terça-feira, novembro 01, 2022

O terramoto que arrasou Lisboa foi há 267 anos

Localização provável do epicentro do terramoto de 1755
Epicentro Região do Banco de Gorringe
36° N 11° O
Magnitude 8,5 - 9,5 (est.) MW
Data 1 de novembro de 1755
Vítimas
as estimativas variam entre os 10.000 e os 90.000 mortos em Lisboa


O Sismo de 1755, também conhecido por Terramoto de 1755, ocorreu no dia 1 de novembro de 1755, resultando na destruição quase completa da cidade de Lisboa, especialmente na zona da Baixa, e atingindo ainda grande parte do litoral do Algarve e Setúbal. O sismo foi seguido de um tsunami, que se crê tenha atingido a altura de 20 metros, e de múltiplos incêndios, tendo feito certamente mais de 10 mil mortos (há quem aponte muitos mais). Foi um dos sismos mais mortíferos da história, marcando o que alguns historiadores chamam a pré-história da Europa Moderna. Os sismólogos estimam que o sismo de 1755 atingiu magnitudes entre 8,7 a 9,0 na escala de Richter.
O terramoto de Lisboa teve um enorme impacto político e socioeconómico na sociedade portuguesa do século XVIII, dando origem aos primeiros estudos científicos do efeito de um sismo numa área alargada, marcando assim o nascimento da sismologia moderna. O acontecimento foi largamente discutido pelos filósofos iluministas, como Voltaire, inspirando desenvolvimentos significativos no domínio da teodiceia e da filosofia do sublime.

Localização potencial do epicentro do terramoto de 1755 e tempos de chegada do tsunami, em horas após o sismo
 

Anthony Kiedis, o vocalista dos Red Hot Chili Peppers, faz hoje sessenta anos!

  
Anthony Kiedis (Grand Rapids, 1 de novembro de 1962) é um cantor e ocasionalmente ator norte-americano, mais conhecido como vocalista, principal letrista e co-fundador da banda californiana Red Hot Chili Peppers. Kiedis passou sua juventude em Grand Rapids, Michigan com sua mãe antes de se mudar, pouco antes de seu aniversário de 12 anos, para Hollywood, Califórnia, para viver com seu pai. Após o ensino secundário, Kiedis começou a ter aulas na UCLA, mas desistiu após perder o interesse devido ao consumo de drogas. Após o abandono, Kiedis recebeu uma oferta para abrir um show de uma banda local, que era dos seus amigos Flea, Hillel Slovak e Jack Irons, e que se tornaria os Red Hot Chili Peppers.
Em 2004, Kiedis lançou a sua autobiografia intitulada Scar Tissue, e em 2009, foi homenageado pelo 5th Annual MusiCares MAP Fund Benefit Concert em Los Angeles, Califórnia.

 

 


Carlos Paião nasceu há 65 anos...

(imagem daqui)

      

Carlos Manuel de Marques Paião (Coimbra, 1 de novembro de 1957 - Rio Maior, 26 de agosto de 1988) foi um cantor e compositor português. Licenciou-se em Medicina na Universidade de Lisboa em 1983, mas acabou por se dedicar exclusivamente à música.


Nasceu acidentalmente em Coimbra, passando toda a sua infância e juventude entre Ílhavo (terra natal dos pais) e Cascais. Desde muito cedo Carlos Paião demonstrou ser um compositor prolífico, sendo que no ano de 1978 tinha já escritas mais de duzentas canções. Nesse ano obteve o primeiro reconhecimento público ao vencer o Festival da Canção do Illiabum Clube.
Em 1980 concorre pela primeira vez ao Festival RTP da Canção, numa altura em que este certame representava uma plataforma para o sucesso e a fama no mundo da música portuguesa, mas não foi apurado. Com Playback ganhou o Festival RTP da Canção de 1981 com a esmagadora pontuação de 203 pontos, deixando para trás concorrentes tão fortes como as Doce e José Cid. A canção, uma crítica divertida, mas contundente, aos artistas que cantam em play-back, ficou em penúltimo lugar no Festival da Eurovisão de 1981, realizado em Dublin, na República da Irlanda. Tal classificação não "beliscou" minimamente a popularidade do cantor e compositor, pois Carlos Paião, ainda nesse ano, editou outro single de sucesso e que mantém a sua popularidade até hoje: Pó de Arroz.
O êxito que se seguiu foi a Marcha do Pião das Nicas, canção na qual o cantor voltava a deixar patente o seu lado satírico. Telefonia (Nas Ondas do Ar) era o lado B desse single.
Carlos Paião compôs canções para outros artistas, entre os quais o próprio Herman José, que viria a alcançar grande êxito com A Canção do Beijinho (1980), e Amália Rodrigues, para quem escreveu O Senhor Extra-Terrestre (1982).
Algarismos (1982), o seu primeiro LP, não obteve, no entanto, o reconhecimento desejado. Surgiu entretanto a oportunidade de participar no programa de televisão O Foguete, com António Sala e Luís Arriaga.
Em 1983, cantava ao lado de Cândida Branca Flor, com quem interpretou um dueto muito patriótico intitulado Vinho do Porto, Vinho de Portugal, que ficou em 3.º lugar no Festival RTP da canção.
Num outro programa, Hermanias (1984), Carlos Paião compôs a totalidade das músicas e letras de Serafim Saudade, personagem criada por Herman José, já então uma das figuras mais populares da televisão portuguesa.
Em 1985 concorreu ao Festival Mundial de Música Popular de Tóquio (World Popular Song Festival of Tokio), tendo a sua canção sido uma das 18 selecionadas.
A 26 de agosto de 1988, quando acabara de atuar num grande espetáculo em Fornos de Algodres, morre num violento acidente de automóvel. Na altura, surgiu o boato de que na ocasião de seu funeral não estaria morto, mas sim em coma, porém a violência do acidente por si nega o boato, pois a sobrevivência a este seria impossível.
Estava a preparar um novo álbum intitulado Intervalo, que acabou por ser editado em setembro desse ano, e cujo tema de maior sucesso foi Quando as nuvens chorarem. Está sepultado em São Domingos de Rana, freguesia do concelho de Cascais.
Compositor, intérprete e instrumentista, Carlos Paião produziu mais de trezentas canções.
Em 2003 foi editado uma compilação comemorativa dos 15 anos do seu desaparecimento - Carlos Paião: Letra e Música - 15 anos depois (Valentim de Carvalho).
Em 2008, por altura da comemoração dos 20 anos do desaparecimento do músico, vários músicos e bandas reinterpretaram alguns temas do autor na edição de um álbum de tributo, "Tributo a Carlos Paião".
    

 


Porque hoje é dia de Todos-os-Santos - e do bolinho...!

 (imagem daqui)

 

A todos os nossos  leitores um bom dia do bolinho, do pão-por-Deus, de Todos os Santos, do Terramoto e, um pouco, dos Fiéis Defuntos...

Poema para celebrar um dia complicado...

(imagem daqui)

  
Botânica: o cipreste
  
No canto de terra onde o plantaram,
procura o sentido da linha recta. Não pretende
o círculo, a roda das estações, a fuga ao
eixo que a gravidade lhe impõe. Aceita
que o céu é o seu destino; e por isso
as suas raízes que se alimentam dos mortos,
que lhes cedem as almas para
que o tronco as liberte, no inverno,
quando o frio faz vibrar a luz que
o envolve. Não oferece a sombra
a quem passa; não pede a companhia
dos amantes que o evitam, em busca
de um abrigo de flores. O seu destino
é o ponto que o olhar fixa, para além
do azul, num infinito em que outras
raízes crescem, bebendo o leite negro
das mitologias.
   

  
 

in As coisas mais simples (2006) - Nuno Júdice

segunda-feira, outubro 31, 2022

El-Rei D. Luís I nasceu há 184 anos

  
D. Luís I de Portugal, de nome completo: Luís Filipe Maria Fernando Pedro de Alcântara António Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis João Augusto Júlio Valfando de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança (Lisboa, 31 de outubro de 1838 - Cascais, 19 de outubro de 1889), foi o segundo filho da rainha D. Maria II e do rei D. Fernando II. El-Rei D. Luís herdou o trono depois da morte do seu irmão mais velho, D. Pedro V, em 1861. Ficou conhecido como O Popular, devido à sua adoração pelo povo; Eça de Queirós chamou-lhe O Bom.
        
Biografia
Luís herdou a coroa em novembro de 1861, sucedendo ao seu irmão D. Pedro V por este não deixar descendência, e foi aclamado rei a 22 de dezembro do mesmo ano. A 27 de setembro do ano seguinte casou-se, por procuração, com D. Maria Pia de Sabóia, filha do rei Vitor Emanuel II da Itália. Quando infante serviu na marinha, visitando a África Portuguesa. Exerceu o seu primeiro comando naval em 1858.
Luís era um homem culto e de educação esmerada, como todos os seus irmãos. De grande sensibilidade artística, pintava, compunha e tocava violoncelo e piano. Poliglota, falava corretamente algumas línguas europeias. Fez traduções de obras de William Shakespeare.
Durante o seu reinado e, em consequência da criação do imposto geral de consumo, que a opinião pública recebeu mal, originou-se o motim a que se chamou a Janeirinha (em finais de 1867). Também a 19 de maio de 1870, se verificou uma revolta militar, promovida pelo marechal Duque da Saldanha e que pretendia a demissão do governo. À revolta de 19 de maio, respondeu o monarca em 29 de agosto, com a demissão do ministério de Saldanha, chamando ao poder Sá da Bandeira.
Em setembro de 1871, subiu ao poder Fontes Pereira de Melo, que organizou um gabinete regenerador, o qual se conservou até 1877. Seguiu-se o Duque de Ávila, que não se aguentou durante muito tempo por lhe faltar maioria. Assim, e depois do conflito parlamentar que rebentou em 1878, Fontes foi chamado outra vez para constituir gabinete. Consequentemente, os progressistas atacaram o rei, acusando-o de patrocinar escandalosamente os regeneradores. Este episódio constitui um incentivo ao desenvolvimento do republicanismo. Em 1879, D. Luís chamava, então, os progressistas a formarem governo.
   
No seu tempo surgiu a Questão Coimbrã (1865-1866) e ocorreu a iniciativa das Conferências do Casino (1871), a que andavam ligados os nomes de Antero de Quental e Eça de Queiroz, os expoentes de uma geração que se notabilizou na vida intelectual portuguesa. De temperamento calmo e conciliador, foi um modelo de monarca constitucional, respeitador escrupuloso das liberdades públicas. Do seu reinado merecem especial destaque o início das obras dos portos de Lisboa e de Leixões, o alargamento da rede de estradas e dos caminhos-de-ferro, a construção do Palácio de Cristal, no Porto, a abolição da pena de morte para os crimes civis, a abolição da escravatura no Reino de Portugal, e a publicação do primeiro Código Civil.
Em 1884, foi efetuada a Conferência de Berlim, resultando daí o chamado Mapa Cor-de-Rosa, que definia a partilha de África entre as grandes potências coloniais: Alemanha, Bélgica, França, Inglaterra e Portugal.
Fértil em acontecimentos, é no reinado de Luís I que são fundados alguns dos partidos políticos portugueses: o Partido Reformista (1865), que ascendeu ao poder em 1868, o Partido Socialista Português (1875), com o nome de Partido Operário Socialista, e o Partido Progressista (1876), que chega ao poder em 1879. Em 1883, dá-se a realização do Congresso de Comissão Organizadora do Partido Republicano. No final do seu reinado, o Partido Republicano apresenta-se já como uma força política perfeitamente estruturada.
Luís era principalmente um homem das ciências, com uma paixão pela oceanografia. Investiu grande parte da sua fortuna no financiamento de projetos científicos e de barcos de pesquisa oceanográfica, que viajaram pelos oceanos em busca de espécimes.
Luís seguiu os passos de sua mãe - Maria II, mandando construir e fundar associações culturais. Em 1 de junho de 1871, D. Luís esteve no Seixal (uma vila fundada pela sua mãe), para testemunhar a fundação da Sociedade Filarmónica União Seixalense. Neste mesmo dia terminava a Guerra Franco-Prussiana.
Morre, subitamente, no seu palácio de verão, na cidadela de Cascais, a 19 de outubro de 1889. Sucede-lhe o seu filho Carlos, sob o nome de Carlos I de Portugal.
Jaz no Panteão dos Braganças, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa. No dizer dos biógrafos, D. Luís, era: "muito agradável e liberal. [...] A Sr.ª D. Maria Pia, dizia que ele era um pouco doido, aludindo acertas aventuras de amor. [...] Além de tais aventuras, nada satisfazia mais o sr. D. Luís que o culto da arte. Escrevia muito, traduzia obras estrangeiras, e desenhava; mas o seu entusiasmo ia sobretudo para a música. Tinha uma grande coleção de violinos, e um bom mestre-escola [...]". 
   
       

Santa-Rita Pintor nasceu há 133 anos

  

Guilherme Augusto Cau da Costa de Santa Rita ou Guilherme de Santa-Rita (mais tarde passaria a chamar-se apenas Santa-Rita Pintor; Lisboa, 31 de outubro de 1889 – Lisboa, 29 de abril de 1918) foi um pintor português.

Figura mítica da primeira geração de pintores modernistas portugueses, a sua obra permanece em grande parte envolta em mistério. Nunca expôs em Portugal, mas esteve vários anos em Paris garantindo, com Amadeo de Souza-Cardoso, a primeira ligação efetiva às vanguardas históricas do início do século XX; e foi o mais ativo impulsionador do breve movimento futurista português. Morreu prematuramente, antes mesmo de completar 29 anos de idade, vitimado por tuberculose pulmonar, deixando ordem expressa para que todos os seus trabalhos fossem queimados; da sua obra da maturidade resta uma única pintura e um conjunto de reproduções rudimentares, a preto e branco, nas revistas Orpheu (1915) e Portugal Futurista (1917). 

    

Cabeça, circa 1910

 

in Wikipédia 

O Grande Houdini morreu há 96 anos


Harry Houdini, ("O Grande Houdini") nome artístico de Ehrich Weisz (Budapeste, 24 de março de 1874 - Detroit, 31 de outubro de 1926), foi um dos mais famosos escapistas e ilusionistas da história.
      
    

Ali Farka Touré nasceu há 83 anos

      
Ali Farka Touré, né le 31 octobre 1939 à Kanau (Mali) et décédé le 7 mars 2006 à Bamako, est un musicien et chanteur malien. Il est considéré comme l’un des guitaristes de blues africain les plus importants.
     

in Wikipédia

 


Bob Siebenberg, baterista dos Supertramp, faz hoje 73 anos

(imagem daqui)

Robert Layne "Bob" Siebenberg (born 31 October 1949, in Glendale, California, USA) also known as Bob C. Benberg, is an American musician, best known as a member of British progressive rock band Supertramp, playing drums and percussion. He was the sole American in Supertramp's lineup.
Siebenberg's son Jesse also joined Supertramp at the time of the release of the live album It Was the Best of Times (live; 1999).
Siebenberg released a solo album in 1985 called Giants in Our Own Room (and credited to "Siebenberg"), where he sings lead on half of the songs and also plays keyboards and drums. Joining Siebenberg on this record were Scott Gorham of Thin Lizzy fame. Gorham was Siebenberg's brother-in-law from 1969 to 2000), Steve Farris of Mr. Mister, Procol Harum drummer B. J. Wilson, Kerry Hatch of Oingo Boingo, and Supertramp bandmate John Helliwell. An old friend, Derek Beauchemin, joined in to co-write and play keyboards.
Prior to joining Supertramp, Siebenberg was a member of pub rock band Bees Make Honey as well as RHS, an American band.
Siebenberg was also in a band called "Heads Up" who released the 1989 album The Long Shot. Joining Siebenberg were his writing partner Dennis O'Donnell, Mark Hart, Brad Cole, John Helliwell, Marty Walsh and again, Scott Gorham on guitar.
In 1989, Siebenberg became the first major artist to compose original music for a video game in Sierra On-line's Space Quest III: The Pirates of Pestulon.

 


El-Rei D. Duarte I nasceu há 631 anos

Estátua de D. Duarte em Viseu
     
D. Duarte I de Portugal (Viseu, 31 de outubro de 1391Tomar, 9 de setembro de 1438) foi o décimo-primeiro Rei de Portugal. Cognominado o Eloquente pelo seu interesse pela cultura e pelas obras que escreveu, era filho de D. João I de Portugal e D. Filipa de Lencastre e desde cedo foi preparado para reinar, como primogénito da ínclita geração. Em 1433 sucedeu a seu pai. Num curto reinado de cinco anos deu continuidade à política exploração marítima e de conquistas em África. O seu irmão Henrique estabeleceu-se em Sagres, de onde dirigiu as primeiras navegações e, em 1434, Gil Eanes dobrou o Cabo Bojador. Numa campanha mal sucedida a Tânger o seu irmão D. Fernando foi capturado e morreu em cativeiro. D. Duarte interessou-se pela cultura e escreveu várias obras, como o Leal Conselheiro e o Livro da Ensinança de Bem Cavalgar Toda Sela. Preparava uma revisão da legislação portuguesa quando morreu, vitimado pela peste.
    
   

O tratado de Ayllón, em que a Dinastia de Avis foi reconhecida por Castela, foi assinado há 611 anos

       
A 31 de outubro de 1411 foi assinado em Ayllón um tratado de paz entre os reinos de Castela e de Portugal, que também incluía a França e Aragão. Este tratado foi ratificado pelos dois reis. Contudo, quando D. João II de Castela atingiu a maioridade, foi feita uma nova ratificação do tratado, a 30 de abril de 1423, onde estiveram presentes os embaixadores portugueses D. Fernando de Castro e o doutor Fernando Afonso. Era ainda o reflexo dos problemas vividos entre as duas mais importantes coroas ibéricas durante a crise de 1383-1385.
Estas tréguas eram extremamente importantes para Portugal, pois permitiam a manutenção da praça de Ceuta. Mas a paz definitiva só foi alcançada pelo Tratado de Medina del Campo, assinado a 30 de outubro de 1431. D. João I, o monarca português, enviou a Castela, como seus embaixadores, Pedro e Luís Gonçalves Malafaia, assistidos pelo doutor Rui Fernandes e pelo secretário Rui Galvão.
Antes desta data, o período de paz conseguido pelas citadas tréguas entre os dois reinos permitiu retomar o povoamento das zonas raianas e fixar as populações. Permitiu igualmente, como nos diz Gomes Eanes de Zurara, implementar o comércio nas áreas fronteiriças, com a retoma das seculares relações de vizinhança entre as povoações dos dois lados.
A situação de conflito latente com Castela, mantida até 1411, fez endividar o país com as despesas inerentes à guerra. Contudo, a fase vivida entre esta data e a assinatura definitiva do tratado de paz afastou por completo a ameaça de uma invasão castelhana, embora não tivesse desvanecido um permanente clima de tensão entre estes dois reinos.
Durante todo o reinado de D. João I, o país viveu sob esta ameaça latente e num clima de suspeição relativamente a Castela, embora Portugal tenha encontrado uma boa alternativa ao voltar-se para Marrocos e para o Atlântico, enquanto o rei de Espanha se ocupava da conquista de Granada, o último reduto muçulmano na Península.

Larry Mullen, o baterista dos U2, faz hoje 61 anos

  
Lawrence "Larry" Joseph Mullen Jr. (Dublin, 31 de outubro de 1961) é um baterista irlandês, fundador e integrante da banda U2. Foi Larry quem colocou, em 1976, o aviso na Mount Temple High School procurando pessoas para formar uma banda, os Feedback, que acabariam por se tornar nos U2.
   

 


D. Fernando I, último Rei da primeira dinastia, nasceu há 677 anos

Túmulo gótico de D. Fernando I
      
El-Rei D. Fernando I de Portugal, nono rei de Portugal, (Coimbra, 31 de outubro de 1345 - Lisboa, 22 de outubro de 1383). Era filho do rei D. Pedro I de Portugal e sua esposa, a princesa D. Constança de Castela. D. Fernando sucedeu a seu pai em 1367. Foi cognominado O Formoso ou O Belo (pela beleza física, que inúmeras fontes atestam) e, alternativamente, como O Inconsciente ou O Inconstante (devido à sua desastrosa política externa, que ditou três guerras com o vizinho Reino de Castela, e até o perigo, após a sua morte, de o trono recair em mãos estrangeiras).
  
(...)
  
Quando D. Fernando morre, em 1383, a linha da dinastia de Borgonha chega ao fim. D. Leonor Teles é nomeada regente, em nome da filha e do marido, D. João de Castela, mas a transição não será pacífica. Respondendo aos apelos de grande parte dos Portugueses para manter o país independente, D. João, mestre de Avis e irmão bastardo de D. Fernando, declara-se rei de Portugal. O resultado foi a crise de 1383-1385, um período de interregno, onde o caos político e social dominou. D. João tornou-se no primeiro rei da Dinastia de Avis em 1385.
   
   

Lutero afixou as suas 95 Teses há 505 anos

      
A Disputa do Doutor Martinho Lutero sobre o Poder e Eficácia das Indulgências, conhecida como as 95 Teses, desafiou os ensinamentos da Igreja Católica quanto à natureza da penitência, a autoridade do Papa e da utilidade das indulgências. As 95 teses impulsionaram o debate teológico que acabou por resultar no nascimento das tradições luteranas, reformadas e anabaptistas dentro do cristianismo. Este documento é considerado por muitos como um marco da Reforma Protestante.
A ação de Lutero foi em grande parte uma resposta à venda de indulgências (perdão) por João Tetzel, um frade dominicano, delegado do Arcebispo de Mogúncia e do papa. O objetivo desta campanha de angariação de fundos foi o financiamento da Basílica de S. Pedro em Roma.
Mesmo apesar de o príncipe-eleitor (soberano) de Lutero, Frederico, o Sábio, e o príncipe do território vizinho, o duque Jorge da Saxónia, terem proibido a venda de indulgências no seu território, muitas pessoas viajavam para as poder adquirir. Quando estas pessoas vieram confessar-se, apresentaram a indulgência, afirmando que não mais necessitavam de se penitenciar pelos seus pecados, uma vez que o documento as perdoava de todos os pecados.

Antecedentes
Alguns dizem que Lutero afixou as 95 teses na porta da igreja do Castelo, em Wittenberg, Alemanha, a 31 de outubro de 1517. Outros académicos questionaram a veracidade desta noção, notando que não existem relatos de contemporâneos para ela. Outros afirmaram que não houve necessidade de tais relatos pois esta ação era nos dias de Lutero o modo comum de anunciar eventos nas universidades do tempo. As portas de igrejas funcionavam na altura como os placards informativos funcionam hoje nos campos universitários. Outros ainda sugeriram que as 95 teses podem muito bem ter sido afixadas em 31 de outubro de 1517. A maioria é unânime, pelo menos, em que Lutero teria remetido estas teses por correio ao Arcebispo de Mogúncia, ao Papa, a amigos e a outras universidades nessa data, enquanto historiadores como Gottfried Fitzer, Erwin Iserloh e Klemens Houselmann contestaram essa versão e disseram que não houve de facto a fixação das 95 teses em Wittemberg. Do relato de Johannes Schneider, um criado de Lutero, é que se extraiu a notícia da afixação das teses. Escreveu apenas: "No ano de 1517, Lutero apresentou em Wittenberg, sobre o EIba, segundo a antiga tradição da universidade, certas sentenças para discussão, porém modestamente e sem haver desejado insultar ou ofender alguém". Assim, alguns concluem que não houve esse evento.
   

Os Estados Unidos da América compraram o Território da Luisiana há 219 anos

The modern United States, with Louisiana Purchase overlay (in green)

The Louisiana Purchase (French: Vente de la Louisiane "Sale of Louisiana") was the acquisition by the United States of America in 1803 of 828,000 square miles (2,140,000 km2) of France's claim to the territory of Louisiana. The U.S. paid 50 million francs ($11,250,000) plus cancellation of debts worth 18 million francs ($3,750,000), for a total sum of 15 million dollars (less than 3 cents per acre) for the Louisiana territory ($234 million in 2012 dollars, less than 42 cents per acre).
The Louisiana territory encompassed all or part of 15 present U.S. states and two Canadian provinces. The land purchased contained all of present-day Arkansas, Missouri, Iowa, Oklahoma, Kansas, and Nebraska; parts of Minnesota that were west of the Mississippi River; most of North Dakota; most of South Dakota; northeastern New Mexico; northern Texas; the portions of Montana, Wyoming, and Colorado east of the Continental Divide; Louisiana west of the Mississippi River, including the city of New Orleans; and small portions of land that would eventually become part of the Canadian provinces of Alberta and Saskatchewan.
France controlled this vast area from 1699 until 1762, the year it gave the territory to its ally Spain. Under Napoleon Bonaparte, France took back the territory in 1800 in the hope of building an empire in North America. A slave revolt in Haiti and an impending war with Britain, however, led France to abandon these plans and sell the entire territory to the United States, which had originally intended only to seek the purchase of New Orleans and its adjacent lands.
The purchase of the territory of Louisiana took place during the presidency of Thomas Jefferson. At the time, the purchase faced domestic opposition because it was thought to be unconstitutional. Although he agreed that the U.S. Constitution did not contain provisions for acquiring territory, Jefferson decided to go ahead with the purchase anyway in order to remove France's presence in the region and to protect both U.S. trade access to the port of New Orleans and free passage on the Mississippi River.
  
Treaty signing
On Saturday, April 30, 1803, the Louisiana Purchase Treaty was signed by Robert Livingston, James Monroe, and Barbé Marbois in Paris. Jefferson announced the treaty to the American people on July 4. After the signing of the Louisiana Purchase agreement in 1803, Livingston made this famous statement, "We have lived long, but this is the noblest work of our whole lives...From this day the United States take their place among the powers of the first rank."
The United States Senate ratified the treaty with a vote of twenty-four to seven on October 20. The Senators who voted against the treaty were: Simeon Olcott and William Plumer of New Hampshire, William Wells and Samuel White of Delaware, James Hillhouse and Uriah Tracy of Connecticut, and Timothy Pickering of Massachusetts. On the following day, the Senate authorized President Jefferson to take possession of the territory and establish a temporary military government. In legislation enacted on October 31, Congress made temporary provisions for local civil government to continue as it had under French and Spanish rule and authorized the President to use military forces to maintain order. Plans were also set forth for several missions to explore and chart the territory, the most famous being the Lewis and Clark Expedition.
France turned New Orleans over on December 20, 1803 at The Cabildo. On March 10, 1804, a formal ceremony was conducted in St. Louis to transfer ownership of the territory from France to the United States.
Effective on October 1, 1804, the purchased territory was organized into the Territory of Orleans (most of which became the state of Louisiana) and the District of Louisiana, which was temporarily under the control of the governor and judges of the Indiana Territory.
     
Ceremony at Place d'Armes, New Orleans marking transfer of Louisiana to the United States, 10 March 1804, as depicted by Thure de Thulstrup
       

Alekhine nasceu há cento e trinta anos

   
Alexander Alexandrovich Alekhine (Moscovo, Rússia, 31 de outubro de 1892 - Estoril, Portugal, 24 de março de 1946) foi um jogador de xadrez franco-russo de grande nível, conhecido pelo seu estilo marcadamente atacante e campeão mundial de xadrez durante 17 anos.
Alekhine nasceu no seio de uma família abastada, o pai era proprietário de terras e membro da Duma, enquanto que a mãe era filha de um rico industrial. Foi a mãe que ensinou a jogar xadrez Alexander e o seu irmão, em 1903.
O primeiro feito de Alekhine no mundo de xadrez foi em 1909, aos dezassete anos, quando venceu o torneio russo de xadrez para amadores, disputado em São Petersburgo, com um resultado de doze vitórias, dois empates e duas derrotas. Este torneio foi disputado em simultâneo com o de profissionais, ganho por Emanuel Lasker e Akiba Rubinstein. A vitória valeu a Alekhine o título de mestre nacional. Mais tarde neste ano, nos Estados Unidos, o cubano José Raúl Capablanca, na altura com 23 anos de idade, chocou os jogadores americanos ao esmagar Frank Marshall. As vidas de Capablanca e Alekhine iriam cruzar-se em breve.
Em 1914, após ser disputado um torneio em São Petersburgo, Alekhine e Capablanca pertenciam ao grupo dos cinco primeiros jogadores a ganhar o título de grandmaster. Alekhine era bastante cosmopolita, viveu em vários países e falava russo, alemão, francês e inglês.
Depois da Revolução Russa, em 1919, foi dado como suspeito de espionagem e preso em Odessa. Ao ser libertado mudou-se para França em 1921, onde, quatro anos depois, adquiriu a cidadania e entrou na faculdade de Direito da Sorbonne. Apesar da sua tese sobre o sistema prisional chinês não ter sido terminada, ficou conhecido como Dr. Alekhine para o resto da sua vida.
Em 1927 arrebatou a Capablanca o título de campeão do mundo de xadrez. Apesar de acordado nas condições impostas para que o match decorresse que haveria direito a desforra, Alekhine recusou-se a jogar a desforra, em vez disso jogou dois matches contra Efim Bogolyubov, que não era da mesma craveira (Capablanca tinha um registo de 5-0 contra ele). Alekhine recusou-se mesmo a jogar os mesmo torneios que o seu rival (Capablanca).
No ano de 1935 perdeu o título para Max Euwe, uma derrota que foi atribuída ao consumo abusivo de álcool por parte de Alekhine. Em 1936, visto já não ser campeão do mundo, Capablanca ganhou o torneio de Nottingham, vencendo Alekhine no jogo que disputaram e o torneio (empatado com Mikhail Botvinnik). Após abandonar o vício, conseguiu reconquistar brilhantemente o título e mostrar mais uma vez que era o melhor do mundo, frente a Euwe em 1937, com uma vantagem confortável.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Alekhine jogou em diversos torneios na Alemanha e em territórios ocupados por esta nação. Em 1941 apareceram artigos anti-semitas intitulados Aryan and Jewish Chess, sob o seu nome no Pariser Zeitung. Apesar de investigações intensas, não se conseguiu comprovar se os artigos foram mesmo escritos por Alekhine. Após a guerra foi considerado persona non grata pelos organizadores de torneios.
Alekhine veio a falecer num hotel do Estoril em Portugal, enquanto se preparava para um match para defender o seu título de campeão do mundo contra Botvinnik. Pensa-se que a sua morte, um assunto muito controverso e ainda debatido, se deva ou a um ataque cardíaco, ou a ter sufocado enquanto se alimentava. A este propósito alguns investigadores mais recentes apontam a hipótese de Alekhine ter sido espião (possivelmente alemão) durante a 2ª Guerra e ter sido vítima de homicídio (notar que Lisboa era então uma importante praça giratória da espionagem mundial). A FIDE financiou o funeral, e os seus restos mortais foram transferidos para o Cimetière du Montparnasse, em Paris, em 1956.
Alekhine foi o único campeão mundial a reter o título até à sua morte, numa época em que esse título era tratado como propriedade privada do campeão, que podia escolher com quem ele seria disputado.
Alekhine estudava bastante, aparecendo o seu nome associado a várias aberturas. A Defesa Alekhine (1. e4 Cf6 na notação algébrica) é o exemplo mais sonante; também existe o ataque de Alekhine-Chatard (1. e4 e6 2. d4 d5 3. Cc3 Cf6 4. Bg5 Be7 5. e5 Cfd7 6. h4), um sacrifício na Defesa Francesa.
Também há uma partida que Alekhine jogou contra Aaron Nimzowitsch, que deu origem ao "Canhão de Alekhine".

Ethel Waters nasceu há 126 anos


   
Ethel Waters (Chester, Pensilvânia, 31 de outubro de 1896 - Chatsworth, Califórnia, 1 de setembro de 1977) foi uma cantora norte-americana de blues, vocalista de jazz e atriz. Foi a segunda afro-descendente dos Estados Unidos a ser nomeada para um Óscar. É reconhecida pela sua interpretação da música gospel His Eye Is on the Sparrow. Foi incluída no GMA Gospel Music Hall of Fame em 1984.

 


Música e poesia adequada à data...

 

José

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio — e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?

 

 

Carlos Drummond de Andrade

Johnny Marr - 59 anos

   
John Martin Maher (Manchester, 31 de outubro de 1963) mais conhecido pelo nome artístico de Johnny Marr, é um músico inglês. Ele fundou em 1982, juntamente com Morrissey, a banda de rock britânica The Smiths, na qual era o guitarrista e co-compositor de todas as músicas. Foi considerado o 51º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone. Possui uma carreira a solo com três discos lançados, o terceiro e mais recente Call the Comet foi lançado em 15 de junho de 2018.
  
  
Marr, filho dos imigrantes irlandeses John Joseph Maher e Frances Patricia Doyle, notabilizou-se como um dos mais importantes guitarristas dos anos 80, sendo o responsável por todas as harmonias da banda, enquanto Morrissey se encarregava das letras.
Johnny Marr tornou-se uma referência na guitarra, influenciando toda uma geração. Bandas como Oasis, Coldplay e Radiohead já expressaram a sua admiração por esse fabuloso guitarrista.
Recentemente Marr tornou-se membro das bandas Modest Mouse e The Cribs. Numa pesquisa feita pela fabricante de guitarras Gibson, que elegeu os 50 maiores guitarristas de todos os tempos, Marr ocupou a 21ª posição, superando guitarristas como Slash e David Gilmour.