segunda-feira, dezembro 23, 2013

O astrónomo Gerard Kuiper morreu há 40 anos

Gerard Peter Kuiper, batizado como Gerrit Pieter Kuiper (Harenkarspel, 7 de dezembro de 1905 - Cidade do México, 23 de dezembro de 1973) foi um astrónomo neerlandês, onde nasceu e cresceu, naturalizado nos Estados Unidos em 1933.
Gerard Kuiper descobriu duas luas de planetas no nosso Sistema Solar: uma lua de Urano, Miranda, e uma de Neptuno, Nereida. Sugeriu a existência de um cinturão de asteroides além da órbita de Neptuno, hoje designada como Cintura de Kuiper já que se conseguiu confirmar a sua existência (veja Objectos trans-neptunianos). Kuiper foi também pioneiro na observação aérea por infravermelhos utilizado o avião Convair 990 nos anos 60.
Em 1959 recebeu a Henry Norris Russell Lectureship da Sociedade Astrónoma Americana e, na década de 1960, Kuiper ajudou na identificação dos locais de pouso na Lua para o projeto Apollo.
O asteroide 1776 Kuiper e crateras de impacto na Lua, Marte e Mercúrio foram batizadas com o seu nome, em sua homenagem.


Known objects in the Kuiper belt, derived from data from the Minor Planet Center. Objects in the main belt are colored green, whereas scattered objects are colored orange. The four outer planets are blue. Neptune's few known trojans are yellow, whereas Jupiter's are pink. The scattered objects between Jupiter's orbit and the Kuiper belt are known as centaurs. The scale is in astronomical units. The pronounced gap at the bottom is due to difficulties in detection against the background of the plane of the Milky Way.

A Cintura de Kuiper, também chamada Cintura de Edgeworth ou Cintura de Edgeworth-Kuiper, é uma área do sistema solar que se estende desde a órbita de Neptuno (a 30 UA do Sol) até 50 UA do Sol. Os objetos do cinturão de Kuiper são comumente chamados de KBO (Kuiper Belt Object).
A sua existência foi sugerida por Gerard Kuiper (1905-1973) em 1951. Em 1993, Miles Standish reanalisou os dados, e descobriu que a anomalia era menor. No entanto, desde a descoberta de 1992 QB1 - o primeiro objeto nesta região -, já foram catalogados mais de mil outros pequenos objetos transneptunianos. Acredita-se que nesta região existam mais de 100 mil pequenos corpos celestes.
Este cinturão possui milhares de pequenos corpos, estes com formação semelhante à dos cometas. A diferença é que estes pequenos corpos nunca volatizaram os seus gelos, de maneira que não possuem nem coma nem cauda, isso se dá por eles estarem orbitando longe do calor do Sol.
Destes, são conhecidos doze com diâmetro de quase ou mais de 1000 km inclusive um que é definitivamente maior que Plutão (embora haja incertezas de 10-15%):
Natureza dos KBO's
A origem da cintura de Kuiper é incerta, mas acredita-se que seus objetos são remanescentes da nebulosa protossolar que deu origem aos planetas. Os KBO's são rochas congeladas contendo metano, amónia e água, com tamanhos que podem variar de 100 a 1000 km, com alguns maiores que isto. Estima-se que no passado eram maiores e mais numerosos, mas interacções com os planetas (principalmente Neptuno) e colisões mútuas acabaram por expulsar boa parte deles, seja em direção ao Sol ou planetas internos, como Júpiter, seja para regiões externas do Sistema Solar, para região da nuvem de Oort.

Classificação dos KBO's
Existem 3 categorias de KBO's:
  • Clássicos: cerca de 2/3 do total de KBO's. Possuem órbitas mais estáveis com baixa excentricidade orbital e localizados entre 42 e 47 u.a.
  • Plutinos: cerca de 1/3 do total. Apresentam ressonância 3:2 com o planeta Neptuno
  • Espalhados: apresentam órbitas altamente inclinadas e excêntricas e são a possível origem dos cometas de curto período
Representação artística da Nuvem de Oort e da cintura de Kuiper
 

Tim Hardin morreu há 33 anos

Tim Hardin (23 de dezembro de 1941 - 29 de dezembro de 1980) foi um compositor e cantor de música folk que fez parte da cena musical de Greenwich Village nos anos 60.

Hardin nasceu em Eugene, Oregon. Aos 18 anos de idade saiu da escola para se alistar na marinha norte-americana. Depois de dispensado, mudou-se para Nova Iorque, em 1961, onde frequentou brevemente a Academia Americana de Artes Dramáticas, de onde saiu por não ser bom ator, passando a focar a sua carreira na música, ao começar a apresentar-se em Greenwich Village, tocando blues.
Depois de se mudar para Massachusetts, Boston, em 1962, Hardin foi descoberto pelo produtor Erik Jacobson, que arranjou uma reunião com a Columbia Records. Em 1964 ele volta à Greenwich para gravar o seu primeiro disco. A Columbia não gostou do resultado final, e só lançaria o disco depois da aparição de Hardin no Festival de Woodstock, em 1969.
O seu primeiro álbum, Tim Hardin 1, foi lançado em 1966, pela Verve Records. Mostrava uma transformação do seu estilo tradicional de blues para o folk, que definiria o resto da sua carreira. Este LP continha a canção "Reason to Believe", que seria um sucesso na voz Rod Stewart anos mais tarde. Tim Hardin 2 foi lançado em 1967 e apresentava a sua música mais famosa, "If I Were a Carpenter". Hardin não fez turnê para divulgar o disco; o seu vício em heroína e o medo dos palcos fazia com que seus shows fossem bastante raros e erráticos. Tim Hardin 3, lançado em 1968, apresentava gravações ao vivo, assim como novas versões de músicas suas antigas.
Nos anos seguintes Hardin revezou-se entre a Inglaterra e os Estados Unidos. O vício em heroína já havia tomado controle da sua vida na altura do lançamento do seu último álbum, Tim Hardin 9, em 1973. Ele morreu a 23 de dezembro de 1980, em Los Angeles, Califórnia, com uma overdose de heroína e morfina. Foi sepultado no Twin Oaks Cemetery, Turner, Oregon, no Estados Unidos.


Dave Murray, guitarrista dos Iron Maden, faz hoje 57 anos

David Michael Murray (Londres, 23 de dezembro de 1956) é um guitarrista britânico. Desde 1976 integra a banda de heavy metal Iron Maiden. É considerado um dos melhores e mais influentes guitarristas atualmente.

Biografia
Dave, assim chamado pelos seus fãs, tem duas irmãs, Pauline (seis anos mais velha) e Janet (três anos mais nova). O sobrenome Murray tem origem na mistura de sangue irlandês e escocês da família do pai de Dave. A mãe de Dave costumava trabalhar como empregada de limpezas a meio tempo, enquanto que seu pai se tinha reformado precocemente, devido a doença. O dinheiro entrava irregularmente e, como resultado, a família vivia mudando de casa em casa pela região. Frustração e pobreza levavam os pais de Dave a disputas familiares. Quando isso ocorria a mãe de Dave levava as crianças para a casa do Exército da Salvação mais próximo, onde costumavam passar semanas protegidos dos ocasionais ataques de fúria do pai.
O jovem Dave logo se interessou por música, chegando mesmo a fazer uma guitarra de cartolina para fazer mímica com os discos dos Beatles das irmãs. Também arriscava brincar com o piano de um bar que ficava na parte de baixo de um apartamento em que moraram durante algum tempo. Em 1970 a sua família finalmente arranjou uma moradia mais definitiva em Clapton. E, assim como seu futuro companheiro Steve Harris e muitos outros adolescentes do East End, durante algum tempo Dave foi um skinhead. Ao contrário de Steve, no entanto, ele adotou o corte de cabelo típico da época. E estava, regularmente, "metendo-se em confusão - lutas de rua e coisas similares". Durante quase dois anos Dave viveu a movimentada vida de turbulência urbana, antes que fosse para o extremo oposto. Nesta época, também num paralelo à de um futuro colega, Steve Harris, Dave estava ouvindo muito reggae com os seus amigos skinheads. O momento que mudou completamente a vida de Dave e que o levou a ter uma carreira que parecia impossível na sua época de botas cardadas e cabeça rapada ocorreu aos 15 anos, quando ele ouviu pela primeira vez a música Voodoo Child (Slight Return), de Jimi Hendrix, na rádio. O amor de Dave pelo rock abrangeu tudo que se referia à chamada "cultura" do assunto: Dave deixou o seu cabelo crescer muito (o que trouxe muitas piadas dos seus antigos amigos skinheads), adotou roupas hippies e passou a ler a bíblia do rock da época, o jornal Melody Maker. Começou também a frequentar shows e a sair com um novo bando de amigos, sendo que o mais chegado deles era um rapaz chamado Adrian Smith. Na época que deixou a escola aos 15 anos, Dave já tinha descartado a ideia de encontrar "um trabalho sério". Ao invés disso queria uma carreira como guitarrista, sonhando com o sucesso. Adrian diz que já naquele tempo ele era uma espécie de rock star da zona: ele tocava já há uns oito meses e tinha aperfeiçoado alguns acordes e todo mundo estava muito impressionado.

Carreira
O seu primeiro grupo foi um trio chamado Stone Free (nome tirado de uma música de Jimi Hendrix, claro) que ele e Adrian formaram com um outro colega de escola. Dave e Adrian continuaram tocando juntos em vários conjuntos mais ou menos improvisados até ao final da adolescência, escrevendo algumas canções de vez em quando e conversando muito sobre o que fariam se conseguissem sucesso. Mas havia uma diferença: Adrian era mais voltado para a composição e queria ter a sua própria banda, sempre. Dave, ao contrário, vivia fazendo testes para outras bandas, ansioso para alcançar o seu objetivo de viver da música. Como resultado destes, Dave recebeu convite para entrar numa banda chamada Electric Gas.
Logo depois apareceu outro "um tipo de banda meio doida de punk", chamado The Secret. Com eles Dave gravou a primeira música, chamada 'Café De Dance' e saiu em um disco através de um selo independente. De qualquer modo Dave deixou os The Secret pouco depois do compacto ter sido lançado. Isso ocorreu depois dele encontrar duas figuras interessantes que buscavam um guitarrista: uns certo Dennis Wilcock (com quem já tinha tocado em outra banda, o Warlock) e um novato chamado Steve Harris. Naquele tempo a banda, que viria a ser os Iron Maiden, estava usando o trailer de um namorado da irmã de Steve, Linda, que o tinha emprestado para que pudessem fazer testes dos novos membros. Naquela época a banda ficou com apenas um guitarrista durante um bom tempo, logo após a saída dos dois membros originais, Sullivan e Rance. Mas haveria um problema no caminho. Embora impressionados com o estilo de Dave tocar, alguns meses depois houve uma briga entre Dennis e Murray.
O que Dave fez foi juntar-se a outra banda que começava a despontar no mesmo circuito do East End que fazia a fama do Iron - os Urchin. Liderada pelo seu antigo amigo Adrian Smith. Os Urchin tinham assinado como o pequeno selo DJM, que previa dois compactos, mais uma opção de um LP. O seu primeiro single 'Black Leather Fantasy' já tinha sido gravado, mas ainda não tinha sido lançado. Valentemente a banda voltou aos estúdios com Dave para fazer o segundo, que tinha o título de 'She's a Roller', que só chegaria às lojas em 1980.

Iron Maden
Enquanto isso as coisas na banda Iron Maiden estavam indo de mal a pior, com mudanças constantes, entrada de pessoas que não conseguiam fazer o som que Steve Harris queria e coisas similares, culminando com a inesperada saída de Dennis Wilcock na véspera de uma importante apresentação. A situação estava tão má que Harris resolveu recomeçar tudo do zero. Uma vez tomada esta decisão a primeira coisa em que pensou foi em buscar as pessoas certas. E Dave era uma delas. Os novos Iron Maden começariam ali, e Steve jamais deixaria Dave sair do barco.
Conjuntamente com bandas como Saxon, Def Leppard, Samsom, entre outras, os Iron Maiden lideraram a New Wave of British Heavy Metal. Após dezenas de mudanças de formação em 1978, os Iron Maiden estavam estabilizados, com Steve Harris no baixo, Dave Murray na guitarra, Paul Di'Anno nos vocais e Doug Sampson na bateria. Esta formação gravaria o compacto "Soundhouse Tapes", com as músicas "Prowler", "Invasion" e "Iron Maiden". O single vendeu mais de três mil copias e despertou o interesse da gravadora EMI sobre a banda, que assinou contrato em 1979, participando de algumas coletâneas e lançando o single "Running Free". Com o novo guitarrista Dennis Straton e Clive Burr na bateria, em 1980 a banda lança o seu primeiro disco e começa a conquistar o mundo. Logo depois do primeiro disco o guitarrista Dennis Straton foi substituído por Adrian Smith, e em 1981, lançaram Killers.
Em 1982, aconteceu uma das principais mudanças, o vocalista Paul Di'Anno abandonou a banda e foi substituído por Bruce Dickinson, que comandou os Iron Maiden durante a sua melhor fase. Nesse mesmo ano, essa formação lançou The Number of the Beast, um dos mairores clássicos da história do Heavy Metal, além da faixa título, foram sucessos "Run To The Hills", "Hallowed Be Thy Name", entre outras...
Já consagrado pelo público, em 1983, mais uma mudança, agora na bateria, sai Clive Burr e entra Nicko McBrain, e o lançamento de Piece Of Mind, e mais um sucesso. Essa formação, que foi a que durou mais tempo até hoje, ainda lançaria os bem sucedidos, Powerslave (1984), Live After Death (1985), que é o primeiro ao vivo oficial, Somewhere in Time (1986) e Seventh Son of a Seventh Son (1988).
Em 1989, saiu o guitarrista Adrian Smith e entrou Janick Gers, para o lançamento de No Prayer for the Dying (1990) e outro clássico do Heavy Metal Fear of the Dark (1992), que também rendeu diversos sucessos...
Em 1993, foi um festival de discos ao vivo, A Real Live One e A Real Dead One, que hoje são comercializados como um só, com o nome de A Real Live Dead One, e o Live at Donington, gravado no maior festival de Heavy Metal do mundo. Ainda em 1993 aconteceu o inesperado, o vocalista Bruce Dickinson abandonou a banda, para fazer uma carreira a solo. Para o seu lugar foi organizado uma disputa mundial, com os melhores vocalistas do mundo. O brasileiro André Mattos (Ex-Angra e Viper) foi um dos concorrentes e acabou em 3º, sendo o vencedor Blaze Bayley, vindo da banda inglesa Wolfsbane.
Com essa formação lançaram em 1995 The X Factor, que não agradou muito os fãs, por causa da voz do vocalista... Em 1996 lançaram Best of the Beast uma coletânea com os maiores sucessos, desde o compacto "Soundhouse Tapes", até "The X Factor". Em 1998 lançaram The Virtual XI, que agradou um pouco mais aos fãs.
Em 1999 aconteceu o que a maioria dos fãs queriam, Blaze Bayley é dispensado da banda, por causa das críticas e da diferença no timbre vocal. Para o seu lugar volta Bruce Dickinson e com ele vem o guitarrista Adrian Smith, outro ex-Iron Maiden. Agora é um sexteto, com 3 guitarras... Nesse mesmo ano, em comemoração as voltas é lançado o jogo "Ed-Hunter", que inclui uma coletânea com as 20 músicas mais votadas no site oficial. Em 2000, é lançado o primeiro álbum oficial com o sexteto, Brave New World, que foi muito bem aceite pelos fãs e critica.
Em 2002 houve diversos lançamentos: o ao vivo Rock in Rio; a coletânea Edward the Great e a caixa Eddie's Archive, contendo três discos de raridades: "BBC Archive"; "Beast Over Hammersmith"; "Best Of The B'Sides".


Há 41 os últimos sobreviventes da Tragédia dos Andes foram resgatados

Foto do memorial no local do acidente

O Voo da Força Aérea Uruguaia 571, mais conhecido como Tragédia dos Andes ou Milagre dos Andes (El Milagro de los Andes), foi um voo fretado que transportava 45 pessoas, incluindo uma equipe de Rugbi, seus amigos, familiares e associados que caiu na Cordilheira dos Andes em 13 de outubro de 1972. Mais de um quarto dos passageiros morreram no acidente e vários sucumbiram rapidamente devido ao frio e aos ferimentos. Dos 29 que estavam vivos alguns dias após o acidente, oito foram mortos por uma avalanche que varreu o seu abrigo. O último dos 16 sobreviventes foi resgatado em 23 de dezembro de 1972, mais de dois meses após o acidente.
Os sobreviventes tinham pouca comida e nenhuma fonte de calor em condições extremas, a mais de 3.600 metros de altitude. Diante da fome e notícias reportadas via rádio de que a busca por eles tinha sido abandonada, os sobreviventes alimentaram-se dos passageiros mortos que haviam sido preservados na neve. As equipes de resgate não tiveram conhecimento da existência de sobreviventes até 72 dias depois do acidente quando os passageiros Fernando Parrado e Roberto Canessa, depois de uma caminhada de 10 dias através dos Andes, encontraram um chileno huaso, que lhes deu comida e, em seguida, alertou as autoridades sobre a existência dos outros sobreviventes.

Cronologia
  • Quinta-feira, 12 de outubro - Dia 0 (zero)
  • Avião parte com 40 passageiros e cinco tripulantes.
  • Sexta-feira, 13 de outubro - Dia 1
  • O avião cai às 15.32 horas. 6 passageiros são ejetados e seis morreram no acidente. Há 33 sobreviventes.
  • Sábado, 14 outubro - Dia 2
  • Mais 5 pessoas morrem durante o dia e noite. (Mortos: 10, em falta: 7, Sobreviventes: 28).
  • Sábado, 21 de outubro - Dia 9
  • Susana Parrado morre. (Mortes: 11, Desaparecidos: 7, Sobreviventes: 27).
  • Domingo, 22 de outubro - Dia 10
  • Através de um radio os sobreviventes descobrem que as buscas por eles foram canceladas,e que todos foram dados por mortos. No mesmo dia os sobreviventes começam a praticar antropofagia.
  • Sábado, 28 de outubro - Dia 12
  • Uma expedição localiza 6 de 7 em falta, falta encontrar Carlos Valeta. (Mortes: 17, em falta: 1, Sobreviventes: 27)
  • Terça-feira, 31 de outubro - Dia 17
  • 8 pessoas mortas pela avalanche. (Mortes: 26, Sobreviventes: 19).
  • Quarta-feira, 15 de novembro - Dia 34
  • Arturo Nogueira morre. (Mortes: 27, Sobreviventes: 18).
  • Sábado, 18 de novembro - Dia 37
  • Morre Rafael Echavarren. (Mortes: 28, Sobreviventes: 17).
  • Segunda-feira, 11 de dezembro - Dia 60
  • Numa Turcatti morre. (Mortes: 29, Sobreviventes: 16).
  • Terça-feira, 12 de dezembro - Dia 61
  • Antonio Vizintin,Parrado e Canessa iniciam a expedição para sair dos Andes e procurar ajuda.
  • Quinta-feira,15 de dezembro - Dia 63
  • 3 dias depois do início da expedição, Antonio Vizintin, Parrado e Canessa descobrem que a expedição de fuga deve demorar mais que o esperado, Vizintin dá as suas roupas extras e alimento aos seus amigos e regressa à fuselagem; Parrado e Canessa prosseguem com a expedição.
Parrado e Canessa com Sergio Caralan
    • Quarta-feira, 20 de dezembro - Dia 69
    • Sergio Catalán localiza Canessa e Parrado após 10 dias de caminhada.
    • Quinta-feira, 21 de dezembro - Dia 70
    • Parrado e Canessa são salvos. (Salvos: 2, Sobreviventes: 14)
    • Sexta-feira, 22 dezembro - Dia 71
    • 6 sobreviventes são resgatados. Os 8 restantes terão de esperar mais uma noite. (Salvos: 8, Sobreviventes: 8)
    • Sábado, 23 de dezembro - Dia 72
    • Os oito sobreviventes são resgatados. (Salvos: 16)
      Mapa que mostra a rota de fuga de Nando Parrado e Roberto Canessa

      in Wikipédia

      O penúltimo Duque de Bragança morreu há 37 anos

      (imagem daqui)

      D. Duarte Nuno de Bragança (nome completo: Duarte Nuno Fernando Maria Miguel Gabriel Rafael Francisco Xavier Raimundo António de Bragança; Seebenstein, 23 de setembro de 1907 - Ferragudo, 23 de dezembro de 1976), reivindicou ser o 23° Duque de Bragança e o herdeiro presuntivo do trono de Portugal. Era filho de D. Miguel II de Bragança e de D. Maria Teresa de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg.

      (...)

      Em 1942, casou-se no Brasil, com D. Maria Francisca de Orléans e Bragança, bisneta de Dom Pedro II, último imperador do Brasil (1825–1891), e neta da última princesa imperial, D. Isabel de Bragança e do príncipe imperial consorte, D. Luís Gastão de Orléans, conde d'Eu. Através deste casamento, uniram-se os dois ramos da família. O casal teve três filhos:
      1. D. Duarte Pio de Bragança (Berna, 15 de maio de 1945), duque de Bragança.
      2. D. Miguel Rafael de Bragança (Berna, 3 de dezembro de 1946), Infante de Portugal e duque de Viseu.
      3. D. Henrique Nuno de Bragança (Berna, 6 de novembro de 1949), Infante de Portugal e duque de Coimbra.

      Akihito, o último Imperador das atuais monarquias faz hoje 80 anos!

      Akihito (Tóquio, 23 de dezembro de 1933) é o 125° e o atual Imperador do Japão.
      Ele ascendeu ao trono em 1989, ocupando a 17° posição na lista de monarcas e líderes que reinam ou que governam há mais tempo. Akihito é o único monarca reinante do mundo que detém o título de Imperador.
      Apesar de não possuir poderes diretos sobre a política japonesa, Akihito diferenciou-se de seu pai por demonstrar uma atitude pacífica e conciliadora para com os antigos rivais do Japão, tais como a Rússia e a China.

      Brasão do Imperador do Japão

      Nome e título
      No Japão, o Imperador nunca é referido pelo seu nome, mas simplesmente pelo título Sua Majestade o Imperador, que pode ser abreviado como Sua Majestade. Na escrita, o Imperador também é referido formalmente como "O Reinante Imperador".
      A era do reinado de Akihito possui o nome de Heisei. Ele será nomeado após a sua morte como Imperador Heisei, uma espécie de nome póstumo. Consequentemente, uma nova Era surgirá no Japão com a ascensão do seu sucessor.

      Vida
      Akihito é o filho de sexo masculino mais velho e o quinto filho do Imperador Hirohito e da Imperatriz Kōjun. Chamado de Príncipe Tsugu enquanto criança, foi educado por professores particulares e estudou na escola primária e secundária Peers (Gakushuin), de 1940 a 1952. Diferente dos seus antecessores, não recebeu uma comissão como oficial do Exército, a pedido de seu pai, Hirohito.
      Durante os bombardeamentos americanos a Tóquio, em março de 1945, ele e o seu irmão mais novo, Príncipe Masahito, foram evacuados da cidade. Durante a ocupação do Japão, na sequência da Segunda Guerra Mundial, o Príncipe Akihito aprendeu inglês e costumes ocidentais com Elizabeth Gray Vinin. Estudou no Departamento de Ciências Políticas na Universidade de Gakushuin em Tóquio, mas nunca recebeu qualquer grau académico. Embora fosse o herdeiro aparente do Trono de Crisântemo desde o momento do seu nascimento, o título de Príncipe Herdeiro só lhe foi outorgado a 10 de novembro de 1952, no Palácio Imperial de Tóquio. Em junho de 1953, o Príncipe Herdeiro representou o Japão na coroação da Rainha Elizabeth II, em Londres.
      O então Príncipe Herdeiro Akihito e a Princesa Michiko fizeram visitas oficiais a trinta e sete países. Como Príncipe, Akihito comparou o papel da realeza Japonesa aos robôs e expressou sua vontade e esperança de trazer a família Imperial mais perto do povo japonês.

      Casamento e família
      Em 10 de abril de 1959, casou-se com Michiko Shōda (24 de outubro de 1934), a filha mais velha de Hidesaburo Shōda, o presidente e último executivo honorário da Companhia Nisshin Flour Milling. A Imperatriz Michiko Shōda foi a primeira plebeia a casar com um membro da família imperial.

      Nome Nascimento Casamento e filhos Observações
      Príncipe Herdeiro Naruhito 23 de fevereiro de 1960 É casado com Masako Owada desde 9 de junho de 1993; com uma filha: Aiko, Princesa Toshi. É o 1.º na linha de sucessão
      Príncipe Akishino 30 de novembro de 1965 É casado com Kiko Kawashima desde 29 de junho de 1990; com três filhos: a Princesa Mako, a Princesa Kako e o Príncipe Hisahito. É o 2.º na linha de sucessão e pai do 3.° na linha de sucessão
      Sayako Kuroda 18 de abril de 1969 É casada com Yoshiki Kuroda desde 15 de novembro de 2005. Eles não têm filhos, ainda. Renunciou, para se casar, ao título de Princesa

      Entronização
      Quando ainda eram o casal herdeiro do Japão, Akihito e Michiko realizaram visitas oficiais a pelo menos trinta e sete países.
      Em 7 de janeiro de 1989, o Príncipe Herdeiro assumiu o Trono do Crisântemo, com a morte de seu pai, tornando-se o 125.° monarca do Japão. O Imperador Akihito foi formalmente entronizado como Imperador do Japão no dia 12 de novembro de 1990.
      Desde que sucedeu ao trono, o Imperador Akihito, ao lado de sua esposa, aproximou a família imperial do povo japonês, visitando as quarenta e sete províncias do Japão. Além disso, o Imperador e a Imperatriz já viajaram para mais outros oitenta países. A 2 de dezembro de 1993 foi agraciado com o Grande-Colar da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e em 1998, durante uma visita oficial ao Reino Unido, ele foi investido Cavaleiro da Ordem da Jarreteira, tendo sido agraciado com o Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique a 12 de maio do mesmo ano.
      No dia 23 de dezembro de 2001, durante o seu anual encontro de aniversário com jornalistas, Akihito, em resposta a uma pergunta, disse que sentia "uma certa afinidade com a Coreia" e explicou que o facto se devia à mãe do Imperador Kammu (736–806), que era uma descendente do Rei Muryeong de Baekje. O Imperador também disse que os coreanos que migravam para o Japão em tempos antigos trouxeram aspetos importantes de cultura e de tecnologia ao país e apelou para que os contemporâneos nunca esquecessem o lamentável facto de que nem todas as ações do Japão na Coreia foram amigáveis.
      Em dezembro de 2002, foi revelado que o Imperador Akihito tinha sido diagnosticado com cancro da próstata. Ele foi submetido a uma imediata cirurgia, bem-sucedida.
      Apesar de ser obrigado a manter sua posição constitucional, Akihito já divulgou seus sentimentos de remorso e de contrição a outros países da Ásia, porque eles sofreram durante a ocupação japonesa. Em abril de 1989, três meses depois da morte de seu pai, Hirohito, expressou remorso à China pelo que os soldades japoneses fizeram no seu território antes e durante a II Grande Guerra.
      Em junho de 2005, o Imperador visitou um território dos Estados Unidos no Oceano Pacífico, Saipan, o local de uma das batalhas da Segunda Guerra mais importantes, de 15 de junho a 9 de julho de 1944. Acompanhado pela Imperatriz Michiko, ele rezou e colocou flores em diversos memoriais, honrando não apenas os japoneses que morreram, como também soldados americanos, que lutaram contra os japoneses, os coreanos, que foram forçados a lutar pelo Japão, e os nativos da ilha. Foi a primeira viagem de um monarca japonês a um campo de batalha da Segunda Guerra. A jornada em Saipan foi bastante elogiada pelos japoneses, assim como as visitas do Imperador aos memoriais de guerra em Tóquio, Hiroshima, Nagasaki e Okinawa, no ano de 1995.
      No dia 6 de setembro de 2006, o Imperador celebrou o nascimento do seu primeiro neto de sexo masculino, o Príncipe Hisahito, filho do Príncipe Akishino. Hisahito é o primeiro menino que nasceu na família imperial japonesa em quarenta e um anos; o seu nascimento pode acabar com a crise de sucessão ao trono, uma vez que o filho mais velho do Imperador, Naruhito, tem apenas uma filha, a Princesa Aiko. Sob a atual lei de sucessão japonesa, Aiko é incapaz de herdar o trono, por ser do sexo feminino.
      No dia 17 de fevereiro de 2012, o imperador Akihito passou por uma cirurgia cardíaca, para a implantação de pontes de safena.

      domingo, dezembro 22, 2013

      Lech Walesa tomou posse com Presidente de uma Polónia democrática há 23 anos

      Lech Wałęsa (Popowo, 29 de setembro de 1943) é um político polaco e ativista dos Direitos Humanos. Foi um dos fundadores do sindicato Solidarność (Solidariedade) e presidente da Polónia, entre 1990 e 1995, sendo o primeiro após a derrocada do comunismo. Foi agraciado com o Prémio Nobel da Paz em 1983.
      Em 1967 começou a trabalhar como electricista no estaleiro naval de Gdansk, onde assistiu à repressão de manifestações operárias pela força das armas. Estes acontecimentos trágicos levaram-no a lutar pela constituição de sindicatos livres no país.
      Wałęsa tornar-se-ia, com efeito, fundador e líder do Solidariedade, a organização sindical independente do Partido Comunista que obteve importantes concessões políticas e económicas do Governo polaco em 1980-1981, sendo nessa altura ilegalizado e passando à clandestinidade.
      Em 1980, Wałęsa liderou o movimento grevista dos trabalhadores do estaleiro de Gdansk, cerca de 17.000, que protestavam contra a carestia de vida e as difíceis condições de trabalho. A greve alargou-se rapidamente a outras empresas.
      Com dificuldade, as reivindicações dos trabalhadores acabaram por ser concedidas. As reivindicações sociais dos trabalhadores tomaram consequências claramente políticas quando foi assinado um acordo que lhes garantia o direito de se organizarem livremente, bem como a garantia da liberdade política, de expressão e de religião.
      O facto de ter liderado as paralisações dos grevistas e de ser católico deu a Wałęsa uma grande base de apoio popular, mas os seus ganhos tiveram um carácter efémero, ante a resistência do regime. Em 13 de dezembro de 1981 o Governo impôs a lei marcial, e a maioria dos líderes foram presos, incluindo Wałęsa, até 14 de novembro de 1982. Em 8 de outubro de 1982 o Solidariedade foi considerado ilegal.
      O país passou a ser governado pelo general Wojciech Jaruzelski. A agitação operária continuou, embora de forma mais contida. Wałęsa só seria libertado em 1982 e, um ano depois era-lhe atribuído o Nobel da Paz. Ele foi incapaz de aceitá-lo pessoalmente, temendo que o governo polaco o impedisse de voltar ao país. Então a sua esposa Danuta aceitou o prémio no seu lugar.
      O Solidariedade saiu da clandestinidade após negociações com o Governo em 1988-1989, assim como outras organizações sindicais. Com o desmoronamento do Bloco de Leste e a liberalização democrática do regime, ficou consagrada a realização de eleições livres.
      Em 9 de dezembro de 1990 Wałęsa foi eleito presidente, tendo tomado posse em 22 de dezembro de 1990. Em 1995 realizaram-se novas eleições presidenciais, mas Wałęsa foi derrotado por uma diferença de 3 pontos percentuais na segunda volta. Nas eleições presidenciais de 2000 não conseguiu para além de 1% dos votos, devido a uma crescente insatisfação da opinião polaca em relação às suas posições.
      A 11 de maio de 1993 recebeu o Grande-Colar da Ordem da Liberdade e a 18 de outubro de 1994 recebeu o Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique.
      Em 2006 Wałęsa saiu do Solidariedade, manifestando divergências com o partido Lei e Justiça, e a ascensão ao poder dos gémeos Lech e Jarosław Kaczyński.
       

      Giacomo Puccini nasceu há 155 anos

      Giacomo Antonio Domenico Michele Secondo Maria Puccini ou apenas Giacomo Puccini (Lucca, 22 de dezembro de 1858 - Bruxelas, 29 de novembro de 1924) foi um compositor de óperas italiano. As suas óperas estão entre as mais interpretadas atualmente, entre as quais estão La Bohème, Tosca, Madama Butterfly e Turandot. Algumas das árias das suas óperas, como "O mio babbino caro" de Gianni Schicchi, "Che gelida manina" de La Bohème e "Nessun dorma" de Turandot tornaram-se parte da cultura popular.
      Descrito pela Encyclopædia Britannica como "um dos maiores expoentes das óperas realistas", ele é lembrado como um dos últimos maiores compositores operísticos italianos. O seu reportório é essencialmente feito pelo verismo, ou pela tradição operística pós-romântica e estilo literário. Enquanto o seu trabalho é essencialmente baseado nas óperas italianas tradicionais do fim do século XIX, a sua música mostra algumas influências dos compositores contemporâneos e do movimento impressionista e de Igor Stravinsky. Os temas mais comuns nas suas óperas incluem um fim trágico, heroínas e o amor.
      Biografia
      Giacomo Puccini nasceu em Lucca na Toscana, em uma família de cinco gerações com ligações à música, incluindo o seu familiar Domenico Puccini. Filho de Michele Puccini (1813-1864) e Albina Magi (1830-1884), o seu pai morreu quando Giacomo tinha apenas cinco anos de idade e ele foi enviado para estudar com seu tio Fortunato Magi, que o considerava um estudante pobre e indisciplinado. Magi sempre prejudicava o seu sobrinho no seu contrato como maestro do coral de Lucca, pois Puccini iria substituir seu tio quando tivesse idade. Puccini nunca assumiu o lugar do seu tio como organista da igreja e maestro do coral de Lucca. Quando ele tinha dezassete anos pode assistir a uma apresentação da ópera Aida, de Giuseppe Verdi e viu-se inspirado a compor óperas. Ele e seu irmão, Michele, caminharam 30 km para ver a performance em Pisa.
      Em 1880, com a ajuda de um familiar e uma doação, Puccini ingressou no Conservatório de Milão para estudar composição com Stefano Ronchetti-Monteviti, Amilcare Ponchielli e Antonoi Bazzini. No mesmo ano, aos 21 anos, ele compôs a Messa, que marcou a grande associação de sua família com a música gospel. Apesar do título da obra se referir a uma Missa Ordinária Católica, atualmente o trabalho é popularmente conhecido como Messa di Gloria, um nome que, tecnicamente, refere-se apenas a duas orações da missa: o Kyrie e o Gloria, enquanto omite o Credo, o Sanctus e o Agnus Dei.
      O trabalho antecipa a carreira de Puccini como um compositor de óperas, mostrando na Messa vislumbres do poder dramático que ele viria a trazer aos palcos; as poderosas "árias" para tenor e baixo são certamente mais operísticas que as músicas normalmente vistas nas igrejas e a orquestração e o poder dramático compara a sua Messa com o Requiem de Verdi.
      Enquanto estudava no Conservatório, Puccini obreve um libretto de Ferdinando Fontana e entrou  numa competição de óperas em um ato, em 1882. Embora que não tivesse ganho, Le Villi foi apresentada no Teatro Dal Verme em 1884 e chamou a atenção de Giulio Ricordi, chefe da G. Ricordi & Co., que pediu ao compositor para compor a sua segunda ópera, Edgar, em 1889. Edgar tinha uma péssima história, com um pobre libretto de Fontana. Este pode ter tido um efeito sobre os pensamentos de Puccini, pois quando ele começou a compor a sua terceira ópera, Manon Lescaut, anunciou que seria escrita com um próprio libretto e não "de um tolo libretista". Ricordi persuadiu Puccini a aceitar Ruggiero Leoncavallo como seu libretista, mas Puccini pediu para Ricordi removê-lo do projeto. Quatro outros libretistas foram envolvidos com a ópera, pelo facto de Giacomo mudar de ideia constantemente sobre a estrutura da ópera. Foi quase que por acaso que no final do segundo ato, Illica e Giacosa, reuniram-se para completar a ópera. Eles permaneceram juntos com Puccini nas três seguintes óperas do compositor e provavelmente, nos maiores sucessos deles: La Bohème, Tosca e Madame Butterfly.
      Pode ter sido o fracasso de Edgar que fez Puccini mudar tantas vezes de ideia, Edgar quase lhe custou a carreira. Puccini envolveu-se com a casada Elvira Gemignani e os associados de Ricordi fizeram vistas grossas ao estilo de vida, desde que ele fosse bem sucedido. Quando Edgar foi um fracasso, sugeriram a Ricordi que deveriam tirar Puccini, mas Ricordi disse que ele permaneceria com Puccini e pagou ao compositor com seu próprio dinheiro até à sua ópera seguinte. Manon Lescaut foi um grande sucesso e Puccini tornou-se o líder operístico da época.
        
      Puccini na Torre del Lago
      A partir de 1891, Puccini passou a maior parte do seu tempo em Torre del Lago, uma pequena comunidade a quinze milhas de Lucca, situada entre o Mar Tirreno e o Lago Massaciuccoli, ao sul de Viareggio. Enquanto alugava uma casa lá, ele passava o seu tempo a caçar, mas regularmente visitava Lucca.
      Em 1900 ele adquiriu uma propriedade e construiu uma vila no lago, atualmente conhecida como "Villa Museo Puccini". Ele viveu lá até 1921, quando a poluição forçou a sua mudança para Viareggio, poucos quilómetros ao norte. Após a sua morte, um mausoléu foi criado na Villa Puccini e o compositor foi enterrado na capela, ao lado da sua esposa e filho, que morreram depois.

       Óperas escritas na Torre del Lago
      • Manon Lescaut (1893), sua terceira ópera, foi seu primeiro grande sucesso. Foi o início de sua memorável relação com os libretistas Luigi Illica e Giuseppe Giacosa, que colaboraram com ele em suas três óperas seguintes, que tornaram-se suas três óperas de maior sucesso e mais interpretadas. São elas:
      • La Bohème (1896), é considerada um dos melhores trabalhos como também uma das óperas mais românticas já compostas. Juntamente com Tosca, é uma das óperas mais populares da história.
      • Tosca (1900), foi sem dúvida a primeira ópera de Puccini ingressando no verismo, uma representação realista de fatos da vida real, incluindo violência. A ópera foi considerada de maior importância na história da ópera, por causa de muitas características significantes.
      • Madame Butterfly (1904) foi inicialmente recebida com hostilidade (organizada pelos seus rivais) mas, após alguns melhoramentos, tornou-se outro grande sucesso.
      Após 1904, composições foram menos frequentes. Seguindo a sua paixão por carros rápidos, Puccini envolveu-se num acidente em 1903. Em 1906 Giacosa morreu e em 1909 houve um grande escândalo, pois a esposa do compositor, Elvira, acusou falsamente Puccini de ter tido um caso com a sua empregada, Doria Manfredi. A empregada cometeu suicídio logo depois da acusação. Elvira foi processada pelos Manfredis e Giacomo teve que pagar uma quantia em dinheiro. Finalmente em 1912 a morte de Giulio Ricordi, editor de Puccini, terminou o período produtivo de sua carreira.
      Entretanto, Puccini completou La fanciulla del West em 1910 e finalmente a partitura de La rondine em 1916. Em 1918, Il trittico foi apresentada em Nova Iorque. Tratava-se de uma ópera em três atos: um episódio horroroso (Il tabarro), no estilo parisiense Grand Guignol, uma tragédia sentimental (Suor Angelica) e uma comédia (Gianni Schicchi). Das três, Gianni Schicchi é a parte mais popular, tendo uma ária conhecida popularmente: "O mio babbino caro".
      Últimos anos
      Um fumador inveterado de charutos e cigarros de Toscano, Puccini começou a queixar-se de dor de garganta crónica em finais de 1923. Um diagnóstico de cancro da garganta levou os médicos a recomendar um tratamento novo e experimental: radioterapia, que estava sendo oferecido em Bruxelas. Puccini e sua esposa nunca souberam o quão sério era o cancro, sendo que a notícia só foi revelada ao filho do compositor.
      Puccini morreu dia 29 de novembro de 1924, por complicações no tratamento: uma hemorragia descontrolada levou-o a um ataque cardíaco, apenas um dia após a sua cirurgia. Notícias sobre sua morte chegaram a Roma durante uma performance de La Bohème. A ópera foi imediatamente interrompida e a orquestra tocou a Marcha Fúnebre de Frédéric Chopin. Ele foi enterrado em Milão, no túmulo da família Toscanini, temporariamente. Em 1926 o seu filho transferiu o corpo do pai para a capela recém terminada na Torre del Lago.
      Turandot, a sua última ópera, foi deixada inacabada e as duas últimas cenas foram acabadas por Franco Alfano, baseado nos apontamentos do compositor.
      Quando Arturo Toscanini conduziu a performance de estreia, em abril de 1926 (num teatro lotado e com a presença do ditador italiano Benito Mussolini), ele decidiu não interpretar a parte de Alfano. A performance foi parada na parte em que Puccini compôs. O maestro virou para o público e disse: "Aqui a ópera terminou, porque nesse ponto o maestro morreu". (Alguns dizem que ele foi mais poeta e disse: Aqui o maestro abaixou sua caneta). Alguns jornalistas interpretaram a atitude de Toscanini como um gesto de desaprovação da contribuição de Alfano. Em 2009, William Hartson, no Daily Express disse a seus leitores com grande autoridade que "Toscanini nunca conduziu Turandot novamente". De facto, ele conduziu novamente nas duas noites seguintes, inclusive a parte de Alfano, em um total de três performances.
      Em 2002, um novo oficial final foi composto por Luciano Berio, a partir dos rascunhos originais, mas essa versão é raramente interpretada.

      Política
      Ao contrário de Richard Wagner e Giuseppe Verdi, Puccini não parecia ser ativo na política da sua época. No entanto, Mussolini, ditador fascista da Itália na época, alegou que Puccini havia pedido para ser admitido no Partido Nacional Fascista. Embora tenha sido comprovado que Puccini estava de facto entre os primeiros apoiantes do partido fascista, na época da campanha eleitoral de 1919 (na qual os candidatos fascistas foram completamente derrotados, onde os mesmos ficaram furiosos, ganhando parcos 4 mil votos), não parece haver nenhum registo ou prova de qualquer dedicação de Puccini ao partido. Além disso, caso Puccini tivesse sido um fascista ativo, o seu grande amigo Toscanini (um anti-fascista radical) provavelmente teria cortado todas as ligações de amizade com ele e deixado de reger as suas óperas.
      Não obstante, a propaganda fascista apropriou-se da figura de Puccini e uma das marchas mais difundidas durante as paradas de rua e cerimónias públicas fascistas era o "Inno a Roma" (Hino a Roma), composto em 1919 por Puccini para a letra de Fausto Salvatori, com base nestes versos de Carmen saeculare, de Horácio:
      Alme Sol, curru nitido diem qui / Promis et celas alius que et idem / Nasceris, possis nihil urbe Roma / Visere maius. (O Sol, que não muda, mas sempre novo, / Rege todo o dia e vai para casa, / Nada pode estar presente para tu vires / Superior a Roma!)

      Estilo
      Puccini claramente ocupou um lugar na tradição popular de Verdi, o seu estilo de orquestração mostrava a forte influência de Wagner, com ligações específicas de timbres orquestrais para diferentes momentos dramáticos. A música de Puccini era baseada nas tradicionais melodias diatónicas das óperas italianas da época, influências que podem ser ouvidas em músicas de Igor Stravinsky e no impressionismo. Ele foi descrito pela Encyclopædia Britannica como "Um artista típico de fim de século".
      As estruturas dos trabalhos de Puccini são também notáveis. Embora seja, de certa forma, possível dividir as suas óperas em árias ou números (como as de Verdi), as suas partituras são geralmente compostas apresentando um forte sentido de fluxo contínuo e conectividade, talvez sendo esse outro sinal da influência de Wagner. Como o alemão, Puccini usou leitmotivs para conotar as características e sentimentos. Isso é mais aparente em Tosca, onde os três acordes que iniciam a ópera são usados em toda obra para anunciar Scarpia; o descendente motivo de bronze está ligado ao regime repressivo que governou Roma no cenário da ópera e mais claramente a Angelotti, uma das vítimas do regime; o arpejo da harpa que figura a aparição da entrada de Tosca e a ária Vissi d'arte simbolizando o fervor religioso de Tosca; o clarinete ascendente-descendente indica o sofrimento de Mario por ser condenado e pelo seu amor por Tosca. Ao contrário de Wagner, os motivos de Puccini são, em alguns casos, estáticos, eles têm a intenção de direcionar a atenção do público para uma ideia particular. No entanto, ao longo de suas óperas, por exemplo o amor em La Bohème, as melodias desenvolvem-se para sinalizar uma mudança de personagem.
      Outra qualidade distintiva nas obras de Puccini é o uso da voz no estilo da fala, ou seja, canto parlando; personagens cantam frases curtas, um após o outro, como se estivessem numa conversa. Puccini é também celebrado pelo seu dom melódico e muitas das suas melodias são memoráveis e populares. As suas mais simples melodias são compostas de sequências de escala, por exemplo, Quando m'en vo (Valsa de Musetta) de La Bohème e E lucevan le stelle de Tosca.
      As óperas de Puccini incluem vários temas, um dos mais comuns incluem as heroínas, que são "dedicadas de corpo e alma ao seus amantes"; um fim trágico muitas vezes. Exemplos de líderes mulheres que morreram em suas óperas incluem Cio-Ci San em Madame Butterfly, Mimi em La Bohème e Tosca. De acordo com a Encyclopædia Britannica: "combina compaixão e piedade por suas heroínas com um forte traço de sadismo". Além disso, excepcionalmente para óperas escritas por compositores italianos, até essa altura, muitas das óperas de Puccini estão definidas fora da Itália, como no Japão, prospeção de ouro na Califórnia, Paris e Riviera e ainda na China.

      Música
      Embora Puccini seja conhecido por suas óperas, ele também escreveu algumas peças orquestrais, música sacra, música de câmara e canções para voz e piano.
      Óperas
      • Le Villi, libretto de Ferdinando Fontana (em um ato - estreada no Teatro Dal Verme, 31 de maio de 1884)
      • segunda versão (em dois atos - estreada no Teatro Regio de Torino, 26 de dezembro de 1884)
      • terceira versão (em dois atos - estreada no Teatro alla Scala, 24 de janeiro de 1885)
      • quarta versão (em dois atos - estreada no Teatro dal Verme, 7 de novembro de 1889)
      • Edgar, libretto de Ferdinando Fontana (em quatro atos - estreada no La Scala, 21 de abril de 1889)
      • segunda versão (em quatro atos - estreada no Teatro del Giglio, 5 de setembro de 1891)
      • terceira versão (em três atos - estreada no Teatro Comunale, 28 de janeiro de 1892)
      • quarta versão (em três atos - estreada no Teatro Colón, 8 de julho de 1905)
      • Manon Lescaut, libretto de Luigi Illica, Marco Praga e Domenico Oliva (estreada no Teatro Regio, 1 de fevereiro de 1893)
      • segunda versão (estreada no Teatro Coccia, 21 de dezembro de 1983)
      • La Bohème', libretto de Luigi Illica e Giuseppe Giacosa (estreada no Teatro Regio, 1 de fevereiro de 1896)
      • Tosca, libretto de Luigi Illica e Giuseppe Giacosa (estreada no Teatro Costanzi, 14 de janeiro de 1900)
      • Madame Butterfly, libretto de Luigi Illica e Giuseppe Giacosa (em dois atos - estreada no La Scala, 17 de fevereiro de 1904)
      • segunda versão (em dois atos - estreada no Teatro Grande di Brescia, 28 de maio de 1904)
      • terceira versão (estreada no Covent Garden, 10 de julho de 1905)
      • quarta versão (estreada no Opéra-Comique, 28 de dezembro de 1906)
      • quinta versão (estreada no Teatro Carcano, 9 de dezembro de 1920)
      • La fanciulla del West, libretto de Guelfo Civinini e Carlo Zangarini (estreada no Metropolitan Opera House, 10 de dezembro de 1910)
      • segunda versão (estreada no La Scala, 29 de dezembro de 1912)
      • La rondine, libretto de Giuseppe Adami (estreado na Ópera de Monte Carlo, 27 de março de 1917)
      • segunda versão (estreada no Ópera de Monte Carlo, 10 de abril de 1920)
      • terceira versão (estreada no Teatro Verdi, 11 de abril de 1924 e Teatro Regio em 22 de março de 1994)
      • Il trittico (estreada no Metropolitan Opera, 14 de dezembro de 1918)
      • Il tabarro, libretto de Giuseppe Adami
      • Suor Angelica, libretto de Giovacchino Forzano
      • Gianni Schicchi, libretto de Giovacchino Forzano
      • Turandot, libretto de Renato Simioni e Giuseppe Adami (estreada no La Scala, a 25 de abril de 1926) 
      Outros trabalhos
      • A te (1875)
      • Preludio para orquestra (1876)
      • Plaudite populi (Lucca, 1877)
      • Credo (Lucca, 1878)
      • Vexilla Regis (1878)
      • Missa a Quatro Vozes com Orquestra (Lucca, 1880)
      • Adagio in A major (1881)
      • Largo Adagetto em F maior (1881–83)
      • Salve del ciel Regina (1882)
      • Mentìa l’avviso (1882)
      • Preludio Sinfónico em A maior (Milão, 1882)
      • Fugues (1883)
      • Scherzo em D (1883)
      • Storiella d’amore (1883)
      • Capriccio Sinfonico (Milão, 1883)
      • Sole ed amore (1888)
      • Crisantemi (1890)
      • Minuetto n.1 (1892)
      • Minuetto n.2 (1892)
      • Minuetto n.3 (1892)
      • Piccolo valzer (1894)
      • Avanti Urania! (1896)
      • Scossa elettrica (1896)
      • Inno a Diana (1897)
      • E l'uccellino (1899)
      • Terra e mare (1902)
      • Canto d’anime (1904)
      • Requiem (1905)
      • Casa mia, casa mia (1908)
      • Sogno d'or (1913)
      • Pezzo per pianoforte (1916)
      • Morire? (1917)
      • Inno a Roma (1 de junho de 1919)


      Os gémeos Gibb, dos Bee Gees, nasceram há 64 anos

      Maurice Ernest Gibb (Douglas, Ilha de Man, 22 de dezembro de 1949 - Miami, 12 de janeiro de 2003) foi um cantor, compositor, pianista, guitarrista, baixista, tecladista, multi-instrumentista britânico, conhecido principalmente por ser um membro dos Bee Gees, um dos grupos de maior sucesso de todos os tempos. Gémeo de Robin Gibb, Maurice era o mais novo, por 35 minutos.


      Robin Hugh Gibb (Douglas, Ilha de Man, 22 de dezembro de 1949 - Londres, 20 de maio de 2012) foi um músico, cantor e compositor britânico. Foi um dos membros fundadores da famosa banda de pop Bee Gees. Era irmão de Barry Gibb, Andy Gibb e gêmeo de Maurice Gibb, falecido em 2003, e que também era um dos membros dos Bee Gees.
      Foi conhecido pelos shows com a Neue Philharmonie Frankfurt, uma das mais reconhecidas orquestras do mundo. Robin possuía uma carreira a solo de sucesso, com vários hits e álbuns.


      Vanessa Paradis nasceu há 41 anos

      Vanessa Chantal Paradis, (Saint-Maur-des-Fossés, 22 de dezembro de 1972) é uma atriz e cantora francesa. Ela tornou-se uma das cantoras mais conhecidas da sua geração aos 14 anos com o seu primeiro single, "Joe le taxi" e desde então teve uma carreira consistente na música e no cinema.
      Vanessa é sobrinha do ator e produtor Didier Pain e irmã da atriz Alysson Paradis.
      De maio de 1998 até junho de 2012, esteve num relacionamento com o ator americano Johnny Depp, o pai de seus dois filhos: Lily-Rose Melody Depp, nascida a 27 de maio de 1999 e Jack John Christopher III, nascido a 9 de abril de 2002 (as duas crianças nasceram em Paris).