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segunda-feira, dezembro 20, 2021

Poesia adequada à data...

 

(imagem daqui)

 

Poème à mon frère blanc

 

Cher frère blanc,
Quand je suis né, j'étais noir,
Quand j'ai grandi, j'étais noir,
Quand je suis au soleil, je suis noir,
Quand je suis malade, je suis noir,
Quand je mourrai, je serai noir.

Tandis que toi, homme blanc,
Quand tu es né, tu étais rose,
Quand tu as grandi, tu étais blanc,
Quand tu vas au soleil, tu es rouge,
Quand tu as froid, tu es bleu,
Quand tu as peur, tu es vert,
Quand tu es malade, tu es jaune,
Quand tu mourras, tu seras gris.

Alors, de nous deux,
Qui est l'homme de couleur?
   
   
Léopold Sédar Senghor

Léopold Senghor morreu há vinte anos...

     
Léopold Sédar Senghor (Joal-Fadiout, 9 de outubro de 1906 - Verson, 20 de dezembro de 2001) foi um político e escritor senegalês. Governou o país como presidente de 1960 a 1980.
Foi, entre as duas Guerras Mundiais, juntamente com o poeta antilhano Aimé Césaire, ideólogo do conceito de negritude.

Biografia
Senghor nasceu em 1906, na cidade costeira de Joal. O seu pai, Basile Diogoye Senghor, era um comerciante católico da etnia serer, minoritária no Senegal e a sua mãe, Gnilane Ndiémé Bakhou, era muçulmana, de etnia peul. O apelido do seu pai, Senghor, deriva da palavra portuguesa "senhor".
Em 1928 foi estudar para Paris, onde entrou para a Sorbonne, lá permanecendo entre 1935 e 1939, tornando-se o primeiro africano a completar uma licenciatura nesta famosa universidade parisiense.
Como escritor, desenvolveu a Negritude (movimento literário que exaltava a identidade negra, lamentando o impacto negativo que a cultura europeia teve junto das tradições africanas). Nas suas obras, as mais engrandecidas são Chants d'ombre(1945), Hosties noires (1948), Ethiopiques (1956), Nocturnes (1961) e Elegies majeures (1979). A sua obra tem como tema principal a cultura africana, que tanto ajudou a difundir, e o seu estilo como escritor se aproxima com a literatura francesa.
Durante a Segunda Guerra Mundial esteve preso durante dois anos, num campo de concentração nazi e só depois é que os seus ensaios e poemas seriam publicados.
Entre 1948 e 1958 foi deputado senegalês na Assembleia Nacional Francesa, sendo o primeiro negro a ocupar o cargo de deputado nessa Assembleia.
Quando o Senegal se tornou independente, em 1960 - por conta de um apelo feito por Léopold ao então presidente da França Charles de Gaulle - Senghor foi eleito por uma unanimidade presidente da nova República, vindo a desempenhar o cargo ate final de 1980, graças a reeleições sucessivas.
Defensor do socialismo aplicado à realidade africana, tentou desenvolver a agricultura, combater a corrupção e manter uma política de cooperação com a França.
Recebeu o Grande-Colar da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada a 13 de março de 1975.
   
  
Je suis seul

Je suis seul dans la plaine
Et dans la nuit
Avec les arbres recroquevillés de froid
Qui, coudes au corps, se serrent les uns tout contre les
autres.

Je suis seul dans la plaine
Et dans la nuit
Avec les gestes de désespoir pathétique des arbres
Que leurs feuilles ont quittés pour des îles d’élection.

Je suis seul dans la plaine
Et dans la nuit.
Je suis la solitude des poteaux télégraphiques
Le long des routes
Désertes.

domingo, dezembro 20, 2020

Léopold Senghor morreu há dezanove anos

   
Léopold Sédar Senghor (Joal-Fadiout, 9 de outubro de 1906 - Verson, 20 de dezembro de 2001) foi um político e escritor senegalês. Governou o país como presidente de 1960 a 1980.
Foi, entre as duas Guerras Mundiais, juntamente com o poeta antilhano Aimé Césaire, ideólogo do conceito de negritude.

Biografia
Senghor nasceu em 1906, na cidade costeira de Joal. O seu pai, Basile Diogoye Senghor, era um comerciante católico da etnia serer, minoritária no Senegal e a sua mãe, Gnilane Ndiémé Bakhou, era muçulmana, de etnia peul. O apelido do seu pai, Senghor, deriva da palavra portuguesa "senhor".
Em 1928 foi estudar para Paris, onde entrou para a Sorbonne, lá permanecendo entre 1935 e 1939, tornando-se o primeiro africano a completar uma licenciatura nesta famosa universidade parisiense.
Como escritor, desenvolveu a Negritude (movimento literário que exaltava a identidade negra, lamentando o impacto negativo que a cultura europeia teve junto das tradições africanas). Nas suas obras, as mais engrandecidas são Chants d'ombre(1945), Hosties noires (1948), Ethiopiques (1956), Nocturnes (1961) e Elegies majeures (1979). A sua obra tem como tema principal a cultura africana, que tanto ajudou a difundir, e o seu estilo como escritor se aproxima com a literatura francesa.
Durante a Segunda Guerra Mundial esteve preso durante dois anos, num campo de concentração nazi e só depois é que os seus ensaios e poemas seriam publicados.
Entre 1948 e 1958 foi deputado senegalês na Assembleia Nacional Francesa, sendo o primeiro negro a ocupar o cargo de deputado nessa Assembleia.
Quando o Senegal se tornou independente, em 1960 - por conta de um apelo feito por Léopold ao então presidente da França Charles de Gaulle - Senghor foi eleito por uma unanimidade presidente da nova República, vindo a desempenhar o cargo ate final de 1980, graças a reeleições sucessivas.
Defensor do socialismo aplicado à realidade africana, tentou desenvolver a agricultura, combater a corrupção e manter uma política de cooperação com a França.
Recebeu o Grande-Colar da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada a 13 de março de 1975.


Je suis seul

Je suis seul dans la plaine
Et dans la nuit
Avec les arbres recroquevillés de froid
Qui, coudes au corps, se serrent les uns tout contre les
autres.

Je suis seul dans la plaine
Et dans la nuit
Avec les gestes de désespoir pathétique des arbres
Que leurs feuilles ont quittés pour des îles d’élection.

Je suis seul dans la plaine
Et dans la nuit.
Je suis la solitude des poteaux télégraphiques
Le long des routes
Désertes.

sexta-feira, dezembro 20, 2013

Léopold Senghor morreu há 12 anos

Léopold Sédar Senghor GColSE (Joal-Fadiout, 9 de outubro de 1906 - Verson, 20 de dezembro de 2001) foi um político e escritor senegalês. Governou o país como presidente de 1960 a 1980.
Foi, entre as duas Guerras Mundiais, juntamente com o poeta antilhano Aimé Césaire, ideólogo do conceito de negritude.

Senghor nasceu em 1906, na cidade costeira de Joal. O seu pai, Basile Diogoye Senghor, era um comerciante católico da etnia serer, minoritária no Senegal e a sua mãe, Gnilane Ndiémé Bakhou, era muçulmana, de etnia peul. O apelido do seu pai, Senghor, deriva da palavra portuguesa "senhor".
Em 1928 foi estudar para Paris, onde entrou para a Sorbonne, lá permanecendo entre 1935 e 1939, tornando-se o primeiro africano a completar uma licenciatura nesta famosa universidade parisiense.
Como escritor, desenvolveu a Negritude (movimento literário que exaltava a identidade negra, lamentando o impacto negativo que a cultura europeia teve junto das tradições africanas). Nas suas obras, as mais engrandecidas são Chants d'ombre(1945), Hosties noires (1948), Ethiopiques (1956), Nocturnes (1961) e Elegies majeures (1979),. Sua obra tem como tema principal a cultura africana, que tanto ajudou a difundir, e o seu estilo como escritor se aproxima com a literatura francesa.
Durante a Segunda Guerra Mundial esteve preso durante dois anos, num campo de concentração nazi, e só depois é que os seus ensaios e poemas seriam publicados.
Entre 1948 e 1958 foi deputado senegalês na Assembleia Nacional Francesa, sendo o primeiro negro a ocupar o cargo de deputado nessa Assembleia.
Quando o Senegal foi proclamado independente, em 1960 - por conta de um apelo feito por Léopold ao então presidente da França Charles de Gaulle - Senghor foi eleito por uma unanimidade presidente da nova República, vindo a desempenhar o cargo ate final de 1980, graças a reeleições sucessivas.
Defensor do socialismo aplicado à realidade africana, tentou desenvolver a agricultura, combater a corrupção e manter uma política de cooperação com a França.
Recebeu o Grande-Colar da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada a 13 de março de 1975.


Je suis seul

Je suis seul dans la plaine
Et dans la nuit
Avec les arbres recroquevillés de froid
Qui, coudes au corps, se serrent les uns tout contre les
autres.

Je suis seul dans la plaine
Et dans la nuit
Avec les gestes de désespoir pathétique des arbres
Que leurs feuilles ont quittés pour des îles d’élection.

Je suis seul dans la plaine
Et dans la nuit.
Je suis la solitude des poteaux télégraphiques
Le long des routes
Désertes.