quinta-feira, junho 23, 2022

Elza Soares nasceu há 92 anos


Elza da Conceição Soaresnome artístico de Elza Gomes da Conceição (Rio de Janeiro, 23 de junho de 1930 – Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 2022), foi uma cantora, compositora musical e puxadora de samba-enredo brasileira que passeou por vários géneros musicais como samba, jazz, samba-jazz, sambalanço, bossa nova, mpb, soul, rock e música eletrónica.

Ao longo de pouco mais de 60 anos de carreira, ela teve inúmeras músicas no topo das listas de sucesso no Brasil; alguns dos maiores sucessos incluem: "Se Acaso Você Chegasse" (1960), "Boato" (1961), "Cadeira Vazia" (1961), "Só Danço Samba" (1963), "Mulata Assanhada" (1965) e "Aquarela Brasileira" (1974).

Em 1999, foi eleita pela Rádio BBC de Londres como a cantora brasileira do milénio. A escolha teve origem no projeto The Millennium Concerts, da rádio inglesa, criado para comemorar a chegada do ano 2000. Além disso, Soares aparece na 16ª posição da lista das 100 maiores vozes da música brasileira elaborada pela revista Rolling Stone Brasil.


 


A Exposição do Mundo Português foi inaugurada há 82 anos

Bandeira da Exposição
  
A Exposição do Mundo Português (23 de junho de 1940 - 2 de dezembro de 1940) foi um evento realizado em Lisboa à época do Estado Novo, com o propósito de comemorar simultaneamente as datas da Fundação do Estado Português (1140) e da Restauração da Independência (1640), constituiu-se na maior de seu género realizada no país até à Expo 98.
  

A exposição foi inaugurada em 23 de junho de 1940 pelo Chefe de Estado, Marechal Carmona, acompanhado pelo Presidente do Conselho, Oliveira Salazar e pelo Ministro das Obras Públicas, Duarte Pacheco.
Os responsáveis pelo evento foram Augusto de Castro (Comissário-Geral), Sá e Melo (Comissário-Geral-Adjunto), José Leitão de Barros (Secretário-Geral) e Cottinelli Telmo (Arquiteto-Chefe), que incluía pavilhões temáticos relacionados com a história de Portugal, suas atividades económicas, cultura, regiões e territórios ultramarinos. Incluía ainda um pavilhão do Brasil, único país estrangeiro convidado.
O evento levou a uma completa renovação urbana da zona ocidental de Lisboa. A sua praça central deu origem à Praça do Império, uma das maiores da Europa. A maioria das edificações da exposição foi demolida ao seu término, restando apenas algumas como o atual Museu de Arte Popular e o Monumento aos Descobrimentos (reconstrução com base no original de madeira). A exposição levou também à construção de outras infraestruturas de apoio, como o Aeroporto da Portela.
Situada entre a margem direita do rio Tejo e o Mosteiro dos Jerónimos, ocupava cerca de 560 mil metros quadrados. Centrada no grande quadrilátero da Praça do Império, esta era definida lateralmente por dois grandes pavilhões, longitudinais e perpendiculares ao Mosteiro: o Pavilhão de Honra e de Lisboa (de Luís Cristino da Silva), e do outro lado, o Pavilhão dos Portugueses no Mundo (do próprio Cottinelli Telmo).
Perto do rio, atravessando-se a linha férrea através de uma passarela monumental de colossais cruzados (a Porta da Fundação), encontrava-se a Secção Histórica, (Pavilhão da Formação e Conquista, da Independência, Pavilhão dos Descobrimentos e a Esfera dos Descobrimentos). Do outro lado, situava-se o Pavilhão da Fundação, o Pavilhão do Brasil – país convidado para tal efeito - e o Pavilhão da Colonização. Atravessando o Bairro Comercial e Industrial, chega-se perto do Mosteiro dos Jerónimos, à entrada da Secção Colonial. No canto precisamente oposto, um Parque de Atrações fazia a delícia dos mais novos. Descendo em direção ao rio, e para além do Pavilhão dos Portugueses no Mundo, a Secção de Etnografia Metropolitana, com o seu Centro Regional, contendo representações das Aldeias Portuguesas e os Pavilhões de Arte Popular. Por trás deste último pavilhão, encontrava-se o Jardim dos Poetas e o Parque Infantil. À frente do Tejo, com as suas docas, um Espelho de Água com um restaurante abria o caminho para o Padrão dos Descobrimentos e para a Nau Portugal.
De todas estas obras, algumas se destacaram e perduram na memória da atualidade. O Pavilhão da Honra e de Lisboa recebeu as melhores opiniões da crítica. Com 150 metros de comprimento por 19 de altura, e com a sua torre de 50 metros, este pavilhão demonstrava perfeitamente o ideal arquitetónico que o Estado Novo tentava impor, tal como os outros regimes totalitários impunham na Europa. Do Pavilhão dos Portugueses no Mundo, com um risco “simples”, destacava-se sobretudo a possante estátua da Soberania, esculpida por Leopoldo de Almeida – a imagem de uma severa mulher couraçada, segurando a esfera armilar e apoiada num litor legendado com as partes do Mundo, em caracteres góticos.
O Padrão dos Descobrimentos, vindo dos esforços de Cottinelli e de Leopoldo de Almeida, mostrava a verdadeira importância dos descobrimentos na História portuguesa. Constituído por diversas figuras históricas, o Infante D. Henrique destacava-se na sua proa, como timoneiro de todo o projeto expansionista português. De facto, o padrão original, construído em estafe sobre um esqueleto de madeira, teve um triste fim. É de notar que a figura ficou tão presente no imaginário nacional, que o monumento foi reconstruido em 1965, mas desta vez em pedra, e ainda hoje se mantém nas margens do Tejo.
     
 
in Wikipédia

A Batalha de Bannockburn foi há 708 anos

   
A Batalha de Bannockburn (Blàr Allt a' Bhonnaich em língua gaélica escocesa), em 23 e 24 de junho de 1314, foi travada entre forças da Inglaterra e da Escócia, resultando em vitória significativa para esta última, no âmbito das Guerras de Independência Escocesa.
O exército inglês, de cerca de 25.000 homens, comandado por Eduardo II da Inglaterra, foi intercetado no vau de Bannockburn (ribeira de Bannock Burn, afluente do rio Forth) por um contingente escocês de cerca de 9.000 soldados, sob o comando de Robert Bruce. Aos primeiros embates do dia 23, relativamente modestos, seguiu-se um grande confronto no dia seguinte. O resultado pode ser atribuído à desastrada disposição das forças inglesas, entre dois ribeiros e em solo pantanoso. Eduardo II retirou-se do campo e fugiu de volta à Inglaterra.
A vitória escocesa foi completa e, embora o reconhecimento inglês da independência da Escócia ainda tardasse mais de 10 anos (1328), ajudou Robert Bruce a restabelecer um Estado soberano escocês.
No conhecido filme sobre o herói escocês William Wallace, que venceu a Batalha de Stirling Bridge, em 11 de setembro de 1297, as forças comandadas por Andrew Moray e William Wallace derrotaram as forças inglesas, a tática militar mostrada é a das tropas escocesas nesta batalha (de Bannockburn) e não a realmente usada.
  

Boris Vian morreu há 63 anos

   
Boris Vian, né le 10 mars 1920 à Ville-d'Avray (Seine-et-Oise, aujourd'hui Hauts-de-Seine) et mort le 23 juin 1959 à Paris, est un écrivain français, poète, parolier, chanteur, critique et musicien de jazz (trompettiste). Ingénieur de l'École centrale, il est aussi scénariste, traducteur (anglo-américain), conférencier, acteur et peintre.
   
(...)
   
 Il est mort à 39 ans d'un arrêt cardiaque, lors de la projection de l'adaptation cinématographique de son livre J'irai cracher sur vos tombes.
   
      

 


Música adequada à data...

Nicolau Tolentino de Almeida morreu há 211 anos

Frontispício de uma peça de teatro "de cordel" de Tolentino
   
Nicolau Tolentino de Almeida (Lisboa, 10 de setembro de 1740 - Lisboa, 23 de junho de 1811) foi um poeta português que pertenceu ao movimento da Nova Arcádia (1790-1794).
Aos vinte anos ingressou em Leis na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, mas ao invés dos estudos tinha vida boémia e de poeta. No ano de 1765 tornou-se professor de retórica, numa das cátedras criadas pelo Marquês de Pombal, após a expulsão dos jesuítas.
Os seus versos continham muitas vezes pedidos, pleiteando um cargo na secretaria de estado, até que este foi satisfeito, com a nomeação como oficial de secretaria.
Foi um professor durante quinze anos, mas esta vida desagradava-lhe, pois era inadaptado e descontente até conseguir o posto na Secretaria dos Negócios do Reino. Obteve tudo quanto pretendeu, o que não o fez deixar de deplorar uma suposta miséria.
Bom metrificador, compôs sátiras descritivas e caricaturais, sonetos e odes, que reuniu em 1801 num volume chamado Obras Poéticas. Ficou pela superfície, mas ilustrou bem os erros e ridículos da época. O seu cómico consistia no agravamento das proporções, hipertrofiando o exagero que encontrava.
   

 


Vai, mísero cavalo lazarento

    

Vai, mísero cavalo lazarento,
Pastar longas campinas livremente;
Não percas tempo, enquanto to consente
De magros cães faminto ajuntamento.

Esta sela, teu único ornamento,
Para sinal da minha dor veemente,
De torto prego ficará pendente,
Despojo inútil do inconstante vento.

Morre em paz, que, em havendo algum dinheiro,
Hei-de mandar, em honra de teu nome,
Abrir em negra pedra este letreiro:

«Aqui piedoso entulho os ossos come
Do mais fiel, mais rápido sendeiro,
Que fora eterno, a não morrer de fome».

Anna Akhmatova nasceu há 133 anos

Retrato de Anna Akhmatova, por Kuzma Petrov-Vodkin, em 1922
  
Anna Akhmatova (Odessa, 23 de junho de 1889 - Leningrado, 5 de março de 1966) é o pseudónimo de Anna Andreevna Gorenko, uma das mais importantes poetas acmeístas russas.
Começou a escrever poesia aos onze anos de idade, mas o pai, um engenheiro naval, temia que Anna viesse a desonrar o nome da família, convencido de estar a adivinhar hábitos decadentes associados à vida artística. Assim, assinou os seus primeiros trabalhos com o primeiro nome da sua bisavó, Tatar.
Apesar do seu pai ter abandonado a família, quando Anna contava apenas dezasseis anos, conseguiu prosseguir os seus estudos. Portanto, não só estudou no liceu feminino de Tsarskoe Selo e no célebre Instituto Smolnyi de São Petersburgo, como também no Liceu Fundukleevskaia de Kiev e numa Faculdade de Direito, em 1907.
A obra de Akhmatova compõem-se tanto de pequenos poemas líricos como de grandes poemas, como o Requiem, um grande poema acerca do terror estalinista. Os temas recorrentes são o passar do tempo, as recordações, o destino da mulher criadora e as dificuldades em viver em escrever à sombra do estalinismo.
Os seus pais separaram-se em 1905. Ela casou-se com o poeta Nikolaï Goumilev em 1910 e o filho deles, nascido em 1912, foi o historiador Lev Goumilev.
Akhmatova teve uma longa amizade com a poeta Marina Tsvetaeva, sua compatriota. Estas duas amigas trocaram uma correspondência poética.
Nikolaï Goumilev foi executado em 1921, por causa de actividades consideradas anti-soviéticas; Akhmatova foi forçada ao silêncio, não podendo a sua poesia ser publicada de 1925 a 1952 (exceptuando-se o período de 1940 a 1946). Excluída da vida pública, vivendo de uma irrisória pensão e forçada a ir fazendo traduções de obras de escritores como Victor Hugo e Rabindranath Tagore, Akhmatova começou, após a morte de Estaline, em 1953, a ser reabilitada, tendo-lhe sido autorizada uma viagem a Itália, para receber o prémio literário Taormina, e a Oxford, para receber um título honorário, em 1965.
Na generalidade, a sua obra é caracterizada pela aparente simplicidade e naturalidade e pela precisão e clareza da sua escrita.
    

 

Sombra

Que sabe
certa mulher
Sobre a hora a morte?
O.Mandelstam
Sempre mais
elegante, mais rosada, mais alta que todas,
Para que vens ao de cima do fundo dos anos tombados
E a memória rapace diante de mim faz tremular
O teu perfil transparente por trás dos vidros do coche?
Como se discutia nessa altura - tu, anjo ou pássaro!
Uma pequena palha te chamou o poeta.
Para todos por igual através das negras pestanas
Dos olhos em abismo fluía a terna luz.
Oh sombra! Perdoa-me mas o tempo claro,
Flaubert, a insónia e os lilases tardios
De ti - bela de 1913 -
E do teu dia indiferente e sem nuvens
Me fizeram lembrar... Mas tais recordações
A mim não me ficam bem. Oh sombra!

   
   
Anna Akhmatova

 

Alfred Kinsey, o fundador da Sexologia, nasceu há 128 anos

 

Alfred Charles Kinsey (Hoboken, 23 de junho de 1894 - Bloomington, 25 de agosto de 1956) foi um entomologista e zoólogo norte-americano. Em 1947, na Universidade de Indiana, fundou o Instituto de Pesquisa sobre Sexo, hoje chamado de Instituto Kinsey para Pesquisa sobre Sexo, Género e Reprodução. As suas pesquisas sobre a sexualidade humana influenciaram profundamente os valores sociais e culturais dos Estados Unidos, principalmente na década de 60, com o início da chamada "revolução sexual". Ainda hoje as suas obras são consideradas fundamentais para o entendimento da diversidade sexual humana. A sua história foi retratada num filme de 2004 intitulado Kinsey - Vamos falar de sexo.
   
Primeiros momentos
Foi o mais velho de três filhos, a sua mãe tinha poucos estudos e o seu pai, apesar de professor no Instituto de Tecnologia de Stevens, era um conservador rigoroso. Ambos eram devotos da Igreja Metodista. Como eram muito pobres, Alfred Kinsey e os seus irmãos cresceram em condições inadequadas, expostos a inúmeras doenças e tratamentos inadequados. Alfred passou por muitas doenças, como raquitismo, febre tifóide e febre reumática. O raquitismo deixou como herança uma curvatura na espinha, o que levou à sua dispensa para servir nas forças armadas.
   
Formação
Quando jovem, Kinsey já mostrava um grande interesse pelas atividades ao ar livre e pelo estudo da natureza. Na escola, era um rapaz tímido, com pouco interesse para os desportos, mas com grande interesse para os estudos académicos e de piano. Contra a sua vontade, ingressou no Instituto de Tecnologia de Stevens, onde o seu pai, que queria um filho engenheiro, lecionava. Não se adaptando à engenharia e contrariando o pai, Kinsey ingressou no Bowdoin College em 1914, onde se graduou em Biologia e Psicologia. Continuou os seus estudos no Instituto Bossey, da Universidade de Harvard, onde estudou biologia aplicada com William Morton Wheeler, um reconhecido entomologista. Continuando seus estudos em Harvard, defendeu a sua tese de doutoramento em 1919, estudando a diversidade biológica de uma espécie de vespa.
   
Atuação como professor
Após completar o seu doutoramento, Kinsey ingressou como professor assistente do departamento de zoologia da Universidade Bloomington de Indiana, em 1920. Era chamado pelos alunos de Prok, um diminutivo de Professor Kinsey. Lá, conheceu Clara Bracken McMillen, a quem passou a chamar carinhosamente de Mac. Kinsey casou com Clara em 1921, com quem teve quatro filhos. Na Universidade de Indiana, continuou os seus estudos de entomologia durante mais de 16 anos. Para isso, recolheu mais de um milhão de exemplares de vespas, posteriormente doadas ao Museu Nacional de História Natural, em Nova York. O seu principal interesse era a história evolutiva das vespas.
     
Pai da Sexologia
Kinsey iniciou os seus estudos sobre práticas sexuais humanas após uma discussão com o colega Robert Krog, na Universidade de Indiana. Após ter concluído, nos seus estudos de entomologia, que nenhuma vespa era igual à outra, e que as práticas de acasalamento das vespas eram extremamente variadas, Kinsey percebeu que, apesar da falta de estudos sobre a sexualidade humana, essa característica de diversidade sexual era comum entre os animais e, dentre estes, os humanos. Kinsey queria que a educação sexual fosse abordada em uma disciplina exclusiva, algo inexistente na época. Ao fazer isto, Kinsey conseguiu criar a disciplina académica de Sexologia, ciência da qual é considerado o criador. Após muita persistência, em 1935 Kinsey conseguiu recursos financeiros da Fundação Rockefeller e pode, então, iniciar a sua pesquisa sobre a sexualidade humana. Para isso, Kinsey montou e treinou uma equipe que entrevistaria, nos anos seguintes, milhares de pessoas em todo o território dos Estados Unidos.
    
      
O Relatório Kinsey
A publicação do primeiro volume do famoso relatório sobre a sexualidade masculina (Sexual Behavior in the Human Male), em 1948, deu origem a uma enorme polémica nos Estados Unidos. O livro foi um dos mais vendidos naquele ano. Rapidamente, Kinsey se transformou numa celebridade, considerado até hoje como uma das personalidades mais polémicas do século XX. Foi capa dos principais jornais e revistas do país. O segundo volume, abordando a sexualidade das mulheres (Sexual Behavior in the Human Female) foi publicado em 1953.
A controvérsia que daí resultou foi inevitável, pois certos dados chocavam a estrutura clássica da família americana no final da década de 1940 e início da década de 1950. A América acabava de descobrir que, segundo os estudos de Kinsey, 92% dos seus homens e 62% das suas mulheres se masturbava. E que 37% dos homens e 13% das mulheres já tinham tido uma relação homossexual que lhes tinha proporcionado um orgasmo. Neste caso, os factos foram noticiados pela imprensa sensacionalista como uma verdadeira bomba.
Os seus relatórios foram vistos por muitos como o início da revolução sexual da década de 60. Apesar de ainda hoje encontrarmos dados resultantes do Relatório Kinsey, há que ter em conta que esses mesmos dados têm cerca de 50 anos e que, certamente, muitas das práticas e percentuais da época podem certamente ter se modificado.
    
A classificação de Kinsey
Para Kinsey, os seres humanos não se classificam quanto à sexualidade em apenas duas categorias (exclusivamente heterossexual e exclusivamente homossexual), mas apresentam diferentes graus de uma ou outra característica extrema.
        
Críticas e pedofilia

O trabalho de Kinsey tem sofrido, ao longo das décadas, vários questionamentos e refutações de ordem científica. Além disso, grupos conservadores, especialmente cristãos, atacaram Kinsey devido aos dados de seus estudos, considerados por eles imorais e perigosos.
Kinsey já foi acusado de ser um praticante de inúmeras práticas sexuais consideradas "anormais". Na biografia realizada por James H. Jones, ele é referido como bissexual, sádico e masoquista. Supostamente, teria seduzido estudantes e colegas. Segundo afirmam alguns biógrafos, teria ainda feito uma circuncisão em si próprio, sem anestesia. Outros afirmam que ele teria instigado o sexo grupal entre colegas, e coagido a sua mulher e amigos a praticarem sexo, sendo filmados. Kinsey e seu grupo realizaram inúmeros filmes sobre práticas sexuais com fins científicos.
Um artigo na revista Super Interessante mostra um Kinsey masoquista e debilitado por práticas sexuais extremadas que o levaram a morte, além de mostrá-lo como condescendente com a pedofilia. Kinsey teria entrevistado um certo Sr. X, que teria mantido relações sexuais com mais de 600 pré-adolescentes. Além disso, Kinsey acreditava que a diversidade sexual não poderia excluir determinadas parafilias, como a pedofilia. Noutro artigo há uma enorme polémica entre conservadores e religiosos sobre a estreia de um filme sobre Kinsey, estrelado por Liam Neeson
Jones acrescentou que a esposa de Kinsey manteve relações sexuais com outros homens, mas que o casal manteve-se unido durante 35 anos, numa relação sexualmente ativa até o ponto em que Kinsey ficou gravemente doente, falecendo pouco depois. Outro biógrafo, Jonathan Gathorne-Hardy, considera que os filmes realizados por Kinsey na sua segunda etapa de estudos não são científicos, mas simplesmente pornográficos. Entretanto, todas as críticas sobre o comportamento sexual de Kinsey são consideradas especulações, pois não são confirmadas pelo Instituto Kinsey.
Uma das mais conhecidas críticas de Kinsey é a Dra. Judith A. Reisman, chefe da RSVPAmerica (Restore Sexual Virtue and Purity to America). Segundo ela, Kinsey e sua equipe teriam abusado de crianças para chegar a certos dados do relatório Kinsey. No entanto, o coordenador do Instituto Kinsey, John Bancroft, alega que essa temática não é verdadeira, e que teria sido escolhida como apelo emocional para desacreditar os estudos de Kinsey.
Outra organização bastante cética aos trabalhos de Kinsey é o FRC (Family Research Council). O FRC é uma organização religiosa que conta com a participação de políticos conservadores influentes nos Estados Unidos. Além de reforçar as denúncias de Judith Reisman, o FRC procura associar os trabalhos de Kinsey especificamente às questões de orientação sexual e à homossexualidade, consideradas por eles como uma tentativa de afirmação da homossexualidade.
Estatisticamente, há os que também consideram o relatório não representativo. Segundo esses críticos, as parcelas da população americana envolvidas nos questionários não seriam cientificamente representativas à época, já que a maioria dos entrevistados era de cor branca, de classe média, com menos de 35 anos e com formação universitária. Bem distante do que seria uma representação fiel dos Estados Unidos na década de 1940.
   

Alan Turing nasceu há 110 anos


Alan Mathison Turing
(Maida Vale, Londres, 23 de junho de 1912 - Wilmslow, Cheshire, 7 de junho de 1954) foi um matemático, lógico, criptoanalista e cientista da computação britânico. Foi influente no desenvolvimento da ciência da computação e na formalização do conceito de algoritmo e computação com a máquina de Turing, desempenhando um papel importante na criação do computador moderno e também é pioneiro na inteligência artificial e na ciência da computação. É conhecido como o pai da computação.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Turing trabalhou para a inteligência britânica em Bletchley Park, num centro especializado em quebra de códigos. Por um tempo ele foi chefe do Hut 8, a seção responsável pela criptoanálise da frota naval alemã. Planeou uma série de técnicas para quebrar os códigos alemães, incluindo o método da bomba eletromecânica, uma máquina eletromecânica que poderia encontrar definições para a máquina Enigma.
Após a guerra, trabalhou no Laboratório Nacional de Física do Reino Unido, onde criou um dos primeiros projetos para um computador com um programa armazenado, o ACE. Posteriormente, Turing interessou-se pela química. Escreveu um artigo sobre a base química da morfogénese e previu reações químicas oscilantes como a Reação de Belousov-Zhabotinsky, que foram observadas pela primeira vez na década de 60.
A homossexualidade de Turing resultou num processo criminal em 1952, pois atos homossexuais eram ilegais no Reino Unido na época, e ele aceitou o tratamento com hormonas femininas e castração química, como alternativa à prisão. Morreu em 1954, algumas semanas antes de seu aniversário, devido a um aparente autoadministrado envenenamento por cianeto, apesar de sua mãe (e alguns outros) terem considerado a sua morte acidental. Em 10 de setembro de 2009, após uma campanha de Internet, o primeiro-ministro britânico Gordon Brown fez um pedido oficial de desculpas público, em nome do governo britânico, devido à maneira pela qual Turing foi tratado após a guerra. Em 24 de dezembro de 2013 Alan Turing recebeu a anulação real da rainha Isabel II da condenação por homossexualidade.
 

KT Tunstall faz hoje 47 anos

    
Kate Tunstall, mais conhecida como KT Tunstall (nascida Kate Victoria Tunstall, St Andrews, 23 de junho de 1975) é uma cantora, compositora e multi-instrumentista britânica, nascida na Escócia. De géneros como rock, pop-rock, folk, country, entre outros, é sempre vista por seu talento e carisma, obtendo sucessos como "Suddenly I See", "Other Side Of The World", "Black Horse and the Cherry Tree", "Hold On" e mais recentemente, "(Still a) Weirdo". Lançou o álbum de estreia Eye to the Telescope, em 2004, ocupando o #3 no Reino Unido, seguido por KT Tunstall's Acoustic Extravaganza - álbum acústico (2006), Drastic Fantastic (2007), Tiger Suit, de (2010), Invisible Empire//Crescent Moon, de (2013), KIN de (2016) e o mais recente, WAX (2018). É ainda de ascendência chinesa e irlandesa.
    

 


Jason Mraz - 45 anos...!


Jason Thomas Mraz (Mechanicsville, 23 de junho de 1977) é um compositor e cantor dos Estados Unidos
 
Biografia
Jason Thomas Mraz (nascido a 23 de junho de 1977) é um cantor, violonista e compositor nascido e criado em Mechanicsville, Virginia. Nas suas influências encontram-se o reggae, pop, rock, folk, jazz, e hip hop. Estudou na Universidade de Longwood por pouco tempo, tendo depois uma curta passagem pela Academia Dramática Americana (para estudar Teatro Musical) em Nova York, mudando-se para San Diego. O seu primeiro projecto musical foi "A Jason Mraz Demonstration", em 1999, gravado de forma independente e contendo 8 faixas da sua própria autoria. Depois deste viriam mais quatro EPs. Apenas em 2002, Mraz assinou pela Elektra Records, voltando a Virginia para trabalhar com o produtor John Alagía no seu álbum de lançamento, Waiting for My Rocket to Come, que seria disco de platina em julho de 2004 e alcançaria o #2 do Billboard's Chart. O seu primeiro single, "The Remedy (I Won't Worry)" , foi co-escrito pela equipe de produção musical The Matrix (que já escreveu músicas desde Avril Lavigne até Korn, passando por Britney Spears e Christina Aguilera). Também em 2004 o cantor lança um CD/DVD do concerto gravado um ano antes, em Milwaukee, no estado norte-americano de Winsconsin. O álbum, intitulado de Tonight, not again: Jason Mraz live at the Eagles Ballroom, ficou entre os 50 melhores álbuns da Billboard 200.
Em junho e julho de 2005, Mraz abriu todos os espectáculos de Alanis Morissette durante a sua tour Jagged Little Pill Acoustic. Em 2005 ele lança o seu 2º alguns de originais, Mr. A-Z, pela Atlantic Records, que ficaria em #55 na Billboard 200 Albums Chart. Em dezembro, o álbum receberia ainda uma nomeação para um Grammy Awards para Melhor Álbum Não Clássico Projetado, ao passo que o seu produtor era nomeado para Produtor do Ano. Mraz começou o seu tour para o álbum “Mr. A-Z” a 12 de setembro nos San Diego Music Awards. Esse mesmo tour teria a colaboração de vários artistas como Bushwalla e Tristan Prettyman, com quem Mraz tinha co-escrito o dueto "Shy That Way" em 2002 e “All I Want for Christmas Is You”. Mraz e Prettyman andaram, acabando a relação em 2006. Em novembro de 2005, Mraz abriu alguns dos concertos dos Rolling Stones na sua World Tour. Também em 2005, Mraz foi um dos vários cantores (estando também incluídos artistas como: Tristan Prettyman, Joss Stone, Keith Urban, Alanis Morissette e Michelle Williams) a figurarem no anúncio da Gap intitulada “Favorites” ". Em dezembro de 2005, Mraz lança a primeira parte do seu podcast. Em maio de 2006, Mraz faz um tour pelos EUA actuando sobretudo em festivais de música pelos EUA e alguns espectáculos na Irlanda e Reino Unido.
Em dezembro de 2006 foi lançado Selections for Friends, um álbum de actuações ao vivo disponível apenas na internet, gravado durante o tour Songs for Friends. Jason Mraz em 2007 começou a desenvolver o seu novo single "The Beauty in Ugly", - um remake do seu antigo single "Plain Jane" que ele reescreveu para o programa Betty Feia (Ugly Betty na versão original). Em 2007, o concorrente a American Idol Chris Richardson canta "Geek in the Pink", ganhando assim o conhecimento e interesse dos Media e aumentando o nº de downloads no iTunes.

We Sing. We Dance. We Steal Things.
Em 2008, mais exatamente em 13 de maio de 2008, Jason lança mais um disco, We Sing. We Dance. We Steal Things., cujo nome se deve a uma citação de David Shrigley (que captou a atenção de Mraz numa viagem à Escócia) e conta com a participação de Colbie Caillat (Bubbly; Realize) na canção "Lucky" e James Morrison (cantor) (You Give Me Something) na faixa "Details in the Fabric". Entre 2 de junho de 2008 e 16 de janeiro de 2009 a Rede Globo exibiu a telenovela brasileira A Favorita, que contou com a música "I'm Yours" de Jason Mraz, banda sonora dedicada ao personagem Cassiano, interpretado pelo ator Thiago Rodrigues. No ano de 2009, a sua música Lucky foi tema do casal Bianca e Felipe na novela Caras e Bocas. O curioso acerca desta obra é que esta foi lançada primeiramente como EP em três partes "We sing.", "We dance." e "We steal things.", cada uma delas contendo quatro músicas. Em 2013, a música "93 million miles" faz sucesso na novela Salve Jorge, como tema do casal Ayla e Zyah.

Pausa na carreira e Love Is a Four Letter Word 

Depois do grande sucesso de I'm Yours, Jason resolveu dar uma pausa na carreira. Em 19 de setembro de 2011, Jason anunciou através de sua página do Facebook o lançamento de um novo single promocional intitulado "The World As I See It", tema do filme "Em Busca da Liberdade", acompanhado pela música sendo liberada no YouTube.

O quarto álbum de estúdio de Jason, Love Is a Four Letter Word, foi lançado em 17 de abril de 2012. A canção "93 Million Miles", segundo single desse álbum, foi incluída na banda sonora da telenovela da Rede Globo Salve Jorge em 2013, fazendo sucesso como tema do casal Ayla e Zyah.

 
Yes! e novas parcerias

O quinto álbum de estúdio do cantor, Yes!, foi lançado em 15 de julho de 2014. Ao contrário de seus álbuns anteriores, este, trazia um estilo totalmente acústico e mais enveredado para o folk, onde contou com a parceria do conjunto feminino Raining Jane como sua banda de apoio e com suas integrantes sendo co-autoras de todas as faixas. O primeiro single, Love Someone, foi o maior sucesso do álbum e foi incluído na trilha sonora da telenovela da Rede Globo Império naquele mesmo ano, como tema do casal Comendador José Alfredo e Maria Ísis.

 
Know 
Após uma pausa de quatro anos, o músico retoma a parceria com o conjunto feminino Raining Jane e lança o seu sexto álbum de estúdio Know, em 10 de agosto de 2018, mantendo o estilo acústico e folk do álbum anterior. O primeiro single deste trabalho é a canção Have It All, lançada em 27 de abril do mesmo ano. O álbum também conta com a participação da cantora Meghan Trainor, que faz um dueto com Mraz no single More Than Friends, lançado em 27 de outubro de 2018.
 

   

 


Duffy - 38 anos

     
Aimée Ann Duffy (Bangor, 23 de junho de 1984), conhecida como Duffy, é uma cantora, compositora e, ocasionalmente, atriz galesa. O seu álbum de estreia, Rockferry, lançado em 2008, entrou na UK Albums Chart em #1. Foi o álbum mais vendido na Grã-Bretanha naquele ano, com 1,68 milhões de cópias vendidas. O álbum foi certificado diversas vezes como Disco de Platina e vendeu mais de 7 milhões de cópias em todo o mundo, estabelecendo "Mercy" e "Warwick Avenue" como hits. Com "Mercy", Duffy se tornou a primeira mulher galesa a alcançar o número um na UK Singles Chart desde Bonnie Tyler, com "Total Eclipse of the Heart", em 1983.
  

 


Catarina de Bragança casou com Carlos II do Reino Unido há 361 anos

 
D. Catarina Henriqueta de Bragança (Vila Viçosa, 25 de novembro de 1638 - Lisboa, 31 de dezembro de 1705) foi princesa de Portugal e rainha consorte de Inglaterra e Escócia, por seu casamento com o rei Carlos II da casa de Stuart.
Filha do Rei D. João IV de Portugal e da sua mulher a Rainha D. Luísa de Gusmão, depois da morte da irmã mais velha, a Princesa D. Joana, assumiu o título de Princesa da Beira. Os seus irmãos foram os reis D. Afonso VI e D. Pedro II de Portugal.
 
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Dois anos depois de aclamar, D. João IV, querendo fortificar e robustecer a soberania e a independência, procurava alianças: um dos meios era casar os filhos com príncipes e princesas estrangeiros. Catarina nem tinha oito anos e já se tratava de a casar com D. João d'Áustria, bastardo de Filipe IV de Espanha; houve ideias de a casar com o duque de Beaufort, neto de Henrique IV de França por bastardia. As negociações ficaram sem resultado. Pensou-se no casamento com Luís XIV, laço habilmente preparado pelo cardeal Mazarino para conseguir, via Portugal, obrigar a Espanha a fazer a paz com a França.
Em vida de D. João IV se trataram destas negociações com atividade, chegando a vir a Lisboa o embaixador francês conde de Cominges. Mazarino, servindo-se do engodo da promessa deste casamento, trouxe Portugal iludido, abandonando-o depois, assinando a paz com a Espanha e o contrato do casamento do rei com a infanta espanhola D. Maria Teresa de Áustria. Em 1661, sendo regente a rainha D. Luísa de Gusmão na menoridade de D. Afonso VI de Portugal, tratou-se novamente do casamento da infanta D. Catarina, sendo escolhido Carlos II da Inglaterra.

O contrato foi assinado por el-rei com todas as cerimónias legais da Inglaterra a 23 de Junho de 1661, e pelo embaixador Conde da Ponte e Marquês de Sande, Francisco de Melo e Torres, que regressou a Portugal, onde foi recebido com muita satisfação pela regente, e com muito desgosto da parte do povo, pela entrega de Tânger e Bombaim.
Em 28 de Abril de 1662 recebeu-se em Lisboa a notícia da realização do contrato, e pouco depois chegou a armada inglesa, que devia conduzir a seu bordo a nova rainha. O general comandante era Eduardo de Montaigne, Conde de Sandwich, revestido com o carácter de embaixador extraordinário. Ela partiu acompanhada do Marquês de Sande, do Conde de Pontével, Nuno da Cunha, Francisco Correia da Silva, e pessoas da corte. Antes de embarcar todos se dirigiram à Sé, onde se celebrou missa solene e Te-­Deum. Houve salvas da artilharia, repiques de sinos, pomposos ornatos nas ruas por onde passava o cortejo, o som das trombetas, charamela e outros instrumentos, tudo contribuía pare abrilhantar a festa do casamento real. Finalmente, a nova rainha entrou no bergantim real, adornado com magnificência, e navegou para bordo da nau capitania Grão-Carlos. Acompanharam as damas D. Elvira de Vilhena, condessa de Pontével, e D. Maria de Portugal, condessa de Penalva.
 
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D. Catarina não foi uma rainha popular na Inglaterra, por ser católica, o que a impediu de ser coroada. Sem posteridade, diz-se que deixou, pelo menos, à Inglaterra, a geleia de laranja, o hábito de beber chá à tarde, além de lá ter introduzido o uso dos talheres e do tabaco.

O álbum Mamonas Assassinas foi lançado há vinte e sete anos...

Mamonas Assassinas
 

Mamonas Assassinas é o álbum de estreia e único álbum de estúdio gravado pela banda brasileira de rock cómico Mamonas Assassinas. O álbum foi lançado em 23 de junho de 1995 e vendeu mais de 3 milhões de cópias só no Brasil, recebendo assim uma certificação de diamante triplo, segundo a ABPD. É o 3º álbum mais vendido de todos os tempos no Brasil para artistas nacionais, e o 2° álbum mais vendido da década de 90. O álbum quebrou diversos recordes até então nunca vistos antes no país, permanece sendo até os dias atuais como o álbum de estreia mais vendido da história no Brasil, igualmente como o álbum mais vendido num único dia, somando 25.000 cópias vendidas em apenas 12 horas, e um período chegou a vender 50.000 cópias por dia, 100.000 cópias a cada dois dias, que era a certificação de disco de ouro na época, somando mais de 350.000 cópias vendidas em uma semana. Em menos de 100 dias, o álbum alcançou a marca de 1 milhão de cópias, e dobrou esse numero até dezembro de 1995, somando 2 milhões de cópias vendidas em apenas seis meses, tornando-se o álbum vendido mais rapidamente em todos os tempos no Brasil. Com esse disco e o seu estilo cómico, os Mamonas invadiram as rádios brasileiras e caíram nas graças do público e da crítica, eternizando sucessos de forma avassaladora.

Em relação ao mercado externo, o disco vendeu mais do que 20.000 cópias em Portugal, rendendo a certificação de ouro do país. Foi também o segundo disco mais vendido no ano de 1996 em Portugal.  

  

 


Leandro, músico sertanejo, morreu há vinte e quatro anos

Leandro, à esquerda, junto com o seu irmão Leonardo

Luís José da Costa (Goianápolis, 15 de agosto de 1961 - São Paulo, 23 de junho de 1998), mais conhecido como Leandro, foi um cantor e compositor brasileiro, que formou com o seu irmão Leonardo (Emival Eterno da Costa) a dupla sertaneja Leandro & Leonardo.

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Foi durante uma pescaria, numa de suas fazendas no estado do Tocantins, em 19 de abril de 1998, que a vida de Leandro começou a mudar. No momento em que puxava o molinete da sua vara de pescar, sentiu uma dor aguda nas costas. Voltou para São Paulo, onde iria passar o feriado de 21 de abril com amigos, num sítio no município de Cotia, a 25 quilómetros da capital. Após ser encontrado desmaiado enquanto tomava banho, foi levado ao hospital da cidade para tirar uma radiografia do tórax. O diagnóstico foi divulgado no dia 27 de abril, durante entrevista coletiva no hotel Sheraton Mofarrej, em São Paulo. Na radiografia, apareceu uma mancha sobre o pulmão direito, do tamanho de uma laranja. Era o primeiro indício do diagnóstico que seria confirmado cerca de duas semanas depois, no dia 8 de maio, por médicos no hospital da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, Estados Unidos, onde foi detectado que o seu tumor era maligno e se desenvolveu no seu tórax. O cantor goiano sofria de um tipo de cancro de pulmão raríssimo, conhecido por tumor de Askin, localizado junto ao seu pulmão direito. O cantor havia sido internado no dia 22 de abril, depois de sentir dores no peito e nas costas. Na ocasião, o cirurgião torácico do hospital São Luiz, Alli Esgaib, disse que as dores não estavam relacionadas ao tumor. No dia 18 de maio, Leandro passou por duas cirurgias, além de reiniciar a terceira etapa do tratamento quimioterápico. Leandro foi submetido à colocação de uma prótese, chamada "stent'", no interior da veia cava superior (que leva o sangue venoso da cabeça ao coração), que estava sendo comprimida pelo tumor. Depois, ele passou por uma "embolização", para obstruir algumas artérias que alimentam o tumor no sangue. Fontes do Hospital São Luiz revelaram que não houve metástase, ou seja, o tumor não se espalhou para outros órgãos.
A informação é de que os problemas foram causados pelo crescimento do tumor de Askin que se situava na região do tórax. Na verdade, os médicos perceberam já no domingo que haviam perdido a luta para prolongar a vida do sertanejo. Isso porque o tumor ficou fora de controle, comprometendo o coração e os pulmões de forma irremediável e extremamente rápida, afetando brônquios, veias e também as artérias do coração. No dia 8 de junho Leandro fez a sua última aparição pública. Na varanda do apartamento, já sem os cabelos por causa da quimioterapia, o cantor acena para os fãs enrolado em uma bandeira verde e amarela para torcer pela Seleção Brasileira na sua estreia no Campeonato do Mundo.
No dia 15 de junho o cantor sofre uma paragem cardiorrespiratória no seu apartamento no Itaim Bibi (zona sudoeste de São Paulo) e é levado às pressas para a UTI do Hospital São Luiz, onde permaneceu sedado e respirando com a ajuda de aparelhos. Leandro morreu à 00.10 horas de 23 de junho de 1998, com falência múltipla dos órgãos, segundo médicos do hospital São Luiz. Nos seus últimos momentos, Leandro respirava com extrema dificuldade, apesar da ajuda dos aparelhos. A onda de comoção teve início na capital paulista. Na Assembleia Legislativa de São Paulo, o corpo foi velado por uma multidão. Mais de 16.000 fãs apareceram para dar o último adeus ao cantor. Políticos, como o então senador Eduardo Suplicy e o então prefeito Celso Pitta, apresentadores de TV, como Hebe Camargo,Serginho Groisman, Angélica e Ratinho, além das duplas sertanejas Chitãozinho & Xororó e Zezé Di Camargo & Luciano estiveram lá também para a despedida. Em Goiânia, onde foi sepultado, o corpo de Leandro foi levado ao Cemitério Parque Jardim das Palmeiras por um cortejo de 150.000 pessoas. Estima-se que 60.000 delas passaram em frente do caixão do cantor durante o velório em Goiânia.