sexta-feira, março 09, 2012

O rapper The Notorious B.I.G. morreu há 15 anos

  
Christopher George Latore Wallace (Nova Iorque, 21 de maio de 1972 - Los Angeles, 9 de março de 1997), também conhecido como Biggie Smalls, Big Poppa e Frank White, mas muito mais conhecido pelo nome de The Notorious B.I.G. (Business Instead of Game), foi um rapper norteamericano.

Christopher nasceu em Bed-Stuy, Brooklyn, New York. Desde jovem já traficava drogas em Bedford-Stuyvesant. Quando abandonou sua vida criminal, acabou por virar um rapper. Lançou o criticamente aclamado álbum Ready To Die em 1994, e se converteu na principal figura do rap da Costa Leste dos E.U.A. que tanto rivalizava com a Costa Oeste, então liderada pelo rapper Tupac Shakur. Notorious B.I.G. e Tupac tentavam realizar o que parecia impossível: uma união de amizade entre os rappers da Costa Leste e a Oeste, mas quando Tupac sofre um atentado dentro da gravadora de Notorious as coisas mudam e este passa a ver Notorious como um inimigo.

Em 4 de agosto de 1994, Christopher Wallace casou-se com a cantora Faith Evans. Quatro dias depois, Wallace teve seu primeiro sucesso nas paradas pop como um artista solo com o duplo A-side "Juicy/Unbelievable", que alcançou a posição #27 como primeiro single de seu álbum de estreia.
Ready to Die foi lançado em 13 de setembro de 1994, e alcançou a posição #13 na Billboard 200, chegando a ser certificado platina quatro vezes. O álbum, lançado numa época em que o hip hop da Costa oeste era destaque nas listas de vendas dos Estados Unidos, segundo a Rolling Stone, "quase sozinho ... mudou o foco de volta ao rap da Costa Leste". Ganhou opiniões fortes sobre o lançamento e tem recebido muitos elogios em retrospetiva. Além de "Juicy", o registo produziu dois singles, o platina "Big Poppa", que alcançou a posição #1 na lista de vendas de álbuns de rap nos Estados Unidos, e "One More Chance" com Faith Evans, um remix que se tornou seu single mais vendido.

Em agosto de 1995, o grupo de Wallace, Junior MAFIA ("Junior Masters At Finding Intelligent Attitudes"), composto por seus amigos de infância, lançou seu primeiro álbum intitulado Conspiracy. O grupo incluía rappers como Lil 'Kim e Lil Cease ", que passaram a ter uma carreira solo. O registro foi ouro e seus singles, "Player's Anthem" e "Get Money", ambos com Wallace, foram ouro e platina. Wallace continuou a trabalhar com artistas R&B, colaborando com grupos da Bad Boy 112 (em "Only You") e Total (em "Can't You See"), com ambas atingindo o top 20 da Billboard Hot 100.
Até o final do ano, Wallace foi o artista solo mais vendido do sexo masculino e rapper nas paradas de pop e r&b. Em Julho de 1995, ele apareceu na capa da The Source, com o título "O Rei de Nova York Domina Tudo". Na The Source Awards, ele foi nomeado Melhor Artista Novo (Individual), Letrista do Ano, Performista ao Vivo do Ano, e seu álbum de estreia do ano. Na Billboard Awards, ele foi artista de rap do ano. Em seu ano de sucesso, Wallace se envolveu em uma rivalidade com o West Coast hip-hop de Tupac Shakur, seu ex-associado. Em entrevista à revista Vibe, em Abril de 1995, enquanto servia o tempo em Clinton Correctional Facility, Shakur acusou Sean Combs (Diddy), e Wallace de terem conhecimento prévio de um assalto que resultou em ele ter sido baleado várias vezes e perder milhares de dólares em jóias na noite de 30 de novembro de 1994. Apesar de Wallace e sua comitiva estarem no mesmo estúdio de gravação baseado em Manhattan, no momento da ocorrência, eles negaram a acusação.
O fato de eu estar no estúdio na hora do incidente foi só uma coincidência. Tupac não pode dizer quem realmente fez isso com ele naquela hora. Assim, ele simplesmente jogou a culpa em mim.
Após sair da prisão, Tupac assinou com a Death Row Records em 15 de Outubro de 1995. Bad Boy Records e Death Row, agora rivais nos negócios, se envolveram em uma briga intensa.
A carreira de B.I.G. estava marcada pelas contínuas disputas entre as gravadoras Bad Boy Records e Death Row Records, quando B.I.G. foi apontado supostamente como o indiretamente responsável pela morte de Tupac Shakur, no dia 7 de Setembro de 1996, porque Tupac, em uma de suas letras revela que teve relações sexuais com Faith Evans, a esposa de B.I.G.

Durante as sessões de gravação de seu segundo álbum, provisoriamente chamado "Life After Death ... 'Til Death Do Us Part, mais tarde encurtado para Life After Death, Wallace foi envolvido em um acidente de carro em que partiu a perna esquerda e o obrigou a usar temporariamente cadeira de rodas. A lesão obrigou-o a precisar de uma bengala para andar.
Em janeiro de 1997, Wallace foi condenado a pagar 41 mil dólares em danos na sequência de um incidente envolvendo um amigo de um promotor de shows que afirmou que Wallace e sua comitiva o espancaram devido a um incidente em maio de 1995. Ele enfrentou acusações de agressão criminal pelo incidente que continuam sendo averiguadas, mas todas as acusações de furto qualificado foram descartados. Na sequência dos acontecimentos do ano anterior, Wallace falou do desejo de se concentrar em sua "paz de espírito". "Minha mãe ... meu filho ... minha filha ... minha família ... meus amigos são o que importam para mim a partir de agora".

Wallace viajou para a Califórnia em fevereiro de 1997 para promover seu próximo álbum e gravar um videoclipe de seu single, "Hypnotize". Em 5 março de 1997 Wallace deu uma entrevista à rádio KYLD com The Dog House, em San Francisco, Califórnia. Na entrevista, ele afirmou que havia contratado um segurança uma vez que temia por sua vida, mas isso era porque ele era uma figura da celebridade, não especificamente um rapper. Life After Death foi agendado para lançamento em 25 de março de 1997. Em 8 de março de 1997, ele esteve no 11 º Annual Soul Train Music Awards, em Los Angeles e foi vaiado por algumas pessoas da plateia. Após a cerimónia, Wallace participou numa festa organizada pela revista Vibe e Qwest Records no Museu Automotivo Petersen, em Los Angeles. Outros convidados incluíram Faith Evans, Aaliyah, Sean Combs e alguns membros das gangues Crips e Bloods.
Em 9 março de 1997, por volta das 00.30 horas, Wallace foi com sua comitiva em dois Chevrolet Suburbans em direção ao seu hotel, visto os bombeiros terem encerrado a festa mais cedo, devido à superlotação. Wallace viajou no banco do passageiro da frente, ao lado de seus companheiros, Damion "D-Roc" Butler, o membro do Junior M.A.F.I.A. Lil Cease e Gregory "G-Money" Young. Combs viajou em outro veículo com três guarda-costas. Os dois carros foram guiados por um Chevrolet Blazer que levava o diretor de segurança dos Bad Boy.
Por volta das 00.45 horas as ruas estavam cheias de pessoas que estavam saindo do evento. O carro de Wallace parou num sinal vermelho perto de um museu. Um Chevrolet Impala preto parou ao lado do carro de Wallace e o motorista da Impala, um afro-americano que vestia um fato azul e gravata borboleta, baixou a janela, sacou de uma pistola de 9 milímetros de aço azul e disparou contra o Suburban. Quatro balas atingiram Wallace no peito; os parceiros de B.I.G. levaram-no para o Centro Médico Cedars-Sinai, mas ele foi declarado morto às 01.15 horas.
Biggie também trabalhou com Michael Jackson. Em 1995, compôs e cantou um rap para a canção "This Time Around", e, cerca de dois anos depois, estrelou a faixa "Unbreakable", porém esta só seria lançada em 2001, no disco Invincible.


Iuri Gagarin nasceu há 78 anos

Iuri Alekseievitch Gagarin (Kluchino, 9 de março de 1934 - Kirjatch, 27 de março de 1968) foi um cosmonauta soviético e o primeiro homem a viajar pelo espaço, em 12 de abril de 1961, a bordo da Vostok I, que tinha 4,4 m de comprimento, 2,4 m de diâmetro e pesava 4.725 quilos kg. Esta nave espacial possuía dois módulos: o módulo de equipamentos (com instrumentos, antenas, tanques e combustível para os retrofoguetes) e a cápsula onde ficou o cosmonauta.

Iuri Gagarin nasceu em uma quinta coletiva na localidade de Kluchino, distrito de Gjatski (mais tarde batizada de Gagarin, em sua homenagem) - numa região a oeste de Moscovo, Rússia, parte da então União Soviética. Seus pais, Aleksei Ivanovitch Gagarin e Anna Timofeievna Gagarina, trabalhavam num kolkhoz (quinta coletiva). Os trabalhadores manuais eram descritos nos relatórios oficiais como "camponeses", o que indica que isto pode ser uma simplificação no caso de seus pais - a mãe dele teria sido uma leitora voraz, e seu pai um hábil carpinteiro. Gagarin foi o terceiro de quatro filhos e sua irmã mais velha ajudou a criá-lo, enquanto seus pais trabalhavam. Como milhões de pessoas na União Soviética, a família Gagarin sofreu durante a ocupação nazista na Segunda Guerra Mundial. Seus dois irmãos mais velhos foram deportados para a Alemanha Nazista em 1943, onde foram empregados como OST-Arbeiter's (escravos) e não voltaram até depois da guerra. Quando jovem, Gagarin passou a interessar-se pelo espaço e planetas, e começou a sonhar com sua viagem pelo espaço que um dia se tornaria uma realidade. Gagarin foi descrito por seus professores em Liubertsi, cidade-satélite de Moscovo, como inteligente e trabalhador, e por vezes malicioso. Seu professor de matemática e ciência tinha servido na Força Aérea Soviética durante a Segunda Guerra Mundial, o que provavelmente foi uma substancial influência para o jovem Gagarin.
Após iniciar um curso de moldador em uma escola profissionalizante próxima a Moscovo e de iniciar um estágio em uma metalúrgica como fundidor, Gagarin foi selecionado para o ensino secundário técnico em Saratov. Enquanto isso, ele se juntou ao "AeroClub", e aprendeu a pilotar um avião leve, um passatempo que assumiria uma proporção crescente de seu tempo. Em 1955, após concluir a sua formação técnica, ele entrou para treinamento de voo militar na Escola de Pilotos de Orenburg. Lá, ele conheceu Valentina Ivanovna Goryacheva, com quem se casou em 1957, após ganhar suas asas de piloto de MiG-15. Após formado, foi enviado à base aérea de Luostari em Oblast de Murmansk, perto da fronteira norueguesa, onde o tempo terrível tornava os voos arriscados. Ele se tornou tenente da Força Aérea Soviética em 5 de novembro de 1957 e em 6 de novembro de 1959 recebeu a patente de tenente sénior.

Carreira espacial
Em 1960, Gagarin foi um dos 20 pilotos seleccionados, após difíceis processos de selecção física e psicológica, para o programa espacial soviético, e acabou por ser escolhido para ser o primeiro a ir ao espaço, pela sua excelente performance nos treinos, sua origem camponesa – que contava pontos no sistema comunista - sua personalidade magnética e esfuziante, e principalmente devido às suas características físicas – ele tinha 1,57 m de altura e 69 kg – já que a nave programada para a viagem pioneira em órbita, a nave Vostok (que em russo significa "Oriente"), tinha um espaço mínimo para o piloto.
Minutos antes do embarque na nave Vostok 1, Gagarin disse o seguinte:
"Queridos amigos, conhecidos e estranhos, meus conterrâneos queridos e toda a humanidade, em poucos minutos, possivelmente uma nave espacial irá me levar para o espaço sideral.
O que posso dizer-lhe sobre estes últimos minutos?
Toda a minha vida parece-me neste momento único e belo. Tudo que eu fiz e vivi foi para isso!"
Iuri Gagarin
Primeiro homem no espaço
A Terra é azul. Como é maravilhosa. Ela é incrível!
Iuri Gagarin
Com apenas 27 anos, Iuri Gagarin tornou-se o primeiro ser humano a ir ao espaço, a bordo da nave Vostok 1, na qual deu uma volta completa em órbita ao redor do planeta. Esteve em órbita durante 108 minutos, a uma altura de 315 Km, num voo totalmente automatizado, com uma velocidade aproximada de 28.000 km/h. Pela proeza, recebeu a medalha da Ordem de Lenin.
A espaçonave entrou em órbita, e o foguete se separou, a gravidade se foi.
No início, a sensação era de algo incomum, mas eu logo me adaptei...
Eu mantive contato com a Terra em diferentes canais por telefone e telégrafo.
Iuri Gagarin
Às nove horas e sete minutos da manhã (horário de Moscovo) do dia 12 de abril de 1961, a cápsula com o foguete “Soyuz-R-7″ foi lançada de uma plataforma em Baikonur, no Cazaquistão. Neste voo ele disse as famosas frases: "A Terra é azul", e "Olhei para todos os lados, mas não vi Deus". O Coronel Valentin Petrov afirmou em 2006 que nunca o cosmonauta disse tais palavras, e que a citação se originou do discurso de Nikita Khrushchev no plenário do Comité Central do PCUS sobre a campanha anti-religião do Estado, dizendo que "Gagarin voou para o espaço, mas não viu qualquer deus lá.” Como Gagarin era um membro da Igreja Ortodoxa Russa, é pouco provável que ele realmente tenha dito tais palavras.
Os cientistas russos calcularam erradamente (por duas vezes) a trajetória de aterragem da nave. Este erro fez com que a cápsula espacial de Gagarin aterrasse no Cazaquistão, a mais de 320 quilómetros do local inicialmente previsto (que era o local de descolagem). Isto fez com que no momento da aterragem não estivesse ninguém à sua espera.
Os soviéticos declararam que Gagarin aterrou no interior da cápsula espacial, quando na realidade o astronauta utilizou-se de um pára-quedas na sua aterragem. A União Soviética negou esse fato por anos, com medo de o voo não ser reconhecido pelas entidades internacionais, já que o piloto não acompanhou a nave até o final.
Promovido de tenente a major enquanto ainda estava em órbita, foi com esta patente que a Agência Tass soviética anunciou este espetacular feito ao mundo, que assim tomava conhecimento de que entrava numa nova era, a Era Espacial, a partir daquele momento.
Após o feito, Gagarin tornou-se instantaneamente uma celebridade soviética e mundial e passou a viajar pelo mundo promovendo a tecnologia espacial do seu país, sendo recebido como herói por reis, rainhas, presidentes e multidões por onde passava. Na América, ele passou por Cuba e pelo Brasil, onde esteve no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Brasília. Em terras brasileiras, foi recebido e condecorado pelo então presidente Jânio Quadros com a Ordem do Cruzeiro do Sul (concedida a estrangeiros) e chamado de “Embaixador da Paz”. Em entrevista aos jornais brasileiros, Gagarin declarou que “Os brasileiros são muito efusivos nas suas formas de extravasar a alegria.
Por ter se tornado uma celebridade, foi proibido de voltar ao espaço em agosto de 1967, uma vez que se tornou uma peça importante para a propaganda de seu país e da ideologia socialista. Não podendo voltar ao espaço, participou ativamente no treino de outros cosmonautas.
Porém, a fama e a popularidade começaram a afetar a personalidade de Gagarin, que se viu bastante afeito à fama, e passou a beber constantemente tendo seu casamento afetado por causa disso, chegando a se ferir num acidente causado pela bebida na Crimeia, em companhia de uma jovem enfermeira, em outubro de 1961. A partir de 1962, ocupou o cargo de deputado no Soviete Supremo da União Soviética até voltar à Cidade das Estrelas, o centro espacial soviético, para trabalhar no design de novas espaçonaves.
Depois de vários anos afastado, dedicado apenas ao programa espacial, Gagarin voltou ao curso de treino de pilotos, para uma requalificação como piloto de caça nos novos caças MiG da Força Aérea.

Morte
Após ser desligado do programa espacial, Gagarin fora transferido para um centro de testes de aeronaves, onde iria testar um dos primeiros protótipos do caça supersônico MIG-15. Em 27 de março de 1968, durante um voo de treino de rotina sobre a localidade de Kirzhach, ele e o instrutor de voo Vladimir Seryogin morreram na queda do jato, num acidente nunca devidamente explicado. Um inquérito de 1986 sugeria que a turbulência de um avião interceptador Sukhoi Su-11 pode ter feito o avião de Gagarin sair do controle. Gagarin e Seryogin receberam honras de Estado e foram enterrados na muralha do Kremlin.
Documentos secretos russos tornados públicos em março de 2003 mostraram que a KGB tinha conduzido sua própria investigação do acidente, além de uma investigação governamental e de dois inquéritos militares. O relatório da KGB desmente várias teorias da conspiração, indicando que as ações do pessoal da base aérea contribuíram para o acidente. O relatório afirma que um controlador de tráfego aéreo forneceu a Gagarin informações desatualizadas sobre o tempo, e que no momento de seu voo, as condições se deterioraram significativamente. A equipe de terra deixou também tanques de combustível externo ligados à aeronave. As atividades planeadas para o voo de Gagarin necessitavam tempo claro e nenhum tanque de popa. O inquérito concluiu que a aeronave de Gagarin entrou em um parafuso, ou devido a uma colisão de pássaro, ou por causa de um movimento repentino para evitar outra aeronave. Por causa do boletim meteorológico desatualizado, a tripulação acreditava que sua altitude tinha que ser maior do que realmente era, e não puderam reagir adequadamente para trazer o MiG-15 para fora do seu movimento de rotação.

A soprano Anna Moffo morreu há 6 anos

Anna Moffo (Wayne, 27 de junho de 1932 - 9 de março de 2006, Nova Iorque) foi uma soprano italo-americana, considerada uma das melhores sopranos lírico-coloratura da sua geração, ativa principalmente na década de 1960. Durante seu apogeu, Moffo foi muito admirada pela pureza, agilidade, alcance e emoção de sua voz e sua grande beleza física.

Anna Moffo nasceu em Wayne, Pennsylvania, filha dos italo-americanos Nicola Moffo (um sapateiro) e Regina Cinti. Após graduar-se na Radnor High School, foi-lhe oferecida a oportunidade para ir para Hollywood, mas acabou por optar por estudar no Instituto de Música Curtis na Filadélfia, com Eufemia Giannini-Gregory, irmã da soprano Dusolina Giannini. Em 1954, no programa escolar Fulbright, ela foi para a Itália para completar seus estudos na Academia Nacional de Santa Cecília, em Roma, onde ela foi aluna de Mercedes Llopart e Luigi Ricci. Moffo fez sua estreia operística oficial em 1955 como Norina em Don Pasquale.
Logo após, ainda sem muita experiência e virtualmente desconhecida, ela teve a oportunidade de cantar o papel de Cio-Cio San em uma televisão italiana (RAI), em uma produção de Madame Butterfly de Giacomo Puccini. A produção foi para o ar em 24 de janeiro de 1956 e fez de Moffo uma sensação através de toda a Itália. Outras ofertas logo apareceram e ela apareceu em outras duas produções televisionadas no mesmo ano, como Nannetta em Falstaff de Giuseppe Verdi e como Amina em La sonnambula de Vincenzo Bellini. Ela apareceu como Zerlina em Don Giovanni no Festival Aix-en-Provence e fez sua primeira gravação para a EMI como Nannetta, sob a batuta de Herbert von Karajan e como Musetta em La Bohème com Maria Callas, Giuseppe di Stefano e Rolando Panerai. No ano seguinte, em 1957, ela fez sua estreia na Ópera Estatal de Viena, no Festival de Salzburgo, no Teatro alla Scala de Milão e no Teatro San Carlo, em Nápoles.
Moffo retornou aos Estados Unidos para sua estreia como Mimi em La Bohème, ao lado de Jussi Björling na Ópera Lírica de Chicago, em 16 de outubro de 1957. Sua estreia no Metropolitan Opera House de Nova Iorque aconteceu em 14 de novembro de 1959 como Violetta em La traviata de Giuseppe Verdi. Ela apresentou-se no Metropolitan Opera durante dezassete temporadas em papéis como Lucia di Lammermoor, Adina em L'elisir d'amore, Gilda em Rigoletto, Liù em Turandot, Nedda em Pagliacci, Pamina em Die Zauberflöte, Juliette em Roméo et Juliette, Manon, Mélisande em Pelléas et Mélisande, entre outras.
No fim da década de 1950, ela gravou Susanna de Le nozze di Figaro de Wolfgang Amadeus Mozart, ao lado de Elisabeth Schwarzkopf e Giuseppe Taddei, conduzidos por Carlo Maria Giulini e recitais de Mozart com árias coloratura com a EMI e então tornou-se uma artista exclusiva da RCA Victor.
Moffo também foi convidada a apresentar-se na Ópera de São Francisco, onde ela fez sua estreia como Amina de La sonnambula, em primeiro de outubro de 1960. Durante esse período ela também fez diversas aparições na televisão americana, enquanto gozava do sucesso internacional, cantando nas maiores casas de ópera em todo o mundo (Estocolmo, Berlim, Monte Carlo, Cidade do México, Buenos Aires, etc.). Ela também fez sua estreia no Royal Opera House em Londres, como Gilda, em uma produção da ópera Rigoletto de Franco Zeffirelli, em 1964.
Moffo tinha uma popularidade particular na Itália e apresentava-se lá regularmente. Ela era a apresentadora do programa semanal na televisão italiana "The Anna Moffo Show", que foi esteve no ar de 1960 até 1973, sendo eleita uma das dez mulheres mais bonitas na Itália. Ela apareceu nos filmes das óperas La traviata (1968) e Lucia di Lammermoor (1971), ambos conduzidos pelo seu marido Mario Lanfranchi, como em outros filmes não-operísticos.
Com os trabalhos que exigiam muito da voz e sua exaustão psicológica, Moffo sofreu problemas na voz em 1974 e de que nunca recuperou totalmente. Assim ela teve que se retirar em 1976, aparecendo depois esporadicamente. Sua última performance em uma ópera foi no Metropolitan Opera House em 1983, nas celebrações do centenário da casa, onde ela cantou a música "Will You Remember?" de Sigmun Romberg com o barítono Robert Merrill. Após sua retirada dos palcos, ela continuou o seu trabalho no mundo operístico, como Conselheira da Metropolitan Opera.


Brad Delp, dos Boston, morreu há 5 anos

Bradley E. Delp (Danvers, Massachusetts, 12 de junho de 1951Atkinson, New Hampshire, 9 de março de 2007) foi um músico norte americano, mais conhecido como vocalista principal da banda de rock Boston.

Primeiros anos
Nascido em Danvers, Massachusetts, o interesse musical de Delp começou aos treze anos de idade, quando comprou um guitarra depois de ter visto uma actuação dos Beatles no The Ed Sullivan Show. Em 1970, fazia elementos de aquecimento para as máquinas "Mr. Coffee" na companhia de Danvers "Hot-Watt" quando conheceu o fundador dos Boston, Tom Scholz, o guitarrista Barry Goudreau e o baterista Jim Masdea, enquanto tocava numa banda cover.

Boston e outras bandas
Delp fez uma audição para vocalista principal da banda Boston e conseguiu o lugar imediatamente. Também contribuiu como voz de apoio, na guitarra e no teclado, nos álbuns desta banda, além de também tocar harmónica. A sua parceria com o guitarrista Tom Scholz conduziu a uma série de canções de sucesso.
Os Boston tiveram grandes êxitos no fim da década de 1970, como "Long Time" e "Peace of Mind".
No álbum de 1994, Walk On, Fran Cosmo substituiu Delp, mas o álbum não vendeu como de costume. Mais tarde Delp partilhou vocais com Cosmo em concerto, onde Delp disse que Cosmo cobriu "a maioria das partes verdadeiramente duras.
Delp também foi vocalista principal da banda Return to Zero, uma banda criada pelo antigo membro dos Boston, Barry Goudreau. Delp também atuou com Goudreau num álbum recente.
Mais tarde, Delp tocou numa banda cover que interpretava temas dos Beatles, chamada Beatlejuice, quando tinha tempo.

Últimos anos
Delp foi casado com Micki Delp e tiveram dois filhos antes de se divorciarem. Delp foi vegetariano por mais de trinta anos, e contribuiu para várias causas de caridade. Delp preparava-se para casar com a namorada de longos anos Pamela Sullivan durante uma pausa de dois dias no tour dos Boston, no Verão de 2007.
Delp foi encontrado morto em sua casa, por causas desconhecidas, no dia 9 de março de 2007, aos 55 anos de idade. Naquele dia, o Web site oficial da banda foi substituído pela declaração: "Perdemos o tipo mais simpático no rock and roll." Estava programado que tocaria com os Beatlejuice em Somerville (Massachusetts), no dia em que morreu. Os Beatlejuice cancelaram os espectáculos seguintes, para o velório de Delp.
No dia 15 de março de 2007 a polícia do norte-americano de New Hampshire anunciou que Brad Delp cometeu suicídio por inalação de monóxido de carbono libertado pelo seu veículo.


quinta-feira, março 08, 2012

O maior meteorito alguma vez recuperado caiu há 36 anos na China

(imagem daqui)

No dia 8 de março de 1976, há 34 anos, ocorreu a queda do maior meteorito rochoso já registada. O Meteorito Jilin caiu perto da cidade de Jilin, na Manchúria, nordeste da China (44° 0′ N, 126° 0′ E).

Foram recuperadas quase 4 toneladas de escombros do meteorito classificado com um condrito tipo H5 e o maior dos pedaços tinha um peso de 1,77 toneladas. Trata-se também do fragmento mais massivo já recuperado de um meteorito.

O impacto produziu uma cratera de 6 metros de profundidade, a cerca de 200 metros da residência mais próxima em Jilin.

(imagem daqui)

Mais novidades sobre dinossáurios

Identificada cor das penas do dinossauro
Microraptor era dinossauro alado negro e brilhante

Nova representação do Microraptor (Mick Ellison)

Fóssil do Microraptor (Mick Ellison)

Nos céus do Cretácico, há 130 milhões de anos, o Microraptor seria um vulto negro e brilhante a planar. O dinossauro alado já é bem conhecido entre os paleontólogos, mas nunca se tinha analisado com este detalhe a cor da plumagem. Uma equipa de cientistas descobriu que as penas eram negras e tinham um brilho iridescente, uma característica comum nas aves de hoje, mas que só se tinha encontrado ainda num fóssil de uma ave com 47 milhões de anos. O estudo é publicado nesta quinta-feira na edição online da Science.

 “Com numerosas descobertas de fósseis de aves e plantas com flores, já sabíamos que o Cretácico era um mundo colorido, mas agora aumentámos essa perspectiva com o Microraptor, o primeiro dinossauro a mostrar uma cor iridescente”, disse Ke-Qin Gao, um dos vários autores do estudo, da Universidade de Peking, em Pequim. “Há poucos anos, teria sido inconcebível para nós imaginar que iríamos fazer um estudo destes”, disse em comunicado.

As conclusões foram retiradas a partir de um fóssil com penas de Microraptor, descoberto no Nordeste da China, que já tinha sido estudado. Desta vez, os cientistas analisaram as penas com um microscópio electrónico. Para onde olharam? Para os melanossomas. Estruturas ricas em pigmentos, que consoante o seu tamanho, forma e empilhamento, ajudam a reflectir a luz de uma certa forma, e dão cor às penas.

Os cientistas compararam os melanossomas do Microraptor com os melanossomas de aves vivas com diferentes cores e, a partir da organização destas estruturas e a comparação com o que se passa hoje na natureza concluíram que a plumagem do Microraptor era preta e tinha um brilho iridescente – que faz reflectir todas as cores do arco-íris. Este brilho só surge quando os melanossomas estão postos em camadas empilhadas.

“As aves modernas usam as suas penas para vários objectivos diferentes, desde o voo, passando pela termorregulação até aos rituais de acasalamento”, disse Matt Shawkey, investigador da Universidade de Akron, Ohio, EUA, que também fez parte da equipa. “A iridescência está espalhada nos pássaros modernos e é frequentemente utilizada em exibições. Esta prova de que o Microraptor era iridescente sugere que as penas eram importantes para a exibição numa altura relativamente inicial da evolução”, disse em comunicado.

Jorge Fernando nasceu há 55 anos

Jorge Fernando é um músico e produtor português. É um dos compositores mais cantados da música portuguesa. É autor de "Boa noite solidão", "Búzios", "Quem vem ao fado" ou "Chuva".



Nasceu em Lisboa no ano de 1957.

Além de viola é também produtor, compositor, letrista e intérprete. No seu mais recente trabalho, "Memória e fado", inclui um dueto gravado, em 1994, com Amália Rodrigues de quem foi acompanhante de 1980 a 1985.

O perfil artístico de Jorge Fernando começou ainda menino, a cantar fado acompanhado pelo seu avô à guitarra, na adolescência caminha pela música rock, na década seguinte concorre ao Festival RTP da Canção com "Rosas brancas" (1983) e dois anos depois com "Umbadá". Em 1986 gravou o seu primeiro álbum, onde inclui "Lua Feiticeira Lua'. Em 1988 editou o primeiro álbum de fado onde inclui "Boa noite solidão" que escrevera aos 16 anos, e "Quem vai ao fado".

Como produtor assinou o primeiro álbum de Mariza, "Fado em mim", os mais recentes de Ana Moura e Maria da Fé, respectivamente, "Aconteceu" e "Divino fado", bem como os de Patrícia Rodrigues, Ricardo Ribeiro e João Pedro. Além de Amália, Jorge Fernando acompanhou vários fadistas como Fernando Maurício, Maria da Fé, Ana Moura, Argentina Santos ou José Manuel Barreto.

Em 1988 a Rádio Comercial atribuiu-lhe, por escolha do público, o Prémio de Popularidade. Em 1991 editou "À tua porta", seguindo-se "Oxalá" que a revista Billboard considerou, em 1994, "obra de referência para a World Music". Em 1997 com o álbum 'Terra d'água" faz uma ponte entre a balada e o fado, gravando no ano seguinte "Fado - The soul of Portugal", com Argentina Santos.

Em 1999 sai o álbum "Rumo ao Sul", em 2004, é editado "Fado velho" e passa actuar regularmente no restaurante típico Senhor Vinho. Foi convidado pelo pianista italiano Arrigo Cappellettí para participar como co-produtor e cantor num projecto que inclui a gravação de um CD com poesia contemporânea portuguesa, em conjunto com o bandoneonista Daniel di Bonaventura, o violoncelista David Zaccaria e o guitarrista Custódio Castelo. Em Itália, a Academia de Marco Poeta, distinguiu-o com o Prémio Carreira em reconhecimento do seu talento como cantor autor, produtor, instrumentista e impulsionador de novos talentos.

Em 2005, completou 30 anos de carreira artística, somando diferentes actuações em Portugal e no estrangeiro, de que destaca a Gala de Portugal – Noite de Fado, em Paris, com o patrocínio da UNESCO. "Memória e fado", editado o ano passado, conta com as colaborações de Egberto Gismonti, Toninho Horta, Zeca Assumpção, Wiliiam Galíson, entre outros. Ainda em 2005 recebe na I Grande Gala dos Troféus Amália Rodrigues é-lhe atribuído o galardão de Violista-Compositor.

Em 2006 na II Grande Gala dos Troféus Amália Rodrigues recebe o galardão de Melhor Viola.


Domingos Sequeira morreu há 175 anos

(imagem daqui
  
Domingos António de Sequeira (Lisboa, 10 de março de 1768 - Roma, 8 de março de 1837) foi um pintor português.
De origem modesta, foi educado na Casa Pia de Lisboa, após o quê frequentou o curso de Desenho e Figura na Aula Régia e trabalhou como decorador. Com uma pensão de D. Maria I, em 1788, partiu para Itália e estudou na Academia Portuguesa em Roma, onde recebeu aulas de António Cavallucci.
Admitido, depois, na Academia di San Luca, aí pintou a Degolação de São João Baptista, a Alegoria à Casa Pia e a Aparição de Cristo a D. Afonso Henriques.
Regressou a Lisboa em 1795 e de 1798 a 1801 viveu no Convento da Cartuxa de Laveiras.
Nomeado pintor da corte em 1802 e co-director da empreitada de pintura do Palácio da Ajuda, aí pintou abundantemente. Em 1803 foi professor de Desenho e Pintura das princesas, e em 1806, director da aula de Desenho no Porto. Neste período pintou alegorias patrióticas e retratos, fazendo o desenho das peças para oferecer a Beresford.
Viveu intensamente as convulsões políticas da época - foi, sucessivamente, partidário do exército de invasão francês (Junot protegendo Lisboa, 1808), da aliança inglesa (Apoteose de Wellington, 1811), da revolução liberal (retratos de 33 deputados, 1821) e da Carta Constitucional (D. Pedro IV e Maria II, 1825), exilando-se em França com a contra-revolução absolutista da Vila-Francada, onde expôs, no Salão do Louvre, A Morte de Camões (quadro desaparecido no Brasil), obra que lhe mereceu medalha de ouro e colocação entre os pintores românticos mais representativos, ao lado de Eugène Delacroix.
Acabou por se fixar em Roma em 1826, onde se dedicou à pintura religiosa, em visões de luminosidade já romântica (Vida de Cristo, 1828; Juízo Final, 1830).
Morreu naquela cidade, sem rever Portugal, encontrando-se o seu túmulo na Chiesa di Sant'Antonio dei Portoghesi. Foi igualmente autor da baixela neoclássica de cem peças oferecida a Wellington em 1811-1816 que se encontra presentemente na Apsley House.
Em termos estéticos é considerado o pintor de transição do Neoclassicismo para o Romantismo.

Conde de Farrobo - pintura de Domingos Sequeira

Música própria para a data

Chico Buarque - Mulheres de Atenas

Mais poesia de Ruy Cinatti

(imagem daqui)

Poema do Pacto de Sangue

Nobres há muitos. É verdade.
Verdade. Homens muitos. É muito verdade.
Verdade que com um lenço velho
As nossas mãos foram enlaçadas.

Nós, como aliados, eu digo.
Panos, só um, tal qual afirmo.
A lua ilumina o meu feitio.
O sol ilumina o aliado.

Agua de Héler! Pelo vaso sagrado!
Nunca esqueça isto o aliado.
Juntos, combater, eu quero!
Com o aliado, derrotar, eu quero!

A lua ilumina o meu feitio.
O sol ilumina o aliado.
Poderemos, talvez, ser derrotados
Ou combatidos, mas somente unidos.



Ruy Cinatti

Porque hoje é o Dia Internacional da Mulher

Google Doodle de 08.03.2012 - Dia Internacional da Mulher




Que Te Vaya Bonito - Chavela Vargas

Ojala que te vaya bonito
ojala que se acaben tus penas
que te digan que yo ya no existo
que conozcas personas mas buenas
que te den lo que no pude darte
aunque yo te haya dado de todo
nunca mas volvere a molestarte
te adore, te perdi, ya ni modo

Cuantas cosas quedaron prendidas
hasta dentro del fondo de mi alma
cuantas luces dejaste encendidas
yo no se como voy a apagarlas.

Ojala que mi amor no te duela
y te olvides de mi para siempre
que se llenen de sangre tus venas
y te vista la vida de suerte
yo no se si tu ausencia me mate
aunque tengo mi pecho de acero
pero nadie me llame cobarde
sin saber hasta donde la quiero

Cuantas cosas quedaron prendidas...

Hoje é dia recordar a poesia de Ruy Cinatti

(imagem daqui)

De monte a monta...

De monte a monta, o meu grito
soa, soa, como voz
de um eco do infinito
ecoando em todos nós.

Timor cresce como um grito
ecoando em todos nós.



in
Obra Poética - Ruy Cinatti

Berlioz morreu há 143 anos

Louis Hector Berlioz (Côte - Saint-André, 7 de fevereiro de 1803 - Paris, 8 de março de 1869) foi um compositor do Romantismo francês, conhecido por sua Sinfonia Fantástica (1830) e pela Missa de Requiem (1837).

Berlioz nasceu a 11 de dezembro de 1803, em Côte-Saint-André, entre Grenoble e Lyon, na França. hector foi educado em casa com a ajuda de seu pai e cresceu com os ensinamentos baseados em Rousseu. Seu pai era médico e o jovem Hector foi enviado a Paris para estudar medicina, como o pai. Berlioz, insatisfeito com a escola de medicina, desistiu do curso para estudar música, contra a vontade de seu pai. O jovem entrou para o conservatório de Paris, para estudar composição.
Desde cedo, o compositor identificou-se com o movimento romântico francês. Entre outros, eram amigos dele os escritores Alexandre Dumas, Victor Hugo e Honoré de Balzac. Posteriormente, Théophile Gautier escreveria:
"Hector Berlioz parece formar, juntamente com Hugo e Delacroix, a Trindade da Arte Romântica."
Seu amor não correspondido pela atriz Henrietta Constance Smithson serviu de inspiração para a composição da Sinfonia Fantástica. No mesmo ano da première desta obra (1830), Berlioz ganhou o Prix de Rome. Ao voltar a Paris, após seus dois anos de estudo em Roma, ele finalmente casou-se com Smithson, quando esta finalmente foi a uma apresentação da Sinfonia Fantástica. Entretanto, após poucos anos, o relacionamento acabou.
Um noivado com Marie Moke, ocorrido na época em que Smithson rejeitou Berlioz, foi rompido quando a mãe de Marie resolveu casá-la com o pianista e fabricante de pianos Camille Pleyel.
Durante sua vida, Berlioz foi mais famoso como regente do que como compositor, ele regularmente viajava para a Alemanha e Inglaterra, para reger óperas e música sinfónica, tanto obras suas quanto de outros compositores.
Hector Berlioz faleceu em 8 de março de 1869 e está sepultado no Cemitério de Montmartre, com suas duas esposas, Harriet Smithson (falecida em 1854) e Marie Recio (falecida em 1862).

Influências
Berlioz era um amante da literatura, e muitas de suas melhores composições são influenciadas por obras literárias. Para compor a Perdição de Fausto, Berlioz baseou-se no Fausto, de Goethe; para Haroldo na Itália, baseou-se no Childe Harold, de Lord Byron e, para Benvenuto Cellini, na autobiografia de Cellini. Para a criação de Romeo et Juliette, a base foi a obra, de mesmo nome, de Shakespeare. Para compor sua grande obra, Les Troyens, foi influenciado pela leitura da Eneida, de Virgílio. Para compor sua última ópera, Béatrice et Bénédict, Berlioz preparou um libretto vagamente baseado na peça de Shakespeare, Much Ado About Nothing.
Além de influenciado por obras literárias, Berlioz também admirava a obra de Beethoven (à época, desconhecido na França). A apresentação da Sinfonia Eroica em Paris causou profundas influências na obra de Berlioz. Além de Beethoven, o compositor também admirava Gluck, Weber e Spontini.

A Sinfonia Fantástica
Aos 25 anos, apaixona-se perdidamente pela actriz irlandesa Harriet Smithson, que interpretou papéis das obras de Shakespeare, como Ophelia ou Juliet. Duas obras de Berlioz foram inspiradas neste seu amor: Symphonie Fantastique e Roméo et Juliette. Berlioz deixou também um importante trabalho teórico - o seu Grand Traité d’Instrumentation et d’Orchestration Modernes (publicado em 1843 e revisto em 1855). Essa sua investigação reflecte-se indubitavelmente nas suas obras sinfónicas, como será focado mais à frente.
A audição da Symphonie Fantastique é acompanhada pelo público com a leitura de um programa, escrito pelo próprio compositor – Episódio na vida de um artista – que relata alguns dos momentos da sua paixão pela actriz. A existência do programa torna unívoca a interpretação da música, esclarece o seu sentido aos ouvintes e explica a sua forma. Foi a primeira obra de música programática puramente instrumental, embora se baseie claramente nos princípios da reforma da ópera de C. W. Gluck (1714-1787), em que se defendia a primazia da transmissão dos afectos do libreto no discurso musical. Aliás, alguns pormenores de instrumentação como as harpas, o corne inglês e os sinos são aqui pela primeira vez utilizados em música sinfónica, apesar de já terem integrado a orquestra na ópera. Para além do facto da sinfonia ter 5 andamentos, de características originais na época, uma outra inovação inserida por Berlioz é o conceito de ideé-fixe, um tema melódico, associado a uma personagem (neste caso a sua amada), que surge de forma recorrente ao longo da obra.
A estreia da Symphonie Fantastique em 1830 em Paris, foi símbolo do início do Romantismo em França. Era a primeira vez que um compositor expunha explicitamente uma experiência pessoal numa obra musical. A expressão do "eu" e do sentimento tornaram-se, a partir daí, importantes pilares da música romântica em toda a Europa. O conceito de música programática ficou também para as gerações futuras, em compositores como Liszt ou os russos do Grupo dos Cinco. Hector Berlioz foi, acima de tudo, um compositor que criou com originalidade, fundando importantes conceitos para o futuro.


George Coleman faz hoje 77 anos

(imagem daqui)

George Edward Coleman (Memphis, Tennessee, 8 de março de 1935), é um saxofonista tenor de jazz, norte-americano, de estilo hard bop.
Dos vários prémios que recebeu, destaca-se o Life Achievement Award, pela Jazz Foundation of America, em 7 de março de 1997.


O vocalista dos Keane faz hoje 33 anos

Thomas Oliver Chaplin (8 de março de 1979, Hastings, East Sussex), conhecido como Tom Chaplin é o vocalista - e também o mais novo membro - da banda britânica Keane. Ele também toca guitarra, viola e piano e já compôs algumas letras para a banda, mas o letrista principal do trio chama-se Tim (que aparece ao lado do baterista Richard).
Dono de uma potência vocal incrível, esta contrasta com o timbre doce que entoa o hit-hino da banda 'Somewhere Only We Know' do álbum Hopes and Fears, de 2004.
Tom Chaplin, revelou no site oficial da banda no fim de 2007 que sente-se ainda o mesmo menino dos tempos iniciais da banda. "Sempre serei o mais novo, e por mais que fiquemos velhos, sempre sentirei que precisarei dos conselhos do Tim e do Richard", diz Chaplin. Também revelou que está muito animado com as gravações do terceiro CD, e que já têm uma canção favorita, Perfect Symmetry. "Foi a melhor música que Tim já compôs", disse Tom com exclusividade ao site oficial da banda.
Recentemente, 10 de Maio de 2010, lançaram um novo EP ("Night Train"), que deve o seu nome ao meio de transporte favorito da banda durante as tours. Na primeira semana de vendas, conseguiu atingir o primeiro lugar no top de vendas britânico (facto transmitido pela banda no site oficial, com grande satisfação e entusiasmo).


O poeta e pedagogo João de Deus nasceu há 182 anos

Estátua a João de Deus no Jardim da Estrela 
João de Deus de Nogueira Ramos (São Bartolomeu de Messines, 8 de março de 1830 - Lisboa, 11 de janeiro de 1896), mais conhecido por João de Deus, foi um eminente poeta lírico, considerado à época o primeiro do seu tempo, e o proponente de um método de ensino da leitura, assente numa Cartilha Maternal por ele escrita, que teve grande aceitação popular, sendo ainda utilizado. Gozou de extraordinária popularidade, foi quase um culto, sendo ainda em vida objecto das mais variadas homenagens e, aquando da sua morte, sepultado no Panteão Nacional. Foi considerado o poeta do amor.

(...)

Na literatura da sua época, João de Deus ocupou uma posição singular e destacada. Surgido nos finais do ultra-romantismo, aproximou-se da tradição folclórica de forma mais conseguida que qualquer outro escritor romântico português. A sua poesia distinguiu-se, sobretudo, pela grande riqueza musical e rítmica.
Grande parte da sua obra poética está presente em Flores do Campo (publicada em 1868), Folhas Soltas (1876) e Campos de Flores. Esta última obra, publicada em 1893, além de conter outros poemas, engloba também o conteúdo de "Flores do Campo" e "Folhas Soltas", pelo que funciona como uma colectânea da sua obra poética.
Foi, ainda, autor de fábulas e de obras destinadas ao teatro, estas na maior parte dos casos traduções e adaptações de autores estrangeiros. Grande parte da sua produção em prosa foi reunida na colectânea Prosas.
Mas a sua obra mais importante viria a ser a Cartilha Maternal, um método destinado a ajudar a aprendizagem da leitura a criança, que ainda hoje mantém seguidores.


Saudade


Tu és o cálice;
Eu, o orvalho!
Se me não vales,
Eu o que valho?


Eu se em ti caio
E me acolheste
Torno-me um raio
De luz celeste!


Tu és o colo
Onde me embalo,
E acho consolo,
Mimo e regalo:


A folha curva
Que se aljofara,
Não d'água turva,
Mas d'água clara!


Quando me passa
Essa existência,
Que é toda graça,
Toda inocência,


Além da raia
D'este horizonte -
Sem uma faia,
Sem uma fonte;


O passarinho
Não se consome
Mais no seu ninho
De frio e fome,


Se ela se ausenta,
A boa amiga,
Ah! que o sustenta
E que o abriga!


Sinto umas mágoas
Que se confundem
Com as que as águas
Do mar infundem!


E quem um dia
Passou os mares
É que avalia
Esses pesares!


Só quem lá anda
Sem achar onde
Sequer expanda
A dor que esconde;


Longe do berço,
Morrendo à mingua,
País diverso...
Diversa língua...


Esse é que sabe
O meu tormento,
Mal se me acabe
Aquele alento!


Ah, nuvem branca
Ah, nuvem d'oiro!
Ninguém me estanca
Amargo choro;


E assim que passes
Mesmo de largo...
Vê n'estas faces
Se há pranto amargo.


Tu és o norte
Que me desvias
De ir dar à morte
Todos os dias;


A larga fita
Que d'alto monte
Cerca e limita
O horizonte!


Tu és a praia
Que eu solicito!
Tu és a raia
D'este infinito!


Se há uma gruta
Onde me esconda
À força bruta
Que traz a onda;


À força imensa
D'esta corrente
D'alma que pensa,
Alma que sente;


Se há uma vela,
Se há uma aragem,
Se há uma estrela,
N'esta viagem...


É quem eu amo,
A quem adoro!
E por quem chamo!
E por quem choro!


in Ramo de Flores - João de Deus

O poeta, agrónomo e antropólogo Ruy Cinatti nasceu há 97 anos

(imagem daqui)

Ruy Cinatti Vaz Monteiro Gomes (Londres, 8 de março de 1915 - Lisboa, 12 de outubro de 1986) foi um poeta, antropólogo e agrónomo português.
Ruy Cinatti escreveu sobre São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Foi co-fundador de Os Cadernos de Poesia (1940).


Quando o amor morrer dentro de ti


Quando o amor morrer dentro de ti,
Caminha para o alto onde haja espaço,
E com o silêncio outrora pressentido
Molda em duas colunas os teus braços.
Relembra a confusão dos pensamentos,
E neles ateia o fogo adormecido
Que uma vez, sonho de amor, teu peito ferido
Espalhou generoso aos quatro ventos.
Aos que passarem dá-lhes o abrigo
E o nocturno calor que se debruça
Sobre as faces brilhantes de soluços.
E se ninguém vier, ergue o sudário
Que mil saudosas lágrimas velaram;
Desfralda na tua alma o inventário
Do templo onde a vida ora de bruços
A Deus e aos sonhos que gelaram.




in Obra Poética - Ruy Cinatti