terça-feira, maio 12, 2015

O Irmão Roger nasceu há um século...!

Frère Roger (Irmão Roger) (VaudSuíça12 de maio de 1915 - Taizé, França, 16 de agosto de 2005), baptizado Roger Louis Schütz-Marsauche, foi o fundador da Comunidade de Taizé.


segunda-feira, maio 11, 2015

Carlos Lyra nasceu há 79 anos

Carlos Eduardo Lyra Barbosa (Rio de Janeiro, 11 de maio de 1936) é um cantor, compositor e violonista brasileiro. Junto com Roberto Menescal, era uma das figuras jovens da bossa nova. Fez parte de uma bossa nova mais ativista, propondo o retorno do ritmo às suas raízes no samba.
Dentre suas canções mais famosas estão "Maria Ninguém", "Minha Namorada", "Ciúme", "Lobo bobo", "Menina", "Maria moita" e "Se é tarde me perdoa".




domingo, maio 03, 2015

O Princípe Perfeito nasceu há 560 anos



D. João II de Portugal (Lisboa, 3 de Maio de 1455Alvor, 25 de Outubro de 1495) foi o décimo-terceiro Rei de Portugal, cognominado O Príncipe Perfeito pela forma como exerceu o poder. Filho do rei Afonso V de Portugal, acompanhou o seu pai nas campanhas em África e foi armado cavaleiro na tomada de Arzila. Enquanto D. Afonso V enfrentava os castelhanos, o príncipe assumiu a direcção da expansão marítima portuguesa. Sucedeu ao seu pai após a sua abdicação em 1477, mas só ascendeu ao trono após a sua morte, em 1481. Concentrou então o poder em si, retirando-o à aristocracia. Nas conspirações que se seguiram suprimiu o poder da casa de Bragança e apunhalou pelas suas próprias mãos o seu primo Diogo, Duque de Viseu. Governando desde então sem oposição, João II foi um grande defensor da política de exploração atlântica iniciada pelo seu tio-avô Infante D. Henrique, dando prioridade à busca de um caminho marítimo para a Índia para o que ordenou as viagens de Bartolomeu Dias e de Pêro da Covilhã. O seu único herdeiro, o príncipe Afonso de Portugal estava prometido desde a infância a Isabel de Aragão e Castela, ameaçando herdar os tronos de Castela e Aragão. Contudo o príncipe morreu numa misteriosa queda em 1491 e durante o resto da sua vida D. João II tentou, sem sucesso, obter a legitimação do seu filho bastardo Jorge de Lancastre. Em 1494, na sequência da viagem de Cristóvão Colombo, que recusara, negociou o Tratado de Tordesilhas com os reis católicos, morrendo no ano seguinte sem herdeiros legítimos, tendo escolhido para sucessor o duque de Beja, seu primo direito e cunhado, que viria a ascender ao trono como D. Manuel I de Portugal.

(...)
João II morreu em 1495, sem herdeiros legítimos. Dado o ódio que a nobreza portuguesa sempre lhe teve, a hipótese de envenenamento não é de excluir. Antes de morrer, João II escolheu Manuel de Viseu, duque de Beja, seu primo direito e cunhado (era irmão da rainha Leonor) para sucessor.

A rainha Isabel, a Católica, de Castela, por ocasião da sua morte, terá afirmado «Murió el Hombre!», referindo-se ao monarca português como o Homem por antonomásia, devido às posições de força que assumira durante o seu reinado.

Foi-lhe atribuído o cognome o Príncipe Perfeito pois foi graças às medidas por ele implantadas que emergiu triunfante o valor da sua obra, ou seja, a época de ouro de Portugal.


sexta-feira, maio 01, 2015

Há 55 anos o Caso U-2 piorou a Guerra Fria

Francis Gary Powers (17 de agosto de 1929 - 1 de agosto de 1977) foi capitão da Força Aérea dos Estados Unidos. Era o piloto norte-americano do avião espião U-2, abatido a tiros enquanto sobrevoava a União Soviética, em 1960, causando assim a "Crise do U-2".

Nasceu em Burdine, Kentucky, e cresceu em Pound, Virgínia, cidade na fronteira de Virgínia com Kentucky. Depois de graduar-se no Milligan College, Tenesse, Gary alistou-se na Força Aérea dos Estados Unidos, em 1950. Para completar seu treinamento (52-H) foi escalado para o 468º Esquadrão Estratégico de Combate na Base Aérea de Turner, Geórgia, pilotando um F-84 Thunderjet. Foi designado para operações na Guerra da Coreia, mas (de acordo com seu filho) foi recrutado pela CIA por causa de seu extraordinário trabalho com uma aeronave a jato com um único motor, logo depois de recuperar de uma doença. Obteve o posto de Capitão da Aeronáutica em 1956, integrando-se ao programa U-2 da CIA.
Os pilotos do U-2 executavam missões de espionagem em países hostis, inclusive na União Soviética, fotografando sistematicamente instalações militares e outros importantes alvos de inteligência. Powers foi designado para a base área dos U-2 em İncirlik, Turquia. Em virtude do abate de sua aeronave por um míssil de superfície no dia 1 de maio de 1960, ao sobrevoar Sverdlovsk, ele foi condenado por espionagem contra a União Soviética e sentenciado a três anos de prisão e mais sete anos de trabalhos forçados. No entanto, no dia 10 de fevereiro de 1962, vinte e um meses depois da sua captura, ele foi trocado junto com o estudante norte-americano Frederic Pryor, numa operação de troca de espiões pelo coronel soviético Vilyam Fisher da KGB (vulgo Rudolf Abel) na ponte de Glienicke, em Potsdam, Alemanha. Esta troca de prisioneiros seria a primeira de uma série do género ocorrida durante a Guerra Fria.
No seu retorno aos EUA, Powers foi criticado por não ter acionado o dispositivo de auto-destruição da aeronave, nem ter destruído a câmara ou a película fotográfica, e componentes do avião antes de sua captura. Além do mais, outros o criticaram por não usar o equipamento de suicídio opcional criado pela CIA. Tratava-se de um alfinete envenenado, oculto num orifício de uma moeda de um dólar, podendo ser usado para evitar dor e sofrimento em casos de tortura. Depois de ser extensamente interrogado pela CIA, pela Lockheed e pela Força Aérea dos Estados Unidos, em 6 de março de 1962 ele compareceu diante de uma Comissão do Senado dos Estados Unidos sobre Serviços Especiais, presidida pelo Senador Richard Russell e incluindo os Senadores Prescott Bush e Barry Goldwater,  que determinaram que Powers atendesse as seguintes ordens: não divulgasse qualquer informação crítica contra os soviéticos, e se comportasse "como um bom rapaz sob circunstâncias perigosas".
Depois de sua volta, Powers trabalhou para a Lockheed como um piloto de provas de 1963 a 1970. Em 1970, ele co-escreveu um livro sobre o incidente, "Operação de Sobrevoo: Memórias do Caso U-2" ("Operation Overflight: A Memoir of the U-2 Incident").
Ele faleceu em um acidente de helicóptero em Los Angeles, no dia 1 de agosto de 1977, enquanto trabalhava como repórter aéreo para a emissora de televisão KNBC. O acidente de seu helicóptero aparentemente foi causado por um manutenção mal feita no sistema de combustível, que teria sido realizada sem o seu conhecimento. Homenageado por sua esposa Sue e pelos dois filhos Dee e Francis Gary Jr., ele foi sepultado no Cemitério Nacional de Arlington.
Seu filho, Powers Jr., dedicou bastante tempo para ver honrada a memória de seu pai, e trabalhou para criar o Museu da Guerra Fria em Washington, D.C. para mostrar às pessoas a realidade do período de rivalidade entre os EUA e a URSS.
Em 1998, uma informação obtida nos arquivos secretos revelou que a missão fatídica de Powers realmente se tratava de uma operação conjunta da Força Aérea dos Estados Unidos e da CIA. Em 2000, no aniversário de 40 anos do episódio, sua família finalmente foi contemplada com homenagens póstumas concedidas a Powers, a Medalha dos Prisioneiros de Guerra, a Cruz do Mérito da Aviação e a Medalha do Serviço Nacional de Defesa.
Quando perguntado sobre a altura em que voava em 1 de maio de 1960, ele frequentemente respondia, "eu não estava a voar suficiente alto".

sábado, abril 25, 2015

Albert King nasceu há 92 anos

Albert King (Indianola, 25 de abril de 1923 - Memphis, 21 de dezembro de 1992) foi um influente guitarrista e cantor americano de blues. Foi considerado o 13º melhor guitarrista do mundo pela revista norte-americana Rolling Stone.


Ella Fitzgerald nasceu há 98 anos


Ella Jane Fitzgerald (Newport News, 25 de abril de 1917 - Beverly Hills, 15 de junho de 1996) também conhecida como a "Primeira Dama da Canção" (em inglês: First Lady of Song) e "Lady Ella", foi uma popular cantora de jazz dos Estados Unidos. Com uma extensão vocal que abrangia três oitavas, era notória pela pureza de sua tonalidade, sua dicção, fraseado e entonação impecáveis, bem como uma habilidade de improviso "semelhante a um instrumento de sopro", particularmente no scat.
Considerada uma das intérpretes supremas do chamado Great American Songbook, teve uma carreira que durou 59 anos, venceu 14 prémios Grammy e recebeu a Medalha Nacional das Artes do presidente americano Ronald Reagan, bem como a Medalha Presidencial da Liberdade, do sucessor de Reagan, George H. W. Bush.
Muito frequentemente é apontada por críticos e músicos dos Estados Unidos como a maior cantora do século XX.

Manuel Freire - 73 anos

(imagem daqui)

Manuel Augusto Coentro de Pinho Freire (Vagos, 25 de abril de 1942) é um cantor português.

Percurso
Frequentou o ensino liceal em Ovar e Aveiro, chegando a estudar Engenharia, em Coimbra e no Porto, sem se licenciar.
Entrou no Teatro Experimental do Porto, em 1967, aceitando um convite de Fernando Gusmão, onde faz a sua primeira actuação a sério no domínio da canção. Entretanto estreava-se na música, com um EP que continha "Dedicatória", "Eles", "Livre" e "Pedro Soldado", editado em 1968 pela Tecla. O cantor não escapou à censura, vindo a ser proibido o EP com os temas "Lutaremos meu amor", "Trova", "O sangue não dá flor" e "Trova do emigrante" devido a "O sangue não dá flor". É editado um single com os dois primeiros temas.
Em 1969 aparece no programa Zip-Zip onde lança Pedra Filosofal, com poema de António Gedeão, que popularizou e cuja interpretação lhe valeu o Prémio da Imprensa desse ano, em conjunto com Fernando Tordo. Foi distinguido também com o Prémio Pozal Domingues.
No ano de 1971 foi editado o EP "Dulcineia" e o álbum "Manuel Freire" onde aparecem os temas dos primeiros EP's e onde musicou poemas de António Gedeão, José Gomes Ferreira, Fernando Assis Pacheco, Eduardo Olímpio, Sidónio Muralha e José Saramago.
Em 1972 colaborou na banda sonora da longa-metragem de Alfredo Tropa, "Pedro Só". Em 1973 lança o EP com os temas "Abaixo D. Quixote", "Pequenos deuses Caseiros", "Menina Bexigosa" e "ouvindo bethoven". Ainda em 1973 participou no LP "De Viva Voz" de José Jorge Letria, gravado ao vivo também com a participação de José Afonso.
A editora Zip-Zip lança em 1974 o LP "Manuel Freire" com os EP's e singles gravados para aquela editora.
Em 1977 lança um single com os temas "Que Faço Aqui" e "Um Dia" da peça "os emigrantes" de Slawomir Mrozek para o Teatro Experimental do Porto. Contou com a colaboração de Luís Cília no LP "Devolta" de 1978 editado pela Lamiré. Em 26 de janeiro de 1979 revelava ao Diário de Lisboa que pretendia fazer um disco infantil.
Em 1986, o disco lançado pela CGTP-IN, "100 Anos de Maio", inclui a sua música "Cais das Tormentas".
O disco "Pedra Filosofal" é lançado pela Strauss em 1993. Em 1995 actuou na Festa do Avante numa homenagem a Adriano Correia de Oliveira, onde foi acompanhado pela Brigada Victor Jara.
A 9 de junho de 1995 foi feito Oficial da Ordem da Liberdade. Em 1996 recebeu a Medalha de Prata do concelho de Ovar.
"Lágrima de Preta" foi incluído na compilação "Sons de Todas as Cores", de 1997. Colaborou ainda no disco "Florestas Em Movimento", com Carlos Alberto Moniz, patrocinado pela Direcção Geral das Florestas, e na compilação "Pelo sonho é que fomos".
O disco As Canções Possíveis onde canta a poesia de José Saramago, de "Os Poemas Possíveis", foi editado em 1999 pela Editorial Caminho.
Em 2003, no seguimento da contestação a Luiz Francisco Rebello, tornou-se presidente da Direcção da Sociedade Portuguesa de Autores, acumulando com as funções de administrador-delegado até 2007.
Colaborou com José Jorge Letria e Vitorino num CD para crianças acerca da Revolução dos Cravos, intitulado "Abril, Abrilzinho", que foi editado em 2006.


A Revolução de 25 de Abril foi há 41 anos

A Revolução de 25 de Abril, denominada por alguns Revolução dos Cravos, refere-se a um período da história de Portugal resultante de um movimento social, ocorrido a 25 de abril de 1974, que depôs o regime ditatorial do Estado Novo, vigente desde 1933, e iniciou um processo que viria a terminar com a implantação de um regime democrático e com a entrada em vigor da nova Constituição a 25 de abril de 1976, com uma forte orientação socialista na sua origem.
Esta acção foi liderada por um movimento militar, o Movimento das Forças Armadas (MFA), que era composto na sua maior parte por capitães que tinham participado na Guerra Colonial e que tiveram o apoio de oficiais milicianos. Este movimento surgiu por volta de 1973, baseando-se inicialmente em reivindicações corporativistas como a luta pelo prestígio das forças armadas, acabando por atingir o regime político em vigor. Com reduzido poderio militar e com uma adesão em massa da população ao movimento, a resistência do regime foi praticamente inexistente e infrutífera, registando-se apenas 4 civis mortos e 45 feridos em Lisboa, pelas balas da DGS.
O movimento confiou a direção do País à Junta de Salvação Nacional, que assumiu os poderes dos órgãos do Estado. A 15 de maio de 1974, o General António de Spínola foi nomeado Presidente da República. O cargo de primeiro-ministro seria atribuído a Adelino da Palma Carlos. Seguiu-se um período de grande agitação social, política e militar conhecido como o PREC (Processo Revolucionário em Curso), marcado por manifestações, ocupações, governos provisórios, nacionalizações e confrontos militares que, terminaram com o 25 de novembro de 1975.
Estabilizada a conjuntura política, prosseguiram os trabalhos da Assembleia Constituinte para a nova constituição democrática, que entrou em vigor no dia 25 de abril de 1976, o mesmo dia das primeiras eleições legislativas da nova República. Na sequência destes eventos foi instituído em Portugal um feriado nacional, no dia 25 de abril, denominado como "Dia da Liberdade".


Há 40 anos os portugueses elegeram democraticamente um novo parlamento...

(imagem daqui)

A Assembleia Constituinte foi a designação dada à assembleia parlamentar com funções constituintes prevista na Lei n.º 3/74, de 14 de maio, a qual foi eleita por sufrágio universal directo em eleições realizadas a 25 de abril de 1975, com o objectivo específico de elaborar uma nova constituição para a República Portuguesa após a queda do Estado Novo em resultado da revolução de 25 de Abril de 1974. A Assembleia Constituinte concluiu a discussão da nova Constituição a 31 de março de 1976, tendo a mesma sido aprovada em votação final global a 2 de abril do mesmo ano. Promulgada naquele mesmo dia, passou a vigorar como a Constituição da República Portuguesa de 1976. A Assembleia Constituinte, terminados os seus trabalhos, dissolveu-se naquela data, nos termos do n.º 3 do artigo 3.º da Lei que a criou.

Enquadramento jurídico
Pela Lei n.º 2/74, de 14 de maio, assinada pelo general António de Spínola, presidente da Junta de Salvação Nacional saída da Revolução dos Cravos, foram extintas a Assembleia Nacional e a Câmara Corporativa do Estado Novo. Nesse mesmo dia, pela Lei n.º 3/74, de 14 de maio, também emanada da Junta de Salvação Nacional, era definida a estrutura constitucional transitória que vigoraria até à entrada em vigor da nova Constituição.
Por aquela Lei, a Junta de Salvação Nacional, além de publicar em anexo o Programa do Movimento das Forças Armadas Portuguesas, fixava os órgãos que governariam Portugal no período de transição e criava (pelo artigo 3.º da Lei) uma Assembleia Constituinte à qual caberia elaborar e aprovar a nova Constituição Política.
A Assembleia Constituinte deveria aprovar a Constituição no prazo de noventa dias, contados a partir da data da verificação dos poderes dos seus membros, podendo, contudo, esse prazo ser prorrogado por igual período pelo Presidente da República, ouvido o Conselho de Estado. A Assembleia Constituinte dissolvia-se automaticamente uma vez aprovada a Constituição ou decorrido que fosse aquele prazo, devendo, neste segundo caso, ser eleita nova Assembleia Constituinte no prazo de sessenta dias.
A Assembleia Constituinte deveria ser eleita por sufrágio universal, directo e secreto. O número de membros da Assembleia, os requisitos de elegibilidade dos Deputados, a organização dos círculos eleitorais e o processo de eleição seriam determinados pela lei eleitoral.
Cabia ao Governo Provisório nomear, no prazo de quinze dias, a contar da sua instalação, uma comissão para elaborar o projecto de lei eleitoral e elaborar, com base no projecto da comissão referida, uma proposta de lei eleitoral a submeter à aprovação do Conselho de Estado, de modo a estar publicada até 15 de novembro de 1974.
As eleições para Deputados à Assembleia Constituinte deveriam realizar-se até 31 de março de 1975, em data a fixar pelo Presidente da República, sendo a Assembleia Constituinte convocada dentro de quinze dias após a sua eleição.
Aprovada a Constituição, a Assembleia Constituinte dissolveu-se automaticamente, a 2 de abril de 1976.
  
Resultados eleitorais e deputados eleitos
No acto eleitoral realizado a 25 de abril de 1975, para o qual existiam 6.231.372 eleitores inscritos, votaram 5.711.829 (91,66%), tendo-se abstido apenas 519.543 (8,34%). Concorreram 14 partidos e movimentos cívicos, obtendo os seguintes resultados:

Resultados eleitorais nacionais
Resumo das Eleições para a Assembleia Constituinte de Portugal de 1975
Partido Votos Votos (%) Assentos Assentos
(%)
  Partido Socialista 2 162 972
 
37,87%
116 46,4%
  Partido Popular Democrático 1 507 282
 
26,39%
81 32,4%
  Partido Comunista Português 711 935
 
12,46%
30 12%
  Centro Democrático e Social 434 879
 
7,61%
16 6,4%
  Movimento Democrático Português 236 318
 
4,14%
5 2%
  Frente Socialista Popular 66 307
 
1,16%
0 0%
  Movimento de Esquerda Socialista 58 248
 
1,02%
0 0%
  União Democrática Popular 44 877
 
0,79%
1 0,4%
  FEC(m-l) 33 185
 
0,58%
0 0%
  Partido Popular Monárquico 32 526
 
0,57%
0 0%
  Partido de Unidade Popular 13 138
 
0,23%
0 0%
  Liga Comunista Internacionalista 10 835
 
0,19%
0 0%
  Associação para a Defesa dos Interesses de Macau 1 622
 
0,03%
1 0,4%
  Centro Democrático de Macau 1 030
 
0,02%
0 0%
Totais 5 315 154   250  
Votos em Branco 0 0%  
Votos Nulos 396 765 6,95%  
Participação 5 711 919 91,66%  
Fonte: Comissão Nacional de Eleições
Nos termos do Decreto-Lei n.º 137-E/75, de 17 de março, foi impedida a participação nas eleições para a Assembleia Constituinte dos seguintes partidos: Partido da Democracia Cristã (PDC), Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado (MRPP) e Aliança Operária Camponesa (AOC).

sexta-feira, abril 24, 2015

Mano Solo nasceu ha 52 anos

Mano Solo, nome artístico de Emmanuel Cabut (Châlons-sur-Marne, 24 de abril de 1963 - Paris, 10 de janeiro de 2010), foi um cantor francês.
Ele era o filho do caricaturista Cabu, morto no massacre do Charlie Hebdo, a 7 de janeiro de 2015. Morreu aos 46 anos, vítima de múltiplos aneurismas cerebrais sofridos em novembro de 2009, agravados pela SIDA.


O Telescópio Espacial Hubble foi colocado no espaço há 25 anos!

O Telescópio Espacial Hubble (em inglês Hubble Space Telescope - HST) é um satélite astronómico artificial não tripulado que transporta um grande telescópio para a luz visível e infravermelha. Foi lançado pela agência espacial dos Estados Unidos - a NASA - a 24 de abril de 1990, a bordo do vaivém espacial Discovery (missão STS-31). Este telescópio já recebeu várias visitas espaciais da NASA para a manutenção e para a substituição de equipamentos obsoletos ou inoperantes.
O telescópio é a primeira missão da NASA pertencente aos Grandes Observatórios Espaciais - (Great Observatories Program), consistindo numa família de quatro observatórios orbitais, cada um observando o Universo em um comprimento diferente de onda, como a luz visível, raios gama, raios-X e o infravermelho. Pela primeira vez se tornou possível ver mais longe do que as estrelas da nossa própria galáxia e estudar estruturas do Universo até então desconhecidas ou pouco observadas. O Hubble, de uma forma geral, deu à civilização humana uma nova visão do universo e proporcionou um salto equivalente ao dado pela luneta de Galileu Galilei no século XVII.
Desde a concepção original, em 1946, a iniciativa de construir um telescópio espacial sofreu inúmeros atrasos e problemas orçamentais. Logo após o lançamento para o espaço, o Hubble apresentou uma aberração esférica no espelho principal, o que parecia comprometer todas as potencialidades do telescópio. Porém, a situação foi corrigida numa missão especialmente concebida para a reparação do equipamento, em 1993, voltando o telescópio à operacionalidade, tornando-se numa ferramenta vital para a astronomia. Imaginado nos anos 40, projetado e construído nos anos 70 e 80 e em funcionamento desde 1990, o Telescópio Espacial Hubble foi batizado em homenagem a Edwin Powell Hubble, que revolucionou a Astronomia ao constatar que o Universo estava em expansão.

Uma das mais famosas imagens do Hubble, os "Pilares da Criação", mostrando a Nebulosa da Águia

O Povo Arménio começou a sofrer um genocídio há 100 anos


Arménios deportados em marcha

O Genocídio Arménio, holocausto arménio ou ainda o massacre dos arménios é como é chamada a matança e deportação forçada de centenas de milhares ou até mais de um milhão de pessoas de origem arménia que viviam no Império Otomano, com a intenção de exterminar a sua presença cultural, sua vida económica e o seu ambiente familiar, durante o governo dos chamados Jovens Turcos, de 1915 a 1917.
Caracterizou-se pela sua brutalidade nos massacres e pela utilização de marchas forçadas com deportações, que geralmente levava a morte a muitos dos deportados. Outros grupos étnicos também foram massacrados pelo Império Otomano durante esse período, entre eles os assírios e os gregos de Ponto. Alguns historiadores consideram que esses atos são parte da mesma política de extermínio.
Está firmemente estabelecido que foi um genocídio, e há evidências do plano organizado e intentado de eliminar sistematicamente os arménios.
Adota-se a data de 24 de abril de 1915 como início do massacre, por ser a data em que dezenas de líderes arménios foram presos e massacrados em Istambul.
O governo turco rejeita o termo genocídio organizado e que as mortes tenham sido intencionais. Quase cem anos depois, ainda persiste a polémica.

(...)
Embora as reformas de 8 de fevereiro de 1914 não satisfizessem as exigências do povo arménio, pelo menos abriam o caminho para realizar o ideal pelo que havia lutado durante gerações, com sacrifício de inúmeros mártires. "Uma Armênia autónoma dentro das fronteiras do Império Otomano", era o anseio do povo arménio. Um mês mais tarde, em 28 de julho, começava a Primeira Guerra Mundial.
Esse conflito resultou trágico, pois deu oportunidade ao movimento político dos Jovens Turcos de realizar seu premeditado projeto de aniquilação do povo arménio. Na noite de 24 de abril de 1915 foram aprisionados em Constantinopla mais de seiscentos intelectuais, políticos, escritores, religiosos e profissionais arménios, que foram levados à força para o interior do país e selvaticamente assassinados.
Depois de privar o povo de seus dirigentes, começou a deportação e o massacre dos arménios que habitavam os territórios asiáticos do Império.

(...)

A cidade de Alepo caiu na mão dos britânicos e foram encontrados muitos documentos que confirmavam que o extermínio dos arménios teria sido organizado pelos turcos. Um destes documentos é um telegrama circular dirigido a todos os governadores:
Cquote1.svg À Prefeitura de Alepo: Já foi comunicado que o governo decidiu exterminar totalmente os arménios habitantes da Turquia. Os que se opuserem a esta ordem não poderão pertencer então à administração. Sem considerações pelas mulheres, as crianças e os enfermos, por mais trágicos que possam ser os meios de extermínio, sem executar os sentimentos da consequência, é necessário por fim à sua existência. 13 de setembro de 1915. Cquote2.svg
O ministro do Interior, Talat

Testemunhos
Em geral, as caravanas de arménios deportados não chegavam muito longe. À medida que avançavam, o seu número diminuía com consequência da ação das armas de fogo, dos sabres, da fome e do esgotamento... Os mais repulsivos instintos animais eram despertados nos soldados por essas desgraçadas criaturas. Torturavam e matavam. Se alguns chegavam a Mesopotâmia, eram abandonados sem defesa, sem víveres, em lugares pantanosos do deserto: o calor, a humidade e as enfermidades acabavam, sem dúvida, com a vida deles. Cquote2.svg
René Pineau
Uma viajante alemã escutou o seguinte de uma arménia, em uma das estações do padecimento de um grupo de montanheses arménios:
Por que não nos matam logo? De dia não temos água e nossos filhos choram de sede; e pela noite os maometanos vêm a nossos leitos e roubam roupas nossas, violam nossas filhas e mulheres. Quando já não podemos mais caminhar, os soldados nos espancam. Para não serem violentadas, as mulheres se lançam à água, muitas abraçando a crianças de peito.
O governo cometeria ainda outra vileza: a maioria dos jovens arménios mobilizados ao começar a guerra não foram enviados à frente, mas integraram brigadas para construção de caminhos. Ao terminar o trabalho todos eles foram fuzilados por soldados turcos.
Jacques de Morgan assim se refere às deportações, aos massacres e aos sofrimento padecidos pelos arménios:
Cquote1.svg Não há no mundo um idioma tão rico, tão colorido, que possa descrever os horrores arménios, para expressar os padecimentos físicos e morais de tão inocentes mártires. Os sobreviventes dos terríveis massacres, todos testemunhas da morte seus entes queridos, foram concentrados em determinados lugares e submetidos a torturas indescritíveis e a humilhações que os faziam preferir a morte. Cquote2.svg
Jacques de Morgan
O povo arménio não desapareceu quando estava nos desertos da Mesopotâmia: as mães arménias ensinavam a ler aos seus filhos desenhando as letras do alfabeto arménio na areia.

(...)

Acredita-se que cerca de 1,5 milhão de arménios foram mortos durante o que ficou conhecido como o Genocídio Arménio. De entre eles, vários morreram assassinados por tropas turcas, em campos de concentração, queimados, enforcados e até mesmo atirados amarrados ao Rio Eufrates, mas a maior parte dos arménios morreu por inanição, ou seja, falta de água e alimento.

quinta-feira, abril 23, 2015

...e viva São Jorge!

São Jorge e o Dragão, de Gustave Moreau

São Jorge (275 - 23 de abril de 303) foi, de acordo com a tradição, um soldado romano no exército do imperador Diocleciano, venerado como mártir cristão. Na hagiografia, São Jorge é um dos santos mais venerados no catolicismo (tanto na Igreja Católica Romana e na Igreja Ortodoxa como também na Comunhão Anglicana). É imortalizado na lenda em que mata o dragão. É também um dos catorze santos auxiliares.
Considerado como um dos mais proeminentes santos militares, a memória de São Jorge é celebrada nos dias 23 de abril e 3 de novembro. Nestas datas, por toda a parte, comemora-se a reconstrução da igreja que lhe é dedicada, em Lida (Israel), na qual se encontram as suas relíquias. A igreja foi erguida a mando do imperador romano Constantino I.
São Jorge é o santo padroeiro em diversas partes do mundo, como nos seguintes países: Inglaterra, Portugal (santo secundário), Geórgia, Catalunha, Lituânia, Sérvia, Montenegro, Etiópia, e nas cidades de: Londres, Barcelona, Génova, Régio da Calábria, Ferrara, Freiburg im Breisgau, Moscovo e Beirute.
Há uma tradição que aponta o ano 303 como o ano da sua morte. Apesar de sua história se basear em documentos lendários e apócrifos (decreto gelasiano do século VI), a devoção a São Jorge espalhou-se por todo o mundo.

El-Rei D. Afonso II nasceu há 830 anos

D. Afonso II de Portugal (cognominado o Gordo, o Crasso ou o Gafo, em virtude da doença que o teria afectado; Coimbra, 23 de abril de 1185 - Santarém, 25 de março de 1223), terceiro rei de Portugal, era filho do rei Sancho I de Portugal e da sua mulher, D. Dulce de Aragão, mais conhecida como Dulce de Aragão, infanta de Aragão. Afonso sucedeu ao seu pai em 1211.


O guitarrista Steve Clark, dos Def Leppard, nasceu há 55 anos

Stephen Maynard Clark (Hillsborough, 23 de abril de 1960 – Londres, 8 de janeiro de 1991) foi um dos guitarristas fundadores da banda de hard rock britânica Def Leppard. Morreu em 1991 de uma overdose acidental de codeína misturada com Valium, morfina e bebidas alcóolicas. Clark foi classificado em 11º pela Classic Rock Magazine's na lista dos "100 maiores heróis da guitarra".


quarta-feira, abril 22, 2015

Peter Frampton - 65 anos!

   
Peter Frampton (Beckenham, Kent, 22 de abril de 1950) é um músico britânico mais conhecido por seu trabalho solo nos anos 70 como músico de rock de palco (Album-oriented rock). Ele tornou-se famoso, entretanto, como integrante dos The Herd quando se transformou num ídolo das adolescentes na Grã-Bretanha. Frampton ficou famoso por ser o primeiro guitarrista a utilizar do recurso da guitarra falada, que seria anos depois imitado por Slash (Guns n' Roses), Richie Sambora (Bon Jovi) e Dave Grohl (Foo Fighters). Ele então passou a trabalhar com Steve Marriott (dos The Small Faces) na banda Humble Pie, assim como em álbuns de Harry Nilsson, Jerry Lee Lewis e George Harrison. A sua estreia a solo foi em 1972, com Wind of Change.
A explosão solo de Frampton veio com Frampton Comes Alive, seis vezes platina e que incluía os sucessos "Do You Feel Like We Do", "Baby, I Love Your Way" e "Show Me the Way".
Foi o álbum "ao vivo" mais vendido de todos os tempos. Depois que o álbum seguinte I'm in You foi lançado, Frampton envolveu-se em um sério acidente de carro nas Bahamas. Enquanto se recuperava, ele atuou, em 1978, com os Bee Gees, no filme Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, um fracasso retumbante. Nos anos 80, Frampton voltou a gravar, mas só regressou às paradas de sucesso mundiais com "Breaking all the Rules". O seu último álbum é Thank You Mr. Churchill, lançado em 2010.
Depois do atentado ao World Trade Center em Nova Iorque, Frampton decidiu tornar-se cidadão americano. Ele teve papel ativo na campanha eleitoral de 2004 do candidato John Kerry. Recentemente Peter Frampton ganhou o seu primeiro Grammy pelo seu álbum totalmente instrumental "Fingerprints", lançado no fim de 2007 e que conta com integrantes dos Pearl Jam, Rolling Stones, Allman Brothers Band e outros.