segunda-feira, agosto 12, 2024
Zia-ul-Haq nasceu há um século...
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Marcadores: ditadores, Paquistão, Zia-ul-Haq
Poesia adequada à data...!
(imagem daqui)
Chuva de Estrelas
Cadente inquietação no céu florido.
Assim quebra a seráfica harmonia
O barro incandescente que não pára.
Da paternal e constelada vara
Do divino pastor
Fogem massas de luz, ovelhas tresmalhadas.
Nem mesmo Deus, dulcíssimo Senhor,
Consegue aquietar no seu amor
As forças da ilusão, manietadas!
in Penas do Purgatório (1954) - Miguel Torga
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domingo, agosto 11, 2024
Notícia que ajuda a explicar as auroras boreais deste ano...
Fenómeno raro: quatro regiões do Sol foram vistas a explodir em simultâneo
O Observatório de Dinâmica Solar da NASA captou um fenómeno raro esta terça-feira, 23 de abril. Trata-se de quatro enormes regiões do Sol a explodir em simultâneo.
As erupções do Sol são uma ocorrência comum, especialmente quando estamos perto do pico do ciclo de atividade do Sol, conhecido como o máximo solar.
“As manchas solares são áreas onde o campo magnético é cerca de 2.500 vezes mais forte do que o da Terra, muito mais elevado do que em qualquer outra parte do Sol”, explica o Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos.
Devido ao forte campo magnético, a pressão magnética aumenta enquanto a pressão atmosférica circundante diminui - o que, por sua vez, baixa a temperatura em relação ao ambiente circundante porque o campo magnético concentrado inibe o fluxo de gás quente e novo do interior do Sol para a superfície.
Segundo o IFL Science, este fenómeno resulta em grandes explosões à superfície. Raramente, podem ocorrer pares de explosões em simultâneo, conhecidas como explosões solares simpáticas.
Pensava-se que eram coincidências, mas uma análise estatística, efetuada em 2002, mostrou que não são. Em vez disso, ocorrem porque estão ligadas através de laços magnéticos.
Mais raramente ainda, podem ocorrer mais do que duas ao mesmo tempo, o que é conhecida como uma explosão solar “super-simpática”.
Inicialmente não era claro se os detritos das erupções solares iriam atingir a Terra, embora o Spaceweather.com informasse que, a acontecer, seria a 26 de abril.
Tal como acontece com a maioria das tempestades geomagnéticas, as pessoas foram informadas que não tem provavelmente nada com que se preocupar.
in ZAP
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Marcadores: auroras boreais, Ciclo de Schawabe, ejeções de massa coronal, EMC
Curiosidades (geológicas e geográficas...) do nosso planeta
A maior montanha da Terra não é o Evereste. E o maior deserto não tem areia
Algumas curiosidades que desafiam o senso comum - e contrariam o que tínhamos a certeza de que sabíamos sobre o nosso querido planeta.
Poderíamos começar por lhe dizer que a Terra não é redonda, mas nem é preciso: todos nós (se não formos conspiracionistas da Terra Plana), já sabemos que o nosso planeta não é uma bola, é uma esfera achatada.
Bem, começámos mesmo por dizê-lo, portanto mais vale dar detalhes.
A Terra é, com efeito, um esferoide oblato: é ligeiramente achatada nos polos e mais larga no equador. Esta forma é devida à rotação do planeta, que causa um achatamento à volta do equador.
A diferença entre os raios polar e equatorial da Terra é de 21 km - o que parece pouco, comparado com os 6.371 km do raio médio do planeta. Esta é no entanto uma diferença significativa, que faz da Terra um… ovo.
Mas o terceiro planeta a contar do Sol encerra mais algumas particularidades surpreendentes, que contrariam o que achávamos que sabíamos. Para começar… a montanha mais alta da Terra não é o Monte Evereste.
A montanha mais alta da Terra
Todos sabemos (hummm) que a montanha mais alta da Terra é o Monte Evereste. Está situado nos Himalaias e tem uma altitude de 8.848 m.
No entanto, o Evereste só é o monte mais alto do planeta se contarmos a altura da montanha a partir do nível do mar.
Se, em vez disso, considerarmos a distância total desde a base até ao topo, então o pico mais alto do planeta será o vulcão Mauna Kea, no Havai. A sua altura total é de 10.305 m, mas cerca de 6.000 m estão escondidos debaixo de água.
Além disso, há também uma terceira forma de determinar a altura de uma montanha: a distância do centro da Terra ao seu topo. Neste caso, é preciso ter em conta a forma da Terra, que, como vimos acima, é ligeiramente maior no equador.
Se tomarmos essa medida, o pico mais alto do nosso planeta será então o vulcão Chimborazo, no Equador. O seu pico está a 6.384,4 km de distância do centro da Terra, enquanto o Monte Evereste está apenas a 6.382,3 km.
O pico do Chimborazo é, também por estar no Equador, o ponto da Terra que está mais perto do espaço.
A substância mais comum na Terra
A Terra é constituída, mais ou menos, pelos mesmos elementos químicos que os restantes planetas terrestres do Sistema Solar.
Essencialmente, contém ferro – 32,1% do seu peso total. Segue-se o oxigénio (30,1%), o silício (15,1%), o magnésio (13,9%), o enxofre (2,9%), o níquel (1,8%), o cálcio (1,5%) e o alumínio (1,4%).
Tudo o resto é paisagem: os restantes elementos representam apenas 1,2% da massa do planeta.
A grande maioria do ferro e do níquel, bem como uma grande quantidade de enxofre, encontram-se na parte mais pesada do nosso planeta – o seu núcleo. Assim, a composição da crosta terrestre, ou seja, as rochas com as quais estamos em contacto direto, é visivelmente diferente.
O oxigénio é responsável pela maior parte da massa da crosta terrestre, representando cerca de 46,1%. Segue-se o silício (28,2%), o alumínio (8,23%), o ferro (5,63%), o cálcio (4,15%), o sódio (2,4%), o potássio e o magnésio – 2,3% cada.
O hidrogénio, o elemento mais abundante no Universo, representa apenas 1% de todas as substâncias presentes na Terra.
Apesar de ser a substância mais comum na crosta terrestre, o oxigénio representa apenas cerca de 21% da atmosfera terrestre. Quase 4/5 da nossa atmosfera, cerca de 78% é composta por azoto.
E ainda bem. Se assim não fosse, não existiríamos.
Com efeito, respirar ar com uma percentagem elevada de O2 durante períodos prolongados pode levar à toxicidade por oxigénio, causando danos nos pulmões e outros problemas de saúde, como perda de visão, tonturas, problemas respiratórios e, em casos extremos, convulsões.
Bem, talvez existíssemos, mas teríamos evoluído de outra forma e seríamos criaturas diferentes.
O oxigénio não cresce nas árvores
Por falar em oxigénio. Ao contrário da crença popular, a maior parte do O2 que existe na atmosfera não tem origem nas densas florestas tropicais do planeta.
Na realidade, o oxigénio nasce no mar. Os responsáveis pela produção do gás de que dependemos para viver são as algas fotossintetizantes microscópicas que compõem o chamado fitoplâncton.
Os cientistas estimam que entre 55% e 80% de todo o oxigénio do planeta é produzido por estes seres aquáticos.
Assim, apesar de as florestas serem frequentemente consideradas como os “pulmões da Terra“, é o fitoplâncton que sustenta grande parte da produção de oxigénio do planeta.
Vá lá então, plantinhas do mar, não se lembrem de começar agora a reproduzir-se desalmadamente e a encher a atmosfera de oxigénio, que não estamos preparados para o respirar.
Os maiores desertos não têm areia
Os maiores desertos da Terra variam consideravelmente de tipo, sendo alguns frios e outros quentes. Normalmente, pensamos nos desertos como extensões gigantescas de areia, como o Saara, mas a maior parte dos desertos do mundo não é coberta por areia.
A Antártida, por exemplo, é considerada um deserto porque, apesar de estar completamente coberta de gelo, tem muito pouca precipitação: menos de 200 mm por ano. Na realidade, o Deserto Antártico é o maior deserto do mundo, com uma área de cerca de 14 milhões de km2.
Também o segundo maior deserto do planeta é um deserto frio e árido, dominado por gelo e neve, com cerca de 13,9 km2: o Ártico, que abrange várias regiões no extremo norte do globo, incluindo partes do Canadá, da Gronelândia, Rússia, e Alasca.
Aquele que nos vem à imediatamente cabeça quando nos perguntam qual é o maior deserto do mundo (se é que alguém nos faz por algum motivo tal pergunta bizarra), o Deserto do Saara, é apenas o terceiro maior do mundo. Localizado no Norte da África, tem apenas cerca de 9,2 milhões de km2.
Seguem-se três desertos quentes: o Deserto Árabe, na Península Arábica (2,3 milhões de km2), o Deserto de Gobi, que se espalha entre a Mongólia e a China (1,3 milhões de km2), e o Deserto do Kalahari , quase todo no Botswana (900 mil km2).
Curiosamente, apesar das suas condições extremamente áridas, o Kalahari suporta uma variedade surpreendente de plantas e animais, que se adaptaram ao seu ambiente e lá fazem a sua vidinha. E na verdade, todos os desertos do planeta albergam diversos tipos de vida - entre animais, vegetais e micro-organismos.
Assim, os nossos desertos nem sequer são… desertos. A Terra é fascinante.
in ZAP
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Marcadores: Antártida, Ártico, Chimborazo, deserto do Saara, desertos, Evereste, fotossíntese, Geoquímica, Mauna Kea, oxigénio
Sismo sentido no Algarve (e outro no PNSAC)...
Sismo de 3,4 na escala de Richter registado no Algarve
De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, o sismo foi registado às 05.48 de 11.08.2024.
O sismo de magnitude 3,4 na escala de Richter registado este domingo no Algarve, com o epicentro a cerca de 30 quilómetros a sul de Albufeira, foi sentido, mas não causou danos pessoais ou materiais.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), atualizou a primeira informação, dando agora conta que o sismo, registado às 05.48, "foi sentido com intensidade máxima III (escala de Mercalli modificada)".
O instituto adiantou que o sismo "não causou danos pessoais ou materiais", salientando que a informação será atualizada se a situação o justificar.
Segundo o organismo, a localização do epicentro de um sismo é um processo "físico e matemático complexo que depende do conjunto de dados, dos algoritmos e dos modelos de propagação das ondas sísmicas", pelo que "agências diferentes podem produzir resultados ligeiramente diferentes".
in CM
Nota: registo no Geofone de Manteigas:
ADENDA - houve, pouco depois, outro pequeno sismo sentido, no PNSAC, cujo epicentro foi entre Mendiga e Cabeço das Pombas:
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera informa que no dia 11.08.2024 pelas 07.18 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente, um sismo de magnitude 2.6 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 10 km a Sul do Porto de Mós.
Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais foi sentido com intensidade máxima III (escala de Mercalli modificada) no concelho de Alcobaça (Leiria). Foi ainda sentido com menor intensidade no concelho de Porto de Mós (Leiria).
Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados.
in IPMA
José Manuel Osório, fadista e estudioso da canção lisboeta, morreu há treze anos...
José Manuel Osório (Leopoldville, 13 de maio de 1947 – Lisboa, 11 de agosto de 2011), foi um fadista, músico, produtor cultural, estudioso de fado e ativista anti-SIDA português.
Vida e obra
Nasceu em Leopoldville (atual Kinshasa) no Congo Belga (atual República do Zaire), e foi registado em 13 de maio de 1947, no seio de uma família da classe média-alta.
Aos cinco anos ouviu o seu primeiro disco de fado, cantado por Lucília do Carmo, a que deu pouca importância na ocasião. Aos dez anos foi viver para Portugal e estudou nas melhores escolas de Lisboa, mostrando uma inclinação para a música clássica. Aos 12 anos inscreveu-se no Conservatório Nacional de Lisboa e concluiu o curso básico e superior de solfejo aos 15 anos. Iniciou então os estudos de piano, terminando o curso nove anos depois, com louvor e distinção. Seguidamente, inscreveu-se no curso de teatro no mesmo Conservatório. Terminados os estudos secundários, juntou-se à Companhia de Teatro Estúdio de Lisboa, dirigida por Luzia Maria Martins, ali permanecendo durante seis anos.
Inscreveu-se então no curso de Direito (que nunca completou), onde fundou o Grupo Independente de Teatro da Faculdade de Direito, onde encenaria a peça O Homúnculo de Natália Correia, primeiro texto desta autora a ser representado publicamente. Nessa ocasião conheceu Vasco de Lima Couto, que lhe escreveu um poema para um fado.
Começou a visitar os retiros de fado em Cascais, e segundo as suas palavras, “apanhei o comboio logo ali”. José Manuel Osório cantou como amador em sítios como O Estribo, O Cartola, O Galito e O Arreda. Conheceu então cantores carismáticos como Alfredo Marceneiro, Maria Teresa de Noronha, Carlos Duarte, João Braga, José Pracana, Chico Pessoa e João Ferreira-Rosa, entre outros. Também conheceu José Carlos Ary dos Santos, que lhe ofereceu para cantar o decassílablo Desespero, a partir de um soneto incluído em A Liturgia do Sangue.
Esses retiros de fado, segundo Osório, eram de certo modo locais de rebelião contra as casas de fado que proliferavam nos bairros históricos de Lisboa e tornavam o prazer de cantar numa obrigação.
Em 1968 gravou o seu primeiro disco, cujo reportório incluía poemas de José Carlos Ary dos Santos, Vasco de Lima Couto, Manuel Alegre, Mário de Sá-Carneiro, António Botto, João Fezas Vital, Luiza Neto Jorge, António Aleixo e Maria Helena Reis. Em 1969 gravou o seu segundo trabalho e recebeu o Prémio da Imprensa para o Melhor Disco do Ano.
Em 1969 Osório aderiu ao Partido Comunista Português. Em 1970 recebeu o Prémio da Imprensa para o Melhor Fadista do Ano, mas foi impedido de cantar no Coliseu, por ordem da PIDE enviada à Casa da Imprensa. Viveu então um período difícil, devido à proibição de vendas imposta ao seu disco.
Em 1968 foi viver para Paris e assistiu ao Maio de 68. Trabalhou num restaurante onde se cantava o fado e conheceu José Mário Branco, Sérgio Godinho e Luís Cília, entre outros. Também conheceu Manuel Correia, que lhe escreveu uma série de belos poemas que foram gravados depois de 25 de abril de 1974.
Nas décadas de 60 e de 70 dinamizou o teatro amador em dezenas de espetáculos, tanto como ator como encenador, trabalhando essencialmente nas associações populares de Lisboa. Foi-lhe atribuído o Primeiro Prémio do Festival de Teatro Amador (APTA) com o Grupo Oficina de Teatro de Amadores de Alfama, dirigindo o texto Soldados de Carlos Reyes.
O seu quarto disco, para a etiqueta Orfeu, incluía poemas de Fernando Pessoa, Manuel Alegre, António Aleixo, Francisco Viana, do poeta popular Martinho da Rita Bexiga, António Gedeão e de Alda Lara, entre outros. Músicos como António Chaínho, Arménio de Melo, Manuel Mendes, José Nunes, Raul Nery, José Fontes Rocha, Carlos Gonçalves, Pedro Caldeira Cabral, Pedro Leal, Manuel Martins, Joel Pina and Mestre Martinho D'Assunção participaram nas gravações.
Regressou finalmente a Portugal em 1973 e começou a pesquisar e a coligir temas do fado operário e anarco-sindicalista, que mais tarde viria a interpretar.
Depois do 25 de abril de 1974 participou na fundação do grupo de teatro A Barraca. Juntamente com Fernando Tordo e Samuel compôs música para a peça A Cidade Dourada (A Barraca). Também compôs e interpretou ao vivo música para a peça As Espingardas da Mãe Carrar por Bertolt Brecht na Casa da Comédia, encenada por João Lourenço. Foi um impulsionador dos Cantos Livres e das Campanhas de Dinamização do Movimento das Forças Armadas. A sua iniciativa levaria à afirmação do estudo e pesquisa históricos sobre o fado sindicalista e anarquista.
De 1978 a 1993 colaborou profissionalmente com Paulo de Carvalho.
Gravou mais três discos de fado, sempre com um reportório de fados tradicionais, dando assim por concluída a sua carreira discográfica.
Atuou principalmente em casas de fado amador de Cascais e do Estoril, nunca considerando seriamente tornar-se fadista profissional. Utilizou todo o conhecimento adquirido para desenvolver uma carreira como produtor de espetáculos e agente artístico, que manteve até 1990.
José Manuel Osório foi também, desde 1976, até estar disso impossibilitado, por motivos de saúde, membro do comité organizador da Festa do Avante, apoiando diretamente a criação do espaço exclusivamente dedicado ao fado chamado «Retiro do Fado», que continua atualmente a existir.
Em 1984 soube que era seropositivo, mas só no final de 1989 começou a ter sérios problemas de saúde, que o obrigariam a abandonar a sua atividade profissional. Durante os anos seguintes teve de enfrentar e vencer uma longa série de doenças gravíssimas decorrentes da SIDA, com enorme coragem e determinação, envolvendo-se ativamente na luta e na prevenção contra a SIDA, colaborando com vários médicos entre os quais a Dra. Odette Ferreira. Ficou conhecido por ser o mais antigo seropositivo em Portugal.
Em 1993 fez um regresso, pela mão de Ruben de Carvalho, para lançar uma iniciativa artística no sentido de destacar o fado, através d’"As Noites de Fado da Casa do Registo", no âmbito de Lisboa/94 Capital Europeia da Cultura.
Em 1998 a EBAHL convidou-o a supervisionar as Festas de Lisboa. Em 2005 dirigiu o projeto "Todos os Fados". Em 2011 foi distinguido com o Prémio Amália Rodrigues Ensaio/Divulgação, por se ter destacado nos últimos anos como investigador do fado, tendo coordenado as coleções discográficas “Fados da Alvorada” e “Fados do Fado” na etiqueta Movieplay Portuguesa.
Foi pai do jornalista Luís Osório, nascido em 1971, e que mais tarde o entrevistaria para o programa Portugalmente e lhe dedicaria um documentário e um livro chamados Quanto Tempo?
José Manuel Osório morreu, em Lisboa, a 11 de agosto de 2011.
in Wikipédia
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O Doutor Galopim de Carvalho, avó dos dinossáurios e decano dos geólogos portugueses, faz hoje 93 anos...!
Galopim de Carvalho nasceu em 1931, em Évora.
Licenciou-se em Ciências Geológicas pela Universidade de Lisboa (1959), doutorou-se em Geologia (1969) na mesma universidade e viria a ensinar na sua alma mater no Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências até 2001.Foi Diretor do Museu Nacional de História Natural durante vários anos e é Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Era irmão do cantor Francisco José e é pai do jornalista Nuno Galopim.
Distinções
- Em 1994 António Marcos Galopim de Carvalho foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, em 9 de junho.
- Prémio Bordalo (1994) Ciências, na categoria "Ciências". No mesmo ano a Casa da Imprensa também distinguiu nomes como João Cutileiro (Artes plásticas), Maria de Medeiros (Cinema), Luís Figo (Desporto) ou Rui de Carvalho (Consagração de Carreira).
- Patrono da Escola C+S de Queluz, em Sintra, rebaptizada "Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos Professor Galopim de Carvalho" em maio de 1999.
- Patrono da Escola EB1/JI do Bacelo, em Évora, rebaptizada "Escola Básica Galopim de Carvalho" em 2014.
- Medalha Municipal de Mérito Científico atribuída pela Câmara Municipal de Lisboa em 2016.
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Clara de Assis morreu há setecentos e setenta e um anos...
Pertencia a uma nobre família e era dotada de grande beleza. Destacou-se desde cedo pela sua caridade e respeito para com os pequenos, tanto que, ao deparar-se com a pobreza evangélica vivida por São Francisco de Assis, foi tomada pela irresistível tendência religiosa de segui-lo.
Um ano antes de sua morte em 1253, Santa Clara assistiu a Celebração da Eucaristia sem precisar sair do seu leito. Neste sentido é que é aclamada como protetora da televisão.
Diversos episódios da vida de Santa Clara e São Francisco compõem as florinhas de São Francisco. Escritos muitos anos após a morte de ambos, é difícil atestar a correção destes relatos, mas, com certeza, retratam bem o espírito de ambos e os primeiros acontecimentos quando da criação das Ordens Franciscanas.
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Joe Jackson nasceu há setenta anos
Jackson Pollock morreu há 68 anos...
Durante a sua vida, Pollock gozou de fama e notoriedade consideráveis; ele foi um grande artista de sua geração. Considerado um recluso, tinha uma personalidade volátil e lutou contra o alcoolismo durante a maior parte de sua vida.
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O matemático Pedro Nunes morreu há 446 anos
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Enid Blyton nasceu há 127 anos...
Enid Mary Blyton (East Dulwich, Londres, 11 de agosto de 1897 – Hampstead, Londres, 28 de novembro de 1968) foi uma escritora inglesa de livros de aventuras para crianças e adolescentes. É também a criadora original de Noddy e Os Cinco.
No seguimento do sucesso comercial dos seus primeiros trabalhos como Adventures of the Wishing Chair (1937) e The Enchanted Wood (1939), Blyton continuou a construir o seu império literário, algumas vezes com 50 livros por ano, para além dos seus vários contributos em revistas e jornais. A sua escrita era espontânea e tinha origem na sua mente inconsciente; escrevia as suas histórias como se as estivesse a ver de fronte a si. O volume dos seus livros, e a velocidade à qual eram produzidos, criaram boatos sobre a utilização de escritores fantasmas, uma acusação que Blyton recusou veementemente. Enid Blyton inspirou-se nas suas filhas para escrever os livros de colégios internos.
O trabalho de Blyton foi tornando-se controverso no céu dos críticos literários, professores e família, a partir da década de 50, por causa da natureza sem rival dos seus livros, em particular a série sobre Noddy. Algumas livrarias e escolas baniram os seus trabalhos, os quais a BBC se tinha negado a transmitir desde os anos 30 até 50, pois entendiam que não tinham qualquer mérito literário. Os seus livros têm sido criticados como sendo elitistas, sexistas, xenófobos e, pontualmente, com o ambiente liberal que emergia no pós-guerra no Reino Unido, mas, ainda assim, continuam a ser grandes sucessos de venda desde a sua morte, em 1968.
Blyton sentiu a responsabilidade de fornecer aos seus leitores uma forte mensagem moral e incutiu-lhes a ideia de apoiarem causas nobres. Em particular, através de associações que ela criou, ou que apoiava, motivou-os a organizarem e a juntarem os meios financeiros suficientes para ajudar os animais e as crianças.
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Marcadores: Enid Blyton, literatura infantil, Noddy, Os Cinco
Tomás António Gonzaga, o Dirceu de Marília, nasceu há 280 anos
Tu não verás, Marília, cem cativos
tirarem o cascalho e a rica terra,
ou dos cercos dos rios caudalosos,
ou da minada serra.
Não verás separar ao hábil negro
do pesado esmeril a grossa areia,
e já brilharem os granetes de oiro
no fundo da bateia.
Não verás derrubar os virgens matos,
queimar as capoeiras inda novas,
servir de adubo à terra a fértil cinza,
lançar os grãos nas covas.
Não verás enrolar negros pacotes
das secas folhas do cheiroso fumo;
nem espremer entre as dentadas rodas
da doce cana o sumo.
Verás em cima da espaçosa mesa
altos volumes de enredados feitos;
ver-me-ás folhear os grandes livros,
e decidir os pleitos.
Enquanto revolver os meus consultos,
tu me farás gostosa companhia,
lendo os fastos da sábia, mestra História,
e os cantos da poesia.
Lerás em alta voz, a imagem bela;
eu, vendo que lhe dás o justo apreço,
gostoso tornarei a ler de novo
o cansado processo.
Se encontrares louvada uma beleza,
Marília, não lhe invejes a ventura,
que tens quem leve à mais remota idade
a tua formosura.
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Robin Williams desistiu há dez anos...
Amanhã é noite de chuva de estrelas - as Perseidas...
As Perseidas são uma prolífica chuva de meteoros associada ao cometa Swift-Tuttle. São assim denominadas devido ao ponto do céu de onde parecem vir, o radiante, localizado na constelação de Perseu. As chuvas de meteoros ocorrem quando a Terra atravessa um rasto de meteoros. Neste caso o rasto é denominado de nuvem Perseida e estende-se ao longo órbita do cometa Swift-Tuttle. A nuvem consiste em partículas ejetadas pelo cometa durante a sua passagem perto do Sol. A maior parte do material presente na nuvem atualmente, tem aproximadamente 1.000 anos. No entanto, existe um filamento relativamente recente de poeiras neste rasto proveniente da passagem do cometa em 1862. Em 1992 (o cometa Swift-Tuttle dá uma volta completa em torno do Sol a cada 130 anos) a nuvem que dá origem às Perseidas foi reabastecida, tendo nos últimos anos havido algumas chuvas de meteoros bastante boas. Como a Terra, nessa noite, viaja pelo espaço em direção à constelação de Perseu, as estrelas cadentes parecem provir desse ponto (chamado de radiante) para aonde a Terra se dirige; marcando (e prolongando essa linha) num mapa celeste, as estrelas cadentes perseidas ir-se-ião cruzar no radiante.
NOTA: este ano provavelmente não irei observar o fenómeno (há anos em que o faço na Senhora do Monte, perto de Cortes, em Leiria, sempre que posso). É fácil de ver - basta olhar, sem telescópio, para uma vasta zona de NE do céu, à volta da constelação de Perseu (que fica por baixo da Cassiopeia, uma constelação bem visível, com forma de M ou W, entre as 00.30 e 03.00 horas). Aqui fica um mapa do céu com o radiante desta chuva de estrelas:
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