O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Desde menino frequentou as rodas de samba, apesar da resistência do pai, que era pastorprotestante e via a samba sociedade uma ‘manifestação do diabo’. O pai, dono do Colégio Assumpção, arrumou uma vaga de professor para o filho, tão logo ele concluiu o curso. Ele pretendia que, com a profissão, o filho abandonasse o gosto pela música.
Silas dava aulas de português, quando começou a namorar uma das alunas, a jovem Elaine dos Santos. Nessa época também fez amizade com Mano Décio da Viola, que se tornaria o seu maior parceiro. Pelas mãos de Elaine e de Mano Décio, Silas sobe os morros cariocas atrás de rodas de samba. Com os dois, frequenta também os tradicionais pagodes nas casas das tias baianas, regados a muita bebida, comida e batucada. O seu talento como compositor começa a se revelar, ainda que timidamente. As visitas a estes locais passam a ser cada vez mais constantes e não tarda para que Silas passe a ser considerado como ‘gente da casa’ nos redutos de samba.
Em 1942, durante a juventude, serviu no 7º Grupo de Artilharia de Dorso (Campinho), e estava no navio mercante Itagiba, afundado a 17 de agosto, pouco antes da entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Muitos jovens da região de Madureira morreram neste incidente, porém Silas sobreviveu para construir mais tarde a sua carreira como sambista.
Em 1946, Silas de Oliveira e Mano Décio compõem o samba-enredo ‘Conferência de São Francisco’ ou ‘A Paz Universal’, para a escola de sambaPrazer da Serrinha, agremiação carnavalesca da qual faziam parte. Seguindo o decreto oficial do então Presidente da República Getúlio Vargas que exigia que as escolas desfilassem com temáticas nacionalistas nos seus enredos.
Porém, o presidente da Prazer da Serrinha, Alfredo Costa, não aceita a inovação - o samba-enredo obrigatório - e cancela a sua apresentação no momento do desfile, o que gerou revolta nos compositores e culminou na fundação do Império Serrano, dias depois. Silas de Oliveira integra a nova escola desde o seu primeiro desfile, tornando-se reconhecido como um dos grandes compositores de samba enredo para a escola de samba de Madureira.
Sagrou-se campeão no carnaval de 1948. No ano seguinte, Mano Décio também aderiu à nova agremiação. Entre 1949 e 1951 o samba-enredo vitorioso no Império Serrano trouxe a assinatura de Silas, de Mano Décio ou dos dois. Em 1955 e 1956, mais duas vitórias da dupla na escolha do samba-enredo da escola: ‘Exaltação a Caxias’ e ‘O Caçador de Esmeraldas’.
Silas dedicou 28 anos da sua vida ao Império Serrano e nesse período fez 16 sambas-enredo para a escola, dos quais 14 foram apresentados no desfile oficial. Quando o amigo Mano Décio foi para a Portela, a dupla se desfez. Mas Silas continuou compondo para a Verde-e-Branco de Madureira, muitos sambas que tornaram-se clássicos do género, como ‘Aquarela Brasileira’ (1964), ‘Os Cinco Bailes da História do Rio’ – em parceria com Dona Ivone Lara e Bacalhau (1965), ‘Glórias e Graças da Bahia’ – com Joacir Santana (1966) e ‘Pernambuco, Leão do Norte’, com o qual enfrentou – e venceu – o antigo parceiro Mano Décio da Viola, que retornava à escola, em 1968. A última parceria dos dois grandes sambistas foi em 1969 com ‘Heróis da Liberdade’, num ano em que o jeito de fazer samba-enredo passava por grandes modificações, sobretudo no andamento acelerado, lembrando marcha carnavalesca.
Mano Décio e Silas de Oliveira não se adaptaram a essa nova postura, pois acreditavam que essa mudança era responsável pelo empobrecimento do samba-enredo. Silas ainda tentou adaptar-se aos novos tempos, mas a sua influência no Império Serrano já não era a mesma. Nos últimos anos de vida Silas deixou de se envolver com os desfiles da escola, limitando-se a frequentar rodas-de-samba, onde, na sua concepção, o ambiente era mais tranquilo.
Morte
No dia 20 de maio de 1972, Silas de Oliveira foi a uma roda de samba, pensando arranjar dinheiro para matricular uma das suas filhas no vestibular. No momento em que cantava ‘Os Cinco Bailes da História do Rio’, sofreu um enfarte fulminante. Morreu no terreiro, onde passou a maior parte da sua vida.
Em 1974 a escola de samba Imperatriz Leopoldinense apresentou o enredo "Requiem por um sambista, Silas de Oliveira", em homenagem ao compositor. Silas acompanhara de perto a fundação desta escola, cuja madrinha é o Império Serrano.
Nascido numa família judia, não praticou nenhuma religião organizada. Ainda que tenha sido educado num meio ideologicamente marcado pelo socialismo, nunca assumiu qualquer militância política. Como escritor, lutou contra a opressão cultural, principalmente contra a pseudociência legitimadora do racismo.
Começou a leccionar como membro da faculdade da Universidade de Harvard, em 1967, onde se tornou professor na cadeira de Alexander Agassiz, de zoologia. Ajudou Niles Eldredge a desenvolver a teoria do equilíbrio pontuado (1972),
segundo a qual as mudanças evolutivas ocorreriam de forma acelerada
em períodos relativamente curtos, em populações isoladas, intercalados
de períodos mais longos, caracterizados pela estabilidade evolutiva.
Na perspectiva do próprio Gould, esta teoria derrubava um princípio-chave do neodarwinismo
(o gradualismo das mudanças evolutivas) - perspectiva não
partilhada por grande parte da comunidade dos biólogos evolutivos
que a consideram apenas como uma retificação importante, sem dúvida,
mas que não punha em causa o que já era conhecido e defendido como certo
pelos cientistas até ao momento.
Carreira académica
Stephen Jay Gould formou-se em geologia em 1963, pelo Antioch College e em 1967 tornou-se Doutor em paleontologia pela Universidade de Columbia. Nesse mesmo ano tornou-se professor na Universidade de Harvard, tornando-se professor efectivo em 1973.
Desde de 1973 Gould era o Curador da colecção de Paleontologia de
Invertebrados do Museu de Zoologia Comparada de Harvard e membro adjunto
do Departamento de História das Ciências em Harvard. Em 1983 tornou-se
Professor de Zoologia da cátedra Alexander Agassiz (também na Universidade de
Harvard) e em 1996 Professor Convidado de Biologia da cátedra Vicent Astor na Universidade de Nova York. Gould manteve todos estes cargos até 2002.
Formou-se em química na Universidade da Califórnia em Berkeley em 1951 e fez doutorado na Universidade de Chicago, concluído em 1954.
Passou um ano com uma bolsa no Caltech (Instituto de Tecnologia da
Califórnia) e outros cinco anos na Universidade de Columbia, antes de se
instalar na Universidade da Califórnia, em San Diego, onde terminou a sua carreira científica.
Ficou conhecido pelos seus trabalhos sobre a origem da vida.
Notabilizou-se, pela primeira vez, aos 23 anos de idade, por seu
trabalho, feito em colaboração com Harold Clayton Urey, que ficou conhecido como a Experiência de Urey-Miller, ou mesmo como "Sopa Orgânica".
Ficou mais conhecido pelos shows com a Neue Philharmonie Frankfurt, uma das mais importantes orquestras do mundo. Robin possuía uma carreira a solo de sucesso, com vários hits e álbuns.
Robin começou a cantar com os seus irmãos com 6 anos de idade. Em 28 de dezembro de 1957, quando Robin tinha 8 anos, foi a primeira apresentação dos Bee Gees. Não estava planeada, é verdade, mas foi o primeiro concerto da banda. Durante os primeiros anos da banda, destacava-se Barry Gibb, o seu irmão mais velho, na composição das canções e nos vocais. Entretanto, com a banda tocando rock psicadélico, Robin ganhou espaço na banda, passando a compor canções e a ser o vocalista principal. São muito conhecidas suas interpretações na banda, dentre elas: "Massachusetts", "And the Sun Will Shine", "I've Gotta Get a Message to You", "I Started a Joke", "How Can You Mend a Broken Heart?", "Secret Love" e "For Whom the Bell Tolls", além de uma participação na música "Nights on Broadway" entre outras.
Robin era considerado dono de uma das melhores vozes de todos os tempos, com um timbre de voz marcante e um vibrato fantástico. Robin também possui um falsete inigualável, facto que pode ser conferido na música "Living Together" do álbum Spirits Having Flown, de 1979.
Em 1969, Robin queria ainda mais espaço dentro do grupo, espaço este que não foi lhe dado, o que resultou numa disputa e uma consequente separação do grupo. Robin decidiu, então, começar a sua carreira a solo, até com sucesso, em 1969, ao lançar o single "Saved by the Bell", que chegou ao topo de vários hits de sucesso, especialmente na Europa, e proporcionou a gravação de seu primeiro álbum a solo, Robin's Reign, lançado em 1970. Em meados dos anos 70, os Bee Gees reconciliaram-se e modificaram a banda, e o segundo álbum a solo de Robin, Sing Slowly Sisters, que estava para ser lançado, foi guardado, e só circulam cópias bootlegs entre fãs.
Na década de 80, os Bee Gees deixaram a carreira como cantores um pouco de lado e investiram na produção de discos para outros artistas. Entretanto, Robin decidiu investir na sua carreira a solo. Lançou três álbuns: How Old Are You?, do hit mundial "Juliet"; Secret Agent, famoso pelo sucesso pop "Boys Do Fall in Love"; e Walls Have Eyes que levou aos tops a canção "Like a Fool" em alguns países. Os dois primeiros trazem um ritmo mais pop, dançante, sendo particularmente bem-sucedidos na Alemanha. O terceiro não deixa de ser eletrónico, mas tem mais baladas, e foi produzido com a ajuda dos dois irmãos de Robin companheiros de Bee Gees.
Depois de Walls Have Eyes, os Bee Gees juntaram-se novamente, e ficaram juntos até 2002, quando pararam por algum tempo. Quando o quinto álbum de Robin ia ser lançado, já tendo sido mandado para as rádios o novo single "Please", morre Maurice, irmão gémeo de Robin. Mas mesmo assim o disco foi lançado, estando disponível para o público apenas uma semana depois o trágico acontecimento. Magnet vem recheado de canções eletrónicas, a maioria composições alheias, mas também regravações de clássicos da carreira de Robin.
Em 2008, Robin entrou em estúdio para gravar o que será o seu sétimo álbum de estúdio, chamado até o momento de 50 St. Catherine's Drive, que continua até hoje sem ser lançado. O álbum, segundo o site oficial de Gibb, foi adiado para que ele se dedicasse mais ao relançamento de material dos Bee Gees. Algumas faixas, porém, já são conhecidas. Em 2008 mesmo, foram lançados para download digital as canções "Alan Freeman Days" e "Wing and a Prayer" (que, apesar do nome, é uma faixa diferente da do álbum One dos Bee Gees). Em agosto de 2009, ele disponibilizou no seu site a nova canção "Instant Love".
Em 2009, Robin e Barry anunciaram o regresso dos Bee Gees aos palcos. Porém, enquanto isto não acontecia, Robin continua fazendo shows pelo mundo, tendo sido marcada uma turnê por várias cidades brasileiras em 2011, que, porém, teve que ser cancelada por motivos médicos.
Robin, juntamente com os Bee Gees, está, desde junho de 1994, no Songwriters Hall of Fame (Hall da Fama dos Compositores) pela sua grande contribuição, compondo com os Bee Gees e na carreira a solo.
Além de finalizar um álbum em tributo ao Titanic, lançado no final de 2011, Robin lançou em julho de 2011, o seu novo DVD ao vivo. O DVD foi gravado em 2009 na Dinamarca e conta com a participação da Danish Philarmonic Orchestra e reúne os grandes sucessos dos Bee Gees, sucessos da sua carreira a solo e ainda conta com o seu single mais recente, que já é bem popular na Europa: Alan Freeman Days. Em outubro de 2011, Robin participou da regravação do hitI've Gotta Get A Message To You, junto ao The Soldiers, que será lançado como single de beneficiência. O video da música já está disponível no seu site oficial.
Robin casou com Molly Hullis, secretária que trabalhava na Robert Stigwood Organization, em 1968, e separou-se dela em 1982. Com Molly, teve dois filhos: Spencer (1972-) e Melissa (1974-). Casou-se depois com a escritora Dwina Murphy, em 1985, com a qual teve um filho: Robin John (1983-). Em 2008 foi novamente pai, desta vez com a governanta da sua casa, Claire Yang, que deu à luz Snow Evelyn Robin Juliet Gibb. O caso gerou um grande ciúme da sua esposa Dwina, que chegou a expulsar a governanta da sua casa.
Robin foi internado diversas vezes por problemas de doença. A morte repentina do irmão gémeo Maurice Gibb, em 2003, assustou os fãs, já que Robin apresentava sintomas parecidos. Em 2011 cancelou uma turnê no Brasil, por conta destes mesmos problemas.
Em novembro de 2011 o jornal Daily Mirror noticiou que Robin estaria com cancro no fígado e que o artista já sabia do diagnóstico desde o início daquele ano, mas manteve oculta a informação dos media para não preocupar os fãs.
Em 14 de abril de 2012 o jornal The Sun noticiou que o músico havia sido hospitalizado em Londres, em estado de coma, devido a uma pneumonia.
Gibb sofria de cancro do cólon e fígado e, por causa duma pneumonia, chegou a estar em coma 12 dias. Morreu no dia 20 de maio de 2012, após uma longa luta contra o cancro.
O corpo do músico foi sepultado no dia 08 de junho, na presença do irmão Barry Gibb, de familiares e amigos. Encontra-se sepultado na cidade de Thame no centro da Inglaterra.
Timor-Leste, é um dos países mais jovens do mundo, e ocupa a parte oriental da ilha de Timor, no Sudeste Asiático, além do exclave de Oecusse, na costa norte da parte ocidental de Timor, da ilha de Ataúro, a norte, e do ilhéu de Jaco, ao largo da ponta leste da ilha. As únicas fronteiras terrestres que o país tem ligam-no à Indonésia, a oeste da porção principal do território, e a leste, sul e oeste de Oecusse, mas tem também fronteira marítima com a Austrália, no Mar de Timor, a sul. Com 14 874 quilómetros quadrados de extensão territorial, Timor-Leste tem superfície equivalente às áreas dos distritos portugueses de Beja e Faro somadas, o que ainda é consideravelmente menor que o menor dos estados brasileiros, Sergipe. Sua capital é Díli, situada na costa norte.
Conhecido no passado como Timor Português, foi uma colónia portuguesa
até 1975, altura em que se tornou independente, tendo sido invadido
pela Indonésia três dias depois. Permaneceu considerado oficialmente
pelas Nações Unidas
como território português, por descolonizar, até 1999. Foi, porém,
considerado pela Indonésia como a sua 27.ª província com o nome de "Timor Timur". Em 30 de agosto de 1999, cerca de 80% do povo timorense optou pela independência em referendo organizado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A língua mais falada em Timor-Leste era o indonésio no tempo da ocupação indonésia, sendo hoje o tétum (mais falado na capital). O tétum e o português
formam as duas línguas oficiais do país, enquanto o indonésio e a
língua inglesa são consideradas línguas de trabalho pela atual
constituição de Timor-Leste.
Geograficamente, o país enquadra-se no chamado sudeste asiático,
enquanto do ponto de vista biológico aproxima-se mais das ilhas vizinhas
da Melanésia, o que o colocaria na Oceania e, por conseguinte, faria dele uma nação transcontinental.
(...)
A ocupação militar da Indonésia em Timor-Leste fez com que o território se tornasse a 27.ª província indonésia, chamada "Timor Timur". Uma política de genocídio
resultou num longo massacre de timorenses. Centenas de aldeias foram
destruídas pelos bombardeamentos do exército da Indonésia, sendo que
foram utilizadas toneladas de napalm contra a resistência timorense (chamada de Falintil). O uso do produto queimou boa parte das florestas do país, limitando o refúgio dos guerrilheiros na densa vegetação local.
Entretanto, a visita do Papa João Paulo II
a Timor-Leste, em outubro de 1989, foi marcada por manifestações
pró-independência, que foram duramente reprimidas. No dia 12 de novembro
de 1991, o exército indonésio disparou sobre manifestantes que
homenageavam um estudante morto pela repressão no cemitério de Santa
Cruz, em Díli. Cerca de 271 pessoas foram mortas no local. Outros
manifestantes foram mortos nos dias seguintes, "caçados" pelo exército
da Indonésia.
A causa de Timor-Leste pela independência ganhou maior repercussão e reconhecimento mundial com a atribuição do Prêmio Nobel da Paz ao bispo Carlos Ximenes Belo e a José Ramos Horta em outubro de 1996. Em julho de 1997, o presidente sul-africano Nelson Mandela visitou o líder da FRETILIN, Xanana Gusmão,
que estava na prisão. A visita fez com que aumentasse a pressão para
que a independência fosse feita através de uma solução negociada. A
crise na economia da Ásia no mesmo ano afetou duramente a Indonésia. O
regime militar de Suharto
começou a sofrer diversas pressões com manifestações cada vez mais
violentas nas ruas. Tais atos levaram à demissão do general em maio de
1998.
Em 1999, os governos de Portugal e da Indonésia começaram, então, a
negociar a realização de um referendo sobre a possível independência ou
autonomia do território, sob a supervisão de uma missão da ONU. No
mesmo período, o governo indonésio iniciou programas de desenvolvimento
social, como a construção e recuperação de escolas, hospitais e
estradas, para promover uma boa imagem junto aos timorenses.
Desde o início dos anos 1990, uma lei indonésia aprovava milícias que
"defendessem" os interesses da nação em Timor-Leste. O exército
indonésio treinou e equipou diversas milícias, que serviram de ameaça
contra o povo durante o referendo. Apesar das ameaças, mais de 98% da
população timorense foi às urnas no dia 30 de agosto de 1999 para votar
na consulta popular, e o resultado apontou que 78,5% dos timorenses
queriam a independência.
As milícias, protegidas pelo exército indonésio, desencadearam uma onda
de violência antes da proclamação dos resultados. Homens armados
mataram nas ruas todas as pessoas suspeitas de terem votado pela
independência. Milhares de pessoas foram separadas das famílias e
colocadas à força em camiões, cujo destino ainda hoje é desconhecido (muitas levadas a Kupang,
no outro lado da ilha de Timor, pertencente a Indonésia). A população
começou a fugir para as montanhas e buscar refúgio em prédios de
organizações internacionais e nas igrejas. Os estrangeiros foram
evacuados, deixando Timor entregue à violência dos militares e das
milícias indonésios.
Em 1990, João Gil publica, no álbum Um Destes Dias, a famosa música portuguesa Timor, escrita por João Monge e várias vezes cantada por Luís Represas. Música essa que quase originou um segundo hino nacional e que, ainda hoje, faz presença nos concertos da banda.
A Organização das Nações Unidas (ONU) decide criar uma força internacional para intervir na região.
Em 22 de setembro de 1999, soldados australianos sob bandeira da ONU
entraram em Díli e encontraram um país totalmente incendiado e
devastado. Grande parte da infraestrutura de Timor-Leste havia sido
destruída e o país estava quase totalmente devastado. Xanana Gusmão,
líder da resistência timorense, foi libertado logo em seguida.
Em abril de 2001, os timorenses foram novamente às urnas para a escolha do novo líder do país. As eleições consagraram Xanana Gusmão como o novo presidente timorense e, em 20 de maio de 2002, Timor-Leste tornou-se totalmente independente.
Em 1985, Ribas participou no álbum Dirty Work da banda britânica Rolling Stones. Participou em vários filmes nacionais, entre eles, "Uma onda no ar" e "Batismo de Sangue" (como Carlos Marighella). Markú inovou ao utilizar o próprio corpo como instrumento de percussão. Em sua voz harmonias e melodias improvisadas em qualquer rítmo, o seu estilo de cantar e inventar palavras e frases com diferentes sonoridades influenciou e continua a influenciar diferentes gerações de músicos de diferentes estilos. Ativista político declarado, na luta por direitos sociais e contra o racismo, no auge do sucesso comercial da sua carreira, com o sucesso do samba rock e da soul music brasileira, rompe com as gravadoras multinacionais e parte para uma carreira independente. Afastado dos media nacional, em 2001 é redescoberto e apadrinhado pelo então rei do soul brasileiro, Ed Mota.
Marku Ribas faleceu na noite de sábado de 6 de abril de 2013, aos 65 anos, por causa de um cancro do pulmão.
Valentín Paz-Andrade (Pontevedra, Galiza, 23 de abril de 1898 - Vigo, Galiza, 19 de maio de 1987) foi um jurista, economista, escritor, poeta e jornalista galego. O Dia das Letras Galegas do ano 2012 foi dedicado a este escritor.
Chora, Terra, teu pranto xeneroso. O que todo galego choraría, en roda de multánime silenzo e ollares abatidos sobor do longo corpo derrubado que fora vivo mastro en loita núa; perto daqueles beizos, seca fonte da verba nunca de antes máis belida; do peito petrucial, refrorecido de mapoulas pampeiras, que envexan a nacencia das chorimas; xunto das postas maos voltas ao xelo, onde a eito agromaron da súa arte, no cerne da galega patronía, vizosas primaveras.
George Harvey Strait (Poteet, Texas, 18 de maio de 1952) é um compositor, ator e produtor musical americano, conhecido como "King of Country" ("Rei do Country") e é considerado um dos artistas mais influentes dos Estados Unidos. Ele é conhecido pelo seu estilo neotradicionalista de country, aparência de cowboy e é citado como tendo trazido o country de volta às suas raízes e longe do estilo pop da década de 80.
O sucesso de Strait começou com o single "Unwound"em 1981. Durante a década de 80 sete dos seus álbuns ficaram no top dos mais vendidos das paradas de música country. Nos anos 2000, George Strait foi nomeado artista da década pela Academy of Country Music, além de eleito para o Hall da Fama da música country e ganhou seu primeiro Grammy com o álbum Troubadour.
Strait foi nomeado artista do ano pela CMA em 1989, 1990 e 2013. Ganhou o mesmo prémio pela ACM em 1990 e 2014. Na verdade, ele ganhou mais prémios destas duas organizações do que qualquer outro músico. Em 2009, ele quebrou o recorde de Conway Twitty de maior quantidade de canções seguidas a atingirem o primeiro lugar das mais tocadas nas paradas Hot Country Songs da Billboard'. No total, cerca de 60 das suas músicas atingiram os topos de alguma parada musical nos Estados Unidos.
Ao todo, pelo mundo, vendeu mais de 100 milhões de cópias na carreira, fazendo dele um dos artistas mais bem sucedidos da história. Os seus álbuns já receberam 33 discos de platina e 38 de ouro pela RIAA. Está entre os vinte músicos que venderam mais álbuns nos Estados Unidos.
Durante mais de cinquenta anos de carreira gravou exclusivamente para a RCA Victor, após ser contratado em 1943. "Mr. C", como era conhecido, vendeu milhões de discos para a RCA e obteve destaque no meio televisivo por seu pioneirismo, ao apresentar um novo programa de variedades, "The Perry Como Show", que foi um grande sucesso e estabeleceu-se como referência para o género, tornando-se um dos mais bem-sucedidos da História. O sucesso alcançado por Como na televisão e na música não foi igualado por nenhum outro artista na sua época. Durante os anos 40, Como apareceu num trio de filmes da 20th Century Fox com Carmen Miranda.
Perry Como foi responsável por inúmeros sucessos, com vendas tão altas, que a gravadora literalmente parou de contabilizar os números a pedido do próprio cantor. Os seus programas semanais e especiais de televisão eram transmitidos ao redor do mundo e a sua popularidade aparentava não possuir barreiras geográficas ou culturais.
Ele se sentia igualmente à vontade em grandes apresentações ao vivo ou na quietude de um estúdio de gravação. O apelo de sua música atravessou gerações, tornando-o um artista respeitado tanto por seu profissionalismo quanto pela sua conduta de vida pessoal. No obtuário feito em sua memória pela gravadora RCA Victor na revista Billboard americana, a sua vida foi resumida em poucas palavras: "Cinquenta anos de música e vida bem vividos. Um exemplo para todos."
O compositor Ervin Drake disse sobre ele, "às vezes alguém como Perry surge e simplesmente não 'vai na onda dos outros', e mesmo assim prevalece, apesar de ser importunado pelos que o cercam para que ceda aos seus valores corrompidos. Mas isso só acontece às vezes." Perry Como foi agraciado com o prémio Kennedy Center em 1987, que representa o reconhecimento por contribuição significativa para a Cultura Americana através das artes cénicas e do espetáculo. Em 2006 o artista foi inserido no "Long Island Music Hall of Fame". Perry Como ainda tem a distinção de possuir três estrelas na Calçada da Fama de Hollywood, cada uma representando o seu trabalho no rádio, na televisão e na música.
Depois de estudar em Boston, obteve um emprego no Lloyd Jacquet Comic Shop,
onde ele começou a produzir histórias em quadrinhos sob os pseudónimos
William Blake e Everett Blake. Escreveu o volume 2 do The Incredible
Hulk (O incrível Hulk).
Filho de Félix José Guedes e Perciliana Maria Constança, era o mais novo e único carioca de uma família baiana de 12 irmãos. O nome João da Baiana veio do facto de sua mãe ser conhecida como Baiana.
Cresceu na Rua Senador Pompeu, no bairro da Cidade Nova, no Rio de Janeiro, sendo amigo de infância de Donga e Heitor dos Prazeres.
Quando criança frequentou as rodas de samba e macumba que aconteciam clandestinamente nos terreiros cariocas. Participou de blocos carnavalescos e é tido como o introdutor do pandeiro no samba. Teve por muito tempo um emprego fixo não relacionado a música, tendo inclusive recusado, em 1922, viajar com Pixinguinha e os Oito Batutas para não perder o posto de fiscal da Marinha. A partir de 1923 passou a compor músicas e a gravar em programas de rádio e em 1928 foi contratado como ritmista. Além do pandeiros, a sua especialidade era o prato e faca, populares nas gravações da época.
Algumas de suas composições da época foram "Pelo Amor da Mulata", "Mulher Cruel", "Pedindo Vingança" e "O Futuro É uma Caveira".
Integrou alguns dos pioneiros grupos profissionais de samba, entre eles o Conjunto dos Moles, Grupo do Louro, Grupo da Guarda Velha e Diabos do Céu.
Participou da famosa gravação organizada por Heitor Villa-Lobos a bordo do navio "Uruguai" em 1940, para o disco "Native Brazilian Music", do maestro Leopold Stokowski, com sua música "Ke-ke-re-ké".
Na década de 1950 voltou a se apresentar nos shows do Grupo da Velha Guarda organizados por Almirante, e continuou compondo até a década de 1970.
Hoje em dia, alguns pertences do músico integram o acervo do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro. Entre eles está o prato e faca de João da Baiana (Coleção Almirante), instrumento que o consagrou.
Donna Summer, nome artístico de LaDonna Adrian Gaines (Boston, 31 de dezembro de 1948 - Naples, 17 de maio de 2012), foi uma cantorapopnorte-americana mais conhecida por suas gravações em estilo disco dos anos 70, que deram a ela o título de Rainha da Disco. Com 37 anos de carreira, estima-se que tenha vendido mais de 130 milhões de discos. Foi a primeira artista a ter três álbuns duplos consecutivos a atingir o primeiro lugar nas paradas da ''Billboard'' nos Estados Unidos. Também teve quatro singles que atingiram o número 1 nos Estados Unidos num período de 13 meses.
(...)
Morreu em 17 maio de 2012, em Manasota Key, em Englewood, na Flórida, vítima de cancro de pulmão. Segundo relatos de jornais do dia 18/05/2012, Donna Summer foi diagnosticada com cancro de pulmão havia apenas 2 meses e apenas o seu marido e as suas três filhas sabiam da doença. Diagnosticada, Summer morreu após uma batalha contra a doença. Ela foi posteriormente chamada de "indiscutível rainha do Disco dos anos 70" e uma das cantoras femininas mais influentes do mundo. Foi sepultada no Harpeth Hills Memory Gardens Cemetery, Nashville, Tennessee no Estados Unidos.
Mobutu Sese Seko Nkuku Ngbendu wa Za Banga (Lisala, Congo Belga, 14 de outubro de 1930 - Rabat, Marrocos, 7 de setembro de 1997), cujo nome significa em português: O
Todo Poderoso Guerreiro que, Por Sua Força e Inabalável Vontade de
Vencer, Vai de Conquista em Conquista, Deixando Fogo em Seu Rasto, e cujo nome de batismo era Joseph-Desiré Mobutu, foi o presidente do Zaire (atual República Democrática do Congo) entre 1965 e 1997. Com imagem de marca tinha o uso de um barrete de pele de leopardo e uma bengala, e fica para a história contemporânea de África como um dos mais poderosos governantes do continente.
Mobutu alistou-se em 1949 no exército, como sargento da Força Pública congolesa. Envolveu-se na luta pela independência, que foi conseguida em 1960, exercendo então o cargo de secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros.
Afastou-se depois da política, mas não da actividade militar, esfera
em que foi consolidando a sua influência até que ela se tornou um
incontornável poder de facto no país. Decidiu-se por uma iniciativa
militar, em 1965, que afastou o presidente e o primeiro-ministro,
declarando-se Mobutu seu herdeiro espiritual. Dissolveu a Assembleia
Nacional e assumiu a titularidade de todos os poderes (Legislativo,
Executivo e Judicial), em regime de partido único, de tal forma que o
seu nome se veio a confundir com o próprio Estado.
Perante a comunidade internacional, alegou ser o único garante da unidade de um país multiétnico e, apesar da sua política ditatorial, foi apoiado pelos países ocidentais, que não queriam ver instalado um regime comunista em tão importante região africana. Em 1971, Mobutu mudou o nome do país e do importante rio internacional, ambos Congo, para Zaire.
Mobutu governava um dos países mais ricos do continente (entre outras
potencialidades económicas, merece destaque a exploração de metais e pedras preciosas),
mas o seu povo vivia cada vez mais abaixo do limiar da pobreza. A
dívida externa chegava a atingir os 12 mil milhões de dólares. Em
simultâneo, a fortuna pessoal de Mobutu, quase toda no estrangeiro,
subia para índices estimados hoje em cerca de 7 mil milhões de dólares. O
presidente concentrava nas suas mãos uma grande parte do Produto Nacional Bruto do país.
Em 16 de maio de 1997
o regime de Mobutu chegou ao fim. Após 32 anos no poder, o "Grande
Leopardo" (como era por vezes apelidado) viu-se obrigado a abandonar o
país, deixando o poder a Laurent-Désiré Kabila, que durante muitos anos lhe vinha movendo uma luta de guerrilha. Morreu de cancro da próstata no exílio, em Rabat, Marrocos, em 7 de setembro de 1997.
A novela retratava a vida de Gabriela, simples moça do sertão baiano que fora para Ilhéus para fugir da seca nordestina. Moça sofrida, porém muito alegre, seduzia os homens; a novela mostrava o amor de Gabriela com um estrangeiro que não aceitava seu comportamento, ora ingénuo, ora loucamente sensual. Gabriela era uma morena lutadora e ousada, que andava descalça e com vestidos extremamente curtos, e muito trabalhadora.
Foi a primeira telenovela exibida em Portugal na RTP 1, começou a ser transmitida em 16 de maio de 1977 e foi um enorme sucesso em todo o país. Em 1977, o número de aparelhos televisivos era baixo em Portugal (150 televisores por mil habitantes), o que fazia com que as habitantes das aldeias, vilas pequenas e bairros populares a deslocarem-se de propósito a cafés, às associações de bairro e de moradores ou sedes de outras associações cooperativas, para poderem assistir à telenovela. Isto prova o sucesso desta telenovela brasileira, apesar de nessa época não haver shares de audiência (também só existiam dois canais e a RTP 2 tinha pouca cobertura nacional). A sua popularidade atingiu todos os estratos sociais.
Esse sucesso também se refletiu em novos modos de comportamento e de relacionamento social, esta novela mostrou algo que nunca havia sido visto na televisão portuguesa (apenas três anos após a queda da ditadura do Estado Novo) e influenciou a moda, incluindo os penteados, a escolha dos nomes de bebés e da linguagem usada. Essa influência continuaria com outras novelas oriundas do Brasil. O êxito foi tal que as reuniões na Assembleia da República eram adiadas para uma hora posterior à exibição da novela. Gabriela foi um sucesso estrondoso na televisão portuguesa, abrindo horizontes para a produção de uma série de novelas portuguesas, sendo a primeira Vila Faia, em 1982.
O sucesso foi tal que, quando dois atores brasileiros chegaram a Portugal, Elizabeth Savalla, que interpretava a rebelde Malvina, que se revoltava contra as prepotências do seu pai, um coronel, e Fúlvio Stefanini, que interpretava a personagem Tonico Bastos, centenas de pessoas estiveram presentes no aeroporto de Lisboa para os ver (uma delas seria o então primeiro-ministro português da época, Mário Soares e até mereceu primeira página do jornal Diário de Notícias. A transmissão teve lugar até 16 de novembro desse ano, sendo substituída por outra telenovela brasileira, O Casarão.