Mostrar mensagens com a etiqueta António Brojo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta António Brojo. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, janeiro 05, 2023

Luiz Goes nasceu há noventa anos...!

 

(imagem daqui)

Luís Fernando de Sousa Pires de Goes (Coimbra, 5 de janeiro de 1933 - Mafra, 18 de setembro de 2012) foi um médico e músico português. Cantor e compositor, conhecido pelo seu nome artístico como Luiz Goes, é considerado um dos expoentes máximos da canção de Coimbra.
Filho de Luís do Carmo Goes e de D. Leopoldina da Soledade Valente d'Eça e Leyva Cabral de Sousa Pires, nasceu em 1933, em Coimbra, e, por influência de seu tio paterno, Armando do Carmo Goes, figura destacada da canção de Coimbra, cedo começou a interpretá-la, e, aos 19 anos, a convite de António Brojo, gravou o seu primeiro disco.
No final da década de 50, formou o Coimbra Quintet, com os músicos António Portugal, Jorge Godinho, Manuel Pepe e Levi Baptista, gravando o álbum Serenata de Coimbra, que "é ainda hoje o disco português mais vendido", segundo o jornalista Manuel Alegre Portugal. Em 1958 licencia-se em Medicina, na Universidade de Coimbra e exerceu a profissão de médico-estomatologista até à sua reforma, em 2003. De 1963 a 1965 prestou serviço militar na Guiné como Alferes Miliciano Médico.
Foi autor de 25 canções estróficas e 18 baladas. Do seu reportório fazem parte canções como "Balada do mar", "É preciso acreditar", "Cantiga para quem sonha", "Só" ou "Toada beirã".
Foi condecorado com a Ordem do Infante Dom Henrique, no grau de Grande Oficial (9 de junho de 1994), com a Medalha de Ouro da cidade de Coimbra (4 de julho de 1998), com a Medalha de Mérito Cultural da Câmara Municipal de Cascais e com o Prémio Amália Rodrigues 2005, na categoria Fado de Coimbra. 
    

 


Balada para ninguém · Luiz Goes

 Letra - Leonel Neves; Música - João Bagão



Chuva dize-me o que sentes
quando as tuas gotas
caem só no mar

Chuva disse-me o que sentes
se às cisternas rotas
é que vais parar

Pobre chuva sem sementes


Noite dize-me o que sentes
quando em sonhos falas
sem achar ninguém

Noite diz-me o que sentes
quando alguém embalas
mas o dia vem

Triste noite sem correntes


Vento dize-me o que sentes
se é em vão que pedes
velas para inchar

Vento dize-me o que que sentes
se a buscar paredes
só encontras ar

Vento inútil sem batente

sábado, janeiro 05, 2013

Luiz Goes nasceu há 80 anos

(imagem daqui)
Cantor, poeta e compositor português, Luiz Fernando de Sousa Pires de Goes nasceu a 5 de Janeiro de 1933, em Coimbra. É uma das principais referências da canção de Coimbra e um dos artistas portugueses com maior currículo internacional, apesar de nunca se ter profissionalizado.

Luiz Goes começou a cantar muito cedo por influência do seu tio Armando Goes, nome muito considerado da canção coimbrã. Aos 14 anos já cantava em público e era considerado um menino-prodígio. Ainda na adolescência chegou a ser acompanhado por Artur Paredes, uma das maiores referências da guitarra portuguesa. Aos 19 anos gravou o seu primeiro disco, a convite de António Brojo. No liceu foi colega e amigo de José Afonso e António Portugal, tendo gravado vários álbuns em conjunto com ambos. Mas a sua maior influência sempre foi Edmundo Bettencourt.

Licenciou-se em Medicina, em Coimbra, em 1958. Nos seus anos de estudante cruzou-se com muitas figuras ilustres, entre outros Manuel Alegre, Miguel Torga, Bernardo Santareno, Teolinda Gersão e Yvette Centeno.

No final da década de 50 formou o Coimbra Quintet, com os instrumentistas António Portugal, Jorge Godinho, Manuel Pepe e Levy Baptista. O disco Serenata de Coimbra (1957) é um dos álbuns mais vendidos da música portuguesa, em Portugal e no estrangeiro. Este quinteto teve uma projecção ímpar, mas uma vida breve. Com o recrutamento para a guerra colonial o grupo desfez-se e Luiz Goes foi colocado na frente da Guiné.

Depois mudou-se para Lisboa, onde exerceu a profissão de médico-estomatologista até à sua reforma, em 2003. Mas foi mesmo através da música que se notabilizou. É de resto um dos artistas portugueses mais internacionais. Entre outros espectáculos de grande relevo, destacam-se as suas actuações no Congresso da Cultura da Língua Portuguesa na Universidade de Georgetown (Estados Unidos), no aniversário das Nações Unidas (Suíça) e na homenagem a Beethoven (Áustria). Isto além de participações em programas televisivos em países como Brasil, Espanha, França, Suécia, Áustria, Estados Unidos e África do Sul.

Tem um extenso reportório, com muitas canções da sua autoria, algumas delas com mensagens subliminares de oposição ao regime salazarista. Entre outros temas, ficaram célebres "Homem Só", "Meu Irmão", "Balada do Mar", "É preciso acreditar", "Canção do Regresso", "Canção da Boneca de Trapo", "Canção para quase todos", "Canção Pagã" ou "Cantiga para quem sonha". Da sua extensa discografia, destacam-se os álbuns Coimbra do mar e da vida (1969), Canções de Amor e de Esperança (1969) e Canções para quase Todos (1983). Em 1998 foi editado o livro Luiz Goes de Ontem e de Hoje, da autoria de Carlos Carranca. E, em 2003, a Emi-Valentim de Carvalho lançou, numa caixa de quatro CDs, a sua obra completa.

Luiz Goes, que sempre defendeu que não existia um fado, mas sim uma canção de Coimbra, recebeu as mais altas distinções, entre as quais a de Grande Oficial da Ordem do Infante Dom Henrique, a Medalha de Ouro da Cidade de Coimbra, a Medalha de Mérito Cultural da Câmara Municipal de Cascais e o Prémio Amália Rodrigues 2005, na categoria Fado de Coimbra.


Luís Fernando de Sousa Pires de Goes (Coimbra, 5 de janeiro de 1933 - Mafra, 18 de setembro de 2012) foi um médico e músico português. Cantor e compositor, conhecido pelo seu nome artítico como Luiz Goes, é considerado um dos expoentes máximos da canção de Coimbra.
Filho de Luís do Carmo Goes e de D. Leopoldina da Soledade Valente d' Eça e Leyva Cabral de Sousa Pires, nasceu em 1933, em Coimbra, e, por influência de seu tio paterno Armando do Carmo Goes, figura destacada do fado em Coimbra, cedo começou a cantar fado, e, aos 19 anos, a convite de António Brojo, gravou o seu primeiro disco.
No final da década de 1950, formou o Coimbra Quintet, com os músicos Carlos Paredes, João Bagão e António Portugal, gravando o álbum Serenata de Coimbra, que "é ainda hoje o disco português mais vendido", segundo Manuel Alegre Portugal. Em 1958 licencia-se em Medicina, na Universidade de Coimbra e exerceu a profissão de médico-estomatologista até à sua reforma, em 2003. De 1963 a 1965 prestou serviço militar na Guiné como Alferes Miliciano Médico.
Foi autor de 25 fados e 18 baladas. Do seu reportório fazem parte 'Balada do mar', 'É preciso acreditar', 'Cantiga para quem sonha'.
Foi condecorado com a Ordem do Infante Dom Henrique, no grau de Grande Oficial (9 de junho de 1994), com a Medalha de Ouro da cidade de Coimbra (4 de julho de 1998), com a Medalha de Mérito Cultural da Câmara Municipal de Cascais e com o Prémio Amália Rodrigues 2005, na categoria Fado de Coimbra.