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sexta-feira, fevereiro 06, 2015

Dignidade dos Professores: 1 - milu & crato: 0

Tribunal anula despacho sobre prova de professores em acórdão “demolidor”

A prova tem sido muito criticada pelos professores

O MEC já anunciou que que vai recorrer da sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal que anula o despacho de calendarização da aplicação da PACC em 2013. Fenprof diz que decisão abre porta a pedidos de indemnização.

O Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra (TAFC) anulou o despacho de 2013 através do qual o actual Ministério da Educação e Ciência (MEC) definiu o calendário da aplicação da Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades (PACC) e condições de aprovação dos candidatos a professores, com argumentos que colocam em causa a legitimidade da criação daquela prova, anunciou nesta terça-feira a Federação Nacional de Professores (Fenprof). A decisão fica suspensa com anunciada apresentação de recurso por parte do Ministério da Educação, mas a fundamentação "isola politicamente, ainda mais", o actual Governo, considera o secretário-geral da organização sindical, Mário Nogueira.

No acórdão, divulgado pela Fenprof, o TAFC faz considerações sobre todo o quadro legislativo relativo à alteração do Estatuto da Carreira Docente (ECD) e à instituição da PACC, que remonta a 2007, quando Maria de Lurdes Rodrigues era ministra da Educação, no Governo de José Sócrates. E, como vem agora sublinhar a Fenprof, apoia os argumentos daquela organização sindical contra a prova, que na sequência de alterações introduzidas pelo actual Governo é agora exigida (e foi aplicada em 2013 e 2014) a todos os docentes com menos de cinco anos de serviço que queiram candidatar-se a dar aulas.

“O TAFC debruça-se sobre o enquadramento legal da prova, designadamente o que foi inscrito no ECD, entendendo que ele ofende o princípio da segurança jurídica imanente da ideia de Estado de Direito Democrático, bem como a liberdade de escolha da profissão prevista na Constituição da República Portuguesa”, frisa a Fenprof, num comunicado divulgado nesta terça-feira.

A organização sindical cita o acórdão (que tem data de 28 de janeiro) para sublinhar que, tal como tem vindo a defender, também o tribunal considera que “as qualidades profissionais” dos docentes submetidos à PACC “são já previamente atestadas pelos cursos de ensino superior (...) devidamente homologados”. No acórdão pode ler-se ainda que a prova é considerada um “obstáculo” “não expectável”, imposto “ao arrepio de legítimas expectativas de cidadãos que contavam ser considerados já aptos para o exercício de uma profissão”.

“O TAF considera, mesmo, que o 'Estado actua de forma contraditória, agindo em abuso de direito (...) quando, por um lado, reconhece competências para as instituições de ensino superior formarem cabalmente os futuros docentes e, por outro lado, os sujeita a um exame para os inserir no quadro'”, prossegue a Fenprof.

O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, considera o acórdão "demolidor" e afirma que ele "isola ainda mais, politicamente, o MEC". Sobre as consequências, afirma que "se se consumar a decisão, todos os que provarem ser sócios da Fenprof" e que "seriam colocados" a dar aulas em 2014/2015 têm direito a indemnização. Para além disso, frisa, abrir-se-á "a discussão sobre a própria natureza da prova como obstáculo ilegal de acesso à função pública".

João Louceiro, também dirigente da Fenprof, disse acreditar que, se a sentença vier a ser confirmada por instâncias superiores, "toda a prova pode ruir, já que a fundamentação da decisão do TAFC não se baseia nos termos do despacho, em si, mas na ilegalidade dos decretos que produzem a alteração do ECD e na instituição da prova". Ressalvou, no entanto, que os próprios juristas da organização "não fizeram ainda uma leitura mais fina da sentença" que determina não a anulação daquela legislação (o que não estava em causa), mas a anulação de um despacho que define "o calendário de realização da prova de conhecimentos e capacidades, as condições de aprovação e os valores a pagar pela inscrição, consulta e pedido de reapreciação" em relação à primeira aplicação da prova, em 2013.

Em resposta ao PÚBLICO, esta terça-feira, o MEC anuncia precisamente que "irá interpor recurso para o Tribunal Central Administrativo Norte no respectivo prazo legal, acto que tem efeitos suspensivos da decisão". Perto das 17.00 horas enviou um "esclarecimento" em que refere que, como é "do conhecimento público", no ano passado" foram intentadas várias providências cautelares pedindo a suspensão da PACC" e " a decisão final dos tribunais superiores foi sempre favorável ao MEC".

Não é fácil apurar a quantas pessoas se aplicaria a sentença, já que nem todos fizeram a primeira edição nos termos do calendário definido no despacho agora anulado pelo TAFC. Houve professores que não tiveram condições para a fazer em Dezembro de 2013, devido a acções de protesto e a tentativas de boicote por parte de manifestantes e a quem foi dada a possibilidade de realizar a prova em Julho. Sabe-se que se inscreveram 13.500 professores em dezembro e 4120 em julho e que no total só foram feitas e validadas provas de 10.220 docentes. Destes professores, 8747 passaram (e tiveram a possibilidade de ser colocados) e 1473 chumbaram. Tendo em conta as declarações de Mário Nogueira, seria necessário saber quantos destes, que chumbaram, é que fizeram a prova em dezembro, de acordo com o aviso anulado; quantos seriam colocados caso tivessem passado na prova; e, desses, quais pertenciam a sindicatos da Fenprof.

A prova voltou a ser realizada em dezembro de 2014. De um total de 2490 professores que fizeram a componente comum da PACC, sem a qual não podem candidatar-se a dar aulas, 34,3% chumbaram. Estes já não farão a componente específica da prova, em que serão testadas as aptidões científicas dos professores, consoante as respectivas áreas disciplinares (História, Matemática, Português, etc). Esta parte do teste será aplicada neste mês de Fevereiro, em datas ainda não divulgadas. A Fenprof e outras organizações sindicais mantêm os protestos contra a sua realização e lançaram um pré-aviso de greve a todos os serviços relacionados com a PACC.

in Público - ler notícia

NOTA: fui dos que acreditou que Nuno Crato seria um Ministro da Educação e estava errado - aqui fica a visão do Antero sobre o assunto:


sábado, dezembro 28, 2013

Proessores de 1ª, 2ª e 3ª? Não, obrigado?

Movimento de professores promove boicote à prova de avaliação
Lusa, 27.12.2013

A primeira chamada da prova, a 18 de dezembro, ficou marcada por diversos incidentes

Reunidos em Coimbra, os docentes do movimento Boicote&Cerco deliberaram também promover uma manifestação nacional.

Os professores do movimento Boicote&Cerco que se reuniram nesta sexta-feira em Coimbra decidiram promover o boicote à segunda chamada da prova de avaliação de capacidades e conhecimentos (PACC) de docentes e uma manifestação nacional.

"No dia da segunda chamada, iremos estar a promover o boicote e cerco, novamente por todo o país", disse hoje, ao final da tarde, à agência Lusa, André Pestana, após a reunião de professores do movimento.

A data para a realização da segunda chamada da prova não é conhecida mas, segundo disse o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, em entrevista à RTP, será em janeiro.

No encontro de hoje foi decidido realizar uma manifestação nacional não só de professores, alunos, pais e funcionários das escolas, mas também de "todos aqueles que defendem a escola pública, que está, de facto, a ser atacada por um ministro ao serviço dos colégios privados", disse André Pestana.

O ministro da Educação "dá milhões de euros aos colégios privados e tira dinheiro à escola pública", sustentou o dirigente do movimento, sublinhando que a redução do financiamento da escola pública "degrada a qualidade do ensino".

A manifestação ainda não tem data agendada, mas realizar-se-á em janeiro, revelou André Pestana, adiantando que os promotores pretendem que ela "marque a exigência, mais uma vez", do fim da PACC, e da "demissão deste ministro [da Educação], que não tem condições para continuar" no cargo.

Os institutos "politécnicos exigem a demissão de Nuno Crato", a Associação de Professores de Matemática "chama incompetente ao ministro" e "a própria associação de pais já disse que a prova em janeiro vai perturbar" o funcionamento do ano lectivo, exemplificou André Pestana.

"Exigimos a anulação total" da PACC, afirmou André Pestana, referindo que a realização da primeira chamada da prova, no dia 18 de Dezembro, foi dominada por "irregularidades".

Os docentes do Boicote&Cerco reivindicam ainda a devolução do dinheiro que pagaram pela inscrição na PACC.

"Há milhares de professores que pagaram e já deveriam ter recebido" esse valor "há muito tempo, mas continuam à espera", sustentou André Pestana, sublinhando que "o Estado é muito rápido e muito assertivo para exigir ao contribuinte", mas quando se trata de ser a administração pública a cumprir a sua atitude é completamente diversa.

O Boicote&Cerco apela a todos os professores para que não desistam da sua luta, que não terminará "enquanto não for garantido não só o fim da PACC, mas também outras questões", como as relacionadas com a vinculação dos docentes contratados, cuja situação "não respeita a lei geral do trabalho".

Há professores que "estão há dez, 20 anos com contratos sem qualquer tipo de vinculação e sem qualquer estabilidade", salientou o dirigente do movimento, assegurando que "os docentes não desistirão de lutar".

Na reunião de hoje, em Coimbra, participaram professores de Vila Real, Braga, Guimarães, Gaia, Porto, Santa Maria da Feira, Viseu, Leiria, Lisboa, Barreiro, Faro e Coimbra.

in Público - ler notícia

sexta-feira, dezembro 27, 2013

Coimbra é sempre Coimbra...

REUNIÃO PARA TENTAR ANULAR A 2ª CHAMADA DA PAAC
Coimbra, nas Cantinas azuis (à frente das cantinas amarelas) a 200 metros da Praça da República.

Tenho dois lugares para levar colegas à reunião - saio de Leiria às 14.00 horas (960 081 251).


sexta-feira, dezembro 13, 2013

Sobre o exame aos professores mais novos do próximo dia 18...

(imagem daqui)
Proponho que, caso a prova cratina se realize em alguma escola, os professores que forem obrigados a fazê-la entreguem um cêntimo aos sem-vergonha que aceitem vigiá-la. É que, pelos vistos, esses traidores gostam muito muito de dinheiro, mesmo que sejam uns trocados…

in Blog Olhe Que Não - post de Jyoti Gomes
NOTA - alguém que eu conheço tem outra proposta: propõe que sejam 30 moedas, mais exatamente trinta moeda de um cêntimo, e ainda um baraço de corda grossa, com um mapa a indicar a figueira mais próxima.