sábado, dezembro 28, 2013

Cristina Branco - 41 anos

Cristina Branco é uma cantora portuguesa nascida em Almeirim (Ribatejo), a 28 de dezembro de 1972.

Apenas aos 18 anos passou a ter por Amália uma profunda admiração quando o seu avô lhe ofereceu o disco "Rara e Inédita". Mas tudo começou quando, "por brincadeira", num jantar de amigos onde cantou fado pela primeira vez embora não se considere fadista.
Ao participar no "Programa da Manhã" da RTP é vista por José Melo que a convida para cantar em Amesterdão, no Círculo de Cultura Portuguesa na Holanda, da qual era o presidente, e passa entretanto a ser o seu empresário.
A cantora grava "Cristina Branco In Holland", em edição de autor, registado ao vivo nos dois concertos realizados no dia 25 de abril de 1996. Foram feitos mil exemplares "que se venderam imediatamente", logo seguidos por novas edições sucessivas, até se chegar aos 5000 discos vendidos. Foi com este disco que tudo começou.
O disco "Murmúrios" foi editado pela editora holandesa Music & Words. O disco reúne 14 temas, desde fados tradicionais como "Abandono" (imortalizado por Amália, com texto de David Mourão-Ferreira) a versões de Sérgio Godinho ("As certezas do meu mais brilhante amor") ou José Afonso ("Pomba branca"). A maioria dos temas tem assinatura de Maria Duarte, autora dos textos, e música de Custódio Castelo. Em França recebeu, em 1999, o Prix Choc da revista "Le Monde de la Musique", pelo melhor CD de música tradicional.
Em fevereiro de 2000 sai o álbum "Post-Scriptum" (título de um poema de Maria Teresa Horta). Conquistou o Prix Choc, deste vez para o melhor álbum do mês de Março, em França.
Na Holanda foi editado o disco "Cristina Branco Canta Slauerhoff", o segundo desse ano, com textos do poeta holandês J. J. Slauerhoff (1898-1936), com tradução de Mila Vidal Paletti e música de Custódio Castelo. O disco constitui como que uma prova de agradecimento de Cristina Branco ao país que lhe abriu as portas do sucesso, embora nunca tenha vivido na Holanda.
Durante o ano de 2000, a cantora realizou cerca de 130 espectáculos por todo o mundo. O disco "Corpo Iluminado", o primeiro com edição da Universal francesa, foi editado em 2001.
Em 2002 é reeditado "O Descobridor", novo título para o disco onde canta Slauerhoff, com três novos temas.
O sexto álbum de Cristina Branco, de título "Sensus" foi editado pela Universal, no dia 24 de março de 2003. A música é assinada por Custódio Castelo. O álbum conta com letras de David Mourão-Ferreira, Vinícius de Moraes, Chico Buarque, Eugénio de Andrade, Camões e Shakespeare, entre outros.
"Ulisses" é o nome do disco seguinte, editado em 2005. Em 2006 é editado um registo ao vivo, em formato CD e DVD, gravado em julho de 2006 no teatro à italiana de Leiden (Leidsche Shouwburg Theater), na Holanda.
A cantora começa o ano de 2007 com vários espectáculos de revisitação da obra de Zeca Afonso. Nesse ano é lançada a compilação "Perfil" e o álbum "Abril", com versões de músicas de José Afonso.
Em março de 2009 é editado o disco "Kronos", o primeiro sem a colaboração de Custódio Castelo. O disco tem por tema unificador o TEMPO e é constituído por canções inéditas, compostas por uma dezena de criadores.
Começa o ano de 2011 com uma participação na tournée anual de Ano Novo da Sinfonietta de Amesterdão, depois já ter feito mesmo em 2006.
Em fevereiro de 2011 lança o álbum "Não há só Tangos em Paris" ("Fado Tango", na sua versão internacional), escolhendo como o música de apresentação o tema com o mesmo nome do álbum, da autoria de Pedro da Silva Martins.
Em fevereiro de 2013 é editado o álbum "Alegria". A cantora contou com a colaboração de alguns dos seus poetas e compositores favoritos: Manuela de Freitas, Gonçalo M. Tavares, Miguel Farias, Jorge Palma, João Paulo Esteves da Silva, Pedro Silva Martins, Mário Laginha e Ricardo J. Dias. O disco inclui novamente revisitação à obra de Sérgio Godinho, Chico Buarque e Joni Mitchell.
  
Discografia
  • Cristina Branco In Holland (CD, Ed. Autor, 1997)
  • Murmúrios (CD, Music & Words, 1998) ([1])
  • Post-Scriptum (CD, L'Empreintdigitale/Harmonia Mundi, 1999) - reeditado em 2000 com um novo tema
  • Cristina Branco canta Slauerhoff (CD, 2000)
  • Corpo Iluminado (CD, Universal, 2001)
  • O Descobridor (CD, Universal, 2002) - reedição de Slauerhoff
  • Sensus (CD, Universal, 2003)
  • Ulisses (CD, Universal, 2005)
  • Live (DVD, Universal, 2006)
  • Live (CD, Universal, 2006)
  • Abril (CD, Universal, 2007)
  • Kronos (CD, Universal, 2009)
  • Não há só Tangos em Paris (CD, Universal, 2011)
  • Alegria (CD, Universal, 2013)
Compilações
  • Perfil (CD, iplay, 2006)

in Wikipédia
  


Construção - Cristina Branco
Chico Buarque

Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contra-mão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contra-mão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado.

John Legend - 35 anos!

John Legend, nome artístico de John Roger Stephens (Springfield, 28 de dezembro de 1978) é um cantor de R&B, compositor e pianista, vencedor de nove prémios Grammy e uma estrela no  Songwriters Hall of Fame. Em 2004 lançou o seu álbum de estreia, Get Lifted,  com o qual obteve um disco de platina, tendo lançado deste os singles "Used to Love U" (Top 100 nos EUA, Top 30 no Reino Unido) e "Ordinary People" (Top 30 nos EUA e Reino Unido).
Ele também colaborou com Slum Village na música "Selfish" (Top 100 nos EUA), música em que Kanye West também participa. Legend participou do CD Late Orchestration, de Kanye West, tocando piano ao vivo em Londres. Também tocou piano em "Everything is Everything", de Lauryn Hill e fez coros em "Encore", de Jay-z, "You Don't Know My Name", de Alicia Keys , "High Road", de Fort Minor e também cantou em "Entreolhares", da cantora Ana Carolina. Em 2005 cantou o clássico With you I'm born again com Mariah Carey, no especial Save The Music. O seu irmão Vaughn Anthony também é cantor.

Biografia
Estudou Inglês, com especialização em Literatura Afro-Americana, na Universidade da Pensilvânia. Na Faculdade participou num grupo de jazz chamado Counterparts, bem como foi apresentado à cantora Lauryn Hill, e tocou piano na faixa "Everything Is Everything", do primeiro álbum a solo da cantora. Terminou o curso em 1999 e começou a compor as suas próprias músicas, tendo gravado dois álbuns independentes, que eram vendidos nas suas apresentações ao vivo: "John Stephens" (2000) e "Live at Jimmy Uptown" (2001). Teve ainda participações em álbuns de cantores como Alicia Keys e Jay-Z.
Também participou no álbum "How I Got Over", de 2010, do grupo de rap americano The Roots.




Olavo Bilac morreu há 95 anos

Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac (Rio de Janeiro, 16 de dezembro de 1865 - Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 1918) foi um jornalista e poeta brasileiro, membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Criou a cadeira 15, cujo patrono é Gonçalves Dias.
Conhecido por sua atenção a literatura infantil e, principalmente, pela participação cívica, era republicano e nacionalista; também era defensor do serviço militar obrigatório. Bilac escreveu a letra do Hino à Bandeira e fez oposição ao governo de Floriano Peixoto. Foi membro-fundador da Academia Brasileira de Letras, em 1896. Em 1907, foi eleito "príncipe dos poetas brasileiros", pela revista Fon-Fon. Bilac, autor de alguns dos mais populares poemas brasileiros, é considerado o mais importante dos poetas parnasianos do Brasil. No entanto, para o crítico João Adolfo Hansen, "o mestre do passado, do livro de poesia escrito longe do estéril turbilhão da rua, não será o mesmo mestre do presente, do jornal, a cronicar assuntos quotidianos do Rio, prontinho para intervenções de Agache e a erradicação da plebe rude, expulsa do centro para os morros".

A Pátria não é a raça, não é o meio, não é o conjunto dos aparelhos económicos e políticos: é o idioma criado ou herdado pelo povo.
Bilac


Língua Portuguesa

Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela…

Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O génio sem ventura e o amor sem brilho!



Olavo Bilac

O astrónomo Arthur Stanley Eddington nasceu há 131 anos

Sir Arthur Stanley Eddington (Kendal, 28 de dezembro de 1882 - Cambridge, 22 de novembro de 1944) foi um astrofísico britânico do início do século XX.
O limite de Eddington foi assim chamado em sua homenagem.
Eddington é famoso pelo seu trabalho sobre a Teoria da Relatividade. Eddington escreveu um artigo em 1919, Report on the relativity theory of gravitation, que anunciou a Teoria Geral da Relatividade de Einstein para o mundo anglófono, pois, devido à Primeira Guerra Mundial, os novos desenvolvimentos da ciência alemã não eram muito bem conhecidos no Reino Unido.

Eddington nasceu a 22 de dezembro de 1882, em Kendal, na Inglaterra, no seio de uma família Quaker. O seu pai, Henry Arthur Eddington, formado em Filosofia, tornou-se o diretor da Stramongate School em 1878, nomeado pela Assembleia da Sociedade Religiosa dos Amigos de Kendal: os Quakers; porém, dois anos após o nascimento de Eddington, o seu pai falece de febre tifoide.
Gostava de natação e golfe, porém o ciclismo era a sua paixão. Mantinha rigorosos dados referentes a seus passeios, visto que em 1905 tinha percorrido 2669 milhas(aproximadamente 4295.34km).
Desde cedo ele mostrou grande talento para a Matemática e ganhou diferentes prémios e bolsas que permitiram que financiasse os seus estudos, que ele finalizou em 1905. Começou as suas pesquisas no laboratório Cavendish, e mais tarde pesquisas em Matemática, que ele interrompeu rapidamente, tendo recebido no final de 1905 um lugar no Observatório de Greenwich. Ele foi imediatamente integrado num projeto de pesquisa, iniciado em 1900, quando placas fotográficas do asteróide 433 Eros foram tiradas durante todo um ano e a sua primeira tarefa foi terminar a análise dessas placas e determinar o valor preciso da paralaxe solar.
Em 1906 ele começou o seu estudo estatístico do movimento das estrelas e, no ano seguinte, ganhou um prémio pelo ensaio que escrevera sobre o assunto.
Em dezembro de 1912, George Darwin, um dos filhos de Charles Darwin, morreu e Eddington foi nomeado para substituí-lo. Como o titular da outra cadeira de Astronomia de Cambridge, a Lowndean Chair, também morreu no ano seguinte, Eddington tornou-se o diretor do Observatório de Cambridge, assumindo assim a responsabilidade da Astronomia teórica e experimental em Cambridge.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Eddington foi chamado para efetuar o serviço militar. Como quaker e pacifista, recusou servir no Exército e pediu uma derrogação, para efetuar um serviço alternativo, mas isso não era possível naquela época. Alguns amigos cientistas resolveram o problema, conseguindo se pronunciar em seu favor para dispensá-lo do serviço militar alegando sua importância para a ciência. Em 1915, ele recebeu por intermédio da Royal Astronomical Society os artigos sobre a Teoria Geral da Relatividade de Einstein e de de Sitter. Eddington começou então a se interessar pelo assunto, principalmente porque essa nova teoria podia explicar o avanço, inexplicado até então, do periélio de Mercúrio. Como Quaker, Eddington sentia-se capaz de vincular a Física com sua fé.

Uma das fotografias de Eddington do eclipse de 1919, apresentada no seu artigo de 1920

Após a guerra, Eddington partiu para São Tomé e Príncipe, onde um eclipse solar total seria visível em 29 de maio de 1919. Segundo a relatividade geral, uma estrela visível nas proximidades do Sol deveria aparecer em uma posição ligeiramente mais afastada deste porque sua luz deveria ser ligeiramente desviada pela ação da gravidade do Sol. Esse efeito somente pode ser observado durante um eclipse total do Sol, pois senão a luminosidade do Sol impede a visibilidade da estrela em questão. A relatividade geral predizia um desvio duas vezes maior do que o predito pela gravitação newtoniana. As observações foram feitas no território português da Ilha do Príncipe, na Roça Sundy, com o apoio do seu proprietário, o português Jerónimo Carneiro. Durante o eclipse, Eddington tirou diversas fotografias das regiões situadas em torno do Sol.
As condições meteorológicas não eram boas e as placas fotográficas revelaram-se de péssima qualidade e difíceis de medir. Ele anotou, mesmo assim, no seu caderno:
… uma placa que medi confirmava as predições de Einstein.
Porém, uma outra equipe da expedição de Eddington, que estava na cidade de Sobral, no Brasil, liderada pelo astrônomo britânico Andrew Crommelin, pôde observar o eclipse sob boas condições meteorológicas. As placas fotográficas registradas por essa equipe permitiram a Eddington medir uma deflexão da luz de 1,98".
Esse resultado, cuja exatidão foi discutida posteriormente, foi aclamado como uma prova conclusiva da Relatividade Geral sobre o modelo newtoniano; a notícia foi publicada em jornais em todo o mundo como uma importante descoberta. Ela também é a origem da história de que somente três pessoas entendiam a Relatividade; quando perguntado por um repórter que sugeriu isso, Eddington replicou brincando "Oh, who's the third?" (Oh, quem é a terceira?). Outra história conta que Einstein, ao ser questionado por um repórter sobre o que ele teria feito se as medidas efetuadas por Eddington não estivessem de acordo com as predições da teoria Geral da Relatividade, teria respondido: "Eu diria que o bom Deus está enganado".
Eddington também estudou o interior das estrelas e calculou sua temperatura baseando-se na energia necessária para manter a pressão exercida pelas camadas próximas da superfície. Com isso, ele descobriu a relação massa-luminosidade das estrelas. Eddington calculou também a abundância do hidrogénio e elaborou uma teoria explicando a pulsação das cefeidas. O fruto dessas pesquisas está relatado em seu importante trabalho The Internal Constitution of Stars (1926).
Em 1920, tomando como base as medidas precisas de átomos efetuadas por Francis Aston, Eddington foi o primeiro a sugerir que a fonte de energia das estrelas provinha da fusão nuclear do hidrogénio em hélio. Essa teoria revelou-se correta, mas ele teve um longo debate sobre esse assunto com James Jeans, que acreditava que essa energia proviesse da contração da estrela sobre si mesma.
Dos anos 1920 até sua morte, ele se concentrou cada vez mais naquilo que ele chamava de "teoria fundamental", cujo objetivo era a unificação da teoria quântica, da teoria da Relatividade e da gravitação, e que se baseava essencialmente em uma análise das relações adimensionais entre constantes fundamentais.
Eddington foi enobrecido em 1930 e recebeu a Ordem do Mérito em 1938. Recebeu ainda diversas outras honrarias, entre elas a medalha de ouro da Astronomical Society of the Pacific (1923), a medalha de ouro da Royal Astronomical Society (1924), da National Academy of Washington (1924), da Société Astronomique de France (1928) e da Royal Society (1928). Além de ser eleito para a Royal Society, foi também eleito para a Royal Society of Edinburgh, para a Royal Irish Academy, para a National Academy of Sciences, bem como para diversas outras sociedades científicas.
Uma cratera lunar recebeu o seu nome, assim como o asteroide 2761 Eddington.
Eddington soube popularizar a ciência escrevendo diversos livros destinados aos leigos. Ele também é conhecido por ter introduzido a noção (teorema) dos macacos datilógrafos (Infinite Monkey Theorem em inglês) em 1929 com a frase:
...se um exército infinito de macacos teclasse aleatoriamente em máquinas de escrever, eles poderiam escrever todos os livros do British Museum.

O desastre natural que mais mortos provocou na Europa foi há 105 anos

The 1908 Messina earthquake (also known as the 1908 Messina and Reggio earthquake) and tsunami took some 100,000 to 200,000 lives on December 28, 1908, in Sicily and Calabria, southern Italy.

Corpses of victims of the earthquake in Messina, December 1908
  
Quake
On December 28, 1908 from about 05:20 to 05:21 an earthquake of 7.1 on the moment magnitude scale occurred centered on the of city Messina, in Sicily. Reggio on the Italian mainland also suffered heavy damage. The ground shook for some 30 to 40 seconds, and the destruction was felt within a 300-kilometer (186-mile) radius. Moments after the earthquake, a 12-meter (39-foot) tsunami struck nearby coasts, causing even more devastation; 91% of structures in Messina were destroyed and some 70,000 residents were killed. Rescuers searched through the rubble for weeks, and whole families were still being pulled out alive days later, but thousands remained buried there. Buildings in the area had not been constructed for earthquake resistance, having heavy roofs and vulnerable foundations.
  
Relief efforts
News of the disaster was carried by Italian torpedo boats to Nicotera, where the telegraph lines were still working, but that was not accomplished until midnight at the end of the day. Rail lines in the area had been destroyed, often along with the railway stations.
The Italian navy and army responded and began searching, treating the injured, and evacuating refugees (as did every ship). Looters soon had to be shot. King Victor Emmanuel III and the Queen arrived.
The disaster made headlines worldwide and international relief efforts were launched. With the help of the Red Cross and sailors of the Russian and British fleets, search and cleanup were expedited. The Russian battleships Tsesarevich, and Slava and the cruisers Admiral Makarov, and Bogatyr, British battleship Exmouth and the cruisers Euryalus, Minerva, and Sutlej were ordered to provide assistance; the S.S. Afonwen was in Messina harbor during the quake (anchored in 45 fathoms (80 m) of water, but there were only 30 fathoms (55 m) when she sailed full of refugees). The French battleships Justice and Vérité, and three torpedo boat destroyers were ordered to Messina. The U.S. Navy's Great White Fleet and supply ships USS Celtic and USS Culgoa were also ordered to assist. Other nations' ships also responded.
   
Cause
The earthquake was caused by normal faulting between plates. Italy sits along the boundary zone of the African Continental plate and this plate is pushing against the seafloor underneath Europe at a rate of 25 millimeters (1 inch) per year. This causes vertical displacement which in turn can cause earthquakes. Recently it has been proposed that the concurrent tsunami was not generated by the earthquake, but rather by a large undersea landslide it triggered. There were also several fires that destroyed houses and turned them to rubble.
   
Aftermath
In the years following 1908, precautions were taken when reconstruction began, building architecture that would be able to withstand earthquakes of variable magnitude, if one should strike again. In the midst of reconstruction many of the Italian residents were relocated to various parts of Italy. Others were forced to emigrate to America. In 1909 the cargo ship Florida carried 850 such passengers away from Naples. Lost in a dense fog, the Florida collided with the Republic, a luxury passenger liner. Three people aboard the Florida were killed instantly. Within minutes, pandemonium broke out on the ship. The captain of the Florida, Angelo Ruspini, used extreme measures to regain control of the desperate passengers, including firing gunshots into the air. Eventually the survivors were rescued at sea and brought into the New York harbor where they would start a new life.
   

Proessores de 1ª, 2ª e 3ª? Não, obrigado?

Movimento de professores promove boicote à prova de avaliação
Lusa, 27.12.2013

A primeira chamada da prova, a 18 de dezembro, ficou marcada por diversos incidentes

Reunidos em Coimbra, os docentes do movimento Boicote&Cerco deliberaram também promover uma manifestação nacional.

Os professores do movimento Boicote&Cerco que se reuniram nesta sexta-feira em Coimbra decidiram promover o boicote à segunda chamada da prova de avaliação de capacidades e conhecimentos (PACC) de docentes e uma manifestação nacional.

"No dia da segunda chamada, iremos estar a promover o boicote e cerco, novamente por todo o país", disse hoje, ao final da tarde, à agência Lusa, André Pestana, após a reunião de professores do movimento.

A data para a realização da segunda chamada da prova não é conhecida mas, segundo disse o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, em entrevista à RTP, será em janeiro.

No encontro de hoje foi decidido realizar uma manifestação nacional não só de professores, alunos, pais e funcionários das escolas, mas também de "todos aqueles que defendem a escola pública, que está, de facto, a ser atacada por um ministro ao serviço dos colégios privados", disse André Pestana.

O ministro da Educação "dá milhões de euros aos colégios privados e tira dinheiro à escola pública", sustentou o dirigente do movimento, sublinhando que a redução do financiamento da escola pública "degrada a qualidade do ensino".

A manifestação ainda não tem data agendada, mas realizar-se-á em janeiro, revelou André Pestana, adiantando que os promotores pretendem que ela "marque a exigência, mais uma vez", do fim da PACC, e da "demissão deste ministro [da Educação], que não tem condições para continuar" no cargo.

Os institutos "politécnicos exigem a demissão de Nuno Crato", a Associação de Professores de Matemática "chama incompetente ao ministro" e "a própria associação de pais já disse que a prova em janeiro vai perturbar" o funcionamento do ano lectivo, exemplificou André Pestana.

"Exigimos a anulação total" da PACC, afirmou André Pestana, referindo que a realização da primeira chamada da prova, no dia 18 de Dezembro, foi dominada por "irregularidades".

Os docentes do Boicote&Cerco reivindicam ainda a devolução do dinheiro que pagaram pela inscrição na PACC.

"Há milhares de professores que pagaram e já deveriam ter recebido" esse valor "há muito tempo, mas continuam à espera", sustentou André Pestana, sublinhando que "o Estado é muito rápido e muito assertivo para exigir ao contribuinte", mas quando se trata de ser a administração pública a cumprir a sua atitude é completamente diversa.

O Boicote&Cerco apela a todos os professores para que não desistam da sua luta, que não terminará "enquanto não for garantido não só o fim da PACC, mas também outras questões", como as relacionadas com a vinculação dos docentes contratados, cuja situação "não respeita a lei geral do trabalho".

Há professores que "estão há dez, 20 anos com contratos sem qualquer tipo de vinculação e sem qualquer estabilidade", salientou o dirigente do movimento, assegurando que "os docentes não desistirão de lutar".

Na reunião de hoje, em Coimbra, participaram professores de Vila Real, Braga, Guimarães, Gaia, Porto, Santa Maria da Feira, Viseu, Leiria, Lisboa, Barreiro, Faro e Coimbra.

in Público - ler notícia

Paul Hindemith morreu há 50 anos

Paul Hindemith (Hanau, Hesse, 16 de novembro de 1895Frankfurt am Main, 28 de dezembro de 1963), foi um compositor, violinista, maestro e professor alemão.

Depois de já ter aprendido violino enquanto criança, Hindemith estudou com Arnold Mendelssohn e Bernhard Sekles no Hochsche Konservatorium em Frankfurt am Main.
Em 1922, algumas das suas peças foram ouvidas no festival International Society for Contemporary Music em Salzburgo, o que o fez conquistar a atenção dos públicos internacionais. Posteriormente colaborou com vários compositores avant garde, incluindo Anton Webern e Arnold Schoenberg, tendo feito várias digressões, tocando violino como solista, pelos Estados Unidos da América, no final da década de 1930.
Apesar dos protestos do maestro Wilhelm Furtwängler, a sua música foi definida como "degenerada" pelos nazis e, em 1940, emigrou para os Estados Unidos da América, onde leccionou na Universidade de Yale, tendo alunos como Lukas Foss, Norman Dello Joio, Harold Shapero e Ruth Schonthal. Adquiriu a cidadania norte-americana em 1946, mas regressou à Europa em 1953, vivendo em Zurique e lecionando na universidade local.
No final da sua vida começou a dirigir mais. Ganhou o Prémio Balzan em 1962 tendo falecido no ano seguinte, de pancreatite aguda.


O Arquipélago de Gulag foi publicado há 40 anos...

Arquipélago de Gulag é provavelmente a mais forte e a certamente a mais influente obra sobre como funcionavam os gulags (campos de concentração e de trabalho forçado na antiga União Soviética) nos tempos de Estaline.
Escrito por Alexander Soljenítsin, o livro de cerca de 600 páginas é uma narrativa sobre factos que foram presenciados pelo autor, prisioneiro durante onze anos, em Kolima, num dos campos do arquipélago, e por duzentas e trinta e sete pessoas, que confiaram as suas cartas e relatos ao autor.
Escrito entre 1958 a 1967, a obra foi publicada no ocidente (em Paris) no ano de 1973 (a 28 de dezembro) e circulou clandestinamente na União Soviética, numa versão minúscula, escondida, até à sua publicação oficial no ano de 1989.
"GULag" é um acrónimo em russo para o termo: "Direção Principal (ou Administração) dos Campos de Trabalho Corretivo" ("Glavnoye Upravleniye Ispravitelno-trudovykh Lagerey"), um nome burocrático para este sistema de campos de concentração.
O título original em russo do livro era "Arkhipelag GULag". A palavra arquipélago relaciona-se ao sistema de campos de trabalho forçado espalhados por toda a União Soviética como uma vasta corrente de ilhas, conhecidas apenas por quem fosse destinado a visitá-las.


 Aleksandr Solzhenitsyn in Vladivostok (1994)

Since the Soviet Union's dissolution and the formation of the Russian Federation, The Gulag Archipelago is included in the high school program in Russia as mandatory reading in 2009.
Structurally, the text is made up of seven sections divided (in most printed editions) into three volumes: parts 1–2, parts 3–4, and parts 5–7. At one level, the Gulag Archipelago traces the history of the Soviet concentration camp and forced labour system from 1918 to 1956, starting with V.I. Lenin's original decrees shortly after the October Revolution establishing the legal and practical frame for a slave labor economy, and a punitive concentration camp system. It describes and discusses the waves of purges, assembling the show trials in context of the development of the greater gulag system with particular attention to the legal and bureaucratic development.
The legal and historical narrative ends in 1956, the time of Nikita Khrushchev's Secret Speech at the 20th Party Congress of 1956 denouncing Stalin's personality cult, his autocratic power, and the surveillance that pervaded the Stalin era. Though the speech was not published in the USSR for a long time, it was a break with the most atrocious practices of the concentration camp system; Solzhenitsyn was aware, however, that the outlines of the gulag system had survived and could be revived and expanded by future leaders.
Despite the efforts by Solzhenitsyn and others to confront this Soviet system, the realities of the camps remained taboo into the 1980s. While Khrushchev, the Communist Party, and the Soviet Union's supporters in the West viewed the gulag as a deviation of Stalin, Solzhenitsyn and the opposition tended to view it as a systemic fault of Soviet political culture - an inevitable outcome of the Bolshevik political project.
Parallel to this historical and legal narrative, Solzhenitsyn follows the typical course of a zek (a slang term for inmate) through the concentration camp system, starting with arrest, show trial and initial internment; transport to the "archipelago"; treatment of prisoners and general living conditions; slave labor gangs and the technical prison camp system (where Andrei Sakharov and his team of prisoner-scientists developed the Soviet Union's first hydrogen bomb); camp rebellions and strikes (see Kengir uprising); the practice of internal exile following completion of the original prison sentence; and ultimate (but not guaranteed) release of the prisoner. Along the way, Solzhenitsyn's examination details the trivial and commonplace events of an average zek's life, as well as specific and noteworthy events during the history of the gulag system, including revolts and uprisings.
Aside from using his experiences as a zek at a scientific prison (a sharashka), the basis of the novel The First Circle (1968), Solzhenitsyn draws from the testimony of 227 fellow zeks, the first-hand accounts which base the work. One chapter of the third volume of the book is written by a prisoner named Georg Tenno, whose exploits enraptured Solzhenitsyn to the extent that he offered Tenno a position as co-author of the book; Tenno declined.
The sheer volume of firsthand testimony and primary documentation that Solzhenitsyn managed to assemble in The Gulag Archipelago made all subsequent Soviet and KGB attempts to discredit the work useless. Much of the impact of the treatise stems from the closely detailed stories of interrogation routines, prison indignities and (especially in section 3) camp massacres and inhuman practices.
There had been works about the Soviet prison/camp system before, and its existence was known to the Western public since the 1930s. However, never before had the wide reading public been brought face to face with the horrors of the Soviet system in this way. The controversy surrounding this text in particular was largely due to the way Solzhenitsyn definitively and painstakingly laid the theoretical, legal and practical origins of the gulag system at Lenin's feet, not Stalin's. According to Solzhenitsyn's testimony, Stalin merely amplified a concentration camp system that was already in place. This is significant, as many Western intellectuals viewed the Soviet concentration camp system as a "Stalinist aberration."
Solzhenitsyn argued that the Soviet government could not govern without the threat of imprisonment, and that the Soviet economy depended on the productivity of the forced labor camps, especially insofar as the development and construction of public works and infrastructure were concerned.
This put into doubt the entire moral standing of the Soviet system. In Western Europe the book came, in time, to force a rethinking of the historical role of Lenin. With The Gulag Archipelago, Lenin's political and historical legacy became problematic, and the fractions of Western communist parties who still based their economic and political ideology on Lenin were left with a heavy burden of proof against them. George F. Kennan, the influential U.S. diplomat, called The Gulag Archipelago, "the most powerful single indictment of a political regime ever to be levied in modern times."
In an Interview with German weekly Die Zeit British historian Orlando Figes claims that many gulag inmates he interviewed for his research identified so strongly with the book's contents that they became unable to distinguish between their own experiences and what they read. Thus, he claims "The Gulag Archipelago spoke for a whole nation and was the voice of all those who suffered".
After the KGB had confiscated Solzhenitsyn's materials in Moscow, during 1965-1967, the preparatory drafts of The Gulag Archipelago were turned into finished typescript in hiding at his friends' homes in Estonia. While in the KGB's Lubyanka Prison, Solzhenitsyn had befriended Arnold Susi, a lawyer and former Estonian Minister of Education. After completion, Solzhenitsyn's original handwritten script was kept hidden from the KGB in Estonia by Arnold Susi's daughter, Heli Susi, until the dissolution of the Soviet Union.
The KGB seized one of only three extant copies of the text still on Soviet soil. This was achieved by torturing Elizaveta Voronyanskaya, Solzhenitsyn's typist who knew where the typed copy was hidden; within days of her release by the KGB, she hanged herself on 3 August 1973.
Translated into English by American Thomas Whitney, the English and French translations of Volume I appeared in the spring and summer of 1974. Solzhenitsyn had been in touch with them about the upcoming publication, which he knew he could not put off much longer, but the final decision was taken by the YMCA Press itself with the author's implicit approval (two years previously, it had published August 1914).
Solzhenitsyn had wanted the manuscript to be published in Russia first, but knew this was impossible under conditions then extant. The international impact of the work was profound. Not only did it provoke a very vivid debate in the West, a mere six weeks after the work had left Parisian presses Solzhenitsyn himself was forced into exile.
Because possession of the manuscript incurred the risk of a long prison sentence for 'anti-Soviet activities', Solzhenitsyn never worked on the manuscript in complete form. Due to the KGB's constant surveillance of him, Solzhenitsyn only worked on parts of the manuscript at any one time, so as not to put the book as a whole into jeopardy if he happened to be arrested. For this reason, he secreted the various parts of the work throughout Moscow and the surrounding suburbs, in the care of trusted friends, and sometimes purportedly visiting them on social calls, but actually working on the manuscript in their homes. During much of this time, Solzhenitsyn lived at the dacha of the world-famous cellist Mstislav Rostropovich, and due to the reputation and standing of the musician, even with Soviet authorities, he was reasonably safe from KGB searches there.
Solzhenitsyn did not think this series would be his defining work, as he considered it journalism and history rather than high literature. However, with the possible exception of One Day in the Life of Ivan Denisovich, it is his best-known and most popular work, at least in the West.
Finished in 1968, The Gulag Archipelago was microfilmed and smuggled out to Solzhenitsyn's main legal representative, Dr Kurt Heeb of Zürich, to await publication (a later paper copy, also smuggled out, was signed by Heinrich Böll at the foot of each page to prove against possible accusations of a falsified work).
Solzhenitsyn was aware that there was a wealth of material and perspectives that merited to be continued in the future, but he considered the book finished for his part. The royalties and sales income for the novel were transferred to the Solzhenitsyn Foundation for aid to former camp prisoners, and this fund, which had to work in secret in its native country, managed to transfer substantial amounts of money to those ends in the 1970s and 1980s.

Ravel morreu há 76 anos


Joseph-Maurice Ravel (Ciboure, 7 de março de 1875Paris, 28 de dezembro de 1937) foi um compositor e pianista francês, conhecido sobretudo pela subtileza, das suas melodias instrumentais e orquestrais, entre elas, o Bolero, que considerava trivial e descreveu-o como "uma peça para orquestra sem música".


sexta-feira, dezembro 27, 2013

O Tratado de Methuen foi assinado entre Portugal e o Reino Unido há 210 anos

(imagem daqui)

O Tratado de Methuen, também referido como Tratado dos Panos e Vinhos, foi um tratado assinado entre a Inglaterra e Portugal, em 27 de dezembro de 1703. Foram seus negociadores o embaixador extraordinário britânico John Methuen, por parte da Rainha Ana da Inglaterra, e D. Manuel Teles da Silva, Marquês de Alegrete.
Pelos seus termos, os portugueses comprometiam-se a consumir os têxteis britânicos e, em contrapartida, os britânicos, os vinhos de Portugal. Com três artigos, é o texto mais reduzido da história diplomática europeia:
"I. Sua Majestade ElRey de Portugal promete tanto em Seu proprio Nome, como no de Seus Sucessores, de admitir para sempre daqui em diante no Reyno de Portugal os Panos de lãa, e mais fábricas de lanificio de Inglaterra, como era costume até o tempo que forão proibidos pelas Leys, não obstante qualquer condição em contrário.
II. He estipulado que Sua Sagrada e Real Magestade Britanica, em seu proprio Nome e no de Seus Sucessores será obrigada para sempre daqui em diante, de admitir na Grã Bretanha os Vinhos do produto de Portugal, de sorte que em tempo algum (haja Paz ou Guerra entre os Reynos de Inglaterra e de França), não se poderá exigir de Direitos de Alfândega nestes Vinhos, ou debaixo de qualquer outro título, directa ou indirectamente, ou sejam transportados para Inglaterra em Pipas, Toneis ou qualquer outra vasilha que seja mais o que se costuma pedir para igual quantidade, ou de medida de Vinho de França, diminuindo ou abatendo uma terça parte do Direito do costume. Porem, se em qualquer tempo esta dedução, ou abatimento de direitos, que será feito, como acima he declarado, for por algum modo infringido e prejudicado, Sua Sagrada Magestade Portugueza poderá, justa e legitimamente, proibir os Panos de lã e todas as demais fabricas de lanificios de Inglaterra.
III. Os Exmos. Senhores Plenipotenciários prometem, e tomão sobre si, que seus Amos acima mencionados ratificarão este Tratado, e que dentro do termo de dois meses se passarão as Ratificações."
No século XVIII, Portugal encontrou em terras brasileiras a primeira riqueza que instigava a realização das grandes navegações: os metais preciosos. Além de atender a uma antiga expectativa, a exploração da economia aurífera do espaço colonial poderia determinar a recuperação económica lusitana, bem como a dinamização de uma economia que se encontrava gravemente enfraquecida pelos anos de dominação espanhola e a grave crise açucareira que atingiu o Brasil no século anterior.
Contudo, contrariando a essa possibilidade, observamos que a riqueza retirada do Brasil e enviada a Portugal não resultou nesse processo de recuperação. Pior do que isso, a extração aurífera veio reforçar a dependência econômica que os portugueses tinham em relação ao espaço colonial brasileiro e, na medida em que o ouro escasseava, a crise económica lusitana voltava a se fortalecer. Mas afinal, como poderíamos compreender essa situação, no mínimo, contraditória?
Entre os vários fatores que possam ser trabalhados, acreditamos que o Tratado de Methuen ou Tratado de Panos e Vinhos tem grande valia para que possamos entender o quadro económico experimentado em Portugal ao longo do século XVIII. Assinado com a Inglaterra, esse acordo estabelecia que Portugal teria facilidades na compra dos tecidos ingleses e que a Inglaterra se valeria de facilidades semelhantes para comprar a produção de vinho lusitana.
Ao longo do tempo, a vigência desse acordo impeliu grande parte dos produtores agrícolas de Portugal a utilizarem suas terras cultiváveis para a produção de vinho. Afinal de contas, a disponibilidade do mercado inglês imposta pelo tratado garantia lucro aos produtores. No entanto, essa mesma prática impedia que a economia portuguesa se voltasse para o desenvolvimento de outras atividades que pudessem dinamizar a sua economia.
Além disso, devemos salientar que a demanda portuguesa por tecidos era bem maior que a riqueza produzida pela venda do vinho à Inglaterra. Desse modo, os portugueses acumularam grandes dívidas geradas pela necessidade crescente de se consumir os produtos ingleses manufaturados. No contexto do século XVIII, esse déficit era suprido com o envio das barras de ouro e as pedras preciosas que eram extraídas no Brasil. Com isso, a riqueza colonial brasileira mascarava a deficiência económica da sua metrópole.
Em diferentes ocasiões, esses efeitos produzidos pelo Tratado de Methuen foram criticados por diversos estudiosos que percebiam o impasse gerado. Na segunda metade do século XVIII, o marquês de Pombal, principal ministro do rei D. José I, tomou medidas cujo objetivo seria de reverter essa situação. Contudo, o desinteresse da aristocracia portuguesa impedia que um projeto de modernização econômica se estabelecesse naquelas terras.
Ao alcançarmos os finais do século XVIII, momento em que a economia mineradora já apresentava sérios sinais de desgaste, a economia portuguesa sentia o retorno de uma grave crise económica. De tal modo, vemos que a assinatura do Tratado de Methuen, somado a outros fatores ligados à política e à economia portuguesa, explicam como o país não se fortaleceu economicamente num período em que a prosperidade trazida pelo ouro deveria abrir tantas outras portas.

Hayley Williams, a vocalista dos Paramore, faz hoje 25 anos

Hayley Nichole Williams (Meridian, 27 de dezembro de 1988) é uma cantora e compositora americana, vocalista da banda de rock Paramore.

Início
Hayley cresceu em Meridian, no estado do Mississippi. Filha de uma família cristã, começou a cantar na sua igreja e em paragens de autocarro. Ao longo da sua pré-adolescência começou a ouvir bandas como 'N Sync, que influenciaram o seu estilo musical e o gosto pelo rock e pop rock.
Aos treze anos, os seus pais divorciaram-se e ela e a sua mãe mudaram-se para Franklin, Tennessee. Durante esse período, ela entrou em uma banda punk intitulada "The Factory", onde conheceu Jeremy Davis. Após algum tempo, Hayley conheceu na escola os irmãos Zac Farro e Josh Farro, que tinham uma banda. Hayley disse-lhes que sabia cantar e eles a convidaram para fazer parte da banda como vocalista.

2004-2006: O nascimento do Paramore e All We Know Is Falling
Em 2004, foi formado então a banda Paramore. A primeira canção oficial da banda foi "Conspiracy" que no futuro iria fazer parte do primeiro álbum da banda. Em 2005, com quase todas as canções do futuro álbum já escritas, John Janick, fundador da gravadora Fueled by Ramen, fechou um contrato com a banda.
Foi então que, em 26 de julho de 2005, os Paramore lançou o primeiro álbum de estúdio intitulado: All We Know Is Falling, com dez faixas. Para divulgação do álbum foram lançados como singles as canções: "Pressure", "Emergency" e "All We Know", todas alcançando boas posições nas paradas musicais, tendo o álbum ficado em segundo lugar na Billboard Comprehensive Albums, tornando-se o maior sucesso da banda até então.
O estilo punk-hardcore de Hayley ficou famoso também pela mudança da cor de seus cabelos, sendo o novo ícone do rock. Hayley também participou de duetos como com o Death in The Park na canção "Fallen" e com o Say Anything na canção "Plea".

2007-2008: Riot! e sucesso da banda
Após os trabalhos com All We Know Is Falling a banda, em conjunto com Hayley, lançou o segundo álbum de estúdio, Riot!, com onze faixas, lançado em 12 de junho de 2007. O álbum ficou em 15º lugar na Billboard 200, além de receber certificação de ouro da RIAA pelas vendas. As canções do álbum tiveram grande impacto na banda, pois foram as músicas símbolos da era de ouro do Paramore; sucessos como "Misery Business" e "Crushcrushcrush", que alcançaram excelentes posições em paradas musicais. A partir daí, a banda lançou vários videoclipes, com inúmeras exibições em sites especializados no ramo. Hayley, também em conjunto com os integrantes do Paramore, apareceram no videoclipe da canção "Kiss Me", da banda New Found Glory, os Paramore também lançaram EPs e álbuns ao vivos.
Mais tarde, no ano seguinte, Hayley e os Paramore lançaram o single "Decode" para a banda sonora do filme Twilight, estrelado por Robert Pattinson e Kristen Stewart. A banda então ganhou diversos prémios em eventos da música internacional. Após algum tempo, sites e blogs afirmaram que Hayley estava escrevendo novas canções e que seriam para um novo álbum da banda; porém nada foi confirmado. Entretanto Hayley disse, numa entrevista, que o Paramore estava planeando um novo álbum, porém sem nome ainda. A banda lançou novos videoclipes de suas canções anteriores, e, numa nova entrevista para a MTV, Hayley afirmou que a capa do novo álbum seria de uma borboleta repartida em três partes. Essa borboleta foi encontrada intacta na entrada da casa da sua mãe que ela guardou, pregou com os alfinetes na grade da sua casa e que o fotógrafo Ryan Russel retratou.
Cquote1.svg Eu achei a borboleta na rua da minha mãe há algum tempo atrás… morta e completamente intacta. Cquote2.svg
- Hayley Williams

2009-2012: Brand New Eyes e projetos paralelos
Com o episódio da borboleta, Hayley escreveu a canção "Brick by Boring Brick", Hayley também afirmou, numa entrevista para a MTV, que no seu ponto de vista, isto representava pedaços quebrados que podem formar uma grande figura. Meses depois, em meados de 2009, Hayley, em conjunto com os Paramore, afirmou que o nome do terceiro álbum de estúdio seria Brand New Eyes e a canção da borboleta seria lançada como single, em conjunto com as canções "Ignorance", "The Only Exception", "Careful" e "Playing God". O álbum então foi lançado a 29 de setembro de 2009 e ficou no 2º lugar na Billboard 200. A banda então saiu em sua primeira turnê para divulgar o álbum, Brand New Eyes Tour e apoiou diversas bandas de rock americanas, tais como Green Day e New Found Glory esta última do seu namorado, Chad Gilbert, guitarrista da banda. A turnê terminou em meados de 2010.
Hayley também participou da canção "Airplanes" do cantor B.o.B, a canção fez tanto sucesso que teve uma segunda parte com a participação do rapper Eminem. Hayley também estreou, com a sua primeira canção a solo, "Teenagers", para a banda sonora do filme, Jennifer's Body. No fim de maio de 2010, foi postado no Twitter da cantora via TwitPic uma foto sua, fazendo topless, mas a imagem foi rapidamente apagada. Williams alegou que sua conta no TwitPic foi hackeada, porém alguns sites americanos de noticias afirmaram que a foto podia ter sido publicada pela própria Hayley acidentalmente. Ainda em 2010, o Paramore anunciou a saída dos irmãos Zac e Josh Farro da banda, restando apenas Hayley, Jeremy Davis e Taylor York.
Em 2011, os Paramore voltaram com uma nova canção, intitulada Monster, para a banda sonora do filme Transformers: Dark of the Moon. A canção teve um enorme sucesso, e ganhou o Teen Choice Awards na categoria "Best Rock Track". Hayley também afirmou em uma entrevista que o Paramore pretende lançar um novo álbum com previsão para 2013.