quarta-feira, julho 20, 2022
José Hermano Saraiva morreu há dez anos...
Postado por Fernando Martins às 00:10 0 bocas
Marcadores: crise académica de 1969, História, José Hermano Saraiva, Ministro da Educação, televisão
sábado, abril 30, 2022
Joaquim Pedro de Oliveira Martins nasceu há 177 anos
Casou em 1865 com Victória de Mascarenhas Barbosa, de ascendência inglesa, que o acompanhou nas suas longas estadias em Espanha e no Porto, mas de quem não teve descendência.
Foi deputado em 1883, eleito por Viana do Castelo, e em 1889 pelo círculo do Porto. Em 1892 foi convidado para a pasta da Fazenda, no ministério que se organizou sob a presidência de Dias Ferreira, e em 1893 foi nomeado vice-presidente da Junta do Crédito Público.
Elemento animador da Geração de 70, revelou uma elevada plasticidade às múltiplas correntes de ideias que atravessaram o seu século.
Oliveira Martins colaborou nos principais jornais literários e científicos de Portugal, assim como nos políticos socialistas. Também se encontra colaboração da sua autoria nas revistas: Renascença (1878-1879?), Ribaltas e gambiarras (1881), Revista de Estudos Livres (1883-1886), Gazeta dos Caminhos de Ferro de Portugal e Hespanha (1888-1898) e Gazeta dos Caminhos de Ferro (iniciada em 1899) e ainda em A semana de Lisboa (1893-1895), A Leitura (1894-1896) e, a título póstumo, no semanário Branco e Negro (1896-1898).
Postado por Fernando Martins às 00:17 0 bocas
Marcadores: História, literatura, Monarquia Constitucional, Oliveira Martins, política
sábado, abril 09, 2022
O Abade de Baçal nasceu há 157 anos
Francisco Manuel Alves, mais conhecido como Abade de Baçal, (Baçal, 9 de abril de 1865 - Baçal, 13 de novembro de 1947) foi um arqueólogo, historiador e genealogista português.
Reitor de Baçal, Antigo Vereador da Câmara Municipal de Bragança, Antigo Vogal à Junta Geral do Distrito do mesmo nome, Sócio da Associação dos Arqueólogos Portugueses, da Sociedade Portuguesa de Estudos Históricos, do Instituto de Coimbra, da Academia das Ciências de Lisboa, do Instituto Etnológico da Beira, do Instituto Histórico do Minho, Presidente Honorário do Instituto Científico-Literário de Trás os Montes, Comendador da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem de S. Tiago do Mérito Científico, Literário e Artístico, em atenção às suas qualidades de escritor reveladas na obra "Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança", distinguido pelo Clero Bragançano com a oferta dum cálix de valor artístico, com uma pena de ouro e um tinteiro no mesmo metal de alto valor artístico por oferta do Distrito de Bragança em reconhecimento dos seus trabalhos de investigação histórica em prol do mesmo, pedaço de asno se acredita que estas honrarias douram a sua muita ignorância, e ainda, ultimamente, Diretor-Conservador do Museu Regional de Bragança.
Postado por Fernando Martins às 01:57 0 bocas
Marcadores: Abade de Baçal, Arqueologia, Bragança, genealogia, História, Igreja Católica, judeus, Museu Abade de Baçal
segunda-feira, março 28, 2022
Alexandre Herculano nasceu há 212 anos
Que harmonia suave
É esta, que na mente
Eu sinto murmurar,
Ora profunda e grave,
Ora meiga e cadente,
Ora que faz chorar?
Porque da morte a sombra,
Que para mim em tudo
Negra se reproduz,
Se aclara, e desassombra
Seu gesto carrancudo,
Banhada em branda luz?
Porque no coração
Não sinto pesar tanto
O férreo pé da dor,
E o hino da oração,
Em vez de irado canto,
Me pede íntimo ardor?
És tu, meu anjo, cuja voz divina
Vem consolar a solidão do enfermo,
E a contemplar com placidez o ensina
De curta vida o derradeiro termo?
Oh, sim!, és tu, que na infantil idade,.
Da aurora à frouxa luz,
Me dizias: «Acorda, inocentinho,
Faz o sinal da Cruz.»
És tu, que eu via em sonhos, nesses anos
De inda puro sonhar,
Em nuvem d'ouro e púrpura descendo
Coas roupas a alvejar.
És tu, és tu!, que ao pôr do Sol, na veiga,
Junto ao bosque fremente,
Me contavas mistérios, harmonias
Dos Céus, do mar dormente.
És tu, és tu!, que, lá, nesta alma absorta
Modulavas o canto,
Que de noite, ao luar, sozinho erguia
Ao Deus três vezes santo.
És tu, que eu esqueci na idade ardente
Das paixões juvenis,
E que voltas a mim, sincero amigo,
Quando sou infeliz.
Sinta a tua voz de novo,
Que me revoca a Deus:
Inspira-me a esperança,
Que te seguiu dos Céus!...
Alexandre Herculano
Postado por Fernando Martins às 02:12 1 bocas
Marcadores: Alexandre Herculano, D. Pedro IV, Desembarque do Mindelo, guerras liberais, História, literatura, Monarquia, poesia
quinta-feira, março 17, 2022
António José Saraiva morreu há 29 anos
António José Baptista Saraiva (Leiria, 31 de dezembro de 1917 - Lisboa, 17 de março de 1993) foi um professor e historiador de literatura portuguesa.
Biografia
Postado por Fernando Martins às 00:29 0 bocas
Marcadores: António José Saraiva, História, José Hermano Saraiva, literatura
terça-feira, março 15, 2022
Gilberto Freyre nasceu há 122 anos
Eu ouço as vozes
eu vejo as cores
eu sinto os passos
de outro Brasil que vem aí
mais tropical
mais fraternal
mais brasileiro.
O mapa desse Brasil em vez das cores dos Estados
terá as cores das produções e dos trabalhos.
Os homens desse Brasil em vez das cores das três raças
terão as cores das profissões e regiões.
As mulheres do Brasil em vez das cores boreais
terão as cores variamente tropicais.
Todo brasileiro poderá dizer: é assim que eu quero o Brasil,
todo brasileiro e não apenas o bacharel ou o doutor
o preto, o pardo, o roxo e não apenas o branco e o semibranco.
Qualquer brasileiro poderá governar esse Brasil
lenhador
lavrador
pescador
vaqueiro
marinheiro
funileiro
carpinteiro
contanto que seja digno do governo do Brasil
que tenha olhos para ver pelo Brasil,
ouvidos para ouvir pelo Brasil
coragem de morrer pelo Brasil
ânimo de viver pelo Brasil
mãos para agir pelo Brasil
mãos de escultor que saibam lidar com o barro forte e novo dos Brasis
mãos de engenheiro que lidem com ingresias e tratores europeus e norte-americanos a serviço do Brasil
mãos sem anéis (que os anéis não deixam o homem criar nem trabalhar).
mãos livres
mãos criadoras
mãos fraternais de todas as cores
mãos desiguais que trabalham por um Brasil sem Azeredos,
sem Irineus
sem Maurícios de Lacerda.
Sem mãos de jogadores
nem de especuladores nem de mistificadores.
Mãos todas de trabalhadores,
pretas, brancas, pardas, roxas, morenas,
de artistas
de escritores
de operários
de lavradores
de pastores
de mães criando filhos
de pais ensinando meninos
de padres benzendo afilhados
de mestres guiando aprendizes
de irmãos ajudando irmãos mais moços
de lavadeiras lavando
de pedreiros edificando
de doutores curando
de cozinheiras cozinhando
de vaqueiros tirando leite de vacas chamadas comadres dos homens.
Mãos brasileiras
brancas, morenas, pretas, pardas, roxas
tropicais
sindicais
fraternais.
Eu ouço as vozes
eu vejo as cores
eu sinto os passos
desse Brasil que vem aí.
Gilberto Freyre
Postado por Fernando Martins às 01:22 0 bocas
Marcadores: Antropologia, Brasil, Gilberto Freyre, História, literatura, polímata, sociologia
quarta-feira, março 02, 2022
O arqueólogo Howard Carter morreu há 83 anos
Postado por Fernando Martins às 08:30 0 bocas
Marcadores: Arqueologia, Egipto, egiptologia, faraó, História, Howard Carter, Lord Carnarvon, Tutankhamon
quarta-feira, fevereiro 16, 2022
A câmara funerária de Tutankhamon foi aberta há 99 anos
Postado por Fernando Martins às 09:09 0 bocas
Marcadores: Arqueologia, Egipto, egiptologia, faraó, História, Tutankhamon
quinta-feira, fevereiro 03, 2022
Poema adequado à data...
Janela antiga sobre a rua plana…
Ilumina-a o luar com seu clarão…
Dantes, a descansar de luta insana,
Fui, talvez, flor no poético balcão…
Dantes! Da minha glória altiva e ufana,
Talvez… Quem sabe?… Tonto de ilusão,
Meu rude coração de alentejana
Me palpitasse ao luar nesse balcão…
Mística dona, em outras Primaveras,
Em refulgentes horas de outras eras,
Vi passar o cortejo ao sol doirado…
Bandeiras! Pajens! O pendão real!
E na tua mão, vermelha, triunfal,
Minha divisa: um coração chagado!…
in Reliquiae (1934) - Florbela Espanca
Postado por Pedro Luna às 15:36 0 bocas
Marcadores: Alentejo, Arquitectura, Cancioneiro Geral, D. João II, D. Manel I, Évora, Florbela Espanca, Garcia de Resende, História, poesia
quarta-feira, fevereiro 02, 2022
Damião de Góis nasceu há 520 anos...!
Efectuou várias missões diplomáticas e comerciais na Europa entre 1528 e 1531. Em 1533 abandonou o serviço oficial do governo português e dedicou-se exclusivamente aos seus propósitos de humanista. Tornou-se amigo íntimo do humanista holandês Desiderius Eramus (Erasmo de Roterdão), com quem convive em Basileia em 1534 e que o guiou nos seus estudos assim como nos seus escritos. Estudou em Pádua entre 1534 e 1538 onde foi contemporâneo dos humanistas italianos Pietro Bembo e Lazzaro Buonamico. Pouco tempo depois fixou-se em Lovaina por um período de seis anos.
Damião de Góis foi feito prisioneiro durante a invasão francesa da Flandres mas foi libertado pela intervenção de D. João III, que o trouxe para Portugal. Em 1548 foi nomeado guarda-mor dos Arquivos Reais da Torre do Tombo, e dez anos mais tarde foi escolhido pelo cardeal D. Henrique para escrever a crónica oficial do rei D. Manuel I que foi completada em 1567.
No entanto este seu trabalho histórico desagradou a algumas famílias nobres, e em 1571 Damião de Góis caiu nas garras do Santo Ofício (Inquisição), de maneira brutal, pois foi preso, sujeito a processo e depois, em 1572, foi transferido para o Mosteiro da Batalha. Trágico fim de vida, pois abandonado pela sua família, apareceu morto, com suspeitas de assassinato, na sua casa de Alenquer, em 30 de janeiro de 1574, sendo enterrado na igreja de Santa Maria da Várzea, da mesma vila.
As suas maiores obras em latim e em português são históricas. Incluem a Crónica do Felicíssimo Rei Dom Emanuel (quatro partes, 1566–67) e a Crónica do Príncipe Dom João (1567). Ao contrário do seu contemporâneo João de Barros, ele manteve uma posição neutra nas suas crónicas sobre o rei D. Manuel I e do seu filho, o príncipe João, depois D. João III de Portugal.
Postado por Fernando Martins às 05:20 0 bocas
Marcadores: D. João III, D. Manuel I, Damião de Góis, Erasmo de Roterdão, História, Renascimento
domingo, janeiro 30, 2022
Damião de Góis morreu há 448 anos
Postado por Fernando Martins às 04:48 0 bocas
Marcadores: D. João III, Damião de Góis, História, humanista, Inquisição, Renascimento
domingo, janeiro 23, 2022
A. H. de Oliveira Marques morreu há quinze anos
sábado, janeiro 22, 2022
Luís de Albuquerque, matemático e historiador, morreu há trinta anos
Postado por Fernando Martins às 00:30 0 bocas
Marcadores: Engenharia Geográfica, História, História dos Descobrimentos, Luís de Albuquerque, Matemática, Universidade de Coimbra, XVII Exposição Europeia de Arte
quarta-feira, outubro 20, 2021
João de Barros morreu há 451 anos
Postado por Fernando Martins às 04:51 0 bocas
Marcadores: Casa da Índia, gramática, História, João de Barros, Português
domingo, outubro 03, 2021
José Hermano Saraiva nasceu há 102 anos
Postado por Fernando Martins às 01:02 0 bocas
Marcadores: comunicador, estado novo, História, José Hermano Saraiva
segunda-feira, setembro 13, 2021
Porque hoje foi um dia triste para a História de Portugal...
... há que recordar que Alexandre Herculano foi um Homem ímpar: lutou, com D. Pedro IV, pela monarquia constitucional, foi precetor e amigo de El-Rei D. Pedro V (e que grande Rei perdemos, por causa da doença que o vitimou...), foi um escritor, poeta e pensador único; foi ainda um historiador importantíssimo, que soube preservar muitos tesouros e passá-los para o papel dos impressores. Não precisando de prebendas ou títulos, foi fiel às suas Ideias, à Pátria e ao seu Rei. Recordemo-lo com um belo poema:
Há um tamanho de homem que se mede
Na sepultura:
Cabe ou não cabe no caixão da morte?
Mas quando o porte
Da criatura
Excedo o próprio excesso consentido,
Leva tempo a tornar-se natural
Que uma grandeza tal
Tenha existido.
in Poemas Ibéricos (1965) - Miguel Torga
Postado por Pedro Luna às 14:40 0 bocas
Marcadores: Alexandre Herculano, D. Pedro IV, D. Pedro V, História, literatura, Miguel Torga, poesia, romantismo