sexta-feira, junho 03, 2011

Com seis anos de atraso...




Ler os blogues dá para ver o desespero de uns e a alegria talvez exagerada de outros. Eu compreendo a alegria, apesar de tudo. Foram anos a mais de utilização dos meios do Estado ao serviço de uma estratégia meramente pessoal. Ao contrário do que escrevem @s socrátic@s que já começaram a aceitar o que vai acontecer no próximo dia 5 de Junho, remover José Sócrates é um serviço que se presta a Portugal: o clima de arrogância e de vale tudo a que assistimos nos últimos seis anos vai finalmente terminar. A distensão que se irá seguir não chega para resolver os graves problemas do país, mas pode ajudar. A esquerda-caviar e dos interesses que se aglomerou à volta de Sócrates - com a cumplicidade de alguma "direita" cabotina - também irá sair derrotada.

in O Cachimbo de Magritte - post de Paulo Pinto Mascarenhas

International Workshop - Azores Geopark



International Workshop - "Azores Geopar: 10 Million Stories About Volcanoes and Man"

9 a 12 de Junho de 2011
09.Junho 20.30 - Sessão Pública na Sociedade Amor da Pátria, Horta
Geoparques: Nova Perspectiva para o Desenvolvimento Sustentável

Visitas de Estudo
10.Junho - Faial
11.Junho - Pico
12.Junho - São Miguel

O cair do mito

 (imagem daqui)

O robô e a máquina de propaganda

A máquina do Governo dispõe de uma redacção que ataca os artigos e os colunistas considerados hostis.

Muitas vezes fala-se da ‘máquina de propaganda’ do Governo socialista. Mas nunca houve uma tentativa séria de investigar como funciona, que métodos utiliza, quantas pessoas envolve, quem a dirige, etc.

Vou dizer o que sei.

Essa máquina desdobra-se por várias frentes. Tem uma espécie de redacção central, que funciona como a redacção de um jornal, cuja missão é fazer constantemente contra-propaganda. Dispõe de um blogue chamado Câmara Corporativa (http://corporacoes.blogspot.com) e está permanentemente atenta a tudo o que se publica, desmentindo as notícias consideradas negativas para o Governo.

Além disso, critica artigos de opinião publicados nos jornais, rebatendo os argumentos e, por vezes, ridicularizando ou desacreditando os seus autores.

Mobiliza pessoas para intervir nos fóruns tipo TSF que hoje existem em todas as estações de rádio e TV.

Selecciona na imprensa internacional notícias, artigos ou entrevistas favoráveis ao Governo português e põe-nos a circular entre jornalistas e colunistas ‘amigos’.

É por esta última razão que vemos às vezes opiniões publicadas em obscuros órgãos de comunicação estrangeiros citadas em Portugal por diversas pessoas como importantes argumentos.

Outra vertente são as relações com jornalistas. Há uma rede de jornalistas ‘amigos’ e a coisa funciona assim: um assessor fala com um jornalista amigo e dá-lhe determinada informação. Chama-se a isto ‘plantar uma notícia’ – e todos os Governos o fazem. Só que, uma vez a notícia publicada, às vezes com pouco destaque, os assessores telefonam a outros jornalistas e sopram-lhes: «Viste aquela notícia no sítio tal? Olha que é verdade! E é importante!». E assim a notícia é amplificada, conseguindo-se um efeito de confirmação.

Umas vezes as notícias plantadas são verdadeiras, outras vezes são falsas. O Expresso, por exemplo, chegou a publicar em semanas consecutivas uma coisa e o seu contrário. Significativamente, o que estava em causa era Teixeira dos Santos, que o PS queria queimar.

E constata-se que as notícias desagradáveis para a oposição têm mais eco do que outras. Veja-se a repercussão que teve uma carta de António Capucho publicada no SOL, que era um documento interessante mas não tinha a relevância que acabou por ter. A máquina de propaganda amplifica as notícias que interessam ao Governo.

Em seguida, os comentadores colocados pelo PS nos vários programas de debate que hoje enxameiam as televisões repetem os argumentos convenientes. José Lello, Sérgio Sousa Pinto, Emídio Rangel, Francisco Assis, etc., repetem à saciedade, às vezes como papagaios, as mesmas ideias. E mesmo António Costa, na Quadratura do Círculo, um programa de características diferentes, não foge à regra: nunca o vi fazer uma crítica directa a Sócrates. Mas vi-o fazer uma crítica brutal a Teixeira dos Santos, na tal altura em que começou a cair em desgraça.

As únicas situações em que as coisas fugiram do controlo da máquina socrática foram os casos Freeport e Face Oculta. Só que aí era impossível abafá-los. E para os combater foram lançadas contra-campanhas, como expliquei noutros artigos. E houve pessoas que pagaram por isso.

A par das relações com os jornalistas, que se processam diariamente, há outro aspecto decisivo que passa pelo controlo dos principais meios.

A tentativa de comprar a TVI falhou, mas José Eduardo Moniz e Manuela Moura Guedes foram afastados e a orientação editorial da estação mudou. José Manuel Fernandes foi afastado do Público, e a orientação do jornal também mudou. Medina Carreira foi afastado da SIC. O SOL foi alvo de uma tentativa de asfixia. E estes são apenas os casos mais conhecidos.

Por outro lado, o Governo soube cultivar boas relações com os patrões dos grandes grupos de media – a Controlinvest, a Cofina e a Impresa –, também como consequência das crises financeiras em que estes se viram mergulhados.

Podemos assim constatar que, das três estações de TV generalistas, nenhuma hoje é hostil ao Governo. A RTP é do Estado, a TVI – que era muito crítica – foi apaziguada, a SIC tem--se vindo a aproximar do Executivo. Ora isto é anormal na Europa. Em quase todos os países há estações próximas da esquerda, há estações próximas da direita, há estações próximas do Governo, há estações próximas da oposição. Em Portugal é diferente.

Ainda no plano da contra-propaganda, já falei noutras alturas da técnica do boomerang. Como funciona? Quando alguém da oposição (regra geral, o líder do PSD) diz qualquer coisa passível de exploração negativa, toda a máquina se põe a mexer para usar essa ideia como arma de arremesso contra quem a proferiu.

Passos Coelho diz que quer mudar certas regras na Saúde – e logo Francisco Assis, Silva Pereira, Vieira da Silva, Jorge Lacão ou Santos Silva, os gendarmes de serviço, vêm gritar: «O PSD quer acabar com o Serviço Nacional de Saúde!». Passos Coelho diz qualquer coisa sobre as escolas públicas e as privadas – e lá vêm os mesmos dizer: «O PSD quer acabar com o ensino público gratuito!». Passos Coelho diz que quer certificar as ‘Novas Oportunidades’ – e os mesmos repetem: «O PSD ofendeu 500 mil portugueses!». E, no final, todos dizem em coro: «O PSD quer acabar com o Estado Social!».

Passos Coelho não soube lidar com isto de início. E, perante estes ataques, acabou muitas vezes por bater em retirada. Propôs uma revisão constitucional e recuou. Outras vezes explicou-se em demasia. E com isso deu uma ideia de impreparação e falta de convicção, que só recentemente conseguiu corrigir.

Mas a máquina não fica por aqui. Tem muitas outras frentes de combate. Os assessores do primeiro-ministro organizam dossiês para cada ministro, dizendo-lhes como devem reagir perante o que diariamente é publicado na imprensa. Assim, bem cedo pela manhã, um assessor telefona a um ministro, faz-lhe uma resenha da imprensa e diz-lhe o que ele deve responder a esta e àquela pergunta.

Claro que há ministros que não aceitam este paternalismo. Que querem ter liberdade para responder pela sua cabeça. Mas esses ficam logo marcados. Admito que Luís Amado não aceite recados, estou certo de que Campos e Cunha não os aceitou, Freitas do Amaral também não. Mas a maioria dos outros aceitou-os ou aceita-os, até para tranquilidade própria: assim têm a certeza de não cometer gaffes e não desagradar ao primeiro-ministro.

E já não falo nos boys colocados em todos os Ministérios e em todas as administrações das empresas públicas e que funcionam como correias de transmissão da opinião do Governo. Rui Pedro Soares é o caso mais conhecido. Mas obviamente não é o único. Eles estão por toda a parte. Muitas vezes nem têm posições de grande relevo. Mas o facto de se saber que são os porta-vozes do poder confere-lhes importância acrescida, porque as pessoas receiam-nos.

Como resultado de tudo isto, muita gente, mesmo dentro do PS, tem medo. Evita falar. No congresso socialista, que mais parecia um encontro da IURD, vimos pessoas respeitáveis participar alegremente na farsa sem um gesto de distanciação. Chegou a meter dó ver António Costa, António Vitorino, o próprio Almeida Santos, envolvidos naquela encenação patética.

Que foi produzida como uma super-produção, com sofisticados meios audiovisuais. Quando Sócrates começou a proferir a primeira das três últimas frases do seu último discurso, uma música ‘heróica’ começou a ouvir-se baixinho. E foi subindo, subindo de tom – e quando Sócrates acabou de falar a música estoirou, as luzes brilharam, não sei se houve fogo preso mas podia ter havido, choveram flores, foi a apoteose.

Quem dirigirá esta poderosa e bem oleada máquina de propaganda e contra-propaganda?

Haverá certamente um núcleo duro, ao qual não serão alheios aqueles que dão a cara nos momentos difíceis: Francisco Assis, Jorge Lacão e os três Silvas: Vieira da Silva, Augusto Santos Silva e Pedro Silva Pereira.

Há quem fale numa personagem misteriosa, sibilina, que não gosta dos holofotes e que dá pelo nome de Luís Bernardo. Actualmente é assessor de Sócrates, antes foi assessor de Carrilho na Cultura. Pedro Norton, actual número 2 da Impresa e seu amigo, diz que ele é «o homem mais inteligente que conhece».

Acontece que uma máquina política pode ser muito boa, pode estar muito bem oleada, pode funcionar na perfeição, mas tem sempre um ponto fraco: depende em última análise da performance de um homem.

Durante anos essa performance foi quase perfeita – por isso chamei a Sócrates um ‘robô político’. Ora esse robô, agora, começou a falhar. E a derrota televisiva perante Passos Coelho pode ter posto em causa toda a engrenagem. O robô engasgou-se, exaltou-se, esteve à beira de colapsar.

E quando isso acontece não há máquina de propaganda que valha.

Termina hoje a campanha...

in Bartoon - Público - 03.06.2011

Até ao lavar dos cestos é vindima...

(imagem daqui)

Bermudas, ilhas Caimã, Panamá, Bogotá e África...
Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais fez 13 viagens em 18 meses para assinar acordos

Pouco dias depois de a troika ter divulgado o programa de austeridade e com o Governo em gestão, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais partiu para África numa viagem de duas semanas.

Sérgio Vasques regressou no final de Maio passado com vários "compromissos de celebração" de convenções de dupla tributação e um acordo de troca de informação com Moçambique, mas não respondeu ao PÚBLICO sobre quantos membros do seu gabinete foram e qual o custo para as contas públicas. Em ano e meio, Vasques realizou 13 viagens, especialmente para destinos que funcionam como paraísos fiscais (offshores).

Estas questões têm sido postas, ao longo de meses, sobre viagens realizadas com o mesmo fim por Sérgio Vasques. Sem resposta. Ficam aqui as que foram reportadas oficialmente.

O esforço de assinatura de acordos parece ter-se iniciado em 2009. Assinou-se em Lisboa, com Gibraltar (pelo anterior secretário de Estado) e com Andorra (por José Sócrates).

Sérgio Vasques entrou para o Governo em Outubro de 2009. A 10 de Maio de 2010, esteve nas Bermudas, no distrito de Paget, para assinar o acordo sobre troca de informações de matéria fiscal (ATI). Três dias depois, foi a Georgetown, ilhas Caimã, para outro ATI. Os acordos - reza a nota oficial de 17 de Maio - "habilitarão as autoridades portuguesas a solicitar (...) elementos relevantes ao combate à fraude e evasão fiscal" e limpam os territórios da lista negra de 83 paraísos fiscais, fixada na portaria 150/2004.

A 9 de Julho, sexta-feira, o secretário de Estado foi a Londres para assinar os ATI com os paraísos de Guernsey, Jersey e ilha de Man. Passados uns dias, a 14 de Julho, o embaixador Moraes Cabral assinou em Nova Iorque o ATI com o território de Santa Lúcia. A 29 de Julho, uma quinta-feira, Sérgio Vasques deslocou-se às ilhas caribenhas de S. Cristóvão e Nevis. A 27 de Agosto, sexta-feira, Sérgio Vasques esteve na Cidade do Panamá para assinar a convenção para evitar a dupla tributação (CEVT) e, na segunda-feira seguinte, esteve em Bogotá, na Colômbia. A 14 de Setembro, foi a Londres assinar os ATI com Antígua e Barbados. E voltou lá, a 5 de Outubro, para assinar com Dominica e ilhas Virgens britânicas.

Estas viagens motivaram algum desconforto na administração fiscal. Ao PÚBLICO, foi fornecida a lista daquelas viagens, mas nada sobre a equipa mobilizada e custo de viagens. "As viagens foram feitas em classe económica", foi a única resposta.

A 22 de Outubro, sexta-feira, nova ida a Londres (ATI com Belize e CEDT com os Barbados). Em Novembro, ida a Luanda para dar "o arranque com as autoridades angolanas ao processo de negociação" de CEDT. Cinco pessoas terão ido de Lisboa, segundo informação recolhida pelo PÚBLICO e não desmentida. Em Dezembro, novos rumores sobre viagens e o PÚBLICO voltou a questionar as Finanças. Silêncio.

A 14 de Janeiro de 2011, sexta-feira, Sérgio Vasques assinou um ATI em Monróvia, na Libéria. A 10 de Março, é assinada a CEDT com a Noruega, mas em Lisboa. E, finalmente, as duas semanas deste mês em África.

A embaixada angolana precisa que a viagem decorreu de 15 a 22 de Maio. As Finanças justificaram-na com a representação na 2.ª Cimeira de ministros das Finanças da CPLP, a 19 e 20 de Maio. Mas que o "secretário de Estado deslocou-se mais cedo para Luanda a fim de reunir com embaixadores de vários países africanos que não são membros da CPLP", para os "sensibilizar para a importância" dos acordos fiscais. A 17 de Maio, seguiu-se o seminário Promovendo oportunidades de financiamento do investimento organizado pela SOFID e, depois, "deslocou-se dois dias à Namíbia, a fim de reunir com o vice-ministro das Finanças para uma ronda política sobre as negociações do acordo para evitar a dupla tributação". O que conseguiu? "Conseguiu-se obter do Governo angolano um compromisso quanto à celebração do ADT". Obteve-se do Governo de Timor-Leste e S. Tomé "a concordância quanto à celebração" do ADT, e assinou-se um acordo ATI com Moçambique.

Vai-te embora ó melga...


Opinião
O partido de Sócrates

Portugal não seria uma democracia sem o PS, mas o PS pode não sobreviver a Sócrates caso se dê o trágico desfecho de manter o poder.

O actual chefe dos socialistas não merece a palavra líder. Tornou-se um cabecilha de um curto bando de caçadores na feroz batida aos homens livres.

A acção continuada de condicionamento do poder judicial, o peso colocado na asfixia da liberdade de Imprensa, os lucros de milhões para os empresários dóceis e os pesados castigos aos de livre arbítrio e a forma como traveste a realidade mostram que Sócrates não é um democrata.

É penoso para quem ama o nosso País e este Povo ler sondagens que ainda colocam como possível ganhador um indivíduo capaz de mentir aos cidadãos de forma descarada – como foi patente agora no triste episódio do memorando escondido com austeridade de fora.

Sócrates é um actor que trocou o ponto pelo teleponto. Mas isso não seria demasiado defeito se ele fosse um democrata. Se respeitasse os limites do combate, as regras que fizeram do PS um bastião da liberdade. Herdeiro da ética da esquerda não dogmática, o homem busca o totalitário. O Povo? Sócrates só se respeita a si e à sua cuidada imagem. Vê o poder como fim que vale todos os meios.

Caído este chefe, o PS atravessará o deserto redentor e Sócrates poderá passar de caso de política a caso de polícia.

Bizet morreu há 136 anos


Georges Alexandre César Léopold Bizet (Paris, 25 de Outubro de 1838 - Bougival, 3 de Junho de 1875) foi um compositor francês da época do romantismo. Suas obras mais conhecidas são as óperas Carmen e Les pêcheurs de perles ("Os pescadores de pérolas").

Josephine Baker nasceu há 105 anos


Josephine Baker, nome artístico de Freda Josephine McDonald, (Saint Louis, 3 de Junho de 1906 - Paris, 12 de Abril de 1975) foi uma célebre cantora e dançarina norte-americana, naturalizada francesa em 1937, e conhecida pelos apelidos de Vénus Negra, Pérola Negra e ainda a Deusa Crioula.
vedeta do teatro de revista, Josephine Baker é geralmente considerada como a primeira grande estrela negra das artes cénicas.

O ditador haitiano Baby Doc nasceu há 60 anos

(imagem daqui)


Jean-Claude Duvalier (3 de Junho de 1951, Port-au-Prince), mais conhecido como Baby Doc, é um ex-ditador do Haiti, tendo sucedido seu pai, François Duvalier, no posto de presidente da República.
Em 1957 François Duvalier, o Papa-Doc, assumiu a presidência e implantou um regime de terror que durou até sua morte, em 1971. O terrorismo político continuou sob o comando de Jean Claude Duvalier, o Baby-Doc, filho de François Duvalier.
Já na década de 1980, com a crise económica e o empobrecimento da população, o regime de terror perdeu força, até que, em 1985, Baby-Doc fugiu para um exílio na França. Entre 1985 e 1990, o Haiti procurou estabilizar sua situação política, mas uma sucessão de golpes militares impediu qualquer organização.



O papa da bondade morreu há 48 anos



O Beato Papa João XXIII, OFS, nascido Angelo Giuseppe Roncalli (Sotto Il Monte, 25 de Novembro de 1881 - Vaticano, 3 de Junho de 1963) foi Papa do dia 28 de outubro de 1958 até à data da sua morte. Pertencia à Ordem Franciscana Secular (OFS) e escolheu como lema papal: Obediência e Paz.
Sendo um sacerdote católico desde 1904, ele iniciou a sua vida sacerdotal em Itália, onde foi secretário particular do bispo de Bérgamo D. Giacomo Radini-Tedeschi (1905-1914), professor do Seminário de Bérgamo e estudioso da vida e obra de São Carlos Borromeu, capelão militar do Exército italiano durante a Primeira Guerra Mundial e presidente italiano do "Conselho das Obras Pontifícias para a Propagação da Fé" (1921-1925). Em 1925, sendo já um arcebispo-titular, iniciou-se a sua longa carreira diplomática, onde o levou à Bulgária como visitador apostólico (1925-1935), à Grécia e Turquia como delegado apostólico (1935-1944) e à França como núncio apostólico (1944-1953). Em todos estes países, ele destacou-se pela sua enorme capacidade conciliadora, pela sua maneira simples e sincera de diálogo, pelo seu empenho ecuménico e pela sua bondade corajosa em salvar judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1953, foi nomeado cardeal e Patriarca de Veneza.
Foi eleito Papa no dia 28 de Outubro de 1958. Considerado inicialmente um Papa de transição, depois do longo pontificado de Pio XII, ele convocou, para surpresa de muitos, o Concílio Vaticano II, que visava a renovação da Igreja e a formulação de uma nova forma de explicar pastoralmente a doutrina católica ao mundo moderno. No seu curto pontificado de cinco anos escreveu oito encíclicas, sendo as principais a Mater et Magistra (Mãe e Mestra) e a Pacem in Terris (Paz na Terra).
Devido à sua bondade, simpatia, sorriso, jovialidade e simplicidade, João XXIII era aclamado e elogiado mundialmente como o "Papa bom" ou o "Papa da bondade". Mas, mesmo assim, vários grupos minoritários de católicos tradicionalistas acusavam-no de ser maçom, radical esquerdista e herege modernista por ter convocado o Concílio Vaticano II e promovido a liberdade religiosa e o ecumenismo. Imune a todas estas controvérsias mal fundamentadas, ele foi declarado Beato pelo Papa João Paulo II no dia 3 de Setembro de 2000, confirmando assim a sua santidade. É considerado o patrono dos delegados pontifícios e a sua festa litúrgica é celebrada no dia 11 de Outubro.

Khomeini morreu há 22 anos



O Grande Aiatolá Sayyid Ruhollah Musavi Khomeini (Khomein, 24 de Setembro de 1902 - Teerão, 3 de Junho de 1989) foi uma autoridade religiosa xiita iraniana, líder espiritual e político da Revolução Iraniana de 1979 que depôs Mohammad Reza Pahlevi, na altura o Xá do Irão. É considerado o fundador do moderno Estado xiita e governou o Irão desde a deposição do Xá até à sua morte em 1989.
Costuma ser referido como Imã Khomeini dentro do Irão e pelos seus seguidores ao redor do mundo, e como Aiatolá Khomeini fora de seu país.

O Unzen matou os Kraft há 20 anos

Katia et Maurice Krafft sur le Kīlauea en 1990


Maurice Krafft, né le 25 mars 1946 à Mulhouse et mort accidentellement le 3 juin 1991 au Japon, était un volcanologue français.
Étant enfant, il est témoin d'une éruption au Stromboli, qui fut à l'origine de sa vocation. Adolescent, il est membre de la Société Géologique de France. Après des études à Besançon et à l'Université de Strasbourg, il obtient une maîtrise de géologie. Il crée en 1968 l'Equipe Vulcain, puis ensuite le Centre de Volcanologie de Cernay.
Durant 25 ans, il parcourt le monde avec sa femme, se rendant auprès de tous les volcans qui entrent en éruption. Il réalise de nombreux films et de nombreux livres sur ce sujet.
Il disparait aux côtés de son épouse Katia Krafft, tous deux emportés par une coulée pyroclastique sur les flancs du mont Unzen au Japon.

Katia Krafft, née Catherine Conrad le 17 avril 1942 à Soultz-Haut-Rhin (Alsace), décédée accidentellement le 3 juin 1991 au Japon, était une volcanologue française.

Elle fait des études de physique et de géochimie à l'Université de Strasbourg. En 1962, elle obtient le prix de la Fondation de la Vocation, pour ses travaux de volcanologie.
Elle épouse Maurice Krafft en 1970.
Elle a disparu aux côtés de son mari, tous deux emportés par une coulée pyroclastique sur les flancs du mont Unzen au Japon en 1991.

Anthony Quinn morreu há 10 anos


Anthony Quinn, nascido Antonio Rudolfo Oaxaca Quinn, (Chihuahua, 21 de Abril de 1915Boston, 3 de Junho de 2001) foi um premiado actor norteamericano nascido no México.
Pai de treze filhos, naturalizou-se cidadão dos Estados Unidos nos anos 1940. Antes de iniciar sua carreira como actor trabalhou como açougueiro e boxer. Chegou também a estudar arquitectura. Ganhou o seu segundo Óscar por uma participação de apenas 8 minutos, tempo de todas as suas cenas em Sede de Viver. É o vencedor do Óscar que mais filmes fez ao lado de outros ganhadores do Óscar de actuação. Foram 46 no total, sendo 28 com actores vencedores do Óscar e 18 com actrizes vencedoras do prémio.

quinta-feira, junho 02, 2011

Workshop em Évora sobre tectónica e sismologia

Tectónica recente e perigosidade sísmica em Portugal

Dias 1 e 2 de Julho de 2011

Universidade de Évora

Anfiteatro 1 do Colégio Luís António Verney

Entrada livre



Programa

1º Dia, sexta-feira, 1 de Julho
09.00 Recepção dos participantes
09.30 Sessão de abertura

Palestras:
10.00 – Tectónica recente em Portugal Continental
António Ribeiro – Centro de Geologia FCUL, aribeiro@fc.ul.pt

10.40 – Pausa para café
11.00 – Sismicidade ao longo da fronteira de placas tectónicas entre os Açores e a região Ibero-Magrebina
Mourad Bezzeghoud – Centro de Geofísica de Évora/ Universidade de Évora, mourad@uevoira.pt

11.40 – Perigosidade e Risco Sísmico em Portugal
Carlos Oliveira – Instituto Superior Técnico – csoliv@civil.ist.utl.pt
12.20 – Almoço

14.00 – Os estudos de paleossismicidade na caracterização de falhas activas
João Cabral - Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa / LATEX – jcabral@fc.ul.pt

14.30 – Estudos de Perigosidade sísmica no Vale Inferior do Tejo
José Borges – Centro de Geofísica de Évora/ Universidade de Évora, jborges@uevora.pt

15.00 – Evidências geomorfológicas e sedimentológicas de tectónica activa durante a etapa de incisão do Rio Tejo em Portugal.
António Martins (1), Pedro Cunha (2) – (1) Centro de Geofísica de Évora/ Universidade de Évora, aam@uevora.pt; (2) Instituto do Mar – Centro do Mar e do Ambiente, Dep. Ciências Terra – Univ. Coimbra, pcunha@dct.uc.pt

15.30 – Prevenção e mitigação de riscos naturais
Direcção da Escola Nacional de Bombeiros (a confirmar)

16.00 – Pausa para café

16.20 – O papel da CCDR Alentejo na prevenção de riscos e na política de ordenamento do território
Direcção da CCDR Alentejo (a confirmar)

16.50 – Riscos Naturais e o papel dos media
Teresa Firmino - Jornal O Público, tfirmino@publico.pt

17:20 – Debate – Risco sísmico em Portugal


2º Dia, sábado, 2 de Julho

09.00 – O projecto PALEOSISOR: resultados preliminares
João Cabral - Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa / LATEX – jcabral@fc.ul.pt

09.30 – Evidências de neotectónica no vale do rio Minho (sector Ourense-Ribadavia, Galiza)
Alberto Gomes (1), Augusto Pérez Alberti (2), Pedro P. Cunha (3)
(1) Centro de Estudos em Geografia e Ordenamento do Território- CEGOT, Dep. de Geografia – Univ. do Porto, albgomes@gmail.com; (2) Universidad de Santiago de Compostela , España; augusto.perez@usc.es, (3) Instituto do Mar – Centro do Mar e do Ambiente, Dep. Ciências Terra – Univ. Coimbra, pcunha@dct.uc.pt

10.00 – Superfície de aplanamento do Douro ancestral e terraços fluviais na área do Pocinho, zona de falha da Vilariça, referências geomorfológicas na determinação de desnivelamentos tectónicos e soerguimento crustal.

Pedro P. Cunha (1), Fernando C. Lopes (2), Alberto Gomes (3), Diamantino I. Pereira (4), João Cabral (5), Gerardo De Vicente (6) & António Martins (7)
Dep. Ciências da Terra da Univ. Coimbra; IMAR-CMA; (2) Dep. Ciências da Terra – Univ. Coimbra; Centro de Geofísica – Univ. Coimbra (3); Dep. Geografia da Univ. Porto; CEGOT; (4) Centro de Geologia e Dep. Ciências da Terra, Univ. Minho; (5) Dep. de Geologia, Faculdade de Ciências da Univ. Lisboa, LATTEX-IDL;(6) Dep. Geodinámica, Fac. Ciencias Geológicas, Univ, Complutense; (7) Dep. de Geociências, Centro de Geofísica da Univ. Évora.

10.30 – Geologia, Geomorfologia e sismicidade na região de Ciborro-Arraiolos: Actividade tectónica local ou associada a uma estrutura com importância regional?
Alexandre Araújo e António Martins – Centro de Geofísica de Évora/ Universidade de Évora, aaraujo@uevora.pt, aam@uevora.pt.

11.00 – Pausa para café
11.30 – Apresentação das comunicações em poster
12.30 – Almoço.

14.00 – Towards reproducible methods in probabilistic seismic hazard assessment for slow regions
Delphine Fitzenz – Centro de Geofísica de Évora/ Universidade de Évora, delphine@uevora.pt

14.30 – Resultados preliminares dos projectos LISMOT e NEFITAG.
José Borges - Centro de Geofísica de Évora/ Universidade de Évora, jborges@uevora.pt

15.00 – Resultados preliminares do projecto SISMOD
Bento Caldeira - Centro de Geofísica de Évora/ Universidade de Évora, bafcc@uevora.pt

15.30 – A rede sismográfica do projecto WILAS
Nuno Afonso Dias – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa/ Instituto D. Luiz, nmdias@fc.ul.pt

16.00 – Fenómenos sismo-electromagnéticos
Hugo Gonçalves da Silva – Centro de Geofísica de Évora/ Universidade de Évora, hgsilva@uevora.pt

16.30 – A tecnologia LiDAR e a aplicação à geomorfologia.
André Jalobeanu - Centro de Geofísica de Évora/ Universidade de Évora, jalobeanu@uevora.pt

17.00 – Pausa para café
17.30 – Debate sobre as comunicações apresentadas: linhas de investigação futuras no domínio da tectónica activa e da perigosidade sísmica.
18.00 – sessão de encerramento


Notícia sobre Paleoantropologia no Público

Paleontologia
Na vida dos hominídeos eles ficavam, elas vinham, sugere estudo da Nature

O Australopithecus africanus viveu há 2,2 milhões de anos na actual África do Sul

Há mais de um milhão de anos, na savana situada no que é hoje a África do Sul, os grupos de hominídeos teriam uma história de vida diferente consoante fossem machos ou fêmeas. Um estudo publicado esta quarta-feira na Nature sugere que enquanto os hominídeos masculinos mantinham-se no mesmo habitat desde que nasciam até à morte, as fêmeas teriam crescido num local diferente e acabavam por morrer noutra região.

A descoberta não foi feita a partir de fósseis novos encontrados. O trabalho de uma equipa internacional de cientistas dos Estados Unidos, da Alemanha, Suiça, Inglaterra e da África do Sul utilizou técnicas diferentes para recolher esta informação.

O estudo focou-se nos fósseis de dentes de duas espécies de hominídeos. O Australopithecus africanus, viveu há 2,2 milhões de anos e foi possivelmente antepassado directo do Homem, e o Paranthropus robustus, que viveu há 1,8 milhões de anos, e foi um primo.

Os fósseis de cada espécie foram encontrados em duas grutas no Noroeste da África do Sul, que estão a poucos quilómetros de distância uma da outra. A equipa analisou a quantidade relativa de um metal chamado estrôncio, que existe no esmalte dos dentes.

Este elemento químico está nos minerais e é absorvido pelas plantas, entrando assim nos ecossistemas. Durante o crescimento dos animais, o estrôncio acumula-se no esmalte dos dentes. A percentagem relativa de isótopos deste metal que existe no ambiente vai ficar registada nos dentes e serve de assinatura do local onde os hominídeos cresceram.

“Um dos nossos objectivos foi tentar encontrar algo sobre o uso da paisagem dos primeiros hominídeos”, disse em comunicado Sandi Copeland, primeira autora do artigo da "Nature", que trabalha no Instituto Max Planck, em Leipzig, Alemanha. “Aqui, tivemos um vislumbre directo dos movimentos geográficos dos primeiros hominídeos, e parece que as fêmeas moviam-se preferencialmente para longe dos grupos onde residiam.”

A equipa analisou fósseis de oito indivíduos de Australopithecus africanus e 11 de Paranthropus robustus. A percentagem relativa de isótopos de estrôncio nos dentes das fêmeas, que por norma são mais pequenos, mostrava que pelo menos metade tinham vindo de outro sítio. Enquanto nos machos esta percentagem era apenas de dez por cento.

“O que os resultados mostram é que as fêmeas vinham mais de fora da região do que os machos. Não vinham de muito longe, mas não era o mesmo grupo natal onde cresceram”, disse à BBC News Julia Lee-Thorpe, investigadora da Universidade de Oxford que fez parte da equipa. “Não sabemos se as fêmeas derivaram de outro grupo, se vieram de propósito, ou se foram sequestradas; não temos forma de saber esse tipo de detalhes, mas na generalidade, a maioria das fêmeas veio de outro lugar.”

Este comportamento é o que acontece nos chimpanzés, onde os machos ficam no mesmo sítio onde nascem e as fêmeas são obrigadas a abandonar o grupo para não haver consanguinidade. Algo que não acontece, por exemplo nos gorilas, onde tanto os machos como as fêmea migram do grupo onde nasceram.

Defender Portugal - dia 5 de Junho contamos contigo

O estranho caso do mentiroso compulsivo

(imagem daqui)

 
José Sócrates podia ter dito, apresentando as mesmas justificações, que não concordava com a descida da TSU. Que a força das circunstâncias o tinha obrigado a aceitar uma medida com a qual não concordava. Que tinha insistido com os representantes do BCE, FMI e UE mas que tinha sido vencido. Que caso vencesse as legislativas iria tentar renegociar aquela medida. Mas caso falhasse teria de a aplicar nas condições que constam do MoU.

Não foi isto que se passou. Sócrates afirmou que o governo se limitaria a estudar futuramente a descida da TSU sem qualquer garantia que esta medida seria aplicada ou quando muito seria "moderada". Estranhamente, para quem dizia que ainda não tinha estudar o assunto apresentou todo o tipo de argumentos contra a esta. Que nada tinha ficado decidido nos acordos com a "troika".

Acontece, sabe-se agora, que o governo comprometeu-se com uma "descida significativa" da TSU apresentando como contrapartida cortes de despesa, subidas no IVA e noutros impostos.

Contrariamente ao que afirma José Sócrates existe efectivamente um caso em torno da TSU e é bem grave. O Primeiro-Ministro mentiu. E mesmo quando confrontado com factos incontestáveis continuar a insistir na mentira. Convinha também explicar se o faz por oportunismo político ou se não pensa cumprir o que acordou com a "troika".

in O Cachimbo de Magritte - post de Miguel Noronha

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Garibaldi morreu há 129 anos


Giuseppe Garibaldi (Nice, 4 de Julho de 1807Caprera, 2 de junho de 1882) foi um general, guerrilheiro, condottiero e patriota italiano, alcunhado de "herói de dois mundos" devido a sua participação em conflitos na Europa e na América do Sul. Uma das mais notáveis figuras da unificação italiana, ao lado de Giuseppe Mazzini e do Conde de Cavour, Garibaldi dedicou sua vida à luta contra a tirania

O Tarzan da minha infância nasceu há 107 anos


Johnny Weissmuller, nascido János Weißmüller, (Timişoara, Roménia, 2 de junho de 1904 - Acapulco, México, 20 de janeiro de 1984) foi um atleta e actor  norte-americano, famoso por interpretar Tarzan, o personagem de ficção criado pelo escritor norte-americano Edgar Rice Burroughs.

(...)

Nascido no Banat, mais precisamente na localidade de Freidorf, hoje bairro da cidade de Timişoara na Roménia (à época parte do Império Austro-Húngaro), Weissmuller era filho de uma família de etnia alemã. Sua família emigrou para os Estados Unidos quando Johnny tinha apenas sete meses de idade.
Antes de entrar para o cinema, Weissmuller teve uma carreira excepcional como desportista, tendo conquistado cinco medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de 1924 e 1928. Ele estabeleceu 67 recordes mundiais de natação e ganhou 52 campeonatos nacionais, sendo considerado um dos melhores nadadores de todos os tempos.
Em 1934 imortalizou no cinema o famoso personagem Tarzan. O cinema transformou Tarzan, já conhecido através dos romances de Edgar Rice Burroughs, em mito conhecido universalmente e Weissmuller fez doze filmes como o homem macaco, celebrizando o famoso e estilizado grito do personagem.
Depois de Tarzan, ele interpretou com sucesso o personagem Jim das Selvas na série do mesmo nome, feita para a Columbia entre 1948 e 1955. Foram dezasseis filmes ao todo, com duração média de setenta minutos cada. Em 1955, a série transferiu-se para a TV, tendo sido feitos vinte e seis episódios de meia hora cada. Já envelhecido e obeso, Weissmuller tentava dar vida a um personagem atlético e aventureiro, calcado na legendária figura de Tarzan. Esse final melancólico marcou sua despedida das câmaras, tendo retornado apenas em pequenos papéis em dois filmes na década de 1970.
No final dos anos 1950, Weissmuller mudou-se para Chicago, onde fundou uma empresa de piscinas. Seguiram-se outros empreendimentos, a maioria envolvendo Tarzan ou a natação de uma forma ou de outra, mas sem grandes resultados. Aposentou-se em 1965 e no ano seguinte juntou-se aos ex-Tarzans Jock Mahoney e James Pierce para a campanha publicitária de lançamento da série de TV Tarzan, estrelada por Ron Ely. Em 1967, sua imagem foi imortalizada na capa do LPSgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, dos Beatles.
Morreu vítima de um edema pulmonar em Acapulco, no México, onde vivia com a sexta esposa há sete anos para recuperar de uma trombose.