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sábado, outubro 28, 2023

São João XXIII foi eleito Papa há sessenta e cinco anos

(imagem daqui)
          
O Papa João XXIII, ou São João XXIII pp, nascido Angelo Giuseppe Roncalli (Sotto Il Monte, 25 de novembro de 1881 - Vaticano, 3 de junho de 1963) foi Papa de 28 de outubro de 1958 até à sua morte. Pertencia à Ordem Franciscana Secular e escolheu como lema papal: Obediência e Paz.
Sendo um sacerdote católico desde 1904, iniciou a sua vida sacerdotal em Itália, onde foi secretário particular do bispo de Bérgamo D. Giacomo Radini-Tedeschi (1905-1914), professor do Seminário de Bérgamo e estudioso da vida e obra de São Carlos Borromeu, capelão militar do Exército italiano durante a Primeira Guerra Mundial e presidente italiano do "Conselho das Obras Pontifícias para a Propagação da Fé" (1921-1925). Em 1925, sendo já um arcebispo-titular, iniciou-se a sua longa carreira diplomática, onde o levou à Bulgária como visitador apostólico (1925-1935), à Grécia e Turquia como delegado apostólico (1935-1944) e à França como núncio apostólico (1944-1953). Em todos estes países, ele destacou-se pela sua enorme capacidade conciliadora, pela sua maneira simples e sincera de diálogo, pelo seu empenho ecuménico e pela sua bondade corajosa em salvar judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1953, foi nomeado cardeal e Patriarca de Veneza.
Foi eleito Papa no dia 28 de outubro de 1958. Considerado inicialmente um Papa de transição, depois do longo pontificado de Pio XII, convocou, para surpresa de muitos, o Concílio Vaticano II, que visava a renovação da Igreja e à formulação de uma nova forma de explicar pastoralmente a doutrina católica ao mundo moderno. No seu curto pontificado de cinco anos escreveu oito encíclicas, sendo as principais a Mater et Magistra (Mãe e Mestra) e a Pacem in Terris (Paz na Terra).
Devido à sua bondade, simpatia, sorriso, jovialidade e simplicidade, João XXIII era aclamado e elogiado mundialmente como o "Papa bom" ou o "Papa da bondade". Mas, mesmo assim, vários grupos minoritários de católicos tradicionalistas acusavam-no de ser maçom, radical esquerdista e herege modernista, por ter convocado o Concílio Vaticano II e promovido a liberdade religiosa e o ecumenismo. Foi declarado Beato pelo Papa João Paulo II, no dia 3 de setembro de 2000. É considerado o patrono dos delegados pontifícios e a sua festa litúrgica é celebrada no dia 11 de outubro, tendo sido canonizado a 27 de abril de 2014, domingo da Divina Misericórdia, juntamente com o também Papa João Paulo II. A missa de canonização foi presidida pelo Papa Francisco e concelebrada pelo Papa Emérito Bento XVI.
   
       
in Wikipédia

segunda-feira, outubro 23, 2023

Pelé nasceu há 83 anos...

    
Edson Arantes do Nascimento (Três Corações, 23 de outubro de 1940São Paulo, 29 de dezembro de 2022), mais conhecido como Pelé, foi um futebolista brasileiro que atuou como atacante. Descrito como o "Rei do Futebol", é amplamente considerado como o maior atleta de todos os tempos. Em 2000, foi eleito Jogador do Século pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS) e foi um dos dois vencedores conjuntos do prémio Melhor Jogador do Século da FIFA. Nesse mesmo ano, Pelé foi eleito Atleta do Século pelo Comité Olímpico Internacional. De acordo com a IFFHS, é o segundo maior goleador da história do futebol em jogos oficiais, tendo marcado 765 golos em 812 partidas. No total foram 1283 golos em 1363 jogos (incluindo amistosos não-oficiais), um recorde mundial do Guinness. Durante a sua carreira, chegou a ser durante um período o atleta mais bem pago do mundo.

  


   

quarta-feira, outubro 18, 2023

São Pedro de Alcântara morreu há 461 anos

     
São Pedro de Alcântara, de nome de batismo Juan de Garabito y Vilela de Sanabria (Alcântara, 1499 - Arenas de San Pedro, 18 de outubro de 1562), foi um frade franciscano espanhol que fez grandes reformas na sua ordem religiosa, a Ordem dos Capuchinhos, no Reino de Portugal.
Nascido no seio de uma família nobre, estudou direito na Universidade de Salamanca, mas abandonou os estudos e seguiu uma vida religiosa em 1515, no Convento de San Francisco de los Majarretes, perto de Valência de Alcântara, onde tomou o nome de frade Pedro de Alcântara. Foi ordenado em 1524, com 25 anos.
Viajou até Portugal em 1539 para ajudar o seu familiar Martín de Santa Maria Benavides a reformar uma das províncias franciscanas. De 1542 a 1544, foi guardião e mestre de noviços em Palhais. Com a morte de Martín, em 1546, foi Pedro de Alcântara quem deu seguimento ao seu trabalho, sendo, por isso, muito apreciado pelo rei D. João III.
Logo foi estabelecer-se na Serra da Arrábida e, aí, ajudou a fundar uma série de mosteiros para os chamados Arrábidos (ou Capuchos, noutras zonas do país), nomeadamente o chamado Convento de Nossa Senhora da Arrábida. Escreveu toda a regra da comunidade lá perto, em Azeitão.
Em 1555, iniciou a reforma da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos mediante as regras "alcantarinas", hoje conhecidas como de "Estrita Observância". Mais tarde, foram os Arrábidos que foram colocados no Convento de Mafra por D. João V. Acabaram por ser expulsos de Portugal quando da implantação do liberalismo no país, sendo, então, reintegrados na Ordem de São Francisco.
Em 1557, estava no Reino de Portugal que tanto amava.
Era notável pregador e místico, amigo e confessor de Santa Teresa de Jesus, a quem terá ajudado, em 1559, na tarefa de reforma da Ordem dos Carmelitas, a par de São João da Cruz. Escreveu o "Tratado da Oração e Meditação" que terá sido lido por São Francisco de Sales.
     
    in Wikipédia

terça-feira, outubro 10, 2023

Daniel Comboni morreu há 142 anos


Daniel Comboni (Limone sul Garda, 15 de março de 1831 - Cartum, Sudão, 10 de outubro de 1881) foi um bispo católico italiano, canonizado em 5 de outubro de 2003 pelo Papa São João Paulo II

   

(...)  

    

Em 14 de setembro, junto ao túmulo de São Pedro em Roma, recebeu uma grande inspiração. Como resultado, durante o Concílio Vaticano I, apresentou aos bispos o seu Plano pela Regeneração dos Africanos. Tinha compreendido que o brancos não aguentavam muito na África, e que os Africanos trazidos para a Europa se corrompiam com o conforto e não desejavam mais voltar a sua terra natal para ser evangelizadores. Iluminado, propôs "Salvar a África com a África", ou seja, preparar sacerdotes e missionários africanos na própria África, mas em ambientes africanos, onde os brancos pudessem viver e os próprios africanos se mantivessem em sua terra.

Viajou muito, por todos os meios, de barco, de camelo, de navio, mas sempre com o coração voltado para os africanos, que queriam ser livres da escravidão, das doenças e da miséria. Fundou colégios, pediu a colaboração de mulheres e fundou a Congregação das Pias Madres da Nigritia.

Praticamente obrigado pelo Cardeal prefeito da Congregação do Vaticano responsável da Propagação da Fé, fundou em 1 de junho de 1867, o Instituto dos Filhos do Sagrado Coração de Jesus, que hoje tem o nome oficial de Missionários Combonianos do Coração de Jesus (MCCJ). Os membros desta instituição estão hoje nos cinco continentes, contando até hoje vinte e quatro mártires nos trabalhos de evangelização. Em 1877 foi nomeado bispo do extenso Vicariado que abrangia praticamente toda a África Central.

Comboni faleceu a 10 de outubro de 1881 em Cartum, no Sudão, vítima das terríveis febres que já tinham vitimado quase todos os seus companheiros. No leito de morte rogou aos presentes que nunca desistissem, nem que sobrasse apenas um único deles. A sua obra continua pelo mundo afora.

Daniel Comboni foi canonizado pelo papa João Paulo II em 5 de outubro de 2003, porém, sua festa litúrgica é 10 de outubro.

 


in Wikipédia

quarta-feira, outubro 04, 2023

Hoje é dia de cantar a poesia de uma Santa...

 

 

Soberano Esposo mío

  

Soberano Esposo mío,
ya voy, dejadme llegar;
no me deis, Señor, desvío,
para que entre en vuestro mar
este pequeñuelo río.

Socorredme, dulce Esposo,
y dad la debida palma
a mi cuidado amoroso
para que descanse el alma
en los brazos de su Esposo.

Vuestros brazos me daréis,
que si a pediros me atrevo,
es porque no miraréis
a lo mucho que ya os debo
lo poco que me debéis.

Cumplid, Esposo, los conciertos;
quitando al alma los lazos,
serán mis abrazos ciertos,
pues que por darnos abrazos
tenéis los brazos abiertos.

Si Vos los brazos me dais,
yo os doy el alma en despojos,
y pues ya me la sacáis,
volved, mi Cristo, los ojos
a quien el alma lleváis.

Pues el corazón os di,
denme esas llagas consuelo;
entre el alma por ahí,
pues son las puertas del cielo
que se abrieron para mí.

Huéspedes tenéis, y tales
que no sé si he de caber;
mas puesta en vuestros umbrales
quepa esta pobre mujer
entre tantos cardenales.

Mi alma vive de manera,
guardando de amor la ley,
que en Vos su remedio espera,
pues tiene tal Agnus Dei
colgado a su cabecera.

Por vuestra me recibid,
no miréis a mi pobreza;
si voy segura decid;
mas, pues bajáis la cabeza,
diciéndome estáis que sí.

Ahora es tiempo que veamos
adónde llega el querer,
si es verdad que nos amamos,
yo ya me vengo a esconder
entre este árbol y sus ramos.

Siendo así, Esposo sagrado,
en aquestas ansias bravas
válgame vuestro cuidado,
pues me asgo a las aldabas
por que me valga el sagrado.

Desta postrer despedida
yo no temo el dolor fuerte
si con Vos, mi Cristo, asida
a la hora de la muerte
tengo en mis manos la vida.

Si en las manos tengo a Vos
con regalos soberanos,
ya estamos juntos los dos,
pues que Dios está en mis manos
y yo en las manos de Dios.  


Teresa de Ávila

Santa Teresa de Ávila morreu há 441 anos...

 


Teresa de Ávila - Rubens
   
Santa Teresa de Ávila ou Santa Teresa de Jesus (Gotarrendura, 28 de março de 1515 - Alba de Tormes, 4 de outubro de 1582), nascida Teresa Sánchez de Cepeda y Ahumada, foi uma freira carmelita, mística e santa católica do século XVI, importante pelas suas obras sobre a vida contemplativa através da oração mental e pela sua atuação durante a Contra Reforma. Foi também uma das reformadoras da Ordem Carmelita e é considerada co-fundadora da Ordem dos Carmelitas Descalços, juntamente com São João da Cruz.
Em 1622, quarenta anos depois da sua morte, foi canonizada pelo papa Gregório XV. Em 27 de setembro de 1970, Paulo VI proclamou-a Doutora da Igreja. Os seus livros, inclusive uma autobiografia ("A Vida de Teresa de Jesus") e a sua obra prima, "O Castelo Interior" (em espanhol: El Castillo Interior), são parte integral da literatura renascentista espanhola e do corpus do misticismo cristão. As suas práticas meditativas estão detalhadas noutra obra importante, o "Caminho da Perfeição" (Camino de Perfección).
Depois da sua morte, o culto a Santa Teresa espalhou-se pela Espanha, durante a década de 1620, principalmente durante o debate nacional pela escolha dum padroeiro, juntamente com Santiago Matamoros.
    
       
O Êxtase de Santa Teresa, estátua de Bernini na igreja de Santa Maria della Vittoria, em Roma - os profundos êxtases de Santa Teresa são descritos em detalhe nas suas obras e inspiraram outros religiosos como S. João da Cruz


 
SANTA TERESA

Terra...
Era em Ávila da Ibéria a minha terra...
Terra!
Mas eu não vi a terra que me teve!
Nem lhe dei o calor que um filho deve
A sua Mãe!
Terra!
Nem lhe sabia o nome verdadeiro!
Nem a cor! nem o gosto! nem o cheiro!
Nem calculava o peso que ela tem!

Terra...
Vai-se embaçando o brilho dos meus olhos!
Apodrece o tutano dos meus ossos!
Crescem as unhas doidas nos meus dedos
Contra a palma da mão encarquilhada!
Medra o livor em mim de tal maneira
Que me babo de nojo do meu nada!

Terra!...
E andei eu a morrer a vida inteira!
E andei eu a secar a seiva da raiz
Que do Céu ou do Inferno me prendia
A ti, humana terra de Castela!
Terra!
E andei eu a viver a morte que vivia
Disfarçada em amor na minha cela!

Terra!...
E andei eu a negar o amor do mundo,
Quando de pólo a pólo o meu amor podia
Ser sem limites como a alma quer!...
E ser fecundo como a luz do dia!
E dar um filho, porque eu fui mulher!

Terra!...
E andei eu a legar este legado:
“Vivo morrendo primeiro”,
Derradeiro Castelo a que subi!...
Terra...
E Deus, que prometeu ter-me a seu lado,
Tem-me aqui.
  

  
in Poemas Ibéricos (1965) - Miguel Torga

sábado, setembro 30, 2023

Santa Teresinha do Menino Jesus morreu há 126 anos...

   
Teresa de Lisieux, nascida Marie-Françoise-Thérèse Martin, conhecida como Santa Teresinha do Menino Jesus e da Santa Face (Alençon, 2 de janeiro de 1873  - Lisieux, 30 de setembro de 1897), foi uma freira carmelita descalça francesa conhecida como um dos mais influentes modelos de santidade para católicos e religiosos em geral pela sua "maneira prática e simples de abordar a vida espiritual". Juntamente com São Francisco de Assis, é uma das santas mais populares da história da Igreja. O papa Pio X chamou-a de "a maior entre os santos modernos".
Teresa recebeu cedo o seu chamamento para a vida religiosa e, depois de superar inúmeros obstáculos, conseguiu, em 1888, com apenas quinze anos, tornar-se freira, para juntar-se às suas duas irmãs mais velhas, na comunidade carmelita enclausurada em Lisieux, na Normandia. Depois de nove anos, tendo ocupado funções como sacristã e assistente da mestra das noviças, Teresa passou os seus últimos dezoito meses numa "noite de fé" e morreu, de tuberculose, com apenas vinte e quatro anos de idade.
O impacto de sua "A História de uma Alma", uma coleção dos seus manuscritos autobiográficos, publicados e distribuídos um ano depois de sua morte, foi enorme e rapidamente se tornou um dos santos mais populares do século XX. Pio XI fez dela a "estrela do seu pontificado", beatificando-a em 1923 e canonizando-a dois anos depois. Teresa foi também declarada co-padroeira das missões com São Francisco Xavier em 1927 e nomeada co-padroeira da França (com Santa Joana d'Arc) em 1944. Em 19 de outubro de 1997, São João Paulo II proclamou Teresa a trigésima-terceira Doutora da Igreja, a pessoa mais jovem e a terceira mulher a ter recebido o título na época.
Além da sua popular autobiografia, Teresa deixou também cartas, poemas, peças religiosas e orações. As suas últimas conversas foram também preservadas por suas irmãs. Pinturas e fotografias - a maioria de autoria de sua irmã Céline - ajudaram a aumentar ainda mais a popularidade de Teresa por todo o mundo.
  
(...)
  
A Basílica de Lisieux é o segundo mais popular destino de peregrinação na França, depois do Santuário de Lourdes.
   

terça-feira, setembro 26, 2023

O Papa São Paulo VI nasceu há 126 anos

  
O Papa Paulo VI, nascido Giovanni Battista Enrico Antonio Maria Montini (Concesio, 26 de setembro de 1897Castelgandolfo, 6 de agosto de 1978) foi o Sumo Pontífice da Igreja Católica Apostólica Romana e Soberano da Cidade do Vaticano de 21 de junho de 1963 até à sua morte. Sucedeu ao Papa São João XXIII, que convocou o Concílio Vaticano II, e decidiu continuar os trabalhos do seu predecessor. Promoveu melhorias nas relações ecuménicas com os Ortodoxos, Anglicanos e Protestantes, o que resultou em diversos encontros e acordos históricos.
    
 
In Nomine Domini

Brasão do Papa Paulo VI
 
Paulo VI faleceu em 6 de agosto de 1978, na Festa da Transfiguração. O processo diocesano para a beatificação de Paulo VI iniciou-se em 11 de maio de 1993. Foi beatificado em 19 de outubro de 2014 e canonizado em 14 de outubro de 2018, pelo Papa Francisco.       
   

terça-feira, setembro 05, 2023

A Madre Teresa de Calcutá morreu há vinte e seis anos...

 

Anjezë Gonxhe Bojaxhiu (Skopje, 26 de agosto de 1910 - Calcutá, 5 de setembro de 1997), conhecida como Madre Teresa de Calcutá ou Santa Teresa de Calcutá, foi uma religiosa católica, de etnia albanesa naturalizada indiana, fundadora da congregação das Missionárias da Caridade, cujo carisma é o serviço aos mais pobres dos pobres, por meio da vivência do Evangelho de Jesus Cristo. Em 2015, a congregação por si fundada contava com mais de cinco mil membros, em 139 países. Pelo seu serviço aos pobres, tornou-se conhecida, ainda em vida, pelo nome de "Santa das Sarjetas".
Madre Teresa teve o seu trabalho reconhecido ao longo da vida por instituições dentro de fora da Índia, recebendo o Prémio Nobel da Paz, em 1979. É considerada por alguns como a missionária do século XX. Foi beatificada, em 2003, pelo Papa João Paulo II e canonizada, em 2016, pelo Papa Francisco, na Praça de São Pedro, no Vaticano.
     

segunda-feira, agosto 28, 2023

Santo Agostinho de Hipona morreu há 1593 anos

Santo Agostinho, num afresco de Sandro Botticelli

Aurélio Agostinho (em latim: Aurelius Augustinus), dito de Hipona, conhecido como Santo Agostinho (Tagaste, 13 de novembro de 354 - Hipona, 28 de agosto de 430), foi um bispo, escritor, teólogo, filósofo e é um padre latino e Doutor da Igreja Católica.
Agostinho é uma das figuras mais importantes no desenvolvimento do cristianismo no Ocidente. Em seus primeiros anos, Agostinho foi fortemente influenciado pelo maniqueísmo e pelo neoplatonismo de Plotino, mas, depois de tornar-se cristão (387), ele desenvolveu a sua própria abordagem sobre filosofia e teologia e uma variedade de métodos e perspetivas diferentes. Ele aprofundou o conceito de pecado original dos padres anteriores e, quando o Império Romano do Ocidente começou a se desintegrar, desenvolveu o conceito de Igreja como a cidade espiritual de Deus (num livro homónimo), distinta da cidade material do homem. O seu pensamento influenciou profundamente a visão do homem medieval. A Igreja identificou-se com o conceito de "Cidade de Deus" de santo Agostinho, e também a comunidade que era devota de Deus.
Na Igreja Católica e na Igreja Anglicana é considerado um santo, e um importante Doutor da Igreja, e o patrono da ordem religiosa agostiniana. Muitos protestantes, especialmente os calvinistas mas também os luteranos (basta recordar que Martinho Lutero era inicialmente um sacerdote católico agostiniano), consideram-no como um dos pais teólogos da Reforma Protestante, ensinando a salvação e a graça divina.
Na Igreja Ortodoxa Oriental ele é louvado, e seu dia festivo é celebrado em 15 de junho, apesar de uma minoria ser da opinião que ele é um herege, principalmente por causa de suas mensagens sobre o que se tornou conhecido como a cláusula filioque. Entre os ortodoxos é chamado de "Agostinho Abençoado", ou "Santo Agostinho o Abençoado".
    


 

sábado, agosto 26, 2023

Teresa de Calcutá nasceu há 113 anos

    
Anjezë Gonxhe Bojaxhiu (Skopje, 26 de agosto de 1910 - Calcutá, 5 de setembro de 1997), conhecida como Madre Teresa de Calcutá ou Santa Teresa de Calcutá, foi uma religiosa católica, de etnia albanesa, naturalizada indiana, fundadora da congregação das Missionárias da Caridade, cujo carisma é o serviço aos mais pobres dos pobres por meio da vivência do Evangelho de Jesus Cristo. Em 2015, a congregação fundada por si contava com mais de cinco mil membros, em 139 países. Pelo seu serviço aos pobres, tornou-se conhecida ainda em vida pelo nome de "Santa das Sarjetas".
Madre Teresa teve o seu trabalho reconhecido ao longo da vida por instituições dentro de fora da Índia, recebendo o Prémio Nobel da Paz em 1979. É considerada por alguns como a missionária do século XX. Foi beatificada, em 2003, pelo Papa João Paulo II e canonizada, em 2016, pelo Papa Francisco, na Praça de São Pedro, no Vaticano.
    

segunda-feira, agosto 21, 2023

Francisco de Sales nasceu há 456 anos

   
Francisco de Sales, em francês: François de Sales, (Château de Sales, Ducado de Saboia, 21 de agosto de 1567 - Lyon, Reino da França, 28 de dezembro de 1622) foi um bispo de Genebra do século XVII honrado como santo e Doutor da Igreja pelos católicos. Ficou famoso pela sua profunda fé e pela sua abordagem gentil aos conflitos religiosos que inflamaram a sua diocese durante a reforma protestante. Escreveu também muitas obras sobre direção e formação espiritual, particularmente a "Introdução à Vida Devota" e ao "Tratado do Amor de Deus".
   

segunda-feira, agosto 14, 2023

Maximiliano Maria Kolbe foi assasinado pelos nazis há oitenta e dois anos

   
São Maximiliano Maria Kolbe nascido Rajmund Kolbe, Ordem dos Franciscanos Menores Conventuais (Zduńska Wola, Polónia, 8 de janeiro de 1894Auschwitz, 14 de agosto de 1941), foi um padre missionário franciscano da Polónia. Morreu como mártir no campo de concentração nazi de Auschwitz, como voluntário, para morrer de fome, no lugar de Franciszek Gajowniczek, como castigo pela fuga de um outro prisioneiro.
Foi canonizado pelo seu compatriota, o Papa João Paulo II, em 10 de outubro de 1982, na presença de Franciszek Gajowniczek, que sobreviveu aos horrores de Auschwitz. O próprio Papa  São João Paulo II, em numerosos textos, chama-o de “santo do nosso século difícil”.
  
(...)
   
Morte em Auschwitz
Em 17 de fevereiro de 1941 foi preso pela polícia secreta alemã e enviado para o campo de concentração de Auschwitz.
Em julho de 1941 um prisioneiro conseguiu escapar, por isso o comandante do campo nazi escolheu 10 homens para serem mortos de fome.
Um dos homens selecionados, Franciszek Gajownickek, gritou: "Minha pobre mulher e meus filhos, que não os volto a ver!" Kolbe oferece-se a si mesmo em vez do outro homem "Sou um padre católico da Polónia, quero morrer em lugar de um destes. Já sou velho e não presto para nada. A minha vida não servirá para grande coisa… Quero morrer por aquele que tem mulher e filhos."
Na sua cela, Kolbe celebrou a missa todos os dias e cantava hinos com os prisioneiros.
Ele levou os outros condenados em canção e oração e encorajou-os, dizendo-lhes que, em breve, estariam com Maria no céu.
Cada vez que os guardas verificam a cela, ele estava lá em pé ou de joelhos no meio a olhar calmamente para aqueles que entravam.
Após duas semanas de desidratação e fome, só Kolbe permaneceu vivo. Os guardas queriam a cela vazia e deram a Kolbe uma injeção letal de ácido carbólico.
Algumas pessoas que estavam presentes na injeção dizem que ele levantou o braço esquerdo e calmamente esperou que o injetassem. Os restos foram cremados no dia 15 de agosto, o dia da festa da Assunção de Maria.
    
Legado
Fundador do Milícia da Imaculada que criou um boletim de enorme tiragem entre outros meios de divulgação da ação cristã, pelo seu apostolado, é considerado o patrono da imprensa.
É igualmente visto como padroeiro especial das famílias em dificuldade, dos que lutam pela vida, da luta contra os vícios, da recuperação da droga e do alcoolismo; é considerado também padroeiro dos presos comuns e políticos.
Em julho de 1998 a Igreja de Inglaterra ergueu uma estátua de Kolbe na parte frontal da Abadia de Westminster, em Londres, como parte de um conjunto monumental dedicado à memória de dez mártires do século XX.
    

domingo, agosto 06, 2023

O Papa São Paulo VI morreu há 45 anos...

      
Papa Paulo VI (em latim: Paulus PP. VI; em italiano: Paolo VI), nascido Giovanni Battista Enrico Antonio Maria Montini (Concesio, 26 de setembro de 1897Castelgandolfo, 6 de agosto de 1978) foi o Sumo Pontífice da Igreja Católica Apostólica Romana e soberano da Estado da Cidade do Vaticano de 21 de junho de 1963 até a sua morte. Sucedeu ao Papa João XXIII, que convocou o Concílio Vaticano II, e decidiu continuar os trabalhos do predecessor. Promoveu melhorias nas relações ecuménicas com os Ortodoxos, Anglicanos e Protestantes, o que resultou em diversos encontros e acordos históricos.
   
Montini serviu no Departamento de Estado do Vaticano de 1922 a 1954. Enquanto esteve no Departamento de Estado, Montini e Domenico Tardini foram considerados os colaboradores mais próximos e influentes do Papa Pio XII, que o nomeou, em 1954, arcebispo da Arquidiocese de Milão, um cargo que fez dele automaticamente Secretário da Conferência de Bispos Italianos. João XXIII elevou-o ao Colégio de Cardeais em 1958, e após a morte de João XXIII, Montini foi considerado um dos mais prováveis sucessores.
Escolheu o nome Paulo, para indicar que tinha uma missão mundial renovada de propagar a mensagem de Cristo. Ele reabriu o Concílio Vaticano II, que fora automaticamente fechado com a morte do Papa João XXIII e atribuiu-lhe prioridade e direção. Após ser concluído o trabalho do Concílio, Paulo VI tomou conta da interpretação e implementação de seus mandatos, frequentemente andando sobre uma linha entre as expectativas conflituantes de vários grupos da Igreja Católica. A magnitude e a profundidade das reformas, que afetaram todas as áreas da vida da Igreja durante o seu pontificado, excederam políticas reformistas semelhantes de seus predecessores e sucessores.
Paulo VI foi um devoto mariano, discursando repetidamente a congressistas marianos e em reuniões mariológicas, visitando santuários marianos e publicando três encíclicas marianas. Paulo VI procurou diálogo com o mundo, com outros cristãos, religiosos e irreligiosos, sem excluir ninguém. Viu-se como um humilde servo de uma humanidade sofredora e exigiu mudanças significativas dos ricos na América e Europa em favor dos pobres do Terceiro Mundo.
O seu ensinamento, na linha da tradição da Igreja, contrário à regulação da natalidade por métodos artificiais (ver Humanae Vitae) e a outras questões foram controversas na Europa Ocidental e na América do Norte; no entanto, o Pontífice foi elogiado em grande parte da Europa Oriental e Meridional, além da América Latina. O seu pontificado decorreu durante, certas vezes, mudanças revolucionárias no mundo, revoltas estudantis, a Guerra do Vietname e outros transtornos. Paulo VI procurava entender todos os assuntos, mas ao mesmo tempo, defender o princípio do fidei depositum, uma vez que que lhe foi confiado. Paulo VI faleceu em 6 de agosto de 1978, na Festa da Transfiguração. Foi beatificado em 19 de outubro de 2014 e canonizado em 14 de outubro de 2018 pelo Papa Francisco.
  

segunda-feira, julho 31, 2023

Poesia adequada à data...


(imagem daqui)

  

Loiola

 

É um pesadelo a ressoar no ouvido:
-Obedece! Obedece! Obedece!
Num ritmo de prece,
O eco da remota intimação
Ordena à consciência do presente
A mesma penitente
Sujeição.

-Obedece! Obedece!
A razão endurece,
A vontade resiste,
Mas, em nome do eterno
E do inferno
O cantochão insiste:

-Obedece! Obedece!
E o mundo natural
E universal
Que o sol peninsular doira e aquece,
De repente, aparece
Mergulhado
Numa tristeza negra, que arrefece
Num luar de sotaina, regelado.

  
   
in
Poemas Ibéricos (1965) - Miguel Torga

domingo, julho 16, 2023

Clara de Assis nasceu há 829 anos


Afresco de Santa Clara (Simone Martini, 13121320) na Basílica de São Francisco, Assis
         
Santa Clara de Assis (em italiano, Santa Chiara d'Assisi) nascida como Chiara d'Offreducci, em Assis (Itália), no dia 16 de julho de 1194, e falecida em Assis, no dia 11 de agosto de 1253, foi a fundadora do ramo feminino da ordem franciscana, a chamada Ordem de Santa Clara (ou Ordem das Clarissas).
   
Pertencia a uma nobre família e era dotada de grande beleza. Destacou-se desde cedo pela sua caridade e respeito para com os pequenos, tanto que, ao deparar-se com a pobreza evangélica vivida por São Francisco de Assis, foi tomada pela irresistível tendência religiosa de segui-lo.
Enfrentando a oposição da família, que pretendia arranjar-lhe um casamento vantajoso, aos dezoito anos Clara abandonou o seu lar para seguir Jesus mais radicalmente. Para isto foi ao encontro de São Francisco de Assis na Porciúncula e fundou o ramo feminino da Ordem Franciscana, também conhecido por "Damas Pobres" ou Clarissas. Viveu na prática e no amor da mais estrita pobreza.
O seu primeiro milagre foi em vida, demonstrando a sua grande fé. Conta-se que uma das irmãs da sua congregação havia saído para pedir esmolas para os pobres que iam ao mosteiro. Como não conseguiu quase nada, voltou desanimada e foi consolada por Santa Clara que lhe disse: "Confia em Deus!". Quando a santa se afastou, a outra freira foi pegar no embrulho que trouxera e não conseguiu levantá-lo, pois tudo havia se multiplicado.
Em outra ocasião, aquando da invasão de Assis pelos sarracenos, Santa Clara apanhou o ostensório com a hóstia consagrada e enfrentou o chefe deles, dizendo que Jesus Cristo era mais forte que eles. Os agressores, tomados, de repente, por inexplicável pânico, fugiram. Por este milagre Santa Clara é representada segurando o Ostensório na mão.
   

quinta-feira, julho 06, 2023

São Thomas More foi executado há 488 anos


São Thomas More, por vezes latinizado em Thomas Morus ou aportuguesado em Tomás Morus (Londres, 7 de fevereiro de 1478 - Londres, 6 de julho de 1535) foi homem de estado, diplomata, escritor, advogado e homem de leis, ocupou vários cargos públicos, e em especial, de 1529 a 1532, o cargo de "Lord Chancellor" (Chanceler do Reino - o primeiro leigo em vários séculos) de Henrique VIII da Inglaterra. É geralmente considerado como um dos grandes humanistas do Renascimento. Foi canonizado como santo da Igreja Católica em 19 de maio de 1935 e a sua festa litúrgica celebra-se em 22 de junho.
  
Biografia
Thomas More chegou a se autodescrever como "de família honrada, sem ser célebre, e um tanto entendido em letras". Era filho do juiz Sir John More, investido cavaleiro por Eduardo IV, e de Agnes Graunger. Casou-se com Jane Colt em 1505, em primeiras núpcias, tendo tido como filhos: Margaret, Elizabeth, Cecily e John. Jane morreu em 1511 e Thomas More casou-se em segundas núpcias com Lady Alice Middleton. More era homem de muito bom humor, caseiro e dedicado à família, muito próximo e amigo dos filhos. Dele se disse que era amigo de seus amigos, entre os quais se encontravam os mais destacados humanistas de seu tempo, como Erasmo de Rotterdam e Luis Vives.
Deu aos filhos uma educação excecional e avançada para a época, não discriminando a educação dos filhos e das filhas. A todos indistintamente fez estudar latim, grego, lógica, astronomia, medicina, matemática e teologia. Sobre esta família escreveu Erasmo: "Verdadeiramente, é uma felicidade conviver com eles."
Fez carreira como advogado respeitado, honrado e competente e exerceu por algum tempo a cátedra universitária. Em 1504, fazia parte da Câmara dos Comuns da qual foi eleito Speaker (ou presidente), tendo ganho fama de parlamentar combativo. Em 1510, foi nomeado Under-Sheriff de Londres, no ano seguinte juiz membro da Commission of Peace. Entrou para a corte de Henrique em 1520 foi várias vezes embaixador do rei e tornou-se cavaleiro (Knight) em 1521. Foi nomeado vice-tesoureiro e depois Chanceler do Ducado de Lancaster e, a seguir, Chanceler da Inglaterra.
A sua obra mais famosa é "Utopia" (1516) (em grego, utopos = "em lugar nenhum") . Neste livro criou uma ilha-reino imaginária que alguns autores modernos viram como uma proposta idealizada de Estado e outros como sátira da Europa do século XVI. Um dos aspetos desta obra de More é que ela recorreu à alegoria (como no Diálogo do Conforto, ostensivamente uma conversa entre tio e sobrinho) ou está altamente estilizada, ou ambos, o que lhe abre um largo campo interpretativo .
Como intelectual, ele foi inicialmente um humanista no sentido consensual do termo. Latinista, escreveu uma "História de Ricardo III" em texto bilíngue latim-inglês, em que Shakespeare, mais tarde se basearia para escrever a peça de igual nome. Foi um grande amigo de Erasmo de Roterdão que lhe dedicou o seu "In Praise of Folly" (a palavra "folly" equivale à "moria" em grego).
Era um leitor das obras de Santo Agostinho e traduziu para o vernáculo "A Vida de Pico della Mirandolla", obras que exerceram sobre ele grande influência. Escolheu John Colet, sacerdote, como diretor espiritual, que lhe estabeleceu um plano intenso de práticas pietistas.
De Morus teria dito Erasmo: "É um homem que vive com esmero a verdadeira piedade, sem a menor ponta de superstição. Tem horas fixas em que dirige a Deus suas orações, não com frases feitas, mas nascidas do mais profundo do coração. Quando conversa com os amigos sobre a vida futura, vê-se que fala com sinceridade e com as melhores esperanças. E assim é More também na Corte. Isto, para os que pensam que só há cristãos nos mosteiros."
   
O divórcio de Henrique VIII
Thomas Wolsey, Arcebispo de York, não foi bem sucedido na sua tentativa de conseguir o divórcio e anulação do casamento do rei com Catarina de Aragão como Henrique VIII de Inglaterra pretendia e foi forçado a demitir-se em 1529. More foi nomeado chanceler em sua substituição, sendo evidente que Henrique ainda não se tinha apercebido da retidão de caráter de More nesta matéria.
A sua chancelaria (1529-32) distinguiu-se pela sua exemplaridade, tratando pessoalmente, de todos os litígios existentes, até mesmo os herdados, sendo extremamente eficiente, imparcial e justo em suas decisões.
Sendo profundo conhecedor de teologia e do direito canónico e homem religioso - ao ponto de se mortificar por Deus - usava por baixo das roupas uma camisa cilício - More via no anulamento do sacramento do casamento uma matéria da jurisdição do papado, e a posição do Papa Clemente VII era claramente contra o divórcio em razão da doutrina sobre a indissolubilidade do matrimónio. Contrário às Reformas Protestantes então já efetuadas e percebendo que na Inglaterra poderia acontecer o mesmo (devido às questões pessoais do soberano que conduziram à crise político-diplomática com Roma), More - apoiante das decisões da Santa Sé e arreigadamente católico - deixa o seu cargo de Lord Chancellor do Rei em 16 de maio de 1532, provocando desconfiança na Corte e em Henrique VIII particularmente.
A reação de Henrique VIII foi atribuir-se a si mesmo a liderança da Igreja em Inglaterra sendo o sacerdócio obrigado a um juramento ao abrigo do Acto de Supremacia que consagrava o soberano como chefe supremo da Igreja.
More escapara, entretanto, a uma tentativa de o implicar numa conspiração. Em 1534, o Parlamento promulgou o "Decreto da Sucessão" (Succession Act), que incluía um juramento (1) reconhecendo a legitimidade de qualquer criança nascida do casamento de Henrique VIII com Ana Bolena, e (2) repudiando "qualquer autoridade estrangeira, príncipe ou potentado". Tal como no juramento de supremacia, este apenas foi exigido àqueles especificamente chamados a fazê-lo, por outras palavras, a todos os funcionários públicos e àqueles suspeitos de não apoiarem Henrique.
   
Execução
More foi convocado, excepcionalmente, para fazer o juramento em 17 de abril de 1534, e, perante sua recusa, foi preso na Torre de Londres, juntamente com o Cardeal e Bispo de Rochester John Fisher, tendo ali escrito o "Dialogue of Comfort against Tribulation". A sua decisão foi manter o silêncio sobre o assunto. Pressionado pelo rei e por amigos da corte, More decidiu não enumerar as razões pelas quais não prestaria o juramento.
Inconformado com o silêncio de More, o rei determinou o seu julgamento, sendo condenado à morte, e posteriormente executado em Tower Hill, a 6 de julho. Nem no cárcere nem na hora da execução perdeu a serenidade e o bom humor e, diante das próprias dificuldades reagia com ironia.
Pela sentença o réu era condenado "a ser suspenso pelo pescoço" e cair em terra ainda vivo. Depois seria esquartejado e decapitado. Em atenção à importância do condenado, o rei, "por clemência", reduziu a pena a "simples decapitação". Ao tomar conhecimento disto, Tomás comentou: "Não permita Deus que o rei tenha semelhantes clemências com os meus amigos." No momento da execução suplicou aos presentes que orassem pelo monarca e disse que "morria como bom servidor do rei, mas de Deus primeiro."
A sua cabeça foi exposta na ponte de Londres durante um mês, foi posteriormente recolhida por sua filha, Margaret Roper. A execução de Thomas More na Torre de Londres, no dia 6 de julho de 1535 "antes das nove horas", ordenada por Henrique VIII, foi considerada uma das mais graves e injustas sentenças aplicadas pelo Estado contra um homem de honra, consequência de uma atitude despótica e de vingança pessoal do rei. Ele foi sepultando na Capela Real de São Pedro ad Vincula.
    
Canonização
A sua trágica morte - condenado a pena capital por se negar a reconhecer Henrique VIII como cabeça da Igreja da Inglaterra, é considerada pela Igreja Católica como modelo de fidelidade à Igreja é à própria consciência, e representa a luta da liberdade individual contra o poder arbitrário.
Devido à sua retidão e exemplo de vida cristã, foi reconhecido como mártir, declarado beato em 29 de dezembro de 1886 por decreto do Papa Leão XIII e canonizado, conjuntamente com São João Fisher, em 19 de maio de 1935, pelo Papa Pio XI. O seu dia festivo é 22 de junho.
Deixou vários escritos de profunda espiritualidade e de defesa do magistério da Igreja. Em 1557, o  seu genro, William Roper, escreveu a sua primeira biografia. Desde a sua beatificação e posterior canonização publicaram-se muitas outras.
Em 2000 São Thomas More foi declarado Patrono dos Estadistas e Políticos pelo Papa João Paulo II:
"Esta harmonia do natural com o sobrenatural é talvez o elemento que melhor define a personalidade do grande estadista inglês: viveu a sua intensa vida pública com humildade simples, caracterizada pelo proverbial «bom humor» que sempre manteve, mesmo na iminência da morte.
Esta foi a meta a que o levou a sua paixão pela verdade. O homem não pode separar-se de Deus, nem a política da moral: eis a luz que iluminou a sua consciência. Como disse uma vez, "o homem é criatura de Deus, e por isso os direitos humanos têm a sua origem n'Ele, baseiam-se no desígnio da criação e entram no plano da Redenção. Poder-se-ia dizer, com uma expressão audaz, que os direitos do homem são também direitos de Deus" (Discurso, 7 de abril de 1998).
É precisamente na defesa dos direitos da consciência que brilha com luz mais intensa o exemplo de Tomás Moro. Pode-se dizer que viveu de modo singular o valor de uma consciência moral que é "testemunho do próprio Deus, cuja voz e juízo penetram no íntimo do homem até às raízes da sua alma" (Carta encíclica Veritatis splendor, 58), embora, no âmbito da ação contra os hereges, tenha sofrido dos limites da cultura de então.