quinta-feira, dezembro 15, 2011

Ciência e Prendas de Natal - algumas sugestões

Como sempre, a LIDL aproveita a época do ano para colocar nas suas prateleiras excelentes produtos científicos, a preços bastante módicos, desta vez a partir de 19.12.2011 (2ª) e que vale a pena aqui abordar:

1. Telescópio Skylux (89.99 €)

  • Buscador de 6x25
  • 3 oculares (20/12/4 mm)
  • Lente Barlow de 1,5x
  • Inclui: Software e tripé em alumínio regulável em altura e outros acessórios
Mais informação técnica:
  • Distância focal: 900 mm
  • Ampliação: 45x - 337,5x (com Barlow 1,5x)
  • Objectiva: 70 mm de diâmetro
  • Oculares: 31,7 mm (1,25 polegadas) de diâmetro
NOTA: uma excelente luneta, com um bom tripé e material de qualidade, boa para principiantes.


2. Microscópio Escolar (69.99 €)

Descrição
  • 3 objetivas rotativas de elevada qualidade (4x, 10x e 40x)
  • Lente de Barlow 2x e 2 oculares de ângulo de visão largo (5x/16x)
  • Ampliação: 20x/1280x
  • Disco de filtro com 6 cores
  • Iluminação regulável através de reóstato
  • Possibilidade de iluminação LED
  • Ocular para ligação ao PC através de USB e software
  • Inclui mala e uma vasta gama de preparados e instrumentos

NOTA: trata-se de um pequeno grande microscópio, que muitas escolas têm adquirido para os seus laboratórios, pois é excelente em qualidade e preço; a possibilidade de tirar fotografias e fazer filmes através do computador, de projetar para todos alunos de uma turma, torna-o ainda mais interessante...! Sugere-se ainda a observação do vídeo sobre o mesmo: ver AQUI.


3. Telescópio Terrestre (39.99 €)

Descrição
  • Ampliação: zoom de 20x - 60x
  • Campo de visão: 29 m/1000 m (a 20x)
  • Foco próximo: 12 m (a 20x)
  • Inclui tripé, saco com alça de transporte e capa de proteção anexada
  • Zoom 20-60x
  • Rotação 360°
NOTA: bom para observações terrestres (aves, objectos fixos, etc.) mas complicado para observar astros, dado o tripé ser fraquinho.



4. Binóculos (19.99 €)

Descrição
  • Reprodução de imagem nítida e de grande contraste
  • Campo de visão de 60 m de largura e 1000 m de distância
  • Prisma de vidro BK7 de alta qualidade
  • Distância interocular regulável de 59-73 mm
  • Ampliação 10x-30x
NOTA: uns excelentes binóculos, bons para observações terrestres e, se usados com tripé e adaptador de binóculos a tripé, em Astronomia.


5. Livro "Astronomia - uma introdução ao universo das estrelas" (11.99 €)

Descrição
  • Introdução ao universo das estrelas
  • Capa rígida
  • Mais de 500 ilustrações

NOTA: vou comprar o livro na 2ª e depois irei dizer aqui o acho dele...

Como a Bulgária e alguns artistas de Hollywood comemoraram o Ano Internacional do Morcego

(imagem daqui)

Para conhecimento de quem ainda não sabia, aqui fica um texto do espeleólogo Lee H. Skinner, veiculado pela mailing list cavediggers, que foi traduzido pelo espeleólogo português Pedro Silva Pinto e colocado na mailing list portuguesa espeleo_pt (com a sugestão deste blog de boicote a tal filme...):


No início de setembro, a capital da Bulgária limpou a poeira dos seus ombros para acolher o elenco repleto de estrelas, do filme de acção de Hollywood "The Expendables 2" (“Os Mercenários 2”).

Para demonstrar o orgulho da Bulgária sobre o facto de estar fornecendo os locais de filmagem para tal blockbuster, uma robusta delegação consistindo do primeiro-ministro Borisov, ministro da Cultura Vezhdi Rashidov e, sem surpresa, a estrela de futebol Hristo Stoichkov, apressou-se a conhecer e cumprimentar as celebridades.

Dominado pela exaltação colectiva na visita de alto perfil, o Ministério búlgaro do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos deu luz verde para as filmagens na caverna Devetashka, um monumento natural de importância nacional e internacional e casa para 13 espécies de morcegos protegidos, duas delas consideradas globalmente ameaçadas de extinção.

A autorização para filmar foi concedida apesar do facto da legislação nacional só permitir actividades relacionadas com o turismo ou a investigação científica poderem ter lugar no local.

Após as lendas de Hollywood deixarem o ‘set’, uma inspeção realizada por ambientalistas revelou o forte impacto sobre o habitat natural.

Os especialistas averiguaram que os morcegos tinham sido acordados da hibernação e estavam enfrentando a morte por exaustão ou subalimentação.

Mesmo que eles pudessem voltar a entrar em hibernação, os biólogos afirmaram, as hipóteses dos mamíferos voadores "o fazerem até ao verão seriam severamente reduzidas porque as suas reservas de energia foram prematuramente esgotadas devido à actividade irregular.

No entanto, os morcegos perturbados podem mesmo não ser capazes de re-hibernar, porque a sua casa se transformou numa barulhenta e concorrida atracção turística depois de "Os Mercenários 2" reconstruirem a ponte que conduz à caverna Devetashka e deixando-a como um "presente" para o país.

A inspecção realizada por peritos ambientais mostrou que a caverna estava habitada por tão pouco quanto 10.400 morcegos, enquanto no inverno de 2010 tinham sido mais de 35.000.

Os biólogos encontraram morcegos mortos de três espécies que tinham caído do tecto da caverna, vendo-se nos seus cadáveres sinais facilmente discerníveis de exaustão.

A verificação mostrou que a equipa de filmagem tinha violado os termos da licença, entrando na parte escura da caverna e praticando uma variedade de actividades particularmente barulhentas.

A Comissão Europeia e um número de organizações ambientais globais requereram investigações a respeito do porquê da situação ter sido autorizada.

Ministério búlgaro do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos respondeu com a sua habitual frase: Haverá multas!


Para que serve esta história?

Serve para mostrar que os morcegos da Bulgária são dispensáveis.

Também mostra que o ‘Ministério do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos’ é antes um ‘Ministério para a Venda de Ambiente e Recursos Hídricos’.

A ironia disto tudo é que isto está a acontecer em 2011, o Ano Internacional do Morcego, como declarado pela Convenção do UNEP sobre Espécies Migratórias (CMS) e pelo Acordo sobre a Conservação das Populações de Morcegos Europeus (EUROBATS).

O blog Geopedrados adverte que seis anos de convívio com ladrões dá problemas nos (poucos) neurónios de um vice-presidente da bancada parlamentar do PS

Declarações em jantar de Natal em Castelo de Paiva
Vice-presidente da bancada do PS disse que Portugal devia “marimbar-se” para os credores

“Ou os senhores se põem finos ou nós não pagamos”, disse Pedro Nuno Santos, num jantar de Natal

Pedro Nuno Santos, um dos vice-presidentes do grupo parlamentar do PS, afirmou que se estava a “marimbar para o banco alemão que emprestou dinheiro a Portugal nas condições em que emprestou”, sugerindo que o país deve suspender o pagamento da sua dívida para deixar “as pernas dos banqueiros alemães a tremer”.

As declarações do dirigente socialista foram feitas no passado sábado durante um jantar de Natal do partido em Castelo de Paiva e registadas pela Rádio Paivense FM, mas só agora vieram a público, quando reproduzidas pela Rádio Renascença. Contactado pelo PÚBLICO, Pedro Nuno Santos assegura que as declarações foram retiradas do contexto e que, num longo discurso, apenas disse que perante “o ciclo de empobrecimento e de sucessivos sacrifícios cada vez mais duros o país deve colocar os interesses dos portugueses à frente do dos credores”.

Questionado sobre se as suas declarações não podem comprometer o trabalho que Portugal está a fazer no sentido de cumprir o memorando de entendimento assinado com na troika (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) e trabalhado ainda pelo anterior Governo e suscitar uma reacção adversa por parte dos mercados, o deputado reafirmou ao PÚBLICO que o seu discurso não foi feito no sentido de Portugal não cumprir o acordo: “Nunca disse que a dívida não deve ser paga. Mas a dívida é a nossa única arma para podermos impor condições mais favoráveis, pois a recessão é o primeiro passo para nos impedir de cumprir o acordo”.

Pedro Nuno Santos asseverou também que o facto de a cimeira europeia da passada semana não ter acalmado os mercados é “mais uma prova de que chega de nos submetermos aos credores e aos mercados”. “É incompreensível que os países periféricos não façam o que faz o Presidente francês [Nicolas Sarkozy] e a chanceler alemã [Angela Merkel]. Deviam unir-se. Eles reuniram-se antes da cimeira para decidirem o que deviam decidir os 27 [Estados-membros] e os periféricos deviam fazer o mesmo”, reiterou.

No entanto, no polémico jantar, Pedro Nuno Santos disse: “Estou a marimbar-me que nos chamem irresponsáveis. Temos uma bomba atómica que podemos usar na cara dos alemães e franceses. Essa bomba atómica é simplesmente não pagarmos”, afirmou o deputado no polémico jantar. “Ou os senhores se põem finos ou nós não pagamos”, disse também Pedro Nuno Santos na altura.

"A primeira responsabilidade de um primeiro-ministro é tratar do seu povo"

“Se não pagarmos a dívida e se lhes dissermos as pernas dos banqueiros alemães até tremem”, concluiu no jantar o socialista, defendendo que o Governo deve ignorar as exigências dos credores internacionais para poupar os portugueses aos sacrifícios da austeridade. “A primeira responsabilidade de um primeiro-ministro é tratar do seu povo. Na situação em nós vivemos, estou-me marimbando para os credores e não tenho qualquer problema enquanto político e deputado de o dizer. Porque em primeiro lugar, antes dos banqueiros alemães ou franceses, estão os portugueses”, reafirmou Pedro Nuno Santos.

Em referência à actual situação do país, insistiu que vale tudo e fez uma referência aos líderes europeus: “Provavelmente nunca jogaram póquer e não sabem que estamos numa guerra política e que o bluff é uma arma”. E acrescentou: “Nós temos primeiros-ministros na Europa que estão mais preocupados em passar uma mensagem aos credores: que nós somos gente responsável; não se preocupem, nós vamos pagar a dívida toda, nem que o nosso povo corte os pulsos e passe fome, mas nós vamos tratar de pagar a nossa dívida”.
Confrontado com as declarações de Pedro Nuno Santos, o líder da bancada socialista, Carlos Zorrinho, em declarações à Rádio Renascença, disse manter a confiança política no deputado, embora discorde da sua posição e da forma como as afirmações foram proferidas. Ainda assim, Zorrinho entende que deve ser tido em consideração o local onde Pedro Nuno Santos falou: “Teve uma imagética forte para expressar de forma caricatural a ideia de que devemos pagar a dívida obviamente – que é uma grande prioridade – mas nunca devemos esquecer as pessoas e o impacto desse pagamento”. À TSF, Zorrinho especificou que as palavras do seu vice-presidente devem ser lidas como um apelo a que a União Europeia faça acompanhar as medidas de austeridade de políticas de crescimento.Sobre eventuais consequências políticas das suas declarações, Pedro Nuno Santos limitou-se a dizer: “Eu disse o que penso e no dia em que não puder dizer estou mal na política”.



NOTA: quando a irresponsabilidade e a insensatez se juntam numa cabecinha de um vice-presidente de uma bancada parlamentar, após seis anos de gastar até ao último cêntimo, dá declarações como estas, injustificáveis e puníveis. A máquina do PS continua a triturar o actual chefe, enquanto decide se quer o D. Sebastião de Paris ou o Costa Restaurador de Lisboa...

Walt Disney morreu há 45 anos

Walt Disney em uma cena do trailer de 1937 do filme de Branca de Neve, apresentando os Sete Anões, através de modelos dos personagens

Walter Elias Disney (Chicago, 5 de dezembro de 1901 - Los Angeles, 15 de dezembro de 1966) foi um produtor cinematográfico, cineasta, diretor, roteirista, dobrador, animador, empreendedor, filantropo e co-fundador da The Walt Disney Company. Tornou-se conhecido, nas décadas de 1920 e 1930, por seus personagens de desenho animado, como Mickey e Pato Donald. Ele também foi o criador do parque temático sediado nos Estados Unidos chamado Disneylândia, além de ser o fundador da corporação de entretenimento, conhecida como a Walt Disney Company.

El-Rei D. Fernando II morreu há 126 anos

Fernando II de Portugal (batizado Fernando Augusto Francisco António de Saxe-Coburgo-Gota-Koháry; 29 de outubro de 1816 - 15 de dezembro de 1885), foi o Príncipe e, posteriormente, Rei de Portugal pelo seu casamento com a Rainha D. Maria II em 1836.
De acordo com as leis portuguesas, D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gota-Koháry tornou-se Rei de Portugal jure uxoris, apenas após o nascimento do primeiro Príncipe, que foi o futuro D. Pedro V. Embora fosse D. Maria II a detentora do poder, D. Fernando evitava sempre que possível a política, preferindo envolver-se com a arte.
D. Fernando II foi regente do reino por quatro vezes, durante as gravidezes de D. Maria II, depois da sua morte em 1853 e quando seu segundo filho, o rei D. Luís I, e a rainha D. Maria Pia de Sabóia se ausentaram de Portugal para assistirem à Exposição de Paris em 1867.
Ele ficou conhecido na História de Portugal como "O Rei-Artista".
Era o primogénito do príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Gota, irmão do duque Ernesto I e do rei Leopoldo I dos Belgas, e de sua esposa, Maria Antónia de Koháry. Tinha três irmãos mais novos: Augusto, Vitória e Leopoldo.
O príncipe cresceu em vários lugares: nas terras de sua família na actual Eslováquia e nas cortes austríacas e germânicas.
Em 1869, Fernando casou-se pela segunda vez, morganaticamente, com Elise Hensler, feita Condessa d'Edla, que era uma cantora de ópera e mãe solteira, a quem deixaria como herança o Palácio da Pena, cuja construção foi da sua inteira responsabilidade e entregue ao engenheiro alemão, Wilhelm Ludwig von Eschwege.
Em 1862, houve uma revolta na Grécia contra o Rei Oto I e foi oferecido o trono grego a D. Fernando II, mas este recusou.
Em 1868, uma revolução expulsou a Rainha Isabel II da Espanha e a sua família, e o governo provisório espanhol, não desejando estabelecer uma República, ofereceu a coroa a D. Fernando II, então com quarenta e nove anos. Também rejeitou a proposta.
O seu corpo jaz ao lado de D. Maria II, a sua primeira esposa, no Panteão dos Braganças, em São Vicente de Fora, Lisboa.


O Palácio Nacional da Pena, popularmente referido apenas por Palácio da Pena ou Castelo da Pena, localiza-se na vila de Sintra, freguesia de São Pedro de Penaferrim, concelho de Sintra, no distrito de Lisboa, em Portugal. Representa uma das melhores expressões do Romantismo arquitectónico do século XIX no mundo, constituindo-se no primeiro palácio nesse estilo na Europa, erguido cerca de 30 anos antes do carismático Castelo de Neuschwanstein, na Baviera. Em 7 de julho de 2007 foi eleito como uma das Sete Maravilhas de Portugal.
No século XIX a paisagem da serra de Sintra e as ruínas do antigo convento maravilharam o rei-consorte Fernando II de Portugal. Em 1838 este decidiu adquirir o velho convento, a cerca envolvente, o Castelo dos Mouros e quintas e matas circundantes.
No tocante à área do antigo convento, promoveu-lhe diversas obras de restauro, com o intuito de fazer do edifício a sua futura residência de Verão. O novo projecto foi encomendado ao mineralogista germânico Barão von Eschwege, arquiteto amador. Homem viajado, Eschwege, que nascera em Hessen, deveria conhecer, pelo menos em forma de projecto, as obras que Frederico Guilherme IV da Prússia empreendera com o concurso de Schinkel nos Castelos do Reno, tendo passado em viagem de estudo por Berlim, Inglaterra e França, pela Argélia e por Espanha (Córdova, Sevilha e Granada).
Em Sintra, os trabalhos decorreram rapidamente e a obra estaria quase concluída em 1847, segundo o projecto do alemão, mas com intervenções decisivas ao nível dos detalhes decorativos e simbólicos do rei-consorte. Muitos dos detalhes, nos planos construtivo e decorativo, ficaram a dever-se ao ecléctico e exótico temperamento romântico do próprio monarca que, a par de arcos ogivais, torres de sugestão medieval e elementos de inspiração árabe, desenhou e fez reproduzir, na fachada norte do Palácio, uma imitação do Capítulo do Convento de Cristo em Tomar.




Custódia de Belém, cuja autoria é atribuída a Gil Vicente, 1506, Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa

A Custódia de Belém foi tomada como saque pelas tropas francesas durante a Guerra Peninsular, sendo levada para França, sendo devolvida após o termo da guerra. Foi enviada para a Casa da Moeda, aparentemente para fusão, destino do qual foi resgatada pela intervenção de D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha, rei consorte de Portugal pelo seu casamento com a rainha D. Maria II de Portugal.

O Homem que escreveu a certidão de nascimento do Brasil morreu há 511 anos

 Reprodução da carta de Vaz de Caminha a Manuel I de Portugal

Pero Vaz de Caminha (Galaico-português: Pero Uaaz de Camjnha; Porto, Portugal, 1450 - Calecute, Índia, 15 de Dezembro de 1500), às vezes popularmente chamado de Pedro Vaz de Caminha, foi um escritor português que se notabilizou nas funções de escrivão da armada de Pedro Álvares Cabral.
Era filho de Vasco Fernandes de Caminha, cavaleiro do duque de Bragança. Seus ancestrais seriam os antigos povoadores de Neiva à época do reinado de D. Fernando (1367-1383).
Letrado, Pero Vaz foi cavaleiro das casas de D. Afonso V (1438-1481), de D. João II (1481-1495) e de D. Manuel I (1495-1521). Pai e filho, para melhor desempenhar seus cargos, precisavam exercitar a prática e desenvolver o conhecimento da escrita, distinguindo-se a serviço dos monarcas.
Teria participado da batalha de Toro (2 de Março de 1475). Em 1476 herdou do pai o cargo de mestre da balança da Casa da Moeda, um cargo equivalente ao de escrivão e tesoureiro, posição de responsabilidade em sua época. Em 1497 foi escolhido para redigir, na qualidade de Vereador, os Capítulos da Câmara Municipal do Porto, a serem apresentados às Cortes de Lisboa. Afirma-se que D. Manuel I, que o nomeou para o cargo no Porto, lhe tinha afeição.
Em 1500, foi nomeado escrivão da feitoria a ser erguida em Calecute, na Índia, razão pela qual se encontrava na nau capitânia da armada de Pedro Álvares Cabral em Abril daquele mesmo ano, quando a mesma descobriu o Brasil. Caminha eternizou-se como o autor da carta, datada de 1 de Maio, ao soberano, um dos três únicos testemunhos desse achamento (os outros dois são a Relação do Piloto Anónimo e a Carta do Mestre João Faras).
Mais conhecido dentre os três, a Carta de Pero Vaz de Caminha é considerada a certidão de nascimento do Brasil embora, dado o segredo com que Portugal sempre envolveu relatos sobre sua descoberta, só fosse publicada no século XIX, pelo Padre Manuel Aires de Casal em sua "Corografia Brasílica", Imprensa Régia, Rio de Janeiro, 1817. O texto de Mestre João demoraria mais ainda: veio à luz em 1843 na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e isso graças aos esforços do historiador Francisco Adolfo de Varnhagen.
Tradicionalmente se aceita que Caminha pereceu em combate durante o ataque muçulmano à feitoria de Calecute, em construção, no final de 1500.
Caminha desposou D. Catarina Vaz, com quem teve, pelo menos, uma filha, Isabel.

O ex-baixista dos The Clash, Paul Simonon, faz hoje 56 anos

Paul Simonon (Londres, 15 de dezembro de 1955) é um baixista britânico e co-fundador (baixo/vocais) da banda britânica de punk rock The Clash.
Depois do fim do The Clash, Paul Simonon entrou para um grupo chamado Havana 3AM, que gravou somente um álbum no Japão e se separou. Posteriormente Simonon voltaria às suas raízes de artista visual, organizando várias galerias de arte. Sua relutância em voltar a tocar foi citado como a principal razão de o Clash ter sido uma das poucas bandas punks britânicas dos anos 70 que não se aproveitou da febre de nostalgia punk que assolou o final dos anos 90 para tentar relançar a carreira. Atualmente Paul Simonon toca junto com Damon Albarn e seu antigo companheiro Mick Jones, na banda virtual de rock Gorillaz fazendo as aparições ao vivo.


O arquiteto Oscar Niemeyer faz hoje 104 anos!

Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares (Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 1907) é um arquiteto brasileiro, considerado um dos nomes mais influentes na Arquitetura Moderna internacional. Foi pioneiro na exploração das possibilidades construtivas e plásticas do concreto armado.
Seus trabalhos mais conhecidos são os edifícios públicos que desenhou para a cidade de Brasília.

Sede da ONU, projeto conjunto com Le Corbusier de 1947


O padre e poeta José Tolentino Mendonça nasceu há 46 anos

(imagem daqui)

José Tolentino Calaça Mendonça (Machico, 15 de Dezembro de 1965) é um sacerdote e poeta português.
Deu início ao estudo de Teologia em 1982. Uma vez ordenado padre, em 28 de Julho de 1990, deslocou-se para a Roma, onde terminou o seu mestrado em Ciências Bíblicas. Regressado a Portugal ingressou na Universidade Católica Portuguesa, onde foi capelão e leccionou as disciplinas de Hebraico e Cristianismo e Cultura. Aí se doutorou em Teologia Bíblica, tornando-se professor auxiliar. Dirige o Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura e a revista Didaskalia, editada pela Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa. Em dezembro de 2011 foi nomeado consultor do Conselho Pontifício da Cultura.


A casa onde às vezes regresso é tão distante

A casa onde às vezes regresso é tão distante
da que deixei pela manhã
no mundo
a água tomou o lugar de tudo
reúno baldes, estes vasos guardados
mas chove sem parar há muitos anos

Durmo no mar, durmo ao lado do meu pai
uma viagem se deu
entre as mãos e o furor
uma viagem se deu: a noite abate-se fechada
sobre o corpo

Tivesse ainda tempo e entregava-te
o coração

in
A Que Distância Deixaste o Coração (1998) - José Tolentino Mendonça

Eiffel nasceu há 179 anos

Alexandre Gustave Eiffel (Dijon, 15 de dezembro de 1832 - Paris, 27 de dezembro de 1923), também conhecido por Gustavo Eiffel, foi um engenheiro francês que participou da construção da Estátua da Liberdade em Nova Iorque e da Torre Eiffel de Paris. Ele está sepultado no cemitério de Levallois-Perret em Paris.
O pai de Eiffel construiu através dos anos uma sólida fortuna pessoal. Gustave Eiffel primeiro estudou no Colégio Sainte-Barbe, um dos mais antigos de Paris. Em 1852 entrou na Escola Central de Paris, uma escola prestigiada de engenharia, também conhecida como Escola Central de Artes e Manufacturas. Terminou os estudos em 1855, formando-se em engenheiro químico.
Iniciou a sua carreira trabalhando numa empresa belga de construção de caminhos-de-ferro. Em 1856, Eiffel conheceu Charles Nepveu, empresário especialista em construções metálicas. Aos 26 anos, Gustave chefiou o seu primeiro grande trabalho construindo a ponte ferroviária em Bordeaux. Na construção, Gustave utilizou pela primeira vez, a técnica de fundação de ar comprimido na execução de pilhas tubulares.
Gustave Eiffel chegou a viver em Portugal, em Barcelinhos, de onde projectou as construções em Portugal que lhe estão associadas.
Já experiente, resolveu fundar a sua própria empresa. Em 1866 adquiriu um atelier de construção metálica, próximo de Paris.
Destacam-se os projectos:
Das suas construções mais conhecidas, salienta-se a estrutura metálica da Estátua da Liberdade, em Nova Iorque (1886) e a Torre Eiffel.

Ponte D. Maria Pia - Porto

Torre Eiffel - Paris

quarta-feira, dezembro 14, 2011

Agulha e Dedal

Fernando Pessoa e o Presidente-Rei

(imagem daqui)

À Memória do Presidente-Rei Sidónio Pais


LONGE DA FAMA e das espadas,
Alheio às turbas ele dorme.
Em torno há claustros ou arcadas?
Só a noite enorme.

Porque para ele, já virado
Para o lado onde está só Deus,
São mais que Sombra e que Passado
A terra e os céus.

Ali o gesto, a astúcia, a lida,
São já para ele, sem as ver,
Vácuo de ação, sombra perdida,
Sopro sem ser.

Só com sua alma e com a treva,
A alma gentil que nos amou
Inda esse amor e ardor conserva?
Tudo acabou?
No mistério onde a Morte some
Aquilo a que a alma chama a vida,
Que resta dele a nós - só o nome
E a fé perdida?

Se Deus o havia de levar,
Para que foi que no-lo trouxe -
Cavaleiro leal, do olhar
Altivo e doce?

Soldado-rei que oculta sorte
Como em braços da Pátria ergueu,
E passou como o vento norte
Sob o ermo céu.

Mas a alma acesa não aceita
Essa morte absoluta, o nada
De quem foi Pátria, e fé eleita,
E ungida espada.

Se o amor crê que a Morte mente
Quando a quem quer leva de novo
Quão mais crê o Rei ainda existente
O amor de um povo!
Quem ele foi sabe-o a Sorte,
Sabe-o o Mistério e a sua lei.
A Vida fê-lo herói, e a Morte
O sagrou Rei!

Não é com fé que nós não cremos
Que ele não morra inteiramente.
Ah, sobrevive! Inda o teremos
Em nossa frente.

No oculto para o nosso olhar,
No visível à nossa alma,
Inda sorri com o antigo ar
De foça calma.

Ainda de longe nos anima,
Inda na alma nos conduz -
Gládio de fé erguido acima
Da nossa cruz!

Nada sabemos do que oculta
O véu igual de noite e dia.
Mesmo ante a Morte a Fé exulta:
Chora e confia.
Apraz ao que em nós quer que seja
Qual Deus quis nosso querer tosco,
Crer que ele vela, benfazeja
Sombra conosco.

Não sai da nossa alma a fé
De que, alhures que o mundo e o fado,
Ele inda pensa em nós e é
O bem-amado.

Tenhamos fé, porque ele foi.
Deus não quer mal a quem o deu.
Não passa como o vento o herói
Sob o ermo céu.

E amanhã, quando queira a Sorte,
Quando findar a expiação,
Ressurecto da falsa morte,
Ele já não.

Mas a ânsia nossa que encarnara,
A alma de nós de que foi braço,
Tornará, nova forma clara,
Ao tempo e ao espaço.
Tornará feito qualquer outro,
Qualquer cousa de nós com ele;
Porque o nome do herói morto
Inda compele;

Inda comanda, e a armada ida
Para os campos da Redenção,
Às vezes leva à frente, erguida
'Spada, a Ilusão.

E um raio só do ardente amor,
Que emana só do nome seu,
Dê sangue a um braço vingador,
Se esmoreceu.

Com mais armas que com Verdade
Combate a alma por quem ama.
É lenha só a Realidade:
A fé é a chama.

Mas ai, que a fé já não tem forma
Na matéria e na cor da Vida,
E, pensada, em dor se transforma
E a fé perdida!
P'ra que deu Deus a confiança
A quem não ia dar o bem?
Morgado da nossa esperança,
A Morte o tem!

Mas basta o nome e basta a glória
Para ele estar conosco, e ser
Carnal presença de memória
A amanhecer;

'Spectro real feito de nós,
da nossa saudade e ânsia,
Que fala com oculta voz
Na alma, a distância;

E a nossa própria dor se torna
Uma vaga ânsia, 'sperar vago,
Como a erma brisa que transtorna
Um ermo lago.

Não mente a alma ao coração.
Se Deus o deu, Deus nos amou.
Porque ele pôde ser, Deus não
Nos desprezou.
Rei-nato, a sua realeza,
Por não podê-la herdar dos seus
Avós, com mística inteireza
A herdou de Deus;

E, por direta consonância
Com a divina intervenção,
Uma hora ergueu-nos alta a ânsia
De salvação.

Toldou-o a Sorte que o trouxera
Outra vez com noturno véu.
Deus pr'a que no-lo deu, se era
P'ra o tornar seu?

Ah, tenhamos mais fé que a esp'rança!
Mais vivo que nós somos, fita
Do Abismo onde não há mudança
A terra aflita.

E se assim é; se, desde o Assombro
Aonde a Morte as vidas leva,
Vê esta pátria, escombro a escombro,
Cair na treva;
Se algum poder do que tivera
Sua alma, que não vemos, tem,
De longe ou perto - por que espera?
Por que não vem?

Em nova forma ou novo alento,
Que alheio pulso ou alma tome,
Regresse como um pensamento,
Alma de um nome!

Regresse sem que a gente o veja,
Regresse só que a gente o sinta -
Impulso, luz, visão que reja
E a alma pressinta!

E qualquer gládio adormecido,
Servo do oculto impulso, acorde,
E um novo herói se sinta erguido
Porque o recorde!

Governa o servo e o jogral.
O que íamos a ser morreu.
Não teve aurora matinal
'Strela do céu.
Vivemos só de recordar.
Na nossa alma entristecida
Há um som de reza a invocar
A morta vida;

E um místico vislumbre chama
O que, no plaino trespassado,
Vive ainda em nós, longínqua chama -
O DESEJADO.

Sim, só há a esp'rança, como aquela
- E quem sabe se a mesma? - quando
Se foi de Aviz a última estrela
No campo infando.

Novo Alcacer-Kibir na noite!
Novo castigo e mal do Fado!
Por que pecado novo o açoite
Assim é dado?

Só resta a fé, que a sua memória
Nos nossos corações gravou,
Que Deus não dá paga ilusória
A quem amou.
Flor alta do paul da grei,
Antemanhã da Redenção,
Nele uma hora encarnou o el-rei
Dom Sebastião.

O sopro de ânsia que nos leva
A querer ser o que já fomos,
E em nós vem como em uma treva,
Em vãos assomos,

Bater à porta ao nosso gesto,
Fazer apelo ao nosso braço,
Lembrar ao sangue nosso o doesto
E o vil cansaço,

Nele um momento clareou,
A noite antiga se seguiu,
Mas que segredo é que ficou
No escuro frio?

Que memória, que luz passada
Projeta, sombra, no futuro,
Dá na alma? Que longínqua espada
Brilha no escuro?
Que nova luz virá raiar
Da noite em que jazemos vis?
Ó sombra amada, vem tornar
A ânsia feliz.

Quem quer que sejas, lá no abismo
Onde a morte vida conduz,
Sê para nós um misticismo
A vaga luz

Com que a noite erma inda vazia
No frio alvor da antemanhã
Sente, da esp'rança que há no dia,
Que não é vã.

E amanhã, quando houver Hora,
Sendo Deus pago, Deus dirá
Nova palavra redentora
Ao mal que há,

E um novo verbo ocidental
Encarnado em heroísmo e glória,
Traga por seu broquel real
Tua memória!
Precursor do que não sabemos,
Passado de um futuro abrir
No assombro de portais extremos
Por descobrir,

Sê estrada, gládio, fé, fanal,
Pendão de glória em glória erguido!
Tornas possível Portugal
Por teres sido!

Não era extinta a antiga chama
Se tu e o amor puderam ser.
Entre clarins te a glória aclama,
Morto a vencer!

E, porque foste, confiando
Em QUEM SERÁ porque tu foste,
Ergamos a alma, e com o infando
Sorrindo arroste,

Até que Deus o laço solte
Que prende à terra a asa que somos,
E a curva novamente volte
Ao que já fomos,
E no ar de bruma que estremece
(Clarim longínquo matinal!)
O DESEJADO enfim regresse
A Portugal!


Fernando Pessoa

Dinah Washington morreu há 48 anos

Dinah Washington, pseudónimo de Ruth Lee Jones (Tuscaloosa, Alabama, EUA, 29 de agosto de 1924 - 14 de dezembro de 1963), americana, cantora de jazz, blues e música religiosa.
De família de baixos rendimentos, mudou-se para Chicago aos quatro anos. Teve uma infância solitária, já que seu pai, um apreciador de casinos, raramente estava em casa, e sua mãe passava os dias na rua atrás do dinheiro para sustentar Dinah, suas irmãs e pagar as frequentes dívidas do marido.
Sozinhas em casa, as meninas começaram a se refugiar na igreja, onde passavam as tardes. Dinah tocava piano, assim como sua mãe, e todas cantavam no coral.
Antes da adolescência, Dinah começou a fazer sucesso nas redondezas do bairro onde vivia, e logo tocava piano e cantava gospel por toda Chicago, até vencer um concurso de novatos cantando blues. O concurso lhe rendeu um convite para participar do conjunto vocal Sarah Martin Singers, pouco antes de completar doze anos. Aos quinze anos, diante das proibições de sua mãe, começou a fugir pela janela de seu quarto para cantar à noite em bares e clubes, onde também começou desenvolver seu gosto pela bebida.
Apesar da pouca idade, seu fantástico senso de fraseado, tonalidade e ataque fizeram com que o bandleader Lionel Hampton a contratasse imediatamente quando a viu cantar no ano de 1943. Foi nessa época que mudou seu nome de Ruth Lee Jones (nomes comuns nos EUA) para o mais pomposo Dinah Washington. Depois do debut com o bandleader, Dinah Washington conquistou prestígio pleno, gravando, apresentando-se e vendendo muito até sua morte. Passou três anos junto a banda de Hampton.
Gravou diversos estilos de música, um de seus grandes sucessos foi a canção do famoso cantor country Hank Williams Senior “Cold Cold Heart”, apenas não gostando de gravar gospel, pois dizia que não gostava de misturar assuntos espirituais com profanos.
Apesar de seus discos lhe renderem bastante dinheiro, possuía um estilo de vida bastante dispendioso, comprando jóias e carros, além de querer dar para a filha uma infância de luxo, diferente da sua.
Morreu aos 39 anos de idade, após ingerir inibidores de apetite com bebidas alcoólicas.


Louis Agassiz morreu há 138 anos

Jean Louis Rodolphe Agassiz (Môtier, 18 de maio de 1807 - Cambridge, 14 de dezembro de 1873) foi um zoólogo e geólogo suíço, notório por sua Expedição Thayer.

Louis Agassiz nasceu em Môtier (Vully), no Cantão de Friburgo, Suíça. O início da sua educação começou em casa, seguido de quatro anos numa escola secundária em Bienne (alemão Biel), completou os seus estudos elementares na academia de Lausanne. Seleccionando a medicina como a sua profissão, estudou nas universidades de Zurique, Heidelberg e Munique. Em seguida aumentou o seu conhecimento nos processos biológicos, especialmente na Botânica. Em 1829, doutorou-se em Erlangen e em 1830 doutorou-se em medicina em Munique.
Mudou-se para Paris e ficou sobre a tutela de Alexander von Humboldt e de Georges Cuvier, que o lançaram nas suas carreiras da Geologia e do Zoologia respectivamente. Até esta altura não prestou nenhuma atenção especial ao estudo da Ictiologia, a qual se transformou na grande ocupação de sua vida, ou pelo menos na área em que actualmente é mais recordado.

In 1832 he was appointed professor of natural history in the University of Neuchâtel. The fossil fish there soon attracted his attention. The fossil-rich stones furnished by the slates of Glarus and the limestones of Monte Bolca were known at the time, but very little had been accomplished in the way of scientific study of them. Agassiz, as early as 1829, planned the publication of the work which, more than any other, laid the foundation of his worldwide fame. Five volumes of his Recherches sur les poissons fossiles ("Research on Fossil Fish") appeared at intervals from 1833 to 1843. They were magnificently illustrated, chiefly by Joseph Dinkel. In gathering materials for this work Agassiz visited the principal museums in Europe, and meeting Cuvier in Paris, he received much encouragement and assistance from him. They had known him for seven years at the time.
Agassiz found that his palaeontological labours made necessary a new basis of ichthyological classification. The fossils rarely exhibited any traces of the soft tissues of fish. They consisted chiefly of the teeth, scales and fins, even the bones being perfectly preserved in comparatively few instances. He therefore adopted a classification which divided fish into four groups: Ganoids, Placoids, Cycloids and Ctenoids, based on the nature of the scales and other dermal appendages. While Agassiz did much to place the subject on a scientific basis, this classification has been superseded by later work.
As Agassiz's descriptive work proceeded, it became obvious that it would over-tax his resources unless financial assistance could be found. The British Association came to his aid, and the Earl of Ellesmere — then Lord Francis Egerton — gave him yet more efficient help. The 1,290 original drawings made for the work were purchased by the Earl, and presented by him to the Geological Society of London. In 1836 the Wollaston Medal was awarded to Agassiz by the council of that society for his work on fossil ichthyology; and in 1838 he was elected a foreign member of the Royal Society. Meanwhile invertebrate animals engaged his attention. In 1837 he issued the "Prodrome" of a monograph on the recent and fossil Echinodermata, the first part of which appeared in 1838; in 1839–40 he published two quarto volumes on the fossil Echinoderms of Switzerland; and in 1840–45 he issued his Etudes critiques sur les mollusques fossiles ("Critical Studies on Fossil Mollusks").
Before his first visit to England in 1834, the labours of Hugh Miller and other geologists brought to light the remarkable fish of the Old Red Sandstone of the northeast of Scotland. The strange forms of the Pterichthys, the Coccosteus and other genera were then made known to geologists for the first time. They were of intense interest to Agassiz, and formed the subject of a special monograph by him published in 1844–45: Monographie des poissons fossiles du Vieux Gres Rouge, ou Systeme Devonien (Old Red Sandstone) des Iles Britanniques et de Russie ("Monograph on Fossil Fish of the Old Red Sandstone, or Devonian System of the British Isles and of Russia"). In the early stages of his career in Neuchatel, Agassiz also made a name for himself as a man who could run a scientific department well. Under his care, the University of Neuchâtel soon became a leading institution for scientific inquiry.
In 1837 Agassiz was the first to scientifically propose that the Earth had been subject to a past ice age. In the same year, he was elected a foreign member of the Royal Swedish Academy of Sciences. Prior to this proposal, Goethe, de Saussure, Venetz, Jean de Charpentier, Karl Friedrich Schimper and others had made the glaciers of the Alps the subjects of special study, and Goethe, Charpentier as well as Schimper had even arrived at the conclusion that the erratic blocks of alpine rocks scattered over the slopes and summits of the Jura Mountains had been moved there by glaciers. The question having attracted the attention of Agassiz, he not only discussed it with Charpentier and Schimper and made successive journeys to the alpine regions in company with them, but he had a hut constructed upon one of the Aar Glaciers, which for a time he made his home, in order to investigate the structure and movements of the ice.
These labours resulted, in 1840, in the publication of his work in two volumes entitled Etudes sur les glaciers ("Study on Glaciers"). In it he discussed the movements of the glaciers, their moraines, their influence in grooving and rounding the rocks over which they travelled, and in producing the striations and roches moutonnees seen in Alpine-style landscapes. He not only accepted Charpentier's and Schimper's idea that some of the alpine glaciers had extended across the wide plains and valleys drained by the Aar and the Rhône, but he went still farther. He concluded that, in the relatively recent past, Switzerland had been another Greenland; that instead of a few glaciers stretching across the areas referred to, one vast sheet of ice, originating in the higher Alps, had extended over the entire valley of northwestern Switzerland until it reached the southern slopes of the Jura, which, though they checked and deflected its further extension, did not prevent the ice from reaching in many places the summit of the range. The publication of this work gave a fresh impetus to the study of glacial phenomena in all parts of the world.
Thus familiarized with the phenomena associated with the movements of recent glaciers, Agassiz was prepared for a discovery which he made in 1840, in conjunction with William Buckland. The two visited the mountains of Scotland together, and found in different locations clear evidence of ancient glacial action. The discovery was announced to the Geological Society of London in successive communications. The mountainous districts of England, Wales, and Ireland were also considered to constitute centres for the dispersion of glacial debris; and Agassiz remarked "that great sheets of ice, resembling those now existing in Greenland, once covered all the countries in which unstratified gravel (boulder drift) is found; that this gravel was in general produced by the trituration of the sheets of ice upon the subjacent surface, etc."
In 1842–1846 he issued his Nomenclator Zoologicus, a classified list, with references, of all names employed in zoology for genera and groups — a work of great labour and research. With the aid of a grant of money from the King of Prussia, Agassiz crossed the Atlantic in the autumn of 1846 with the twin purposes of investigating the natural history and geology of North America and delivering a course of 12 lectures on “The Plan of Creation as shown in the Animal Kingdom,” by invitation from J. A. Lowell, at the Lowell Institute in Boston, Massachusetts. The financial and scientific advantages presented to him in the United States induced him to settle there, where he remained to the end of his life. He was elected a Foreign Honorary Member of the American Academy of Arts and Sciences in 1846.
His engagement for the Lowell Institute lectures precipitated the establishment of the Lawrence Scientific School at Harvard University in 1847 with him as its head. Harvard appointed him professor of zoology and geology, and he founded the Museum of Comparative Zoology there in 1859 serving as the museum's first director until his death in 1873. During his tenure at Harvard, he was, among many other things, an early student of the effect of the last Ice Age on North America.
He continued his lectures for the Lowell Institute. In succeeding years, he gave series of lectures on “Ichthyology” (1847–48 season), “Comparative Embryology” (1848–49), “Functions of Life in Lower Animals” (1850–51), “Natural History” (1853–54), “Methods of Study in Natural History” (1861–62), “Glaciers and the Ice Period” (1864–65), “Brazil” (1866–67) and “Deep Sea Dredging” (1869–70). In 1850 he married an American college teacher, Elizabeth Cabot Cary Agassiz, who later wrote introductory books about natural history and, after his death, a lengthy biography of her husband.
Agassiz served as a non-resident lecturer at Cornell while also being on faculty at Harvard. In 1852 he accepted a medical professorship of comparative anatomy at Charlestown, Massachusetts, but he resigned in two years. From this time his scientific studies dropped off, but he was a profound influence on the American branches of his two fields, teaching decades worth of future prominent scientists, including Alpheus Hyatt, David Starr Jordan, Joel Asaph Allen, Joseph Le Conte, Ernest Ingersoll, William James, Nathaniel Shaler, Samuel Hubbard Scudder, Alpheus Packard, and his son Alexander Agassiz, among others. He had a profound impact on the paleontologist Charles Doolittle Walcott. In return his name appears attached to several species, as well as here and there throughout the American landscape, notably Lake Agassiz, the Pleistocene precursor to Lake Winnipeg and the Red River.
During this time he grew in fame even in the public consciousness, becoming one of the best-known scientists in the world. By 1857 he was so well-loved that his friend Henry Wadsworth Longfellow wrote "The fiftieth birthday of Agassiz" in his honor. His own writing continued with four (of a planned ten) volumes of Natural History of the United States which were published from 1857 to 1862. During this time he also published a catalog of papers in his field, Bibliographia Zoologiae et Geologiae, in four volumes between 1848 and 1854.
Stricken by ill health in the 1860s, he resolved to return to the field for relaxation and to resume his studies of Brazilian fish. In April 1865 he led a party to Brazil. Returning home in August 1866, an account of this expedition, entitled A Journey in Brazil, was published in 1868. In December 1871 he made a second eight month excursion, known as the Hassler expedition under the command of Commander Philip Carrigan Johnson (brother of Eastman Johnson), visiting South America on its southern Atlantic and Pacific seaboards. The ship explored the Magellan Strait, which drew the praise of Charles Darwin.
Elizabeth Aggasiz wrote, at the Strait: '…the Hassler pursued her course, past a seemingly endless panorama of mountains and forests rising into the pale regions of snow and ice, where lay glaciers in which every rift and crevasse, as well as the many cascades flowing down to join the waters beneath, could be counted as she steamed by them.... These were weeks of exquisite delight to Agassiz. The vessel often skirted the shore so closely that its geology could be studied from the deck.'