quarta-feira, novembro 13, 2024

Rossini morreu há 156 anos...

       
Gioachino Antonio Rossini (Pésaro, 29 de fevereiro de 1792 - Passy, Paris, 13 de novembro de 1868) foi um compositor erudito italiano, muito popular no seu tempo, que criou 39 óperas, assim como diversos trabalhos para música sacra e música de câmara. Entre os seus trabalhos mais conhecidos estão Il barbiere di Siviglia ("O Barbeiro de Sevilha"), La Cenerentola ("A Cinderela") e Guillaume Tell ("Guilherme Tell").
 
Biografia
Gioachino Antonio Rossini nasceu numa família de músicos em Pesaro, cidade na costa do mar Adriático, na Itália. Seu pai, Giuseppe, era um trompista e inspector de matadouros, e sua mãe, Anna Guidarini, era uma cantora, filha de um padeiro. Os pais de Rossini começaram cedo sua educação musical, e aos seis anos de idade ele já tocava o triângulo na banda de seu pai.
O pai de Rossini simpatizava com a Revolução Francesa, e deu as boas-vindas às tropas de Napoleão quando elas invadiram o norte da Itália. Isto tornou-se um problema quando os austríacos restauraram o antigo regime, em 1796. O pai de Rossini foi preso, e sua mãe o levou a Bolonha, onde ela passou a ganhar a vida como cantora nos diversos teatros da região da Romanha, onde seu pai eventualmente pode juntar-se a eles. Durante todo este tempo, Rossini frequentemente foi deixado sob os cuidados de sua avó, já idosa, que não podia controlar efetivamente o garoto.
Após o retorno de seu pai, Rossini permaneceu em Bolonha, sob os cuidados de um talhante de porcos, enquanto seu pai tocava a trompa nas orquestras dos mesmos teatros em que Anna cantava. O garoto teve aulas de cravo por três anos com Giuseppe Prinetti, de Novara; este seu professor, que costumava tocar as escalas com apenas dois dedos. Paralelamente à sua profissão musical tinha um emprego como vendedor de bebidas alcoólicas, e uma propensão para adormecer de pé; tais qualidades tornaram-no objecto de ridicularização por parte de seu pupilo.
Aos catorze anos (idade que ele tinha no ano de 1806), Rossini inscreve-se no liceu musical da cidade e apaixona-se pelas composições de Haydn e Mozart, mostrando grande admiração pelas óperas de Cimarosa. Estuda violoncelo com Cavedagni no Conservatório de Bolonha. Em 1807 é admitido na classe de contraponto do padre Stanislao Mattei. Aprende a tocar violoncelo com facilidade, mas a pedante gravidade de Mattei nas suas opiniões sobre o contraponto só serviu para impulsionar o jovem compositor em direcção a uma escola de composição mais liberal. Sua visão sobre recursos orquestrais não é geralmente atribuída às regras de composição estritas que ele aprendeu com Mattei, mas aos conhecimentos adquiridos independentemente ao seguir as sinfonias e quartetos de Haydn e Mozart. Em Bolonha, ele era conhecido como "il tedeschino" ("o alemãozinho") por conta de sua devoção a Mozart.
   
Início da carreira
Através da amigável interposição do Marquês Cavalli, a sua primeira ópera, La cambiale di matrimonio, foi produzida em Veneza quando ele era um jovem de apenas 18 anos. No entanto, dois anos antes, já tinha recebido o prémio no Conservatório de Bolonha para sua cantata Il pianto de Armonia sulla morte de Orfeo.
Entre 1810 e 1813, em Bolonha, Roma, Veneza e Milão, Rossini seguiu produzindo óperas de sucesso variável. A memória destas obras foi suplantada pelo enorme sucesso de sua ópera Tancredi.
O libreto foi uma adaptação feita por Gaetano Rossi da tragédia Tancrède de Voltaire. Vestígios de Ferdinando Paër e Giovanni Paisiello estão inegavelmente presentes em alguns fragmentos da música. Contudo, qualquer sentimento crítico por parte do público foi afogado pela apreciação de tais melodias como "Di tanti palpiti … Mi rivedrai, ti rivedrò", que se tornou tão popular que os italianos cantavam-na em multidões nos tribunais até que o juíz ordenasse que parassem.
Rossini continuou a escrever óperas para Veneza e Milão durante os anos seguintes, mas a sua recepção era fria e, em alguns casos, insatisfatória após o sucesso de Tancredi. Em 1815 retira-se para a sua casa em Bolonha, onde Domenico Barbaia, o empresário do teatro de Nápoles, concluiu um acordo com ele para a tomar a direcção musical do Teatro San Carlo e do Teatro Del Fondo em Nápoles, escrevendo para cada um deles uma ópera por ano. Seu vencimento deveria ser 200 ducados por mês; a este valor juntar-se-ia uma parte dos lucros das mesas de jogo instaladas no ridotto do teatro, que se elevava a cerca de 1000 ducados por ano. Este era um acordo extremamente lucrativo para qualquer músico profissional nessa altura.
Alguns compositores mais velhos, em Nápoles, nomeadamente Zingarelli e Paisiello, estavam inclinados à intriga contra o sucesso do jovem compositor, mas toda essa hostilidade foi fútil face ao entusiasmo com que foi recebida a execução na corte de Elisabetta, regina d'Inghilterra, na qual Isabella Colbran, que posteriormente se tornou a esposa do compositor, desempenhou um papel principal. O libreto da ópera feito por Giovanni Schmidt, foi em muitos aspectos uma antecipação do que seria apresentado ao mundo alguns anos mais tarde, em Kenilworth de Sir Walter Scott. Esta ópera foi a primeira em que Rossini escreveu os ornamentos das árias em vez de deixá-los a cargo dos cantores, e também a primeira em que o recitativo secco foi substituído por um recitativo acompanhado de um quarteto de cordas.
A sua mais famosa ópera foi apresentada em 20 de fevereiro de 1816, no Teatro Argentina, em Roma. O libreto de Cesare Sterbini, uma versão da polémica peça de Beaumarchais, Le Barbier de Séville, era o mesmo que havia sido utilizado por Giovanni Paisiello no seu próprio Barbiere, uma ópera que tinha beneficiado de popularidade na Europa durante mais de um quarto de século. Mais tarde, Rossini afirmou ter escrito a ópera em apenas doze dias. Foi um estrondoso fracasso quando fez a sua estreia como Almaviva; os admiradores de Paisiello ficaram extremamente indignados, sabotando a produção assobiando e gritando durante todo o primeiro acto. Contudo, pouco tempo depois da segunda apresentação, a ópera tornou-se tão bem sucedida que a fama da ópera de Paisiello foi transferida para a de Rossini, para quem o título O Barbeiro de Sevilha passou como um património inalienável.
   
Casamento e fim de carreira
Entre 1815 e 1823 Rossini produziu 20 óperas. Destas, Otello foi o clímax da sua reforma da ópera séria, e oferece um sugestivo contraste com o tratamento do mesmo assunto numa altura semelhante de desenvolvimento artístico pelo compositor Giuseppe Verdi. No tempo de Rossini o desfecho trágico foi tão mal recebido pelo público que tornou-se necessário inventar um final feliz para Otello.
As condições de produção em palco em 1817 são ilustradas pela aceitação por Rossini do tema da Cinderela para um libreto apenas na condição de que o elemento sobrenatural fosse omitido. A ópera La Cenerentola foi tão bem sucedida como Il Barbiere. A ausência de uma precaução semelhante na construção de sua Mosè in Egitto levou ao desastre na cena que retrata a passagem dos israelitas através do Mar Vermelho, na qual os defeitos nos mecanismos de palco sempre suscitavam uma gargalhada geral, de tal modo que, após algum tempo, o compositor foi obrigado a introduzir o coro "Dal tuo stellato Soglio" para desviar a atenção da partição das ondas.
Em 1822, quatro anos após a elaboração deste trabalho, Rossini casou com a soprano Isabella Colbran. No mesmo ano, dirigiu a sua Cenerentola em Viena, onde Zelmira também foi apresentado. Após isto, voltou a Bolonha; contudo um convite do príncipe Metternich para ir a Verona e "auxiliar no restabelecimento da harmonia" era muito tentador para ser recusado; ele chegou ao Congresso em tempo útil para a sua abertura em 20 de Outubro de 1822. Aqui fez amizade com Chateaubriand e Dorothea Lieven.
Em 1823, por sugestão do gerente do King's Theatre, em Londres, foi para Inglaterra, sendo muito festejado na sua passagem por Paris. Em Inglaterra, foi agraciado com um generoso acolhimento, que incluiu ser apresentado ao Rei Jorge IV e a recepção de £7000 após uma permanência de cinco meses. Em 1824 tornou-se director do Théâtre italien de Paris em Paris, com um salário de £800 por ano, e quando o acordo chegou ao fim, foi recompensado com o gabinete de Compositor Chefe do Rei e Inspector-Geral da Canção em França, cargo a que foi anexado o mesmo rendimento. Com a idade de 32, Rossini entrou em semi-aposentadoria, com independência financeira.
A produção de seu Guilherme Tell em 1829 marca o final da sua carreira como escritor de óperas. O libreto foi escrito por Étienne Jouy e Hippolyte Bis, e posteriormente revisto por Armand Marrast. A música é notável pela sua liberdade relativamente às convenções descobertas e utilizadas por Rossini nas suas obras anteriores, e marca uma fase de transição na história da ópera. Embora seja uma boa ópera, hoje em dia raramente é ouvida na íntegra, pois a sua versão original tem uma duração superior a quatro horas.
Em 1829 Rossini voltou para Bolonha. A sua mãe tinha morrido em 1827, e ele estava ansioso por estar com seu o pai. Diligências com vista ao seu regresso a Paris, com um novo acordo, foram afectadas pela abdicação de Carlos X e pela Revolução de julho de 1830. Rossini, que considerava o tema de Fausto para uma nova ópera, regressou a Paris em novembro daquele ano.
Seis movimentos do seu Stabat Mater foram escritos em 1832 e os restantes em 1839, o ano da morte de seu pai. O sucesso desta obra é comparável com os seus sucessos em óperas; mas seu comparativo silêncio durante o período de 1832 até sua morte em 1868 faz a sua biografia parecer quase a narrativa de duas vidas - uma vida de rápido triunfo, e a longa vida de reclusão, da qual os biógrafos nos dão imagens na forma de histórias da sagacidade cínica do compositor, as suas especulações na cultura de peixes, a sua máscara de humildade e indiferença.
    
Fim da vida
A sua primeira esposa morreu em 1845, e em 16 de agosto de 1846, casou com Olympe Pélissier, que havia posado para Vernet no seu quadro de Judite e Holofernes. Distúrbios políticos levaram Rossini a abandonar Bolonha, em 1848. Depois de viver durante um tempo em Florença, instalou-se em Paris em 1855, onde a sua casa era um centro da sociedade artística. Ele morreu na sua casa de campo em Passy numa sexta-feira, 13 de novembro de 1868 e foi sepultado no cemitério Père Lachaise, em Paris, França. Em 1887, os seus restos mortais foram transferidos para a Basílica da Santa Cruz, em Florença, onde agora repousam.
    
 

Camille Pissarro morreu há 121 anos...


Auto-retrato de Camille Pissarro
    
Jacob Abraham Camille Pissarro (Charlotte Amalie, ilha de São Tomás, Índias Ocidentais Dinamarquesas, hoje Ilhas Virgens Americanas, 10 de julho de 1830 - Paris, 13 de novembro de 1903) foi um pintor francês, co-fundador do impressionismo, e o único que participou nas oito exposições do grupo (1874-1886).
  
O seu pai, Abraham Frederic Gabriel Pissarro, era português cripto-judeu de Bragança, que, no final do século XVIII, quando ainda pequeno, emigrara, com a sua família, para Bordéus, onde na altura existia uma comunidade significativa de judeus portugueses, refugiados da Inquisição. A mãe dele era crioula e tinha o nome Rachel Manzano-Pomie.
Com 11 anos Camille Pissarro foi enviado a Paris para estudar num colégio interno. Voltou para a ilha São Tomás, a fim de tomar conta do negócio da família. Algum tempo depois, a sua paixão pela pintura fê-lo mudar de vida: fez em 1852 amizade com o pintor dinamarquês, Fritz Melbye e a oportunidade de concretizar o seu sonho surgiu com um convite para acompanhar uma expedição do Fritz Melbye, enviado pelo governo das Antilhas Dinamarquesas, para estudar a fauna e a flora da Venezuela, onde passou dois anos.
Pissarro conquistou a sua liberdade aos 23 anos. Em 1855, ele já estava em Paris com ajuda de Anton Melbye, tentando iniciar a sua carreira. O jovem antilhano fascinou-se com as telas de Camille Corot e travou amizade com Paul Cézanne, Claude Monet, Charles-François Daubigny, entre outros pintores impressionistas. Com Monet passou a sair para pintar ao ar livre, em Pontoise e Louvenciennes. Em 1861 casou com Julie Vellay, de quem teve oito filhos.
Faleceu em 13 de novembro de 1903 e foi sepultado no Cemitério do Père-Lachaise, Paris na França.
    

 

Entrée du village de Voisins - 1872
 
La Moisson, 1882

Percival Lowell morreu há 108 anos

 
   
Percival Lowell (Boston, 13 de março de 1855 - Flagstaff, 13 de novembro de 1916) foi um matemático, autor, empresário e astrónomo amador dos Estados Unidos da América. Alimentou especulações de que existiam canais em Marte e fundou o Observatório Lowell em Flagstaff, Arizona, que deu início ao esforço que levou à descoberta de Plutão, 14 anos após a sua morte. A escolha do nome Plutão e o seu símbolo foram parcialmente influenciados pelas suas iniciais, PL.
  

O Infante de Sagres morreu há 564 anos...

D. Henrique, o Infante de Sagres, e D. Fernando, o Infante Santo, no Padrão dos Descobrimentos
   
Henrique de Avis, 1.º duque de Viseu e 1.º senhor da Covilhã (Porto, 4 de março de 1394Sagres, 13 de novembro de 1460), foi um infante português e a mais importante figura do início da era das descobertas, popularmente conhecido como Infante de Sagres ou O Navegador.
     
Talent de bien faire
 
Brasão e lema do Infante D. Henrique
         
O Infante D. Henrique nasceu numa quarta-feira de cinzas, dia então considerado pouco propício ao nascimento de uma criança. Era o quinto filho de João I de Portugal, fundador da Dinastia de Avis, e de Dona Filipa de Lencastre.
Foi batizado alguns dias depois do seu nascimento, tendo sido o seu padrinho o bispo de Viseu. Os seus pais deram-lhe o nome Henrique, possivelmente em honra do seu tio materno, o duque Henrique de Lencastre (futuro Henrique IV de Inglaterra).
Pouco se sabe sobre a vida do infante até aos seus catorze anos. Tanto ele como os seus irmãos (a chamada Ínclita geração) tiveram como aio um cavaleiro da Ordem de Avis.
Em 1414, convenceu o seu pai a montar a campanha para a conquista de Ceuta, na costa norte-africana junto ao estreito de Gibraltar. A cidade foi conquistada em agosto de 1415, assegurando ao reino de Portugal o controlo das rotas marítimas de comércio entre o Atlântico e o Levante. Na ocasião foi armado cavaleiro e recebeu os títulos de Senhor da Covilhã e duque de Viseu.
A 18 de fevereiro de 1416, foi encarregado do governo de Ceuta. Cabia-lhe organizar, no reino, a manutenção daquela praça-forte em Marrocos.
Em 1418, regressou a Ceuta na companhia de D. João, o seu irmão mais novo. Os infantes comandavam uma expedição de socorro à cidade, que sofreu nesse ano o primeiro grande cerco, imposto conjuntamente pelas forças dos reis de Fez e de Granada. O cerco foi levantado, e D. Henrique tentou de imediato atacar Gibraltar, mas o mau tempo impediu-o de desembarcar: manifestava-se assim uma vez mais a temeridade e fervor anti-muçulmano do Infante. Ao regressar a Ceuta recebeu ordens de seu pai para não prosseguir tal empreendimento, pelo que retornou para o reino nos primeiros meses de 1419. Aprestou por esta época uma armada de corso, que atuava no estreito de Gibraltar a partir de Ceuta. Dispunha assim de mais uma fonte de rendimentos e, desse modo, muitos dos seus homens habituaram-se à vida no mar. Mais tarde, alguns deles seriam utilizados nas viagens dos Descobrimentos.
Entre 1419 e 1420 alguns dos seus escudeiros, João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, desembarcaram nas ilhas do arquipélago da Madeira, que já eram conhecidas por navegadores portugueses desde o século anterior. As ilhas revelaram-se de grande importância, vindo a produzir grandes quantidades de cereais, minimizando a escassez que afligia Portugal. O arquipélago foi doado a D. Henrique pelo irmão, o Rei D. Duarte I de Portugal, sucessor de D. João I, falecido em 1433.
Em 25 de maio de 1420, D. Henrique foi nomeado Grão-Mestre da Ordem de Cristo (titular em Portugal do património da Ordem dos Templários), cargo que deteve até ao fim da vida. No que concerne ao seu interesse na exploração do oceano Atlântico, o cargo e os recursos da ordem foram decisivos ao longo da década de 1440.
Em 1427, os seus navegadores descobriram as primeiras ilhas dos Açores (possivelmente Gonçalo Velho). Também estas ilhas desabitadas foram depois povoadas pelos portugueses.
Até à época do Infante D. Henrique, o cabo Bojador era para os europeus o ponto conhecido mais meridional na costa de África. Gil Eanes, que comandou uma das expedições, foi o primeiro a ultrapassá-lo (1434), eliminando os medos então vigentes quanto ao desconhecido que para lá do cabo se encontraria.
Aquando da morte de D. João I, o seu filho mais velho (e irmão de D. Henrique), D. Duarte subiu ao trono, e entregou a este um quinto de todos os proveitos comerciais com as zonas descobertas bem como o direito de explorar além do cabo Bojador.
O reinado de D. Duarte durou apenas cinco anos, após o qual, D. Henrique apoiou o seu irmão D. Pedro na regência, durante a menoridade do sobrinho D. Afonso V, recebendo em troca a confirmação do seu privilégio. Procedeu também, durante a regência, ao povoamento dos Açores.
Com um novo tipo de embarcação, a caravela, as expedições adquiriram um grande impulso. O cabo Branco foi atingido em 1441 por Nuno Tristão e Antão Gonçalves. A Baía de Arguim em 1443, com consequente construção de uma feitoria em 1448.
Dinis Dias chegou ao rio Senegal e dobrou o Cabo Verde em 1444. A Guiné foi de seguida visitada. Assim, os limites a sul do grande deserto do Saara foram ultrapassados. A partir daí, D. Henrique cumpriu um dos seus objetivos: desviar as rotas do comércio do Saara e aceder às riquezas na África Meridional. Em 1452 a chegada de ouro era em suficiente quantidade para que se cunhassem os primeiros cruzados nesse metal.
Entre 1444 e 1446, cerca de quarenta embarcações partiram de Lagos. Na década de 1450 descobriu-se o arquipélago de Cabo Verde. Data dessa época a encomenda de um mapa-múndi do Velho Mundo a Fra Mauro, um monge veneziano.
Em 1460, a costa estava já explorada até o que é hoje a Serra Leoa.
Entretanto, D. Henrique estava também ocupado com assuntos internos do Reino. Julga-se ter patrocinado a criação, na Universidade de Coimbra, de uma cátedra de astronomia.
Foi também um dos principais organizadores da tentativa de conquista de Tânger, em 1437, que se revelou um grande fracasso, já que o seu irmão mais novo, D. Fernando (o Infante Santo) foi capturado e ali mantido prisioneiro durante onze anos, até falecer. A sua reputação militar sofreu um revés e os seus últimos anos de vida foram dedicados à política e à exploração.
Deixou como seu principal herdeiro o seu sobrinho, em bens, cargos e títulos, o segundo filho do seu irmão, o rei D. Duarte, já falecido, o Infante D. Fernando, duque de Beja, e que a partir dessa altura passa a ser Duque de Viseu, tal como ele, e a dirigir os descobrimentos portugueses para o Reino de Portugal, tal como o seu tio.
     
 

O Monumento dos Veteranos do Vietname foi inaugurado há 42 anos...

  
O Monumento dos Veteranos do Vietname (em inglês: Vietnam Veterans Memorial) é um monumento dedicado aos veteranos da guerra do Vietname.
  
  
O monumento foi edificado em 1982 em Washington, D.C. e é constituído por três partes distintas:
- Three Soldiers Statue - escultura criada por Frederick Hart, representando três soldados: um branco, um negro e um hispânico.
- Vietnam Women's Memorial - monumento às mulheres falecidas na guerra.
- Vietnam Veterans Memorial Wall - muro-memorial aos veteranos da guerra.
O Muro do Memorial aos Veteranos do Vietname estende-se por 18 metros de comprimento de rocha magmática negra, no qual estão inscritos os nomes de todos os soldados norte-americanos mortos nesta guerra. Localiza-se no Constitution Gardens, próximo do Monumento a Washington, e foi projetado pela arquiteta Maya Lin.
Foi adicionado à lista do Registo Nacional de Lugares Históricos americano em 13 de novembro de 1982, no mesmo dia da sua inauguração.
    
  
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A erupção do vulcão Nevado del Ruiz matou vinte e três mil pessoas, em Armero, há 39 anos...

Lahars que cobrem a cidade de Armero
   
A Tragédia de Armero foi uma das maiores consequências da erupção do estratovulcão Nevado del Ruiz, em Tolima, Colômbia, a 13 de novembro de 1985. Depois de 69 anos de repouso, a erupção do vulcão apanhou as cidades próximas desprevenidas, mesmo tendo o governo recebido advertências de diversos Observatórios Vulcanológicos para evacuar a área, quando a atividade vulcânica foi detectada, em setembro de 1985.
   
Quando o fluxo piroclástico irrompeu da cratera vulcânica, derretendo os glaciares da montanha e enviando quatro enormes lahars (deslizamentos de terra vulcânica) montanha abaixo, a uma velocidade de 60 km/h. Os lahars aumentaram a sua velocidade nos barrancos, dirigindo-se para os seis principais rios na base do vulcão, envolvendo a cidade de Armero e matando mais de 20.000 pessoas, de um total de 29.000 habitantes. As perdas noutras cidades, em particular Chinchiná, trouxeram o número total de mortos para cerca de 23 mil. Filmagens e fotografias de Omayra Sánchez, uma jovem vítima da tragédia foram publicadas ao redor do mundo. Outras fotografias dos lahars e do impacto do desastre chamaram a atenção mundial, abrindo uma controvérsia sobre o grau de responsabilidade do governo colombiano pelo desastre. Um cartaz no funeral em massa, em Ibagué, dizia; O vulcão não matou 22.000 pessoas. Foi o governo que as matou.
Os esforços de socorro foram dificultados pela composição da lama, o que tornava quase impossível andar pela região sem ficar preso. quando os socorristas chegaram a Armero cerca de 12 horas depois da erupção, muitas das vítimas com ferimentos graves já estavam mortas. Os trabalhadores ficaram horrorizados com a paisagem de árvores caídas, corpos humanos desfigurados e pilhas de escombros de casas inteiras. Essa foi o segundo maior desastre vulcânico do século XX, atrás apenas da erupção do Monte Pelée, em 1902, o quarto evento vulcânico desde o século XVI em número de mortos. O evento foi uma catástrofe previsível, agravada pelo desconhecimento da população da história destrutiva do vulcão. Geólogos e outros especialistas tinham alertado as autoridades e meios de comunicação sobre o perigo ao longo das semanas e dias que antecederam a erupção e mapas de risco foram preparados para a zona, porém foram mal distribuídos. No dia da erupção, foram feitas várias tentativas de evacuação, mas uma forte tempestade restringiu as comunicações. Diversas vítimas ficaram em suas casas, como haviam sido instruídas, acreditando que a erupção tinha terminado. O barulho da tempestade pode ter impedido muitos de ouvir os sons do vulcão até que fosse tarde demais.
   
Armero, após a tragédia
 
O Nevado del Ruiz entrou em erupção diversas vezes desde o desastre e continua a ameaçar 500.000 pessoas que vivem próximas, em Combeima, Chinchina, Coello-Toche e nos vales do rio Guali. Um lahar (ou um conjunto de lahars) similares em tamanho aos do evento de 1985 poderiam atingir  até 100 km do vulcão e podem ser espoletados por uma erupção menor. Para conter essa ameaça, o governo colombiano estabeleceu um escritório especializado na monitorização das ameaças naturais. O Serviço Geológico dos Estados Unidos também criaram o Programa de Assistência aos Desastres de Vulcão e a Equipa de Assistência a Crises Vulcânicas evacuou cerca de 75.000 pessoas da área em redor do Monte Pinatubo antes da erupção de 1991. Em 1988, três anos após a erupção, o Dr. Stanley Williams da Universidade do Estado da Luisiana declarou que, "Com a possível exceção do Monte Santa Helena no estado de Washington, nenhum outro vulcão no Hemisfério Ocidental é vigiado de forma tão elaborada como o Nevado del Ruiz". Diversas das cidades colombianas possuem programas de monitorização de catástrofes naturais, desenvolvendo planos para salvar vidas em situações extremas. Próximo do Nevado del Ruiz em particular, os habitantes locais tornaram-se cautelosos com a atividade vulcânica: quando o vulcão entrou em erupção em 1989, mais de 2.300 pessoas que viviam ao redor foram evacuadas.
   
Nevado del Ruiz visto do espaço - a calota de gelo do cume e glaciares cercam a escura cratera Arenas
   
 
As zonas mais afetadas pela erupção do Nevado del Ruiz

Armero é o nome de uma antiga cidade da Colômbia, no departamento de Tolima, sepultada devido à erupção do vulcão Nevado del Ruiz, nos Andes, que deu origem a um lahar que transportou lama e rochas que, nalguns locais, chegou a formar uma camada com 104 metros de espessura. Isto sucedeu na manhã do dia 13 de novembro de 1985.
Provocou a morte da quase totalidade da população e os poucos sobreviventes fugiram antes do acidente, vivendo hoje em cidades próximas. O resto, cerca de 23.000 pessoas, jaz debaixo das ruínas, tal como sucedeu em Pompeia e Herculano. O mais triste é que a população da cidade podia ter sido avisada, na noite anterior, do perigo, mas o presidente da câmara, não querendo assustar as pessoas, não o fez e deu-se a tragédia.
   

Omaira Sanchez
Esta adolescente da cidade de Armero, de 13 anos, que caiu no meio das lamas e nos escombros, agonizou durante 60 horas e morreu, vítima de gangrena gasosa, convertendo-se no símbolo mundial de uma das piores tragédias ocasionada por um vulcão no século XX; durante o tempo que sobreviveu falou com jornalistas e enviou, constantemente, uma mensagem de fé e esperança. As suas fotos e filmes correram o mundo inteiro.
 

Santo Agostinho nasceu há 1670 anos

Agostinho num afresco de Botticelli
      
Aurélio Agostinho (em latim: Aurelius Augustinus), dito de Hipona, conhecido como Santo Agostinho (Tagaste, 13 de novembro de 354 - Hipona, 28 de agosto de 430), foi um bispo, escritor, teólogo, filósofo e é um padre latino e Doutor da Igreja Católica.
Agostinho é uma das figuras mais importantes no desenvolvimento do cristianismo no Ocidente. Em seus primeiros anos, Agostinho foi fortemente influenciado pelo maniqueísmo e pelo neoplatonismo de Plotino, mas, depois de tornar-se cristão (387), ele desenvolveu a sua própria abordagem sobre filosofia e teologia e uma variedade de métodos e perspetivas diferentes. Ele aprofundou o conceito de pecado original dos padres anteriores e, quando o Império Romano do Ocidente começou a se desintegrar, desenvolveu o conceito de Igreja como a cidade espiritual de Deus (num livro com o mesmo nome), distinta da cidade material do homem. O seu pensamento influenciou profundamente a visão do homem medieval. A Igreja se identificou com o conceito de "Cidade de Deus" de Agostinho, e também a comunidade que era devota de Deus.
Na Igreja Católica, e na Igreja Anglicana, é considerado um santo e um importante Doutor da Igreja, e o patrono da ordem religiosa agostiniana. Muitos protestantes, especialmente os calvinistas, mas também os luteranos (basta recordar que Martinho Lutero era inicialmente um sacerdote católico agostiniano), consideram-no como um dos pais teólogos da Reforma Protestante, ensinando a salvação e a graça divina.
Na Igreja Ortodoxa Oriental é louvado e o seu dia festivo é celebrado a 15 de junho, apesar de uma minoria ser da opinião que ele é um herege, principalmente por causa de suas mensagens sobre o que se tornou conhecido como a cláusula filioque. Entre os ortodoxos é chamado de "Agostinho Abençoado", ou "Santo Agostinho o Abençoado".
     

Jack Gilbert morreu há doze anos...

 

Jack Gilbert (Pittsburgh, Pennsylvania, February 18, 1925 – Berkeley, California, November 13, 2012) was an American poet. Gilbert was acquainted with Jack Spicer and Allen Ginsberg, both prominent figureheads of the Beat Movement, but is not considered a Beat Poet; he described himself as a "serious romantic." Over his five-decade-long career, he published five full collections of poetry.

 

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É óbvio porque é que os anjos não voltam

 

É óbvio porque é que os anjos não voltam.
Ali parados, majestosos, no seu belíssimo latim,
como podiam eles aceitar ser diluídos
tão diminutamente noutra gramática, ou abandonar
o seu canto perfeito por esta fala avariada?
Porque deveriam eles tropeçar por este mundo estranho?
   
Invejei sempre aos anjos a sua graça.
Mas larguei a minha esperança de tamanho bizantino
e cheguei a este embaraço, a esta estupidez.
Cheguei finalmente a ti e lavavas-me a cara
enquanto todos se riam, e encontrei uma floresta
abrindo-se enquanto o casamento corria em mim. Todas
 
as folhas no mundo teceram uma pequena
entoação: os anjos estão errados.

 

Jack Gilbert 

Os ataques terroristas em Paris de 2015 foram há nove anos...

 
Os ataques de novembro de 2015 em Paris foram uma série de atentados terroristas ocorridos na noite de 13 de novembro de 2015 em Paris e Saint-Denis, na França. Os ataques consistiriam de fuzilamentos em massa, atentados suicidas, explosões e uso de reféns. Ao todo, ocorreram três explosões separadas e seis fuzilamentos em massa, incluindo bombas perto do Stade de France no subúrbio ao norte de Saint-Denis. O ataque com mais mortes foi no teatro Bataclan, onde os terroristas fuzilaram várias pessoas e fizeram reféns até o início da madrugada de 14 de novembro.

Mais de 130 pessoas morreram (incluindo os 7 terroristas que perpetraram os ataques), sendo 89 delas no teatro Bataclan. Mais de 350 pessoas ficaram feridas pelos ataques, incluindo 99 pessoas em estado grave. Além das mortes de civis, oito terroristas foram mortos e as autoridades continuavam a procurar quaisquer cúmplices que permaneceram soltos. O presidente francês, François Hollande decretou estado de emergência nacional no país, o primeiro estado de emergência declarado desde 2005, e colocou controles temporários sobre as fronteiras francesas. O primeiro toque de recolher desde 1944, também foi posto em prática, ordenando que as pessoas saíssem das ruas de Paris.

Em 14 de novembro, o grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante assumiu a responsabilidade pelos ataques. De acordo com o Wall Street Journal, os ataques foram motivados pelo Estado Islâmico como uma "retaliação" para o papel da França na intervenção militar na Síria e no Iraque. Hollande também disse que os ataques foram organizados em território estrangeiro "pelo Estado Islâmico e com ajuda interna", além de descrevê-los como "um ato de guerra". Pelo mundo, gestos de solidariedade e apoio aos franceses se tornaram comuns, especialmente pelos media sociais.

Os ataques foram os mais mortais que ocorreram na França desde a Segunda Guerra Mundial. Eles também foram os mais mortais na União Europeia desde os atentados de 11 de março de 2004 em Madrid, na Espanha. Os atentados aconteceram apenas um dia após outro ataque terrorista do Estado Islâmico em Beirute, no Líbano, que matou 43 pessoas, um dia após o assassinato de Jihadi John, um dos membros do Estado Islâmico, e catorze dias após a queda do voo Kogalymavia 9268, que matou 217 passageiros e sete membros da tripulação e sobre o qual a filial do Estado Islâmico no Sinai assumiu a responsabilidade. Antes do ataque, a França estava em alerta máximo desde o Massacre do Charlie Hebdo, em janeiro de 2015, que matou dezassete pessoas, incluindo civis e polícias.

Em 15 de novembro, dois dias após os atentados, a Força Aérea Francesa lançou vários ataques aéreos de retaliação (a Opération Chammal) contra alvos do grupo terrorista Estado Islâmico na região da cidade síria de Raqqa. A 18 de novembro, Abdelhamid Abaaoud (um terrorista belga de origem marroquina) foi morto numa incursão policial. Ele era acusado de ser o principal mentor dos atentados. Várias outras prisões de suspeitos foram feitas e três colaboradores ligados a organizações jihadistas na França foram mortos numa série de ações policiais subsequentes para encontrar os responsáveis pelos ataques.
     
       

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terça-feira, novembro 12, 2024

Borodin nasceu há cento e noventa e um anos...

     
Aleksandr Porfirevich Borodin (São Petersburgo, 12 de novembro de 1833 - 27 de fevereiro de 1887) foi um compositor e químico russo de origem georgiana. Foi membro do Grupo dos Cinco, ao lado de Mily Balakirev, César Cui, Modest Mussorgsky e Nikolai Rimsky-Korsakov.
Filho ilegítimo do príncipe georgiano Luka Gedevanishvili (ou Gedianov, em russo), teve a sua paternidade atribuída a um servo do nobre, Porfiry Borodin. Apesar de ter recebido lições de piano quando criança, a sua educação foi direcionada para as ciências. Formado em Medicina, interessado pela Química, aperfeiçoou-se cientificamente em Heidelberg, Alemanha (1859-1862).
Em toda a sua vida, Borodin dedicou-se quase inteiramente à Química, escrevendo muitos tratados científicos e fazendo muitas descobertas, nomeadamente no campo do benzol e aldeídos. Também foi professor de química orgânica na Academia Militar de São Petersburgo (1864-1887). Considerava-se apenas "um compositor aos domingos".
Vítima de cólera, morreu em 1887, de insuficiência cardíaca, durante um baile de máscaras na Academia de Medicina de São Petersburgo. Foi sepultado no Cemitério Tikhvin, no Mosteiro Aleksandr Nevsky, em São Petersburgo.
      
 

Rodin nasceu há 184 anos

     
François-Auguste-René Rodin (Paris, 12 de novembro de 1840 - Meudon, 17 de novembro de 1917), mais conhecido como Auguste Rodin, foi um escultor francês. Apesar de ser geralmente considerado o progenitor da escultura moderna, não se propôs rebelar-se contra o passado. Foi educado tradicionalmente, teve o artesanato como abordagem ao seu trabalho e desejava o reconhecimento académico, embora nunca tenha sido aceite na principal escola de arte de Paris.
Esculturalmente, Rodin possuía uma capacidade única de modelar argila. Muitas das suas esculturas mais notáveis ​​foram duramente criticadas durante a sua vida. Elas entraram em confronto com a tradição da escultura da figura predominante, onde as obras eram decorativas, estereotipadas, ou altamente temáticas. O seu trabalho mais original partiu de temas tradicionais da mitologia e da alegoria, modelando o corpo humano com realismo, e celebrando o caráter individual e fisicalidade. Rodin era sensível à controvérsias em torno de seu trabalho, mas recusou a mudar o seu estilo. Sucessivas obras trouxeram aumentos de encomendas do governo e da comunidade artística.
Do inesperado realismo da sua primeira grande figura – inspirada pela sua viagem à Itália, em 1875 – para os memoriais não convencionais cujas encomendas mais tarde ele procurou, a sua reputação cresceu, de tal forma que se tornou o escultor francês proeminente de seu tempo. Em 1900, ele era um artista de renome mundial. Clientes particulares ricos procuraram os seus trabalhos após a sua mostra na Exposição Universal, e ele fez companhia a uma variedade de intelectuais e artistas de alto nível. Ele casou com a sua companheira ao longo da vida, Rose Beuret, no último ano de vida de ambos. As suas esculturas sofreram um declínio de popularidade após a sua morte, em 1917, mas, após algumas décadas, o seu legado solidificou. Rodin continua a ser um dos poucos escultores conhecidos fora da comunidade das artes visuais.
  
Auguste Rodin, Porta do Inferno

 

Monumento a Balzac (1898), Paris, Jardim do Museu Rodin
     

Mouzinho de Albuquerque nasceu há 169 anos

     
Joaquim Augusto Mouzinho de Albuquerque (Batalha, 12 de novembro de 1855 - Lisboa, 8 de janeiro de 1902) foi um oficial de cavalaria português que ganhou grande fama em Portugal por ter protagonizado a captura do imperador nguni Gungunhana em Chaimite (1895) e pela condução da subsequente campanha de pacificação, isto é de subjugação das populações locais à administração colonial portuguesa, no território que viria a constituir o atual estado de Moçambique, e entre outras coisas uma das mais brilhantes figuras militares portuguesas, herói de Chaimite e de Gaza, durante as gloriosas campanhas de África (1894-1895), e um dos mais notáveis administradores coloniais.
A espetacularidade da captura de Gungunhana e a campanha de imprensa que se gerou aquando de sua chegada a Lisboa e subsequente exílio nos Açores, fizeram de Mouzinho de Albuquerque, malgrado alguma contestação ao seu comportamento ético em Moçambique, uma figura muito respeitada na sociedade portuguesa dos finais do século XIX e inícios do século XX. Era então visto pelos africanistas como esperança e símbolo máximo da reação portuguesa à ameaça que o expansionismo das grandes potências europeias da altura constituía para os interesses lusos em África.
Foi governador do distrito de Gaza e governador-geral de Moçambique, cargo a que resignou em 1898, data em que voltou a Portugal. Foi nomeado responsável pela educação do príncipe real D. Luís Filipe de Bragança. Suicidou-se em 1902, embora algumas fontes atribuam a morte a homicídio.
   
(...)
  
Foi condecorado com os graus de Grande-Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, Comendador da Ordem Militar de Avis, Grã-Cruz da Ordem do Império Colonial (a título póstumo a 14 de julho de 1932), Comendador da Ordem da Águia Vermelha da Prússia, Comendador da Ordem dos Santos Maurício e Lázaro de Itália, Comendador da Ordem de São Miguel e São Jorge, da Grã-Bretanha e Irlanda (com o inerente título de Sir, que não podia usar por ser estrangeiro), Comendador da Ordem de Leopoldo I da Bélgica e Comendador da Ordem de Carlos III de Espanha, Oficial da Ordem Nacional da Legião de Honra de França, etc, etc.
Entre outros postos, foi nomeado, a 28 de setembro de 1898, para o Conselho de S.M.F., ajudante de campo efetivo do rei D. Carlos I de Portugal, oficial-mor da Casa Real e aio do príncipe D. Luís Felipe de Bragança. A sua posição crítica face à política e aos políticos da sua época e os rumores sobre a seu comportamento desumano durante as campanhas em África, levaram a que fosse progressivamente ostracizado e envolvido num crescente clima de intriga.
Incapaz de, pela sua própria formação militar rígida e pelo feitio orgulhoso, de resistir ao clima de intriga acerca do seu comportamento em África e à decadência em que a monarquia agonizava, Mouzinho de Albuquerque preparou minuciosamente a sua morte, suicidando-se no interior de um coupé, na Estrada das Laranjeiras, no dia 8 de janeiro de 1902.
  
Patrono da Cavalaria 
A memória de Mouzinho de Albuquerque foi repristinada durante o Estado Novo, sendo apontado como o exemplo do herói da expansão colonial portuguesa e da heroicidade da missão civilizadora que se apontava como justificação para a dominação colonial. Essa heroicidade foi acentuada durante a Guerra Colonial pelo que, pelos seus valorosos feitos em África, o major de cavalaria Joaquim Augusto Mouzinho de Albuquerque foi feito patrono da Arma de Cavalaria do Exército Português, sendo apontado como um exemplo para os militares que servem naquela Arma.
Numa tradição que ainda se mantém, sempre que uma força de cavalaria é destacada em missão no estrangeiro, em cerimónia solene é entregue ao comandante da força o Quadro Mouzinho. Sempre que não haja uma força de cavalaria destacada o Quadro Mouzinho regressa a casa-mãe da cavalaria, a Escola Prática de Cavalaria, local onde se encontram importantes peças do seu espólio. Um busto em cera, moldado da face do próprio Mouzinho aquando da sua morte, está no Museu do Regimento de Lanceiros n.º 2.
     

O 12.º Marquês de Fronteira, que também era Conde da Torre, de Assumar e de Coculim e Marquês de Alorna, morreu há dez anos...

 (imagem daqui)
     
D. Fernando José Fernandes Costa Mascarenhas (Lisboa, 17 de abril de 1945 - Lisboa, 12 de novembro de 2014), 13.º Conde da Torre, 13.º Conde de Assumar, 12.º Conde de Coculim, 9.º Marquês de Alorna e 12.º Marquês de Fronteira. Casado duas vezes, não deixou filhos, já que um problema endócrino, detetado quando tinha 14 anos, o impossibilitava de gerar descendência. Como sucessor designou o seu sobrinho António, vontade expressa no Sermão ao Meu Sucessor – Notas para Uma Ética da Sobrevivência.
  

Armas de Mascarenhas chefe, in Livro do Armeiro-Mor (1509), armas dos Condes da Torre (1638) e Marqueses de Fronteira (1670)
     

Música para recordar uma Princesa...

O Holland Tunnel foi inaugurado há 97 anos

Entrada do túnel, em  Manhattan, em 1985

O Holland Tunnel, conhecido originalmente por Hudson River Vehicular Tunnel (Túnel para Veículos do Rio Hudson) ou Canal Street Tunnel, é um dos dois túneis debaixo do Rio Hudson ligando a ilha de Manhattan, parte da cidade de Nova Iorque, com Jersey City, uma cidade no estado de Nova Jersey.
Com as obras iniciadas em 1920 e concluídas em 1927, foi assim chamado em homenagem a Clifford Milburn Holland (1883-1924), engenheiro-chefe do projeto, que morreu antes de ser concluído (foi inaugurado a 12 de novembro de 1927). O túnel é um dos exemplos mais antigos de um design ventilado, possuindo ventiladores com 24 metros de diâmetro, levando ar para uma série de condutas. A necessidade de ventilação era evidente com o advento dos automóveis e o perigo do monóxido de carbono.
Uma portagem de nove faixas está localizado do lado de Nova Jersey do túnel, e cobra US$ 6 para carros e US$ 5 para motocicletas para passagem de Nova Jersey para Nova Iorque (não há cobrança na direção oposta). Utilizadores do sistema E-ZPass têm descontos. De acordo com a Autoridade Portuária local, que controla o túnel, o tráfego em 2002 totalizou 15.764.000 veículos.

O túnel foi designado, em 4 de novembro de 1993, uma estrutura do Registo Nacional de Lugares Históricos bem como, na mesma data, um Marco Histórico Nacional. É compartilhado com o estado de Nova Jérsei, ainda que esteja registado oficialmente na lista de Nova Iorque.


Phil Taylor, ex-baterista dos Motorhead, morreu há nove anos...

  
Phil Taylor, mais conhecido como "Philthy Animal" Taylor, do inglês: "Animal Imundo", (Chesterfield, 21 de setembro de 1954 - 12 de novembro de 2015) foi o baterista da banda britânica de heavy metal Motörhead de 1975 a 1984 e de 1987 a 1992. Ele fez parte da chamada "formação clássica" dos Motörhead, com Lemmy Kilmister e Eddie Clarke.
Através do Facebook o ex-guitarrista do Motörhead "Fast" Eddie Clarke, publicou sobre a morte de Philthy "Animal" Taylor, o baterista da formação clássica do Motörhead. Phil Taylor morreu às 01.15 do dia 12 de novembro de 2015, com 61 anos de idade. Segundo a sua nota, Philthy "Animal" Taylor já andava doente há algum tempo. A insuficiência hepática foi citada como uma causa.
Ficou em 39° lugar na lista dos "50 melhores bateristas de hard rock e metal de todos os tempos" do site Loudwire. Em 2015 o seu nome novamente figurou noutra lista de "melhores", quando apareceu na 47ª posição da lista 60 Pesos Pesados da Bateria elaborada pela revista Roadie Crew.