quinta-feira, outubro 26, 2017

O Rei D. Miguel I nasceu há 215 anos

Miguel I (nome completo: Miguel Maria do Patrocínio João Carlos Francisco de Assis Xavier de Paula Pedro de Alcântara António Rafael Gabriel Joaquim José Gonzaga Evaristo; Queluz, 26 de outubro de 1802Carlsruhe, 14 de novembro de 1866), apelidado de "o Absolutista" e "o Tradicionalista", foi o Rei de Portugal e Algarves entre 1828 e 1834 e pretendente ao trono português entre 1834 e 1866, tendo sido o terceiro filho varão do rei D. João VI de Portugal e de D. Carlota Joaquina de Bourbon e o irmão mais novo do imperador Pedro I do Brasil.
Após a sua derrota nas Guerras Liberais que duraram entre 1828 e 1834, e a sua consequente rendição em Evoramonte, foi despojado do estatuto de realeza e as Cortes declararam que o, então, já ex-infante D. Miguel e todos os seus descendentes ficaram para sempre excluídos da sucessão ao trono português e sob pena de morte caso regressassem a Portugal. Esteve proibido de regressar ao pais através da Lei do Banimento do ramo Miguelista (Carta de Lei de 19 de dezembro de 1834) e que, 4 anos mais tarde, foi reforçada com a promulgação da Constituição de 1838, que estipulava que "A linha colateral do ex-infante Dom Miguel e todos os seus descendentes estão perpetuamente excluídos da sucessão". Contudo, em 1842, esta Constituição foi revogada e foi restaurada a Carta Constitucional de 1826, a qual não continha qualquer cláusula de exclusão do ramo Miguelista. Também a Lei da Proscrição da Família Bragança (Decreto de 15 de outubro de 1910) impediu os seus descendentes de voltarem ao país mas esta foi também revogada, pela Assembleia Nacional, a 27 de maio de 1950, permitindo o regresso a território português dos seus descendentes .
Faleceu em Carlsruhe, na Alemanha, a 14 de novembro de 1866, e foi sepultado no Convento dos Franciscanos de Engelberg, em Grossheubach, tendo o seu corpo chegado a Lisboa, de avião, em 5 de abril de 1967, para ser transladado para o Panteão da Dinastia de Bragança, na Igreja de São Vicente de Fora, da mesma cidade.

O realizador Don Siegel nasceu há 105 anos

Donald "Don" Siegel (Chicago, Illinois, 26 de outubro de 1912 - Nipomo, Califórnia, 20 de abril de 1991) foi um diretor de cinema e televisão norte-americano.

Formou-se no Jesus College (Cambridge). Começou a trabalhar num departamento da Warner Bros., chegando a chefe. Em 1945 realizou duas curta-metragens, Hitler Lives? e A Star in the Night. A distinção da Academia para estes trabalhos deu início à sua carreira de diretor de filmes.
Em 1956 realizou o clássico filme B A Terra Em Perigo (Invasion of the Body Snatchers), ganhando uma boa reputação de realizador de excelentes trabalhos, mesmo com limitações de orçamento e produção. Em 1962, fez com Steve McQueen O Inferno É Para os Heróis (Hell Is for Heroes). Em 1964, dirigiu o influente Os Assassinos (The Killers), com Lee Marvin, feito para a TV mas exibido nos cinemas. No final da década de 60, inicia a sua parceria de sucesso com Clint Eastwood. Entre os filmes que fizeram juntos destacam-se os dramas policiais A pele de um malandro (Coogan's Bluff, 1968) e A Fúria da Razão (Dirty Harry, 1971), além do western Os Abutres Têm Fome (Two Mules for Sister Sara, 1970) e o de suspense Os Fugitivos de Alcatraz (Escape from Alcatraz, 1979). Eastwood, aliás, reconhece que Siegel foi uma de suas maiores influências no campo da direção (o outro é Sergio Leone). Siegel dirigiu também o último filme de John Wayne, o western clássico O atirador (The Shootist, 1976).
Entre os seus inúmeros trabalhos na televisão, destacam-se dois episódios da série Quinta Dimensão ou No Limiar da Realidade (The Twilight Zone), "The Self-Improvement of Salvadore Ross" e "Uncle Simon", além longa-metragens e episódios para diversas outras séries, como Destry, The Lloyd Bridges Show, Bus Stop e The Legend of Jesse James.
De 1948 a 1953, foi casado com a atriz Viveca Lindfors, com quem teve um filho, Kristoffer Tabori.
Morreu aos setenta e oito anos, de cancro.

Há um século deu-se a entrada do Brasil na I Guerra Mundial como beligerante

O presidente da República Venceslau Brás declara guerra contra o Império Alemão e seus aliados

O Brasil na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) tinha uma posição respaldada pela Convenção de Haia, mantendo-se inicialmente neutro, buscando não restringir os seus produtos exportados na época, principalmente o café. O Brasil foi o único país latino-americano que participou efetivamente na Primeira Guerra Mundial (sem contar com declarações de guerra sem efeitos práticos).

Fase inicial
O Brasil declarou a sua neutralidade em 4 de agosto de 1914. Desta forma, somente um navio brasileiro, o Rio Branco, foi afundado por um submarino alemão nos primeiros anos da guerra em 1916, mas este estava em águas restritas, operando a serviço inglês e com a maior parte de sua tripulação sendo composta por noruegueses, de forma que, apesar da comoção nacional que o fato gerou, não poderia ser considerado como um ataque ilegal dos alemães.
No início da guerra, apesar de neutro, o Brasil enfrentava uma situação social e econômica complicada. A sua economia era basicamente fundamentada na exportação de apenas um produto agrícola, o café. Como este não era essencial, suas exportações (e as rendas alfandegárias, a principal fonte de recursos do governo) diminuíram com o conflito. Isto se acentuou mais com o bloqueio alemão e, depois, com a proibição à importação de café feita pela Inglaterra em 1917, que passou a considerar o espaço de carga nos navios necessário para produtos mais vitais, haja vista as grandes perdas causadas pelos afundamentos de navios mercantes pelos alemães.
As relações entre Brasil e o Império Alemão foram abaladas pela decisão alemã de autorizar seus submarinos a afundar qualquer navio que entrasse nas zonas de bloqueio. No dia 5 de abril de 1917 o vapor brasileiro Paraná, um dos maiores navios da marinha mercante (4.466 toneladas), carregado de café, navegando de acordo com as exigências feitas a países neutros, foi atacado por um submarino alemão a milhas do cabo Barfleur, na França, e três brasileiros foram mortos.

Manifestações populares
Quando a notícia do afundamento do vapor Paraná chegou ao Brasil poucos dias depois, eclodiram diversas manifestações populares nas capitais. O ministro de relações exteriores, Lauro Müller, de origem alemã e favorável à neutralidade na guerra, foi obrigado a renunciar. Em Porto Alegre, passeatas foram organizadas com milhares de pessoas. Inicialmente pacíficas, as manifestações passaram a atacar estabelecimentos comerciais de propriedades de alemães ou descendentes - o Hotel Schmidt , a Sociedade Germânia, o clube Turnebund e o jornal Deutsche Zeitung foram invadidos, pilhados e queimados.
Em 1 de novembro uma multidão danificou casas, clubes e fábricas em Petrópolis, entre eles o restaurante Brahma (completamente destruído), a Gesellschaft Germania, a escola alemã, a empresa Arp, o Diário Alemão, entre outros.
Ao mesmo tempo, em outras capitais houve pequenos distúrbios. Novos episódios com violência só ocorreriam quando da declaração de guerra do Brasil à Alemanha em outubro.
Por outro lado, sindicalistas, pacifistas, anarquistas e comunistas se colocavam contra a guerra e acusavam o governo de estar desviando a atenção dos problemas internos, entrando em choque por vezes com os grupos nacionalistas favoráveis a entrada do país no conflito. À greve geral de 1917, seguiu-se acentuada de uma violenta repressão, usando a "Declaração de Guerra" em outubro do mesmo ano para declarar estado de sítio e perseguir opositores, o que provocou por exemplo uma tentativa de insurreição anarquista em 1918.

Consequências diplomáticas
No dia 11 de abril de 1917 o Brasil rompeu relações diplomáticas com o bloco germânico, e, em 20 de maio, o navio Tijuca foi torpedeado perto da costa francesa por submarino alemão. Nos meses seguintes, o governo brasileiro confiscou 42 navios alemães que estavam em portos brasileiros, como uma indemnização de guerra, essa quantidade considerável de navios passou a corresponder a um quarto da frota brasileira.
No dia 26 de maio de 1917, o vapor brasileiro Lapa foi atingido por três tiros do canhão de um submarino alemão.
Em 18 de outubro de 1917, um outro navio mercante, Macau, foi torpedeado por submarino alemão U-93.
No dia 23 de outubro de 1917 o cargueiro nacional Macau, um dos navios arrestados, foi torpedeado por um submarino alemão U-93, perto da costa da Espanha, e seu comandante feito prisioneiro.
Com a pressão popular contra a Alemanha, no dia 26 de outubro de 1917, o país declarou guerra à aliança germânica.
Nos dias 1 e 3 de novembro de 1917 os navios Acari e Guaíba, respectivamente, foram torpedeados, próximo do cabo de São Vicente, em Portugal, por um submarino alemão U-151.

quarta-feira, outubro 25, 2017

Roberto Menescal, um dos pais da bossa nova, faz hoje oitenta anos!

Roberto Batalha Menescal (Vitória, 25 de outubro de 1937) é um músico brasileiro. Foi um dos fundadores do movimento bossa nova.
Participava das reuniões no apartamento da cantora Nara Leão, na Avenida Atlântica, em Copacabana, onde o movimento começou. Menescal é um dos mais importantes compositores da bossa nova, ao lado de Tom Jobim, Carlos Lyra e Vinícius de Moraes. Criou canções que hoje são consideradas hinos do movimento e da própria música popular, como O Barquinho, Você, Nós e o mar, Ah se eu pudesse, Rio, entre outras. Ronaldo Bôscoli é um dos parceiros mais constantes.
As canções quase sempre apresentam o mar como temática.
Como músico, acompanhou em apresentações e gravações, Nara Leão, Wanda Sá, Sylvia Telles, Lúcio Alves, Maysa, Aracy de Almeida, Dorival Caymmi, Elis Regina, entre outros, sendo dele o arranjo para a canção "Bala com Bala" de João Bosco e Aldir Blanc, interpretado por Elis em 1972. A cantora Zizi Possi deve a Menescal a oportunidade de gravar o primeiro disco da carreira, em 1978 intitulado Flor do Mal.
Tocou ao lados dos músicos Luiz Eça, Luiz Carlos Vinhas, Bebeto Castilho, Hélcio Milito, Eumir Deodato, Ugo Marotta, Sergio Barrozo, Oscar Castro Neves, João Palma, Edison Machado, Wilson das Neves, Antônio Adolfo, Hermes Contesini, José Roberto Bertrami, João Donato e tantos outros.
Além de músico, é produtor musical, tendo iniciado esse trabalho em 1964, com o LP Vagamente, disco de estreia da cantora Wanda Sá. Tempos depois, passou a produzir discos para a gravadora Polygram (atualmente Universal Music), onde também foi diretor artístico entre 1970 e 1986.
Compôs a banda sonora dos filmes Joana Francesa e Bye Bye Brasil, ambos de Cacá Diegues, em parceria com Chico Buarque.
Atualmente, além de tocar viola, dirige um selo musical e gere novos grupos e projetos musicais, como o Bossacucanova. O último trabalho foi produzir um documentário sobre bossa nova, intitulado Coisa mais linda, em 2005, com o velho amigo Carlos Lyra.
Produziu discos de artistas como Elis Regina, Nara Leão, Chico Buarque, Maysa, MPB-4, Maria Bethânia, Leila Pinheiro, Cauby Peixoto, Os Cariocas, Leny Andrade, Danilo Caymmi, Wanda Sá, Márcia Tauil, além da aclamada série "Aquarela Brasileira", de Emílio Santiago, entre outros.

 

Glenn Tipton - 70 anos

Glenn Tipton (Blackheath, Inglaterra, 25 de outubro de 1947) é um dos guitarristas da banda inglesa de Heavy Metal Judas Priest. É um dos membros do trio de compositores da banda (os outros dois são Robert Halford e Richie Faulkner, este no último álbum, pois K.K. Downing era o outro compositor até ao álbum Nostradamus).
Glenn Tipton nasceu perto de Birmingham, na Inglaterra. O guitarrista (que também é compositor e produtor) ganhou aclamação mundial como membro dos Judas Priest durante quase quarenta anos e, nesse tempo, ele também lançou dois álbuns solo. O seu nome é sinónimo de rock e heavy metal e, ao longo dos anos, a sua música tem sido pioneira no caminho e ajudou a inspirar muitos jovens músicos e guitarristas, nos seus primeiros anos, em carreiras de sucesso.


Gregory Isaacs morreu há sete anos

Gregory Anthony Isaacs, mais conhecido como Gregory Isaacs (Kingston, 15 de julho de 1951 – Londres, 25 de outubro de 2010) foi um cantor de reggae jamaicano, considerado uma das vozes mais sofisticadas do género.
As suas músicas tornaram-se clássicos do reggae romântico e, numa lista com mais de 500 discos gravados, destacam-se alguns dos mais conhecidos álbuns da história da música jamaicana, entre eles: Mr. Isaacs, de 1977, Slum in Dub, de 1978, Soon Forward, de 1979, e Night Nurse, lançado em 1982.

O cantor morreu de cancro, aos 59 anos, em 25 de outubro de 2010, deixando a esposa, Linda, bem como vários filhos.
 

Katy Perry - 33 anos

Katheryn Elizabeth Hudson (Santa Bárbara, 25 de outubro de 1984), conhecida pelo nome artístico Katy Perry, é uma cantora, compositora e dançarina norte-americana.


O baixista Jack Bruce morreu há três anos

John Symon Asher "Jack" Bruce (Bishopbriggs, 14 de maio de 1943 - Suffolk, 25 de outubro de 2014) foi um baixista, cantor e compositor britânico, nascido na Escócia.
Ele começou a sua carreira tocando com a banda de Graham Bond, no começo dos anos 60. O grupo fazia versões de variados estilos musicais, desde bebop a rhythm and blues, passando pelos blues. Entre os seus integrantes estava Ginger Baker.
Ele tocou com John Mayall e com Manfred Mann antes de iniciar a sua participação mais célebre, como baixista, no power trio Cream (grupo de blues-rock do Reino Unido e supergrupo formado por iniciativa do baterista Ginger Baker, com o baixista Jack Bruce e o guitarrista Eric Clapton). Ele criou a maioria das músicas da banda, juntamente com o compositor Pete Brown.
Depois dos Cream terminarem, Jack tocou com inúmeros músicos e colaborou com grandes nomes do jazz como Carla Bley e participou na banda Frank Zappa & Mothers of Invention. Ele continuou a gravar durante os anos 90 e no começo do ano 2000 passou a sofrer problemas de saúde. Em 2003 foi-lhe diagnosticado um cancro no fígado e, em setembro do mesmo ano, passou por um transplante quase fatal, depois de seu organismo rejeitar o novo órgão.

(...)

Em 25 de outubro de 2014 foi anunciado que Jack havia falecido, aos 71 anos, por causa de uma doença no fígado. É com grande tristeza que nós, a família de Jack, anunciamos a morte de nosso querido Jack: o marido, o pai, o avô e a lenda. O mundo da música será um lugar mais pobre sem ele, mas ele vive na sua música e eternamente nos nossos corações, escreveu sua família no site do músico. Claire Singers, a sua assessora de imprensa, também confirmou a morte. Ele faleceu hoje no seu domicílio em Suffolk, cercado pela sua família. Jack Bruce e a sua mulher Magrit tiveram três filhos.
 

O cantor Roger Miller faleceu há 25 anos

Roger Dean Miller (Fort Worth, Texas, 2 de janeiro de 1936 - Los Angeles, Califórnia, 25 de outubro de 1992) foi um cantor, compositor, músico e ator americano. Entre seus hits mais conhecidos estão "King of the Road", "Dang Me" e "England Swings", todos de sua era Nashville sound de meados da década de 1960.
Morreu em 1992, por causa de um cancro no fígado.


Torricelli morreu há 370 anos

Evangelista Torricelli (Faenza, 15 de outubro de 1608 - Florença, 25 de outubro de 1647) foi um físico e matemático italiano, mais conhecido pela invenção do barómetro e por descobertas na área de ótica.
  
Biografia
Torricelli perdeu o pai muito cedo e foi educado pelo tio, um monge que o enviou para Roma, em 1627, a fim de estudar ciências com o beneditino Benedetto Castelli (1577-1644), professor de Matemática no Collegio di Sapienza (atualmente Universidade de Roma "La Sapienza").
O estudo Duas Novas Ciências, de Galileu Galilei (1638) inspirou-lhe muitos desenvolvimentos dos princípios mecânicos aí apresentados, que ele publicou no tratado De motu (incluído na sua Opera geometrica, 1644). O envio desta obra, por Castelli, a Galileu, em 1641, com uma proposta para que Torricelli fosse residir com o sábio florentino, levou a que Torricelli partisse para Florença, onde conheceu Galileu, e o serviu, como secretário, durante os seus últimos três meses da sua vida.
Depois da morte de Galileu, Torricelli foi nomeado matemático do grão-duque e professor de matemática na Academia Florentina. A descoberta do princípio do barómetro, que perpetuou a sua fama ("tubo de Torricelli", "vácuo de Torricelli"), aconteceu em 1643. O torricelli (símbolo torr), uma unidade de pressão, recebeu o seu nome.
Torricelli também é famoso pela descoberta de um sólido infinitamente longo que hoje é chamado Trombeta de Gabriel, cuja área superficial é infinita, mas cujo volume é finito. Esta propriedade foi vista como um paradoxo "incrível" por muitos contemporâneos (incluindo o próprio Torricelli, que tentou várias demonstrações alternativas), e desencadeou uma controvérsia sobre a natureza do infinito com o filósofo Thomas Hobbes. Alguns supõem ter sido esta a origem da ideia de um "infinito completo".
Torricelli faleceu em Florença poucos dias depois de contrair febre tifoide.

A experiência de Torricelli

Barómetro
A invenção chefe de Torricelli foi o barómetro de mercúrio. Esse instrumento foi denominado assim devido a duas palavras gregas, com o significado de duas medidas de peso, uma vez que uma coluna de ar é pesada em oposição a uma coluna de mercúrio.
O barómetro surgiu da necessidade de resolver um problema prático. Fabricantes de bombas hidráulicas do grão-duque da Toscana tentavam levar água à altura de 12 metros ou mais, mas descobriram que 10 metros era o limite de sucção das bombas (como descrito nos Diálogos de Galileu Galilei). Torricelli usou o mercúrio, que é catorze vezes mais denso que a água. Em 1643, ele criou um tubo de aproximadamente um metro, selado no topo, preenchido com mercúrio e colocado verticalmente numa base com mercúrio. A coluna de mercúrio é de aproximadamente 76 cm, deixando um vácuo torricelliano acima. Como nós agora sabemos, a altura da coluna muda conforme muda a pressão atmosférica; este foi o primeiro barómetro. A descoberta do princípio do barómetro perpetuou a sua fama ("tubo de Torricelli", "vácuo torricelliano"). O torr, uma unidade de pressão usada em medidas de vácuo, recebeu esse nome em sua homenagem. Doze anos antes das observações de Torricelli, René Descartes, o filósofo francês, fez as mesmas observações, mas não parece que ele as tenha levado em conta.

terça-feira, outubro 24, 2017

Ramalho Ortigão nasceu há 181 anos

José Duarte Ramalho Ortigão (Porto, 24 de outubro de 1836 - Lisboa, 27 de setembro de 1915) foi um escritor português.

Vida e Obra
José Duarte Ramalho Ortigão nasceu no Porto, na Casa de Germalde, freguesia de Santo Ildefonso. Era o mais velho de nove irmãos, filhos do primeiro-tenente de artilharia Joaquim da Costa Ramalho Ortigão e de D. Antónia Alves Duarte Silva Ramalho Ortigão.
Viveu a sua infância numa quinta do Porto com a avó materna, com a educação a cargo de um tio-avô e padrinho Frei José do Sacramento. Em Coimbra, frequentou brevemente o curso de Direito. Ensinou francês e dirigiu o Colégio da Lapa no Porto, do qual seu pai havia sido diretor. Iniciou-se no jornalismo colaborando no Jornal do Porto . Foi colaborador em diversas publicações periódicas, em alguns casos postumamente, entre as quais se destaca: Acção realista (1924-1926); O António Maria (1879-1885;1891-1898); Branco e Negro (1896-1898); Brasil-Portugal (1899-1914); Contemporânea (1915-1926); Galeria republicana (1882-1883); Gazeta Literária do Porto (1868), A Imprensa (1885-1891); O Occidente (1878-1915); Renascença (1878-1879?); Revista de Estudos Livres (1883-1886)A semana de Lisboa: supplemento do Jornal do Commercio (1893-1895); Serões (1901-1911); O Thalassa: semanario humoristico e de caricaturas (1913-1915).
Em 24 de outubro de 1859 casou com D. Emília Isaura Vilaça de Araújo Vieira, de quem veio a ter três filhos: Vasco, Berta e Maria Feliciana.
Ainda no Porto, envolveu-se na Questão Coimbrã com o folheto "Literatura de hoje", acabando por enfrentar Antero de Quental num duelo de espadas, a quem apodou de cobarde por ter insultado o cego e velhinho António Feliciano de Castilho. Ramalho ficou fisicamente ferido no duelo travado, em 6 de fevereiro de 1866, no Jardim de Arca d'Água.
No ano seguinte, em 1867, visita a Exposição Universal em Paris, de que resulta o livro Em Paris, primeiro de uma série de livros de viagens. Insatisfeito com a sua situação no Porto, muda-se para Lisboa com a família, obtendo uma vaga para oficial da Academia das Ciências de Lisboa.
Reencontra em Lisboa o seu ex-aluno Eça de Queirós e com ele escreve um "romance execrável" (classificação dos autores, no prefácio de 1884): O Mistério da Estrada de Sintra (1870), que marca o aparecimento do romance policial em Portugal. No mesmo ano, Ramalho Ortigão publica ainda Histórias cor-de-rosa e inicia a publicação de Correio de Hoje (1870-71). Em parceria com Eça de Queirós, surgem em 1871 os primeiros folhetos de As Farpas, de que vem a resultar a compilação em dois volumes sob o título Uma Campanha Alegre. Em finais de 1872, o seu amigo Eça de Queirós parte para Havana exercer o seu primeiro cargo consular no estrangeiro, continuando Ramalho Ortigão a redigir sozinho As Farpas.
Entretanto, Ramalho Ortigão tornara-se uma das principais figuras da chamada Geração de 70. Vai acontecer com ele o que aconteceu com quase todos os membros dessa geração. Numa primeira fase, pretendiam aproximar Portugal das sociedades modernas europeias, cosmopolitas e anticlericais. Desiludidos com as luzes europeias do progresso material, porém, numa segunda fase voltaram-se para as raízes de Portugal e para o programa de um "reaportuguesamento de Portugal". É dessa segunda fase a constituição do grupo "Os Vencidos da Vida", do qual fizeram parte, além de Ramalho Ortigão, o Conde de Sabugosa, o Conde de Ficalho, o Marquês de Soveral, o Conde de Arnoso, Antero de Quental, Oliveira Martins, Guerra Junqueiro, Carlos Lobo de Ávila, Carlos de Lima Mayer e António Cândido. À intelectualidade proeminente da época juntava-se agora a nobreza, num último esforço para restaurar o prestígio da Monarquia, tendo o Rei D. Carlos I sido, significativamente, eleito por unanimidade "confrade suplente do grupo".
Na sequência do assassínio do Rei, em 1908, escreve D. Carlos o Martirizado. Com a implantação da República, em 1910, pede imediatamente a Teófilo Braga a demissão do cargo de bibliotecário da Real Biblioteca da Ajuda, escrevendo-lhe que se recusava a aderir à República "engrossando assim o abjecto número de percevejos que de um buraco estou vendo nojosamente cobrir o leito da governação". Saiu em seguida para um exílio voluntário em Paris, onde vai começar a escrever as Últimas Farpas (1911-1914) contra o regime republicano. O conjunto de As Farpas, mais tarde reunidas em quinze volumes, a que há que acrescentar os dois volumes das Farpas Esquecidas, e o referido volume das Últimas Farpas, foi a obra que mais o notabilizou por estar escrita num português muito rico, com intuitos pedagógicos, sempre muito crítico e revelando fina capacidade de observação. Eça de Queirós escreveu que Ramalho Ortigão, em As Farpas, "estudou e pintou o seu país na alma e no corpo".
Regressa a Portugal em 1912 e, em 1914 dirige a célebre Carta de um velho a um novo, a João do Amaral, onde saúda o lançamento do movimento de ideias políticas monárquicas, denominado Integralismo Lusitano:
"A orientação mental da mocidade contemporânea comparada à orientação dos rapazes do meu tempo estabelece entre as nossas respectivas cerebrações uma diferença de nível que desloca o eixo do respeito na sociedade em que vivemos obrigando a elite dos velhos a inclinar-se rendidamente à elite dos novos".
Vítima de cancro, recolheu-se na casa de saúde do Dr. Henrique de Barros, na então Praça do Rio de Janeiro, em Lisboa, vindo a falecer, a 27 de setembro de 1915, na sua casa na Calçada dos Caetanos, na Freguesia da Lapa.
Foi Comendador da Ordem Militar de Cristo e Comendador da Imperial Ordem da Rosa do Brasil. Além de bibliotecário na Real Biblioteca da Ajuda, foi Secretário e Oficial da Academia Nacional de Ciências, Vogal do Conselho dos Monumentos Nacionais, Membro da Sociedade Portuguesa de Geografia, da Academia das Belas-Artes de Lisboa, do Grémio Literário, do Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro e da Sociedade de Concertos Clássicos do Rio de Janeiro. Em Espanha, foi-lhe atribuída a Grã-Cruz da Ordem de Isabel a Católica e foi membro da Academia de História de Madrid, da Sociedade Geográfica de Madrid, da Real Academia de Bellas Artes de San Fernando, da Unión Iberoamericana e da Real Academia Sevillana de Buenas Letras.
Foram impressas duas notas de 50$00 com a sua imagem.

Ziraldo - 85 anos

Ziraldo Alves Pinto (Caratinga, 24 de outubro de 1932) é um cartunista, chargista, pintor, dramaturgo, caricaturista, escritor, cronista, desenhador, humorista, colunista e jornalista brasileiro. É o criador de personagens famosos, como o Menino Maluquinho, e é, atualmente, um dos mais conhecidos e aclamados escritores infantis do Brasil. Ziraldo é pai da cineasta Daniela Thomas e do compositor Antonio Pinto.

Kevin Kline - 70 anos

Kevin Delaney Kline (St. Louis, 24 de outubro de 1947) é um ator norte-americano.

Biografia
Estudou na Universidade de Indiana, e a seguir na prestigiosa academia de interpretação Juilliard School, de Nova York.
Em 1972, Kline entrou numa companhia teatral em Nova York, com a que também realizou turnês por todo o país, interpretando obras de Shakespeare. Teve sucesso nos palcos e mais adiante ganhou dois prémios Tony, equivalentes aos Óscar, por sua atuação em dois musicais. Também participou numa produção para a televisão. Em 1981, Kline decidiu provar sorte em Hollywood, onde conseguiu um papel na película Sophie's Choice. A sua interpretação valeu-lhe uma indicação a um Golden Globe Awards (Globo de Ouro). Em 1989 ganhou o Óscar de Melhor Ator Secundário com Um Peixe Chamado Wanda.
Kevin Kline é casado desde 1989 com a atriz Phoebe Cates, com quem tem dois filhos.

Christian Dior morreu há sessenta anos

Christian Dior (Granville, 21 de janeiro de 1905 - Montecatini Val di Cecina, 24 de outubro de 1957) foi um importante estilista francês. É o fundador da empresa de vestuário Christian Dior S.A., uma das mais famosas da moda mundial.
Filho de um comerciante de fertilizantes da região do Canal da Mancha, desejou ser artista plástico, mas foi enviado para Paris a fim de estudar Relações Internacionais, uma vez que o seu pai queria que o filho seguisse a carreira diplomática.
Ainda jovem começou a frequentar ateliês de pintura e de desenho, chegando mesmo a pintar alguns quadros. Mas foi a sua habilidade para desenhar roupas que lhe proporcionou uma carreira internacional. O seu círculo de amigos expandiu-se e conheceu um importante empresário da indústria têxtil que lhe garantiu patrocínio para a produção de algumas peças. O investimento que foi bem sucedido: os seus traços e a visão que tinha do corpo feminino causaram fascínio e delírio e, em 1947 inaugurou a Mansão Dior de que o mundo pós-guerra necessitava. Além de causar fascínio pela sua elegância e luxo, o conceito do New Look vinha carregado de extravagância e exagero: vestidos tradicionalmente feitos com 5 metros de tecido, agora usavam até 40 metros. Isso também ajudou a repercussão do conceito, permitindo encerrar a mentalidade de racionamento no pós-guerra. Durante a guerra, Dior vestia desde as esposas dos generais do império nazi até as mulheres francesas.
Ao longo da sua carreira fez a própria tradução física dos sonhos e da fantasia humana através de seus vestidos. Morreu durante as suas férias em Montecatini Val di Cecina, Itália, no dia 23 de outubro de 1957, vítima de ataque cardíaco.

William James Herschel, o pai da datiloscopia, morreu há um século

Sir William James Herschel, 2° Baronete de Herschel (Slough, 9 de janeiro de 1833 - 24 de outubro de 1917) foi um funcionário público do governo da Índia britânica. É reconhecido como o primeiro europeu a perceber a aplicação prática das impressões digitais, contribuindo assim para a implantação definitiva da datiloscopia.

William Herschel nasceu na Inglaterra, numa família bem conhecida de cientistas e artistas musicais. O seu avô, Sir William Herschel, foi um dos mais influentes astrónomos de todos os tempos. A sua tia-avó, Caroline Lucretia Herschel, também se destacou pelo seu trabalho relacionado com a astronomia, além de ser conhecida como cantora. O seu pai, John Frederick William Herschel, foi também um conhecido matemático e astrónomo. Um dos seus onze irmãos, Alexander Stewart Herschel, também se destacou como astrónomo.


William Herschel tornou-se conhecido por ser o primeiro europeu de que se tem registo que recolheu impressões digitais para a identificação de pessoas, especialmente com o objectivo de autenticar contratos e documentos legais. Visto que havia tido problemas no cumprimento de contratos efectuados anteriormente, em 28 de julho de 1858, William Herschel exigiu que Rajyadhar Konai, um homem de negócios nativo de Hooghly, Jungipoor, Bengala Ocidental, colocasse a inteira impressão da sua mão no verso do contrato. A ideia inicial era somente causar impacto no negociante. Isto acabou por resultar, uma vez que o contrato foi cumprido. Diante do resultado positivo, Herschel fez disso um hábito, requerendo a impressão da palma da mão e posteriormente apenas a impressão do dedo médio em todos os contratos daquela data em diante. Com o uso continuado desta prática, a colecção de impressões digitais foi crescendo e Herschel começou a notar que, comparando as impressões, podia realmente provar ou contestar a identidade das pessoas. Apesar das suas experiências serem limitadas, Herschel estava convencido, correctamente, que não existiam duas impressões iguais e que estas se manteriam inalteradas com o passar dos anos, o que o inspirou a ampliar o uso.
Em 1877, ao serviço dos Serviços Administrativos Ingleses, na Índia, recorreu extensamente ao uso de impressões digitais para se assegurar de que os pensionistas do Exército Britânico em Hooghly, não recebiam as suas pensões mais do que uma vez. Na altura dos pagamentos obrigou os homens a "assinarem" os recibos do dinheiro deixando as suas impressões digitais nos documentos. Também, o método passou a ser aplicado na prisão local para impedir que os condenados pagassem a substitutos para cumprirem as suas penas.
A técnica de Herschel foi mais tarde aperfeiçoada pelo cientista Sir Francis Galton e pelo polícia Edward Henry para a detecção e identificação de criminosos.



Antonie van Leeuwenhoek nasceu há 385 anos

Antonie van Leeuwenhoek (Delft, 24 de outubro de 1632 - Delft, 26 de agosto de 1723) foi um comerciante de tecidos, cientista e construtor de microscópios neerlandês.
Antonie van Leeuwenhoek é conhecido pelas suas contribuições para o melhoramento do microscópio, além de ter contribuído com as suas observações para a biologia celular (descreveu a estrutura celular dos vegetais, chamando as células de "glóbulos"). Utilizando um microscópio feito por si mesmo (possuía a maior colecção de lentes do mundo, cerca de 250 microscópios), foi o primeiro a observar e descrever fibras musculares, bactérias, protozoários e o fluxo de sangue nos capilares sanguíneos de peixes.
O microscópio utilizado por Leeuwenhoek para as suas descobertas era constituído por uma lente biconvexa que tinha a capacidade de aumentar a imagem cerca de 200 vezes.
A ele é atribuída a descoberta dos microorganismos.

segunda-feira, outubro 23, 2017

Théophile Gautier morreu há 145 anos

Pierre Jules Théophile Gautier (Tarbes, 31 de agosto de 1811 - Paris, 23 de outubro de 1872) foi um escritor, poeta, jornalista e crítico literário francês.
Enquanto Gautier foi um ardente defensor do Romantismo, sua obra é difícil de classificar e continua a ser um ponto de referência para muitas tradições literárias posteriores, como parnasianismo, simbolismo, modernismo e decadentismo. Este autor foi amplamente valorizado por escritores tão diversos como Balzac, Baudelaire, os irmãos Goncourt, Flaubert, Proust e Oscar Wilde.

Michael Crichton nasceu há 75 anos

John Michael Crichton (Chicago, 23 de outubro de 1942 - Los Angeles, 4 de novembro de 2008) foi um escritor, produtor de filmes e de televisão norteamericano. O seus trabalhos mais conhecidos são romances de ficção científica, dentre os quais, a sua obra mais conhecida, Parque Jurássico, adaptado para o cinema por Steven Spielberg, com o título Jurassic Park, e a série de televisão ER.
Michael Crichton também dirigiu e/ou produziu vários filmes e programas de televisão. Entre outros, Crichton dirigiu o filme Coma, adaptado de uma novela de Robin Cook.
O seu género literário pode ser descrito como techno-thriller, que é, geralmente, a união de ação e de detalhes técnicos. Muitas das suas novelas têm termos médicos ou científicos, refletindo os seus conhecimentos médicos e científicos - Crichton era licenciado em Medicina pela Harvard Medical School.
Crichton morreu a 4 de novembro de 2008, aos 66 anos, por causa de um cancro.