Daniel Bessa chama terrorista a Sócrates
sexta-feira, julho 11, 2014
Zangam-se as comadres...
Daniel Bessa chama terrorista a Sócrates
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quarta-feira, julho 09, 2014
Os professores, a Escola Pública e os municípios
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terça-feira, julho 08, 2014
Billy Eckstine nasceu há 100 anos!
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domingo, julho 06, 2014
Música para uma geopedrada que hoje faz anos...
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Diogo Cão chegou à foz do Rio Congo há 530 anos
Diogo Cão
A pura glória tem
A humilde singeleza do teu nome.
E cresce eternamente,
como um caule imortal,
No fuste de um padrão
Que a tua inquietação
Ergueu
Neste confim de mundo onde chegou.
Limpo brasão de quem só descobriu
E nada conquistou.
in Diário XII (1977) - Miguel Torga
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quinta-feira, julho 03, 2014
Sismo na Gaiza também sentio em Portugal
Evento | Fecha | Hora (GMT) | Latitud | Longitud | Prof. (km) | Int. Máx. | Localización | |
1282839 | 03/07/2014 | 12:07:53 | 42.0360 | -7.0363 | 17 | II-III | A NE de A Mezquita (Ourense) |
quarta-feira, julho 02, 2014
Christoph Willibald Gluck nasceu há três séculos
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Sophia morreu há dez anos...
"Havia em minha casa uma criada, chamada Laura, de quem eu gostava muito. Era uma mulher jovem, loira, muito bonita. A Laura ensinou-me a "Nau Catrineta" porque havia um primo meu mais velho a quem tinham feito aprender um poema para dizer no Natal e ela não quis que eu ficasse atrás… Fui um fenómeno, a recitar a "Nau Catrineta", toda. Mas há mais encontros, encontros fundamentais com a poesia: a recitação da "Magnífica", nas noites de trovoada, por exemplo. Quando éramos um pouco mais velhos, tínhamos uma governanta que nessas noites queimava alecrim, acendia uma vela e rezava. Era um ambiente misto de religião e magia… E de certa forma nessas noites de temporal nasceram muitas coisas. Inclusivamente, uma certa preocupação social e humana ou a minha primeira consciência da dureza da vida dos outros, porque essa governanta dizia: «Agora andam os pescadores no mar, vamos rezar para que eles cheguem a terra» (…)."
"Esses poemas têm a ver com as manhãs da Granja, com as manhãs da praia. E também com um quadro de Picasso. Há um quadro de Picasso chamado Mulheres à beira-mar. Ninguém dirá que a pintura do Picasso e a poesia de Lorca tenham tido uma enorme influência na minha poesia, sobretudo na época do Coral… E uma das influências do Picasso em mim foi levar-me a deslocar as imagens."
- A busca da justiça, do equilíbrio, da harmonia e a exigência do moral
- Tomada de consciência do tempo em que vivemos
- A Natureza e o Mar – espaços eufóricos e referenciais para qualquer ser humano
- O tema da casa
- Amor
- Vida em oposição à morte
- Memória da infância
- Valores da antiguidade clássica, naturalismo helénico
- Idealismo e individualismo ao nível psicológico
- O poeta como pastor do absoluto
- O humanismo cristão
- A crença em valores messiânicos e sebastianistas
- Separação
"A sua sensibilidade de poeta oscila entre o modernismo de expressão e um classicismo de tom, caracterizado por uma sobriedade extremamente dominada e por uma lucidez dialéctica que coloca muitas das suas composições na linha dos nossos melhores clássicos."
Álvaro Manuel Machado, Quem é Quem na Literatura Portuguesa
"Sophia de Mello Breyner Andresen é, quanto a nós, um caso ímpar na poesia portuguesa, não só pela difusa sedução dos temas ou pelos rigores da expressão, mas sobretudo por qualquer coisa, anterior a isso tudo, em que tudo isso se reflecte: uma rara exigência de essencial-idade".
David Mourão-Ferreira, Vinte Poetas Contemporâneos
"A poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen é (…) uma das vozes mais nobres da poesia portuguesa do nosso tempo. Entendamos, por sob a música dos seus versos, um apelo generoso, uma comunhão humana, um calor de vida, uma franqueza rude no amor, um clamor irredutível de liberdade – aos quais, como o poeta ensina, devemos erguer-nos sem compromissos nem vacilações."
Jorge de Sena, "Alguns Poetas de 1938" in Colóquio: Revista de Artes e Letras, nº 1, 01.01.59
Nunca choraremos bastante quando vemos
O gesto criador ser impedido
Nunca choraremos bastante quando vemos
Que quem ousa lutar é destruído
Por troças por insídias por venenos
E por outras maneiras que sabemos
Tão sábias tão subtis e tão peritas
Que nem podem sequer ser bem descritas
in Livro Sexto (1962) - Sophia de Mello Breyner Andresen
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Sophia...
Liberdade
O poema é
A liberdade
Um poema não se programa
Porém a disciplina
— Sílaba por sílaba —
O acompanha
Sílaba por sílaba
O poema emerge
— Como se os deuses o dessem
O fazemos
in O Nome das Coisas (1977) - Sophia de Mello Breyner Andresen
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terça-feira, julho 01, 2014
Salgueiro Maia nasceu há 70 anos
Em outubro de 1964, ingressa na Academia Militar, em Lisboa e, acabado o curso, apresenta-se na Escola Prática de Cavalaria (EPC), em Santarém, para frequentar o tirocínio. Foi comandante de instrução em Santarém. Integrou uma companhia de comandos na então guerra colonial.
Em 1973 iniciam-se as reuniões clandestinas do Movimento das Forças Armadas e Salgueiro Maia, como Delegado de Cavalaria, integra a Comissão Coordenadora do Movimento. Depois do 16 de março de 1974 e do Levantamento das Caldas, foi Salgueiro Maia, a 25 de abril desse ano, quem comandou a coluna de blindados que, vinda de Santarém, montou cerco aos ministérios do Terreiro do Paço, forçando, já no final da tarde, a rendição de Marcelo Caetano, no Quartel do Carmo, que entregou o governo a António de Spínola. Salgueiro Maia escoltou Marcelo Caetano ao avião que o transportaria para o exílio no Brasil.
A 25 de novembro de 1975 sai da EPC, comandando um grupo de carros às ordens do Presidente da República. Será transferido para os Açores, só voltando a Santarém em 1979, onde ficou a comandar o Presídio Militar de Santarém. Em 1984 regressa à EPC.
A 24 de setembro de 1983 recebe a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, e, a título póstumo, o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, a 28 de junho de 1992 e, em 2007, a Medalha de Ouro de Santarém.
Recusou, ao longo dos anos, ser membro do Conselho da Revolução, adido militar numa embaixada à sua escolha, governador civil do Distrito de Santarém e pertencer à casa Militar da Presidência da República. Foi promovido a major em 1981 e, posteriormente, a Tenente-Coronel.
Em 1989 foi-lhe diagnosticada um cancro que, apesar das intervenções cirúrgicas no ano seguinte e em 1991, o vitimaria precocemente, a 4 de abril de 1992, com apenas 47 anos.
Um momento na História de Portugal
Madrugada de 25 de abril de 74, parada da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém:
Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!Todos os 240 homens que ouviram estas palavras, ditas da forma serena mas firme, tão característica de Salgueiro Maia, formaram de imediato à sua frente. Depois seguiram para Lisboa e derrubaram o regime.
Porque
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
in Mar Novo (1958) - Sophia de Mello Breyner Andresen
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Um herói português nasceu há 70 anos
A Salgueiro Maia
Aquele que na hora da vitória
respeitou o vencido
... Aquele que deu tudo e não pediu a paga
Aquele que na hora da ganância
Perdeu o apetite
Aquele que amou os outros e por isso
Não colaborou com a sua ignorância ou vício
Aquele que foi «Fiel à palavra dada à ideia tida»
como antes dele mas também por ele
Pessoa disse
Sophia de Mello Breyner Andresen
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segunda-feira, junho 30, 2014
O poeta Reinaldo Ferreira morreu há 55 anos
Feliz do que é levado a enterrar,
Tão indiferente como quem nasceu!
Feliz do que não soube desejar,
Feliz, bem mais feliz do que sou eu!
Feliz do que não riu para não chorar,
Feliz do que não teve e não perdeu!
Feliz do que não sofre se ficar,
Feliz do que partiu e não sofreu!
Feliz do que acha bela e vasta a terra!
Feliz do que acredita a fome, a guerra,
Terrores imaginários de crianças!
Feliz do que não ouve o mundo aos gritos,
Feliz! Felizes todos e benditos
Os que Deus fez iguais às pombas mansas
in Poemas (1960) - Reinaldo Ferreira
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António Sousa Freitas morreu há 10 anos...
Nascido em Buarcos, concelho da Figueira da Foz, a 1 de Janeiro de 1921 (embora no bilhete de identidade constasse sempre 5 de janeiro, devido a um atraso no registo), António de Sousa Freitas iniciou o seu percurso literário durante os tempos de estudante em Coimbra (1939-1942).
A sua passagem por Coimbra, onde deixou incompleto o curso de Direito, ficou marcada pelas colaborações no jornal universitário "Via Latina", pela fundação do jornal humorístico "Poney" e pelas diversas tertúlias literárias na companhia de figuras como Fernando Namora, João José Cochofel, Joaquim Namorado, José Brandão, Pina Martins, Carlos Oliveira e Álvaro Feijó.
Foi ainda colaborador pontual da revista "Flama" e dos jornais "Diário Popular", "Diário de Lisboa", "Século Ilustrado", "Diário do Norte" e "Diário Ilustrado", entre outros.
Em 1940, António Sousa Freitas fez a sua estreia poética com "Anita", uma colectânea de poemas de amor dedicados à primeira namorada. Este primeiro livro viria a ser considerado pelo autor como tendo pouco significado na sua vida literária.
Em 1945 mudou-se para Lisboa, passou depois um ano em Leiria, após o que regressou à capital, onde se tornou Director de Serviços de Informação Médica num laboratório de especialidades farmacêuticas, cargo que manteve entre 1951 e 1983.
No âmbito dessa experiência, colaborou no jornal "Semana Médica" e - em parceria com Jorge Ferreira da Silva - fundou o jornal "Saúde", pertencente à Sociedade Semana Médica, do qual foi editor.
Entre 1952 e 1963 colaborou nos programas da Emissora Nacional, Ouvindo as Estrelas e "Canções de Portugal", ambos com textos de sua autoria, e nas rubricas "Poetas de Ontem e de Hoje" e "Escaparate - Novidades Literárias", com texto e locução a seu cargo, no Rádio Clube Português.
Além da presença na rádio, colaborou com a RTP, tendo ainda participado em programas publicitários da Robbialac e sido júri de vários concursos literários, caso dos Jogos Florais da CUF.
Entretanto, a 30 de junho de 1954, tornara-se membro da Sociedade Portuguesa de Autores com o nome de António de Freitas, passando a cooperante a 16 de maio de 1979.
Enquanto letrista, escreveu canções musicadas pelos maestros Joaquim Luís Gomes e Nóbrega e Sousa e interpretadas por artistas como Simone de Oliveira, Maria de Lourdes Resende, Maria Clara, João Maria Tudela, António Calvário, Paulo Alexandre, Carlos do Carmo, Amália Rodrigues, João Braga, Ada de Castro, Maria da Fé, Sérgio Borges ou Marina Neves.
Na mesma área, integrou vários júris de Festivais da Canção, com David Mourão-Ferreira, Pedro Homem de Mello e outros nomes ligados à poesia e à música.
Em 1969, fundou o Gabinete Português de Medalhística, onde trabalhou com o escultor Cabral Antunes, tendo sido grande impulsionador do colecionismo nesta área em Portugal, o que foi reconhecido tanto por coleccionadores como pelo próprio Estado.
Em 1990, António Sousa Freitas foi homenageado pela Câmara Municipal da Figueira da Foz por ser o autor da "Canção da Figueira", tendo sido colocada uma placa com o seu nome no Casino Peninsular daquela cidade e recebido a Medalha de Mérito, em ouro.
Na sua terra natal, Buarcos, existe também uma rua com o seu nome.
António Sousa Freitas (que assinou obras literárias também como A. Sousa Freitas e António de Sousa Freitas), faleceu a 30 de junho de 2004, no Hospital Pulido Valente. O seu corpo foi cremado e as cinzas lançadas ao mar que tanto cantara na poesia.
Letra de António Sousa Freitas e música de Nóbrega e Sousa
Figueira, Figueira da Foz
Das finas areias
Berço de sereias
Procurando abrigo.
Estrelas, doiradas estrelas
Enfeitam o Mar
Que pede a chorar
Para casar contigo.
Figueira, e à noite o luar,
Deita-se a teu lado
A fazer ciúmes
Ao teu namorado.
E a Serra, que te adora e deseja,
Também sofre com a luz do Sol
Que te abraça e te beija.
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sábado, junho 28, 2014
O Assassinato de Sarajevo, que deu origem à I Grande Guerra, foi há um século
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sexta-feira, junho 27, 2014
Helen Keller nasceu há 134 anos
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Zezé Motta - 70 anos!
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quinta-feira, junho 26, 2014
Alfredo Marceneiro morreu há 32 anos
Alfredo Rodrigo Duarte (Lisboa, 25 de fevereiro de 1891 - Lisboa, 26 de junho de 1982) mais conhecido como Alfredo Marceneiro devido à sua profissão original, foi um fadista português que marcou uma época, detentor de uma voz inconfundível, tornando-se um marco deste género da canção em Portugal.
Era filho de uma família muito humilde, oriunda do Cadaval. Com a morte do pai teve que deixar a escola primária. Começou então a trabalhar como aprendiz de encadernador para ajudar o sustento da sua mãe e irmãos.
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