sexta-feira, maio 27, 2022

Nehru morreu há 58 anos


Jawaharlal Nehru (Allahabad, 14 de novembro de 1889 - Nova Délhi, 27 de maio de 1964), também conhecido como Pandit (professor) Nehru ou Pandita Nehru, foi um estadista indiano, que foi o primeiro (e até hoje o de mandato mais longo) primeiro-ministro da Índia, desde 1947 até 1964. Líder da ala socialista no congresso nacional indiano durante e após o esforço da Índia para a independência do império britânico, tornou-se no primeiro-ministro da Índia na independência, de 15 de agosto de 1947 até à sua morte.
Figura líder do movimento de independência indiano, Nehru foi eleito pelo Partido do Congresso para assumir o posto inaugural de primeiro-ministro da Índia independente, e reeleito quando Partido do Congresso ganhou a primeira eleição geral da Índia em 1952. Como um dos fundadores do Movimento Não-Alinhado, foi também uma figura importante na política internacional do pós-guerra.
Filho de um rico advogado e político indiano, Motilal Nehru, Nehru tornou-se um líder da ala esquerda do Congresso Nacional Indiano, quando ainda bastante jovem. Ascendendo até tornar-se presidente do Congresso, sob a orientação de Mahatma Gandhi, Nehru foi um líder carismático e radical, defendendo a independência completa em relação ao Império Britânico. Na longa luta pela independência da Índia, em que foi uma peça chave, Nehru foi finalmente reconhecido como herdeiro político de Gandhi. Ao longo de sua vida, Nehru foi também um defensor do socialismo fabiano e do setor público como o meio pelo qual os desafios de longa data do desenvolvimento económico poderiam ser abordados pelas nações mais pobres.
Nehru foi educado na Grã-Bretanha, na escola independente para rapazes Harrow School e no Trinity College, em Cambridge.
Nehru teve a singular honra de levantar a bandeira da Índia independente em Nova Deli, a 15 de agosto de 1947, no dia em que a Índia obteve a independência. A valoração de Nehru das virtudes da democracia parlamentar, o secularismo e liberalismo, juntamente com as suas preocupações com os pobres e desfavorecidos, são reconhecidos como o que o guiou na formulação de políticas que influenciam a Índia até o presente. Também refletem as origens socialistas da sua visão de mundo. Sua longa permanência foi fundamental na modelagem das tradições e das estruturas da Índia independente. Ele é muitas vezes referido como o "Arquiteto da Índia Moderna". A sua filha, Indira Gandhi, e o seu neto, Rajiv Gandhi, também exerceram o cargo de primeiros-ministros da Índia.
Gita Sahgal - uma escritora e jornalista que aborda questões do feminismo, fundamentalismo e racismo, diretora de premiados documentários e ativista de direitos humanos - é sua sobrinha-neta.
Filho de Motilal Nehru, um destacado dirigente do Congresso, Jawaharlal regressou à Índia após formar-se na Universidade de Cambridge para exercer a advocacia antes de ser introduzido na política por seu pai, chegando a ser o braço-direito de Mohandas Gandhi e alcançando a presidência do Congresso pela primeira vez em 1929.
Preso 32 meses depois dos eventos de 1942, Nehru formou o primeiro governo hindu, em julho de 1946, com a oposição da Liga Muçulmana, que aspirava a criar um estado separado (o Paquistão), em 1947.
Como primeiro-ministro, Nehru inaugurou uma política exterior de não-alinhamento, convertendo-se no fundador e dirigente desse movimento. No entanto, ao mesmo tempo também fez reivindicações territoriais que colocavam a Índia na posição de um império agressor e não de uma nação pacífica. Reivindicou a Caxemira, apesar da oposição do Paquistão e da população do território, o que levou à primeira guerra entre os dois países (1947-49). Também anexou Hyderabad, em setembro de 1948, e invadiu os território portugueses de Goa (em dezembro de 1961). A invasão do território português, destruiu a imagem de pacifista que Nehru tinha criado ao longo dos anos. No ocidente, ele passou a ser visto como um pouco mais que um hipócrita.
Depois que Nehru demonstrou que a Índia não tinha intenções pacíficas, iniciou-se a confrontação com a China que, precavida com as ações militares contra Portugal e Paquistão, reuniu forças militares que permitiram a vitória militar da República Popular da China sobre a Índia, em outubro de 1962. Nehru, tentou ainda criar uma política de boa vizinhança com os países limítrofes, mas a sua imagem internacional estava já completamente desgastada quando faleceu.
    

Ivete Sangalo faz hoje cinquenta anos...!

 

 

Ivete Maria Dias de Sangalo Cady (Juazeiro, 27 de maio de 1972) é uma cantora, compositora, multi-instrumentista, empresária, apresentadora e atriz brasileira. Alcançou sucesso ainda como vocalista da Banda Eva, vendendo mais de 4 milhões de discos, e chegando a fazer cerca de trinta shows por mês. Durante toda a sua carreira já vendeu cerca de 20 milhões de cópias, tornando-se uma das maiores artistas de vendas de discos no Brasil. Ivete Sangalo é uma das maiores e mais importantes figuras da música brasileira, tendo seu sucesso consolidado na história da cultura nacional.

      
 

Há 45 anos uma tentativa de golpe de estado em Angola foi seguido de um banho de sangue


(imagem daqui)

Fraccionismo foi o nome dado a um movimento político angolano, liderado por Nito Alves, ex-dirigente do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), no poder desde a independência do país. Este movimento articulou-se como dissidência no seio do MPLA, após a independência de Angola, em oposição ao Presidente Agostinho Neto, e lançou em Luanda uma tentativa de golpe de estado a 27 de maio de 1977.
  
O golpe
Na madrugada de 27 de maio de 1977 (sexta-feira), Nito Alves, então ministro da Administração Interna sob a presidência de Agostinho Neto, liderou um movimento popular de protesto que se dirigiu para o Palácio Presidencial, para apelar ao Presidente Neto que tomasse uma posição contra o suposto rumo de influência maoísta que o MPLA estava a seguir e para que alterasse essa tendência com o retorno à linha marxista-leninista pura.
Virinha e Nandy, dirigentes do destacamento feminino das FAPLA (Forças Armadas Populares de Libertação de Angola), dirigem o assalto à cadeia de São Paulo, onde se encontrava, em visita de inspeção, Hélder Neto, chefe da INFANAL (serviço de Informação e Análise), órgão paralelo à DISA (Direção de Informação e Segurança de Angola). Para tentar impedir o ataque, Helder Neto, liberta alguns presos e entrega-lhes armas para o ajudarem a defender a cadeia. No entanto, Sambala, um cantor popular detido por delito comum, prende-o pelos braços, quando ele abre as portas da cadeia para negociar com Virinha e Nandy, acabando, supostamente, por se suicidar.
Luís dos Passos, o atual secretário-geral do Partido Renovador Democrático, num jipe com seis militares, dirigia a tomada da Rádio Nacional de Angola, enquanto, nos musseques, Sita Vales e José Van-Dúnem incitam os operários e os populares à revolta. Segundo o ex-delegado brasileiro Cláudio Guerra relatou em seu livro Memórias de uma Guerra Suja, o atentado a bomba que precedeu a tomada da Rádio Nacional e que matou a cúpula do MPLA presente na rádio foi executado por ele e mais dois polícias brasileiros, todos integrantes da extrema-direita brasileira, que haviam sido enviados em missão secreta a Angola.
Saidy Mingas, um dos irmãos de Rui Mingas, fiel a Agostinho Neto, entra no quartel da Nona Brigada para tentar controlar as tropas, sendo preso pelos soldados e levado com Eugénio Costa e outros militares contrários à revolta para o musseque Sambizanga, onde são, posteriormente, queimados vivos.
Por volta do meio-dia, o Governo, através de Onambwe, diretor-adjunto da DISA, reage com a ajuda das tropas cubanas. Os soldados retomam a cadeia e a rádio e abrem fogo sobre os manifestantes dispersando-os, abafando-se assim o golpe. Pelas 16 horas, a cidade já está controlada, e os manifestantes procuram refúgio. No musseque do Sambizanga, são queimados, vivos, os militares aprisionados, conseguindo escapar ileso o Comandante Gato. No começo da tarde, reinava o silêncio na cidade. Na Rádio Nacional, Agostinho Neto resume os acontecimentos que, por poucas horas, abalaram Luanda: Hoje de manhã, pretendeu-se demonstrar que já não há revolução em Angola. Será assim? Eu penso que não... Alguns camaradas desnortearam-se e pensaram que a nossa opção era contra eles.
Com o poder governamental precariamente restabelecido em Luanda, foi imposto o recolher obrigatório com início ao pôr do sol e a terminar ao nascer do sol, realizado com a ajuda de barreiras de rua por toda a cidade. Cubanos, em tanques e blindados, guardavam os edifícios públicos.
Numa última tentativa de levar o golpe em frente, surge um atentado contra Agostinho Neto, levado a cabo pelo seu segurança particular e organizado por Nito Alves. Escapa ileso mas fica abalado emocionalmente e pouco tempo depois, num discurso empolgado, afirmou: "Não haverá contemplações". "Não perderemos muito tempo com julgamentos".
Logo nessa mesma noite, a DISA, começou as buscas às casas à procura dos nitistas. No rescaldo do golpe, imensas pessoas foram submetidas a prisões arbitrárias, tortura, condenações sem julgamento ou execuções sumárias, levadas a cabo pelo Tribunal Militar Especial vulgo Comissão Revolucionária, criado para substituir os julgamentos e que ficou conhecido por Comissão das Lágrimas.
Não se sabe a data exata em que Nito Alves foi preso, mas sabe-se que foi fuzilado e que se fez desaparecer o seu corpo, afundando-o no mar amarrado a pedras. Sita Valles e José Van-Dúnem foram aprisionados a 16 de junho de 1977. Em 1978, o escritor australiano Wilfred Burchett confirmou que Nito Alves fora executado, bem como Sita Valles, José Van-Dúnem, Ministro do Comércio Interno, David Aires Machado, e dois comandantes superiores do exército do MPLA, Jacob João Caetano (popularmente conhecido como Monstro Imortal) e Ernesto Eduardo Gomes da Silva (Bakalof).
    
Consequências
As perseguições duraram cerca de dois anos. Tipicamente, após os julgamentos sumários, os ditos “traidores” eram apresentadas na TV angolana antes de serem fuzilados. Foram exibidos desta forma aproximadamente 15.000 pessoas
Foram mortos muitos dos melhores quadros angolanos, combatentes experientes, mulheres combativas, jovens militantes, intelectuais e estudantes. Em julho de 1979, Agostinho Neto, levando em consideração os atos dos dois últimos anos, decide dissolver a DISA pelos "excessos" que havia cometido.
Ironicamente, o golpe acabou por reescrever a história, levando o MPLA a fazer o que os golpistas reivindicavam. Em dezembro de 1977 no seu primeiro congresso, mudam de nome para MPLA-PT (MPLA Partido do Trabalho) adotando oficialmente a ideologia marxista-leninista, pedida por Nito Alves.
De acordo com várias fontes, o número de militantes do MPLA, depois das depurações, baixou de 110.000 para 32.000. Estas ações de depuração do partido provocaram milhares de mortos não existindo um número oficial, oscilando segundo as fontes, entre os 15.000 e os 80.000.
   

John Entwistle morreu há vinte anos...


John Alec Entwistle
(Chiswick, Londres, 9 de outubro de 1944 - Las Vegas, 27 de junho de 2002) foi um baixista, compositor, cantor e trompetista britânico, mais conhecido pelo seu trabalho no baixo com a banda de rock The Who.
A sua sonoridade agressiva no instrumento influenciou várias gerações de baixistas, levando-o a ser definido como "o maior baixista da história do rock" por publicações como Greenwich Time e The Ledger.
A base de seu instrumento era alcançada através da utilização de linhas pentatónicas e um som agudo pouco comum, alcançado através da utilização de cordas de aço RotoSound. Entwistle possuía uma coleção de mais de 200 instrumentos, refletindo as diferentes marcas que utilizou durante sua carreira: baixos Fender e Rickenbacker nos anos 60, Gibson e Alembic nos anos 70, Warwick nos anos 80 e baixos Status de fibra de carbono nos anos 90.
John Entwistle morreu em Las Vegas no dia 27 de junho de 2002, um dia antes do início de mais uma turnê norte-americana dos The Who.
O legista determinou que a sua morte foi devido a um ataque cardíaco provocado por uma quantidade não determinada de cocaína. Embora a quantidade no seu sangue fosse mínima, a droga fez com que as suas artérias coronárias - já prejudicadas por um problema cardíaco não tratado - se contraíssem, o que levou ao ataque cardíaco fatal. Entwistle, assim como Townshend, lutou contra o vício do álcool e drogas durante a maior parte da sua vida adulta.
    
   

 


Siouxsie Sioux - 65 anos...!

   
Susan Janet Ballion, mais conhecida como Siouxsie Sioux (Bromley, Londres, 27 de maio de 1957) é uma cantora britânica, vocalista da banda pós-punk, Siouxsie and the Banshees, e de seu projeto paralelo formado com Budgie, a banda The Creatures. Considerada uma das mais importantes artistas de sua geração e um dos ícones do rock desde a década de 70 até aos dias de hoje, influenciando vários artistas de sua época e posteriormente.
Ela é mais conhecida por ter sido vocalista da banda de rock Siouxsie and the Banshees (1976-1996), grupo que lançou 11 álbuns de estúdio e tiveram vários singles no Top 20 do Reino Unido, incluindo "Hong Kong Garden", "Happy House", "Peek-a-Boo", além de um hit dos 25 maiores da Billboard nos Estados Unidos, "Kiss Them for Me". Ela manteve um projeto paralelo com o músico Budgie, a banda The Creatures, de 1981 até 2005. Siouxsie é considerada uma das mais importantes artistas de sua geração e um dos ícones do rock da década de 70 e 80 até os dias de hoje, influenciando vários artistas de sua época e posteriormente, como Sinead O'Connor, PJ Harvey, Tracey Thorn da Everything but the Girl, Courtney Love, Kim Gordon da banda Sonic Youth, Elizabeth Fraser da banda Cocteau Twins, Sharleen Spiteri da banda Texas, Karin Dreijer Andersson da banda the Knife, Romy Croft da banda the XX e FKA twigs.    

      

 


Christopher Lee nasceu há um século...

   
Christopher Frank Carandini Lee (Londres, 27 de maio de 1922 - Londres, 7 de junho de 2015) foi um ator britânico conhecido por sua versatilidade e longevidade cinematográfica, além de ser um notório cantor de ópera e metal progressivo. 
 
Vida

Começou sua carreira no teatro, desde cedo dedicando-se a papéis de malfeitores. Seu primeiro personagem foi Rumpelstiltskin, antagonista do conto homónimo dos irmãos Grimm. Lee ficou conhecido mundialmente interpretando o Conde Drácula, personagem que encarnou por diversas vezes pelos estúdios da britânica Hammer Film Productions. Foi vilão na franquia 007 interpretando o assassino Francisco Scaramanga. Atuou também na trilogia The Lord of the Rings e em dois filmes da trilogia O Hobbit interpretando o personagem Saruman. A sua carreira também foi marcada pelos filmes dirigidos por Tim Burton, como Sleepy Hollow, Charliue and the Chocolate Factory e Dark Shadows, e emprestou a voz a personagens de Corpse Bride e Tim Burton's Alice in Wonderland. Também atuou como Conde Dooku em Star Wars episódios II e III. A sua carreira foi bastante prolífica, com mais de 200 produções.

Em 2009, obteve o título de Cavaleiro Real. Além disso narrou vários álbuns da banda Rhapsody of Fire. Era ligado a PETA, entidade que luta pelos direitos dos animais.

Christopher Lee também foi voluntário em apoio ao exército finlandês durante a Guerra de Inverno contra a União Soviética, entre os anos 1939 e 1940.

Era casado com a ex-atriz e modelo dinamarquesa Gitte Lee, com quem teve uma filha, chamada Christina Erika Lee.

Lee morreu no dia 7 de junho de 2015, aos 93 anos de idade no hospital Chelsea e Westminster, em Londres, onde estava internado por problemas de insuficiência cardíaca e respiratória.

 


quinta-feira, maio 26, 2022

Aurélia de Sousa morreu há um século...


Retrato fotográfico (1895) de Aurélia de Sousa diante do seu Auto-retrato do Laço Negro

       
Maria Aurélia Martins de Sousa (Valparaíso, 13 de junho de 1866 - Porto, 26 de maio de 1922) foi uma pintora portuguesa.
   
Auto-retrato de Aurélia de Sousa (circa 1900)
   
Vida
Filha de emigrantes portugueses no Brasil e no Chile, Aurélia de Sousa nasceu em Valparaíso, filha de António Martins de Sousa e de Olinda Peres. Era a quarta de sete filhos do casal. Mudou-se para Portugal, juntamente com os pais, com apenas três anos. Passou a habitar a Quinta da China, junto ao rio Douro, no Porto, comprada por seu pai, que veio a falecer em 1874, quando Aurélia tinha apenas oito anos.
Aos dezasseis anos começou a ter lições de desenho e pintura com António da Costa Lima e pintou o seu primeiro auto-retrato. Em 1893, entrou para a Academia de Belas-Artes do Porto, onde foi aluna de João Marques de Oliveira, o qual muito influenciou a sua obra. Em 1898, Aurélia mudou-se para Paris onde frequentou, na Academia Julian, os cursos de Jean-Paul Laurens e de Jean-Joseph Benjamin-Constant.
Realizou as primeiras exposições e, durante os três anos seguintes, viajou e visitou os museus de Bruxelas, Antuérpia, Berlim, Roma, Florença, Veneza, Madrid e Sevilha. Tendo regressado a Portugal em 1901, desenvolveu intensa atividade como ilustradora e participou regularmente na vida artística portuense, expondo na Sociedade de Belas-Artes do Porto, na Galeria da Misericórdia e, anualmente, na Sociedade Nacional de Belas-Artes, em Lisboa.
Passou a última fase de sua vida residindo na Quinta da China, onde faleceu em 1922 com cinquenta e cinco anos.
     

"Santo António" (1902), pintura a óleo de Aurélia de Sousa, Casa-Museu Marta Ortigão Sampaio, Porto
   
Obra
A sua obra denota influência dos estilos de pintura mais inovadores do seu tempo. Pintou num estilo naturalista muito pessoal, às vezes com influências realistas, impressionistas e pós-impressionistas.
Nas palavras da biógrafa Raquel Henriques da Silva, a obra de Aurélia de Sousa "regista a silenciosa narrativa da casa: a presença da velha mãe, os afazeres das mulheres e das crianças, os cantos escuros da cozinha e do atelier, as tardes em que a luz se confunde com os fatos de verão, os caminhos campestres ou as vistas do rio. Pratica uma pintura vigorosa, raramente volumétrica, detida na análise das sombras para nelas captar a luz".
Entre as suas principais obras, caracterizadas pela força da expressão técnica e artística, encontram-se "Santo António", "Cabeça de italiano", "Cena familiar", "Moinho-Granja", "Porcelanas antigas", "Cristo ressuscitando e a filha de Jairo", "Rio Douro-Areinho" e o seu "Auto-retrato" (c. 1900), uma das obras-primas da pintura portuguesa de todos os tempos.
Parte da sua obra encontra-se hoje no Museu Nacional de Soares dos Reis e na Casa-Museu Marta Ortigão Sampaio, ambos no Porto.
     
Cena familiar (1911) - Aurélia de Sousa
       

Miles Davis nasceu há 96 anos

    
Miles Dewey Davis Jr (Alton, 26 de maio de 1926Santa Mónica, 28 de setembro de 1991) foi um trompetista, compositor e bandleader de jazz norte-americano.
Considerado um dos mais influentes músicos do século XX, Davis esteve na vanguarda de quase todos os desenvolvimentos do jazz desde a II Guerra Mundial até à década de 90. Ele participou de várias gravações do bebop e das primeiras gravações do cool jazz. Foi parte do desenvolvimento do jazz modal, e também do jazz fusion que originou-se do trabalho dele com outros músicos, no final da década de 60 e no começo da década de 70.
Miles Davis pertenceu a uma classe tradicional de trompetistas de jazz, que começou com Buddy Bolden e desenvolveu-se com Joe "King" Oliver, Louis Armstrong, Roy Eldridge e Dizzy Gillespie. Ao contrário desses músicos ele nunca foi considerado com tendo um alto nível de habilidade técnica. O seu grande êxito como músico, entretanto, foi ir mais além do que ser influente e distinto no seu instrumento, e moldar estilos inteiros e maneiras de fazer música através dos seus trabalhos. Muitos dos mais importantes músicos de jazz fizeram o seu nome na segunda metade do século XX nos grupos de Miles Davis, incluindo Joe Zawinul, Chick Corea e Herbie Hancock, os saxofonistas John Coltrane, Wayne Shorter, George Coleman e Kenny Garrett, o baterista Tony Williams e o guitarrista John McLaughlin.
Como trompetista Davis tinha um som puro e claro, mas também uma pouco comum liberdade de articulação e altura. Ele ficou conhecido por ter um registo baixo e minimalista de tocar, mas também era capaz de conseguir alta complexidade e técnica com o seu trompete.
Em 13 de março de 2006, Davis foi postumamente incluído no Rock and Roll Hall of Fame. Ele foi também incluído no St. Louis Walk of Fame, Big Band and Jazz Hall of Fame e no Down Beat's Jazz Hall of Fame.
      

 


Música de aniversariante de hoje...

Marian Gold, o vocalista dos Alphaville, faz hoje 68 anos

       
Hartwig Schierbaum (Herford, 26 de maio de 1954), mais conhecido pelo nome artístico de Marian Gold, é um músico alemão, vocalista da banda alemã de synthpop Alphaville.
Marian fez sucesso em meados dos anos 80, com as músicas "Big in Japan", "Forever Young", "Sounds Like A Melody" e "Dance With Me".
    

  

Música adequada à data...

São Felipe Neri, padroeiro dos educadores e dos comediantes, morreu há 427 anos

 
Filipe Néri
, cognominado O Apóstolo de Roma e O Santo da Alegria (Florença, 21 de julho de 1515 - Roma, 26 de maio de 1595), foi um padre e santo católico.
Filho de Francesco e Lucrezia Neri, que faleceu quando Filipe ainda era criança, teve duas irmãs menores, Caterina, Elisabetta, e um irmão que morreu ainda muito pequeno.
O seu pai, que alternava a profissão liberal com a de notário, tinha grande amizade com os dominicanos, e os frades do Mosteiro de são Marcos seriam os que receberiam Filipe Néri para muitos de seus ensinamentos religiosos.
Filipe estudou humanidades e aos dezasseis anos foi enviado a ajudar nos negócios um primo de seu pai em San Germano, próximo de Monte Cassino. Não raro, se retirava para orar numa pequena capela na montanha, que pertencia aos beneditinos do Monte Cassino. Aqui definiu a sua vocação, e decidiu ir a Roma em 1533. De personalidade muito alegre e brincalhona, ficou conhecido como o Santo da Alegria, devido à sua famosa frase: "Longe de mim o pecado e a tristeza!" 
   
(...) 
  
Filipe foi sem dúvida um dos santos mais bizarros da história da Igreja, tanto que foi chamado de santo da alegria ou bobo da corte de Deus. Culto, criativo, ele adorava acompanhar seus discursos com uma pitada de bom humor. Ele confessou com a mesma discrição e a mesma boa natureza, tanto pobres quanto ricos, príncipes e cardeais, às vezes dando penitências um tanto bizarras, certas de que, depois de ter feito esse tolo, o penitente não tentaria mais cometer esse pecado. Há, por exemplo, uma boa anedota que conta como uma mulher, que tinha o hábito de falar sobre os outros, foi ordenada pelo santo a arrancar uma galinha morta na rua e depois recolher todas as penas levadas para longe. Quando perguntada por que, por parte da mulher, ela respondeu que era como sua boca má, as suas palavras  espalharam-se por toda parte, mas elas não podiam mais ser reunidas. Ele se ofereceu a todos generosamente e acima de tudo com um bom sorriso, tanto que foi definido pelos contemporâneos como Pippo il Buono. Esta é a imagem que seus contemporâneos lhe dão, os homens que o conheceram pessoalmente.
Filipe Néri também adorava viver ao ar livre para se sentir mais em contacto com Deus e suas criaturas. Ele adorava passar horas observando a paisagem romana no terraço de seu quartinho. Em San Girolamo, ele mantinha com ele um gatinho, um cachorro vermelho manchado de branco chamado pelo santo "Capriccio", que havia decidido não voltar para casa para morar no Oratorio di "Pippo il buono". O santo também possuía alguns passarinhos que vagavam pela cidade durante o dia; à noite, retornaram a Filipe, que cuidava deles e os alimentava, e pela manhã o acordaram com seu cântico.
Os ensinamentos de Filipe podem ser resumidos em quatro pontos: uma singular ternura para com os outros, a prevalência de mortificações espirituais, em particular mortificações contra a vaidade do corpo, alegria e bom humor para fortalecer as energias espirituais e psíquicas. e, finalmente, a simplicidade evangélica, da qual ele foi a primeira testemunha. Nas orações de seu oratório, Filipe Néri adorava fazer pequenos interlúdios cantados, de modo a tornar a leitura do evangelho mais agradável e, consequentemente, o encontro com Deus, ele próprio adorava cantar alguns sonetos escritos por ele. O Oratório também se tornou um laboratório musical, porque as laudes foram transformadas de monódicas em composições multi-voz acompanhadas por um instrumento musical. Apenas por sua sensibilidade estética particular derivada direta e indiretamente, como emerge de um estudo realizado por Francesco Danieli, uma nova maneira de abordar Deus arte em suas diversas tonalidades, e saltou nova ferramentas de catequese e pedagogia católica pós-tridentino. 
    

Al Jolson nasceu há 136 anos

   
Al Jolson, nome artístico de Asa Yoelson, (Seredžius, Lituânia, 26 de maio de 1886 - San Francisco, 23 de outubro de 1950) foi um cantor e ator que se consagrou nos Estados Unidos, tanto no cinema como na música.
Nascido na Lituânia, tornou-se um dos grandes ícones da cultura popular dos Estados Unidos durante a primeira metade do século 20. A data de seu nascimento é até os dias de hoje tema de muitas discussões, no caso, se não sabendo ao certo o ano de seu nascimento - 1885 ou 1886 - embora, a segunda opção seja a mais aceite nos dias atuais. Também se notabilizou pelas suas performances em que aparecia pintado com a cor preta.
Nascido numa família judaica, emigrou para os Estados Unidos em 1893, mais precisamente para a capital Washington. A sua carreira teve início no ano de 1909, como ator, principalmente em comédias, e cantor; porém, o seu primeiro destaque na carreira ocorreu em 1911 na Broadway, quando conseguiu um papel no espetáculo "La Belle Paree". No cinema, a sua primeira aparição deu-se em 1923; no entanto, a sua carreira cinematográfica será sempre lembrada pela sua participação no primeiro filme falado da história - "O Cantor de Jazz" - de 1927.
Al Jolson foi o ator principal do filme O Cantor de Jazz (The Jazz Singer) considerado como o primeiro filme de grande duração com falas e canto sincronizado na película. É um filme musical norte-americano estreado em 6 de outubro de 1927. A partir daí os filmes mudos serão totalmente substituídos pelos filmes falados ou talkies, que passarão a ser a grande novidade.
Na verdade sempre existiu a fala e o canto no cinema, pois em muitas das primeiras projeções os atores e atrizes cantavam escondidos atrás da tela, como uma dobragem, assim como muitos pianistas ficavam a frente da tela, improvisando, enquanto a projeção dos primeiros curtas metragens seguia. Por isto O Cantor de Jazz é considerado o primeiro filme onde o som estava gravado ou registado na película.
The Jazz Singer foi produzido pela Warner Bros. com o sistema sonoro Vitaphone. Al Jolson, famoso cantor de jazz da época, canta várias canções no filme, dirigido por Alan Crosland. A história, baseada numa peça de mesmo nome, foi um grande sucesso da Broadway em 1925, remontada em 1927, com George Jessel no papel principal.
Foi um dos primeiros filmes a ganhar o Óscar, dividindo um prémio especial com o filme O Circo, de Charlie Chaplin.
    

 


O livro Drácula de Bram Stoker foi lançado há 125 anos...!

  
Drácula (em inglês: Dracula) é um romance de ficção gótica lançado em 26 de maio de 1897, escrito pelo autor irlandês Bram Stoker, tendo como protagonista o vampiro Conde Drácula. Tornou-se a mais famosa história de vampiros da literatura. O aclamado autor de literatura de terror Stephen King considerou Drácula um dos três grandes clássicos do género, sendo os outros dois Frankenstein e Strange Case of Dr Jekyll and Mr Hyde. A obra está no domínio público (sem direitos de autor) e pode ser obtida gratuitamente online, na íntegra, em língua inglesa.
Estruturalmente, é um romance epistolar, ou seja, contado como uma série de cartas, relatos em diário, jornais e registos de bordo. Drácula mistura ficção de terror, gótica e literatura de vampiros. Embora Stoker não tenha inventado os vampiros e tenha sido influenciado por contos anteriores, o seu romance foi responsável pela popularização dos vampiros, hoje observáveis em muitas peças de teatro, cinema e televisão. Drácula teve inúmeras interpretações artísticas ao longo dos séculos XX e XXI.
  
(...)
  
Quando foi publicado pela primeira vez, em 1897, Drácula não foi um bestseller imediato, embora as criticas fossem incansáveis em seu louvor. O contemporâneo Daily Mail classificou o livro de Stoker superior aos de Mary Shelley ou Edgar Allan Poe, bem como a Wuthering Heights de Emily Brontë.
O romance tornou-se mais significativa para os leitores modernos do que foi para os leitores contemporâneos vitorianos, que só atingiu o seu grande status lendário clássico no século XX, quando as versões cinematográficas apareceram. No entanto, alguns fãs da época vitoriana descreveram-no como "a sensação da temporada" e "o romance de gelar o sangue do século". Sir Arthur Conan Doyle, criador de Sherlock Holmes, escreveu a Stoker, numa carta: "Eu escrevo para lhe dizer o quanto eu gostei de ler Drácula".
  


Bela Lugosi como Conde Dracula no filme Dracula de 1931
   

John Wayne nasceu há 115 anos

 
   
John Wayne, nome artístico de Marion Robert Morrison, (Winterset, 26 de maio de 1907 - Los Angeles, 11 de junho de 1979) foi um premiado ator dos Estados Unidos.
Filho de um farmacêutico, o  seu verdadeiro nome era Marion Michael Morrison. Ele detestava o seu nome e, ao entrar para o cinema, mudou-o para John Wayne, que tinha mais a ver com um rapaz de 1,92 metros de altura e campeão de futebol, pela University of Southern California.
Durante a juventude foi membro da Ordem Demolay.
Surgiu com destaque no cinema em 1930 em The Big Trail, filme do faroeste dirigido por Raoul Walsh. Permaneceu vários anos a fazer filmes de pequeno orçamento, até se consagrar no papel de Ringo Kid em Stagecoach, clássico de 1939 de John Ford. A carreira de Wayne foi assim agraciada com esse divisor de águas inestimável, que o lançou no estrelato. Esse filme tornou-se a obra que definiu todas as principais características da filmografia do faroeste norte-americano. A parceria entre Wayne e Ford continuou. Realizaram juntos uma série de grandes sucessos e filmes inesquecíveis (foram vinte e dois no total), como Three Godfathers (1948), The Quiet Man (1952), The Searchers (1956), The Wings of Eagles (1957), The Horse Soldiers (1959) e The Man Who Shot Liberty Valance (1962), além da chamada trilogia sobre a Cavalaria, composta por Fort Apache (1948), She Wore a Yellow Ribbon (1949) e Rio Grande (1950).
Outro diretor de renome com quem trabalhou foi Howard Hawks, um dos maiores realizadores do período clássico hollywoodiano. Juntos realizaram vários dos maiores sucessos, não apenas de suas carreiras, mas de todo o género do faroeste. Como bons exemplos temos: Red River (1948), El Dorado (1967) e, principalmente, aquele que é um dos mais irretocáveis exemplares do género, Rio Bravo (1959).
Além de John Ford e Howard Hawks, outros grandes diretores da época igualmente dirigiram Wayne. É o caso de Henry Hathaway, com quem fez, entre outros, o filme que lhe concedeu o Óscar de Melhor Ator, True Grit (1969); Otto Preminger, que o dirigiu no ótimo drama de guerra In Harm's Way (1965); Don Siegel, com quem fez o seu último trabalho, The Shootist (1976); Michael Curtiz, sob cujas ordens atuou três vezes, inclusive em The Comancheros (1961), um de seus grandes sucessos de bilheteira; e John Huston, com quem fez The Barbarian and the Geisha (1958).
Além dos diretores já mencionados podemos citar: William A. Wellman, Mark Rydell e John Farrow. Também trabalhou ao lado de vários astros de sua época: Henry Fonda, Katharine Hepburn, James Stewart, Maureen O'Hara, Sophia Loren, Elsa Martinelli, Kirk Douglas, William Holden, Marlene Dietrich, Rock Hudson, Robert Mitchum, Lee Marvin, Richard Widmark, de entre outros, em seus cinquenta anos de cinema.
Casou-se três vezes. A primeira em 1932 com Josephine Saenz, que lhe deu quatro filhos. Em 1946, o segundo casamento, agora com a atriz mexicana Esperanza Baur, de quem se divorciou sete anos depois para casar-se com Pilar Palette, com quem teve mais dois filhos.
Dirigiu os filmes The Alamo (1960) e The Green Berets (1968). Este último causou-lhe grandes problemas. O roteiro, pró-Guerra do Vietname, alimentou a fúria dos opositores a essa intervenção militar americana, que realizaram vários protestos contra a exibição do filme.
Fumador inveterado desde a juventude, Wayne foi-lhe diagnosticado, em 1964, cancro do pulmão, tendo passado por uma cirurgia para remoção de todo o pulmão esquerdo, além de quatro costelas. Apesar dos esforços de seus agentes para evitar que tornasse a doença pública, o ator anunciou o seu estado à imprensa e apelou para que a população fizesse mais exames preventivos. Cinco anos depois, determinou-se que ele estava livre da doença. Apesar da diminuição da capacidade pulmonar, pouco depois Wayne voltou a mascar tabaco e a fumar.
No final da década de 70, Wayne envolveu-se como voluntário nos estudos de uma vacina para a cura da doença que o assombrara anos antes. Contudo, veio a falecer, em 11 de junho de 1979, aos setenta e dois anos de idade, por causa, justamente, de um cancro de estômago. Encontra-se sepultado no Pacific View Memorial Park, Corona del Mar, Condado de Orange, Califórnia.
   

Ruben A. nasceu há 102 anos...

Busto de Ruben A. no Jardim Botânico do Porto

Ruben Alfredo Andresen Leitão (Lisboa, 26 de maio de 1920 - Londres, 23 de setembro de 1975) foi um escritor, romancista, ensaísta, historiador, crítico literário, e autor de textos autobiográficos (com o pseudónimo Ruben A.) português.

 


O Amor é Inevitável 


(O Amor) É inevitável, faz parte da combustão da natureza, é força, mar, elemento, água, fogo, destruição, é atmosfera, respira-se, quando se morre abandona-se, o amor deixa, fica isolado, é um elemento, come-se, bebe-se, sustenta pão, pão diário para rico e pobre, pão que ilumina o forno do amassador, aparece nas condições mais estranhas, bicho que nasce, copula dentro de si mesmo, paira, espermatozóide e óvulo, as duas coisas ao mesmo tempo, amor é assim outro elemento fundamental da natureza, as pessoas vivem tanto com o amor, ou tão alheias do amor, que nem notam, raro percebem que o amor existe, raro percebem que respiram, que a água está, é indispensável, ninguém pode viver alheio aos elementos, ao amor.


in 'Silêncio para 4' - Ruben A.