Ele ascendeu ao trono em
1989, ocupando a 17° posição na lista de monarcas e líderes que reinam ou que governam há mais tempo. Akihito é o único
monarca reinante do mundo que detém o título de
Imperador.
Apesar de não possuir poderes diretos sobre a
política japonesa,
Akihito diferenciou-se de seu pai por demonstrar uma atitude pacífica e
conciliadora para com os antigos rivais do Japão, tais como a
Rússia e a
China.
Brasão do Imperador do Japão
Nome e título
No
Japão, o Imperador nunca é referido pelo seu nome, mas simplesmente pelo título
Sua Majestade o Imperador, que pode ser abreviado como
Sua Majestade. Na escrita, o Imperador também é referido formalmente como "O Reinante Imperador"
.
A
era do reinado de Akihito possui o nome de
Heisei. Ele será nomeado após a sua morte como
Imperador Heisei, uma espécie de nome póstumo. Consequentemente, uma nova Era surgirá no Japão com a ascensão do seu
sucessor.
Vida
Akihito é o filho de sexo masculino mais velho e o quinto filho do
Imperador Hirohito e da
Imperatriz Kōjun.
Chamado de Príncipe Tsugu enquanto criança, foi
educado por professores particulares e estudou na escola primária e
secundária Peers (Gakushuin), de 1940 a 1952. Diferente dos seus
antecessores, não recebeu uma comissão como oficial do Exército, a
pedido de seu pai, Hirohito.
Durante os bombardeamentos americanos a Tóquio, em março de 1945, ele e o
seu irmão mais novo, Príncipe Masahito, foram evacuados da cidade.
Durante a
ocupação do Japão, na sequência da
Segunda Guerra Mundial,
o Príncipe Akihito aprendeu inglês e costumes ocidentais com Elizabeth
Gray Vinin. Estudou no Departamento de Ciências Políticas na
Universidade de Gakushuin
em Tóquio, mas nunca recebeu qualquer grau académico. Embora fosse o herdeiro
aparente do
Trono de Crisântemo desde o momento do seu nascimento, o
título de Príncipe Herdeiro só lhe foi
outorgado a 10 de novembro de 1952, no
Palácio Imperial de Tóquio. Em junho de 1953, o Príncipe Herdeiro representou o Japão na coroação da
Rainha Elizabeth II, em Londres.
O então Príncipe Herdeiro Akihito e a Princesa Michiko fizeram
visitas oficiais a trinta e sete países. Como Príncipe, Akihito comparou
o papel da realeza Japonesa aos robôs e expressou sua vontade e
esperança de trazer a família Imperial mais perto do povo japonês.
Casamento e família
Em 10 de abril de 1959, casou-se com
Michiko Shōda
(24 de outubro de 1934), a filha mais velha de Hidesaburo Shōda, o
presidente e último executivo honorário da Companhia Nisshin Flour
Milling. A Imperatriz Michiko Shōda foi a primeira plebeia a casar
com um membro da família imperial.
Entronização
Quando ainda eram o casal herdeiro do Japão, Akihito e Michiko realizaram visitas oficiais a pelo menos trinta e sete países.
Desde que sucedeu ao trono, o Imperador Akihito, ao lado de sua
esposa, aproximou a família imperial do povo japonês, visitando as
quarenta e sete
províncias do Japão.
Além disso, o Imperador e a Imperatriz já viajaram para mais outros
oitenta países. A 2 de dezembro de 1993 foi agraciado com o Grande-Colar
da
Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e em
1998, durante uma visita oficial ao Reino Unido, ele foi investido Cavaleiro da
Ordem da Jarreteira, tendo sido agraciado com o Grande-Colar da
Ordem do Infante D. Henrique a 12 de maio do mesmo ano.
No dia
23 de dezembro de
2001,
durante o seu anual encontro de aniversário com jornalistas, Akihito, em
resposta a uma pergunta, disse que sentia "uma certa afinidade com a
Coreia" e explicou que o facto se devia à mãe do
Imperador Kammu
(736–806), que era uma descendente do Rei Muryeong de Baekje. O
Imperador também disse que os coreanos que migravam para o Japão em
tempos antigos trouxeram aspetos importantes de cultura e de
tecnologia
ao país e apelou para que os contemporâneos nunca esquecessem o
lamentável facto de que nem todas as ações do Japão na Coreia foram
amigáveis.
Em dezembro de
2002, foi revelado que o Imperador Akihito tinha sido diagnosticado com
cancro da
próstata. Ele foi submetido a uma imediata
cirurgia, bem-sucedida.
Apesar de ser obrigado a manter sua posição constitucional, Akihito já divulgou seus sentimentos de
remorso e de contrição a outros países da
Ásia, porque eles sofreram durante a ocupação japonesa. Em abril de
1989, três meses depois da morte de seu pai,
Hirohito, expressou remorso à
China pelo que os soldades japoneses fizeram no seu território antes e durante a II Grande Guerra.
Em junho de
2005, o Imperador visitou um território dos
Estados Unidos no
Oceano Pacífico,
Saipan, o local de uma das batalhas da Segunda Guerra mais importantes, de
15 de junho a
9 de julho de
1944.
Acompanhado pela Imperatriz Michiko, ele rezou e colocou flores em
diversos memoriais, honrando não apenas os japoneses que morreram, como
também soldados americanos, que lutaram contra os japoneses, os coreanos, que foram forçados a lutar pelo
Japão, e os nativos da ilha. Foi a primeira viagem de um monarca
japonês a um campo de batalha da Segunda Guerra. A jornada em
Saipan foi bastante elogiada pelos japoneses, assim como as visitas do
Imperador aos memoriais de guerra em
Tóquio,
Hiroshima,
Nagasaki e
Okinawa, no ano de
1995.
No dia
6 de setembro de
2006, o Imperador celebrou o nascimento do seu primeiro neto de sexo masculino, o
Príncipe Hisahito, filho do
Príncipe Akishino.
Hisahito é o primeiro menino que nasceu na família imperial japonesa em
quarenta e um anos; o seu nascimento pode acabar com a crise de sucessão
ao trono, uma vez que o filho mais velho do Imperador,
Naruhito, tem apenas uma filha, a
Princesa Aiko. Sob a atual lei de sucessão japonesa, Aiko é incapaz de herdar o trono, por ser do
sexo feminino.
Em 13 de julho de 2016 anunciou a intenção de abdicar do trono do
Crisântemo nos próximos anos, delegando ainda em vida a posição ao seu
filho mais velho, o príncipe
Naruhito. Em mensagem exibida na televisão no dia
8 de agosto de
2016, Akihito afirmou que já não é mais capaz de cumprir com os seus compromissos, em virtude da saúde frágil e idade avançada
Para que pudesse se afastar das suas funções, o parlamento japonês teve
que alterar legislação, que até então não previa a renuncia do
Imperador.
A
1 de dezembro de
2017, foi confirmado que Akihito irá renunciar a 30 de abril de 2019.