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sábado, março 09, 2024

Juliette Binoche faz hoje sessenta anos...!

    
Juliette Binoche (Paris, 9 de março de 1964) é uma aclamada atriz e dançarina francesa, vencedora do Óscar de Melhor Atriz Coadjuvante e de outros prémios de prestígio no cinema.
  

sexta-feira, março 08, 2024

Berlioz morreu há 155 anos...

    
Hector Berlioz (La Côte-Saint-André, 11 de dezembro de 1803 - Paris, 8 de março de 1869), músico romântico, autor da Sinfonia Fantástica e Grande Messe des morts, teve contribuições significativas para a orquestra moderna, com o seu Grand traité d'instrumentation et d'orchestration modernes. Ele criou música para enormes grupos orquestrais, para alguns dos seus trabalhos, e realizou vários concertos com mais de 1.000 músicos. Ele também compôs cerca de 50 canções. A sua influência foi fundamental para o desenvolvimento do romantismo, especialmente em compositores como Richard Wagner, Nikolai Rimsky-Korsakov, Franz Liszt, Richard Strauss, Gustav Mahler e muitos outros.
  



quinta-feira, março 07, 2024

Ravel nasceu há 149 anos

  
      
Joseph-Maurice Ravel (Ciboure, 7 de março de 1875Paris, 28 de dezembro de 1937) foi um compositor e pianista francês, conhecido sobretudo pela subtileza das suas melodias instrumentais e orquestrais, entre elas, Bolero, que ele considerava trivial e descreveu como "uma peça para orquestra sem música".
   

 


quarta-feira, março 06, 2024

Cyrano de Bergerac nasceu há 405 anos

   
Hector Savinien de Cyrano de Bergerac (Saviniano Hércules Cyrano de Bergerac) (Paris, 6 de março de 1619 - Sannois, 26 de julho de 1655) foi um escritor e duelista que se tornou mais conhecido pelos muitos trabalhos de ficção que têm sido feitos sobre sua vida. Nessas histórias, ele é sempre retratado com um grande nariz, em especial na peça feita por Edmond Rostand sobre a sua vida.
  

Antoine César Becquerel nasceu há 236 anos

 
Descobridor da célula fotovoltaica (1839), é considerado o pai da eletroquímica.
Entrou na École Polytechnique em 1806, após estudar na Escola Central de Fontainebleau e no Lycée Henri IV, onde foi aluno de Augustin Louis Cauchy.
Em 1808 entrou para uma escola militar em Metz, da qual saiu no ano seguinte, como segundo-tenente. Em seguida, e durante mais de dois anos, lutou nas campanhas na Espanha e França, sob as ordens do General Suchet. Feito capitão e Cavaleiro da Legião de Honra, foi nomeado inspetor assistente de estudos na École Polytechnique. Durante a invasão de 1814 voltou à atividade como militar, mas a sua então pouca resistência física fê-lo desistir definitivamente da carreira militar e passou a dedicar-se ao verdadeiro interesse da sua vida: o estudo da eletricidade.
Concordou com André-Marie Ampère, mas discordou da teoria eletromotiva de Volta, quando começou a aprofundar as suas pesquisas em eletroquímica. Na termoeletricidade, desenvolveu em 1829 a célula de corrente constante, precursora da famosa célula de Daniell, e aplicou os seus resultados na construção de um termómetro elétrico, que empregou para a determinação da temperatura interna de animais, do solo em diferentes profundidades e da atmosfera a diferentes altitudes.
Também fez pesquisas em áreas como a meteorologia, clima, agricultura e metalurgia. Publicou mais de quinhentos artigos e vários livros, além de vários outros trabalhos escritos com seu filho Edmond.
Morreu em 1878 e personificou a primeira de quatro gerações de cientistas franceses que deu contribuições científicas importantes para dois séculos. Foi o pai do físico Alexandre Edmond Becquerel (1820-1891) e do médico Louis Alfred Becquerel (1814-1862), avô do Nobel de Física de 1903, Antoine Henri Becquerel (1852-1908) e bisavô do também físico Jean Antoine Becquerel (1878-1953).
Foi laureado com a Medalha Copley da Royal Society de Londres, embora não tenha tido, em vida, o devido reconhecimento como cientista e inventor, entre os britânicos. Foi eleito membro da Académie des Sciences (1829), tornou-se professor de física e administrador do Museu Nacional de História Natural  da França (1837) e Comandante da Legião de Honra.
  

segunda-feira, março 04, 2024

Champollion morreu há 192 anos...

 
Jean-François Champollion (Figeac, 23 de dezembro de 1790 - Paris, 4 de março de 1832) foi um linguista e egiptólogo francês. Considerado o pai da egiptologia, deve-se-lhe a decifração dos hieróglifos egípcios.
 
 
Pedra de Roseta

sábado, março 02, 2024

Serge Gainsbourg morreu há trinta e três anos...

 
Serge Gainsbourg
(Lucien Ginzburg) (Paris, 2 de abril de 1928 - Paris, 2 de março de 1991) foi um músico, cantor e compositor francês.
Gainsbourg escreveu canções para diversos intérpretes, dentre os quais se destacam Juliette Gréco, Françoise Hardy, France Gall, Brigitte Bardot, Jacques Dutronc, Catherine Deneuve, Alain Chamfort, Alain Bashung, Anna Karina, Isabelle Adjani, Vanessa Paradis e a sua esposa Jane Birkin, mãe da sua filha Charlotte Gainsbourg.
    
(...)

    

Fumador inveterado, alcoólico assumido, Gainsboug previu, numa entrevista ao jornal francês Libération, que morreria do coração em 1990. Errou por pouco, pois em 2 de março de 1991 morreu de ataque cardíaco. Foi sepultado na secção judaica do cemitério Montparnasse em Paris. O presidente francês, François Mitterrand disse sobre ele na ocasião "Ele foi o nosso Baudelaire, o nosso Apollinaire... Ele elevou a música ao nível da arte".

A sua casa, na Rua de Verneuil, no 7.º bairro de Paris é um endereço bem conhecido, frequentemente é coberta por grafitis e poemas. Em 2023 abriu como museu.

Desde a sua morte, a música de Gainsbourg tem alcançado estatuto de lendária na França. Ele também têm ganhado seguidores no mundo da língua inglesa, com inúmeros artistas influenciados pelos seus arranjos.

 

 


Berthe Morisot morreu há 129 anos...

Berthe Morisot -
Edouard Manet, 1872
     
Berthe Morisot (Bourges, Cher, 14 de janeiro de 1841 - Paris, 2 de março de 1895) foi uma pintora impressionista francesa.
Expôs seus trabalhos, pela primeira vez, no prestigiado Salão de Paris, em 1864, patrocinado pela Academia de Belas-Artes de Paris. Os seus trabalhos foram selecionados para as exposições seguintes, juntamente com os de Paul Cézanne, Edgar Degas, Claude Monet, Camille Pissarro, Pierre-Auguste Renoir e Alfred Sisley.
Foi casada com Eugène Manet, irmão do seu amigo e colega pintor Édouard Manet. Depois de participar da primeira exposição dos impressionistas, em 1874, a pintora iniciou uma série de viagens de estudo pela Itália, Países Baixos e Bélgica. As suas obras foram apresentadas em 1886 em Nova Iorque, e um ano mais tarde na Exposição Internacional de Paris. A obra de Berthe Morisot representa uma reflexão afirmativa da obra de Manet, embora com pinceladas mais longas e suaves, com tendência para a verticalização, numa tentativa de organizar a composição.
    
(...)
   
Berthe Morisot faleceu em 2 de março de 1895, em Paris, devido à uma pneumonia que contraiu quando cuidava de Julie, a filha, que também esteve doente. Foi sepultada no Cemitério de Passy, em Paris.
  
Jeune fille au bal, óleo sobre tela, 1875
      
    in Wikipédia

sexta-feira, março 01, 2024

Chopin nasceu há 214 anos

    
Frédéric François Chopin, com o nome de batismo Fryderyk Franciszek Chopin (Żelazowa Wola, 1 de março de 1810 - Paris, 17 de outubro de 1849), foi um pianista polaco, radicado na França, e o maior compositor para piano da era romântica. É amplamente conhecido como um dos maiores compositores para piano e um dos pianistas mais importantes da história. A sua técnica refinada e a sua elaboração harmónica são comparadas historicamente com as de outros grandes compositores, como Mozart e Beethoven, assim como a sua duradoura influência na música até aos dias de hoje.
  
(...)
  
Em 1848, Chopin deu o seu último concerto em Paris, além de visitar a Inglaterra e a Escócia com a sua aluna e admiradora Jane Stirling. Eles chegaram a Londres em novembro, e ainda conseguiu dar alguns concertos e apresentações de salão.
Ele voltou a Paris, onde em 1849 ficou incapaz de ensinar e se apresentar.
A sua irmã, Ludwika, que lhe tinha dado as primeiras lições de piano, cuidou dele no seu apartamento na Praça Vendôme, nº 12. Às primeiras horas de 17 de outubro Chopin morreu.
Chopin morreu rodeado de amigos e, como gostava muito de flores, logo depois da morte recebeu tal quantidade que parecia repousar num jardim. Como era costume na época, foi feita uma máscara mortuária, por Auguste Clesinger. A máscara foi rejeitada pela família, pois demonstrava claramente a expressão de sofrimento (Chopin morreu sufocado...), mas o escultor remodelou a peça, dando assim uma aparência mais tranquila.
Antes do funeral de Chopin, de acordo com seu desejo ao morrer, o seu coração foi retirado, devido ao seu medo de ser enterrado vivo. Ele foi posto pela sua irmã numa urna de cristal selada, com Cognac, destinada a Varsóvia. O coração permanece até hoje lacrado dentro de um pilar da Igreja da Santa Cruz (Kościół Świętego Krzyża), em Krakowskie Przedmieście, debaixo de uma inscrição do Evangelho de Mateus: "onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração" (Mt 6:21), que, curiosamente, seria salvo da destruição de Varsóvia pelos nazis, em 1944, pelo general das SS, Erich von dem Bach-Zelewski.
     

 


quinta-feira, fevereiro 29, 2024

Hoje é dia de ouvir Ópera...

Rossini nasceu há duzentos e trinta e dois anos

Gioachino Rossini, circa 1817 (por Vincenzo Camuccini)
        
Gioachino Antonio Rossini (Pésaro, 29 de fevereiro de 1792 - Passy, Paris, 13 de novembro de 1868) foi um compositor erudito italiano, muito popular no seu tempo, que criou 39 óperas, assim como diversos trabalhos para música sacra e música de câmara. Entre os seus trabalhos mais conhecidos estão Il barbiere di Siviglia ("O Barbeiro de Sevilha"), La Cenerentola ("A Cinderela") e Guillaume Tell ("Guilherme Tell").
   

 


segunda-feira, fevereiro 26, 2024

Mohammed V, primeiro Rei do moderno reino de Marrocos, morreu há 63 anos

 

Maomé V (Fez, 10 de agosto de 1909 - Rabate, 26 de fevereiro de 1961), nascido Maomé ibne Iúçufe foi mulei, sultão de 1927 a 1953 e de 1955 a 1957 e, finalmente, rei de Marrocos de 1957 a 1961.
 

Maomé era o terceiro filho de Iúçufe (r. 1912–1927). Com a morte deste, as autoridades francesas fizeram Maomé o sucessor. Em 1934, exortou os franceses a abandonarem o Dahir Berber de 1930 que criou diferentes sistemas legais aos dois principais grupos étnicos do Marrocos, os berberes e árabes. Os marroquinos criaram o Dia do Trono, um festival anual para celebrar o aniversário da ascensão de Maomé. Neste dia, o sultão discursou, apesar de forma moderada, de modo a encorajar o sentimento nacionalista. Os franceses relutantemente transformaram o dia em feriado oficial e na década seguinte Maomé, embora não fizesse declaradamente parte dos movimentos nacionalistas, os apoiou. Com a II Guerra Mundial (1939–1945), apoiou os Aliados e em 1943 se reuniu com o presidente dos Estados Unidos Franklin D. Roosevelt, que o encorajou a declarar independência.

Em janeiro de 1944, o interesse de Maomé pela independência aumentou, dada a prisão, por ordem da França, de vários nacionalistas. Em 1947, visitou Tânger e discursou sobre as ligações dos marroquinos com o mundo árabe e omitiu a França. Além disso, recusou-se a assinar os decretos do general residente francês. Em 1951, os franceses encorajaram uma rebelião tribal, e sob pretexto de protegê-lo, cercaram o palácio com tropas. Nisso, foi obrigado a denunciar o movimento nacionalista. Em agosto de 1953, foi levado à Córsega e depois Madagascar e o país foi dado a Maomé ibne Arafa (r. 1953–1955).

O terrorismo se alastrou com sua ausência, e os franceses, que à época enfrentavam uma grande revolta na Argélia, permitiram que voltasse em novembro de 1955. Em março de 1956, Maomé negociou um tratado que garantiu a integral independência do Marrocos. Em 1957, adotou o título de rei (maleque). O seu filho e futuro sucessor, Hassan II, foi nomeado, em maio de 1960, primeiro ministro e dirigiu ativamente o país até à sua sucessão, em 1961.
  
  

Victor Hugo nasceu há 222 anos...

  

Victor-Marie Hugo (Besançon, 26 de fevereiro de 1802 - Paris, 22 de maio de 1885) foi um romancista, poeta, dramaturgo, ensaísta, artista, estadista e ativista pelos direitos humanos francês de grande atuação política em seu país. É autor de Les Misérables e de Notre-Dame de Paris, entre diversas outras obras clássicas de fama e renome mundial. 

 

in Wikipédia

 

Reverie

 

Lo giorno se n’andava e l’aer bruno 

Toglieva gli animal che sono’n terra, 

Dalle fatiche loro.

Dante

 

Oh! laissez-moi! c’est l’heure où l’horizon qui fume
Cache un front inégal sous un cercle de brume,
L’heure où l’astre géant rougit et disparaît.
Le grand bois jaunissant dore seul la colline.
On dirait qu’en ces jours où l’automne décline,
Le soleil et la pluie ont rouillé la forêt.

Oh! qui fera surgir soudain, qui fera naître,
Là-bas, – tandis que seul je rêve à la fenêtre
Et que l’ombre s’amasse au fond du corridor, –
Quelque ville mauresque, éclatante, inouïe,
Qui, comme la fusée en gerbe épanouie,
Déchire ce brouillard avec ses flèches d’or!

Qu’elle vienne inspirer, ranimer, ô génies,
Mes chansons, comme un ciel d’automne rembrunies,
Et jeter dans mes yeux son magique reflet,
Et longtemps, s’éteignant en rumeurs étouffées,
Avec les mille tours de ses palais de fées,
Brumeuse, denteler l’horizon violet!

 

Victor Hugo

Honoré Daumier nasceu há 216 anos

      
Honoré-Victorien Daumier (Marselha, 26 de fevereiro de 1808 - Valmondois, 10 de fevereiro de 1879), foi um caricaturista, chargista, pintor e ilustrador francês. Ele foi conhecido no seu tempo como o "Miguel Ângelo da Caricatura". Atualmente também é considerado um dos mestres da litografia e um dos pioneiros do naturalismo.
  
Une discussion littéraire à la deuxième Galerie - litografia publicada em Le Charivari, 1864
     
Les Joueurs d'échecs (Os jogadores de Xadrez), 1863
   

domingo, fevereiro 25, 2024

Renoir nasceu há cento e oitenta e três anos

Busto de Pierre-Auguste Renoir, no Museu Nacional de Varsóvia, autoria do escultor francês Aristide Maillol

       
Desde o princípio que a sua obra foi influenciada pela sensualidade e pela elegância do rococó, embora não faltasse um pouco da delicadeza das suas habilidades anteriores, como decorador de porcelana. O seu principal objetivo, como ele próprio afirmava, era conseguir realizar uma obra agradável aos olhos. Apesar de sua técnica ser essencialmente impressionista, Renoir nunca deixou de dar importância à forma - de facto, teve um período de rebeldia diante das obras de seus amigos, no qual se voltou para uma pintura mais figurativa, evidente na longa série Banhistas. Mais tarde retomaria a plenitude da cor e recuperaria sua pincelada enérgica e ligeira, com motivos que lembram o mestre Ingres, pela sua beleza e sensualidade.
A sua obra de maior impacto é Le Moulin de la Galette, em que conseguiu elaborar uma atmosfera de vivacidade e alegria à sombra refrescante de algumas árvores, aqui e ali intensamente azuis. Percebendo que traço firme e riqueza de colorido eram coisas incompatíveis, Renoir concentrou-se em combinar o que tinha aprendido sobre cor durante o seu período impressionista, com métodos tradicionais de aplicação de tinta. O resultado foi uma série de obras-primas bem no estilo Ticiano, assim como de Fragonard e Boucher, a quem ele admirava. Os trabalhos que Renoir incluiu numa mostra individual de 70, organizada pelo marchand Paul Durand-Ruel, foram elogiados e o seu primeiro reconhecimento oficial veio quando o governo francês comprou a obra Ao Piano, em 1892.
  
"O camarote", 1874

 

Auguste Renoir, Autoportrait, 1876, Fogg Art Museum, Cambridge (Massachusetts)

sábado, fevereiro 24, 2024

Marc-Antoine Charpentier morreu há 320 anos...


     
Marc-Antoine Charpentier, né à Paris en 1643 et mort à Paris le 24 février 1704, est un compositeur et chanteur baroque français.
     

 


quinta-feira, fevereiro 22, 2024

Jean-Baptiste Camille Corot faleceu há 149 anos...

Auto-retrato com paleta
     
Jean-Baptiste Camille Corot (Paris, 16 de julho de 1796 - Ville-d'Avray, 22 de fevereiro de 1875) foi um pintor realista francês.
Filho de uma família de comerciantes abastados, Jean-Baptiste Camille Corot, teve uma infância confortável e estável, tendo trabalhado numa loja do pai. Corot fez os seus estudos na cidade de Rouen, onde foi hospedado pela família Sennegon, uns vendedores de tecidos, amigos do seu pai.
Denis Sennegon casou-se com a irmã de Camille Corot, Annette-Octavie.
Corot, fez retratos de vários membros da família Sennegon. Destes, onze são conhecidos e dois estão expostos no Museu do Louvre. Nesses retratos, Corot (que nessa época raramente pintava figuras ou paisagens), teve oportunidade de se sentir à vontade com os modelos. Tais obras estão entre as mais notáveis de suas figuras.
Durante viagem à Itália pintou "O Coliseu" (1825), mostrando a sua formação essencialmente clássica e algumas inovações a nível da luz.
De volta à França, abandonou o academicismo em favor de um estilo paisagístico realista. Construiu então, uma pintura puramente paisagista, rural e citadina e marcada pela mestria na gradação tonal de luzes e sombras e pelo rigor construtivo da composição. As suas obras apresentavam-se expressivas e possuidoras de uma linguagem muito própria, caracterizadas pela serenidade, facto este condicionado pela sua anterior permanência em Itália.
Após várias exposições sem muito sucesso no Salão de Paris, começou a receber a atenção da crítica (1840), devido a quadros como "O Bosque de Fontainebleau" e "O Pastorzinho", e ganhou a cruz da Legião de Honra (1846).
Pintou, também, monumentos de variadas cidades europeias, entre os quais se destacam da Catedral de Chartres (é feita referência a esta conhecida pintura no romance Caminho de Swann de Marcel Proust, em que o jovem narrador descreve a obsessão da sua avó em não dar-lhe nunca fotografias de monumentos, mas fotografias de pinturas de monumentos, como é o caso do quadro de Corot). A evolução da paisagem clássica para a realista deve-se, em parte, ao seu trabalho em Itália.
Tornou-se grande amigo de vários pintores, entre eles Théodore Rousseau e Charles-François Daubigny. Também foi amigo e discípulo de Corot o pintor Henri Nicolas Vinet que se mudou para o Brasil e nesse país permaneceu até ao final da sua existência. Excelente paisagista, deixou trabalhos da melhor qualidade, mostrando o quanto foi proveitoso o seu aprendizagem com o insigne mestre francês.
Com uma carreira artística recheada com as melhores coisas que a vida nos pode dar, Corot morreu, em Paris, em 1875.

Vista de Volterra (Museu do Louvre - Paris)
     
A catedral de Chartres (Museu do Louvre - Paris)
          

quarta-feira, fevereiro 21, 2024

Anais Nin nasceu há cento e vinte e um anos...

      
     
Biografia
Era filha do compositor Joaquín Nin, cubano criado na Espanha, e Rosa Culmell y Vigaraud, de ascendência cubana, francesa e dinamarquesa.
Tornou-se famosa pela publicação de diários pessoais, que mostram um período de quarenta anos, começando quando tinha doze anos. Foi amante de Henry Miller e só permitiu que os seus diários fossem publicados após a morte do seu marido, Hugh Guiler.
Os seus romances e narrativas, impregnados de conteúdo erótico, foram profundamente influenciados pela obra de James Joyce e a psicanálise. De entre as suas obras destaca-se "Delta de Vénus" (1977), traduzido para todas as línguas ocidentais, aclamado pela crítica americana e europeia.
O filme cinematográfico "Henry & June" (1990), dirigido por Philip Kaufman, versou sobre o período em que Anaïs Nin, interpretada pela atriz portuguesa Maria de Medeiros, conheceu Henry Miller.
   

terça-feira, fevereiro 20, 2024

Ernest Meissonier nasceu há 209 anos


 Auto-retrato, 1889

 

Jean-Louis Ernest Meissonier (Lyon, 21 de fevereiro de 1815Paris, 21 de janeiro de 1891) foi um escultor e pintor clássico francês, famoso pelas suas representações de Napoleão, dos seus exércitos e de temas militares.  

 

Napoléon III na Batalha de Solferino, 1863 

  

1814 - Campagne de France

 

O Manifesto Futurista foi publicado há 115 anos...!

  

O Manifesto Futurista foi escrito pelo poeta italiano Filippo Tommaso Marinetti e publicado no jornal francês Le Figaro, a 20 de fevereiro de 1909. Este manifesto marcou a fundação do futurismo, um dos primeiros movimentos da arte moderna. Consistia num texto com 11 pontos que proclamavam a rutura com o passado e a identificação do homem com a máquina, a velocidade e o dinamismo do novo século.

  1. Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito da energia e do destemor.
  2. A coragem, a audácia, a rebelião serão elementos essenciais de nossa poesia.
  3. A literatura exaltou até hoje a imobilidade pensativa, o êxtase, o sono. Nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insónia febril, o passo de corrida, o salto mortal, o bofetão e o soco.
  4. Nós afirmamos que a magnificência do mundo enriqueceu-se de uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida com seu cofre enfeitado com tubos grossos, semelhantes a serpentes de hálito explosivo... um automóvel rugidor, que correr sobre a metralha, é mais bonito que a Vitória de Samotrácia.
  5. Nós queremos entoar hinos ao homem que segura o volante, cuja haste ideal atravessa a Terra, lançada também numa corrida sobre o circuito da sua órbita.
  6. É preciso que o poeta prodigalize com ardor, fausto e munificência para aumentar o entusiástico fervor dos elementos primordiais.
  7. Não há mais beleza, a não ser na luta. Nenhuma obra que não tenha um caráter agressivo pode ser uma obra-prima. A poesia deve ser concebida como um violento assalto contra as forças desconhecidas, para obrigá-las a prostrar-se diante do homem.
  8. Nós estamos no promontório extremo dos séculos!... Por que haveríamos de olhar para trás, se queremos arrombar as misteriosas portas do Impossível? O Tempo e o Espaço morreram ontem. Nós já estamos vivendo no absoluto, pois já criamos a eterna velocidade omnipresente.
  9. Nós queremos glorificar a guerra - única higiene do mundo - o militarismo, o patriotismo, o gesto destruidor dos libertários, as belas ideias pelas quais se morre e o desprezo pela mulher.
  10. Nós queremos destruir os museus, as bibliotecas, as academias de toda natureza, e combater o moralismo, o feminismo e toda vileza oportunista e utilitária.
  11. Nós cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela sublevação; cantaremos as marés multicores e polifónicas das revoluções nas capitais modernas; cantaremos o vibrante fervor noturno dos arsenais e dos estaleiros incendiados por violentas luas elétricas; as estações esganadas, devoradoras de serpentes que fumam; as oficinas penduradas às nuvens pelos fios contorcidos de suas fumaças; as pontes, semelhantes a ginastas gigantes que cavalgam os rios, faiscantes ao sol com um luzir de facas; os piróscafos aventurosos que farejam o horizonte, as locomotivas de largo peito, que pateiam sobre os trilhos, como enormes cavalos de aço enleados de carros; e o voo rasante dos aviões, cuja hélice freme ao vento, como uma bandeira, e parece aplaudir como uma multidão entusiasta.

É da Itália, que nós lançamos pelo mundo este nosso manifesto de violência arrebatadora e incendiária, com o qual fundamos hoje o "futurismo", porque queremos libertar este país de sua fétida gangrena de professores, de arqueólogos, de cicerones e de antiquários. Já é tempo de a Itália deixar de ser um mercado de belchiores. Nós queremos libertá-la dos inúmeros museus que a cobrem toda de inúmeros cemitérios.