terça-feira, abril 05, 2011

Erros meus, má fortuna, um primeiro-ministro endiabrado

Não há isenção possível


1. A memória política do que nos aconteceu nos últimos anos é a chave para podermos decidir em consciência informada acerca do que está em jogo no próximo acto eleitoral. Não chegámos a esta situação deplorável por acaso. Nem por azar. Nem por sermos vítimas de uma qualquer perseguição dos mercados ou de outras forças tenebrosas e sinistras. Como já escrevi, alcançámos o presente estado de indigência política e financeira por culpa nossa. Porque fizemos as opções erradas. Porque tardámos em reconhecer o erro e, sobretudo, nele perseverámos. Porque esbanjámos a nossa confiança colectiva em gente sem sentido de Estado, para quem o interesse público se confunde com a conveniência imediata e quase sempre assume tonalidades indisfarçavelmente pessoais. Fomos irremediavelmente mal governados. Mas a escolha, sempre desastrada, foi nossa.

Ninguém nos impôs António Guterres por duas vezes. Ninguém nos disse para assistirmos, em estado de pacatez bovina, ao desbaratar do erário público em tresloucados obséquios estatais que não conseguiríamos pagar mesmo que a nossa economia crescesse a níveis europeus. Ninguém nos mandou acreditar na peta infame das Scut, "as auto-estradas que se pagam a si próprias", como então juraram. Ninguém nos ordenou o aplauso néscio quando surgiu a Expo 98 nem no momento em que se insuflou a Administração Pública até à actual dimensão paquidérmica. Ninguém nos amanhou Durão Barroso que venceu as eleições de 2002 com a promessa de um choque fiscal para logo subir os impostos quando se viu no Governo.

E ninguém senão nós escolheu José Sócrates. Com um currículo pessoal aterrador, sem a mais elementar preparação profissional, académica ou cívica, apto a instrumentalizar qualquer valor ou convicção e a quem apenas se pode reconhecer a obstinação daqueles que são capazes de tudo, mas mesmo de tudo, para manter acesas as luzes fátuas do seu ego.

José Sócrates incumpriu todas as suas promessas (lembram-se da regionalização?). Não assumiu um só erro próprio. Nunca teve a humildade dos que têm grandeza para pedir desculpa pelo estado miserável a que nos condenou. Para ele e para os que seguem o seu triste culto, os males em que nos afundámos devem-se a todos os outros: Oposição, mercados, agências de rating, presidente da República, terramoto no Japão ou derrame de petróleo na Florida. Mas nunca compreenderá que se Portugal é hoje caricaturado em toda a parte como um Estado quase falhado, a responsabilidade maior é dele, que tanto nos tem desgovernado - e nossa, que o elegemos.

2. Agora é claro que o fracasso do período de Sócrates vai muito para além da mera ineptidão governativa: este Governo mentiu aos portugueses acerca dos valores dos défices orçamentais e do estado calamitoso das finanças públicas! Fê-lo conscientemente, visando esconder os números que revelavam o seu próprio fiasco e o consequente estado de desgraça em que largaram o país.

Por pressão das instâncias financeiras europeias, o montante do défice de 2010 foi alterado para 8,6% em vez dos 6,8% ficcionados estridentemente pelo Governo. Por sua vez, o défice do ano anterior, 2009, elevou-se para 10%, galgando os 9,3% que tinham sido anunciados pelo Governo. Afinal, excedemos os limites do défice a que nos comprometemos na Europa e que serviram de álibi para os sacrifícios que depredam os portugueses - "está para nascer um primeiro-ministro que tenha feito melhor no défice", dizia Sócrates...

Hoje, a nossa média do crescimento económico é a pior dos últimos 90 anos. Temos a maior dívida pública dos últimos 160 anos e a dívida externa mais alta dos últimos 120. O desemprego é o mais elevado dos últimos 80 anos e conhecemos a segunda maior vaga de emigração desde meados do século XIX.

Mesmo aqueles que pretendam ser independentes não podem ficar isentos nas próximas eleições - é um imperativo político, moral e higiénico, livrarmos o país e as futuras gerações daqueles que dolosamente iludiram e falharam todos os seus compromissos. Qualquer solução viável para Portugal nunca poderá contar com quem nos conduziu até à actual desventura - logo, a saída da crise terá de passar pela derrota de José Sócrates e dos seus acólitos.

Sócrates - pilhar até ao último milhão

Como é que eles que puderam fazer isto ao país?


Dívida directa do estado em Fev 2005: 92.767 milhões de Euros.
Dívida directa do estado em Fev 2010: 153.862 milhões de Euros.
Saldo: +61.095 milhões de euros (+66%)

Fonte: Instituto de Gestão do Crédito Público

via O Cachimbo de Magritte


NOTA: é pena que nos números não estejam já os fantásticos resultados dos últimos 12 meses...

Sócrates? Nem mais um cêntimo, dizem os banqueiros portugueses



Bancos não emprestam mais dinheiro ao Estado
Nem mais um euro. Única saída é pedir ajuda externa

Os banqueiros portugueses reuniram-se ainda na segunda-feira no Banco de Portugal e decidiram cortar o crédito ao Estado. Ora, sem conseguir dinheiro emprestado e com os mercados financeiros a exigirem juros já acima dos 10%, a única saída é pedir ajuda externa.

São precisos 15 mil milhões de euros para Portugal se conseguir aguentar até ao Verão, uma verba que os banqueiros entendem que deve ser pedida através de um empréstimo intercalar à Comissão Europeia, algo também ontem foi aconselhado pelo presidente do BCP, em entrevista à TVI. Só assim Portugal conseguirá fazer face a todos os compromissos de dívida no prazo em que vencem os empréstimos mais importantes, ou seja, em Junho.

A posição dos banqueiros faz manchete na edição do «Jornal de Negócios» desta terça-feira que levanta o véu de uma reunião secreta entre os presidentes dos grandes bancos portugueses - leia-se BCP, BES, BPI, CGD e Santander - com o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa.

Já não são só os mercados a deixar de dar tréguas a Portugal. O braço-de-ferro faz-se agora sentir também dentro de fronteiras: os bancos vão deixar assim de comprar dívida pública portuguesa. E os investidores dizem que a probabilidade de o Estado entrar em incumprimento é já de 40%.

O mesmo jornal lembra até à data os bancos nacionais acudiram recorrentemente o Estado, financiando-o directamente através dos leilões dívida ou como «intermediários» do Banco Central Europeu.

Mas o saco encheu e está prestes a rebentar. A banca deixou de ter margem para poder financiar o Estado. O líder do maior banco privado português, Carlos Santos Ferreira, não tem dúvidas de que a ajuda a Portugal é «urgente e deve ser pedida já».

Um ultimato a que se junta agora outro da Moody`s. A agência de notação financeira cortou hoje o rating de Portugal em um nível, pelo que a classificação da República está agora a três passos do «lixo». O novo Governo vai ter mesmo de pedir ajuda, avisa a Moody`s, uma vez que «o custo actual do financiamento está a aproximar-se de um nível insustentável, mesmo no curto prazo».

Os juros da dívida soberana nacional logo reagiram a mais este «ataque», com as Obrigações do Tesouro a cinco anos a ultrapassarem, pela primeira vez desde que Portugal entrou no euro, os 10%.

Questionados por esta decisão da banca nacional, alguns economistas contactados pela Agência Financeira são unânimes: Este é um sinal «alarmante».

PM = Primeiro Mentiroso



Empréstimos intercalares
Bagão Félix acusa Sócrates de mentir sobre Conselho de Estado

“Não vale tudo. Há limites de ética e de decência na política", disse Bagão Félix

O conselheiro de Estado Bagão Félix acusa o primeiro-ministro de mentir nas declarações que fez à RTP sobre a discussão no Conselho de Estado da passada semana.

Questionado pelo jornalistas da RTP sobre a possibilidade de Portugal pedir um empréstimo intercalar e de esse facto ter sido falado no Conselho de Estado, como noticiaram vários órgãos de comunicação social, José Sócrates disse que tal não tinha sido discutido.

“Não conheço isso. (…) Não foi [discutido no Conselho de Estado]”, afirmou José Sócrates à RTP

Bagão Félix, ex-ministro das Finanças, salientou ao PÚBLICO que não podia contar o que se passou no Conselho de Estado, mas podia “falar sobre o que não se passou”.

“Perante as declarações do senhor primeiro-ministro só posso dizer que tem um problema de natureza física, como surdez, o que não parece, ou é distraído, o que também não me parece, ou faltou à verdade. Mentiu”, acrescenta o economista próximo do CDS-PP.

Salientando várias vezes que não vai ser ele a revelar o que se passa no Conselho de Estado, Bagão Félix salienta que não podia ficar calado “face às declarações do primeiro-ministro”.

“Não vale tudo. Há limites de ética e de decência na política. Como cidadão fiquei boquiaberto. Perturbado”, acrescentou.

Observação astronómica em Leiria



Observação Astronómica – 08.04.2011

Leiria

UMA NOITE DIFERENTE, UMA NOITE MÁGICA

Actividade: Observação astronómica da Lua, Saturno e de outros astros;

Local: ESCOLA BÁSICA DR. CORREIA MATEUS - LEIRIA;

Data: Noite de 08/04/2011 (6ª para sábado);

Horário: 20.30 – 23.30 horas.

Convidam-se todas as pessoas para um olhar diferente sobre o Universo:
  • Narração da história “O MISTÉRIO DA ESTRELINHA CURIOSA” (2ª edição) pela autora, Leonor Lourenço;
  • Observação astronómica, com telescópio, da LUA, SATURNO, NEBULOSA DE ÓRION e outros astros e constelações sob orientação de astrónomos amadores.
 Nota – Caso o tempo não esteja favorável à observação astronómica, será projectado uma apresentação multimédia.


ORGANIZAÇÃO:
- Docentes do Centro Educativo Correia Mateus e do Pólo da Escola Amarela;
- Leonor Lourenço (escritora), Carlos Reis, João Clérigo, Fernando Martins, Rosário Duarte e João Cruz (astrónomos amadores);
- Núcleo de Astronomia Galileu Galilei - Agrupamento de Escolas Dr. Correia Mateus;
- Núcleo de Astronomia do Agrupamento de Escolas D. Dinis;
- Blog AstroLeiria: http://astroleiria.blogspot.com/
- Ad Astra (Associação para a Divulgação da Astronomia de Amadores): http://www.ad-astra.pt/


Não esquecer de trazer:
  • Comida/bebidas para partilhar;
  • Mapas celestes ou livros;
  • Telescópio ou binóculos;
  • Amigos ou familiares;
  • Vontade de aprender e dúvidas.


Actividade aberta a todas as pessoas, sem pré-inscrição, que durará enquanto houver interessados.
  

ACTIVIDADE DEPENDENTE DAS CONDIÇÕES CLIMATÉRICAS…

NOTA: link para Cartaz – AQUI.

Um livro interessante editado no Brasil

Sistema Terra-Vida - uma introdução

Charles Cockell

Tradução: Silvia Helena Gonçalves


Por que a Terra é o único planeta no Sistema Solar onde a vida é conhecida? O que controla os ventos e as correntes marinhas? Que efeitos os vulcões e o movimento das placas tectónicas tiveram sobre o desenvolvimento e evolução da vida? O que os fósseis nos revelam sobre o passado da Terra?

As respostas para essas e muitas outras questões você encontra em Sistema Terra-Vida, livro que oferece uma visão concisa e ao mesmo tempo completa dos processos de retroalimentação entre a geosfera, a atmosfera, a hidrosfera e a biosfera.

Com belíssimas ilustrações coloridas e textos claros, objectivos e de alto nível académico, a obra reúne ciências biológicas e da Terra para explorar a coevolução da vida ao longo do tempo geológico. Traz investigações sobre os controles físicos que se combinam para fazer da Terra um planeta habitável, explicações sobre o ciclo do carbono, vulcanismo, alterações do clima durante o terciário, evolução das espécies, glaciação, a vida no Fanerozóico entre muitos outros tópicos pertinentes ao assunto.

Sistema Terra-Vida foi projectado e organizado para uso em cursos de graduação e incorpora uma grande variedade de recursos para apoiar a aprendizagem do aluno. Seu objectivo é mostrar que mais nobre que a acumulação de conhecimentos é a capacidade da elaboração de dúvidas e novos questionamentos, além da formulação de novas respostas.


Disponível no site www.ofitexto.com.br e nas melhores livrarias do Brasil


AUTOR

Charles Cockell é Professor de Microbiologia na The Open University, Milton Keynes, Reino Unido. Ele se interessa academicamente por geomicrobiologia, astrobiologia e exploração espacial e já realizou expedições para o Ártico e a Antártida, entre outros locais, para estudar a vida em ambientes extremos. O Prof. Cockell escreveu e editou outros seis livros, incluindo Impossible Extinction (Cambridge University Press, 2003).

Someone Like You


Someone Like You - Adele


I've heard that you're settled down
That you found a girl and you're married now
I've heard that your dreams came true
Guess she gave you things I didn't give to you


Old friend, why are you so shy?
Ain't like you to hold back or hide from the light
I hate to turn up out of the blue uninvited
But I couldn't stay away, I couldn't fight it


I had hoped you'd see my face
And that you'd be reminded
That for me it isn't over


Never mind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you too
Don't forget me, I beg, I'll remember you say:
"Sometimes it lasts in love, but sometimes it hurts instead"


Sometimes it lasts in love, but sometimes it hurts instead, yeah


You'd know how the time flies
Only yesterday was the time of our lives
We were born and raised in a summer haze
Bound by the surprise of our glory days


I hate to turn up out of the blue uninvited
But I couldn't stay away, I couldn't fight
I had hoped you'd see my face
And that you'd be reminded
That for me it isn't over


Never mind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you too
Don't forget me, I beg, I'll remember you say:
"Sometimes it lasts in love, but sometimes it hurts instead"


Nothing compares, no worries or cares
Regrets and mistakes, they're memories made
Who would have known how bitter-sweet
This would taste?


Never mind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you
Don't forget me, I bet I'll remember you say:
"Sometimes it lasts in love, but sometimes it hurts instead"


Never mind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you
Don't forget me, I bet I'll remember you say:
"Sometimes it lasts in love, but sometimes it hurts instead"


Sometimes it lasts in love, but sometimes it hurts instead, yeah

Pequeno sismo no Algarve

Recebido via via e-mail do IM:

O Instituto de Meteorologia (IM) informa que no dia 05-04-2011 pelas 07.54 (hora local - TU: 06.54) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente, um sismo de magnitude 2.7 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 18 km a Sul-Sudeste da Lagoa.

Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima II (escala de Mercalli modificada) na região de Albufeira.

Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados.

Sugere-se o acompanhamento da evolução da situação através da página do IM na Internet (www.meteo.pt) e a obtenção de eventuais recomendações junto da Autoridade Nacional de Protecção Civil (www.prociv.pt).

A cantora Agneta dos ABBA faz 61 anos


Agneta Åse Fältskog (Jönköping, 5 de Abril de 1950) é uma famosa cantora sueca e ex-integrante do grupo ABBA.


Kurt Cobain morreu há 17 anos

(imagem daqui)


Kurt Donald Cobain (Aberdeen, 20 de Fevereiro de 1967Seattle, 5 de Abril de 1994) foi um cantor, compositor e músico norte-americano, mais conhecido como o vocalista e guitarrista da banda de rock Nirvana.


Charlton Heston morreu há 3 anos


Charlton Heston, nome artístico de John Charles Carter, (Evanston, 4 de Outubro de 1923 - Beverly Hills, 5 de Abril de 2008) foi um actor norte-americano notabilizado no cinema por papéis heróicos em superproduções da época de ouro de Hollywood, como Moisés de Os Dez Mandamentos, Judah Ben-Hur de Ben-Hur e o lendário cavaleiro espanhol El Cid no filme homónimo.

segunda-feira, abril 04, 2011

Notícia sobre estranha simbiose entre um vertebrado e algas

Estudo publicado no Proceedings of the National Acadmy of Science
Descoberto primeiro vertebrado com algas dentro das células

 Os ovos com a alga Oophila amblystomatis

A salamandra Ambystoma maculatum

A relação simbiótica entre uma salamandra da América do Norte e uma alga verde unicelular que vive preferencialmente dentro dos ovos deste anfíbio é mais íntima do que se pensava. Durante parte do período de desenvolvimento do embrião, há algas que vivem dentro das células do animal, um fenómeno que até agora era desconhecido em vertebrados. A descoberta foi publicada na revista Proceedings of the National Acadmy of Science.

A salamandra Ambystoma maculatum vive a maior parte do tempo debaixo de terra na América do Norte. Mas na época de reprodução vem cá para fora e coloca grupos de ovos em poças de água temporárias. Os embriões crescem e passam por uma série de metamorfoses até saírem e voltarem a esconder-se dentro de terra.

Nada disto seria surpreendente, se durante o crescimento os ovos não fossem colonizados por uma alga verde unicelular chamada de Oophila amblystomatis. A alga multiplica-se e dá um aspecto verde às esferas translúcidas. O fenómeno foi descoberto há mais de um século, mas foi só descrito em 1927, por Lambert Printz.

Mais tarde, na década de 1980, os cientistas verificaram que a relação era simbiótica. Quando os embriões cresciam sem algas, eram mais pequenos e nasciam mais cedo. As algas, ao produzirem oxigénio, aumentam a quantidade do gás no ambiente do anfíbio. Por outro lado as salamandras produzem produtos azotados que são importantes para a alga.

A equipa de cientistas da Universidade de Dalhousie, no Canadá e da Universidade de Bloomington do Indiana, nos Estados Unidos, descobriram agora que durante uma fase do desenvolvimento do embrião, as algas verdes entram para dentro das células de vários tecidos da salamandra.

Este fenómeno, em que um ser vivo vive dentro da célula de outro em entreajuda chama-se endosimbiose. Já tinha sido observado em outros animais, como as lesmas do mar, mas nunca tinha sido visto nos vertebrados, que têm um forte sistema imunitário que costuma matar invasores celulares.

“Isto aumenta as hipóteses de existirem mais simbioses entre algas e animais do que as que conhecemos”, disse em comunicado Roger Hangarter, co-autor do estudo, da Universidade do Indiana. “Já que outras salamandras e algumas espécies de rãs têm simbioses semelhantes, é possível que também haja este tipo de endosimbioses que vimos [nesta] salamandra.”

Os cientistas conseguiram descobrir as células graças a uma sonda que se liga a uma molécula produzida pela alga. Depois utilizaram técnicas microscópicas para verem as algas dentro do corpo da salamandra.

A descoberta traz “implicações para a investigação em relação ao reconhecimento entre células, a possível troca de moléculas ou de ADN”, explicam os autores no artigo. Os cientistas chamam a atenção para o aspecto ecológico da descoberta.

“As poças de água temporárias que as salamandras se reproduzem são também essenciais para outros anfíbios e organismos, mas estas poças são muitas vezes as primeiras a ser destruídas quando as pessoas vão para zonas de floresta”, disse Hangarter.

Belas imagens de vulcões marcianos no Público

Imagens tiradas pela sonda Messenger Express
ESA revela fotografias de dois vulcões de Marte

 As imagens foram obtidas entre 25 de Novembro de 2004 e 22 de Junho de 2006 Messenger Express/ESA

Imagem tridimensional da cratera Rahe Messenger Express/ESA

Os dois vulcões numa imagem tridimensional Messenger Express/ESA

Os gigantes da fotografia chamam-se Ceraunius Tholus e Uranius Tholus e são dois vulcões inactivos situados no Hemisfério Norte de Marte. A sonda Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA), passou três vezes pela região para conseguir obter a imagem total. A ESA revelou esta sexta-feira as fotografias.

A informação foi obtida entre 25 de Novembro de 2004 e 22 de Junho de 2006. A sonda fez três passagens na direcção Norte-Sul, é possível ver a fronteira da segunda para a terceira passagem.

“Durante a órbita do meio, a Mars Express captou nuvens de gelo que passavam por cima do Ceraunius Tholus [o vulcão maior]”, diz o comunicado. “Quando a Mars Express atravessou outra vez e tirou a última faixa de informação necessária para a imagem, as nuvens já tinham dissipado há muito e por isso existe uma linha definida que as corta no mosaico final.”

Ceranius Tholus, o maior dos dois vulcões, tem 130 quilómetros de diâmetro, e sobe até aos 5,5 quilómetros. No meio, a caldeira tem 25 quilómetros de diâmetro. Uranius, que está 60 quilómetros a norte, tem um diâmetro de 62 quilómetros e uma altura de 4,5 quilómetros.

Ao redor dos vulcões existem várias crateras causadas pelo impacto de meteoros. A maior delas, chama-se Rahe e está entre os dois vulcões. Mede 35 por 18 quilómetros e foi causada por impacto oblíquo que aconteceu depois da actividade vulcânica ter terminado.

Entre a caldeira de Ceranius e a cratera de Rahe, existe um vale comprido com 3,5 quilómetros de largura e 300 metros de profundidade. Embora a existência deste vale seja debatida, os cientistas acreditam que pode ter sido formada devido ao derretimento de uma calote de gelo no cimo do vulcão, que tenha arrastado um canal de lava.

in Público - ler notícia

Afonso X, o Sábio, Rei de Castela e Leão, nasceu há 727 anos


Afonso X, o Sábio (Toledo, 23 de Novembro de 1221 - Sevilha, 4 de Abril de 1284), foi rei de Castela e Leão de 1252 a 1284, e ainda imperador eleito do trono do Sacro Império Romano-Germânico (1257-1273), ainda que nunca tenha exercido o cargo de facto.

(...)
Como D. Dinis de Portugal, seu neto, Afonso X fomentou a actividade cultural a diversos níveis. Realizou a primeira reforma ortográfica do castelhano, idioma que adoptou como oficial em detrimento do latim. O objectivo seria desenvolver o vernáculo do seu reino, segundo o historiador Juan de Mariana.

(...)


Afonso foi também mecenas generoso do movimento trovadoresco, e ele próprio um dos maiores trovadores e poetas de língua galaico-portuguesa (a língua mais usada na lírica ibérica do século XIII), tendo chegado até nós 44 cantigas suas, de amor e principalmente de escárnio e maldizer. A sua obra mais reconhecida é as Cantigas de Santa Maria, cancioneiro sacro sobre os prodígios da Virgem Santíssima, num total de 430 composições, musicadas.

Martin Luther King foi assassinado há 43 anos


Martin Luther King , Jr. (Atlanta, 15 de Janeiro de 1929 - Memphis, 4 de Abril de 1968) foi um pastor protestante e activista político norte-americano. Tornou-se um dos mais importantes líderes do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, e no mundo, com uma campanha de não violência e de amor ao próximo. Ele foi a pessoa mais jovem a receber o Prémio Nobel da Paz em 1964, pouco antes de seu assassinato. 

Salgueiro Maia morreu há 19 anos

Monumento ao Capitão Salgueiro Maia em Santarém

Fernando José Salgueiro Maia GO TE (Castelo de Vide, 1 de Julho de 1944 - Santarém, 4 de Abril de 1992), militar português.

(...)

Madrugada de 25 de Abril de 74, parada da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém:

"Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!"

Todos os 240 homens que ouviram estas palavras, ditas da forma serena mas firme, tão característica de Salgueiro Maia, formaram de imediato à sua frente. Depois seguiram para Lisboa e marcharam sobre a ditadura.

domingo, abril 03, 2011

Ratos em debandada para os taxos

(imagem daqui)


O país do faz-de-conta e a bancarrota

VIVER ENTRE BRUTOS



«O ministro das Finanças declarou ontem que o governo não tem legitimidade nem poderes para pedir um resgate financeiro. O Presidente da República, na sua comunicação ao país, desmentiu-o. Eis o momento capital das palavras de Cavaco Silva: um governo de gestão não está impedido de tomar as medidas necessárias para garantir o funcionamento da economia. Porque, disse Cavaco, os governos passam mas o Estado permanece. Tradução: com juros a ultrapassar os 9% e os cofres do Estado exauridos para pagar 9 mil milhões de euros até Junho, a recusa do eng. Sócrates em lançar a toalha é um dos espectáculos mais penosos de que há memória na história da democracia doméstica. Penoso mas esperado: ao precipitar a crise, Sócrates não se limitou a fugir do descalabro anunciado; ele precisa ainda de transformar essa fuga numa resistência heróica, e ruinosa, para o futuro do país. Que isto não seja entendido por 32% dos portugueses que pensam regressar ao local do crime nas próximas eleições, eis um pormenor que resume bem a moral desta história: nós só temos o que merecemos.»

João Pereira Coutinho, CM (via portugal dos pequeninos)

Fado Hilário



PS - a título de curiosidade, um outro Fado Hilário (de Lisboa), cantado por Maria Teresa de Noronha, para comprovar a importância deste músico e cantor:

Hilário morreu há 115 anos



"Augusto Hilário da Costa Alves nasceu em Viseu em 1864. No entanto, ao consultarmos a sua Certidão de Edade no Arquivo da Universidade de Coimbra, reparamos que na transcrição do seu registo de Baptismo, afinal, foi exposto na roda desta cidade [Viseu] pelas cinco horas da manhã e que em vez de se chamar Augusto Hilário refere a quem dei o nome de Lázaro Augusto.

Fica então a questão do porquê de Augusto Hilário. A resposta vem num documento anexo à Certidão de Edade referindo que no seu crisma solicitou para daí em diante se chamar Augusto Hilário (em 1877).

Quanto ao seu percurso escolar segundo João Inês Vaz e Júlio Cruz terá principiado no Liceu de Viseu pois frequentou o Liceu de Viseu com o intuito de fazer os estudos preparatórios para admissão à Faculdade de Filosofia. Certo é que, em 1889, vem para Coimbra fazer os preparatórios de Medicina. Dos Anuários da Universidade de Coimbra conclui-se que esteve matriculado em Filosofia entre os anos lectivos de 1889/1890 e 1891/1892 como aluno obrigado, sendo de destacar também que no ano lectivo de 1890/1891 frequentou a cadeira o Curso Livre de Língua Grega. Nos anos lectivos de 1892/1893 a 1895/1896 esteve matriculado em Medicina, tendo repetido o primeiro ano, tendo falecido quase a terminar o Curso.

Viveu na Rua Infante D. Augusto n.º 60, no Largo do Observatório n º 5, e na Travessa de S. Pedro n.º 14. No entanto, segundo os autores já citados, quando veio para Coimbra também se inscreveu na Marinha para receber subsídio do Estado Português.

É claro que durante o seu tempo de estudante cantou e tocou guitarra, tendo feito parte da Tuna Académica da Universidade de Coimbra (no tempo em que o Doutor Egas Moniz, futuro Prémio Nobel da Medicina, era o Presidente da Tuna). Participou também na célebre homenagem a João de Deus, durante a qual, segundo João Inês Vaz e Júlio Cruz, após a actuação, terá atirado a guitarra para a assistência e, claro está, nunca mais a viu. Para obviar a falta da Guitarra, valeu-lhe o Ateneu Comercial de Lisboa que lhe ofereceu a derradeira guitarra em 1895 (a Guitarra do Hilário que hoje conhecemos).

Depois de ter actuado em diversos locais do país, acabou por falecer em Viseu no dia 3 de Abril de 1896. Segundo a cópia da Certidão de Óbito na obra dos autores referenciados, morreu pelas nove horas da noite e sem sacramentos. Além disso, foi sepultado no cemitério público desta cidade [Viseu]."