quarta-feira, outubro 16, 2019

Oscar Wilde nasceu há 165 anos

  
Oscar Fingal O'Flahertie Wills Wilde, ou simplesmente Oscar Wilde (Dublin, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda, atual República da Irlanda, 16 de outubro de 1854 - Paris, França, 30 de novembro de 1900) foi um influente escritor, poeta e dramaturgo britânico de origem irlandesa. Depois de escrever de diferentes formas ao longo da década de 1880, ele se tornou um dos dramaturgos mais populares de Londres, em 1890. Hoje ele é lembrado pelos seus epigramas e peças, e as circunstâncias da sua prisão, que foi seguida pela sua morte precoce.
     
Biografia
Oscar Fingal O'Flahertie Wills Wilde nasceu na cidade de Dublin a 16 de outubro de 1854, quando o que hoje é a República da Irlanda ainda pertencia ao Reino Unido, na forma do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda. O segundo de três filhos, foi criado numa família protestante (que depois se converteu à Igreja Católica), estudou na Portora Royal School de Enniskillen e no Trinity College de Dublin, onde se sobressaiu como latinista e helenista. Ganhou depois uma bolsa de estudos para o Magdalen College de Oxford.
Wilde saiu de Oxford em 1878. Um pouco antes havia ganhado o prémio "Newdigate" com o poema "Ravenna".
Passou a morar em Londres e começou a ter uma vida social bastante agitada, sendo logo caracterizado pelas atitudes extravagantes.
Foi convidado para ir aos Estados Unidos a fim de dar uma série de palestras sobre o movimento estético por ele fundado, o esteticismo, ou dandismo, que defendia, a partir de fundamentos históricos, o belo como antídoto para os horrores da sociedade industrial, sendo ele mesmo um dândi.
Em 1883, vai para Paris e entra para o mundo literário local, o que o leva a abandonar seu movimento estético. Volta para a Inglaterra e casa-se com Constance Lloyd, filha de um rico advogado de Dublin, indo morar para Chelsea, um bairro de artistas londrinos. Com Constance teve dois filhos, Cyril, em 1885 e Vyvyan, em 1886. O melhor período intelectual de Oscar Wilde é o que vai de 1887 a 1895.
   
Julgamento e prisão
Em maio de 1895, após três julgamentos, foi condenado a dois anos de prisão, com trabalhos forçados, por "cometer atos imorais com diversos rapazes". Wilde escreveu uma denúncia contra um jovem chamado Bosie, publicada no livro De Profundis, acusando-o de tê-lo arruinado. Bosie era o apelido de Lorde Alfred Douglas, um dos homens de que se suspeitava que Wilde fosse amante. Foi o pai de Bosie, o Marquês de Queensberry, que levou Oscar Wilde ao tribunal. No terrível período da prisão, Wilde redigiu uma longa carta a Douglas, que a chamou de De Profundis.
A imaginação como fruto do amor é uma das armas que Wilde utiliza para conseguir sobreviver nas condições terríveis da prisão. Apesar das críticas severas a Douglas, ele ainda alimenta o amor dentro de si como estratégia de sobrevivência. A imaginação, a beleza e a arte estão presentes na obra de Wilde.
Após a condenação a vida mudou radicalmente e o talentoso escritor viu, no cárcere, serem consumidas a sua saúde e reputação. No presídio, o autor de Salomé (1893) produziu, entre outros escritos, De Profundis, o clássico anarquista, A Alma do Homem sob o Socialismo e a célebre Balada do Cárcere de Reading.
  
Os últimos anos 
Foi libertado em 19 de maio de 1897. Poucos amigos o esperavam na saída, entre eles o maior, Robert Ross.
Passou a morar em Paris e a usar o pseudónimo Sebastian Melmoth. As roupas tornaram-se mais simples, e o escritor morava numa casa humilde, de apenas dois quartos. A produtividade literária é pequena.
O facto histórico do seu sucesso ter sido arruinado pelo Lord Alfred Douglas (Bosie) tornou-lhe ainda mais culto e filosófico, sempre defendendo o amor que não ousa dizer o nome, definição sobre a homossexualidade, como forma de mais perfeita afeição e amor.
Oscar Wilde morreu de um violento ataque de meningite (agravado pelo álcool e pela sífilis) às 09.50 horas do dia 30 de novembro de 1900.
No seu leito de morte Oscar Wilde foi aceite pela Igreja Católica Romana e Robert Ross, na sua carta para More Adey (datada de 14 de dezembro de 1900), disse: Ele estava consciente de que havia pessoas presentes, e levantou a sua mão quando pedi, mostrando entendimento. Ele apertou nossas mãos. Eu então fui enviado em busca de um padre, e depois de grande dificuldade encontrei o Padre Cuthbert Dunne, que foi comigo e administrou o Batismo e a Extrema Unção - Oscar não pode tomar a Eucaristia.
Wilde foi enterrado no Cemitério de Bagneux fora de Paris, porém mais tarde foi movido para o Cemitério de Père Lachaise em Paris. O seu túmulo, no Cemitério de Père Lachaise, foi feita pelo escultor Sir Jacob Epstein, à pedido de Robert Ross, que também pediu um pequeno compartimento para os seus próprios restos. Os seus restos mortais foram transferidos para o túmulo em 1950.
  
Obra
No seu único romance, O Retrato de Dorian Gray, considerado por críticos como obra-prima da literatura inglesa, Oscar Wilde trata da arte, da vaidade e das manipulações humanas.
Já em várias de suas novelas como, por exemplo, O Fantasma de Canterville, Wilde critica o patriotismo da sociedade.
Nos seus contos infantis preocupou-se em deixar lições de moral através do uso de linguagem simples. O Filho da Estrela, é exemplo disso.
No teatro, escreveu nove dramas, muitos ainda encenados até hoje.
Wilde destacou-se como poeta, principalmente na juventude. Rosa Mystica, Flores de Ouro são alguns trabalhos conhecidos nesse campo.
Wilde foi um mestre em criar frases, marcadas por ironia, sarcasmo e cinismo.
    
Cronologia
      

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