Martim Ramiro Portugal Vasconcelos Ferreira, professor catedrático de Geologia na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), faleceu quinta-feira com 85 anos, vítima de doença prolongada. Casado com Maria Avelina Moreira e Silva Vasconcelos Ferreira, era natural de Oliveira de Frades e residia em Coimbra. Era pai de Diogo Ferreira, Luísa Ferreira, Cláudia Ferreira, Benedita Ferreira, Manuel Ferreira, Teresa Ferreira e Mariana Ferreira. Doutorado em Geologia em 1966, com 19 valores, foi docente na FCTUC de inúmeras cadeiras, orientou mestrados e doutoramentos, fez investigação e publicou mais de uma centena de livros e artigos científicos. Desenvolveu consultoria, e participou em vários órgãos de gestão, pedagógicos e científicos da UC. Foi ainda presidente do Conselho Diretivo, Pedagógico e Científico da FCTUC e deputado municipal, tendo sido presidente na Assembleia Municipal de Coimbra durante vários anos.
domingo, janeiro 14, 2024
O ilustre geólogo Professor Doutor Martim Portugal Ferreira morreu há três anos...
Martim Ramiro Portugal Vasconcelos Ferreira, professor catedrático de Geologia na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), faleceu quinta-feira com 85 anos, vítima de doença prolongada. Casado com Maria Avelina Moreira e Silva Vasconcelos Ferreira, era natural de Oliveira de Frades e residia em Coimbra. Era pai de Diogo Ferreira, Luísa Ferreira, Cláudia Ferreira, Benedita Ferreira, Manuel Ferreira, Teresa Ferreira e Mariana Ferreira. Doutorado em Geologia em 1966, com 19 valores, foi docente na FCTUC de inúmeras cadeiras, orientou mestrados e doutoramentos, fez investigação e publicou mais de uma centena de livros e artigos científicos. Desenvolveu consultoria, e participou em vários órgãos de gestão, pedagógicos e científicos da UC. Foi ainda presidente do Conselho Diretivo, Pedagógico e Científico da FCTUC e deputado municipal, tendo sido presidente na Assembleia Municipal de Coimbra durante vários anos.
Postado por Fernando Martins às 03:00 0 bocas
Marcadores: Doutor Martim Portugal, Geologia, Geopedrados, Hidrogeologia, música, Petrologia Metamórfica, Universidade de Coimbra
quinta-feira, janeiro 11, 2024
João de Deus morreu há 128 anos...
Beijo
Beijo na face
Pede-se e dá-se:
Dá?
Que custa um beijo?
Não tenha pejo:
Vá!
Um beijo é culpa,
Que se desculpa:
Dá?
A borboleta
Beija a violeta:
Vá!
Um beijo é graça,
Que a mais não passa:
Dá?
Teme que a tente?
É inocente...
Vá!
Guardo segredo,
Não tenha medo...
Vê?
Dê-me um beijinho,
Dê de mansinho,
Dê!
*
Como ele é doce!
Como ele trouxe,
Flor,
Paz a meu seio!
Saciar-me veio,
Amor!
Saciar-me? louco...
Um é tão pouco,
Flor!
Deixa, concede
Que eu mate a sede,
Amor!
Talvez te leve
O vento em breve,
Flor!
A vida foge,
A vida é hoje,
Amor!
Guardo segredo,
Não tenhas medo
Pois!
Um mais na face,
E a mais não passe!
Dois...
*
Oh! dois? piedade!
Coisas tão boas...
Vês?
Quantas pessoas
Tem a Trindade?
Três!
Três é a conta
Certinho, e justa...
Vês?
E que te custa?
Não sejas tonta!
Três!
Três, sim: não cuides
Que te desgraças:
Vês?
Três são as Graças,
Três as Virtudes;
Três.
As folhas santas
Que o lírio fecham,
Vês?
E não o deixam
Manchar, são... quantas?
Três!
Postado por Fernando Martins às 01:28 0 bocas
Marcadores: Cartilha Maternal, João de Deus, jornalismo, Lágrima celeste, música, poesia, ultrarromantismo, Universidade de Coimbra
segunda-feira, janeiro 08, 2024
O Professor Doutor Manuel Maria Godinho faz hoje 84 anos...!
Postado por Fernando Martins às 08:40 0 bocas
Marcadores: Manuel Maria Godinho, petrologia ígnea, radão, Universidade de Coimbra
sexta-feira, janeiro 05, 2024
Música adequada à data...
Asas Brancas - Luiz Goes
Letra e Música: Afonso de Sousa
Quando era pequenino a desventura
Trazia-me saudoso e triste o rosto,
Assim como quem sofre algum desgosto,
Assim como quem chora d'amargura.
Um anjo de asas brancas muito finas,
Sabendo-me infeliz mas inocente,
Cedeu-me as suas asas pequeninas,
Para me ver voar e ser contente.
E as asas de criança, meu tesoiro
Ao ver-me assim tão triste, iam ao céu
Tão brandas, tão macias, penas d'oiro
Tão leves como a aragem, como eu!
Cresci, cresceram culpas juntamente,
Já grandes são as mágoas mais pequenas!
As asas brancas vão-se e ficam penas!
Não mais subi ao céu, nem fui contente.
Postado por Pedro Luna às 00:09 0 bocas
Marcadores: Asas Brancas, Coimbra Quintet, Fado de Coimbra, Luiz Goes, música, saudades, Universidade de Coimbra
quarta-feira, novembro 29, 2023
O Cardeal Cerejeira nasceu há 135 anos
Manuel Gonçalves Cerejeira (Vila Nova de Famalicão, Lousado, Santa Marinha, 29 de novembro de 1888 - Buraca, 2 de agosto de 1977), cardeal da Igreja Católica, foi o décimo-quarto Patriarca de Lisboa com o nome de D. Manuel II (nomeado a 18 de novembro de 1929).
Era filho de Avelino Gonçalves Cerejeira (Vila Nova de Famalicão, Lousado, 14 de abril de 1857 - Vila Nova de Famalicão, Lousado, 13 de junho de 1927) e de sua primeira mulher Joaquina Gonçalves Rebelo (Fafe, Vila Cova, 30 de maio de 1864 - Vila Nova de Famalicão, Vila Nova de Famalicão, 30 de setembro de 1918).
Postado por Fernando Martins às 01:35 0 bocas
Marcadores: cardeal, Cardeal Cerejeira, Concílio Vaticano II, concordata, estado novo, Igreja Católica, Salazar, Universidade de Coimbra
quinta-feira, novembro 23, 2023
Herberto Helder nasceu há noventa e três anos...
Filho de Romano Carlos de Oliveira (Funchal, Monte, batizado a 26 de novembro de 1895) e de Maria Ester dos Anjos Luís Bernardes (c. 1900 - 1938), tinha duas irmãs, Maria Regina e Maria Elora. Herberto Hélder nasceu no n.º284 da Rua da Carreira, numa casa que pertencia à família do cientista e naturalista madeirense Adolfo César de Noronha.
Casou duas vezes: com Maria Ludovina Dourado Pimentel (de quem teve uma filha, Gisela Ester Pimentel de Oliveira, por casamento Lopes da Conceição) e com Olga da Conceição Ferreira Lima.
Foi pai do jornalista Daniel Oliveira, nascido da relação que teve com Isabel Figueiredo.
A crítica literária aproxima sua linguagem poética do universo da alquimia, da mística, da mitologia edipiana e da imagem da Mãe.
Faleceu a 23 de março de 2015, vítima de ataque cardíaco, aos 84 anos, na sua casa, em Cascais. Menos de dois meses após a sua morte, em maio de 2015, foi publicado o último livro de originais do poeta, "Poemas canhotos", que tinha terminado pouco antes de morrer.Quem deita sal na carne crua deixa
a lua entrar pela oficina e encher o barro forte:
vasos redondos, os quadris
das fêmeas - e logo o meu dedo se poe a luzir
ao fôlego da boca: onde
o gargalo se estrangula e entre as coxas a fenda
é uma queimadura
vizinha
do coração - toda a minha mão se assusta,
transmuda,
se torna transparente e viva, por essa força que a traga
até dentro,
onde o sangue mulheril queimado
a arrasta pelos rins e aloja, brilhando
como um coração,
na garganta - o sal que se deita cresce sempre
ao enredo dos planetas: com unhas
frias e nuas
retrato as lunações, talho a carne límpida
- porque eu sou o teu nome quando
te chamas a toda a altura
dos espelhos e até ao fundo, se teus dedos abertos tocam
a estrela
como uma pedra fechada no seu jardim selvagem
entre a água: tu tocas
onde te toco, e os remoinhos da luz e do sal se tocam
na carne profunda: como em toda a olaria o movimento
toca a argila e a torna
atenta
à translação da casa pela paisagem rodando sobre si
mesma - a teia sensível,
que se fabrica no mundo entre a mão no sal
e a potência
múltipla de que esta escrita é a simetria,
une
tudo boca a boca: o verbo que estás a ser cada
tua morte
ao que ouço, quando a luz se empina e a noite inteira
se despenha
para dentro do dia: ou a mão que lanço sobre
esse cabelo animal
que respira no sono, que transpira
como barro ou madeira ou carne salgada
exposta
a toda a largura da lua: o que é grave, amargo, sangrento.
in PHOTOMATON & VOX (1995) - Herberto Helder
Postado por Fernando Martins às 00:09 0 bocas
Marcadores: Funchal, Herberto Helder, Madeira, poesia, Surrealismo, Universidade de Coimbra
quinta-feira, novembro 16, 2023
Hoje houve eleições na Associação Académica de Coimbra...
...celebremos as escolhas e decisões dos atuais estudantes, de vetusta Universidade, com a música da Academia, com um excelente fado:
PS - parabéns à nova Presidente da Mesa da Assembleia Magna, Carolina Nobre, e ao novo Presidente da Direção-Geral, Renato Simões, candidatos da Lista P - Por ti. Pela Académica.
Postado por Fernando Martins às 21:20 0 bocas
Marcadores: AAC, Académica, Associação Académica de Coimbra, associação de estudantes, Fado da Promessa, Fado de Coimbra, saudades, Universidade de Coimbra
sexta-feira, novembro 03, 2023
Música para celebrar o aniversário do mais antigo clube ativo português e da maior e mais antiga associação de estudantes...!
Como é bonito ver uma associação de estudantes (e clube...!) chegar à proveta idade de 136 anos, sem precisar de falsificar a data de nascimento. Parabéns BRIOSA!
Postado por Pedro Luna às 13:06 0 bocas
Marcadores: AAC, Associação Académica de Coimbra, associação de estudantes, Balada da Despedida do 5º Ano Jurídico 88/89, Fado de Coimbra, Universidade de Coimbra
A Académica faz hoje 136 anos
A Associação Académica de Coimbra (sigla: AAC), fundada a 3 de novembro de 1887, é a mais antiga associação de estudantes de Portugal. Representa os mais de vinte cinco mil e quinhentos estudantes da Universidade de Coimbra, que são automaticamente considerados seus sócios enquanto se encontrem inscritos nesta Universidade. Existem também 3055 associados seccionistas, 17 associados extraordinários e 25 associados honorários.
A AAC é dirigida pela Direção Geral (DG), composta por estudantes, e eleita anualmente entre novembro e dezembro, em eleições abertas a todos os sócios, tanto estudantes como os sócios seccionistas. À DG compete a administração da AAC bem como a representação política dos estudantes. Em termos políticos, é ainda de referir a importância das Assembleias Magnas, assembleias sobretudo de discussão da política da Academia, abertas a todos os sócios, cujas decisões têm de ser obrigatoriamente cumpridas, independentemente da opinião da DG. Este poder decisório da Assembleia Magna torna-a no palco de discussões acesas, sobretudo entre os estudantes politizados. O atual edifício da AAC foi inaugurado em 1961 e alberga praticamente todas as secções da AAC, estando integrado num quarteirão que inclui ainda uma sala de espetáculos (Teatro Académico de Gil Vicente) e um complexo de cantinas.
Atualmente a DG/AAC é presidida por João Pedro Caseiro, que se encontra no seu segundo mandato enquanto Presidente.
- Centro de Estudos Cinematográficos (CEC/AAC)
- Centro de Informática (CI/AAC)
- Grupo Ecológico (GE/AAC)
- Rádio Universidade de Coimbra (RUC)
- Secção de Astronomia, Astrofísica e Astronáutica (SAC)
- Secção de Culturas Lusófonas (SDCL/AAC)
- Secção de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH/AAC)
- Secção de Escrita e Leitura (SESLA)
- Secção de Fado www.seccaodefado.net
- Secção de Fotografia www.fotografiaaac.net
- Secção de Gastronomia (SG/AAC)
- Secção de Jornalismo (SJ/AAC)
- Secção Filatélica (SF/AAC)
- SOS Estudante
- Televisão da Associação Académica de Coimbra (tvAAC)
- Secção Experimental de Yoga (SEY/AAC)
- andebol
- atletismo
- badminton
- basebol
- basquetebol
- bilhar
- boxe
- cultura física
- desportos motorizados
- desportos náuticos
- futebol
- ginástica
- halterofilismo
- judo
- karaté
- luta
- natação
- patinagem (Hóquei em Patins e Patinagem Artística)
- pesca desportiva e alto mar
- radiomodelismo
- rugby
- taekwondo
- ténis
- tiro com arco
- voleibol
- xadrez
- yoga
- Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC)
- Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra (CITAC)
- Coro Misto da Universidade de Coimbra (CMUC)
- Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra (GEFAC)
- Orfeon Académico de Coimbra (OAC)
- Organismo Autónomo de Futebol (AAC-OAF)
- Tuna Académica da Universidade de Coimbra (TAUC)
- Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC)
- Comendadora da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (14 de fevereiro de 1938)
- Comendadora da Ordem Militar de Cristo (5 de fevereiro de 1941)
- Membro-Honorário da Ordem do Infante D. Henrique (25 de janeiro de 1988)
- Membro-Honorário da Ordem da Liberdade (12 de abril de 1989)
- Medalha de Mérito Cultural (27 de outubro de 1987)
- Medalha de Ouro da Cidade de Coimbra
- Medalha Honorífica da Universidade de Coimbra (18 de dezembro de 2008)
- Troféu Olímpico Português
- Instituição de Utilidade Pública
Nota: a maior associação de estudantes da Europa (e um dos clubes com mais modalidade e secções) faz hoje anos, sem necessitar, como outros clubes fizeram, de falsificar a data de nascimento (até porque é a continuidade de outro clube que a antecedeu). A minha associação de estudantes, enquanto aluno da vetusta Universidade de Coimbra, merece tudo - Efe-Erre-Á...!
Postado por Fernando Martins às 01:36 0 bocas
Marcadores: AAC, Associação Académica de Coimbra, associação de estudantes, Fado de Coimbra, saudades, Universidade de Coimbra
Hoje é dia de ouvir Fado e Canção de Coimbra...!
Postado por Pedro Luna às 00:00 0 bocas
Marcadores: AAC, António Brojo, António Portugal, Associação Académica de Coimbra, associação de estudantes, Fado da Despedida, Fado de Coimbra, Luiz Goes, Rui Pato, saudades, Universidade de Coimbra
domingo, outubro 29, 2023
Bissaya Barreto nasceu há 137 anos
Fernando Baeta Bissaya Barreto Rosa (Castanheira de Pera, 29 de outubro de 1886 - Lisboa, 16 de setembro de 1974), mais conhecido por Bissaya Barreto, foi um professor de Medicina da Universidade de Coimbra e político. Entre outras funções, foi deputado à Assembleia Nacional Constituinte (1911), dirigente do Partido Republicano Evolucionista e depois da União Liberal Republicana. Após o golpe de estado de 28 de maio de 1926 aderiu à União Nacional, de que foi um destacado dirigente.
(...)
Postado por Fernando Martins às 01:37 0 bocas
Marcadores: Bissaya Barreto, Coimbra, estado novo, Portugal dos Pequenitos, Universidade de Coimbra
segunda-feira, outubro 16, 2023
E, alegre, se fez triste, aquela clara madrugada...
E alegre se fez triste - Adriano Correia de Oliveira
Poema de Manuel Alegre e música de José Niza
viu lágrimas correrem no teu rosto
e alegre se fez triste como
chuva que viesse em pleno Agosto.
Ela só viu meus dedos nos teus dedos
meu nome no teu nome. E demorados
viu nossos olhos juntos nos segredos
que em silêncio dissemos separados.
A clara madrugada em que parti.
Só ela viu teu rosto olhando a estrada
por onde um automóvel se afastava.
E viu que a pátria estava toda em ti.
E ouviu dizer adeus: essa palavra
que fez tão triste a clara madrugada.
Postado por Pedro Luna às 04:10 0 bocas
Marcadores: Académica, Adriano Correia de Oliveira, Canção da Beira Baixa, canção de intervenção, E Alegre se Fez Triste, Fado de Coimbra, Universidade de Coimbra
quinta-feira, outubro 05, 2023
Cristóvão de Aguiar morreu há dois anos...
Luís Cristóvão Dias de Aguiar, de seu nome literário Cristóvão de Aguiar (Pico da Pedra, Ilha de São Miguel, 8 de setembro de 1940 – Coimbra, 5 de outubro de 2021), foi um escritor português.
Biografia
Depois de Vitorino Nemésio, é considerado o maior escritor da literatura de autores açorianos e um dos de maior importância no panorama da literatura portuguesa contemporânea.
Licenciou-se em Filologia Germânica pela Universidade de Coimbra, que frequentou de 1960 a 1971. Cumpriu o serviço militar na Guiné Portuguesa, de 1965 a 1967, período durante o qual teve de interromper os seus estudos. Tornou-se leitor de Língua Inglesa na Universidade de Coimbra em 1972. Foi redator e colaborador da revista Vértice.
Foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique em 3 de setembro de 2001 e homenageado pela Faculdade de Letras e Reitoria da Universidade de Coimbra em 2005, por ocasião dos quarenta anos da sua vida literária, tendo sido publicado um livro, "Homenagem a Cristóvão de Aguiar", coordenado pela Prof. Doutora Ana Paula Arnaut, o qual contém a generalidade das críticas e ensaios publicados sobre a obra do autor durante a sua vida literária.
A trilogia romanesca Raiz Comovida (1978-1981), acerca das comunidades açorianas, da emigração e da guerra colonial na Guiné, é a sua obra mais importante. Merece também realce a sua Relação de Bordo (1999-2004), em três volumes, um dos mais interessantes diários da literatura portuguesa.
in Wikipédia
Postado por Fernando Martins às 00:02 0 bocas
Marcadores: Açores, Coimbra, Cristóvão de Aguiar, literatura, poesia, Universidade de Coimbra
segunda-feira, setembro 18, 2023
Requiem Pelos Meus Irmãos ...
Luiz Goes - Requiem Pelos Meus Irmãos
Meu irmão morreu na guerra
Meu irmão morreu na guerra
Uma guerra sei lá onde
Que roubou o céu da terra
Por alguém que não responde, vou chorar
Por alguém que não responde, vou chorar
Meu irmão morreu de fome
Meu irmão morreu de fome
Sei lá onde e qual o preço
Fica a fome e foi-se o nome
Por alguém que não esqueço, vou chorar.
Por alguém que não esqueço, vou chorar.
Meu irmão morreu de sede
Meu irmão morreu de sede
Sei lá onde num deserto
Onde há mais quem água pede
Por alguém que andava perto, vou chorar
Por alguém que andava perto, vou chorar
Meu irmão morreu de amor
Meu irmão morreu de amor
Corda anónima ao pescoço
Sei lá onde e com que dor
Se era livre, louco e moço, vou cantar
Se era livre, louco e moço, vou cantar
Postado por Fernando Martins às 19:52 0 bocas
Marcadores: Fado de Coimbra, Luiz Goes, música, Requiem Pelos Meus Irmãos, saudades, Universidade de Coimbra
Hoje é dia de ouvir cantar a melhor voz de Coimbra...
Romagem à Lapa - Luiz Goes
Se um dia a vida parasse e agente voltasse
Ao tempo que havia
E se o Mondego passasse e a todos levasse
A um velho dia
Talvez a Lapa cantasse e em pedra gravasse
A nossa alegria
Talvez a Lapa sorrisse e à pedra se ouvisse
Olá, poesia
Se agora o rio pudesse juntar quem padece
De tal nostalgia
E tanta gente viesse, sem sonhos nem prece
E sem rebeldia
Talvez a Lapa chorasse em pedra gravasse
A nossa agonia
Talvez a Lapa sofresse e à pedra dissesse
Adeus, poesia
Postado por Fernando Martins às 11:00 0 bocas
Marcadores: Fado de Coimbra, Luiz Goes, música, Romagem à Lapa, saudades, Universidade de Coimbra
Saudade de Luiz Goes...
Partir, partir...
Partir para onde de longa distância
Recordo o teu corpo
Poema de infância.
Partir, partir como partem
As naus do passado,
Sem velas, sem mastros,
O leme quebrado.
Partir, partir...
Como a espuma que deixa na areia
Poemas de sal
Que o vento semeia.
Partir, partir...
Partir para onde de longa distância
Recordo o teu corpo
Poema de infância.
Postado por Pedro Luna às 01:10 0 bocas
Marcadores: Balada da distância, Fado de Coimbra, Luiz Goes, música, saudades, Universidade de Coimbra
Luiz Goes morreu há onze anos...
(imagem daqui)
Balada para ninguém - Luiz Goes
Letra - Leonel Neves
Música - João Bagão
Chuva dize-me o que sentes
quando as tuas gotas
caem só no mar
Chuva disse-me o que sentes
se às cisternas rotas
é que vais parar
Pobre chuva sem sementes
Noite dize-me o que sentes
quando em sonhos falas
sem achar ninguém
Noite diz-me o que sentes
quando alguém embalas
mas o dia vem
Triste noite sem correntes
Vento diz-me o que sentes
se é em vão que pedes
velas para inchar
Vento dize-me o que que sentes
se a buscar paredes
só encontras ar
Vento inútil sem batente
Postado por Fernando Martins às 00:11 0 bocas
Marcadores: Coimbra Quintet, Fado de Coimbra, Luiz Goes, Medicina, música, Universidade de Coimbra
domingo, setembro 17, 2023
O botânico Jorge Paiva faz hoje noventa anos...!
Jorge Américo Rodrigues de Paiva, nascido em Cambondo (Angola), a 17 de setembro de 1933, licenciado em Ciências Biológicas pela Universidade de Coimbra e doutorado em Biologia pelo Departamento de Recursos Naturais e Medio Ambiente da Universidade de Vigo (Espanha), aposentado, tendo sido investigador principal no Departamento de Botânica da Universidade de Coimbra, onde lecionou algumas disciplinas, tendo também lecionado, como professor convidado, na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, nos Departamentos de Biologia das Universidades de Aveiro e da Madeira, na licenciatura de Arquitetura Paisagista da Universidade Vasco da Gama de Coimbra, no Departamento de Engenharia do Ambiente do Instituto Superior de Tecnologia de Viseu e no Departamento de Recursos Naturais e Medio Ambiente da Universidade de Vigo (Espanha).
"Medalha de Ouro da Cidade" atribuída a Jorge Paiva
Ontem, dia 4 de julho de 2023, feriado municipal em Coimbra, foram homenageados pelo município várias personalidades. A distinção maior, a Medalha de Ouro da Cidade, foi atribuída a Jorge Paiva, docente e investigador aposentado do DCV. O elogio do biólogo coube ao vice-presidente da câmara, Francisco Veiga, também na foto.
in DCV - UC
Postado por Fernando Martins às 00:09 0 bocas
Marcadores: Biologia, botânica, divulgação científica, Ecologia, Jorge Paiva, naturalista, Universidade de Coimbra
domingo, setembro 10, 2023
Nicolau Tolentino de Almeida nasceu há 283 anos
Pastar longas campinas livremente;
Não percas tempo, enquanto to consente
De magros cães faminto ajuntamento.
Esta sela, teu único ornamento,
Para sinal da minha dor veemente,
De torto prego ficará pendente,
Despojo inútil do inconstante vento.
Morre em paz, que, em havendo algum dinheiro,
Hei-de mandar, em honra de teu nome,
Abrir em negra pedra este letreiro:
«Aqui piedoso entulho os ossos come
Do mais fiel, mais rápido sendeiro,
Que fora eterno, a não morrer de fome».
Postado por Fernando Martins às 00:28 0 bocas
Marcadores: arcadismo, caricatura, Humor, Nicolau Tolentino de Almeida, poesia, Universidade de Coimbra
domingo, setembro 03, 2023
Saudades...
Postado por Pedro Luna às 09:30 0 bocas
Marcadores: Fado de Coimbra, Fernando Machado Soares, música, O Sol Anda Lá No Céu, Universidade de Coimbra