sábado, abril 25, 2015

Há 40 anos os portugueses elegeram democraticamente um novo parlamento...

(imagem daqui)

A Assembleia Constituinte foi a designação dada à assembleia parlamentar com funções constituintes prevista na Lei n.º 3/74, de 14 de maio, a qual foi eleita por sufrágio universal directo em eleições realizadas a 25 de abril de 1975, com o objectivo específico de elaborar uma nova constituição para a República Portuguesa após a queda do Estado Novo em resultado da revolução de 25 de Abril de 1974. A Assembleia Constituinte concluiu a discussão da nova Constituição a 31 de março de 1976, tendo a mesma sido aprovada em votação final global a 2 de abril do mesmo ano. Promulgada naquele mesmo dia, passou a vigorar como a Constituição da República Portuguesa de 1976. A Assembleia Constituinte, terminados os seus trabalhos, dissolveu-se naquela data, nos termos do n.º 3 do artigo 3.º da Lei que a criou.

Enquadramento jurídico
Pela Lei n.º 2/74, de 14 de maio, assinada pelo general António de Spínola, presidente da Junta de Salvação Nacional saída da Revolução dos Cravos, foram extintas a Assembleia Nacional e a Câmara Corporativa do Estado Novo. Nesse mesmo dia, pela Lei n.º 3/74, de 14 de maio, também emanada da Junta de Salvação Nacional, era definida a estrutura constitucional transitória que vigoraria até à entrada em vigor da nova Constituição.
Por aquela Lei, a Junta de Salvação Nacional, além de publicar em anexo o Programa do Movimento das Forças Armadas Portuguesas, fixava os órgãos que governariam Portugal no período de transição e criava (pelo artigo 3.º da Lei) uma Assembleia Constituinte à qual caberia elaborar e aprovar a nova Constituição Política.
A Assembleia Constituinte deveria aprovar a Constituição no prazo de noventa dias, contados a partir da data da verificação dos poderes dos seus membros, podendo, contudo, esse prazo ser prorrogado por igual período pelo Presidente da República, ouvido o Conselho de Estado. A Assembleia Constituinte dissolvia-se automaticamente uma vez aprovada a Constituição ou decorrido que fosse aquele prazo, devendo, neste segundo caso, ser eleita nova Assembleia Constituinte no prazo de sessenta dias.
A Assembleia Constituinte deveria ser eleita por sufrágio universal, directo e secreto. O número de membros da Assembleia, os requisitos de elegibilidade dos Deputados, a organização dos círculos eleitorais e o processo de eleição seriam determinados pela lei eleitoral.
Cabia ao Governo Provisório nomear, no prazo de quinze dias, a contar da sua instalação, uma comissão para elaborar o projecto de lei eleitoral e elaborar, com base no projecto da comissão referida, uma proposta de lei eleitoral a submeter à aprovação do Conselho de Estado, de modo a estar publicada até 15 de novembro de 1974.
As eleições para Deputados à Assembleia Constituinte deveriam realizar-se até 31 de março de 1975, em data a fixar pelo Presidente da República, sendo a Assembleia Constituinte convocada dentro de quinze dias após a sua eleição.
Aprovada a Constituição, a Assembleia Constituinte dissolveu-se automaticamente, a 2 de abril de 1976.
  
Resultados eleitorais e deputados eleitos
No acto eleitoral realizado a 25 de abril de 1975, para o qual existiam 6.231.372 eleitores inscritos, votaram 5.711.829 (91,66%), tendo-se abstido apenas 519.543 (8,34%). Concorreram 14 partidos e movimentos cívicos, obtendo os seguintes resultados:

Resultados eleitorais nacionais
Resumo das Eleições para a Assembleia Constituinte de Portugal de 1975
Partido Votos Votos (%) Assentos Assentos
(%)
  Partido Socialista 2 162 972
 
37,87%
116 46,4%
  Partido Popular Democrático 1 507 282
 
26,39%
81 32,4%
  Partido Comunista Português 711 935
 
12,46%
30 12%
  Centro Democrático e Social 434 879
 
7,61%
16 6,4%
  Movimento Democrático Português 236 318
 
4,14%
5 2%
  Frente Socialista Popular 66 307
 
1,16%
0 0%
  Movimento de Esquerda Socialista 58 248
 
1,02%
0 0%
  União Democrática Popular 44 877
 
0,79%
1 0,4%
  FEC(m-l) 33 185
 
0,58%
0 0%
  Partido Popular Monárquico 32 526
 
0,57%
0 0%
  Partido de Unidade Popular 13 138
 
0,23%
0 0%
  Liga Comunista Internacionalista 10 835
 
0,19%
0 0%
  Associação para a Defesa dos Interesses de Macau 1 622
 
0,03%
1 0,4%
  Centro Democrático de Macau 1 030
 
0,02%
0 0%
Totais 5 315 154   250  
Votos em Branco 0 0%  
Votos Nulos 396 765 6,95%  
Participação 5 711 919 91,66%  
Fonte: Comissão Nacional de Eleições
Nos termos do Decreto-Lei n.º 137-E/75, de 17 de março, foi impedida a participação nas eleições para a Assembleia Constituinte dos seguintes partidos: Partido da Democracia Cristã (PDC), Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado (MRPP) e Aliança Operária Camponesa (AOC).

sexta-feira, abril 24, 2015

Mano Solo nasceu ha 52 anos

Mano Solo, nome artístico de Emmanuel Cabut (Châlons-sur-Marne, 24 de abril de 1963 - Paris, 10 de janeiro de 2010), foi um cantor francês.
Ele era o filho do caricaturista Cabu, morto no massacre do Charlie Hebdo, a 7 de janeiro de 2015. Morreu aos 46 anos, vítima de múltiplos aneurismas cerebrais sofridos em novembro de 2009, agravados pela SIDA.


O Telescópio Espacial Hubble foi colocado no espaço há 25 anos!

O Telescópio Espacial Hubble (em inglês Hubble Space Telescope - HST) é um satélite astronómico artificial não tripulado que transporta um grande telescópio para a luz visível e infravermelha. Foi lançado pela agência espacial dos Estados Unidos - a NASA - a 24 de abril de 1990, a bordo do vaivém espacial Discovery (missão STS-31). Este telescópio já recebeu várias visitas espaciais da NASA para a manutenção e para a substituição de equipamentos obsoletos ou inoperantes.
O telescópio é a primeira missão da NASA pertencente aos Grandes Observatórios Espaciais - (Great Observatories Program), consistindo numa família de quatro observatórios orbitais, cada um observando o Universo em um comprimento diferente de onda, como a luz visível, raios gama, raios-X e o infravermelho. Pela primeira vez se tornou possível ver mais longe do que as estrelas da nossa própria galáxia e estudar estruturas do Universo até então desconhecidas ou pouco observadas. O Hubble, de uma forma geral, deu à civilização humana uma nova visão do universo e proporcionou um salto equivalente ao dado pela luneta de Galileu Galilei no século XVII.
Desde a concepção original, em 1946, a iniciativa de construir um telescópio espacial sofreu inúmeros atrasos e problemas orçamentais. Logo após o lançamento para o espaço, o Hubble apresentou uma aberração esférica no espelho principal, o que parecia comprometer todas as potencialidades do telescópio. Porém, a situação foi corrigida numa missão especialmente concebida para a reparação do equipamento, em 1993, voltando o telescópio à operacionalidade, tornando-se numa ferramenta vital para a astronomia. Imaginado nos anos 40, projetado e construído nos anos 70 e 80 e em funcionamento desde 1990, o Telescópio Espacial Hubble foi batizado em homenagem a Edwin Powell Hubble, que revolucionou a Astronomia ao constatar que o Universo estava em expansão.

Uma das mais famosas imagens do Hubble, os "Pilares da Criação", mostrando a Nebulosa da Águia

O Povo Arménio começou a sofrer um genocídio há 100 anos


Arménios deportados em marcha

O Genocídio Arménio, holocausto arménio ou ainda o massacre dos arménios é como é chamada a matança e deportação forçada de centenas de milhares ou até mais de um milhão de pessoas de origem arménia que viviam no Império Otomano, com a intenção de exterminar a sua presença cultural, sua vida económica e o seu ambiente familiar, durante o governo dos chamados Jovens Turcos, de 1915 a 1917.
Caracterizou-se pela sua brutalidade nos massacres e pela utilização de marchas forçadas com deportações, que geralmente levava a morte a muitos dos deportados. Outros grupos étnicos também foram massacrados pelo Império Otomano durante esse período, entre eles os assírios e os gregos de Ponto. Alguns historiadores consideram que esses atos são parte da mesma política de extermínio.
Está firmemente estabelecido que foi um genocídio, e há evidências do plano organizado e intentado de eliminar sistematicamente os arménios.
Adota-se a data de 24 de abril de 1915 como início do massacre, por ser a data em que dezenas de líderes arménios foram presos e massacrados em Istambul.
O governo turco rejeita o termo genocídio organizado e que as mortes tenham sido intencionais. Quase cem anos depois, ainda persiste a polémica.

(...)
Embora as reformas de 8 de fevereiro de 1914 não satisfizessem as exigências do povo arménio, pelo menos abriam o caminho para realizar o ideal pelo que havia lutado durante gerações, com sacrifício de inúmeros mártires. "Uma Armênia autónoma dentro das fronteiras do Império Otomano", era o anseio do povo arménio. Um mês mais tarde, em 28 de julho, começava a Primeira Guerra Mundial.
Esse conflito resultou trágico, pois deu oportunidade ao movimento político dos Jovens Turcos de realizar seu premeditado projeto de aniquilação do povo arménio. Na noite de 24 de abril de 1915 foram aprisionados em Constantinopla mais de seiscentos intelectuais, políticos, escritores, religiosos e profissionais arménios, que foram levados à força para o interior do país e selvaticamente assassinados.
Depois de privar o povo de seus dirigentes, começou a deportação e o massacre dos arménios que habitavam os territórios asiáticos do Império.

(...)

A cidade de Alepo caiu na mão dos britânicos e foram encontrados muitos documentos que confirmavam que o extermínio dos arménios teria sido organizado pelos turcos. Um destes documentos é um telegrama circular dirigido a todos os governadores:
Cquote1.svg À Prefeitura de Alepo: Já foi comunicado que o governo decidiu exterminar totalmente os arménios habitantes da Turquia. Os que se opuserem a esta ordem não poderão pertencer então à administração. Sem considerações pelas mulheres, as crianças e os enfermos, por mais trágicos que possam ser os meios de extermínio, sem executar os sentimentos da consequência, é necessário por fim à sua existência. 13 de setembro de 1915. Cquote2.svg
O ministro do Interior, Talat

Testemunhos
Em geral, as caravanas de arménios deportados não chegavam muito longe. À medida que avançavam, o seu número diminuía com consequência da ação das armas de fogo, dos sabres, da fome e do esgotamento... Os mais repulsivos instintos animais eram despertados nos soldados por essas desgraçadas criaturas. Torturavam e matavam. Se alguns chegavam a Mesopotâmia, eram abandonados sem defesa, sem víveres, em lugares pantanosos do deserto: o calor, a humidade e as enfermidades acabavam, sem dúvida, com a vida deles. Cquote2.svg
René Pineau
Uma viajante alemã escutou o seguinte de uma arménia, em uma das estações do padecimento de um grupo de montanheses arménios:
Por que não nos matam logo? De dia não temos água e nossos filhos choram de sede; e pela noite os maometanos vêm a nossos leitos e roubam roupas nossas, violam nossas filhas e mulheres. Quando já não podemos mais caminhar, os soldados nos espancam. Para não serem violentadas, as mulheres se lançam à água, muitas abraçando a crianças de peito.
O governo cometeria ainda outra vileza: a maioria dos jovens arménios mobilizados ao começar a guerra não foram enviados à frente, mas integraram brigadas para construção de caminhos. Ao terminar o trabalho todos eles foram fuzilados por soldados turcos.
Jacques de Morgan assim se refere às deportações, aos massacres e aos sofrimento padecidos pelos arménios:
Cquote1.svg Não há no mundo um idioma tão rico, tão colorido, que possa descrever os horrores arménios, para expressar os padecimentos físicos e morais de tão inocentes mártires. Os sobreviventes dos terríveis massacres, todos testemunhas da morte seus entes queridos, foram concentrados em determinados lugares e submetidos a torturas indescritíveis e a humilhações que os faziam preferir a morte. Cquote2.svg
Jacques de Morgan
O povo arménio não desapareceu quando estava nos desertos da Mesopotâmia: as mães arménias ensinavam a ler aos seus filhos desenhando as letras do alfabeto arménio na areia.

(...)

Acredita-se que cerca de 1,5 milhão de arménios foram mortos durante o que ficou conhecido como o Genocídio Arménio. De entre eles, vários morreram assassinados por tropas turcas, em campos de concentração, queimados, enforcados e até mesmo atirados amarrados ao Rio Eufrates, mas a maior parte dos arménios morreu por inanição, ou seja, falta de água e alimento.

quinta-feira, abril 23, 2015

...e viva São Jorge!

São Jorge e o Dragão, de Gustave Moreau

São Jorge (275 - 23 de abril de 303) foi, de acordo com a tradição, um soldado romano no exército do imperador Diocleciano, venerado como mártir cristão. Na hagiografia, São Jorge é um dos santos mais venerados no catolicismo (tanto na Igreja Católica Romana e na Igreja Ortodoxa como também na Comunhão Anglicana). É imortalizado na lenda em que mata o dragão. É também um dos catorze santos auxiliares.
Considerado como um dos mais proeminentes santos militares, a memória de São Jorge é celebrada nos dias 23 de abril e 3 de novembro. Nestas datas, por toda a parte, comemora-se a reconstrução da igreja que lhe é dedicada, em Lida (Israel), na qual se encontram as suas relíquias. A igreja foi erguida a mando do imperador romano Constantino I.
São Jorge é o santo padroeiro em diversas partes do mundo, como nos seguintes países: Inglaterra, Portugal (santo secundário), Geórgia, Catalunha, Lituânia, Sérvia, Montenegro, Etiópia, e nas cidades de: Londres, Barcelona, Génova, Régio da Calábria, Ferrara, Freiburg im Breisgau, Moscovo e Beirute.
Há uma tradição que aponta o ano 303 como o ano da sua morte. Apesar de sua história se basear em documentos lendários e apócrifos (decreto gelasiano do século VI), a devoção a São Jorge espalhou-se por todo o mundo.

El-Rei D. Afonso II nasceu há 830 anos

D. Afonso II de Portugal (cognominado o Gordo, o Crasso ou o Gafo, em virtude da doença que o teria afectado; Coimbra, 23 de abril de 1185 - Santarém, 25 de março de 1223), terceiro rei de Portugal, era filho do rei Sancho I de Portugal e da sua mulher, D. Dulce de Aragão, mais conhecida como Dulce de Aragão, infanta de Aragão. Afonso sucedeu ao seu pai em 1211.


O guitarrista Steve Clark, dos Def Leppard, nasceu há 55 anos

Stephen Maynard Clark (Hillsborough, 23 de abril de 1960 – Londres, 8 de janeiro de 1991) foi um dos guitarristas fundadores da banda de hard rock britânica Def Leppard. Morreu em 1991 de uma overdose acidental de codeína misturada com Valium, morfina e bebidas alcóolicas. Clark foi classificado em 11º pela Classic Rock Magazine's na lista dos "100 maiores heróis da guitarra".


quarta-feira, abril 22, 2015

Peter Frampton - 65 anos!

   
Peter Frampton (Beckenham, Kent, 22 de abril de 1950) é um músico britânico mais conhecido por seu trabalho solo nos anos 70 como músico de rock de palco (Album-oriented rock). Ele tornou-se famoso, entretanto, como integrante dos The Herd quando se transformou num ídolo das adolescentes na Grã-Bretanha. Frampton ficou famoso por ser o primeiro guitarrista a utilizar do recurso da guitarra falada, que seria anos depois imitado por Slash (Guns n' Roses), Richie Sambora (Bon Jovi) e Dave Grohl (Foo Fighters). Ele então passou a trabalhar com Steve Marriott (dos The Small Faces) na banda Humble Pie, assim como em álbuns de Harry Nilsson, Jerry Lee Lewis e George Harrison. A sua estreia a solo foi em 1972, com Wind of Change.
A explosão solo de Frampton veio com Frampton Comes Alive, seis vezes platina e que incluía os sucessos "Do You Feel Like We Do", "Baby, I Love Your Way" e "Show Me the Way".
Foi o álbum "ao vivo" mais vendido de todos os tempos. Depois que o álbum seguinte I'm in You foi lançado, Frampton envolveu-se em um sério acidente de carro nas Bahamas. Enquanto se recuperava, ele atuou, em 1978, com os Bee Gees, no filme Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, um fracasso retumbante. Nos anos 80, Frampton voltou a gravar, mas só regressou às paradas de sucesso mundiais com "Breaking all the Rules". O seu último álbum é Thank You Mr. Churchill, lançado em 2010.
Depois do atentado ao World Trade Center em Nova Iorque, Frampton decidiu tornar-se cidadão americano. Ele teve papel ativo na campanha eleitoral de 2004 do candidato John Kerry. Recentemente Peter Frampton ganhou o seu primeiro Grammy pelo seu álbum totalmente instrumental "Fingerprints", lançado no fim de 2007 e que conta com integrantes dos Pearl Jam, Rolling Stones, Allman Brothers Band e outros.
 
 

Há 515 anos Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil

Nau de Pedro Álvares Cabral conforme retratada no Livro das Armadas, atualmente na Academia das Ciências de Lisboa

Descoberta, ou descobrimento do Brasil refere-se à chegada, a 22 de abril de 1500, da frota comandada por Pedro Álvares Cabral ao território onde hoje se localiza o Brasil. O termo "descobrir" é utilizado nesse caso em uma perspectiva eurocêntrica, referindo-se estritamente à chegada de europeus, mais especificamente portugueses, às terras de "Vera Cruz", o atual Brasil, que já eram habitadas por vários povos indígenas. Tal descoberta faz parte dos descobrimentos portugueses.

A Armada
Para selar o sucesso da viagem de Vasco da Gama de descobrimento do caminho marítimo para a Índia - que permitia contornar o Mediterrâneo, então sob domínio dos mouros e das nações italianas, o Rei D. Manuel I se apressou em mandar aparelhar uma nova frota para as Índias. Uma vez que a pequena frota de Vasco da Gama tivera dificuldades em impor-se e comerciar, esta seria a maior até então constituída, sendo composta por treze embarcações e mais de mil homens. Com exceção dos nomes de duas naus e de uma caravela, não se sabe como se chamavam os navios comandados por Cabral. Estima-se que a armada levasse mantimentos para cerca de dezoito meses.
Aquela era a maior esquadra até então enviada para singrar o Atlântico: dez naus, três caravelas e uma naveta de mantimentos. Embora não se saiba o nome da nau capitânia, a nau sota-capitânia, capitaneada pelo vice-comandante da armada, Sancho de Tovar, chamava-se El Rei. A outra cujo nome permaneceu é a Anunciada, comandada por Nuno Leitão da Cunha. Esta última pertencia a D. Álvaro de Bragança, filho do duque de Bragança, e fora equipada com os recursos de Bartolomeu Marchionni e Girolamo (ou Jerónimo) Sernige, banqueiros florentinos que residiam em Lisboa e investiam no comércio de especiarias. As cartas que eles trocaram com seus sócios e acionistas italianos preservaram o nome do navio.
Conservou-se ainda o nome da caravela capitaneada por Pero de Ataíde, a São Pedro. A outra caravela, comandada por Bartolomeu Dias, teve o seu nome perdido. A armada era completada por uma naveta de mantimentos, comandada por Gaspar de Lemos. Coube a ela retornar a Portugal com as notícias sobre a descoberta do Brasil.
Baseado em documento incompleto que localizou na Torre do Tombo, em Lisboa, Francisco Adolfo de Varnhagen identificou cinco das dez naus que compunham a frota cabralina. Seriam elas Santa Cruz, Vitória, Flor de la Mar, Espírito Santo e Espera. A fonte citada por Varnhagen nunca foi reencontrada, portanto a maioria dos historiadores prefere não adotar os nomes por ele listados. A armada, assim, continua quase anónima.
Outros historiadores do século XIX declararam que a nau capitânia de Cabral era a lendária São Gabriel, a mesma comandada por Vasco da Gama na histórica viagem em que se descobriu o caminho marítimo para as Índias, três anos antes. Entretanto, não existem documentos para comprovar a tese.
Pouco antes da partida, El-Rei mandou rezar uma missa, no Mosteiro de Belém, presidida pelo bispo de Ceuta, D. Diogo de Ortiz, em pessoa, onde benzeu uma bandeira com as armas do Reino e entregou-a em mãos a Cabral, despedindo-se o rei do fidalgo e dos restantes capitães.
Vasco da Gama teria tecido considerações e recomendações para a longa viagem que se chegava: a coordenação entre os navios era crucial para que não se perdessem uns dos outros. Recomendou então ao capitão-mor disparar os canhões duas vezes e esperar pela mesma resposta de todos os outros navios antes de mudar o curso ou velocidade (método de contagem ainda atualmente utilizado em campo de batalha terrestre), dentre outros códigos de comunicação semelhantes.

Rota seguida por Cabral para a Índia em 1500 (a vermelho) e a rota de retorno (a azul)

O primeiro ataque químico foi há 100 anos...

Pintura Gaseados, de John Singer Sargent (1918) 

Em 22 de abril de 1915, perto de Ypres, na Bélgica, milhares de cilindros de gás clorídrico produzidos por indústrias como a Bayer e a Hoechst foram usados pelos alemães contra o exército francês. De efeito asfixiante, o gás provoca queimaduras nos olhos, garganta e pulmões, cegueira, náusea e dor de cabeça. Cerca de 6 mil pessoas morreram dolorosamente. Em setembro desse ano os aliados passaram a usar o mesmo recurso contra as linhas alemãs, até que, em 1917, a fórmula foi superada pelo gás mostarda, ainda mais letal. Balanço de guerra: mais de 124 mil toneladas de 21 agentes tóxicos diferentes fizeram 1 milhão de baixas estimados, com 90 mil mortes.
O trauma da Primeira Guerra levou ao Protocolo de Genebra, de 1925, que proibiu o uso de arsenal químico no campo de batalha. O historiador americano Bruce N. Canfield, autor do livro Armas de Infantaria dos Estados Unidos na I Guerra, explica que os gases eram "temidos por todos os lados e também foram usados por todos". "Mas, devido ao vento e a outros fatores, eles poderiam causar mortes tanto para quem os usava quanto para o pelotão visto como alvo. Estrategicamente, não foi um fator determinante na I Guerra Mundial.

terça-feira, abril 21, 2015

Nina Simone morreu há 12 anos

Eunice Kathleen Waymon mais conhecida pelo nome artístico Nina Simone (Tryon, 21 de fevereiro de 1933 – Carry-le-Rouet21 de abril de 2003) foi uma pianistacantoracompositora e ativista pelos direitos civis norte-americana
É bastante conhecida nos meios de música jazz e trabalhou com diversos estilos musicais em vida, como música clássica, jazz, bluesfolkR&Bgospel e pop.




A Rainha Isabel II faz hoje 89 anos

Isabel II (Londres, 21 de abril de 1926) é a Rainha do Reino Unido e de quinze outros estados independentes conhecidos como Reinos da Comunidade de Nações, além de chefe da Commonwealth formada por 53 estados. É também a Governadora Suprema da Igreja da Inglaterra e, em alguns de seus reinos, possui ainda o título de Defensora da Fé. Ao ascender ao trono, em 6 de fevereiro de 1952, Isabel tornou-se a Chefe da Comunidade Britânica e rainha de sete países independentes: Reino Unido, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Paquistão e Ceilão. Entre 1956 e 1992 o número de reinos variou, já que certos territórios ganharam sua independência e outros tornaram-se repúblicas. Atualmente, além dos quatro primeiros estados mencionados, Isabel é rainha da Jamaica, Barbados, Bahamas, Granada, Papua-Nova Guiné, Ilhas Salomão, Tuvalu, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Belize, Antígua e Barbuda e São Cristóvão e Nevis.

Brasão de Isabel II como Rainha do Reino Unido

Iggy Pop - 68 anos

Iggy Pop, nome artístico de James Newell Osterberg (Muskegon, 21 de abril de 1947), é um músico de rock dos Estados Unidos, além de ator ocasional.
Em meados dos anos 60, ele tocou bateria num grupo de alunos da sua escola, The Iguanas. O nome artístico, aliás, surgiu devido ao nome da primeira música da banda escolar. Em 1969, surgia o The Stooges, com Ron Asheton na guitarra, Scott Asheton na bateria e Dave Alexander no baixo (que foi demitido após o segundo álbum, abrindo vaga para James Williamson, guitarrista, enquanto Ron assumia o baixo), banda que liderou durante cinco anos. Ao fim da banda, Iggy Pop decidiu iniciar uma carreira a solo.
Em 1977, recebeu a ajuda de seu amigo David Bowie para produzir os seus dois primeiros álbuns a solo: The Idiot, em março, e Lust for Life, em setembro. O primeiro disco incluiu a música "China Girl", que mais tarde seria um sucesso de Bowie, no álbum Let's Dance, de 1983.


Robert Smith - 56 anos


Robert James Smith (Blackpool, 21 de abril de 1959) é um músico britânico. É o vocalista, guitarrista e compositor da banda inglesa The Cure, líder e único membro a permanecer desde a sua formação. Tornou-se, ao longo de várias décadas de carreira coerente e cheia de êxitos, um ícone e uma referencia para a música independente moderna recolhendo a admiração de imensos nomes da música alternativa.

O seu reconhecimento, ainda que algo tardio, surgiu em força nos anos 2000 com diversas homenagens tanto à sua banda como à sua pessoa e de onde se podem destacar os tributos da revista Q, MTV, NME, Rock Walk of Fame e Ivor Novello.

Robert Smith é também famoso pela sua imagem de marca, v.g. lábios borratados de batom, olhos pintados e, especialmente, o seu cabelo no ar, completamente despenteado.



Anthony Quinn nasceu há um século!

Anthony Quinn, nascido Antonio Rudolfo Oaxaca Quinn (Chihuahua, 21 de abril de 1915 - Boston, 3 de junho de 2001) foi um premiado ator norte-americano nascido no México.

Pai de treze filhos, naturalizou-se cidadão dos Estados Unidos nos anos 1940. Antes de iniciar sua carreira como ator trabalhou como talhante e boxer. Chegou também a estudar arquitetura. Ganhou o seu segundo Óscar por uma participação de apenas 8 minutos, tempo de todas as suas cenas em Sede de Viver. É o vencedor do Óscar que mais filmes fez ao lado de outros ganhadores do Óscar de actuação. Foram 46 no total, sendo 28 com atores vencedores do Óscar e 18 com atrizes vencedoras do prémio. Possui uma estrela no Passeio da Fama, localizado em 6251 Hollywood Boulevard.

Anthony Quinn talvez seja o ator que mais papéis diversificados fez, e caracterizou-se por representar personalidades famosas: foi Barrabás e o magnata grego Onassis. Dentre outros gregos que interpretou está talvez o seu papel mais carismático: Zorba. Outros gregos foram o pai de família problemático em "Um sonho de reis" e o combatente de "Canhões de Navarone". Foi esquimó (Sangue sobre a neve, 1960) e toureiro (Sangue e Areia, 1941).
No filme A Vigésima Quinta Hora, que demonstra o absurdo das ideias nazis, ele faz o papel de um romeno católico que foi preso como judeu, cigano, revoltoso e até como um dos modelos perfeitos da genética ariana. Ainda interpretou os papéis de índio norte-americano, mexicano condenado ao linchamento (Consciências Mortas) e mafioso italiano. A sua versatilidade em cena e a extensa carreira tornaram-no um dos maiores atores do cinema.
 
in Wikipédia
  

segunda-feira, abril 20, 2015

A explosão da plataforma Deepwater Horizon foi há 5 anos

A explosão da plataforma Deepwater Horizon ocorreu no dia 20 de abril de 2010, no Golfo do México, nos Estados Unidos. O desastre consistiu na explosão da plataforma de petróleo semi-submersível Deepwater Horizon que pertence à Transocean e que estava sendo operada pela BP, afundando na quinta-feira seguinte à explosão, depois de ficar dois dias em chamas. Uma grande mancha de óleo espalhou-se e chegou à costa da Louisiana e a outros estados. Houve 17 trabalhadores que ficaram feridos e 11 faleceram.

Imagem de satélite da NASA mostrando a mancha de óleo, a 25 de abril de 2010

Richter morreu há 30 anos

Charles Francis Richter (Hamilton, 26 de abril de 1900 - Pasadena, 20 de abril de 1985) foi um sismólogo dos Estados Unidos.
Richter ficou famoso ao criar, em colaboração com Beno Gutenberg, uma escala que quantifica a grandeza (energia libertada) pelos terramotos, que ele usou pela primeira vez em 1935. Richter e Gutenberg trabalhavam então no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech).

O Massacre de Columbine foi há 16 anos...

Instituto Columbine (foto de satélite)
Local Columbine, Colorado, Estados Unidos
Coordenadas
Data 20 de Abril de 1999
11:16 am – 12:08 pm (horário local) (UTC -6)
Tipo de ataque Massacre escolar, assassinato em massa, massacre, ataque suicida e ataque com bombas improvisadas.
Arma(s) TEC-DC9, Hi-Point, Savage 67H, Stevens 311D
Mortes 15 (incluindo os 2 assassinos)
Feridos 25
Responsável(is) Eric Harris e Dylan Klebold


O Massacre de Columbine aconteceu a 20 de abril de 1999 no Condado de Jefferson, Colorado, Estados Unidos, no Instituto Columbine, onde os estudantes Eric Harris (alcunha ReB), de 18 anos, e Dylan Klebold (alcunha VoDkA), de 17 anos, atiraram em vários colegas e professores.
Eric Harris e Dylan Klebold eram aparentemente adolescentes típicos de um subúrbio americano de classe média alta. Moravam em casas confortáveis. O pai de Klebold era geofísico, e a mãe especialista em crianças deficientes.
Faltavam apenas 17 dias para o fim do ano letivo. Com 1.965 alunos, Columbine é tão boa que muitas famílias mudaram para Littleton, perto de Denver, com o objetivo de matricular os filhos na escola. 82% de seus alunos são aceites em universidades (nos Estados Unidos não há exames, o que conta é o desempenho do aluno no ensino secundário). Columbine também se orgulhava de não registar casos de violência. O polícia da escola limitava-se a multar alunos que estacionavam os carros nos lugares destinadas a professores. Não há, como nas escolas de Nova York, Los Angeles e Chicago, detectores de metais na entrada. Nas festas de formatura, os alunos costumavam aceitar o pedido dos pais para proibir o consumo de bebidas alcoólicas. Columbine era famosa por ser conservadora e privilegiar os jogadores das equipas de futebol americano, basebol e basquetebol.

Possíveis motivações
Harris e Klebold, ótimos alunos de boas famílias, não eram populares na escola. Preferiam os computadores aos desportos. Encontraram o seu enquadramento num grupo chamado a Máfia da Capa Preta. Ridicularizados pelos atletas, remoíam planos de vingança e extravasavam o seu ódio na Internet. Harris, principal cabeça por trás do ataque, tinha um website, agora desativado, no qual colecionava suásticas e sinistros vídeos neonazistas e até dava receitas para a fabricação de bombas. No seu auto-retrato, escreveu: "Mato aqueles de quem não gosto, jogo fora o que não quero e destruo o que odeio". Já Klebold dizia que seu número pessoal era "420", possivelmente uma referência à data de nascimento de Hitler, 20 de abril.
Os diários dos jovens foram encontrados, mas ainda não se chegou a uma conclusão sobre o motivo do ataque. «Não eram rapazes comuns que foram importunados até retaliarem», escreveu o psicólogo Peter Langman no seu livro, "Why Kids Kill: Inside the Minds of School Shooters" ("Por que Crianças Matam: Dentro das Mentes dos Atiradores Escolares") «Não eram rapazes comuns que jogavam jogos de jogos de video demais», «Não eram rapazes comuns que queriam apenas ser famosos», «Eles simplesmente não eram rapazes comuns», «Eram rapazes com problemas psicológicos sérios».
No seu diário Harris mostrava toda a sua revolta e o seu "desejo de ser Deus", enquanto Klebold mostrava grande depressão.
Harris escreveu certa vez: "Eu me sinto como Deus, e gostaria que fosse assim, para que todos estivessem OFICIALMENTE abaixo de mim" Enquanto Klebold escreveu "Eu sou um deus, um deus da tristeza".

Planeamento
Eric Harris e Dylan Klebold conseguiram o seu arsenal comprando pela Internet - duas caçadeiras, uma pistola semi-automática e uma rifle de assalto de 9mm, acharam também na Internet a receita para fabricar as bombas. Um vizinho viu os dois, na segunda-feira, véspera do fuzilamento, partindo garrafas com um taco de basebol. Os cacos seriam usados como estilhaços nas bombas, e o vizinho não desconfiou de nada. Harris escreveu num diário os planos do ataque à escola. Um diagrama mostra como as armas seriam escondidas sob as longas capas de couro preto. Num exemplar do livro de formatura do colégio, Harris escreveu sobre as fotos, quem ia morrer e quem seria poupado: "Morto", "Morrendo" e "Salvo".
Até o final da semana pairava no ar a suspeita de que os atiradores tinham contado com a ajuda de cúmplices no ataque. Duvidando de que pudessem carregar sozinhos mais de 30 bombas para dentro do colégio, a polícia investigava outros membros da Máfia da Capa Preta. Entre a invasão da escola, às 11.30 da manhã, e a descoberta dos corpos pela polícia, às 04.00 da tarde, os cúmplices podem ter deixado o prédio misturados à multidão que conseguiu escapar. A equipe da SWAT ordenava que todos levassem as mãos à cabeça, mas não tinha como separar supostos atacantes de vítimas.
Centenas de alunos e um professor trancados nas salas, ouviam os tiros e explosões sem saber o que estava acontecendo. Muitos ligaram para casa pelos celulares, sussurrando, para pedir por socorro. Harris e Klebold acompanhavam tudo pela TV da biblioteca, vendo a transmissão ao vivo do cerco à escola. No final, depois de meia hora de silêncio, a SWAT invadiu a biblioteca e encontrou os corpos dos dois cercados de outros, alguns irreconhecíveis. O sangue era tanto que a polícia divulgou a estimativa de 25 mortos. Só no dia seguinte, desativadas todas as bombas, pôde-se retirar e contar os corpos.

Passado
Os dois tinham antecedentes criminais. Em janeiro do ano anterior, foram presos depois de arrombar um carro e roubar equipamento eletrónico avaliado em 400 dólares. Condenados, tiveram de prestar 45 horas de serviço comunitário e fazer um tratamento psicológico destinado a pessoas que cometem infrações menores. No mês anterior ao crime completaram com sucesso o programa de recuperação.
No ano letivo de 1997-98, houve 42 homicídios em escolas americanas. O pior, até então, havia acontecido em março de 1998, quando dois meninos de 11 e 13 anos mataram quatro colegas e uma professora numa escola do Arkansas. Nos anos 1980, as escolas das grandes cidades, Nova York, Los Angeles e Chicago, eram campo de batalha de gangs. Nos anos 90, a violência migrou para subúrbios ricos e pequenas cidades rurais, e os matadores passaram a ser meninos solitários e desequilibrados. "Eu não tinha outra saída", explicou o adolescente de 16 anos que em outubro de 1997, no Mississippi, matou a mãe em casa e depois, na escola, fuzilou dois colegas e feriu sete.

Cronologia
A cronologia do ataque à Columbine High School foi montada a partir de informações captadas pelas câmaras internas da escola, chamadas de emergência e as reportagens locais:
11.10 Harris e Klebold chegam à escola, e deixam seus carros no estacionamento do refeitório.
11.14 Deixam mochilas com cerca de nove quilos de explosivos no refeitório.
11.23 Eles esperam do lado de fora da saída oeste. Então sacam espingardas de caça e armas semi-automáticas e começam a atirar nos alunos. As pessoas começam a correr e um estudante faz a primeira ligação para os serviços de emergência.
11.24 Os alunos do refeitório percebem o que está acontecendo. Os funcionários tentam removê-los para locais mais seguros. Um carro de polícia chega e atira nos suspeitos.
11.27 A dupla entra na escola, atirando a esmo.
11.28 Eles entram na biblioteca, matando 10 e ferindo 12 pessoas em pouco mais de sete minutos. Eles atiram na polícia pela janela em direção ao estacionamento, onde as viaturas se reúnem.
Durante os próximos 40 minutos, Harris e Klebold percorreram a escola, atirando e deixando explosivos pelo caminho.
12.06 Minutos antes da equipe da SWAT entrar no prédio, os suspeitos se mataram dentro da biblioteca.
Como as autoridades não sabiam que os suspeitos estava mortos e como ainda havia explosivos instalados ao redor do prédio, levou-se mais de três horas para que os serviços de emergência chegassem a todos os sobreviventes e encontrassem Harris e Klebold.