Identificada cor das penas do dinossauro
Microraptor era dinossauro alado negro e brilhante
Microraptor era dinossauro alado negro e brilhante
Nova representação do Microraptor (Mick Ellison)
Fóssil do Microraptor (Mick Ellison)
Nos céus do Cretácico, há 130 milhões de anos, o Microraptor seria um vulto negro e brilhante a planar. O dinossauro alado já é bem conhecido entre os paleontólogos, mas nunca se tinha analisado com este detalhe a cor da plumagem. Uma equipa de cientistas descobriu que as penas eram negras e tinham um brilho iridescente, uma característica comum nas aves de hoje, mas que só se tinha encontrado ainda num fóssil de uma ave com 47 milhões de anos. O estudo é publicado nesta quinta-feira na edição online da Science.
“Com numerosas descobertas de fósseis de aves e plantas com flores, já sabíamos que o Cretácico era um mundo colorido, mas agora aumentámos essa perspectiva com o Microraptor, o primeiro dinossauro a mostrar uma cor iridescente”, disse Ke-Qin Gao, um dos vários autores do estudo, da Universidade de Peking, em Pequim. “Há poucos anos, teria sido inconcebível para nós imaginar que iríamos fazer um estudo destes”, disse em comunicado.
As conclusões foram retiradas a partir de um fóssil com penas de Microraptor, descoberto no Nordeste da China, que já tinha sido estudado. Desta vez, os cientistas analisaram as penas com um microscópio electrónico. Para onde olharam? Para os melanossomas. Estruturas ricas em pigmentos, que consoante o seu tamanho, forma e empilhamento, ajudam a reflectir a luz de uma certa forma, e dão cor às penas.
Os cientistas compararam os melanossomas do Microraptor com os melanossomas de aves vivas com diferentes cores e, a partir da organização destas estruturas e a comparação com o que se passa hoje na natureza concluíram que a plumagem do Microraptor era preta e tinha um brilho iridescente – que faz reflectir todas as cores do arco-íris. Este brilho só surge quando os melanossomas estão postos em camadas empilhadas.
“As aves modernas usam as suas penas para vários objectivos diferentes, desde o voo, passando pela termorregulação até aos rituais de acasalamento”, disse Matt Shawkey, investigador da Universidade de Akron, Ohio, EUA, que também fez parte da equipa. “A iridescência está espalhada nos pássaros modernos e é frequentemente utilizada em exibições. Esta prova de que o Microraptor era iridescente sugere que as penas eram importantes para a exibição numa altura relativamente inicial da evolução”, disse em comunicado.
As conclusões foram retiradas a partir de um fóssil com penas de Microraptor, descoberto no Nordeste da China, que já tinha sido estudado. Desta vez, os cientistas analisaram as penas com um microscópio electrónico. Para onde olharam? Para os melanossomas. Estruturas ricas em pigmentos, que consoante o seu tamanho, forma e empilhamento, ajudam a reflectir a luz de uma certa forma, e dão cor às penas.
Os cientistas compararam os melanossomas do Microraptor com os melanossomas de aves vivas com diferentes cores e, a partir da organização destas estruturas e a comparação com o que se passa hoje na natureza concluíram que a plumagem do Microraptor era preta e tinha um brilho iridescente – que faz reflectir todas as cores do arco-íris. Este brilho só surge quando os melanossomas estão postos em camadas empilhadas.
“As aves modernas usam as suas penas para vários objectivos diferentes, desde o voo, passando pela termorregulação até aos rituais de acasalamento”, disse Matt Shawkey, investigador da Universidade de Akron, Ohio, EUA, que também fez parte da equipa. “A iridescência está espalhada nos pássaros modernos e é frequentemente utilizada em exibições. Esta prova de que o Microraptor era iridescente sugere que as penas eram importantes para a exibição numa altura relativamente inicial da evolução”, disse em comunicado.