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quinta-feira, novembro 14, 2024

O vulcanólogo Victor Hugo Forjaz comemora hoje 84 anos


Victor Hugo Lecoq de Lacerda Forjaz, nascido na Horta, Açores, a 14 de novembro de 1940, filho de António Macedo Lacerda Forjaz. Geólogo, vulcanólogo e professor-associado do Departamento de Geociências da Universidade dos Açores (DG/UAç). É um defensor da livre difusão do conhecimento científico.

Estudou da Escola Manuel de Arriaga, tendo completado os estudos liceais na Escola Secundária Antero de Quental, em Ponta Delgada. Teve a oportunidade de acompanhar, entusiasticamente, todas as fases da erupção do Vulcão dos Capelinhos (1957-58) e os trabalhos desenvolvidos por conceituados cientistas - H. Tazieff, Eng.º Frederico Machado e R. Fisher. Em 1968, é licenciado em Ciências Geológicas pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Trabalhou como geólogo ligado à empresa Teixeira Duarte – Engenharia e Construções, SA.

Tornou-se assistente da Universidade de Lisboa (após 1972) e Professor-auxiliar convidado da Universidade dos Açores (após 1981). Em 1976, fixou-se na Ilha de São Miguel, onde instalou em seis meses, laboratórios de investigação científica. Frequentou vários cursos de especialização, nomeadamente em Geotermia (recursos, sondagens e turbinas) e em Riscos Geológicos e Hidrogeológicos, este último, em 1984, no USGS – United States Geological Survey (Denver). Doutorado em Vulcanologia de Engenharia, pela Universidade dos Açores, em 1995. Tirou ainda a especialidade em Riscos Geológicos e em Ciências Geotérmicas. Desde 1998, é Professor-associado da Universidade dos Açores.

Foi diretor do Programa Geotérmico dos Açores. Diretor do Projeto Geotérmico do Vulcão do Fogo da Universidade dos Açores e Coordenador do Projeto Furnas - Vulcão Laboratório Europeu. Foi responsável pela criação do Projeto de Sistema de Vigilância Sismo-vulcânica dos Açores (SVISA). É presidente do Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores (OVGA).

É co-fundador da Sociedade Internacional de Planetologia e fundador do Instituto de Geociências dos Açores. Em 1985, foi co-Fundador do Centro de Vulcanologia do INIC (Instituto Nacional de Investigação Científica). É co-representante nacional na Rede Europeia de Vulcanologia (ESF - European Science Foundation).

Como bolseiro e congressista, ao longo dos anos, efetuou missões cientificas aos vulcões na Europa continental, Islândia, América do Norte, América Central continental, Antilhas, Hawai, Indonésia, Filipinas, Japão, ... Foi investigador apaixonado das erupções submarinas na Ponta dos Capelinhos, na Ilha do Faial, e na Serreta, na Ilha Terceira. Participa no Projeto de Iniciativa Comunitária InterReg IIIB «VULCMAC- Vulcanismo da Macaronésia». É ainda correspondente da Academia de Ciências de Lisboa desde 24 de novembro de 2005 e membro da Academia da Marinha. 

   

in Enciclopédia Açores XXI

sexta-feira, setembro 27, 2024

A última erupção do vulcão dos Capelinhos começou há 67 anos...

Vista do Vulcão dos Capelinhos, a partir do Cais Comprido
           
O Vulcão dos Capelinhos, também referido na literatura vulcanológica como Mistério dos Capelinhos, localiza-se na Ponta dos Capelinhos, freguesia do Capelo, na Ilha do Faial, nos Açores. Constitui-se em uma das maiores atrações turísticas do Atlântico, nomeadamente dos Açores, pela singularidade de sua beleza paisagística e da génese muito recente e quase virgem.
Geologicamente insere-se no complexo vulcânico do Capelo, constituído por cerca de 20 cones de escórias e respetivos derrames lávicos, ao longo de um alinhamento vulcano-tectónico de orientação geral WNW-ESE. O nome Capelinhos deveu-se à existência de dois ilhéus , chamados de "Ilhéus dos Capelinhos", no local, em frente ao Farol dos Capelinhos.
O vulcão manteve-se em atividade durante cerca de 13 meses, entre 27 de setembro de 1957 e 24 de outubro de 1958. A erupção dos Capelinhos, provavelmente terá sido uma sobreposição de duas erupções distintas, uma começada a 27 de setembro de 1957 e a segunda a 14 de maio de 1958. A partir de 25 de outubro, o vulcão entrou em fase de repouso. Do ponto de vista vulcanológico, este vulcão é considerado um vulcão ativo.
     
(...)
       
Vulcão dos Capelinhos, Centro Interpretativo do Vulcão (museu subterrâneo do vulcão)
       
Próximo situava-se o Museu Geológico do Vulcão, inaugurado a 24 de março de 1964, que documentava toda a sua atividade eruptiva e cujo acervo passou para o novo Centro Interpretativo do Vulcão. A área em torno do vulcão, classificada como paisagem protegida de elevado interesse geológico e biológico, integra a Rede Natura 2000. O Farol dos Capelinhos foi transformado num miradouro, e junto/por baixo deste, funciona o Centro Interpretativo do Vulcão, que foi inaugurado em maio de 2008.
Em resultado da erupção, entre os meses de maio a outubro de 1958, a área total da ilha (de 171,42 km²) aumentou em cerca de 2,50 km² (para 173,02 km²). Atualmente, essa área foi reduzida para cerca de metade (aproximadamente 172,42 km²) devido à natureza pouco consolidada das rochas e à ação erosiva das ondas. A escalada do vulcão apresenta alguns riscos, devendo por isso ser efetuada nos trilhos indicados e sob orientação de um guia credenciado. Convém mencionar que o respiradouro do Vulcão, situado no seu Cabeço Norte, liberta vapor de água e gases tóxicos com temperaturas na ordem dos 180 a 200 °C.
      

terça-feira, novembro 14, 2023

O vulcanólogo Victor Hugo Forjaz faz hoje 83 anos


Victor Hugo Lecoq de Lacerda Forjaz, nascido na Horta, Açores, a 14 de novembro de 1940, filho de António Macedo Lacerda Forjaz. Geólogo, vulcanólogo e professor-associado do Departamento de Geociências da Universidade dos Açores (DG/UAç). É um defensor da livre difusão do conhecimento científico.

Estudou da Escola Manuel de Arriaga, tendo completado os estudos liceais na Escola Secundária Antero de Quental, em Ponta Delgada. Teve a oportunidade de acompanhar, entusiasticamente, todas as fases da erupção do Vulcão dos Capelinhos (1957-58) e os trabalhos desenvolvidos por conceituados cientistas - H. Tazieff, Eng.º Frederico Machado e R. Fisher. Em 1968, é licenciado em Ciências Geológicas pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Trabalhou como geólogo ligado à empresa Teixeira Duarte – Engenharia e Construções, SA.

Tornou-se assistente da Universidade de Lisboa (após 1972) e Professor-auxiliar convidado da Universidade dos Açores (após 1981). Em 1976, fixou-se na Ilha de São Miguel, onde instalou em seis meses, laboratórios de investigação científica. Frequentou vários cursos de especialização, nomeadamente em Geotermia (recursos, sondagens e turbinas) e em Riscos Geológicos e Hidrogeológicos, este último, em 1984, no USGS – United States Geological Survey (Denver). Doutorado em Vulcanologia de Engenharia, pela Universidade dos Açores, em 1995. Tirou ainda a especialidade em Riscos Geológicos e em Ciências Geotérmicas. Desde 1998, é Professor-associado da Universidade dos Açores.

Foi diretor do Programa Geotérmico dos Açores. Diretor do Projeto Geotérmico do Vulcão do Fogo da Universidade dos Açores e Coordenador do Projeto Furnas - Vulcão Laboratório Europeu. Foi responsável pela criação do Projeto de Sistema de Vigilância Sismo-vulcânica dos Açores (SVISA). É presidente do Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores (OVGA).

É co-fundador da Sociedade Internacional de Planetologia e fundador do Instituto de Geociências dos Açores. Em 1985, foi co-Fundador do Centro de Vulcanologia do INIC (Instituto Nacional de Investigação Científica). É co-representante nacional na Rede Europeia de Vulcanologia (ESF - European Science Foundation).

Como bolseiro e congressista, ao longo dos anos, efetuou missões cientificas aos vulcões na Europa continental, Islândia, América do Norte, América Central continental, Antilhas, Hawai, Indonésia, Filipinas, Japão, ... Foi investigador apaixonado das erupções submarinas na Ponta dos Capelinhos, na Ilha do Faial, e na Serreta, na Ilha Terceira. Participa no Projeto de Iniciativa Comunitária InterReg IIIB «VULCMAC- Vulcanismo da Macaronésia». É ainda correspondente da Academia de Ciências de Lisboa desde 24 de novembro de 2005 e membro da Academia da Marinha. 

   

in Enciclopédia Açores XXI

quarta-feira, setembro 27, 2023

A última erupção do Vulcão dos Capelinhos começou há 66 anos

Vista do Vulcão dos Capelinhos, visto do Cais Comprido
         
O Vulcão dos Capelinhos, também referido na literatura vulcanológica como Mistério dos Capelinhos, localiza-se na Ponta dos Capelinhos, freguesia do Capelo, na Ilha do Faial, nos Açores. Constitui-se em uma das maiores atrações turísticas do Atlântico, nomeadamente dos Açores, pela singularidade de sua beleza paisagística e da génese muito recente e quase virgem.
Geologicamente insere-se no complexo vulcânico do Capelo, constituído por cerca de 20 cones de escórias e respectivos derrames lávicos, ao longo de um alinhamento vulcano-tectónico de orientação geral WNW-ESE. O nome Capelinhos deveu-se à existência de dois ilhéus , chamados de "Ilhéus dos Capelinhos", no local, em frente ao Farol dos Capelinhos.
O vulcão manteve-se em atividade durante cerca de 13 meses, entre 27 de setembro de 1957 e 24 de outubro de 1958. A erupção dos Capelinhos, provavelmente terá sido uma sobreposição de duas erupções distintas, uma começada a 27 de setembro de 1957 e a segunda a 14 de maio de 1958. A partir de 25 de outubro, o vulcão entrou em fase de repouso. Do ponto de vista vulcanológico, este vulcão é considerado um vulcão ativo.
     
(...)
       
Vulcão dos Capelinhos, Centro Interpretativo do Vulcão (museu subterrâneo do vulcão)
       
Próximo situava-se o Museu Geológico do Vulcão, inaugurado a 24 de março de 1964, que documentava toda a sua atividade eruptiva e cujo acervo passou para o novo Centro Interpretativo do Vulcão. A área em torno do vulcão, classificada como paisagem protegida de elevado interesse geológico e biológico, integra a Rede Natura 2000. O Farol dos Capelinhos foi transformado num miradouro, e junto/por baixo deste, funciona o Centro Interpretativo do Vulcão, que foi inaugurado em maio de 2008.
Em resultado da erupção, entre os meses de maio a outubro de 1958, a área total da ilha (de 171,42 km²) aumentou em cerca de 2,50 km² (para 173,02 km²). Atualmente, essa área foi reduzida para cerca de metade (aproximadamente 172,42 km²) devido à natureza pouco consolidada das rochas e à ação erosiva das ondas. A escalada do vulcão apresenta alguns riscos, devendo por isso ser efetuada nos trilhos indicados e sob orientação de um guia credenciado. Convém mencionar que o respiradouro do Vulcão, situado no seu Cabeço Norte, liberta vapor de água e gases tóxicos com temperaturas na ordem dos 180 a 200 °C.
      

segunda-feira, novembro 14, 2022

O vulcanólogo Victor Hugo Forjaz faz hoje 82 anos


Victor Hugo Lecoq de Lacerda Forjaz, nascido na Horta, Açores, a 14 de novembro de 1940, filho de António Macedo Lacerda Forjaz. Geólogo, vulcanólogo e professor-associado do Departamento de Geociências da Universidade dos Açores (DG/UAç). É um defensor da livre difusão do conhecimento científico.

Estudou da Escola Manuel de Arriaga, tendo completado os estudos liceais na Escola Secundária Antero de Quental, em Ponta Delgada. Teve a oportunidade de acompanhar, entusiasticamente, todas as fases da erupção do Vulcão dos Capelinhos (1957-58) e os trabalhos desenvolvidos por conceituados cientistas - H. Tazieff, Eng.º Frederico Machado e R. Fisher. Em 1968, é licenciado em Ciências Geológicas pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Trabalhou como geólogo ligado à empresa Teixeira Duarte – Engenharia e Construções, SA.

Tornou-se assistente da Universidade de Lisboa (após 1972) e Professor-auxiliar convidado da Universidade dos Açores (após 1981). Em 1976, fixou-se na Ilha de São Miguel, onde instalou em seis meses, laboratórios de investigação científica. Frequentou vários cursos de especialização, nomeadamente em Geotermia (recursos, sondagens e turbinas) e em Riscos Geológicos e Hidrogeológicos, este último, em 1984, no USGS – United States Geological Survey (Denver). Doutorado em Vulcanologia de Engenharia, pela Universidade dos Açores, em 1995. Tirou ainda a especialidade em Riscos Geológicos e em Ciências Geotérmicas. Desde 1998, é Professor-associado da Universidade dos Açores.

Foi diretor do Programa Geotérmico dos Açores. Diretor do Projeto Geotérmico do Vulcão do Fogo da Universidade dos Açores e Coordenador do Projeto Furnas - Vulcão Laboratório Europeu. Foi responsável pela criação do Projeto de Sistema de Vigilância Sismo-vulcânica dos Açores (SVISA). É presidente do Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores (OVGA).

É co-fundador da Sociedade Internacional de Planetologia e fundador do Instituto de Geociências dos Açores. Em 1985, foi co-Fundador do Centro de Vulcanologia do INIC (Instituto Nacional de Investigação Científica). É co-representante nacional na Rede Europeia de Vulcanologia (ESF - European Science Foundation).

Como bolseiro e congressista, ao longo dos anos, efetuou missões cientificas aos vulcões na Europa continental, Islândia, América do Norte, América Central continental, Antilhas, Hawai, Indonésia, Filipinas, Japão, ... Foi investigador apaixonado das erupções submarinas na Ponta dos Capelinhos, na Ilha do Faial, e na Serreta, na Ilha Terceira. Participa no Projeto de Iniciativa Comunitária InterReg IIIB «VULCMAC- Vulcanismo da Macaronésia». É ainda correspondente da Academia de Ciências de Lisboa desde 24 de novembro de 2005 e membro da Academia da Marinha. 

   

in Enciclopédia Açores XXI

terça-feira, setembro 27, 2022

A última erupção do Vulcão dos Capelinhos começou há 65 anos

Vista do Vulcão dos Capelinhos, visto do Cais Comprido
       
O Vulcão dos Capelinhos, também referido na literatura vulcanológica como Mistério dos Capelinhos, localiza-se na Ponta dos Capelinhos, freguesia do Capelo, na Ilha do Faial, nos Açores. Constitui-se em uma das maiores atrações turísticas do Atlântico, nomeadamente dos Açores, pela singularidade de sua beleza paisagística e da génese muito recente e quase virgem.
Geologicamente insere-se no complexo vulcânico do Capelo, constituído por cerca de 20 cones de escórias e respectivos derrames lávicos, ao longo de um alinhamento vulcano-tectónico de orientação geral WNW-ESE. O nome Capelinhos deveu-se à existência de dois ilhéus chamados de "Ilhéus dos Capelinhos" no local, em frente ao Farol dos Capelinhos.
O vulcão manteve-se em atividade durante cerca de 13 meses, entre 27 de setembro de 1957 e 24 de outubro de 1958. A erupção dos Capelinhos, provavelmente terá sido uma sobreposição de duas erupções distintas, uma começada a 27 de setembro de 1957 e a segunda a 14 de maio de 1958. A partir de 25 de outubro, o vulcão entrou em fase de repouso. Do ponto de vista vulcanológico, este vulcão é considerado um vulcão ativo.
     
(...)
       
Vulcão dos Capelinhos, Centro Interpretativo do Vulcão (museu subterrâneo do vulcão)
       
Próximo situava-se o Museu Geológico do Vulcão, inaugurado a 24 de março de 1964, que documentava toda a sua atividade eruptiva e cujo acervo passou para o novo Centro Interpretativo do Vulcão. A área em torno do vulcão, classificada como paisagem protegida de elevado interesse geológico e biológico, integra a Rede Natura 2000. O Farol dos Capelinhos foi transformado num miradouro, e junto/por baixo deste, funciona o Centro Interpretativo do Vulcão, que foi inaugurado em maio de 2008.
Em resultado da erupção, entre os meses de maio a outubro de 1958, a área total da ilha (de 171,42 km²) aumentou em cerca de 2,50 km² (para 173,02 km²). Atualmente, essa área foi reduzida para cerca de metade (aproximadamente 172,42 km²) devido à natureza pouco consolidada das rochas e à ação erosiva das ondas. A escalada do vulcão apresenta alguns riscos, devendo por isso ser efetuada nos trilhos indicados e sob orientação de um guia credenciado. Convém mencionar que o respiradouro do Vulcão, situado no seu Cabeço Norte, liberta vapor de água e gases tóxicos com temperaturas na ordem dos 180 a 200 °C.
      

domingo, novembro 14, 2021

O vulcanólogo Victor Hugo Forjaz faz 81 anos hoje...!


Victor Hugo Lecoq de Lacerda Forjaz, nascido na Horta, Açores, a 14 de novembro de 1940, filho de António Macedo Lacerda Forjaz. Geólogo, vulcanólogo e professor-associado do Departamento de Geociências da Universidade dos Açores (DG/UAç). É um defensor da livre difusão do conhecimento científico.

Estudou da Escola Manuel de Arriaga, tendo completado os estudos liceais na Escola Secundária Antero de Quental, em Ponta Delgada. Teve a oportunidade de acompanhar, entusiasticamente, todas as fases da erupção do Vulcão dos Capelinhos (1957-58) e os trabalhos desenvolvidos por conceituados cientistas - H. Tazieff, Eng.º Frederico Machado e R. Fisher. Em 1968, é licenciado em Ciências Geológicas pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Trabalhou como geólogo ligado à empresa Teixeira Duarte – Engenharia e Construções, SA.

Tornou-se Assistente da Universidade de Lisboa (após 1972) e Professor-auxiliar Convidado da Universidade dos Açores (após 1981). Em 1976, fixou-se na Ilha de São Miguel, onde instalou em seis meses, laboratórios de investigação científica. Frequentou vários cursos de especialização, nomeadamente em Geotermia (recursos, sondagens e turbinas) e em Riscos Geológicos e Hidrogeológicos, este último, em 1984, no USGS – United States Geological Survey (Denver). Doutorado em Vulcanologia de Engenharia, pela Universidade dos Açores, em 1995. Tirou ainda a especialidade em Riscos Geológicos e em Ciências Geotérmicas. Desde 1998, é Professor-associado da Universidade dos Açores.

Foi diretor do Programa Geotérmico dos Açores. Director do Projeto Geotérmico do Vulcão do Fogo da Universidade dos Açores e Coordenador do Projeto Furnas - Vulcão Laboratório Europeu. Foi responsável pela criação do Projeto de Sistema de Vigilância Sismo-vulcânica dos Açores (SVISA). É presidente do Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores (OVGA).

É co-fundador da Sociedade Internacional de Planetologia e fundador do Instituto de Geociências dos Açores. Em 1985, foi co-Fundador do Centro de Vulcanologia do INIC (Instituto Nacional de Investigação Científica). É co-Representante Nacional na Rede Europeia de Vulcanologia (ESF - European Science Foundation).

Como bolseiro e congressista, ao longo dos anos, efetuou missões cientificas aos vulcões na Europa continental, Islândia, América do Norte, América Central continental, Antilhas, Hawai, Indonésia, Filipinas, Japão, ... Foi investigador apaixonado das erupções submarinas na Ponta dos Capelinhos, na Ilha do Faial, e na Serreta, na Ilha Terceira. Praticipa no Projeto de Iniciativa Comunitária InterReg IIIB «VULCMAC- Vulcanismo da Macaronésia». É ainda correspondente da Academia de Ciências de Lisboa desde 24 de novembro de 2005 e membro da Academia da Marinha. 

   

in Enciclopédia Açores XXI

segunda-feira, setembro 27, 2021

A última erupção do Vulcão dos Capelinhos começou há 64 anos

Vista do Vulcão dos Capelinhos, do Cais Comprido
       
O Vulcão dos Capelinhos, também referido na literatura vulcanológica como Mistério dos Capelinhos, localiza-se na Ponta dos Capelinhos, freguesia do Capelo, na Ilha do Faial, nos Açores. Constitui-se em uma das maiores atrações turísticas do Atlântico, nomeadamente dos Açores, pela singularidade de sua beleza paisagística e da génese muito recente e quase virgem.
Geologicamente insere-se no complexo vulcânico do Capelo, constituído por cerca de 20 cones de escórias e respectivos derrames lávicos, ao longo de um alinhamento vulcano-tectónico de orientação geral WNW-ESE. O nome Capelinhos deveu-se à existência de dois ilhéus chamados de "Ilhéus dos Capelinhos" no local, em frente ao Farol dos Capelinhos.
O vulcão manteve-se em actividade durante cerca de 13 meses, entre 27 de setembro de 1957 e 24 de outubro de 1958. A erupção dos Capelinhos, provavelmente terá sido uma sobreposição de duas erupções distintas, uma começada a 27 de setembro de 1957, e a segunda, a 14 de maio de 1958. A partir de 25 de outubro, o vulcão entrou em fase de repouso. Do ponto de vista vulcanológico, este vulcão é considerado um vulcão activo.
     
(...)
       
Vulcão dos Capelinhos, Centro Interpretativo do Vulcão (museu subterrâneo do vulcão)
       
Próximo situava-se o Museu Geológico do Vulcão, inaugurado a 24 de março de 1964, que documentava toda a sua atividade eruptiva e cujo acervo passou para o novo Centro Interpretativo do Vulcão. A área em torno do vulcão, classificada como paisagem protegida de elevado interesse geológico e biológico, integra a Rede Natura 2000. O Farol dos Capelinhos foi transformado num miradouro, e junto/por baixo deste, funciona o Centro Interpretativo do Vulcão, que foi inaugurado em maio de 2008.
Em resultado da erupção, entre os meses de maio a outubro de 1958, a área total da ilha (de 171,42 km²) aumentou em cerca de 2,50 km² (para 173,02 km²). Actualmente, essa área foi reduzida para cerca de metade (aproximadamente 172,42 km²) devido à natureza pouco consolidada das rochas e à acção erosiva das ondas. A escalada do vulcão apresenta alguns riscos, devendo por isso ser efectuada nos trilhos indicados e sob orientação de um guia credenciado. Convém mencionar que o respiradouro do Vulcão, situado no seu Cabeço Norte, liberta vapor de água e gases tóxicos com temperaturas na ordem dos 180 a 200 °C.
      

domingo, setembro 27, 2020

A última erupção do Vulcão dos Capelinhos começou há 63 anos

 

Vista do Vulcão dos Capelinhos, do Cais Comprido
     
O Vulcão dos Capelinhos, também referido na literatura vulcanológica como Mistério dos Capelinhos, localiza-se na Ponta dos Capelinhos, freguesia do Capelo, na Ilha do Faial, nos Açores. Constitui-se em uma das maiores atrações turísticas do Atlântico, nomeadamente dos Açores, pela singularidade de sua beleza paisagística e da génese muito recente e quase virgem.
Geologicamente insere-se no complexo vulcânico do Capelo, constituído por cerca de 20 cones de escórias e respectivos derrames lávicos, ao longo de um alinhamento vulcano-tectónico de orientação geral WNW-ESE. O nome Capelinhos deveu-se à existência de dois ilhéus chamados de "Ilhéus dos Capelinhos" no local, em frente ao Farol dos Capelinhos.
O vulcão manteve-se em actividade durante cerca de 13 meses, entre 27 de setembro de 1957 e 24 de outubro de 1958. A erupção dos Capelinhos, provavelmente terá sido uma sobreposição de duas erupções distintas, uma começada a 27 de setembro de 1957, e a segunda, a 14 de maio de 1958. A partir de 25 de outubro, o vulcão entrou em fase de repouso. Do ponto de vista vulcanológico, este vulcão é considerado um vulcão activo.
   
(...)
     
Vulcão dos Capelinhos, Centro Interpretativo do Vulcão (museu subterrâneo do vulcão)
    
Próximo situava-se o Museu Geológico do Vulcão, inaugurado a 24 de março de 1964, que documentava toda a sua atividade eruptiva e cujo acervo passou para o novo Centro Interpretativo do Vulcão. A área em torno do vulcão, classificada como paisagem protegida de elevado interesse geológico e biológico, integra a Rede Natura 2000. O Farol dos Capelinhos foi transformado num miradouro, e junto/por baixo deste, funciona o Centro Interpretativo do Vulcão, que foi inaugurado em maio de 2008.
Em resultado da erupção, entre os meses de maio a outubro de 1958, a área total da ilha (de 171,42 km²) aumentou em cerca de 2,50 km² (para 173,02 km²). Actualmente, essa área foi reduzida para cerca de metade (aproximadamente 172,42 km²) devido à natureza pouco consolidada das rochas e à acção erosiva das ondas. A escalada do vulcão apresenta alguns riscos, devendo por isso ser efectuada nos trilhos indicados e sob orientação de um guia credenciado. Convém mencionar que o respiradouro do Vulcão, situado no seu Cabeço Norte, liberta vapor de água e gases tóxicos com temperaturas na ordem dos 180 a 200 °C.
    

quinta-feira, setembro 27, 2018

A erupção do Vulcão dos Capelinhos começou há 61 anos

(Foto - Fernando Martins)
  
O Vulcão dos Capelinhos, também referido na literatura vulcanológica como Mistério dos Capelinhos, localiza-se na Ponta dos Capelinhos, freguesia do Capelo, na Ilha do Faial, nos Açores. Constitui-se numa das maiores atrações turísticas do Atlântico, nomeadamente dos Açores, pela singularidade da sua beleza paisagística, de génese muito recente e quase virgem.
Geologicamente insere-se no complexo vulcânico do Capelo, constituído por cerca de 20 cones de escórias e respectivos derrames lávicos, ao longo de um alinhamento vulcano-tectónico de orientação geral WNW-ESE. O nome Capelinhos deveu-se à existência de dois ilhéus chamados de "Ilhéus dos Capelinhos" no local, em frente ao Farol dos Capelinhos.
O vulcão manteve-se em actividade durante 13 meses, entre 27 de setembro de 1957 e 24 de outubro de 1958. A erupção dos Capelinhos, provavelmente terá sido uma sobreposição de duas erupções distintas, uma começada a 27 de setembro de 1957, e a segunda, a 14 de maio de 1958. A partir de 25 de outubro, o vulcão entrou em fase de repouso. Do ponto de vista vulcanológico, deverá ser considerado um vulcão potencialmente activo.
 
Um marco na vulcanologia mundial
O vulcão dos Capelinhos é reconhecidamente um marco na vulcanologia mundial. "Foi uma erupção submarina devidamente observada, documentada e estudada, desde do início até ao fim. Apareceu em condições privilegiadas, junto de uma ilha habitada, com estrada, farol e telefones privativos." - comenta o vulcanólogo Doutor Victor Hugo Forjaz. Com 16 anos, acompanhado de seu pai, Dr. António Lacerda Forjaz, presidente em exercício da Junta Geral do Distrito da Horta, assistiu ao início da erupção. Este tornou-se afectivamente no "seu vulcão".
Foi o Eng. Frederico Machado, Director das Obras Públicas, auxiliado pelo Eng. João do Nascimento, e o topógrafo António Denis, o pioneiro na sua investigação científica. O Director do Observatório de Angra, Tenente-coronel José Agostinho, sobrevoou a erupção. O Observatório Príncipe Alberto do Mónaco, chefiado por Bernardo Almada, emitiu diversos boletins sismológicos de grande valor.
Próximo situava-se o Museu Geológico do Vulcão, inaugurado a 24 de março de 1964, que documentava toda a sua atividade eruptiva e cujo acervo passou para o novo Centro Interpretativo do Vulcão. A área em torno do vulcão, classificada como paisagem protegida de elevado interesse geológico e biológico, integra a Rede Natura 2000. O Farol dos Capelinhos foi transformado num miradouro, e junto/por baixo deste, funciona o Centro Interpretativo do Vulcão, que foi inaugurado em maio de 2008.
Em resultado da erupção, entre os meses de maio a outubro de 1958, a área total da ilha (de 171,42 km²) aumentou em cerca de 2,50 km² (para 173,02 km²). Actualmente, essa área foi reduzida para cerca de metade (aproximadamente 172,42 km²) devido à natureza pouco consolidada das rochas e à acção erosiva das ondas. A escalada do vulcão apresenta alguns riscos, devendo por isso ser efectuada nos trilhos indicados e sob orientação de um guia credenciado. Convém mencionar que o respiradouro do Vulcão, situado no seu Cabeço Norte, liberta vapor de água e gases tóxicos, com temperaturas na ordem dos 180 a 200 °C.
  

quarta-feira, setembro 27, 2017

A última erupção do Vulcão dos Capelinhos começou há sessenta anos!

(Foto - Fernando Martins)
O Vulcão dos Capelinhos, também referido na literatura vulcanológica como Mistério dos Capelinhos, localiza-se na Ponta dos Capelinhos, freguesia do Capelo, na Ilha do Faial, nos Açores. Constitui-se numa das maiores atrações turísticas do Atlântico, nomeadamente dos Açores, pela singularidade da sua beleza paisagística, de génese muito recente e quase virgem.
Geologicamente insere-se no complexo vulcânico do Capelo, constituído por cerca de 20 cones de escórias e respectivos derrames lávicos, ao longo de um alinhamento vulcano-tectónico de orientação geral WNW-ESE. O nome Capelinhos deveu-se à existência de dois ilhéus chamados de "Ilhéus dos Capelinhos" no local, em frente ao Farol dos Capelinhos.
O vulcão manteve-se em actividade durante 13 meses, entre 27 de setembro de 1957 e 24 de outubro de 1958. A erupção dos Capelinhos, provavelmente terá sido uma sobreposição de duas erupções distintas, uma começada a 27 de setembro de 1957, e a segunda, a 14 de maio de 1958. A partir de 25 de outubro, o vulcão entrou em fase de repouso. Do ponto de vista vulcanológico, deverá ser considerado um vulcão potencialmente activo.
Um marco na vulcanologia mundial
O vulcão dos Capelinhos é reconhecidamente um marco na vulcanologia mundial. "Foi uma erupção submarina devidamente observada, documentada e estudada, desde do início até ao fim. Apareceu em condições privilegiadas, junto de uma ilha habitada, com estrada, farol e telefones privativos." - comenta o vulcanólogo Doutor Victor Hugo Forjaz. Com 16 anos, acompanhado de seu pai, Dr. António Lacerda Forjaz, presidente em exercício da Junta Geral do Distrito da Horta, assistiu ao início da erupção. Este tornou-se afectivamente no "seu vulcão".
Foi o Eng. Frederico Machado, Director das Obras Públicas, auxiliado pelo Eng. João do Nascimento, e o topógrafo António Denis, o pioneiro na sua investigação científica. O Director do Observatório de Angra, Tenente-coronel José Agostinho, sobrevoou a erupção. O Observatório Príncipe Alberto do Mónaco, chefiado por Bernardo Almada, emitiu diversos boletins sismológicos de grande valor.
Próximo situava-se o Museu Geológico do Vulcão, inaugurado a 24 de março de 1964, que documentava toda a sua atividade eruptiva e cujo acervo passou para o novo Centro Interpretativo do Vulcão. A área em torno do vulcão, classificada como paisagem protegida de elevado interesse geológico e biológico, integra a Rede Natura 2000. O Farol dos Capelinhos foi transformado num miradouro, e junto/por baixo deste, funciona o Centro Interpretativo do Vulcão, que foi inaugurado em maio de 2008.
Em resultado da erupção, entre os meses de maio a outubro de 1958, a área total da ilha (de 171,42 km²) aumentou em cerca de 2,50 km² (para 173,02 km²). Actualmente, essa área foi reduzida para cerca de metade (aproximadamente 172,42 km²) devido à natureza pouco consolidada das rochas e à acção erosiva das ondas. A escalada do vulcão apresenta alguns riscos, devendo por isso ser efectuada nos trilhos indicados e sob orientação de um guia credenciado. Convém mencionar que o respiradouro do Vulcão, situado no seu Cabeço Norte, liberta vapor de água e gases tóxicos, com temperaturas na ordem dos 180 a 200 °C.

domingo, setembro 27, 2015

O Vulcão dos Capelinhos entrou em erupção há 58 anos

Vista do Vulcão dos Capelinhos, do Cais Comprido

O Vulcão dos Capelinhos, também referido na literatura vulcanológica como Mistério dos Capelinhos, localiza-se na Ponta dos Capelinhos, freguesia do Capelo, na Ilha do Faial, nos Açores. Constitui-se em uma das maiores atrações turísticas do Atlântico, nomeadamente dos Açores, pela singularidade de sua beleza paisagística e da génese muito recente e quase virgem.
Geologicamente insere-se no complexo vulcânico do Capelo, constituído por cerca de 20 cones de escórias e respectivos derrames lávicos, ao longo de um alinhamento vulcano-tectónico de orientação geral WNW-ESE. O nome Capelinhos deveu-se à existência de dois ilhéus chamados de "Ilhéus dos Capelinhos" no local, em frente ao Farol dos Capelinhos.
O vulcão manteve-se em actividade durante cerca de 13 meses, entre 27 de setembro de 1957 e 24 de outubro de 1958. A erupção dos Capelinhos, provavelmente terá sido uma sobreposição de duas erupções distintas, uma começada a 27 de setembro de 1957, e a segunda, a 14 de maio de 1958. A partir de 25 de outubro, o vulcão entrou em fase de repouso. Do ponto de vista vulcanológico, este vulcão é considerado um vulcão activo.

sexta-feira, setembro 27, 2013

A erupção do Vulcão dos Capelinhos começou há 56 anos

(Foto - Fernando Martins)

O Vulcão dos Capelinhos, também referido na literatura vulcanológica como Mistério dos Capelinhos, localiza-se na Ponta dos Capelinhos, freguesia do Capelo, na Ilha do Faial, nos Açores. Constitui-se numa das maiores atrações turísticas do Atlântico, nomeadamente dos Açores, pela singularidade da sua beleza paisagística, de génese muito recente e quase virgem.
Geologicamente insere-se no complexo vulcânico do Capelo, constituído por cerca de 20 cones de escórias e respectivos derrames lávicos, ao longo de um alinhamento vulcano-tectónico de orientação geral WNW-ESE. O nome Capelinhos deveu-se à existência de dois ilhéus chamados de "Ilhéus dos Capelinhos" no local, em frente ao Farol dos Capelinhos.
O vulcão manteve-se em actividade durante 13 meses, entre 27 de setembro de 1957 e 24 de outubro de 1958. A erupção dos Capelinhos, provavelmente terá sido uma sobreposição de duas erupções distintas, uma começada a 27 de setembro de 1957, e a segunda, a 14 de maio de 1958. A partir de 25 de outubro, o vulcão entrou em fase de repouso. Do ponto de vista vulcanológico, deverá ser considerado um vulcão potencialmente activo.

Um marco na vulcanologia mundial
O vulcão dos Capelinhos é reconhecidamente um marco na vulcanologia mundial. "Foi uma erupção submarina devidamente observada, documentada e estudada, desde do início até ao fim. Apareceu em condições privilegiadas, junto de uma ilha habitada, com estrada, farol e telefones privativos." - comenta o vulcanólogo Doutor Victor Hugo Forjaz. Com 16 anos, acompanhado de seu pai, Dr. António Lacerda Forjaz, presidente em exercício da Junta Geral do Distrito da Horta, assistiu ao início da erupção. Este tornou-se afectivamente no "seu vulcão".
Foi o Eng. Frederico Machado, Director das Obras Públicas, auxiliado pelo Eng. João do Nascimento, e o topógrafo António Denis, o pioneiro na sua investigação científica. O Director do Observatório de Angra, Tenente-coronel José Agostinho, sobrevoou a erupção. O Observatório Príncipe Alberto do Mónaco, chefiado por Bernardo Almada, emitiu diversos boletins sismológicos de grande valor.
Próximo situava-se o Museu Geológico do Vulcão, inaugurado a 24 de março de 1964, que documentava toda a sua atividade eruptiva e cujo acervo passou para o novo Centro Interpretativo do Vulcão. A área em torno do vulcão, classificada como paisagem protegida de elevado interesse geológico e biológico, integra a Rede Natura 2000. O Farol dos Capelinhos foi transformado num miradouro, e junto/por baixo deste, funciona o Centro Interpretativo do Vulcão, que foi inaugurado em maio de 2008.
Em resultado da erupção, entre os meses de maio a outubro de 1958, a área total da ilha (de 171,42 km²) aumentou em cerca de 2,50 km² (para 173,02 km²). Actualmente, essa área foi reduzida para cerca de metade (aproximadamente 172,42 km²) devido à natureza pouco consolidada das rochas e à acção erosiva das ondas. A escalada do vulcão apresenta alguns riscos, devendo por isso ser efectuada nos trilhos indicados e sob orientação de um guia credenciado. Convém mencionar que o respiradouro do Vulcão, situado no seu Cabeço Norte, liberta vapor de água e gases tóxicos, com temperaturas na ordem dos 180 a 200 °C.

terça-feira, setembro 27, 2011

A erupção do vulcão dos Capelinhos começou há 54 anos

(Foto - Fernando Martins)

O Vulcão dos Capelinhos, também referido na literatura vulcanológica como Mistério dos Capelinhos, localiza-se na Ponta dos Capelinhos, freguesia do Capelo, na Ilha do Faial, nos Açores. Constitui-se em uma das maiores atrações turísticas do Atlântico, nomeadamente dos Açores, pela singularidade de sua beleza paisagística, de génese muito recente e quase virgem.
Geológicamente insere-se no complexo vulcânico do Capelo, constituído por cerca de 20 cones de escórias e respectivos derrames lávicos, ao longo de um alinhamento vulcano-tectónico de orientação geral WNW-ESE. O nome Capelinhos deveu-se à existência de dois ilhéus chamados de "Ilhéus dos Capelinhos".
O vulcão manteve-se em actividade por 13 meses, entre 27 de setembro de 1957 e 24 de outubro de 1958. A erupção dos Capelinhos, provavelmente terá sido uma sobreposição de duas erupções distintas, uma começada a 27 de setembro de 1957, e a segunda, a 14 de maio de 1958. A partir de 25 de outubro, o vulcão entrou em fase de repouso. Do ponto de vista vulcanológico, deverá ser considerado um vulcão potencialmente activo.

domingo, novembro 14, 2010

O geólogo Victor Hugo Forjaz faz anos hoje...!


Victor Hugo Lecoq de Lacerda Forjaz, nascido na Horta, Açores, a 14 de Novembro de 1940, filho de António Macedo Lacerda Forjaz. Geólogo, vulcanólogo e professor-associado do Departamento de Geociências da Universidade dos Açores. É um defensor da livre difusão do conhecimento científico.

Estudou da Escola Manuel de Arriaga. Completa os estudos liceais na Escola Antero de Quintal, em Ponta Delgada. Teve a oportunidade de acompanhar, entusiasticamente, todas as fases da erupção do Vulcão dos Capelinhos (1957-58) e os trabalhos desenvolvidos por conceituados cientistas - H. Tazieff, Eng.º Frederico Machado e R. Fisher. Em 1968, é licenciado em Ciências Geológicas pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Trabalhou como geólogo ligado à empresa Teixeira Duarte – Engenharia e Construções, S.A.

Tornou-se Assistente da Universidade de Lisboa (após 1972) e Professor-auxiliar convidado da Universidade dos Açores (após 1981). Em 1976, fixou-se na Ilha de São Miguel, onde instalou em seis meses, laboratórios de investigação científica. Frequentou vários cursos de especialização, nomeadamente em Geotermia (recursos, sondagens e turbinas) e em Riscos Geológicos e Hidrogeológicos, este último, em 1984, no USGS – United States Geological Survey (Denver). Doutorado em Vulcanologia de Engenharia, pela Universidade dos Açores, em 1995. Tirou ainda a especialidade em Riscos Geológicos e em Ciências Geotérmicas. Desde 1998, é Professor-associado da Universidade dos Açores.

Foi director do Programa Geotérmico dos Açores. Director do Projecto Geotérmico do Vulcão do Fogo da Universidade dos Açores e Coordenador do Projecto Furnas - Vulcão Laboratório Europeu. Foi responsável pela criação do Projecto de Sistema de Vigilância Sismo-vulcânica dos Açores (SIVISA). É presidente do Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores (OVGA).

É co-fundador da Sociedade Internacional de Planetologia e fundador do Instituto de Geociências dos Açores. Em 1985, foi co-fundador do Centro de Vulcanologia do INIC (Instituto Nacional de Investigação Científica). É co-Representante Nacional na Rede Europeia de Vulcanologia (ESF - European Science Foundation).

Como bolseiro e congressista, ao longo dos anos, efectuou missões cientificas aos vulcões na Europa continental, Islândia, América do Norte, América Central continental, Antilhas, Havai, Indonésia, Filipinas, Japão, ... Foi um estudioso apaixonado das erupções submarinas na Ponta dos Capelinhos, na Ilha do Faial, e na Serreta, na Ilha Terceira. Participa no Projecto de Iniciativa Comunitária InterReg IIIB «VULCMAC- Vulcanismo da Macaronésia», em parceria com a Madeira e com as ilhas de Lanzarote e de Tenerife, nas Canárias. É ainda sócio correspondente da Academia de Ciências de Lisboa desde 24 de Novembro de 2005. Foi recentemente eleito membro da Academia da Marinha.



NOTA: o blog Geopedrados dá os parabéns ao Doutor Victor Hugo Forjaz, que temos a honra de conhecer, esperando que nos dê ainda muitos motivos de o noticiar aqui neste espaço...

terça-feira, março 31, 2009

sexta-feira, outubro 24, 2008

50.º Aniversário da erupção do Vulcão dos Capelinhos - O Fim

Do Blog Geocrusoe, com a devida vénia, publicamos o seguinte post que assinala os 50 anos do final da erupção dos Capelinhos:


A erupção dos Capelinhos iniciou-se a 27 de Setembro de 1957 e no dia 24 de Outubro de 1958 foi observada a última emissão de materiais incandescentes faz hoje, precisamente, 50 ANOS.

Edifício vulcânico construído pelo vulcão dos Capelinhos pouco após o termo da erupção (foto de Ferreira, O. Veiga, 1959, dos SGP e extraída do álbum do vulcão dos Capelinhos 2008 -DRAC)

À semelhança dos 13 meses de actividade eruptiva, entre Setembro de 1957 e Outubro de 1958, e do mesmo número de comemorações oficiais do 50.º Aniversário dos Capelinhos, entre Setembro de 2007 e Outubro de 2008, o blog Geocrusoe, ao longo destes últimos 13 meses, associou-se também à efeméride e procurou descrever e explicar, de uma forma acessível a todos, os marcos mais importantes desta erupção ocorridos sensivelmente 50 anos atrás. Hoje este ciclo comemorativo, iniciado com o post 50.º Aniversário do Vulcão dos Capelinhos - O Início encerra igualmente. Os vários posts sobre este tema estão reunidos com a etiqueta Capelinhos.

Os primeiros sinais do início da erupção do vulcão dos Capelinhos com emissões submarinas e descoloração da água do mar
(Origem da foto indicada na imagem)

Poderão surgir outros posts relacionados com os Capelinhos, quer de índole científica, como de produção cultural de eventos que entretanto ocorram, mas doravante deixam de fazer parte do ciclo e apenas integrados no espírito deste blog "impressões de um geólogo isolado numa ilha vulcânica, bela e cosmopolita".

Observação aérea do edifício final da erupção dos Capelinhos, o topo da linha de costa sensivelmente assinalado com um traço amarelo e o farol dentro de uma elipse a vermelho (Origem da foto indicada na imagem)

Importa recordar que o vulcão dos Capelinhos durante o seu período eruptivo foi uma catástrofe natural, com impactes sociais e económicos muito graves que se estenderam por muito mais anos. Deste fenómeno resultou não só a destruição de habitações, solos agrícolas e culturas, como também desencadeou uma intensa emigração para os Estados Unidos, Canadá e mesmo no Limpopo em Moçambique, que depois se abriu a partir de outras ilhas, o que se permitiu a muitas famílias um desenvolvimento económico que não teriam conseguido na sua terra natal, também provocou uma redução populacional muito significativa responsável pela diminuição do dinamismo social e económico desta ilha.

O edifício vulcânico dos Capelinhos hoje, visto da zona do Farol

Felizmente, assim como o açoriano tem recuperado de muitas outras catástrofes e a longo prazo foi mesmo capaz de tirar proveito dessas situações. O Vulcão dos Capelinhos hoje é um marco turístico e científico desta ilha, com todos os benefícios económicos que daí resultam. É ainda um agente agregador de memórias colectivas e individuais um fermento de dinâmicas culturais que unem todos os estratos sociais do Faial, de tal modo que o legado do Vulcão dos Capelinhos é um elemento de orgulho dos faialenses, 50 anos após a Erupção dos Capelinhos.

Edifício vulcânico dos Capelinhos visto do mar 50 anos após a erupção
(foto propriedade da DR Ambiente)