sexta-feira, janeiro 20, 2017

Paul Stanley, o vocalista dos Kiss, faz hoje 65 anos!

Stanley Harvey Eisen (Nova Iorque, 20 de janeiro de 1952), mais conhecido como Paul Stanley, é o guitarrista e vocalista do grupo Kiss. Por mais de quarenta anos, Paul Stanley reina em absoluto como um dos “frontman” mais famosos da história do rock and roll. Ele é o principal compositor, a força motriz e a incansável voz dos Kiss, uma das mais influentes e bem sucedidas bandas já formadas em solo norte-americano. Stanley escreveu sozinho hinos que nos fazem viajar, como “Love Gun”, “God of Thunder” e “Black Diamond”. Ele foi a garganta de ouro que acelerou “Detroit Rock City”, o carismático rapaz elegante por trás de “I Was Made For Lovin’ You” e, sem a maquilhagem, foi o trovador que trouxe vida para baladas como “Reason to Live”, “Forever” e “Every Time I Look At You”.”
Em 2006 a revista Hit Parader classificou Stanley como o 18º melhor vocalista de heavy metal de todos os tempos.

Etta James morreu há cinco anos

Etta James, nascida Jamesetta Hawkins, (Los Angeles, 25 de janeiro de 1938 - Riverside, 20 de janeiro de 2012) foi uma cantora norte-americana de blues, R&B, jazz e música gospel, vulgarmente apelidada de Miss Peaches.

Etta James nasceu na Califórnia, filha de Dorothy Hawkins, uma afro-americana, mãe solteira, de 16 anos. Filha de pai branco, Etta procurou saber quem era o seu progenitor, desconhecido até então, e que sua mãe dizia ser Minnesota Fats, do qual ela recebia uma pensão na condição de manter segredo sobre a sua paternidade.
Ela teve o seu primeiro contacto com a música aos 5 anos de idade, tendo aulas com James Earle Hines, director musical da escola Echoes of Eden da Igreja Batista de St. Paul, em Los Angeles.
Sua família mudou-se para São Francisco, Califórnia, em 1950, e, em 1952, Etta e mais duas amigas formaram o trio (As Creolettes), o qual viria a chamar a atenção de Johnny Otis. Otis inverteu as sílabas do seu nome para lhe dar uma melhor sonoridade assim surgindo o seu nome artístico. A partir daí Otis investiu na garota começando a gravar os seus primeiros temas.

A sua primeira gravação, e o seu primeiro êxito R&B, foi de sua própria autoria, "The Wallflower (Dance with Me, Henry)", uma música-resposta para a música de Hank Ballard, "Work with Me, Annie". Em 1954, Etta gravou juntamente com a banda de Otis e com Richard Berry, o qual cantava a segunda voz. A canção, que não estava totalmente boa, foi re-escrita por Georgia Gibbs, ganhando o título de "Dance with Me, Henry". Também gravou momentaneamente com a banda intitulada Etta James & the Peaches, com diversos hits, sendo contratada mais tarde pela Chess Records, em 1960.
Saiu em turnê com Johnny "Guitar" Watson juntamente com Otis nos anos '50 e foi referida por Watson como a penúltima influência em seu estilo.
Ela lançou vários duetos com Harvey Fuqua (dos The Moonglows), dos quais surgiu o seu maior sucesso já gravado, a belíssima e clássica "At Last". A canção, que apareceu juntamente com outros êxitos como "All I Could Do Was Cry" e "Trust in Me", foi incluída no seu álbum de estreia, "At Last!".
Etta James teve um sério problema de drogas e romances mal sucedidos, que interferiram em sua carreira. Posteriormente ela tem problemas com a obesidade (chegando a ter quase 200 kg), que levaram-na a fazer uma cirurgia gástrica em 2003, fazendo-a perder quase 100 kg. Em 2003 Etta James recebeu uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood. Etta fez tours pela América, juntamente com os seus dois filhos, Donto e Sametto. Em 2011, com uma participação não-creditada (porém autorizada), cantou com o rapper Flo Rida, na música Good Feeling. Cinco dias antes de fazer 74 anos, no dia 20 de janeiro de 2012, ela finalmente sucumbiu à leucemia e a outras doenças, no Riverside Community Hospital, na cidade de Riverside, na Califórnia. A sua leucemia tinha sido diagnosticada em janeiro de 2011.


quinta-feira, janeiro 19, 2017

Fiama Hasse Pais Brandão morreu há dez anos...

(imagem daqui)

Fiama Hasse Pais Brandão (Lisboa, 15 de agosto de 1938 - Lisboa, 19 de janeiro de 2007) foi uma escritora, poetisa, dramaturga, ensaísta e tradutora portuguesa.
A sua infância foi passada entre uma quinta em Carcavelos e o St. Julian's School. Foi estudante de Filologia Germânica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo sido um dos fundadores do Grupo de Teatro de Letras. Foi casada com Gastão Cruz.
Estreou-se como autora com Em Cada Pedra Um Voo Imóvel (1957), obra que lhe valeu o Prémio Adolfo Casais Monteiro. Ganha notoriedade no meio literário com a revista/movimento Poesia 61, em que publica o texto «Morfismos». É considerada como uma das mais importantes escritoras do movimento, que revolucionou a poesia nos anos 60. Foi premiada, em 1996, com o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores. O seu livro Cenas Vivas foi distinguido, em 2001, com o prémio literário do P.E.N. Clube Português.
A sua actividade no teatro iniciou-se com um estágio, em 1964, no Teatro Experimental do Porto e com a frequência de um seminário de teatro de Adolfo Gutkin na Fundação Calouste Gulbenkian, em 1970. Em 1974, foi um dos fundadores do Grupo Teatro Hoje, sendo a sua primeira encenação a obra Marina Pineda, de Federico García Lorca. Em 1961 recebeu o Prémio Revelação de Teatro, pela obra Os Chapéus de Chuva. É autora de várias peças de teatro.
Colaborou em publicações como Seara Nova, Cadernos do Meio-Dia, Brotéria, Vértice, Plano, Colóquio-Letras, Hífen, Relâmpago, A Phala e Quadrante (revista da Faculdade de Direito de Lisboa, iniciada em 1958).



Fiama Hasse Pais Brandão (1938-2007)

Serena, mas com a fúria de uma Ana Magnani ou da padeira de Aljubarrota. Inscrevia-se num "poema ininterrupto" desde a Idade Média. Tinha um conhecimento raro do que a precedia. É uma das vozes mais plenas e radicais da poesia portuguesa do século XX.
Fiama?
Ninguém se chamava assim na Carcavelos dos anos 30 (ou depois). De algum lado tinha que vir, veio de uma madrinha italiana, tia-avó por afinidade, eis a pequena história.
Mas o que há neste nome disse-o Eduardo Lourenço. Se a poesia é "a palavra infinita" que alude à matéria "sem jamais a poder colher", "a de Fiama, como um milagre, é a rosa mesma da realidade como uma chama" - "A que o seu nome mágico a predestinava."
Nascida a 15 de agosto de 1938, Fiama Hasse Pais Brandão, uma das vozes mais plenas e radicais da poesia portuguesa do século XX, também dramaturga, ficcionista, ensaísta e tradutora, morreu ao princípio da noite de sexta-feira numa casa de repouso-clínica em Algés. Tinha a doença de Parkinson, acelerada por uma fractura há seis anos. Nos últimos tempos já não comunicava.
O corpo será velado até ao princípio da tarde de hoje na Biblioteca do Palácio das Galveias, em Lisboa, onde às 14.15 horas Luís Miguel Cintra vai dizer poemas. Segue depois para o Cemitério dos Prazeres.
A Obra Breve de Fiama - 766 páginas de poesia na mais recente edição, da Assírio & Alvim - termina em agosto de 2000, junto ao mar do Algarve, com estes versos: "Hoje, / meu dia, o coração e o dia rejubilam."
Foi no último Verão de praia, ao lado de Gastão Cruz, poeta, ensaísta, primeiro marido, pai dos seus dois filhos e cúmplice até ao fim.
Conheceram-se na Faculdade de Letras de Lisboa no fim dos anos 50. Os pais de Fiama tinham uma pequena quinta, a Vivenda Azul, em Carcavelos, recorda Gastão. Ela andara na St. Julliard School, onde Paula Rego foi uma das suas primeiras amigas. Havia sido uma brilhante aluna de liceu, de ganhar prémios nacionais.
Na faculdade (que nunca chegou a acabar), Fiama (Hasse de um longínquo parente alemão) opta por Germânicas. A aventura poética começa em partilha. Publica o seu primeiro livro, Morfismos, na colectânea Poesia 61, que inclui Luiza Neto Jorge, Casimiro de Brito, Maria Teresa Horta e Gastão Cruz.
O ano seguinte é das greves estudantis, com centenas de estudantes presos, incluindo a serena Fiama. Serena mas segura, recorda Veiga Ferreira: "Uma PIDE chamada Madalena despejou-lhe a mala e ela disse-lhe: "Agora volte a pôr tudo lá dentro." Impunha a autoridade de uma forma veemente."
E irritava-se, "um verbo que lhe vai bem", diz Jorge Silva Melo, que a conheceu anos depois. "Uma vez fui agredido por um colega no átrio da faculdade e ela veio desembestada, queria bater-lhe. Tinha aquele ar de senhora frágil, simbolista do fim do século XIX, mas era uma mulher de armas. Havia nela uma determinação radical, como no poema da padeira de Aljubarrota. Podia parecer a Delphine Seyrig muito delicada no India Song mas tinha um lado Ana Magnani e quando se opunha às coisas era de uma violência justa, fantástica."
Jorge Silva Melo foi vendo os poemas a acontecer. "Se calhar o livro de durante a minha vida é a poesia toda da Fiama." Que começa melódica (e musicada por Lopes Graça e Adriano Correia de Oliveira) e recusa a melodia, para nos últimos livros chegar ao essencial.
"Comecei palavra a palavra", escreveu Fiama. "Assim: "Água significa ave". A Poesia estava quase numa única imagem que coincidia quase com uma única palavra."
Depois, aconteceu "a grande sucção do cérebro para a fronte e para a testa como para um lago", ao longo dos anos 60, "nesse decénio memorável" em que sentia a poesia a expandir-se na cabeça. Os versos tornaram-se longos.

Um teatro que pertence "ao futuro"
Com um conhecimento raro do que a precedia, Fiama inscrevia-se num "poema ininterrupto" desde a Idade Média. E chamaram-lhe hermética. "Mas foi um período fulcral para voltar a rebentar na contemplação da vida no seu quintal, em Cenas Vivas", diz Jorge Silva Melo.
Até lá a obra breve é vasta, enquanto trabalhava como bibliotecária/arquivista no Centro de Estudos Linguísticos da Universidade de Lisboa, seu emprego ao longo de 20 anos.
Além da poesia, por exemplo, as oito peças que escreveu pertencem "ao futuro", antecipa Silva Melo, "agora não temos ainda os meios de as fazer, como aconteceu a Lorca com as primeiras peças". Lorca que Fiama traduziu, como Brecht ou O Cântico Maior, assim tão ampla foi a sua atenção.
Tanto poetas como tradutores mais novos falam na sua generosidade. As versões de Hölderlin e Rilke de Maria Teresa Dias Furtado nascem do encorajamento de Fiama.
Tinha nas retinas "o mais completo dicionário / do Todo. / Esse todo que é dela um deus sem máquina / e está nas palavras de todos em reunião com o mundo", escreveu Armando Silva Carvalho - "pois não sei de outra figura viva e mais destacada / dos e nos nomes que se dão aos enigmas / da natureza e da sabedoria."
Foram amigos, ele tentou levá-la a dançar e ao teatro de revista, o que nunca aconteceu, talvez por haver nela "desejo e depois retraimento", mas sempre "uma grande espontaneidade". Até ao fim teve "um sorriso quase infantil, muitíssimo directo".
Em 12 anos de vida comum, Veiga Ferreira viu-a sempre escrever em papéis soltos, que passava à máquina emendando pouco, e a poesia nascia de tudo. "Uma vez arrancou com a Poesia Toda do Herberto no capô, o livro caiu, e daí apareceu uma coisa muito poética, sobre quando a poesia cai."
Na praia, como nesta fotografia, é que a imagina.

Alexandra Lucas Coelho - Público 20.01.2007 (daqui)

Poética de um Rosto?

Que a neofiguração se torne ní-
tida. Do objecto sedutor. Incrus-
tado nas vozes. Quanto resul-
taria, iluminado pelo silêncio.
O painel de onde se despren-
de a linha. Um modelo clássico
que revele. As palavras eter-
nas da fábula de Hero.

Proximidade incompreensível
como a de alguns poemas. Sen-
timentos que são indecifráveis.
Uma dedução para o fim. Tal-
vez o amor jubiloso dentro
da quarta parte da pupi-
la do olhar divisível pela
cruz axial. Encontrado na pai-
sagística do rosto. Expecta-
tiva de um sentido propício. A
revelação verso por verso.

 

in Três Rostos - Nova Natureza (1989) - Fiama Hasse Pais Brandão

quarta-feira, janeiro 18, 2017

El-Rei D. Pedro I morreu há 650 anos...


Pedro I de Portugal (Coimbra, 8 de abril de 1320 - Estremoz, 18 de janeiro de 1367) foi o oitavo Rei de Portugal. Recebeu os cognomes de O Justiceiro (e também O Cruel e O Cru), pela energia posta em vingar o assassínio de Inês de Castro. Filho do rei Afonso IV e sua mulher D. Beatriz de Castela. Pedro I sucedeu a seu pai em 1357.

terça-feira, janeiro 17, 2017

Muhammad Ali nasceu há 75 anos

Muhammad Ali-Haj, nascido Cassius Marcellus Clay Jr. (Louisville, 17 de janeiro de 1942 - Scottsdale, 3 de junho de 2016), foi um pugilista norte-americano, considerado um dos maiores ​​da história do desporto. Foi eleito "O Desportista do Século" pela revista americana Sports Illustrated em 1999.

Camilo José Cela morreu há 15 anos

Camilo José Cela Trulock, 1º. Marquês de Iria Flavia (Padrón, 11 de maio de 1916 - Madrid, 17 de janeiro de 2002) foi um escritor espanhol, galego de nascimento mas que sempre escreveu em língua castelhana.
Ele ofereceu os seus serviços, como informador, ao regime de Franco (galego como ele) e mudou-se, voluntariamente, de Madrid para a Galiza, durante a Guerra Civil Espanhola, a fim de se juntar às forças franquistas.
Foi membro da Real Academia Espanhola desde 1957 até à sua morte. Recebeu o Prémio Nobel de Literatura em 1989.

Brasão do Marquês de Iria Flavia

Poema en forma de mujer que dicen temeroso, matutino, inútil

Ese amor que cada mañana canta
y silba, temeroso, matutino, inútil
(también silba)
bajo las húmedas tejas de los más solitarios corazones
-¡Ave María Purísima!-

y rosas son, o escudos, o pajaritas recién paridas,
te aseguro que escupe, amoroso
(también escupe)
en ese pozo en el que la mirada se sobresalta.
Sabes por donde voy:

tan temeroso
tan tarde ya
(también tan sin objeto).
Y amargas o semiamargas voces que todos oyen
llenos de sentimiento,

no han de ser suficientes para convertirme en ese dichoso,
caracol al que renuncio
(también atentamente).
Un ojo por insignia,
un torpe labio,

y ese pez que navega nuestra sangre.
Los signos de oprobio nacen dulces
(también llenos de luz)
y gentiles.
Eran
-me horroriza decirlo-
muchos los años que volqué en la mar
(también como las venas de tu garganta, teñida de un tímido color).

Eran
-¿por qué me lo preguntas?-

dos las delgadas piernas que devoré.
Quisiera peinar fecundos ríos en la barba
(también acariciarlos)
e inmensas cataratas de lágrimas
sin sosiego,

desearía, lleno de ardor, acunar allí mismo donde nadie se atreve a
levantar la vista.
Un muerto es un concreto
(también se ríe)
pensamiento que hace señas al aire.
La mariposa,

aquella mariposa ruin que se nutría de las más privadas
sensaciones,
vuela y revuela sobre los altos campanarios
(también hollados campanarios)
aún sin saber,
como no sabe nadie,

que ese amor que cada día grita
y gime, temeroso, matutino, inútil
(también gime)
bajo las tibias tejas de los corazones,
es un amor digno de toda lástima.



Camilo José Cela

segunda-feira, janeiro 16, 2017

Dian Fossey nasceu há 85 anos

Dian Fossey (São Francisco, 16 de janeiro de 1932 - Montanhas Virunga - Ruanda, 26 de dezembro de 1985) foi uma zoóloga americana, reconhecida pelo seu trabalho científico e de conservação com os gorilas das montanha do Virunga, no Ruanda e no Congo.

Biografia
Inspirada pelos escritos do naturalista e conservacionista George B. Schaller, decidiu estudar os gorila-das-montanhas em extinção na África.
Dian Fossey recebeu instrução em trabalho de campo com chimpanzés da especialista Jane Goodall, e começou a assistir e registar o comportamento dos gorilas-das-montanhas. O trabalho dela levou-a para o então Zaire e depois para Ruanda, onde abriu o Centro de Pesquisa Karisoke.
Após anos de observação paciente, os gorilas vieram a conhecê-la e confiar nela e Fossey descobriu que podia sentar-se no meio de um grupo e até mesmo brincar com os jovens. Reconheceu os animais como indivíduos e até lhes deu nomes.
Em 1980, foi para Inglaterra e ingressou na Universidade de Cambridge onde obteve um doutoramento em Zoologia. Depois obteve uma posição como professora na Universidade de Cornell em Nova Iorque, onde escreveu sobre as suas experiências no Ruanda.
No ano seguinte regressou ao Centro de Pesquisa Karisoke para continuar as suas pesquisas e trabalhos de campo.
Quando o seu gorila favorito, Digit, foi morto para obtenção das suas mãos (com as quais se faz cinzeiros), Fossey começou uma campanha contra a atividade. Os seus discursos, infelizmente, tornaram-na um alvo da violência por parte dos caçadores furtivos e dos elementos corruptos do exército do Ruanda. Em 1985 Dian foi encontrada morta em sua cabana, fruto de um assassinato. O seu assassino nunca foi apanhado, embora suspeite que fosse um caçador de gorilas.
O seu legado mantém-se vivo em várias organizações e sociedades dedicadas a salvar da extinção desses primatas. Graças ao trabalho de Fossey, a consciência do mundo para com a extinção do gorila-das-montanhas aumentou, e os animais são protegidos agora pelo governo ruandês e várias organizações de conservação internacionais, incluindo The Dian Fossey Gorilla Fund International.

Filme
Em 1988, foi lançado o filme Gorillas in the Mist: The Story of Dian Fossey, que trata do período em que a zoóloga esteve em África a estudar os gorilas-das-montanhas e mostra os seus primeiros contactos com esses animais.



http://gorillafund.org/dian_fossey/

O maestro Arturo Toscanini morreu há 60 anos

Arturo Toscanini (Parma, 25 de março de 1867 - Riverdale, 16 de janeiro de 1957) foi um maestro italiano. Um dos mais aclamados músicos do século XIX e XX, era famoso pela sua brilhante intensidade, o seu inquieto perfeccionismo, o seu fenomenal ouvido para detalhes e sonoridade da orquestra e pela sua memória fotográfica. Era especialmente considerado como um excecional intérprete das obras de Giuseppe Verdi, Ludwig van Beethoven, Johannes Brahms e Richard Wagner.

Toscanini morreu com 89 anos de idade, devido a um acidente vascular cerebral (AVC) em sua casa, em Riverdale, na cidade de Nova Iorque, no dia 16 de janeiro de 1957. O seu corpo foi trazido para Itália e foi enterrado no Cemitério Monumental em Milão. No seu testamento, ele deixou a sua batuta para a sua protegida, a soprano Herva Nelli. Toscanini foi postumamente premiado com o Grammy Lifetime Achievement Award, em 1987.
  
Estreias
Toscanini conduziu estreias mundiais de muitas óperas (incluindo Pagliacci, La Bohème, La Fanciulla del West e Turandot). As suas estreias, com locais e datas, foram:
  • Pagliacci (Ruggiero Leoncavallo) - Milão, 21 de maio, 1892
  • Guglielmo Swarten (Gnaga) - Roma, 15 de novembro, 1892
  • Savitri (Natale Canti) - Bolonha, 1 de dezembro, 1894
  • Emma Liona (Antonio Lozzi) - Veneza, 24 de maio, 1895
  • La Bohème (Giacomo Pucci)ni - Turim, 1 de fevereiro, 1896
  • Forza d'Amore (Arturo Buzzi-Peccia) - Turim, 6 de março, 1897
  • La Camargo (Enrico de Leva) - Turim, 2 de março, 1898
  • Anton (Cesare Galeotii) - Milão, 17 de dezembro, 1900
  • Zaza (Leoncavallo) - Milão, 10 de novembro, 1900
  • Le Maschere (Pietro Mascagni) - Milão, 17 de janeiro, 1901
  • Mosè (Don Lorenzo Perosi) - Milão, 16 de novembro, 1901
  • Germania (Alberto Franchetti) - Milão, 11 de março, 1902
  • Oceana (Antonio Smareglia) - Milão, 22 de janeiro, 1903
  • Cassandra (Vittorio Gnecchi) - Bolonha, 5 de dezembro, 1905
  • Gloria (Francesco Cilea) - Milão, 15 de abril, 1907
  • La Fanciulla del West (Puccini) - Nova Iorque, 10 de dezembro, 1910
  • Madame Sans-Gène (Umberto Giordano) - Nova Iorque, 25 de janeiro, 1915
  • Debora e Jaele (Ildebrando Pizzetti) - Milão, 16 de dezembro, 1922
  • Nerone (Arrigo Boito - acabada por Toscanini e Vincenzo Tommasini) - Milão, 1 de maio, 1924
  • La Cena delle Beffe (Giordano) - Milão, 20 de dezembro, 1924
  • I Cavalieri di Ekebu (Riccardo Zandonai) - Milão, 7 de março, 1925
  • Turandot (Puccini) - Milão, 25 de abril, 1926
  • Fra Gherado (Pizzetti) - Milão, 16 de maio, 1928
  • Il Re (Giordano) - Milão, 12 de janeiro, 1929
  • Adagio for Strings and First Essay for Orchestra (Samuel Barber) - Nova Iorque, 5 de novembro, 1938
  • Western Suite (Elie Siegmeister) - Nova Iorque, novembro de 1945.

Paul Webb, o baixista dos Talk Talk, faz hoje 55 anos!

(imagem daqui)

Paul Douglas Webb (16 de janeiro de 1962, Essex, Inglaterra) é um musico britânico. Foi o baixista da banda Talk Talk, entre 1981 e 1988.
Webb foi colega, no ensino secundário, de Lee Harris e os dois tornaram-se grandes amigos. Eles tocaram juntos na banda de reggae Eskalator, antes de serem selecionados para a banda Talk Talk, em 1981. Webb tocava baixo nos Talk Talk até 1988.
No início dos anos 90 ele e Harris formaram os .O.rang. No início do decénio de 2000 ele adotou o nome de "Rustin Man" e colaborou com Beth Gibbons no álbum Out of Season (2002).
Mais recentemente, em 2006, ele produziu o álbum The Year of the Leopard, de James Yorkston.


domingo, janeiro 15, 2017

Play It Again, Sam...


Está dada licença para matar o litoral alentejano - bora lá algarvizar mais um pedaço de costa

Está dada licença para construir no litoral alentejano

Critérios utilizados na delimitação da Reserva Ecológica Nacional nos concelhos de Alcácer do Sal e Grândola reduziram a área demarcada aos leitos e margens dos cursos de água e a uma faixa muito restrita da zona litoral, deixando lacunas graves nas zonas de recarga de aquíferos.


Com a abertura dada por uma revisão da lei em 2008, as autarquias estão a reduzir as áreas dos seus concelhos que até agora estavam a salvo da construção devido à sua sensibilidade ambiental - ora porque protegiam linhas de água, ora porque defendiam a costa da erosão, para dar alguns exemplos. É a Reserva Ecológica Nacional (REN), que muitos autarcas vêem como um espartilho do desenvolvimento dos seus concelhos. No Alentejo litoral, já começou a drástica redução destas zonas. Espera-se que a mesma onda varra o país. A oposição à REN fez o seu caminho e está a impôr-se.

O preâmbulo do Decreto-Lei n.º 166/2008 que alterou o regime jurídico da REN, é claro: “[Esta] (...) tem contribuído para proteger os recursos naturais, especialmente água e solo, para salvaguardar processos indispensáveis a uma boa gestão do território e para favorecer a conservação da natureza e da biodiversidade (...).” No entanto, não têm faltado vozes críticas, de diferentes matizes, que apresentam um cenário pouco abonatório sobre a eficácia deste instrumento na preservação dos ecossistemas naturais.
E as consequências no terreno começam a tomar corpo: A Zero (Associação Sistema Terrestre Sustentável) denunciou, no final de Dezembro, “a retirada de uma área de 68% à REN no concelho de Alcácer do Sal e de 76% em Grândola, tomando como referência a extensão que estava anteriormente delimitada nos dois concelhos do Alentejo Litoral”. A associação ambientalista refere que a REN em Alcácer do Sal “passou de 55.340 hectares para 17.999 hectares e, em Grândola, a reserva ecológica que era de 37.905 hectares, foi reduzida para 9150 hectares.
E as consequências no terreno começam a tomar corpo: A Zero (Associação Sistema Terrestre Sustentável) denunciou, no final de Dezembro, “a retirada de uma área de 68% à REN no concelho de Alcácer do Sal e de 76% em Grândola, tomando como referência a extensão que estava anteriormente delimitada nos dois concelhos do Alentejo Litoral”. A associação ambientalista refere que a REN em Alcácer do Sal “passou de 55.340 hectares para 17.999 hectares e, em Grândola, a reserva ecológica que era de 37.905 hectares, foi reduzida para 9150 hectares.
Em declarações ao PÚBLICO, Francisco Ferreira, dirigente da Zero, considerou “escandaloso” que, entre 2013 e 2014, “tivesse desaparecido uma tão extensa área de reserva ecológica”. Mais preocupante poderá ser o cenário da área desafectada “se fosse possível compará-la com a REN original”, ou seja, quando Gonçalo Ribeiro Teles propôs a aprovação deste instrumento de gestão territorial em 1983.
Na informação facultada ao PÚBLICO pela Quercus (Associação Nacional de Conservação da Natureza) é referido que a área da REN em Alcácer do Sal correspondia a 37% do concelho “na antiga delimitação”. Actualmente, abrange 17% da área total do município. No concelho de Grândola, os números “são ainda mais expressivos”, tendo-se passado de 46% de área ocupada na anterior delimitação para uns escassos 11% da área total do concelho. “São valores absurdos que revelam fortes suspeitas de substituição de uso de território da REN para fins imobiliários e turísticos”, resume João Branco, presidente da Quercus, vincando que se trata de uma “flagrante de ilegalidade, mas que não é caso único no país”. 

Aquíferos esquecidos
A organização ambientalista acentua que nas delimitações à REN definidas pelos dois municípios não existe “uma única referência a valores verdadeiramente ecológicos”, nem foram identificados “quaisquer comunidades de seres vivos”. Esta constatação vem “mais uma vez colocar em causa o poder arbitrário das autarquias para a aprovação de actividades em zonas que eventualmente deveriam ser de salvaguarda dos valores ecológicos”.
É o caso da protecção dos aquíferos, que garante muito do abastecimento de água às populações. Numa análise que a Quercus fez ao actual “mapa” da reserva ecológica nos dois concelhos, é referido que os critérios utilizados na sua demarcação acabaram por restringir a área protegida “aos leitos e margens dos cursos de água, numa faixa muito restrita da zona litoral”. São ainda realçadas “lacunas importantíssimas quanto às zonas de recarga de aquíferos e zonas vulneráveis à poluição”.
Olhando para os valores divulgados pela Zero sobre as Áreas Estratégicas de Protecção e Recarga de Aquíferos, verifica-se que no concelho de Alcácer do Sal se passou dos 28.755 hectares para 0 hectares e em Grândola dos 19.185 hectares para os 2970 hectares. Quanto às Áreas de Elevado Valor de Erosão Hídrica do Solo, em Alcácer do Sal passou-se dos 15.925 hectares para os 5052 hectares e em Grândola dos 13.325 hectares para 0 hectares.
Francisco Ferreira recorda que a publicação do Decreto-Lei n.º 166/2008 foi considerado, “pela comunidade ambientalista, como sendo o princípio de uma municipalização da REN, viabilizada pelas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional”, cuja aplicabilidade “levantava enormes dúvidas para o futuro”, concretamente em relação à inevitável redução da área da reserva, como se está a verificar. 
Porém, são várias as vozes que tecem críticas à REN. Além dos autarcas, que a vêem como um impecilho, o arquitecto paisagista Sidónio Pardal não tem poupado esta figura de ordenamento do território. O seu argumento reside no facto de que, fora da REN, tudo é permitido quando um correcto ordenamento do território, advoga, deveria ser feito ao contrário: é necessário urbanizar? Defina-se uma área específica para o fazer de uma forma planeada, deixando o resto intocado.
Nos esclarecimentos prestados ao PÚBLICO, o especialista assinala que o documento “não identifica qualquer ecossistema” e que o seu articulado “não observa nem atende a nenhum ser vivo, a qualquer comunidade animal ou vegetal nem às relações entre si e com o meio físico”. Incisivo, define a matriz programática da REN como uma “fraude congeminada com o propósito de exercer um poder obscuro e dogmático sobre a economia do território”, que diz ter sido “concebida e administrada com base num preconceito antiurbano”.
Sidónio Pardal propõe a “revogação total” do regime da REN e a criação de uma Carta de Valores e de uma Carta de Riscos. Em síntese, defende que o critério a seguir teria como base a definição precisa do território, “onde poderia haver intervenção urbana e onde estaria interdita”, frisando que apesar das “sucessivas reformulações da REN” já antevia que “ia dar o resultado que se constata”.    

Cumpriu-se a lei, não se conhecem razões     
Os responsáveis autárquicos dos municípios de Alcácer do Sal e Grândola são taxativos num ponto: a alteração da área da REN “cumpriu todas as exigências e opções estratégicas de nível nacional ou regional” constantes da Resolução do Conselho de Ministros de 2012 e a legislação de 2008.
O vereador da Câmara de Alcácer do Sal, Manuel de Jesus, responsável pelo pelouro do Urbanismo, adiantou ao PÚBLICO que todo o trabalho técnico de alteração da delimitação da área da REN no seu município “foi desenvolvido pela Universidade Técnica de Lisboa, sob coordenação do professor Sidónio Pardal” no mandato anterior. E acrescenta que o processo “obteve pareceres favoráveis da CCDRA (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo), da APA (Agência Portuguesa do Ambiente)” e incorporou parecer “favorável incondicionado” do ICNF (Instituto de Conservação da Natureza e Florestas) e da REN.”
O autarca recorre a uma frase de Sidónio Pardal para definir a interpretação que faz da REN: “A Reserva Ecológica Nacional é um embuste que não identifica nem atende a qualquer ecossistema.”  Alega que o território do município continua abrangido pela “Rede Natura” numa área de quase 40%, PROT (Plano Regional de Ordenamento do Território) e outras restrições inscritas em PDM (Plano Director Municipal). Sobre as razões que justificaram a desafectação de uma tão extensa área da reserva ecológica não foi dado qualquer esclarecimento.
António Figueira Mendes, presidente da Câmara de Grândola, refere igualmente que o processo de “redelimitação” da REN coube aos responsáveis autárquicos em exercício no mandato anterior, mas garante que o mesmo “respeitou a tramitação técnico-administrativa”. Acentua que “foram salvaguardados todos os interesses públicos, administrativos e colectivos que estivessem em questão”.
As razões que presidiram à “redelimitação” da REN não foram apresentadas ao PÚBLICO. O autarca de Grândola optou por frisar as “inúmeras e diversificadas potencialidades” turísticas que o concelho a que preside oferece, entre elas, uma “frente atlântica com 45 quilómetros de praias acessíveis com uma cuidada preservação ambiental.”
Figueira Mendes sustenta que o “equilíbrio” entre desenvolvimento económico, turismo e preservação natural e ambiental dos habitats “deve continuar a ser um factor chave e diferenciador da estratégia de desenvolvimento sustentado deste território” (de Grândola). E salienta que “os diversos planos de ordenamento do território asseguram que assim seja”.
Também a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) garante que exerceu correctamente as suas atribuições, “no âmbito do processo de delimitação da REN”, através da emissão de pareceres técnicos, tendo por base as metodologias definidas na Resolução do Conselho de Ministros n.º 81/2012.      

Construção de grandes empreendimentos turísticos está parada
Sem excepção, os responsáveis autárquicos que presidiram aos destinos dos municípios de Alcácer do Sal e de Grândola ao longo das últimas duas décadas fizeram da oferta turística o instrumento motor do desenvolvimento económico e social das suas regiões. Basearam as suas expectativas nos empreendimentos turísticos de tipo resort, com hotelaria, componente residencial e campos de golfe.
Os projectos anunciados e apresentados apontavam para a instalação de 30 mil camas turísticas nos dois concelhos.  
Em 2008, o Conselho de Ministros aprovou uma nova proposta de delimitação da Reserva Ecológica Nacional (REN) na Herdade da Comporta, que se estende por 12.500 hectares dos concelhos de Alcácer do Sal e Grândola. Neste imenso território, lado a lado com a costa atlântica, o Grupo Espírito Santo propunha-se construir o seu megaempreendimento turístico que ocupava uma área de 744 hectares nos dois municípios alentejanos, para onde estava projectada a instalação de oito mil camas residenciais, três mil turísticas, 14 aldeamentos turísticos, 250 moradias e três campos de golfe. Deste projecto restam hoje destroços, terras esventradas, coberto vegetal destruído, num território de grande sensibilidade ambiental.
À semelhança deste, outros projectos que garantiam a criação de milhares de postos de trabalhos aguardam por melhores dias: O projecto de loteamento da Herdade da Costa Terra previa a construção de 204 moradias, três aparthotéis com 560 camas, quatro aldeamentos turísticos com 775 camas, quatro conjuntos de apartamentos turísticos com 823 camas, uma estalagem com 40 camas e um campo de golfe de 18 buracos; o projecto da Herdade do Pinheirinho, composto por 204 lotes para moradias, dois hotéis e quatro para aparthotéis, três para aldeamentos de apartamentos turísticos e outros lotes para equipamentos complementares, num total de 2912 camas, bem como um campo de golfe de 27 buracos, com cerca de 90 hectares. As obras destes dois empreendimentos estão paradas por decisão do tribunal, na sequência das acções judiciais apresentadas pela Quercus e o GEOTA. A sua construção fora autorizada pelo Governo e abrangia extensas áreas da Rede Natura 2000.
Para além dos empreendimentos já referidos, existe um conjunto de outros anunciados ou projectados para o concelho de Alcácer do Sal: Alcácer Vineyard Resort (1010 Camas), Aldeamento Turístico das Casas do Montado do Sobreiro (223 camas) e Aldeamento Turístico de Lazer e Desporto do Alentejo (100 camas). A lista prolonga-se com o projecto de instalação de aldeamentos turísticos na Herdade do Laranjal (3100 camas), Aldeia de Santiago (910 camas), Herdade da Lança (200 camas), Herdade da Barrosinha (8000 camas), empreendimento turístico da Herdade da Alápega (4420 camas) e Turismo Rural da Herdade da Boavista e Sampaio (1540 camas). 

in Público - ler notícia

NOTA: em poucos anos o poder (o central e o autárquico) deram cabo da quase totalidade do litoral algarvio - passemos então ao litoral alentejano - e Deus nos ajude...

El-Rei D. Afonso V nasceu há 585 anos

D. Afonso V (Sintra, 15 de janeiro de 1432Lisboa, 28 de agosto de 1481), apelidado de "o Africano" pelas suas conquistas em África, foi o Rei de Portugal e Algarves de 1438 até à sua morte. Era o filho mais velho do rei D. Duarte I e da sua esposa Leonor de Aragão. Afonso ascendeu ao trono com apenas seis anos de idade, com uma regência sendo estabelecida e inicialmente liderada pela sua mãe, porém pouco depois foi passada para o seu tio, D. Pedro, Duque de Coimbra. Este procurou concentrar o poder no rei em detrimento da aristocracia e concluiu uma revisão na legislação conhecida como Ordenações Afonsinas.

Em 1448, D. Afonso V assumiu o governo, anulando os editais aprovados durante a regência. Com o apoio do tio homónimo D. Afonso I, Duque de Bragança declarou D. Pedro inimigo do reino, derrotando-o na batalha de Alfarrobeira. Concentrou-se então na expansão no norte de África, onde conquistou Alcácer Ceguer, Anafé, Arzila, Tânger e Larache. Concedeu o monopólio do comércio na Guiné a Fernão Gomes da Mina, com a condição de este explorar a costa, o que o levaria em 1471 à Mina, onde descobriu um florescente comércio de ouro cujos lucros auxiliaram o rei na conquista.

Em 1475, na sequência de uma crise dinástica, D. Afonso V casou com a sobrinha D. Joana de Trastâmara assumindo pretensões ao trono de Castela, que invadiu. Após não obter uma clara vitória na Batalha de Toro, com sintomas de depressão, D. Afonso abdicou da coroa para o filho, D. João II de Portugal, morrendo em 1481.

Molière nasceu provavelmente há 395 anos

Jean-Baptiste Poquelin, mais conhecido como Molière (Paris, 15 de janeiro de 1622 - Paris, 17 de Fevereiro de 1673), foi um dramaturgo francês, além de actor e encenador, considerado um dos mestres da comédia satírica. Teve um papel de destaque na dramaturgia francesa, até então muito dependente da temática da mitologia grega. Molière usou as suas obras para criticar os costumes da época. É considerado o fundador indirecto da Comédie-Française

sábado, janeiro 14, 2017

Humphrey Bogart morreu há 60 anos...

Humphrey DeForest Bogart (Nova Iorque, 25 de dezembro de 1899 - Hollywood, 14 de janeiro de 1957) foi um ator de cinema e teatro dos Estados Unidos, eleito pelo American Film Institute como a maior estrela masculina do cinema norte-americano de todos os tempos.
Conhecido pelo público como Bogie ou Bogey (preferia ser chamado de Bogie), é considerado um dos grandes mitos do cinema e ganhou o Óscar de melhor ator de 1951, pelo seu papel no filme A Rainha Africana. Morreu em 1957, vítima de cancro.
De entre os seus filmes de maior sucesso estão Relíquia Macabra, O Tesouro de Sierra Madre e Casablanca.


A Batalha de Rivoli foi há 220 anos

Napoleão em Rivoli, por Felix Philipoteaux (1845)

A Batalha de Rivoli (1415 de Janeiro de 1797) foi uma vitória-chave na primeira campanha francesa na Itália contra a Áustria. Os 23.000 franceses de Napoleão Bonaparte derrotaram um ataque de 28.000 austríacos sob as ordens do general Alvinczy, finalizando a quarta e última tentativa da Áustria para socorrer a sua fortaleza sitiada de Mântua. Além do mais, Rivoli demonstrou o brilhantismo de Napoleão e levou à ocupação francesa da Itália setentrional.

Início
O plano de Alvinczy era subjugar o General Barthélemy Joubert nas Montanhas a leste do Lago Garda com a concentração de cinco colunas separadas e assim obter acesso ao campo aberto ao Norte de Mântua onde poderia derrotar facilmente o pequeno exército de Napoleão na Itália. No entanto, com Joubert detido, Napoleão foi capaz de trazer elementos da divisão de André Masséna e de formar uma linha defensiva em terreno favorável a norte de Rivoli, em Trambasore. A batalha seria um disputa entre as tentativas de Alvinczi de reunir as suas colunas separadas e a chegada de reforços franceses.

A batalha 
A manhã do dia 14 viu combates ferozes em Trambasore. Uma outra coluna austríaca, sob o comando do príncipe Heinrich de Reuss-Plauen, tentou lançar o flanco direito francês contra o desfiladeiro de Rivoli. Às 11 horas, as coisas estavam bastante más para Napoleão: dragões austríacos haviam forçado o seu caminho através do desfiladeiro, outra coluna, sob o comando do Coronel Franz Lusignan, tinha cortado a sua retirada pelo sul e Alvinczi estava em Trambasore exortando os seus batalhões vitoriosos a seguirem, embora eles ainda não estivessem preparados para combater em terreno acidentado.
Com uma série de ações os franceses conseguiram aproveitar esse erro crucial. Bonaparte, Joubert, e Louis Alexandre Berthier comandaram um bem coordenado ataque. Uma bateria de 15 armas liquidou os Dragões, enquanto 2 colunas de infantaria apoiadas pela cavalaria comandada por Charles Leclerc e Antoine Lasalle dirigiram-se para o desfiladeiro e para Trambasore. Os austríacos do desfiladeiro fugiram depois que os seus próprios dragões foram lançados sobre eles, em pânico. Da mesma forma aconteceu com a infantaria em Trambasore. Por fim a coluna sul de Lusignan matou 3.000 soldados.

Resultados
No dia seguinte Joubert conduziu com sucesso uma perseguição a Alvinczi, destruindo todas as suas colunas, os sobreviventes fugiram em direção ao vale do Rio Adige, em total confusão. A vitória de Rivoli foi a maior vitória de Bonaparte naquela época. Os Franceses sofreram 2.200 mortes e 1.000 feridos ou capturados, enquanto os austríacos sofreram 4.000 mortes, mais de 8.000 feridos ou capturados, além de terem capturado 8 canhões .

Zakk Wylde - 50 anos!

Zakk Wylde (nome artístico de Jeffrey Phillip Wiedlandt; Bayonne, 14 de janeiro de 1967) é um músico e ator americano, célebre por ter sido guitarrista da banda de Ozzy Osbourne, ícone do heavy metal que o ajudou a se projetar como um dos mais famosos músicos do género na atualidade. Zakk também encontrou o sucesso com a sua própria banda, o Black Label Society, onde exerce a função de frontman, compondo e cantando as suas próprias músicas, sendo presença frequente no Tour do Ozzfest e recentemente em festivais europeus.


sexta-feira, janeiro 13, 2017

O naufrágio do Costa Concordia foi há cinco anos

O Naufrágio do Costa Concordia foi um acidente ocorrido com o navio de cruzeiro Costa Concordia no dia 13 de janeiro de 2012. Navegando junto à costa da ilha de Giglio, na região da Toscânia, a embarcação abalroou rochas sub-aquáticas, devido ao seu calado. O acidente causou 32 mortes.
Após um solavanco e um corte de corrente elétrica, o comandante comunicou que havia uma avaria no gerador e que em breve a energia seria restabelecida; na sequência, foi dada a ordem de abandonar o navio, uma vez que o comando da embarcação estava na responsabilidade do imediato do comandante; Naquele momento, e da inspeção do imediato, observou-se que estava entrando água no navio. Segundo comunicado do armador, o navio bateu num banco de areia. Fotos indicam que embarcação também bateu em rochas, ficando um pedaço de pedra preso ao casco rompido do navio. O navio adernou a estibordo, ficando com aproximadamente dois terços dentro da água.
Alguns sobreviventes relataram que a música My Heart Will Go On, de Céline Dion, da banda sonora do filme Titanic, foi a última canção ouvida pelos passageiros do navio Costa Concordia quando afundou. O capitão Francesco Schettino foi um dos primeiros a abandonar seu navio. Segundo informações dele junto à comunicação social internacional, o mesmo justificou que fora arremetido na hora do choque e caíra no mar, e que já tinha outro comandante (o imediato), em seu lugar. Dessa forma se recusou a retornar a ele para organizar a retirada dos passageiros e tripulantes. Mesmo assim foi suspenso pela Costa Crociere e ficou em prisão domiciliar, até 5 de julho de 2012.

Mapa de localização do naufrágio 

O navio naufragou após colisão com rocha junto ao porto da ilha de Giglio. O barco estava inclinado num ângulo de 80º. No naufrágio 32 pessoas faleceram (com o último corpo sendo localizado apenas em novembro de 2014). O Costa Concordia, naquela noite, estava com 3.229 passageiros e 1.023 tripulantes.


quinta-feira, janeiro 12, 2017

Há seis anos, enchentes e deslizamentos de terra no Rio de Janeiro mataram centenas de pessoas

Enchentes e deslizamentos de terra atingiram o estado do Rio de Janeiro, localizado no Sudeste do Brasil, em 12 de janeiro de 2011. Os municípios mais afetados foram Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto e Bom Jardim na Região Serrana e Areal na Região Centro-Sul do estado. Os serviços governamentais contabilizaram 916 mortes e cerca de 345 desaparecidos. A Secretaria de Estado da Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro, reportou que 428 pessoas morreram em Nova Friburgo, 382 em Teresópolis, 71 em Petrópolis, 21 em Sumidouro, 4 em São José do Vale do Rio Preto e 1 em Bom Jardim. Já as desaparecidas foram 180 em Teresópolis, 85 em Nova Friburgo, 45 em Petrópolis e 2 em Sumidouro. Ainda de acordo com o MP, outras 32 pessoas não foram encontradas em outras localidades da Região Serrana, até aquele momento, nos quatro municípios. Por último, cerca de 35 mil pessoas ficaram desalojadas em consequência dos desastres naturais.
A tragédia foi considerada como o maior desastre climático da história do país, superando os 463 mortos do temporal que atingiu o município paulista de Caraguatatuba, em 1967. No entanto, a maior tragédia natural da história do Brasil ainda é a grande inundação ocorrida na Serra das Araras, em janeiro de 1967, que, entre mortos e desaparecidos, vitimou cerca de 1700 pessoas.
No dia 14 de janeiro, a notícia de queda de caixa de água causou pânico entre moradores de Nova Friburgo, assustando moradores da cidade, e da Região Serrana do Rio. Com medo, boa parte da população chegou a pensar que uma represa do município havia rompido. A região voltou a receber precipitação dias posteriores. Até mesmo a cidade do Rio de Janeiro entrou em estado de atenção no dia 15 de janeiro por fortes chuvas nas zonas norte e oeste, segundo o Centro de Operações Rio. Alerta para o dia 16 e 17 de janeiro foi repassado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), tendo a possibilidade de mais chuvas para toda a região, decorrente das condições favoráveis.

quarta-feira, janeiro 11, 2017

Os dois sonetos de amor da hora triste

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I
Quando eu morrer - e hei-de morrer primeiro
do que tu - não deixes fechar-me os olhos 
meu Amor. Continua a espelhar-te nos meus olhos
e ver-te-ás de corpo inteiro

como quando sorrias no meu colo.
E, ao veres que tenho toda a tua imagem
dentro de mim, se, então, tiveres coragem,
fecha-me os olhos com um beijo.

Eu, Marco Pólo,

farei a nebulosa travessia
e o rastro da minha barca
segui-lo-ás em pensamento. Abarca

nele o mar inteiro, o porto, a ria...
E, se me vires chegar ao cais dos céus,
ver-me-ás, debruçado sobre as ondas, para dizer-te adeus.

II
Não um adeus distante
ou um adeus de quem não torna cá,
nem espera tornar. Um adeus de até já,
como a alguém que se espera a cada instante.

Que eu voltarei. Eu sei que hei-de voltar
de novo para ti, no mesmo barco
sem remos e sem velas, pelo charco
azul do céu, cansado de lá estar.

E viverei em ti como um eflúvio, uma recordação.
E não quero que chores para fora,
Amor, que tu bem sabes que quem chora

assim, mente. E, se quiseres partir e o coração
to peça, diz-mo. A travessia é longa... Não atino
talvez na rota. Que nos importa, aos dois, ir sem destino.

Álvaro Feijó, lido na evocação de Mário Soares, pela voz de Maria Barroso

in Cibertúliapost de Miguel Marujo