O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Solidarność, em portuguêsSolidariedade (de nome completo, em polaco, Niezależny Samorządny Związek Zawodowy "Solidarność; em português, Sindicato Autónomo "Solidariedade") é uma federação sindicalpolaca, fundada a 31 de agosto de 1980 nos Estaleiros Lenine, em Gdańsk, sendo originalmente liderada por Lech Wałęsa.
Na década de 80, o Solidariedade era um amplo anti-burocrático movimento social, utilizando os métodos de resistência civil para fazer avançar a causa dos direitos dos trabalhadores e da mudança social.
Ele representava 9,5 milhões de membros no seu primeiro congresso, em
setembro de 1981, o que correspondia a 1/3 da população total da Polónia com
idade para poder trabalhar.
(...)
Em 1979, a economia polaca encolheu pela primeira vez, desde a Segunda
Guerra Mundial, em 2 por cento. A dívida externa chegou a
aproximadamente US $ 18 mil milhões até 1980.
O Solidariedade surgiu a 31 de agosto 1980, em Gdansk,
nos Estaleiros Lenine, quando o governo comunista da Polónia assinou o
acordo que permitiu a sua existência. Em 17 de setembro de 1980, mais de
20 comités de sindicatos livres fundiram-se em uma organização nacional
denominada NSZZ Solidariedade, sendo oficialmente registado a 10 de novembro de 1980. Lech Walesa e outros formaram um amplo movimento social anti-soviético que incluía desde pessoas associadas com a Igreja Católica a membros da esquerda anti-soviética. O Solidariedade defendia atividades de não-violência dos seus membros.
O governo tentou destruir o sindicato com a lei marcial de 1981
e muitos anos de repressões, mas por fim começou a negociar com o
sindicato. As conversas de mesa redonda entre o governo enfraquecido e a
oposição do Solidariedade levou às eleição semi-abertas de 4 de junho de 1989.
Pelo fim de agosto, uma coligação liderada pelo Solidariedade foi
formada para participar das eleições e em dezembro Wałęsa foi eleito
presidente.
A Igreja Católica apoiou o movimento Solidarność e, em janeiro de
1981, Wałęsa foi cordialmente recebido pelo Papa João Paulo II, no
Vaticano. O próprio Wałęsa sempre considerou o catolicismo como a sua
fonte de força e inspiração. Em 1983, na segunda viagem do papa para a
Polónia, foi concedida uma audiência do papa a Wałęsa, nas Montanhas Tatra.
Como resultado da reunião Wałęsa diminuiu a sua atividade política para
aliviar a situação interna na Polónia. Em agosto de 1983, a lei marcial
que proibia o Solidariedade foi retirada e no mesmo ano Wałęsa recebeu o
Nobel da Paz.
No dia 4 de junho de 1989, houve eleições para o senado na Polónia e
pela primeira vez os polacos tinham a hipótese de votar livremente, depois de quase
meio século de ditadura comunista. O resultado das urnas foi que das 262
cadeiras do senado, 261 ficaram para o partido de oposição, o
Solidariedade. O governo comunista cairia dois meses depois. Era o fim
do comunismo na Polónia. "A culpa é da Igreja", disse o ditador
derrotado, general Wojciech Jaruzelski. O primeiro ato do líder do Solidariedade, Lech Wałęsa, foi ir para Roma, para agradecer a João Paulo II.
Desde então tornou-se um sindicato mais tradicional, e teve relativo pouco impacto na cena política da Polónia no início da década de 90. Um ramo político foi fundado em 1996 quando a Ação Eleitoral Solidariedade (Akcja Wyborcza Solidarność, AWS) ganhou a eleição parlamentar, 1997, mas perdeu a seguinte eleição parlamentar, em 2001.
Após o seu casamento com o príncipe de Gales, Diana tornou-se uma das
mulheres mais famosas do mundo, celebridade perseguida por paparazzi,
um ícone da moda, ideal de beleza e elegância feminina, admirada por
seu trabalho de caridade, em especial por seu envolvimento no combate à SIDA e na campanha internacional contra as minas terrestres.
A sua trágica e inesperada morte, ocorrida após um acidente de carro na
cidade de Paris, em 1997, foi seguida de um grande luto público pelo Reino Unido e, em menor escala, pelo mundo. O seu funeral,
realizado em setembro do mesmo ano, foi assistido globalmente por
cerca de 2,5 mil milhões de pessoas, tornando-se um dos eventos mais
assistidos da história da televisão.
Na
biografia Otelo, o Revolucionário, o cérebro do 25 de abril assume a sua
bigamia. De segunda a quinta-feira, vive com Filomena. De sexta a
domingo, mora com Dina. As múltiplas facetas de um ícone.
Figura proeminente do Movimento dos Capitães, cérebro do plano
operacional do 25 de Abril, importante chefe militar no período do PREC,
todo poderoso comandante do Comando Operacional do Continente (COPCON)
nesse período, duas vezes candidato à Presidência da República, duas
vezes preso, uma das quais por envolvimento na rede terrorista Forças
Populares 25 de abril (FP-25), idolatrado por uns, odiado por outros,
Otelo Saraiva de Carvalho, 75 anos, é o grande ícone vivo da revolução
portuguesa.
Para figurar nas t-shirts das gerações do pós-revolução, falta-lhe,
talvez, apenas, uma foto tão feliz como a que Alberto Korda captou de
Che Guevara. E, depois, algum espírito empreendedor de uma qualquer
marca comercial de vestuário... Mas a maior surpresa da sua biografia,
agora dada à estampa, em livro, pela pena do jornalista Paulo Moura
(Otelo, o Revolucionário, da D. Quixote, a lançar no próximo dia 25) é,
afinal, uma história de amor.
Excessivo, inconvencional, indisciplinado, romântico, Otelo levou para a
vida pessoal a transgressão que, nos anos da Revolução, o tornaram
célebre. Na página 13 do livro de Paulo Moura, logo a abrir, o autor
revela-nos a outra faceta do revolucionário: "Sente-se bem em família.
Tanto, que tem duas. Casou cedo, com uma colega de liceu. Mais tarde, na
prisão, teve outro amor. Não foi capaz de abandonar a primeira mulher,
nem a segunda. (...) Otelo assume as suas duas mulheres. Aparece em
público com elas, não mente a nenhuma, trata-as por igual. Também nisso é
organizado. De segunda a quinta vive numa casa; sexta, sábado e domingo
passa-os na outra."
Boca do Inferno - Ricardo Araújo Pereira 'Otelo, o Revolucionário': recensão crítica da primeira página
A higiene pessoal desvenda a personalidade do biografado. Na de Otelo, reconhecemos o ímpeto transformador do revolucionário
Só li ainda a primeira página da nova biografia Otelo, o
Revolucionário, de Paulo Moura. Não por falta de tempo, mas porque a
primeira página do livro oferece tanto material para reflexão que ainda
não me sinto preparado para avançar na leitura. A primeira frase é
esta: "Otelo demora, todos os dias, cerca de duas horas na casa de
banho, a tratar da higiene pessoal." Sou um velho apreciador de
biografias que investigam os hábitos de higiene do biografado. Gostei
de saber, por Walter Isaacson, que Steve Jobs cheirava tão mal que foi
colocado no turno da noite, quando trabalhava na Atari, para incomodar
menos. Ou que gostava de andar descalço e enfiar os pés na sanita da
casa de banho privada do seu gabinete, para refrescar. É natural que
uma pessoa desenvolva capacidades especiais para inventar aparelhos que
permitem comunicar à distância quando percebe que os outros evitam
aproximar-se. Era tomar banho ou inventar o iPhone. Jobs optou pela
segunda. Também descobri com interesse que os dentes de Mao Tse Tung,
de tão sujos, se revestiam de uma película verde e as suas gengivas
vertiam pus. Percebi então que a autocrítica maoísta não abrangia a
higiene oral, facto que nenhum manual de ciência política ensina.
Otelo rompe com esta tradição de biografados badalhocos - e de que
maneira. De acordo com o relato de Paulo Moura, que exibe marcas
extremamente inquietantes de testemunho ocular, Otelo começa por tomar
um "duche demorado e meticuloso. Depois limpa-se, com igual minúcia, e
dá início ao tratamento capilar integral. Com um curto ancinho de
plástico, uma pequena carda adequada, remove as pilosidades corporais
que vão caindo. A seguir escova os abundantes pelos do peito, costas,
pernas, etc. Usa uma vassourinha própria (...). Após esta operação,
certas zonas da pele podem estar a precisar de uma limpeza adicional.
Otelo procede então à lavagem localizada, servindo-se de várias águas.
Depois, nu, em frente ao espelho, com a porta aberta, faz a barba. Como é
espessa, exige várias passagens da lâmina, o que torna frequentes os
ferimentos".
Mais uma vez, a higiene pessoal desvenda a personalidade do biografado.
Na de Otelo, reconhecemos o ímpeto transformador do revolucionário,
aqui dedicado a modificar a paisagem corporal. Otelo mune-se de um
curto ancinho (utensílio próprio do campesinato) e de uma vassourinha
(ferramenta do operariado menos qualificado). Há um cheirinho a reforma
agrária no ato de desembaraçar a pelagem do corpo com um ancinho. E o
processo termina com derramamento de sangue, circunstância que um
revolucionário, por vezes, não consegue evitar. Por outro lado, a higiene pessoal de
Otelo revela-o também como um homem do seu tempo. Recordo que "escova
os abundantes pêlos do peito, costas, pernas, etc." Ou seja, trata-se
de um homem sem tabus. Começa por dedicar a devida atenção aos pelos do
peito, costas e pernas, mas não deixa de escovar os pelos do etc. E
tudo isto é feito "com a porta aberta". Aberta para onde? Para o
futuro, digo eu.
Forças Populares 25 de Abril (FP-25) foram uma organização armada clandestina de extrema-esquerda que operou em Portugal entre 1980 e 1987.
Parte significativa dos seus militantes procediam das antigas Brigadas Revolucionárias e, ainda que em menor número, da LUAR e da ARA.
Entre 1980 e 1987, as FP 25 foram diretamente responsáveis por 13
mortes - às quais acrescem ainda as mortes de 4 dos seus operacionais -
dezenas de atentados a tiro e com explosivos e de assaltos a
bancos,viaturas de transporte de valores, tesourarias da fazenda pública
e empresas.
No plano legal o julgamento dos atos imputados à organização foi
incompleto, quer por prescrição de alguns dos processos, quer pela
dificuldade em identificar os autores materiais dos factos. A figura mais conhecida vinculada às FP-25 foi Otelo Saraiva de Carvalho.
Cronologia das FP-25 Março de 1980 - formação da coligação Força de Unidade Popular; 20 de abril de 1980 -
apresentação pública da organização Forças Populares 25 de Abril com o
rebentamento por todo o país de dezenas de engenhos explosivos de fraca
potência contendo o documento “Manifesto ao Povo Trabalhador”; Maio de 1980 - assalto
simultâneo a dois bancos no Cacém que resulta na morte do soldado da
GNR Henrique Hipólito durante a confrontação com elementos da
organização; Maio de 1980 - morte do militar
da GNR Agostinho Francisco Ferreira durante a detenção de elementos de
um comando da organização em Martim Longo, Algarve; Maio de 1980 - atentado frustrado com explosivos em Bragança; Julho de 1980 - destruição por incêndio de viaturas da PSP; Julho de 1980 - assalto à Conservatória do Registo Civil de Vila Nova de Gaia para roubo de impressos para bilhetes de identidade; Setembro de 1980 - rebentamento de explosivos no consulado e na embaixada do Chile respetivamente no Porto e em Lisboa; Outubro de 1980 - rebentamento
de explosivos nas sedes dos ex-Comandos em Faro e Guimarães; esta
associação era considerada pelas FP-25 como a tropa de choque das
desocupações de terras no Alentejo; Outubro de 1980 - assalto
simultâneo a dois bancos na Malveira na sequência do qual são mortos
dois elementos da organização (Vítor David e Carlos Caldas) e um
cliente de um dos bancos (José Lobo dos Santos), ficando ainda feridos
dois elementos da população local; Inicio de 1981 - atentado com explosivos na filial do Banco do Brasil em Lisboa que causa um ferido; Março de 1981 - ferimentos
ligeiros num comerciante da Malveira (Fernando Rolo) acusado de ser o
autor dos disparos que causam a morte de um dos elementos da
organização aquando de um assalto frustrado naquela povoação em outubro
do ano anterior; Março de 1981 - disparos nas pernas de um dos administradores da empresa SAPEC, no Dafundo, na sequência de conflitos laborais na empresa; Março de 1981 - assalto a um banco na Trofa; Abril de 1981 - ação de
solidariedade para com o Exército Republicano Irlandês, cuja bandeira é
hasteada numa sucursal da British Airways no Porto; Maio de 1981 - disparo de um rocket no interior do Royal British Club em Lisboa, em solidariedade com o Exército Republicano Irlandês; Julho de 1981 - disparos sobre o
diretor-delegado da empresa Standard Eléctrica em Cascais
causando-lhe ferimentos ligeiros; na mesma ação é ferido o seu
motorista; a ação é justificada pela organização como uma resposta aos
despedimentos e conflitos laborais que afetavam a empresa; Julho de 1981 - roubo de explosivos de uma empresa de construção, nos arredores de Coimbra; Julho de 1981 - assalto a um banco de Vila da Feira; Meados de 1981 - assalto a um banco de Leça do Balio; Outubro de 1981 - disparos nas
pernas de um administrador da empresa Carides, em Vila Nova de
Famalicão; a ação é justificada como uma resposta aos salários em
atraso e aos despedimentos efetuados na empresa; Outubro de 1981 - morte de dois
militares (Adolfo Dias e Evaristo Ouvidor da Silva) da GNR vitimas da
explosão de um carro armadilhado em Alcaínça, arredores da Malveira; a
acção inseria-se ainda no processo de retaliação relativo às mortes de
dois elementos (Vítor David e Carlos Caldas) da organização num assalto
a um banco desta localidade; Outubro de 1981 - morte de um
elemento da organização (António Guerreiro) na sequência de um assalto a
um banco na Póvoa de Santo Adrião; no mesmo assalto é morto um
transeunte (Fernando de Abreu) que, armado de pistola, faz frente aos
elementos da organização; Dezembro de 1981 - atentado com explosivos ao posto da GNR de Alcácer do Sal; Finais de 1981 - atentados com explosivos nos postos da GNR do Fundão e da Covilhã; Janeiro de 1982 - atentado com explosivos ao posto da GNR do Cacém; Janeiro de 1982 - atentado com explosivos à residência de um industrial no Cacém; Janeiro de 1982 - assalto a uma carrinha de transporte de valores; Abril de 1982- atentados com explosivos sobre o automóvel e a residência de dois administradores da empresa SAPEC; Junho de 1982 - disparos sobre a viatura onde se deslocavam dirigentes da cooperativa “Boa Hora”; Agosto de 1982 - atentado com explosivos colocados numa viatura, em Montemor-o-Novo; Outubro de 1982 - assalto a um banco em Pataias; Outubro de 1982 - assalto a um banco em Cruz da Légua; Outubro de 1982 - assalto a uma empresa de Vila Nova de Gaia; Dezembro de 1982 - um militante da organização evade-se da cadeia de Pinheiro da Cruz, em Grândola; Dezembro de 1982 - atentado
mortal sobre o administrador da Fábrica de Louças de Sacavém,
Diamantino Monteiro Pereira, em Almada; a organização justifica a ação
como uma resposta aos graves conflitos laborais e despedimentos
verificados na empresa; Janeiro de 1983 - elementos da organização libertam da prisão um militante das FP-25, em Coimbra; Fevereiro de 1983 - assalto a um banco em Espinho; Fevereiro de 1983 - assalto a um banco no Carregado; Abril de 1983 - assalto a um banco no Tramagal; Junho de 1983 - assalto a uma empresa; Agosto de 1983 - assalto a um banco de Matosinhos; Setembro de 1983 - assalto a uma empresa, em Pereiró; Novembro de 1983 - atentado com explosivos ao posto da GNR de Leiria; Novembro de 1983 - atentado com explosivos visando um administrador da empresa Cometna; Novembro de 1983 - atentados com explosivos em residências de empresários na Cruz de Pau e Seixal; Dezembro de 1983 - atentado com explosivos a instalações bancárias em Leiria e Caldas da Rainha; Dezembro de 1983 - rebentamento de engenhos explosivos com difusão de panfletos em Setúbal; Janeiro de 1984 - assalto a um banco em Caneças; Janeiro de 1984 - atentado com explosivos visando administradores das empresas Entreposto, Tecnosado e Tecnitool; Janeiro de 1984 - atentado a tiro contra a residência do administrador da empresa Ivima, na Marinha Grande; Janeiro de 1984 - assalto a uma
viatura de transporte de valores na Marinha Grande que resulta em
ferimentos graves (paraplegia num dos casos) em dois dos seus
ocupantes; Fevereiro de 1984 - atentados com explosivos visando empresários na Covilhã e Castelo Branco; Fevereiro de 1984 - assalto a uma carrinha de transporte de valores que resulta no roubo de 108.000 contos, em Lisboa; Abril de 1984 - atentado com explosivos em Évora; Abril de 1984 - atentado com
explosivos na residência de um agricultor em S. Manços, Alentejo; os
efeitos da explosão provocam a morte de uma criança de 4 meses de idade
(Nuno Dionísio); Maio de 1984 - sabotagem da Estrada Nacional nº1 através do lançamento de pregos na via; Maio de 1984 - atentado mortal
contra o administrador da empresa Gelmar, Rogério Canha e Sá, em Santo
António dos Cavaleiros; a ação é justificada pela organização como uma
resposta aos sucessivos despedimentos e falências registados não só na
Gelmar como em outras unidades fabris onde o referido administrador
havia exercido funções; Junho de 1984 - atentado a
tiro, causando ferimentos graves, contra o administrador Arnaldo
Freitas de Oliveira, da empresa Manuel Pereira Roldão, em Benfica; a
organização justifica a ação, que deveria resultar na morte do
referido administrador, como uma punição pelas alegadas irregularidades
e despedimentos verificados na referida empresa; Junho de 1984 - operação
policial ‘Orion’ destinada a desmantelar a organização e da qual
resultaria a detenção de cerca de quarenta pessoas a maior parte das
quais militantes e dirigentes da Frente de Unidade Popular; Agosto de 1984 - atentado
frustrado com explosivos numa serração de Proença-a-Nova resultando em
ferimentos graves no elemento da organização que se preparava para os
colocar; Setembro de 1984 - disparos
sobre o posto da GNR de Barcelos na sequência de uma carga desta força
policial sobre populares que se manifestavam contra a poluição emitida
por uma fábrica de barros contígua;
Setembro de 1984 - disparos nas
pernas do proprietário da empresa Cerâmica Modelar, António Liquito,
em Barcelos; a organização justifica a ação como uma punição pela
recusa do empresário em regularizar uma situação de emissão de resíduos
que afetava a população local;
Setembro de 1984 - atentado com explosivos na residência de um agrário, no Alentejo; Setembro de 1984 - atentados com explosivos em residências de agrários em Montemor-o-Novo; Setembro de 1984 - atentado com explosivos na Penitenciária de Coimbra; Janeiro de 1985 - ataque falhado com granadas de morteiro contra navios da NATO ancorados no rio Tejo, em Lisboa; Março de 1985 - atentado mortal
sobre o empresário da Marinha Grande, Alexandre Souto, levado a cabo
no recinto da Feira Internacional de Lisboa; a organização justifica a
acção como uma resposta à morte de um sindicalista da Marinha Grande
alegadamente morto pelo empresário na sequência de uma disputa pessoal; Abril de 1985 - na sequência de
uma operação da Polícia Judiciária perto da Maia, são detidos três
operacionais da organização e um quarto (Luís Amado) é morto a tiro; Julho de 1985 - atentado mortal sobre um dos ‘arrependidos’ da organização (José Barradas), no Monte da Caparica, Almada; Setembro de 1985 - fuga do Estabelecimento Prisional de Lisboa de um grupo de presos da organização; Fevereiro de 1986 - atentado
mortal sobre o Diretor-geral dos Serviços Prisionais, Gaspar Castelo
Branco, em Lisboa; a ação é justificada pela organização como uma
resposta às duras condições de detenção dos seus militantes e à alegada
intransigência dos Serviços Prisionais na pessoa do seu
Diretor-geral; Abril de 1986 - disparos sobre a
esquadra da PSP dos Olivais em retaliação pelos alegados maus tratos
aí sofridos por um elemento da organização aquando da sua detenção;
desta acção resulta um ferido ligeiro; Setembro de 1986 - atentado com
explosivos a um empreendimento turístico no Algarve; esta ação é
reivindicada pela ORA (Organização Revolucionária Armada) um grupo
formado por dissidentes das Forças Populares 25 de Abril; Agosto de 1987 - morte do agente da Polícia Judiciária Álvaro Militão durante a detenção de elementos da organização, em Lisboa; Meados de 1992 - detenção dos últimos militantes ainda clandestinos; 1996 - É aprovada pela Assembleia da República e promulgada por Mário Soares, então Presidente da República, uma amnistia relativa ao caso FUP-FP-25, amnistia que exclui os chamados "crimes de sangue".
A Força de Unidade Popular (FUP), foi um partido políticoportuguês, fundado em 1980 e extinto em 2004.
Fundado pelo major Otelo Saraiva de Carvalho
na área do "socialismo participado", defendia nos seus estatutos,
"promover a unidade popular no seio do povo português para a construção
do Socialismo" e "praticar a solidariedade com todos os povos do mundo
que lutam pela sua libertação e pelo Socialismo".
Nunca concorreu a eleições, tendo apoiado Otelo Saraiva de Carvalho às eleições presidenciais de 1980, onde este obteve um resultado desastroso, com somente 85.896 votos (1,49%).
O Óscar fez uma revolução. Houve quem
pensasse que o fazia pelo País. Engano. Rapidamente se tornou conhecido
por emitir mandatos de captura em branco, discricionários e sem
critério. O País generoso, perdoou-lhe as loucuras do PREC, mas logo
Óscar achou que o poder era seu por direito e voltou a aterrorizar.
Desta vez contra a democracia, com mais sangue e cobardia. Com o seu
gang de revolucionários, Óscar assaltou bancos, e assassinou 17 pessoas
e chantageou o Estado de direito.
O País foi novamente magnânimo e
perdoou-lhe por algo, do qual ele nunca se arrependeu. Até o promoveu.
Passou-lhe um salvo conduto vitalício, o que lhe permite dizer as
maiores atrocidades, ter eco na imprensa, sem que haja alguém a lembrar
o seu cadastro.
Óscar não foi generoso nem tão pouco
corajoso, foi muito pouco inteligente e nunca se retratou. Óscar
continua a achar-se acima da lei. Já o Estado, não pode permitir que
haja cidadãos, mesmo que intelectualmente indigentes, mas não
inimputáveis, digam atrocidades e incitem a motins e revoluções.
Um Estado pequeno não implica que seja
fraco. Mas, se a justiça não reage e não funciona, deixa fragilidades
com marcas profundas e difíceis de curar.
Dias contados Uma anedota chamada Otelo por ALBERTO GONÇALVES - 13 novembro 2011
Antes de 1974, o capitão Otelo Saraiva de Carvalho serviu
diligentemente a ditadura salazarista. Após o 25 de Abril, de que ele
próprio foi operacional destacado, ajudou a impor uma ditadura
comunista. Derrotada esta no 25 de Novembro de 1975, prosseguiu a
defesa dos macaquinhos que lhe habitam o sótão quase sozinho e
literalmente à bomba até ser preso. Hoje, seria de esperar que duas
tiranias, um golpe de Estado e uma apreciável incursão pelo terrorismo,
satisfizessem as ambições profissionais do major Otelo Saraiva de
Carvalho, que aproveitaria o Outono da vida para contemplar o passado heroico e gozar de uma reforma pacífica. Evidentemente, não satisfazem.
Há homens que não sossegam enquanto um único dos seus semelhantes
estiver privado de exercer o direito de voto. O tenente-coronel Otelo
Saraiva de Carvalho não é desses. O que o aflige é justamente a
possibilidade de os semelhantes escolherem os respetivos destinos em
liberdade. Parafraseando As Vinhas da Ira, onde houver o vestígio de um
sistema democrático, o coronel Otelo Saraiva de Carvalho lá irá tentar
acabar com ele. Ou pelo menos fica no sofá de casa a pedir a outros
que o façam.
A última do brigadeiro Otelo Saraiva de Carvalho é aquela espécie de
entrevista na qual explica que "os militares têm a tendência para
estabelecer um determinado limite à atuação da classe política", que o
poder político "está próximo de exceder os limites aceitáveis", que,
"ultrapassados os limites", os militares devem "fazer uma operação
militar e derrubar o Governo", e que "bastam 800 homens".
Em troca, alguém de bom senso deveria explicar ao general Otelo Saraiva
de Carvalho que, grosso modo, a coisa funciona ao contrário. Os
limites da política são decididos pela Constituição e pela lei. O poder
militar está submetido ao político. O poder político, tontinho que
seja, está submetido ao voto dos cidadãos e não aos apetites de 800
hipotéticos valentes. As sugestões em causa configuram o crime de
incitação à violência. Etc.
Pensando melhor, não vale a pena. Há muito, provavelmente desde sempre,
que o marechal Otelo Saraiva de Carvalho se encontra além da
racionalidade, da imputabilidade e da paciência. Evangelizá-lo na
exata democracia que lhe permite ostentar os delírios seria tão inútil
quanto pregar o feminismo aos aiatolas. Mais do que um déspota falhado
e arcaico, o sr. Otelo é uma anedota, só perigosa na medida em que
alguns ainda a ouvem sem se rir.
Como autor, compositor e cantor,
personifica perfeitamente a sua música “O Homem dos Sete
Instrumentos”. Multifacetado, representou já em filmes, séries
televisivas e peças teatrais. A dramaturgia surge com a assinatura de algumas peças de teatro assumindo-se também como realizador.
Biografia
Sérgio Godinho nasceu em 1945, no Porto. Com apenas 18 anos de idade parte para o estrangeiro. Primeiro destino: Suíça, onde estuda Psicologia durante dois anos. Mais tarde muda-se para França. Vive o Maio de 68 na capital francesa. No ano seguinte integra a produção francesa do musical "Hair", onde se mantém por dois anos. Em Paris priva com outros músicos portugueses, como Luís Cília e José Mário Branco. Sérgio Godinho ensaiava então as suas primeiras composições, na altura em francês.
Em 1971 participa no álbum de estreia a solo de José Mário Branco,
"Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades", como músico e como autor de
quatro das letras. Em 1971 faz a sua estreia discográfica com a edição
do EP "Romance de Um Dia na Estrada" e do seu primeiro longa-duração,
"Os Sobreviventes". Três dias após a sua edição é interditado, depois
autorizado, depois novamente interditado. O disco é eleito "Melhor
Disco do Ano" e Godinho recebe o prémio da Imprensa para "Melhor Autor
do Ano".
Em 1972, Sérgio apresenta um novo álbum, "Pré-Histórias", que inclui um dos temas mais emblemáticos da sua carreira: "A Noite Passada". Colabora como letrista no álbum "Margem de Certa Maneira" de José Mário Branco.
Em 1973 muda-se para o Canadá, onde casa com Shila, colega na companhia de teatro The Living Theatre. Integra a companhia de teatro Génesis. Estabelece-se numa comunidade hippie em Vancouver, e é aqui que recebe a notícia da revolução do 25 de abril, que o leva a regressar a Portugal. Já em terras lusitanas, edita o álbum À queima-roupa (1974) um sucesso que o faz correr o país, atuando em manifestações populares, frequentes no pós 25 de abril.
Tendo regressado a Portugal após a revolução democrática do 25 de abril
de 1974, Sérgio Godinho tornou-se autor de algumas das canções mais
unanimemente aclamadas da música portuguesa - "Com Um Brilhozinho Nos Olhos", "O Primeiro Dia", "É Terça-Feira", apenas para citar três.
Em 1975 participa, com José Mário Branco e Fausto, na banda sonora do filme de Luís Galvão Teles, "A Confederação". No ano seguinte escreve a canção-tema do filme de José Fonseca e Costa "Os Demónios de Alcácer Quibir", onde participa como ator. O tema viria a ser incluído no seu novo álbum, "De Pequenino se Torce o Destino" (1976).
Em 1977 colabora em dois temas da banda sonora do filme "Nós Por Cá Todos Bem", realizado por Fernando Lopes. O seu quinto álbum de originais, "Pano-cru",
é editado no ano seguinte. Em 1979 é editado o álbum "Campolide". O
disco viria a ser premiado com o "Prémio da Crítica Música & Som"
para melhor álbum de música portuguesa desse ano.
Em 1980 volta a colaborar com o realizador José Fonseca e Costa, desta vez no clássico do cinema português, "Kilas, o Mau da Fita". O álbum com a banda sonora do filme é editado nesse mesmo ano. "Canto da Boca", novo álbum de originais, é também editado em 80, tendo recebido o prémio de "Melhor Disco Português do Ano", atribuído pela Casa da Imprensa e, ainda, o Sete de Ouro para o "Melhor Cantor Português do Ano".
Em 1983, no seu álbum "Coincidências", incluiu temas compostos em
parceria com alguns dos mais reputados músicos brasileiros - nomes como Chico Buarque, Ivan Lins ou Milton Nascimento - algo até então inédito na produção musical portuguesa.
Nos seis anos que se seguiram, Sérgio Godinho gravou mais três álbuns
de originais - "Salão de Festas", "Na Vida Real" e "Aos Amores". Foi
também editada a coletânea "Era Uma Vez Um Rapaz" (1985) e o álbum para
crianças "Sérgio Godinho Canta com os Amigos do Gaspar" (1988).
Em 1990 apresentou o espetáculo "Sérgio Godinho, Escritor de Canções",
onde revisitou as suas músicas sob uma nova perspetiva - apenas dois
músicos acompanhantes e num auditório mais pequeno, neste caso o
Instituto Franco-Português, onde fez 20 espetáculos de grande êxito.
Desses espetáculos saiu o álbum ao vivo "Escritor de Canções".
Foi autor da série "Luz na Sombra", exibida pela RTP 2 no verão de
1991, onde abordou seis programas sobre algumas das profissões menos
conhecidas do mundo da música: letristas, técnicos de som, produtores,
etc. Em 1992 realizou três filmes de ficção, de meia hora cada, com
argumento e música igualmente seus. Estes filmes, com o título genérico
de "Ultimactos", foram produzidos para a RTP, que os exibiu em 1994.
Escreveu ainda "O Pequeno Livro dos Medos", obra infanto-juvenil, que também ilustrou.
Voltou à música em 1993 com o disco "Tinta Permanente" e o espetáculo
"A Face Visível", ambos merecedores dos maiores elogios da crítica e do
público.
Em novembro de 1995 é editado o disco "Noites Passadas", que foi
gravado ao vivo em três espetáculos realizados no Teatro S. Luiz, em
novembro de 1993, e no Coliseu de Lisboa, em novembro de 1994. Neste ano
de 1995, Sérgio Godinho é convidado por Manuel Faria a participar na compilação de Natal "Espanta Espíritos" com o tema original "Apenas um Irmão" em dueto com PacMan (vocalista da banda Da Weasel).
Em junho de 1997 é editado o disco "Domingo no Mundo",
disco que conta com a participação de músicos e arranjadores de
diferentes áreas musicais: (Pop, Rock, Popular, Erudita e Jazz). O disco
foi apresentado com enorme êxito no teatro Rivoli do Porto e no
Coliseu de Lisboa, nos espetáculos de nome "Godinho no mundo".
Em 1998 foi editado o álbum "Rivolitz", gravado ao vivo nos espetáculos do Teatro Rivoli e no Ritz Clube, em Lisboa.
Em 2000 Sérgio Godinho volta com o disco “Lupa”, com dez canções originais e produção de Hélder Gonçalves e Nuno Rafael.
O disco é apresentado ao vivo, em novembro desse ano, com dois
espetáculos em Lisboa, no Centro Cultural de Belém, e um no Coliseu do
Porto, tendo os três concertos obtido um grande sucesso.
2001 é o ano dos 30 anos de carreira. O aniversário é marcado pelo
lançamento em 2001 de “Biografias do Amor”, uma coletânea de canções de
amor, e de “Afinidades”, uma gravação dos espetáculos em conjunto com
os Clã. Em 2003 é lançado o disco “Irmão do Meio” onde Sérgio Godinho
junta alguns amigos com quem partilha 15 canções. Entre muitos outros
artistas participam neste disco Camané, Da Weasel, Jorge Palma, Teresa Salgueiro, Tito Paris, Xutos e Pontapés e alguns grandes nomes da música popular brasileira.
"Ligação Directa" foi álbum de originais que se seguiu. Editado a 23 de
outubro de 2006, pôs termo a um interregno de 6 anos durante o qual o cantautor não
produzira novos discos de originais. O álbum é composto por 10 temas,
todos da autoria de Sérgio Godinho, com exceção de "O Big-One da
Verdade", cuja música é de Hélder Gonçalves (dos Clã), e de "O Ás da
Negação", cuja música é de Nuno Rafael. Nuno Rafael foi também
responsável pela produção e direção musical do álbum, que conta ainda
com a participação de Manuela Azevedo, Hélder Gonçalves, Joana Manuel,
Tomás Pimentel, Nuno Cunha, Jorge Ribeiro e Jorge Teixeira como músicos
convidados.
12 de setembro de 2011 marcou o seu regresso aos discos de originais,
com "Mútuo Consentimento". Com o habitual grupo de Assessores - os
músicos que o acompanham há vários anos - Sérgio Godinho gravou 12 novas
canções, que resultaram do seu método habitual de composição, ao
longo dos 40 anos de carreira: "Olhar à volta e ver o que se passa",
disse o músico.
"Eu o que faço é tentar contar coisas, falar de coisas, fazer
interrogações à minha maneira e saber que há pessoas que são tocadas por
isso", sublinhou o cantautor, hoje com 66 anos. Essas
interrogações são "contos de um instante", como canta numa das canções
do novo disco, e tanto podem falar de amor ("Intermitentemente"), como
da situação do país e das incertezas do presente ("Acesso
bloqueado").
Em 2018, com 72 anos, regressou com o disco de originais "Nação
Valente". As letras são todas da sua autoria, mas em apenas duas é
também autor da música: as restantes composições resultam de
colaborações com José Mário Branco, Hélder Gonçalves, Nuno Rafael, Pedro
da Silva Martins e Filipe Raposo.
La Tomatina es una fiesta que se celebra en el municipio valenciano de Buñol (España). Se celebra siempre el último miércoles del mes de agosto, dentro de la semana de fiestas de Buñol y consiste en que los participantes se arrojan tomates los unos a los otros.
Mikhail Sergeevitch Gorbatchov ou Gorbachev (Stavropol, 2 de março de 1931 - Moscovo, 30 de agosto de 2022) foi um estadista e político russo. Oitavo e último líder da União Soviética, foi Secretário-Geral do Partido Comunista da União Soviética
(PCUS) de 1985 a 1991. Foi chefe de Estado do país de 1988 a 1991, na
posição de Presidente do Presidium do Soviete Supremo de 1988 a 1989,
Presidente do Soviete Supremo de 1989 a 1990 e Presidente da União
Soviética de 1990 a 1991. Ideologicamente, a sua identificação inicial era
com os ideais marxistas-leninistas, tendo, entretanto, no início da década de 90, se inclinado para a social democracia.
De origens russas e ucranianas, Gorbatchov nasceu em Privolnoye, Krai de Stavropol, numa família pobre camponesa. Nascido e criado durante o governo de Estaline, operava ceifeiras numa fazenda coletiva durante a sua juventude, antes de filiar-se no Partido Comunista, que, à época, governava a União Soviética sob um regime unipartidário de orientação marxista-leninista. Durante os seus estudos na Universidade Estatal de Moscovo, casou-se com sua colega de faculdade Raíssa Titarenko em 1953, dois anos antes de formar-se em Direito. Ao mudar-se para Stavropol, trabalhou para a Komsomol, organização juvenil do PCUS e, após a morte de Estaline, tornou-se um forte apoiante das reformas desestalinizadoras do líder soviético Nikita Khrushchov.
Foi nomeado Primeiro Secretário do Comité Regional de Stavropol do PCUS
em 1970, posição na qual supervisionou a construção do Grande Canal de
Stavropol. Em 1978, retornou a Moscovo para tornar-se Secretário do Comité Central do PCUS e, em 1979, entrou para o Politburo. Após os três anos que se seguiram desde a morte do líder soviético Leonid Brezhnev, após os breves governos de Yuri Andropov e Konstantin Chernenko, o Politburo elegeu Gorbatchov Secretário-Geral, tornando-o chefe de governo de facto, em 1985.
Apesar de seu compromisso de preservar o estado soviético e seus
ideais socialistas, Gorbatchov acreditava que reformas políticas
significativas eram necessárias, especialmente após o acidente nuclear de Chernobyl de 1986. Ordenou a retirada soviética da Guerra do Afeganistão e participou de diversos encontros com o presidente dos Estados UnidosRonald Reagan para limitar a proliferação de armas nucleares e acabar com a Guerra Fria. No que diz respeito à política interna, implementou a glasnost ("transparência"), política que aumentava as liberdades de expressão e imprensa, e a perestroika
("reestruturação"), política que objetivava descentralizar a tomada de
decisões no âmbito económico, com o propósito de aumentar a eficiência
económica. Suas medidas democratizantes e a formação do Congresso dos
Deputados do Povo enfraqueceram o sistema estatal unipartidário.
Gorbatchov recusou-se a intervir militarmente nos vários países do Bloco do Leste
que abandonaram as suas orientações marxistas-leninistas nos anos de 1989 e
1990. Um sentimento nacionalista crescente ameaçava o colapso da União
Soviética, levando partidários marxistas-leninistas a tentarem um golpe de Estado contra o governo de Gorbatchov em agosto de 1991. Subsequentemente, houve a dissolução da União Soviética
contra o desejo de Gorbatchov, levando-o a renunciar em dezembro.
Após deixar o cargo, criou a Fundação Gorbatchov, tornou-se crítico dos
governos dos presidentes russosBoris Yeltsin e Vladimir Putin, e fez campanha pelo movimento social-democrata russo.
Considerado uma das figuras mais importantes da segunda metade do
século XX, Gorbatchov continua uma figura controversa. Galardoado com
um grande número de prémios, incluindo o Prémio Nobel da Paz,
foi amplamente elogiado por seu papel pelo fim da Guerra Fria, pela
redução dos abusos de direitos humanos na União Soviética e por sua
tolerância tanto à queda dos governos socialistas do leste europeu quanto à reunificação da Alemanha.
Por outro lado, na Rússia, é constantemente escarnecido por não ter
impedido o colapso soviético, evento que resultou num declínio da
influência russa no mundo e precedeu uma crise económica.
Descoberto fóssil de dinossauro em Portugal. Pode ser o maior da Europa
Uma das costelas do saurópode tem cerca de três metros de comprimento
Paleontólogos portugueses encontraram o esqueleto fossilizado do que pode ser o maior dinossauro da Europa, em Portugal.
Pensa-se que os restos são os de um saurópode, um dinossauro herbívoro
de 12 metros de altura e 25 metros de comprimento que habitava a Terra
há cerca de 150 milhões de anos, segundo a Phys Org.
“É uma das maiores espécies descobertas na Europa,
talvez no mundo”, sublinhou Elisabete Malafaia, paleontóloga da
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa à AFP, esta
segunda-feira.
Os ossos foram descobertos por investigadores portugueses e espanhóis
no jardim de uma casa perto de Pombal, no centro de Portugal, no início
de agosto.
Entre os ossos recolhidos, encontraram os restos de uma costela de cerca de três metros de comprimento, acrescentou Malafaia.
Os fósseis foram descobertas pela primeira vez em 2017, enquanto o
proprietário da casa estava a fazer obras no jardim. Na altura,
contactou paleontólogos que apenas desenterraram parte do fóssil do
dinossauro no início deste mês e têm vindo a examiná-lo desde então.
Os saurópodes têm pescoços e caudas longos
e encontram-se entre os maiores animais que alguma vez viveram.
Pensa-se que os fósseis descobertos no Monte Agudo, em Pombal, são os de
um braquiossauro que viveu durante o período do Jurássico Superior.
O facto de as vértebras e costelas terem sido encontradas no mesmo
local e na posição em que teriam estado na anatomia do dinossauro é “relativamente raro“, explicou Malafaia. A equipa vai realizar mais escavações nos próximos meses.
“A investigação no sítio de Monte Agudo confirma que a região de
Pombal tem um importante registo fóssil de vertebrados Jurássicos
tardios, que nas últimas décadas proporcionaram a descoberta de
materiais abundantes e muito significativos para o conhecimento das
faunas continentais que habitavam a Península Ibérica há cerca de 145
milhões de anos”, conclui Elisabete Malafaia.
Nascido canadiano, mudou-se ainda criança para Santa Monica, na Califórnia, e tornou-se cidadão norte-americano em 1939.
Ford é mais conhecido pelos seus papéis como cow-boy em filmes do faroeste e como um homem normal em circunstâncias incomuns. A sua carreira de ator começou no palco e seu primeiro grande papel no cinema foi em 1939, no filme Heaven with a Barbed Wire Fence.
O renome de Michael Jackson entre os apreciadores de cerveja iniciou-se com a publicação de seu livro The World Guide To Beer,
em 1977. Nesta obra ele avalia e descreve detalhadamente um total de
500 marcas clássicas de cervejas. As cervejas listadas no livro
encontram-se organizadas em diferentes estilos e categorizadas com base na
cultura e tradição das regiões onde elas eram originalmente produzidas.
O livro foi posteriormente traduzido para mais de dez idiomas e é considerado até hoje uma das obras fundamentais para conhecer o universo das cervejas e dos seus diferentes estilos.
Também é amplamente aceite que as modernas teorias que tratam dos
diferentes estilos de cerveja, com suas diferenciações entre lagers e ales,
é baseada no trabalho realizado por Jackson neste livro. Foi ele que
introduziu, por exemplo, o termo "fermentação alta" como uma das
principais características das cervejas de tipo ale e de "fermentação baixa" para as cervejas de tipo lager.
O seu trabalho foi uma forte influência no processo de popularização da cultura cervejeira nos Estados Unidos da América
e contribuiu para o aparecimento e disseminação no território
norte-americano de inúmeras microcervejarias, o que levou à
multiplicação dos estilos de cervejas produzidas e consumidas pela
população daquele país.
Ramiro Cecilio Domingo Casabella López, mais conhecido como Miro Casabella,
nasceu em Ferreira do Valadouro, a 30 de agosto de 1946. É um músico
galego, que integrou no início da sua carreira o coletivo “Voces
ceibes” e, posteriormente, o grupo de folclore DOA.
Aleksandr Grigorievitch Lukashenko ou Łukašenka (Kopys, 30 de agosto de 1954) é o atual presidente da Bielorrússia. Eleito pela primeira vez a 20 de julho de 1994 e com mandato até 2001,
foi sendo várias vezes reeleito. O seu governo é muito controverso: os
seus apoiantes afirmam que a sua política económica salvou o país das
piores consequências do capitalismo pós-soviético. Já seus opositores acusam-no de ser um ditator, sendo conhecido inclusive como "o último tirano da Europa". Os Estados Unidos e a União Europeia proibiram a entrega de vistos para si e a sua família.
(...)
Covid-19
O
presidente bielorrusso, negacionista da pandemia de COVID-19, deu um
discurso no qual disse que a doença não é nada grave, que poderia ser
curada com vodka, sauna e trabalho no campo.
Grandes eventos como futebol e hóquei no gelo continuaram com sua
agenda regularmente no país e Lukashenko chegou a dizer que jogar
hóquei protege contra o vírus. "É melhor morrer de pé do que viver de
joelhos! Não há vírus no gelo. Isto é um frigorífico. Eu vivo a mesma
vida que sempre vivi, ainda ontem tive uma sessão de treino com a minha
equipe. Encontrámo-nos, apertámos as mãos, abraçámo-nos, batemos uns nos
outros".
Em 28 de julho de 2020, Lukashenko anunciou que testou positivo para a COVID-19 mas que já estava recuperado.
Nas eleições presidenciais
Logo
após sua reeleição em 2020, depois de 26 anos no poder, os bielorrussos
começaram a protestar, dizendo que as eleições haviam sido fraudulentas.
Segundo a Euronews
em 11 de agosto, "Lukashenko diz que não passam de 'carneiros ao
serviço das potências estrangeiras' e 'querem armar confusão no nosso
país. Avisei que não iriam fazer o mesmo que na Ucrânia, por muito que
queiram fazer isso. As pessoas têm de se acalmar'.
A sua opositora Svetlana Tikhanovskaya pediu a recontagem dos votos, mas teve que deixar o país logo após o pleito, refugiando-se na Lituânia.
Antes, o marido de Svetlana, Sergei Tikhanovsky, um blogger popular,
havia sido impedido de concorrer e enviado para a prisão.
Enquanto isto, Maria Vasilevich, escreveu no seu Instagram que os
protestos deveriam parar. "Aqueles que causam desordem, parem com a
agressão!", escreveu em seu Instagram.
Ligações com a Rússia e a China
Enquanto a União Europeia condenava a repressão aos protestos após as
eleições de 2020, Lukashenko recebeu apoio da República Popular da
China e da Rússia, de quem é aliado.
Em 3 de setembro de 2020, após o governo alemão ter noticiado no dia anterior que o opositor de Putin, Alexei Navalny, havia sido envenenado, Lukashenko disse que "não houve envenenamento de Navalny".
A sua obra inclui uma parte importante da arte barroca e rococó (rocaille) nesta cidade, chegando a envolver alguns dos melhores e mais significativos edifícios do século XVIII
do Porto e arredores. Sobre Nicolau Nasoni subsiste ainda discussão
relativamente a que obras efetivamente projetou, havendo várias aqui
mencionadas cuja autoria suscita dúvidas a vários historiadores de arte.
Mary Shelley foi autora de contos, dramaturga, ensaísta, biógrafa e escritora de literatura de viagens, mais conhecida por seu romance gótico, Frankenstein: ou O Moderno Prometeu (1818). Também editou e promoveu os trabalhos de seu marido, o poeta romântico e filósofo Percy Bysshe Shelley, com quem se casou em 1816, após o suicídio da sua primeira esposa.