhar o país para a crise política”, acusou.

Sócrates recordou que ainda há um mês, numa entrevista à Antena 1, o líder do PSD se mostrara “disponível para negociar” o PEC com o Governo, dizendo não compreender agora a reacção de Pedro Passos Coelho (ver texto ao lado). E insistiu várias vezes na crítica daqueles “que dizem não sem apresentarem qualquer alternativa”.

Um poema para um melhor país - IV

(imagem daqui)

PEQUENAS ESCULTURAS

21

No desânimo em que vivo,
Nem teu desdém
Se o procuro me socorre.

A cantar me vou ficando.

- E a minha alma é como o cisne,
Canta melhor quando morre.

in As Canções de António Botto

Artigo no Público sobre o massacre de Angola de há 50 anos

Angola 1961: o terror maciço e cru

Os maus acessos tinham deixado muitas regiões fora do controlo das autoridades coloniais

Os massacres que marcaram o início da guerra em Angola começaram há 50 anos. Havia indícios de que se preparava um levantamento, mas ninguém esperava tamanha violência. Os relatos de uma sublevação de cariz tribal dão conta de barbaridades indescritíveis. A revolta bacongo não poupa negros de outras origens. Os mortos são aos milhares, centenas deles brancos. O "15 de Março" prolonga-se até Outubro, já depois do "rapidamente e em força" proclamado por Salazar.

in Público - ler o resto aqui

terça-feira, março 15, 2011

Já basta!


(imagem daqui)

O desastre do Japão visto a partir dos Açores

O blog GEOCRUSOE, do geólogo e amigo faialense Carlos Faria, tem uma série de posts que vale a pena ler sobre a desgraça japonesa, ele que trabalha nesta área científica e já passou por coisas parecidas (era presidente de uma junta de freguesia do Faial onde houve mortos no sismo de 1998):

Finalmente o geopedrado e amigo Rui Machado de Medeiros propõe (e nós recomendamos...) uma visita a um site que mostra fotografias aéreas sobreponíveis do antes e depois do tsunami e terramoto de 11 de Março de 2011 em diversidades japonesas:


NOTA: o separador central permite puxar para a direita e esquerda e assim ver o antes e depois no mesmo local...

Há 50 anos, milhares de portugueses foram massacrados em Angola

15 de Março de 1961

A 15 de Março de 1961, cinco a seis mil portugueses foram assassinados em Angola. Esses mortos nunca estiveram no lugar certo. Antes do 25 de Abril de 1974 eles foram inconvenientes porque, numa primeira fase, atestavam a imprevidência do regime que não acautelara a segurança daquelas pessoas como era sua obrigação, e posteriormente porque a vontade de mostrar que a guerra estava reduzida à Guiné e a algumas zonas de Moçambique levava a que estes mortos fossem esquecidos.
Após o 25 de Abril estes portugueses continuaram a ser omitidos, pois os seus corpos repetidamente violados, empalados e queimados atestavam na brutalidade de que tinham sido vítimas que aquilo a que se chamava movimentos de libertação não tinham nada de libertadores nem de civilização. Antes pelo contrário. E sobretudo porque esses cadáveres de brancos, pretos e mulatos não se coadunavam com o decálogo revolucionário que transformava os fazendeiros brancos em opressores contra os quais se tinham levantado os seus trabalhadores negros.
A forma como gerimos a memória da guerra do Ultramar entre 1961 e 1975 e como escamoteámos os outros períodos de guerra nesses mesmos territórios durante o século XX são sintomáticas de um dos nossos erros mais trágicos como país: identificamos quem governa com o povo. Confundimos o regime com o país. Em resumo, não distinguimos a política da História. Dos Descobrimentos aos Lusíadas, sem esquecer Aljubarrota ou a Mensagem de Pessoa, tudo é sujeito a essa captura da História pela política.

in Blasfémias - ler o resto aqui


A Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) é um movimento político de Angola. Foi fundada em 1957 com o nome de União das Populações do Norte de Angola (UPNA), assumindo em 1958 o nome de União das Populações de Angola (UPA). Em 1961, a UPA e um outro grupo anti-colonial, o Partido Democrático de Angola (PDA), constituíram conjuntamente a FNLA.

O FNLA foi um dos movimentos nacionalistas angolanos durante a guerra anticolonial de 1961 a 1974, juntamente com o MPLA e a UNITA. No processo de descolonização de Angola, em 1974/1975, bem como na Guerra Civil Angolana de 1975 a 2002, combateu o MPLA ao lado da UNITA. Desde 1991 é um partido político cuja importância tem vindo a diminuir drasticamente, em função dos seus fracos resultados nas eleições legislativas de 1992 e 2008.



A UPA, enraizada principal-mente entre os Bakongo mas com aderentes também entre os Ambundu e os Ovimbundu, iniciou a sua luta armada na região do norte de Angola em 15 de Março de 1961, nomeadamente no concelho do Uíge estendendo-se mais tarde para o sul, até à actual província do Bengo. Ela teve como retaguarda de luta o ex-Congo Belga, actual República Democrática do Congo, a seu tempo liderada pelo falecido General Mobutu Sese Seko que - no quadro da sua política regional - manteve boas relações com o líder da UPA/FNLA, Holden Roberto. Este apoio possibilitou a constituição em Léopoldville (hoje Kinshasa), imediatamente depois da formação da FNLA, do GRAE (Governo Revolucionário Angolano no Exílio), cujos vice-presidentes eram de proveniência Ambundu, e cujo secretário geral era Jonas Savimbi, Ocimbundu e posteriormente fundador da UNITA. O braço armado do GRAE era o ELNA (Exército de Libertação Nacional de Angola) cujos comandantes provinham de várias partes de Angola, inclusive de Cabinda. Nem o MPLA nem a FLEC quiseram participar do GRAE, o que viria a ser decisivo para a complexa e contraditória configuração da luta anti-colonial em Angola.

Esperemos que seja rápido...

Fenprof vai divulgar estudo com balanço negativo dos mega agrupamentos



A FENPROF vai divulgar em Abril um estudo sobre a reorganização da rede escolar posta em prática pelo Governo, cujas conclusões revelam que os mega agrupamentos de escolas não se conseguem organizar no sentido do sucesso educativo.
"A confusão é mais do que muita", declarou à agência Lusa Anabela Sotaia, dirigente da federação e coordenadora adjunta do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC), que hoje se reuniu com a responsável da Direcção Regional da Educação do Centro (DREC).
Segundo a dirigente, e reportando-se à Região Centro, e aos mega agrupamentos já criados, "é muito difícil organizarem-se naquelas condições, a nível de professores, da gestão das escolas".
"Há muitas dificuldades em os professores se juntarem para planificarem estratégias, nos departamentos, porque duplicaram ou triplicaram. São assembleias de professores em que é impossível discutir com alguma seriedade e credibilidade as condições e as estratégias para a aprendizagem dos alunos", frisou.
Segundo Anabela Sotaia, "como é impossível discutir as coisas nas bases as directivas vêm a nível central, da direcção, do órgão pedagógico, que tudo decide, e depois informa apenas os professores".
"Não é assim que devia funcionar uma escola. Estas medidas não contribuem em nada para o sucesso educativo e para a qualidade que nós queremos para as nossas escolas. Tudo faremos para combater este modelo de gestão e vamos, com os nossos contributos, tentar reverter a situação, para que daqui a uns temos possa haver um novo modelo", acrescentou.
Sobre a reunião de hoje com a directora da DREC, Anabela Sotaia disse que lhes foi prestada "muita pouca informação", pois pretendiam saber se iam encerrar mais escolas com menos de 21 alunos e se continua o processo de criação de mega agrupamentos.
Quanto ao encerramento das escolas, foi-lhes dito que o assunto está a ser tratado entre a DREC e as autarquias, e que o processo de criação dos mega agrupamentos na Região Centro avançará e estará concluído dentro de dois anos.
Mas, até finais de maio estarão definidos de modo a ficarem instalados os órgãos antes de se iniciar o novo ano lectivo, acrescentou a coordenadora do SPRC.
"Não há boas soluções pela constituição destas enormes unidades. Isto vem ao arrepio do que estamos a ver acontecer noutros países", declarou João Louceiro, igualmente dirigente do SPRC, acrescentando que o sindicato tentará "levar aos professores a consciência do que está a acontecer"
A directora da DREC, Helena Libório, confirmou à agência Lusa que a reorganização da rede escolar para o próximo ano letivo, incluindo a criação dos mega agrupamentos, foi assunto abordado na reunião, mas escusou-se a aprofundar a questão.

in i online - notícia aqui

FORE!

Uma golfada de ar fresco

in oblogouavida - post de

Já basta!

(imagem daqui)

Milagre! Deus queira que me saia branco!

Pagamento de suplemento à mulher do ministro da Justiça
Alberto Martins espera ter relatório da Inspecção-Geral dentro de três semanas

O ministro não se quis pronunciar sobre as condições que levaram João Correia a autorizar o pagamento à sua mulher

O ministro da Justiça, Alberto Martins, espera ter o relatório da Inspecção-Geral dos Serviços de Justiça (IGSJ) sobre as condições em que foi decidido pagar o suplemento remuneratório à sua mulher “dentro de 15 dias, três semanas, no limite”.

 Numa conferência de imprensa marcada para reagir à notícia de que o Ministério decidiu pagar mais de 72 mil euros de suplemento remuneratório à procuradora adjunta e sua mulher, Maria da Conceição Correia Fernandes, pelo facto de ter trabalhado em dois tribunais cíveis do Porto, apesar dos pareceres contrários da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da hierarquia do Ministério Público, Alberto Martins reafirmou basicamente tudo o que já tinha ao PÚBLICO (ver edição de hoje).

“Quando assumi em funções deleguei no secretário de Estado a competência relativa à acumulação de funções por parte dos magistrados judiciais e do Ministério Público e não dei qualquer instrução sobre qualquer dos 39 processos despachados pelo então secretário de Estado [João Correia]”.

O ministro não se quis pronunciar sobre as condições que levaram João Correia a autorizar o pagamento à sua mulher, apesar dos pareceres negativos, reafirmando que não teve “nenhuma conversa” com o secretário de Estado nem teve “conhecimento do processo”. “Perante as notícias públicas que suscitaram dúvidas eu pedi à Inspecção-Geral dos Serviços de Justiça para que fizesse uma apreciação sobre os procedimentos adoptados” em todo o processo, afirmou Alberto Martins, salientando que espera ter o relatório disponível “dentro de 15 dias, três semanas no limite”, o qual será tornado público. “Confio que a IGSJ clarifique de forma definitiva todas as questões”, acrescentou, recusando-se “antecipar conclusões”. Alberto Martins admitiu ainda que tinha conhecimento de que a sua mulher tinha posto uma acção em tribunal contra o Ministério, mas não avançou mais pormenores.

O ministro revelou ainda que comunicou ao presidente da 1ª comissão parlamentar a sua disponibilidade para se deslocar ao Parlamento e prestar todos os esclarecimentos.

NOTA: o fartar vilanagem, versão antiga:

Ainda bem que só estive meia hora à espera para pagar a Gasolina de 95 octanas quase a 1.60 euros

Nuclear - não obrigado! (versão musical)

Nuclear - não obrigado!

Novos problemas na central nuclear de Fukushima
União Europeia fala de “apocalipse” no Japão

O comissário europeu da Energia, Günther Oettinger, qualificou o acidente nuclear no Japão como um “apocalipse” e adiantou que as autoridades locais terão perdido o controlo da situação na central nuclear de Fukushima I, onde já houve três explosões. O espaço aéreo em redor da central foi encerrado.

 “Estamos a falar de apocalipse e creio que a palavra é particularmente bem escolhida”, disse Günther Oettinger esta terça-feira perante uma comissão do Parlamento Europeu em Bruxelas. “Tudo está praticamente fora de controlo”, adiantou, citado pela AFP. “Não excluo o pior nas horas mais próximas”.

Uma terceira explosão no reactor 2 da central nuclear de Fukushima I, e um incêndio no reactor 4 fizeram esta terça-feira subir de tom a crise nuclear no Japão. As autoridades admitem agora que os níveis de radioactividade poderão afectar a saúde humana. E a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) também já reconheceu que poderá haver danos no núcleo do reactor 2.

Yukiya Amano, director-geral da AIEA, disse em conferência de imprensa que há “possivelmente danos” no núcleo do reactor 2. “Deverão ser inferiores a cinco por cento”, adiantou, para depois salientar que a situação é “preocupante” mas será diferente da catástrofe nuclear que ocorreu em Tchernobil, na Ucrânia, em 1986. O responsável da AIEA disse que precisa de informação mais actualizada e detalhada sobre o que está a acontecer no Japão.

A agência da ONU para a energia atómica já tinha emitido um comunicado a referir que as explosões nos reactores 1 e 3 não danificaram os vasos de pressão primários (primeira camada de protecção do núcleo dos reactores). “Estão ambos intactos”. No entanto, a explosão de ontem no reactor 2 “pode ter afectado a integridade do seu vaso de pressão primário”, acrescenta.

A Autoridade de Segurança Nuclear francesa já tinha alertado para a possibilidade de danos neste sistema de contenção que é o mais importante para evitar uma fuga radioactiva. Adiantou ainda que o acidente nuclear em Fukushima I atingiu um nível de gravidade 6, numa escala de um a sete. "O fenómeno assumiu uma dimensão totalmente diferente da de ontem. É claro que chegámos ao nível 6", disse André-Claude Lacoste, citado pela AFP. Mas a Agência de Segurança Nuclear japonesa não confirma o nível de gravidade 6, fala antes de nível 4.

No perímetro de 30 quilómetros em torno da central as pessoas não podem sair de casa e foi estabelecida uma zona de exclusão aérea, mas apesar disso as autoridades japonesas informaram a ONU de que os níveis de radioactividade junto à central estão a baixar.

Problemas em quatro reactores

Uns após dos outros, os reactores da central Fukushima I, 250 quilómetros a Norte de Tóquio, enfrentam uma infernal série de avarias e acidentes desde o sismo e tsunami da passada sexta-feira. Dos seis reactores da central, quatro registam problemas graves.

Ontem à noite, o reactor 2 da central de Fukushima Daiichi foi o terceiro a registar uma explosão, aumentando os receios de uma fuga radioactiva descontrolada de larga escala. As barras de combustível, no núcleo do reactor, deixaram de estar totalmente cobertas por água durante pelo menos duas horas, o que levou a que aquecessem e que ocorresse uma explosão. A empresa proprietária da central, a Tepco, ordenou a evacuação do reactor 2, com excepção dos funcionários que estão a injectar água para tentar arrefecer o reactor.

Paralelamente, deflagrou um incêndio no reactor 4, o que faz "aumentar consideravelmente" os níveis de radiação, declarou o primeiro-ministro, Naoto Kan, numa mensagem televisiva. O incêndio manteve-se activo durante duas horas.

“Agora estamos a falar de níveis que poderão ter impacto na saúde humana”, indicou hoje em conferência de imprensa o vice-chefe de gabinete do primeiro-ministro, Yukio Edano, segundo o qual o reactor "não está, necessariamente, em condições estáveis".

Naoto Kan, o primeiro-ministro, considerou a situação "preocupante". Por isso, anunciou que as pessoas que ainda se mantêm dentro de um raio de 20 quilómetros em torno da central deverão abandonar as suas casas e aqueles que vivem a entre 20 e 30 quilómetros de distância deverão permanecer dentro de portas.Os níveis de radiação em torno de Fukushima após uma hora de exposição aumentaram para oito vezes mais do que o limite legal em um ano, indicou o operador da central, a Tokyo Electric Power (Tepco). Os níveis de radiação em Tóquio também estão mais elevados que o normal, mas as autoridades garantem que não apresentam perigos para a saúde.

No sábado aconteceu a primeira explosão na central de Fukushima, no reactor 1. A segunda aconteceu na segunda-feira, quando houve uma explosão de hidrogénio no reactor 3. Finalmente, ontem à noite, foi o reactor 2 a sofrer uma explosão, algo que as autoridades japonesas tentavam que não acontecesse. Todas as explosões aconteceram devido à acumulação do hidrogénio libertado.

O cenário em Fukushima I é "francamente mau", considera o director da Agência da OCDE para a Energia Nuclear, Luis Echavarri. "As últimas notícias do reactor 2 indicam que existem problemas que não conhecemos bem e que puderam provocar fissuras por onde a radioactividade se pode ter libertado", acrescentou.

"Radioactividade perigosa"

Hoje, o ministro japonês dos Negócios Estrangeiros, Takeaki Matsumoto, veio confirmar em conferência de imprensa os receios, dizendo que o nível de radiações causado pelo incêndio ocorrido no reactor 4 da central nuclear de Fukushima "pode ser prejudicial à saúde" das populações. "Relativamente ao reactor 3, estamos a injectar água para o arrefecimento", garantiu. "A situação é difícil. Estamos a fazer todos os possíveis para resolver este problema", acrescentou o ministro. Cerca de 150 pessoas, que moram na região que rodeia Fukushima I, já fizeram testes aos níveis de radiação. Foram tomadas medidas para descontaminar 23 pessoas.

Num ginásio em Tamura, na província de Fukushima, a 30 quilómetros de distância da central nuclear, cerca de 600 pessoas esperam por notícias em frente às televisões. "Todos nós queremos voltar para as cidades onde nascemos e fomos criados, mesmo que demore um ano ou três anos", comentou um homem de 51 anos à Kyodo. De momento, 5000 pessoas estão abrigadas em onze edifícios em Kawamata, na província de Fukushima, a 20 quilómetros da central.

Hoje, três províncias vizinhas de Fukushima começaram a preparar a chegada dos habitantes que estão a ser retirados da zona perto da central nuclear, avança a agência de notícias Kyodo. Na cidade de Yonezawa, Yamagata, muitos dos que estão já chegar procuram fazer testes médicos para saber a que níveis de radiação foram expostos.

A província de Yamagata está a listar os edifícios que podem ser usados como abrigos e o governo de Gunma anunciou que está preparado para receber as pessoas em 190 locais públicos.
"Estamos a tentar determinar quantas pessoas podemos receber e que locais podemos usar como abrigos", comentou um responsável do governo de Tochigi. Algumas pessoas já começaram a chegar à cidade de Nasushiobara.

Governo encerra espaço aéreo em redor da central de Fukushima

Hoje, o Ministério dos Transportes japonês ordenou o encerramento do espaço aéreo num raio de 30 quilómetros em redor da central nuclear de Fukushima, informou a agência Kyodo. A medida exclui os aviões e helicópteros envolvidos nas operações de resgate e de distribuição de ajuda nas áreas atingidas pelo sismo de sexta-feira.

O Governo acredita que esta imposição não terá impactos significativos nos voos comerciais previstos no país.

Os Ministros de Sócrates, esses Gargalhofas

Música do LP «Fungagá da Bicharada», de José Barata Moura

Eles fazem-nos rir diariamente desde 2005. São tão pândegos que nem percebem que nós percebemos tudo. E como sempre desde 2005, de forma corajosa e bem cómica, põem os ricos a pagar a crise. É bem feito!
Eles são os Gargalhofas. Fazem-me rir muito desde 2005, mas como já me dói a barriga de tanto rir, se calhar ficávamos por aqui. Já Basta, não?


in Aventar - post de Ricardo Santos Pinto

Já basta!

já basta

Internet
Blogues unem-se pela demissão do Governo no movimento “já basta”

Um grupo de “bloggers” lançou esta segunda-feira nos blogues e redes sociais o movimento “já basta”, exigindo a demissão do Governo, dizendo-se “provenientes das mais diversas áreas políticas”, assumem que foram incentivados pela mobilização do protesto da “Geração à Rasca”.

“Esta ideia nasceu de conversas informais entre bloggers, pessoas de esquerda, de direita, sem partido e independentes, que consideram que este Governo deve sair, seja demitindo-se, seja pela exoneração”, disse à Lusa Fernando Moreira de Sá, do blogue “Aventar”, um dos que consta no conjunto de blogues.

Na rede social Facebook, definem-se como “um movimento de bloggers portugueses provenientes das mais diversas áreas políticas unidos por um objectivo comum”, a “demissão/exoneração do actual Governo”.

O movimento reúne blogues como o 31 da Armada, Blasfémias, Delito de Opinião, Albergue Espanhol, Nortadas, O Insurgente, entre outros.

“Apesar de esta ideia já vir de trás, não nego que houve um ‘stop’ para ver o que dava o protesto da Geração à Rasca. As manifestações provaram que já existe uma atitude além da que se toma sentado numa cadeira”, afirmou Fernando Moreira de Sá.

Segundo este blogger, “a ideia nasceu de conversas informais entre vários bloggers” sendo o “cimento agregador” a ideia de que o Governo deve sair, sem concretizarem se deve ser exonerado ou se deve demitir-se.

“É isso que junta pessoas de blogues diferentes, como o Aventar, mais à esquerda e o 31 da Armada, de direita”, afirmou.“Esta ideia nasceu de conversas informais entre bloggers, pessoas de esquerda, de direita, sem partido e independentes, que consideram que este Governo deve sair, seja demitindo-se, seja pela exoneração”, disse à Lusa Fernando Moreira de Sá, do blogue “Aventar”, um dos que consta no conjunto de blogues.

Na rede social Facebook, definem-se como “um movimento de bloggers portugueses provenientes das mais diversas áreas políticas unidos por um objectivo comum”, a “demissão/exoneração do actual Governo”.

O movimento reúne blogues como o 31 da Armada, Blasfémias, Delito de Opinião, Albergue Espanhol, Nortadas, O Insurgente, entre outros.

“Apesar de esta ideia já vir de trás, não nego que houve um ‘stop’ para ver o que dava o protesto da Geração à Rasca. As manifestações provaram que já existe uma atitude além da que se toma sentado numa cadeira”, afirmou Fernando Moreira de Sá.

Segundo este blogger, “a ideia nasceu de conversas informais entre vários bloggers” sendo o “cimento agregador” a ideia de que o Governo deve sair, sem concretizarem se deve ser exonerado ou se deve demitir-se.

“É isso que junta pessoas de blogues diferentes, como o Aventar, mais à esquerda e o 31 da Armada, de direita”, afirmou.


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A coisa tá braba em Fukushima

Já na noite desta segunda-feira
Nova explosão na central de Fukushima

Na central de Fukushima já houve duas explosões

Uma nova explosão, a terceira, foi ouvida já na noite desta segunda-feira na central nuclear de Fukushima, no Japão, segundo relatam várias agências noticiosas.

A explosão terá ocorrido no reactor número dois e, minutos antes de se ouvir esta nova explosão, as autoridades japonesas reconheceram que podia haver danos no edifício de contenção do reactor dois.

O porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, disse que esses “possíveis danos” seriam na estrutura que serve para refrigerar o reactor e que controla a pressão no interior do mesmo reactor.

Hoje, o director-geral da AIEA, Yukiya Amano, confirmou o pedido de ajuda do Japão, que apelou ao envio de uma equipa de especialistas. “Estamos a definir os detalhes”, adiantou o responsável da agência da ONU à AFP. A ajuda já tinha sido oferecida pouco após o sismo de sexta-feira que esteve na origem de duas explosões na central de Fukushima, a cerca de 250 quilómetros de Tóquio.

Amano adiantou que não é provável que este desastre venha a ter as dimensões do maior desastre nuclear de sempre, que ocorreu em Tchernobil, na Ucrânia, em 1986. Também a agência de segurança nuclear japonesa excluiu a hipótese de um acidente semelhante ao de Tchernobil na central de Fukushima, mas a Autoridade para a Segurança Nuclear Francesa (ASN) classificou o acidente na central japonesa no nível “5 ou 6” numa escala internacional cujo máximo é 7, a partir de informações fornecidas pelas autoridades japonesas. O presidente da agência francesa, André-Claude Lacoste, adiantou à Reuters que o nível 4 “é um nível grave” e sublinhou: “Creio que estaremos perante o nível 5, ou mesmo o nível 6”.

Já esta manhã tinha ocorrido uma nova explosão no reactor 3 da central de Fukushima, dois dias após outra explosão no reactor 1. Um terceiro reactor apresenta problemas de refrigeração, ainda que as autoridades japonesas tenham considerado “improvável” uma explosão nesse reactor 2, o terceiro em perigo na central.

A agência de segurança nuclear japonesa indicou que o rebentamento se ficou a dever a uma concentração de hidrogénio e as autoridades indicaram que o núcleo do reactor continua intacto e que os níveis de radiação permanecem abaixo dos limites legais.

A empresa responsável pela central, a Tokyo Electric Power (TEPCO), adiantou ser possível a fusão do núcleo de um dos reactores da central por ter descido o nível da água que cobre o combustível nuclear e permite controlar a temperatura. Se isso acontecer, haverá uma nova explosão e será libertado material radioactivo para a atmosfera. Para evitar o sobreaquecimento do núcleo, tem sido injectada água marinha no reactor 2, adiantaram as autoridades japonesas aos responsáveis da AIEA. Para além de apoio à agência da ONU, o Japão pediu aos EUA equipamento para fornecimento de água e outros recursos que ajudem a arrefecer o reactor.

O porta-voz do Governo japonês, Yukio Edano, indicou que as possibilidades de fuga radioactiva após a explosão desta sexta-feira são “baixas”. Apesar disso, dezenas de milhares de pessoas já foram retiradas, nos últimos dias, da zona em volta da central nuclear. Pelo menos 22 pessoas estão a ser tratadas após exposição a radiações.

Após a explosão estavam desaparecidas sete pessoas, que entretanto já foram encontradas, relata a agência Jiji. Seis delas sofreram ferimentos.

Europa reage ao acidente nuclear

O acidente nuclear no Japão tem causado diversas reacções em todo o mundo. A chanceler alemã Angela Merkel anunciou que irá suspender por três meses os planos para alargar a vida das centrais nucleares na Alemanha. O Parlamento tinha decidido prolongar por mais 12 anos o funcionamento das 17 centrais no país, mas agora a decisão será reavaliada nas próximas semanas.

A Suíça, por outro lado, anunciou a suspensão dos projectos de renovação das suas centrais de acordo com “normas de segurança mais restritas”, adiantou a AFP. E, na Áustria, o ministro do Ambiente Nikolaus Berlakovitch, apelou à realização de “testes de resistência nas centrais nucleares de toda a Europa”, onde existem 143 reactores.A Comissão Europeia já convocou para esta terça-feira uma reunião dos ministros de Energia da União Europeia e das autoridades nacionais para a segurança nuclear, em Bruxelas, para debater a situação no Japão.

Entretanto a Rússia anunciou que irá redireccionar cerca de seis mil megawatts de electricidade para o Japão que enfrenta problemas energéticos, declarou hoje o vice-primeiro-ministro russo Igor Setchine.

O Exército Americano, que tem estado a ajudar nas operações de socorro, fez saber, porém, que mudou os seus barcos e aviões da zona, depois de um dos seus porta-aviões ter detectado níveis de radiação a cerca de 160 quilómetros da costa.

O desastre natural de sexta-feira matou centenas de pessoas e deixou milhares desaparecidos. Está em curso uma enorme operação de resgate.

Até ao momento as autoridades confirmaram 1597 mortos, mas o número final de vítimas deverá ser muito superior. O tsunami entrou até dois quilómetros pela terra dentro e, de acordo com a repórter da BBC Rachel Harvey, enviada para os locais mais afectados pela catástrofe, não parece muito provável que se venham a encontrar muitos sobreviventes.

A agência noticiosa Kyodo indicou que 2000 corpos foram hoje encontrados nas costas da região de Miyagi, mas as autoridades ainda não confirmaram este balanço.


A ética republicana e socialista - versão mulher do ministro Alberto Martins

(Imagem daqui)

Ministério pagou 72 mil euros a mulher de Alberto Martins contra parecer da PGR


Decisão foi tomada pelo então secretário de Estado da Justiça, João Correia, antes ainda de haver uma decisão judicial, onde corria um processo intentado pela mulher do ministro.

Sismo perto da fronteira de Trás-os-Montes

 Informação IM:

O Instituto de Meteorologia informa que no dia 15.03.2011 pelas 08.49 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente, um sismo de magnitude 3.1 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 30 km a Sul-Sudeste de Manzaneda (ESP). 

Até à elaboração deste comunicado não foi recebida nenhuma informação confirmando que este sismo tenha sido sentido. 

Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados. Sugere-se o acompanhamento da evolução da situação através da página do IM na Internet (www.meteo.pt) e a obtenção de eventuais recomendações junto da Autoridade Nacional de Protecção Civil (www.prociv.pt).

 Informação IGN


Fecha Hora (GMT) Latitud Longitud Prof. Int. Máx. Mag.


15/03/2011 08:49:53 42.0360 -7.2336 11 III 3.2