Mostrar mensagens com a etiqueta Doutor Vitor Hugo Forjaz. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Doutor Vitor Hugo Forjaz. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, novembro 14, 2024

O vulcanólogo Victor Hugo Forjaz comemora hoje 84 anos


Victor Hugo Lecoq de Lacerda Forjaz, nascido na Horta, Açores, a 14 de novembro de 1940, filho de António Macedo Lacerda Forjaz. Geólogo, vulcanólogo e professor-associado do Departamento de Geociências da Universidade dos Açores (DG/UAç). É um defensor da livre difusão do conhecimento científico.

Estudou da Escola Manuel de Arriaga, tendo completado os estudos liceais na Escola Secundária Antero de Quental, em Ponta Delgada. Teve a oportunidade de acompanhar, entusiasticamente, todas as fases da erupção do Vulcão dos Capelinhos (1957-58) e os trabalhos desenvolvidos por conceituados cientistas - H. Tazieff, Eng.º Frederico Machado e R. Fisher. Em 1968, é licenciado em Ciências Geológicas pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Trabalhou como geólogo ligado à empresa Teixeira Duarte – Engenharia e Construções, SA.

Tornou-se assistente da Universidade de Lisboa (após 1972) e Professor-auxiliar convidado da Universidade dos Açores (após 1981). Em 1976, fixou-se na Ilha de São Miguel, onde instalou em seis meses, laboratórios de investigação científica. Frequentou vários cursos de especialização, nomeadamente em Geotermia (recursos, sondagens e turbinas) e em Riscos Geológicos e Hidrogeológicos, este último, em 1984, no USGS – United States Geological Survey (Denver). Doutorado em Vulcanologia de Engenharia, pela Universidade dos Açores, em 1995. Tirou ainda a especialidade em Riscos Geológicos e em Ciências Geotérmicas. Desde 1998, é Professor-associado da Universidade dos Açores.

Foi diretor do Programa Geotérmico dos Açores. Diretor do Projeto Geotérmico do Vulcão do Fogo da Universidade dos Açores e Coordenador do Projeto Furnas - Vulcão Laboratório Europeu. Foi responsável pela criação do Projeto de Sistema de Vigilância Sismo-vulcânica dos Açores (SVISA). É presidente do Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores (OVGA).

É co-fundador da Sociedade Internacional de Planetologia e fundador do Instituto de Geociências dos Açores. Em 1985, foi co-Fundador do Centro de Vulcanologia do INIC (Instituto Nacional de Investigação Científica). É co-representante nacional na Rede Europeia de Vulcanologia (ESF - European Science Foundation).

Como bolseiro e congressista, ao longo dos anos, efetuou missões cientificas aos vulcões na Europa continental, Islândia, América do Norte, América Central continental, Antilhas, Hawai, Indonésia, Filipinas, Japão, ... Foi investigador apaixonado das erupções submarinas na Ponta dos Capelinhos, na Ilha do Faial, e na Serreta, na Ilha Terceira. Participa no Projeto de Iniciativa Comunitária InterReg IIIB «VULCMAC- Vulcanismo da Macaronésia». É ainda correspondente da Academia de Ciências de Lisboa desde 24 de novembro de 2005 e membro da Academia da Marinha. 

   

in Enciclopédia Açores XXI

terça-feira, novembro 14, 2023

O vulcanólogo Victor Hugo Forjaz faz hoje 83 anos


Victor Hugo Lecoq de Lacerda Forjaz, nascido na Horta, Açores, a 14 de novembro de 1940, filho de António Macedo Lacerda Forjaz. Geólogo, vulcanólogo e professor-associado do Departamento de Geociências da Universidade dos Açores (DG/UAç). É um defensor da livre difusão do conhecimento científico.

Estudou da Escola Manuel de Arriaga, tendo completado os estudos liceais na Escola Secundária Antero de Quental, em Ponta Delgada. Teve a oportunidade de acompanhar, entusiasticamente, todas as fases da erupção do Vulcão dos Capelinhos (1957-58) e os trabalhos desenvolvidos por conceituados cientistas - H. Tazieff, Eng.º Frederico Machado e R. Fisher. Em 1968, é licenciado em Ciências Geológicas pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Trabalhou como geólogo ligado à empresa Teixeira Duarte – Engenharia e Construções, SA.

Tornou-se assistente da Universidade de Lisboa (após 1972) e Professor-auxiliar convidado da Universidade dos Açores (após 1981). Em 1976, fixou-se na Ilha de São Miguel, onde instalou em seis meses, laboratórios de investigação científica. Frequentou vários cursos de especialização, nomeadamente em Geotermia (recursos, sondagens e turbinas) e em Riscos Geológicos e Hidrogeológicos, este último, em 1984, no USGS – United States Geological Survey (Denver). Doutorado em Vulcanologia de Engenharia, pela Universidade dos Açores, em 1995. Tirou ainda a especialidade em Riscos Geológicos e em Ciências Geotérmicas. Desde 1998, é Professor-associado da Universidade dos Açores.

Foi diretor do Programa Geotérmico dos Açores. Diretor do Projeto Geotérmico do Vulcão do Fogo da Universidade dos Açores e Coordenador do Projeto Furnas - Vulcão Laboratório Europeu. Foi responsável pela criação do Projeto de Sistema de Vigilância Sismo-vulcânica dos Açores (SVISA). É presidente do Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores (OVGA).

É co-fundador da Sociedade Internacional de Planetologia e fundador do Instituto de Geociências dos Açores. Em 1985, foi co-Fundador do Centro de Vulcanologia do INIC (Instituto Nacional de Investigação Científica). É co-representante nacional na Rede Europeia de Vulcanologia (ESF - European Science Foundation).

Como bolseiro e congressista, ao longo dos anos, efetuou missões cientificas aos vulcões na Europa continental, Islândia, América do Norte, América Central continental, Antilhas, Hawai, Indonésia, Filipinas, Japão, ... Foi investigador apaixonado das erupções submarinas na Ponta dos Capelinhos, na Ilha do Faial, e na Serreta, na Ilha Terceira. Participa no Projeto de Iniciativa Comunitária InterReg IIIB «VULCMAC- Vulcanismo da Macaronésia». É ainda correspondente da Academia de Ciências de Lisboa desde 24 de novembro de 2005 e membro da Academia da Marinha. 

   

in Enciclopédia Açores XXI

segunda-feira, novembro 14, 2022

O vulcanólogo Victor Hugo Forjaz faz hoje 82 anos


Victor Hugo Lecoq de Lacerda Forjaz, nascido na Horta, Açores, a 14 de novembro de 1940, filho de António Macedo Lacerda Forjaz. Geólogo, vulcanólogo e professor-associado do Departamento de Geociências da Universidade dos Açores (DG/UAç). É um defensor da livre difusão do conhecimento científico.

Estudou da Escola Manuel de Arriaga, tendo completado os estudos liceais na Escola Secundária Antero de Quental, em Ponta Delgada. Teve a oportunidade de acompanhar, entusiasticamente, todas as fases da erupção do Vulcão dos Capelinhos (1957-58) e os trabalhos desenvolvidos por conceituados cientistas - H. Tazieff, Eng.º Frederico Machado e R. Fisher. Em 1968, é licenciado em Ciências Geológicas pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Trabalhou como geólogo ligado à empresa Teixeira Duarte – Engenharia e Construções, SA.

Tornou-se assistente da Universidade de Lisboa (após 1972) e Professor-auxiliar convidado da Universidade dos Açores (após 1981). Em 1976, fixou-se na Ilha de São Miguel, onde instalou em seis meses, laboratórios de investigação científica. Frequentou vários cursos de especialização, nomeadamente em Geotermia (recursos, sondagens e turbinas) e em Riscos Geológicos e Hidrogeológicos, este último, em 1984, no USGS – United States Geological Survey (Denver). Doutorado em Vulcanologia de Engenharia, pela Universidade dos Açores, em 1995. Tirou ainda a especialidade em Riscos Geológicos e em Ciências Geotérmicas. Desde 1998, é Professor-associado da Universidade dos Açores.

Foi diretor do Programa Geotérmico dos Açores. Diretor do Projeto Geotérmico do Vulcão do Fogo da Universidade dos Açores e Coordenador do Projeto Furnas - Vulcão Laboratório Europeu. Foi responsável pela criação do Projeto de Sistema de Vigilância Sismo-vulcânica dos Açores (SVISA). É presidente do Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores (OVGA).

É co-fundador da Sociedade Internacional de Planetologia e fundador do Instituto de Geociências dos Açores. Em 1985, foi co-Fundador do Centro de Vulcanologia do INIC (Instituto Nacional de Investigação Científica). É co-representante nacional na Rede Europeia de Vulcanologia (ESF - European Science Foundation).

Como bolseiro e congressista, ao longo dos anos, efetuou missões cientificas aos vulcões na Europa continental, Islândia, América do Norte, América Central continental, Antilhas, Hawai, Indonésia, Filipinas, Japão, ... Foi investigador apaixonado das erupções submarinas na Ponta dos Capelinhos, na Ilha do Faial, e na Serreta, na Ilha Terceira. Participa no Projeto de Iniciativa Comunitária InterReg IIIB «VULCMAC- Vulcanismo da Macaronésia». É ainda correspondente da Academia de Ciências de Lisboa desde 24 de novembro de 2005 e membro da Academia da Marinha. 

   

in Enciclopédia Açores XXI

domingo, novembro 14, 2021

O vulcanólogo Victor Hugo Forjaz faz 81 anos hoje...!


Victor Hugo Lecoq de Lacerda Forjaz, nascido na Horta, Açores, a 14 de novembro de 1940, filho de António Macedo Lacerda Forjaz. Geólogo, vulcanólogo e professor-associado do Departamento de Geociências da Universidade dos Açores (DG/UAç). É um defensor da livre difusão do conhecimento científico.

Estudou da Escola Manuel de Arriaga, tendo completado os estudos liceais na Escola Secundária Antero de Quental, em Ponta Delgada. Teve a oportunidade de acompanhar, entusiasticamente, todas as fases da erupção do Vulcão dos Capelinhos (1957-58) e os trabalhos desenvolvidos por conceituados cientistas - H. Tazieff, Eng.º Frederico Machado e R. Fisher. Em 1968, é licenciado em Ciências Geológicas pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Trabalhou como geólogo ligado à empresa Teixeira Duarte – Engenharia e Construções, SA.

Tornou-se Assistente da Universidade de Lisboa (após 1972) e Professor-auxiliar Convidado da Universidade dos Açores (após 1981). Em 1976, fixou-se na Ilha de São Miguel, onde instalou em seis meses, laboratórios de investigação científica. Frequentou vários cursos de especialização, nomeadamente em Geotermia (recursos, sondagens e turbinas) e em Riscos Geológicos e Hidrogeológicos, este último, em 1984, no USGS – United States Geological Survey (Denver). Doutorado em Vulcanologia de Engenharia, pela Universidade dos Açores, em 1995. Tirou ainda a especialidade em Riscos Geológicos e em Ciências Geotérmicas. Desde 1998, é Professor-associado da Universidade dos Açores.

Foi diretor do Programa Geotérmico dos Açores. Director do Projeto Geotérmico do Vulcão do Fogo da Universidade dos Açores e Coordenador do Projeto Furnas - Vulcão Laboratório Europeu. Foi responsável pela criação do Projeto de Sistema de Vigilância Sismo-vulcânica dos Açores (SVISA). É presidente do Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores (OVGA).

É co-fundador da Sociedade Internacional de Planetologia e fundador do Instituto de Geociências dos Açores. Em 1985, foi co-Fundador do Centro de Vulcanologia do INIC (Instituto Nacional de Investigação Científica). É co-Representante Nacional na Rede Europeia de Vulcanologia (ESF - European Science Foundation).

Como bolseiro e congressista, ao longo dos anos, efetuou missões cientificas aos vulcões na Europa continental, Islândia, América do Norte, América Central continental, Antilhas, Hawai, Indonésia, Filipinas, Japão, ... Foi investigador apaixonado das erupções submarinas na Ponta dos Capelinhos, na Ilha do Faial, e na Serreta, na Ilha Terceira. Praticipa no Projeto de Iniciativa Comunitária InterReg IIIB «VULCMAC- Vulcanismo da Macaronésia». É ainda correspondente da Academia de Ciências de Lisboa desde 24 de novembro de 2005 e membro da Academia da Marinha. 

   

in Enciclopédia Açores XXI

sábado, dezembro 14, 2019

Porque morreu tanta gente numa erupção na Nova Zelândia - notícia esclarecedora

O caso da White Island

Victor-Hugo Forjaz - Professor Catedrático Emérito de Vulcanologia

Nos Açores, terra vulcânica e geotérmica como a Nova Zelândia, os Planos de Emergência, salvo os de dois municípios de S. Miguel, constituem pouco mais do que peças decorativas de algumas gavetas.

1 A crosta terrestre anda agitada em diversas partes do mundo - não apenas a oeste da Ilha do Faial. Neste caso evidenciamos os recente e trágicos fenómenos de 9 de dezembro de 2019 ocorridos em White Island, na Nova Zelândia, um dos vulcões mais activos do planeta e área de grande procura geoturística (incorrectamente noticiada em jornais e TV’s como Ilha Branca).
Afora os 6 mortos confirmados, os 30 turistas internados (alguns em graves situações) e as dezenas de desaparecidos (que ou morreram ou sofreram graves ferimentos), a violenta erupção freática (reacção água/magma), do tipo “side blast” (impacto lateral) , excedeu a rotina eruptiva, no geral caracterizada por explosões subverticais cujos “comportamentos“ ou figurinos eram bem conhecidos quer dos guias das excursões quer do proprietário da pequena ilha (cerca de um quarto do Corvo). Seguiu -se uma explosão freática vertical que alcançou os 3.800 metros .

2 Quando a Professora Zilda França e eu lá fomos, numa missão científica, a ilha era estatal. Porém quando lá me desloquei uma segunda vez a ilha já era privada, ou seja, tinha sido vendida a um ricaço que a alterou para lucrativo negócio, muito maior do que a pobretana subida e espezinhamento oficialmente autorizado (!!) do precioso Piquinho da Ponta do Pico….
O novo proprietário já tinha construído um pontão de acostagem de embarcações dos grandes paquetes que se avizinhavam prudentemente da ilhota. A nossa embarcação era oficial pelo que acostou, não pagou soberanas taxas e colocou-se nas imediações, aguardando o regresso da equipa do Serviço Geológico de Auckland, capital da Ilha Norte da Nova Zelândia.

3 Observámos diversas pequenas erupções freáticas, recolheram-se amostras, os peritos locais mediram temperaturas e efectuaram diversos testes geofísicos (gravimetria, sismologia de detalhe, magnetismo, geoelectricidade, etc.) e recolhemo-nos a terra mais firme da Ilha Norte. Nos escritórios tomei contacto com toda a cuidadosa metodologia dos vulcanólogos neozelandeses e impressionou-me a estreita colaboração entre a universidade e os outros dois serviços estatais que seguiam White Island desde há muitos anos. Enfim, demostraram que, em vulcanologia, não devem existir exclusivos e que se deve alcançar a Verdade ao longo de trocas de opiniões e de aplicação de diversas técnicas .

4 Em 16 de setembro p.p.. os especialistas alertaram para sinais de incremento da explosividade de White Island bem como dos respectivos perigos. O proprietário da ilhota privada e os seus guias não seguiram os alertas pois apenas se preocupavam com os lucros dos passageiros dos vizinhos grandes navios de turismo.

White Island: é bem visível a destruição do bordo da cratera, por impacto lateral, da chaminé central para o bordo direito
  
No recente dia 9 de dezembro cerca de 50 pessoas, entre os 13 e os 72 anos de idade, confiantes na segurança do passeio, desembarcaram no pontão-cais e meteram-se terra adentro. Pelas 14.11 horas (tempo local ) desenlaçou-se o que os cientistas esperavam — uma tremenda erupção freática, resultante do contacto súbito de águas oceânicas com uma massa lávica (magmática) em ascensão. Foi um inferno - gente pelo ar, guias desorientados, cais quase destruído, embarcações tentando fugir, etc, etc. Conseguiu-se recolher 31 pessoas onde 27 exibiam queimaduras de 70% do corpo. Um segundo grupo desapareceu. A primeira ministra da Nova Zelândia considerou o desastre como uma emocionante tragédia .
  
5 Este nosso texto, porém, tem ainda outra finalidade, ou seja, sintetizar o desfecho além da procura de vivos e de mortos.
Assim, no dia seguinte ao desastre, a polícia neozelandesa decidiu apurar responsabilidades e as investigações serão em breve anunciadas.
Desse modo um determinado n.º de entidades será responsabilizada, desde a proteção civil Nacional à proteção civil dos municípios (mayors) e de seus planos e ensaios de emergência.
Um grande sarilho mas também um alerta para os Açores, terra vulcânica e geotérmica como a Nova Zelândia onde os Planos de Emergência, salvo os de dois municípios de S. Miguel (Ponta Delgada e Vila Franca do Campo), constituem peças decorativas de algumas gavetas e onde a qualidade é medida pelo peso das páginas e dos mapas anexos!
Medite-se na forma como o faz o gestor da presente crise sísmica a oeste do Faial, deixando a população desinformada e sozinha. As geotermias de S.Miguel e da Terceira são outros segredos sem acesso a peritos que os desejem (apenas manusear) com o pretexto de que se trata de empresa privada… E o geólogo director-técnico reside em Lisboa! Oremos pelo futuro…

Novidades vulcanológicas dos Açores

Nova ilha poderá estar a surgir entre Faial e São Jorge
 
  
O vulcanólogo Victor Hugo Forjaz disse que uma nova ilha poderá surgir nos Açores entre as ilhas do Faial e São Jorge, na sequência de “movimentos ascendentes” que se têm vindo a registar no mar. 

“Pelo tipo de sismo, pela cadência, pela periodicidade, pela energia Richter e repercussões nas ilhas vizinhas, que são Faial e São Jorge e, por vezes, Pico, suspeita-se que há movimentos ascendentes no fundo do mar, sendo a evolução natural o aparecimento de uma ilha”, declara o presidente do Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores.
O vulcanólogo refere que se têm vindo a registar “crises sucessivas”, ao longo dos anos, no arquipélago, com “intervalos de dois anos”, e o surgimento de uma nova ilha “não é nada de extraordinário porque as ilhas são ativas e condensam movimentos tectónicos, seguidos de vulcânicos”.
Para o antigo docente da Universidade dos Açores, o fenómeno seria “melhor seguido” com um levantamento batimétrico e com recurso a um ROV, um veículo submarino operado de forma remota, visando apurar se há fissuras, deslocamentos e alterações topográficas.
Segundo Victor Hugo Forjaz, a Marinha portuguesa “já deveria ter feito um levantamento no sentido de se perceber melhor os movimentos do fundo do mar naquela zona”, sublinhando que “não há perigo de maior” para a ilha do Faial, uma vez que a zona fica “bastante afastada, cerca de 25 a 30 quilómetros”.
O especialista recorda que nos Açores já emergiram ilhas que depois voltaram a desaparecer, exemplificando com o banco D. João de Castro, ao largo da ilha Terceira, que “esteve fora do mar durante um certo tempo”, tendo “falhas geológicas provocado o seu abatimento”, sendo previsível que volte a emergir.
O vulcanólogo defende a instalação nos Açores de OBS, que são sismógrafos submarinos, que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera possui, ressalvando que houve uma equipa estrangeira que já operou na região com este equipamento, tendo recolhido dados “muito interessantes” a que a Governo Regional e a Universidade dos Açores não têm acesso.
Para Victor Hugo Forjaz, a existência dos OBS seria o “tira-teimas entre os que acreditam que há movimentos verticais importantes e os que os negam”.
A Rede Sísmica do Arquipélago dos Açores tem vindo a registar desde novembro centenas de sismos, alguns dos quais sentidos pela população, numa zona localizada aproximadamente entre os 25 e os 30 quilómetros a oeste da freguesia de Capelo, na ilha do Faial.

domingo, janeiro 01, 2012

2012 - the end is near... (parte II)

Do nosso amigo, o Professor Doutor Victor Hugo Forjaz, publicamos o seguinte post, colocado inicialmente no blog De Rerum Natura:


"REQUIEM" PELO MEDO DESLIZANTE


Uma das não-notícias do ano foi a anunciada catástrofe vulcânica do El Hierro. Crónica do vulcanólogo Victor Hugo Forjaz a propósito dos recentes fenómenos vulcânicos que têm ocorrido na ilha de El Hierro, nas Canárias:

1 - O vulcão submarino da Restinga, nos mares da ilha de El Hierro, tem sido noticia em todo o mundo (menos em terras açorianas, julgo eu…)! Aliás dos Açores deslocou-se apenas a vulcanóloga Prof.ª Doutora Zilda França. A permanência da nossa Colega nas Canárias foi extremamente representativa e útil. As autoridades locais cientificas e políticas acolheram-na com muito respeito e amizade. Os colegas, de diversas origens, foram cooperantes e incansáveis. Por esse motivo temos mantido relatos diários internéticos junto de milhares (sim - milhares) de peritos e de curiosos assim constituindo um fórum entusiasmante.

2 - Entretando, com o passar das semanas manteve-se o "comportamento" inusual do novo vulcão do tipo serretiano (ora se afastava ora se aproximava,ora se desenvolvia sem tremor vulcânico,ora emitia largos volumes de produtos vulcânicos, finíssimos, em silêncio sísmico, ora emitia ténues vapores ora se assinalava por borbulhantes cachões de espuma e de vapores pestilentos. Registaram-se milhares de micro a macroeventos sísmicos. Entretanto surgiram os profetas da desgraça. É sempre assim- no Faial,em Maio de 1958, durante os Capelinhos, também foi assim: segundo um jornalista lisboeta, a ilha teria a forma de cálice pelo que as sismotremuras diárias iriam fracturar o pé do cálice e depois…. pum, ficávamos todos afogados (e eu com 17 anos!). Muitos fugiram para o Pico e S. Jorge. Regressaram no fim do mês, com a chegada de Tazieff, tido como um "deus" da vulcanologia (que ajudou o Governador Freitas Pimentel e o Eng.º Frederico Machado a consolidarem a calma e a sensatez). No caso de El Hierro os profetas da desgraça brotaram outra "previsão",ou seja, papaguearam os medos do cientista inglês Simon Day, vaticinaram que os milhares de tremores telúricos, uns vulcânicos outros tectónicos, teriam abalado a ilha,"enfraquecendo-a" de tal modo que uma grande fatia de El Hierro iria deslizar para o oceano, abruptamente, assim gerando uma gigantesca vaga (um tsunami). O vagalhão iria arrasar imensas extensões costeiras, na África, no Brasil, nos EUA, na Europa… Enfim, um cataclismo inesquecível! Os promotores repetiam o já anunciado para a ilha de La Palma por Simon Day. Adios tapas e tasquitas!

3 - Mega-abatimentos ou colapsos em estruturas vulcânicas são desde há muito conhecidos: na vertente sul da montanha do Pico, no segmento sul do vulcão das Furnas (em estudo), em diversas ilhas das Canárias (sendo os de La Palma aparatosamente divulgados por Simom Day; Tenerife…) Réunion, Cabo Verde, Hawaii, Japão, etc. Pouco se sabe sobre o mecanismo desses colapsos, ou seja, se foram bruscos, se foram lentos e do tipo "creep", se foram excitados por terramotos, se foram accionados por excesso de água, se existiram condicionantes topográficas, se resultaram de incoesões gravíticas, etc. A realidade é que nenhum desses megacolapsos com megatsunamis ocorreram em tempos históricos. Não se duvida da respectiva existência mas as causas e as consequências variam de região para região. Essa é a verdade - os megatsunamis transoceânicos, ligados a colapsos de territórios vulcânicos, não se encontram bem sustentabilizados, quer documentalmente quer sedimentologicamente. Ou seja, num determinado continente não se conhecem, sem dúvidas, depósitos transportados por megatsunamis gerados em geografia oposta. Assim os terríveis deslizamentos das Canárias, com repercussões nos Açores, devem ser tomados como suposições para datas de impossível adivinhanço.

29 DEZ 2011 V-H Forjaz

quarta-feira, julho 06, 2011

O Pico do Pico


Republico, com a devida vénia, uma fantástica fotografia da ilha do pico nos Açores, o ponto mais alto de Portugal, que me foi enviada pelo eminente vulcanologista açoriano Victor Hugo Forjaz, com a seguinte legenda, da sua autoria:

"Em primeiro plano observa-se um degrau, levemente inclinado, seguido de uma quebrada, quase vertical. Trata-se da primeira fase de crescimento da montanha do pico (240 mil anos?)
Mais acima, observa-se a actual cratera, redondinha mas com alguns bordos derrubados ora por pressao do lago de lava hawaiano ora por deslocamentos de falhas.
Encontra-se bem visível o piquinho do pico, pequeno cone de "lavas em tripas" (bowells lavas) que prencheram o lago da cratera. Estas lavas, muito fluidas, basálticas, derramaram-se até ao mar (lavas do tipo hawaiiano)."

in De Rerum Natura - post de Carlos Fiolhais

NOTA:  uma foto de uns amigos, tirada durante uma visita aos Açores em 2009 e organizado pelo blog Geopedrados, mostrando o Piquinho:

(clicar para aumentar...)

domingo, novembro 14, 2010

O geólogo Victor Hugo Forjaz faz anos hoje...!


Victor Hugo Lecoq de Lacerda Forjaz, nascido na Horta, Açores, a 14 de Novembro de 1940, filho de António Macedo Lacerda Forjaz. Geólogo, vulcanólogo e professor-associado do Departamento de Geociências da Universidade dos Açores. É um defensor da livre difusão do conhecimento científico.

Estudou da Escola Manuel de Arriaga. Completa os estudos liceais na Escola Antero de Quintal, em Ponta Delgada. Teve a oportunidade de acompanhar, entusiasticamente, todas as fases da erupção do Vulcão dos Capelinhos (1957-58) e os trabalhos desenvolvidos por conceituados cientistas - H. Tazieff, Eng.º Frederico Machado e R. Fisher. Em 1968, é licenciado em Ciências Geológicas pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Trabalhou como geólogo ligado à empresa Teixeira Duarte – Engenharia e Construções, S.A.

Tornou-se Assistente da Universidade de Lisboa (após 1972) e Professor-auxiliar convidado da Universidade dos Açores (após 1981). Em 1976, fixou-se na Ilha de São Miguel, onde instalou em seis meses, laboratórios de investigação científica. Frequentou vários cursos de especialização, nomeadamente em Geotermia (recursos, sondagens e turbinas) e em Riscos Geológicos e Hidrogeológicos, este último, em 1984, no USGS – United States Geological Survey (Denver). Doutorado em Vulcanologia de Engenharia, pela Universidade dos Açores, em 1995. Tirou ainda a especialidade em Riscos Geológicos e em Ciências Geotérmicas. Desde 1998, é Professor-associado da Universidade dos Açores.

Foi director do Programa Geotérmico dos Açores. Director do Projecto Geotérmico do Vulcão do Fogo da Universidade dos Açores e Coordenador do Projecto Furnas - Vulcão Laboratório Europeu. Foi responsável pela criação do Projecto de Sistema de Vigilância Sismo-vulcânica dos Açores (SIVISA). É presidente do Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores (OVGA).

É co-fundador da Sociedade Internacional de Planetologia e fundador do Instituto de Geociências dos Açores. Em 1985, foi co-fundador do Centro de Vulcanologia do INIC (Instituto Nacional de Investigação Científica). É co-Representante Nacional na Rede Europeia de Vulcanologia (ESF - European Science Foundation).

Como bolseiro e congressista, ao longo dos anos, efectuou missões cientificas aos vulcões na Europa continental, Islândia, América do Norte, América Central continental, Antilhas, Havai, Indonésia, Filipinas, Japão, ... Foi um estudioso apaixonado das erupções submarinas na Ponta dos Capelinhos, na Ilha do Faial, e na Serreta, na Ilha Terceira. Participa no Projecto de Iniciativa Comunitária InterReg IIIB «VULCMAC- Vulcanismo da Macaronésia», em parceria com a Madeira e com as ilhas de Lanzarote e de Tenerife, nas Canárias. É ainda sócio correspondente da Academia de Ciências de Lisboa desde 24 de Novembro de 2005. Foi recentemente eleito membro da Academia da Marinha.



NOTA: o blog Geopedrados dá os parabéns ao Doutor Victor Hugo Forjaz, que temos a honra de conhecer, esperando que nos dê ainda muitos motivos de o noticiar aqui neste espaço...

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Palestras no DGM/INETI - adiamento (Doutor Vitor Hugo Forjaz)

Por motivos de índole profissional, o Doutor Vitor Hugo Forjaz adiou a sua vinda ao continente, pelo que já não será possível a realização da sua palestra agendada para hoje e por nós aqui anunciada.

Deste modo, e assim que houver uma data futura definida, publicaremos essa informação aqui no Blog.