domingo, janeiro 23, 2022

A. H. de Oliveira Marques morreu há quinze anos

  
António Henrique Rodrigo de Oliveira Marques, conhecido como A. H. de Oliveira Marques, (Cascais, Estoril, São Pedro do Estoril, 23 de agosto de 1933 - Lisboa, 23 de janeiro de 2007) foi um destacado professor universitário e historiador e maçon português.

Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa com a tese A Sociedade em Portugal nos Séculos XII a XV (1956).
Iniciou funções docentes em 1957, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se doutorou em História, em 1960 (junho), com a dissertação Hansa e Portugal na Idade Média.
A sua participação na crise académica de 1962 resultante da luta promovida pelos estudantes contra a ditadura do Estado Novo, esteve na origem do seu afastamento da universidade portuguesa.
Entre 1965 e 1970 esteve nos Estados Unidos, onde lecionou em várias instituições, como a Universidade do Alabama, da Flórida, Columbia e Minnesota, entre outras.
Em 1970, durante a «Primavera Marcelista», regressou a Portugal, reingressando na universidade portuguesa depois da Revolução do 25 de Abril, em 1974.
Foi director da Biblioteca Nacional de Lisboa entre 1974 e 1976.
Professor catedrático da Universidade Nova de Lisboa (1976), foi presidente da comissão instaladora da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da mesma Universidade (1977 a 1980) e presidente do conselho científico desta Faculdade (1981-1983 e 1984-1986).
Foi presidente do Ano Propedêutico no ano lectivo de 1977/1978.
Em 1980 fundou o Centro de Estudos Históricos da Universidade Nova de Lisboa.
O seu trabalho como historiador incidiu especialmente sobre a Idade Média, a Primeira República e a maçonaria.
Em 1982, em comemoração dos 25 anos sobre a publicação do seu primeiro estudo histórico, foram editados dois volumes com colaboração de historiadores portugueses e estrangeiros e intitulados Estudos de História de Portugal: Homenagem a A. H. de Oliveira Marques.
Franco-mação desde 1973, foi eleito Grão-Mestre Adjunto do Grande Oriente Lusitano (1984-1986) e Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do Grau 33 (1991-1994).
A 2 de outubro de 1998 recebeu a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio.
Faleceu aos 73 anos, no dia 23 de janeiro de 2007, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, vítima de problemas cardíacos.
Considerado um dos grandes historiadores portugueses contemporâneos, as suas obras, que se destacam em diversos domínios, são instrumentos de grande importância para os estudiosos da História de Portugal.
  
   

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