segunda-feira, março 05, 2012

Churchill forjou a expressão Cortina de Ferro há 66 anos

A divisão da Europa pela Cortina de Ferro

Cortina de Ferro foi uma expressão usada para designar a divisão da Europa em duas partes, a Europa Oriental e a Europa Ocidental como áreas de influência político-económica distintas, no pós- Segunda Guerra Mundial conhecido como Guerra Fria. Durante este período, a Europa Oriental esteve sob o controle político e/ou influência da União Soviética, enquanto a Europa Ocidental esteve sob o controle político e/ou influência dos Estados Unidos.
A expressão foi celebrizada pelo então primeiro-ministro britânico Sir Winston Churchill, que a usou num discurso em Fulton, em 1946, para designar a política de isolamento adotada pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e seus estados-satélites após a Segunda Guerra Mundial. No entanto, já havia sido usada antes no mesmo contexto por Joseph Goebbels, Lutz Schwerin von Krosigk e pelo próprio Churchill em Maio de 1945.

Extrato do discurso de Churchill no Westminster College, em Fulton, no Missouri, Estados Unidos, em 5 de março de 1946, citando a expressão "iron curtain" ou, em português, "cortina de ferro":
"From Stettin in the Baltic to Trieste in the Adriatic an iron curtain has descended across the Continent. Behind that line lie all the capitals of the ancient states of Central and Eastern Europe. Warsaw, Berlin, Prague, Vienna, Budapest, Belgrade, Bucharest and Sofia; all these famous cities and the populations around them lie in what I must call the Soviet sphere, and all are subject, in one form or another, not only to Soviet influence but to a very high and in some cases increasing measure of control from Moscow."
Numa tradução livre para a língua portuguesa:
"De Stettin, no [mar] Báltico, até Trieste, no [mar] Adriático, uma cortina de ferro desceu sobre o continente. Atrás dessa linha estão todas as capitais dos antigos Estados da Europa Central e Oriental. Varsóvia, Berlim, Praga, Viena, Budapeste, Belgrado, Bucareste e Sofia; todas essas cidades famosas e as populações em torno delas estão no que devo chamar de esfera soviética, e todas estão sujeitas, de uma forma ou de outra, não somente à influência soviética mas também a fortes, e em certos casos crescentes, medidas de controle emitidas de Moscovo."
Inicialmente, a Cortina de Ferro era separada da região integrada pelas repúblicas europeias da União Soviética (Rússia, Arménia, Azerbaijão, Bielorrússia, Estónia, Geórgia, Cazaquistão, Lituânia, Letónia, Moldávia, Ucrânia) e os estados-satélites da Alemanha Oriental, Polónia, Checoslováquia, Hungria, Bulgária e Romênia. Todos ficavam sob o estrito controle político e económico da URSS. Em 1955 uniram-se militarmente por meio do Pacto de Varsóvia. O bloco se desfez definitivamente em 1991, com a dissolução da URSS.
Os dois blocos de países divididos pela cortina de ferro divergiam em vários aspectos:
  • no plano económico, o Bloco Ocidental buscou a reconstrução no pós-guerra com o Plano Marshall, enquanto o Bloco Oriental utilizou um modelo concorrente, o COMECON;
  • No plano militar, o Bloco Ocidental constituiu a Organização do Tratado do Atlântico Norte em 1948, enquanto que o Bloco Oriental formou o Pacto de Varsóvia de 1955;
  • No plano político, o Bloco Ocidental se manteve como sistema económico o capitalismo liberal, incluindo diferentes tipos de regimes políticos (desde democracias até regimes autoritários), enquanto que o Bloco Oriental adotou o modelo do socialismo e a economia planificada, geralmente sob regimes autoritários de partido único.

Pier Paolo Pasolini nasceu há 90 anos

Pier Paolo Pasolini (Bolonha, 5 de março de 1922Óstia, 2 de novembro de 1975) foi um cineasta italiano.




Requiem para Pier Paolo Pasolini


Eu pouco sei de ti mas este crime

torna a morte ainda mais insuportável.

Era novembro,devia fazer frio,mas tu

já nem o ar sentias,o próprio sexo

que sempre fora fonte agora apunhalado.

Um poeta,mesmo solar como tu,na terra

é pouca coisa:uma navalha,o rumor

de abril podem matá-lo - amanhece,

os primeiros autocarros já passaram

as fábricas abrem os portões,os jornais

anunciam greves,repressão,dois mortos na

primeira

página,o sangue apodrece ou brilhará

ao sol,se o sol vier,no meio das ervas.

O assassino,esse seguirá dia após dia

a insultar o amargo coração da vida;

no tribunal insinuará que respondera apenas

a uma agressão (moral) com outra agressão,

como se alguém ignorasse,excepto claro

os meritíssimos juízes,que as putas desta espécie

confundem moral com o próprio cu.

O roubo chega e sobra excelentíssimos senhores

como móbil de um crime que os fascistas,

e não só os de Salô,não se importariam de

assinar.

Seja qual for a razão,e muitas há

que o Capital a Igreja e a Polícia

de mãos dadas estão sempre prontos a justificar,

Pier Paolo Pasolini está morto,

A farsa,a nojenta farsa,essa continua.




Eugénio de Andrade(Novembro,75)

Um dos maiores assassinos da História morreu há 59 anos

Josef Vissarionovitch Stalin (Gori, 18 de dezembro de 1878 - Moscovo, 5 de março de 1953) foi secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética e do Comité Central a partir de 1922 até a sua morte em 1953, sendo assim o líder soberano da União Soviética. Seu nome de nascimento era Ioseb Besarionis Dze Džuğashvili e em português seu nome é referido algumas vezes como José Estaline.
Sob a liderança de Stalin, a União Soviética desempenhou um papel decisivo na derrota da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945) e passou a atingir o estatuto de superpotência, após rápida industrialização e melhoras nas condições sociais do povo soviético, durante esse período, o país também expandiu seu território para um tamanho semelhante ao do antigo Império Russo.
Durante o XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, em 1956, o sucessor de Stalin, Nikita Khrushchov, apresentou seu Discurso secreto oficialmente chamado "Sobre o culto à personalidade e suas consequências", a partir do qual iniciou-se um processo de "desestalinização" da União Soviética. Ainda hoje existem diversas perspectivas ao redor de Stalin, alguns o vendo como tirano e outros como líder habilidoso.

Prokofiev morreu há 59 anos

Serguei Sergueievitch Prokofiev, também conhecido pela transliteração anglófona Sergei Sergeievich Prokofiev (Sontsovka - atualmente Krasne, região de Donetsk, Ucrânia), 23 de Abril de 1891Moscovo, 5 de Março de 1953) foi um compositor russo.
Um dos compositores mais celebrados do século XX, ele é conhecido mais conhecido por obras como o balé Romeu e Julieta, as óperas O Amor das Três Laranjas e Guerra e Paz, a composição infantil Pedro e o Lobo e duas trilhas sonoras para filmes de Sergei Eisenstein. Precoce, mostrou-se talentoso no piano e na composição. Prokofiev nasceu no Império Russo, viajou o mundo em tournées, e voltou à terra local, agora União Soviética. Em seus últimos anos, enfrentou dificuldades financeiras e de saúde. Junto com Shostakovitch, foi uma das figuras mais importantes da música soviética.
 
 

Heitor Villa-Lobos nasceu há 125 anos


Heitor Villa-Lobos (Rio de Janeiro, 5 de março de 1887 – Rio de Janeiro, 17 de novembro de 1959) foi um maestro e compositor brasileiro.
Destaca-se por ter sido o principal responsável pela descoberta de uma linguagem peculiarmente brasileira em música, sendo considerado o maior expoente da música do modernismo no Brasil, compondo obras que enaltecem o espírito nacionalista onde incorpora elementos das canções folclóricas, populares e indígenas.


domingo, março 04, 2012

Música para acabar um excelente dia


Miriam Makeba - Mbube

Njalo Ekuseni Uya Waletha Amathamsanqa
Yebo!
Amathamsanqa


Mbube
Uyimbube
Uyimbube
Uyimbube

Mbube
Uyimbube
Uyimbube
Uyimbube


Uyimbube
Uyimbube Mama We

He! He! He! He!
Uyimbube Mama

We We We We We We
Uyimbube
Uyimbube

Kusukela Kudala Kuloku Kuthiwa
Uyimbube
Uyimbube Mama



Nota: tradução de zulu para inglês:

Every Morning You Bring Us Good Luck
Yes!
Good Luck


Lion
You're A Lion
You're A Lion
You're A Lion

Lion
You're A Lion
You're A Lion
You're A Lion


You're A Lion
You're A Lion, Mama!

Hey! Hey! Hey! Hey!
You're A Lion, Mama

Oh Oh Oh Oh Oh Oh
You're A Lion
You're A Lion

Long, Long Ago People Used To Say
You're A Lion
You're A Lion, Mama

Chico Buarque canta famosa canção de aniversariante de hoje


A ética republicana e socialista - o triste caso das mentiras combinadas entre dois aldrabões (parte VII)




in CM de 02.03.2012 (via versão 24horas)

A ética republicana e socialista - o triste caso das mentiras combinadas entre dois aldrabões (parte VI)



in CM de 01.03.2012 (via versão 24horas)

Sócrates? Não falarás...

O silêncio dos responsáveis e o tapete anómico
Esta pequena crónica de Manuela Moura Guedes no Correio da Manhã de hoje resume o estado da arte mediática no nosso país.
O jornal tem divulgado as escutas entre José Sócrates e Luís Arouca, a propósito da licenciatura daquele e do modo como o mesmo pretendeu esconder da opinião pública o assunto, aldrabando, omitindo e procurando manipular a informação a esse respeito. Tudo isso enquanto exercia funções de primeiro-ministro.
Tal como Manuela Moura Guedes refere, poucos ou quase nenhuns comentadores habituais se referem a esta divulgação legítima desses factos e se indignam com o que os mesmos revelam.

A anestesia anómica que atinge uma boa parte dos media encontrou um alfobre bem adubado nas várias direcções de informação. A informação em Portugal e em geral está completamente desviada de assuntos que contendem com ética, moral política ou limpeza de costumes que se liguem a determinados indivíduos de partidos políticos do poder.
Há assuntos que os media em Portugal não abordam, nem tentam sequer uma aproximação tímida e que revele uma realidade que todo o cidadão comum e medianamente inteligente compreende.
Por exemplo, como vivem e de que vivem certas pessoas da ribalta política. Com que dinheiro vivem e como o ganham é sempre uma espécie de tabu que a informação doméstica e suave não sindica nem sequer cheira informativamente.

Antes, durante o consulado governativo daquele mesmo indivíduo, a retracção noticiosa cheirava a medo puro e simples, quando não a sabujice plena e acabada.
Em 2007, altura em que estes factos ocorreram, o governo ainda não tinha entrado na fase descendente e apesar de os mesmos constituírem matéria noticiosa, a importância que lhes foi atribuída reduziu-se à banalidade de factos inconsequentes.

Talvez por isso mesmo, a repristinação do assunto parece não interessar à maioria nem indignar quem deveria. Assim como não interessa indagar o que se passa com os negócios de milhões em que esse indivíduo, enquanto governante, autorizou e promoveu, em nome do interesse colectivo e que prejudicou seriamente esse interesse, por incompetência ou pior ainda. É o caso das PPP e em certos contratos legalmente protegidos mas de contornos duvidosos na área bancária e das grandes empresas (PT, por exemplo).
Os indícios podem aparecer que são rapidamente varridos para debaixo do tapete anómico.

E ainda falam do "fassismo"!

in portadaloja - post de josé

A Ponte Hintze Ribeiro caiu há 11 anos

Monumento em homenagem da Tragédia de Entre-os-Rios

Ficou conhecido como Tragédia de Entre-os-Rios um acidente, ocorrido a 4 de março de 2001, às 21.15 horas, que consistiu no colapso da Ponte Hintze Ribeiro, inaugurada em 1887, e que fazia a ligação entre Castelo de Paiva e a localidade de Entre-os-Rios. Do acidente resultou a morte de 59 pessoas, incluindo os passageiros de um autocarro e três carros que tentavam alcançar a outra margem do rio Douro.
O desastre levou a acusações quanto a negligência do governo português, levando à demissão do Ministro do Equipamento Social da altura, Jorge Coelho.


NOTA: não é curioso que o ministro que, com grande dignidade, se despediu do cargo político por causa de um acidente com uma infraestrutura rodoviária, seja hoje um dos principais responsáveis pela empresa que tem monopolizado os concursos de vias rodoviárias (e não só...) no nosso país...?!?

O mais famoso ballet foi apresentado em público pela 1ª vez há 135 anos

 Principe Siegfried e Odette, selo russo de 1993

O Lago dos Cisnes é um ballet dramático em quatro atos do compositor russo Tchaikovsky e com o libreto de Vladimir Begitchev e Vasily Geltzer. A sua estreia ocorreu no Teatro Bolshoi em Moscovo no dia 20 de fevereiro de 1877 (4 de março de 1877 no nosso calendário gregoriano) sendo um fracasso não por causa da música, mas sim pela má interpretação da orquestra e dos bailarinos, assim como a coreografia e a cenografia. O ballet foi encomendado pelo Teatro Bolshoi em 1876 e o compositor começou logo a escrevê-lo.


O Infante de Sagres nasceu há 618 anos

Possível representação do Infante num dos Painéis de São Vicente de Fora

O Infante Dom Henrique de Avis, 1.º duque de Viseu e 1.º senhor da Covilhã (Porto, 4 de março de 139413 de novembro de 1460), foi um infante português e a mais importante figura do início da era das descobertas, popularmente conhecido como Infante de Sagres ou O Navegador.

O Infante nasceu numa quarta-feira de cinzas, dia então considerado pouco propício ao nascimento de uma criança. Era o quinto filho de João I de Portugal, fundador da Dinastia de Avis, e de Dona Filipa de Lencastre.
Foi batizado alguns dias depois do seu nascimento, tendo sido o seu padrinho o bispo de Viseu. Os seus pais deram-lhe o nome Henrique possivelmente em honra do seu tio materno, o duque Henrique de Lencastre (futuro Henrique IV de Inglaterra).
Pouco se sabe sobre a vida do infante até aos seus catorze anos. Tanto ele como os seus irmãos (a chamada Ínclita geração) tiveram como aio um cavaleiro da Ordem de Avis.
Em 1414, convenceu seu pai a montar a campanha para a conquista de Ceuta, na costa norte-africana junto ao estreito de Gibraltar. A cidade foi conquistada em Agosto de 1415, assegurando ao reino de Portugal o controlo das rotas marítimas de comércio entre o Atlântico e o Levante. Na ocasião foi armado cavaleiro e recebeu os títulos de Senhor da Covilhã e duque de Viseu.
A 18 de Fevereiro de 1416, foi encarregado do Governo de Ceuta. Cabia-lhe organizar, no reino, a manutenção daquela praça-forte no Marrocos.
Em 1418, regressou a Ceuta na companhia de D. João, seu irmão mais novo. Os Infantes comandavam uma expedição de socorro à cidade, que sofreu nesse ano o primeiro grande cerco, imposto conjuntamente pelas forças dos reis de Fez e de Granada. O cerco foi levantado, e D. Henrique tentou de imediato atacar Gibraltar, mas o mau tempo impediu-o de desembarcar: manifestava-se assim uma vez mais a temeridade e fervor antimuçulmano do Infante. Ao regressar a Ceuta recebeu ordens de seu pai para não prosseguir tal empreendimento, pelo que retornou para o reino nos primeiros meses de 1419. Aprestou por esta época uma armada de corso, que atuava no estreito de Gibraltar a partir de Ceuta. Dispunha assim de mais uma fonte de rendimentos e, desse modo, muitos dos seus homens habituaram-se à vida no mar. Mais tarde, alguns deles seriam utilizados nas viagens dos Descobrimentos.
Entre 1419 e 1420 alguns dos seus escudeiros, João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, desembarcaram nas ilhas do arquipélago da Madeira, que já eram conhecidas por navegadores portugueses desde o século anterior. As ilhas revelaram-se de grande importância, vindo a produzir grandes quantidades de cereais, minimizando a escassez que afligia Portugal. O arquipélago foi doado a D. Henrique por Duarte I de Portugal, sucessor de D. João I, em 1433.
Em 25 de Maio de 1420, D. Henrique foi nomeado dirigente da Ordem de Cristo (titular em Portugal do património da Ordem dos Templários), cargo que deteve até ao fim da vida. No que concerne ao seu interesse na exploração do Oceano Atlântico, o cargo e os recursos da Ordem foram decisivos ao longo da década de 1440.
Em 1427, os seus navegadores descobriram as primeiras ilhas dos Açores (possivelmente Gonçalo Velho). Também estas ilhas desabitadas foram depois povoadas pelos portugueses.
Até à época do Infante D. Henrique, o Cabo Bojador era para os europeus o ponto conhecido mais meridional na costa de África. Gil Eanes, que comandou uma das expedições, foi o primeiro a ultrapassá-lo (1434), eliminando os medos então vigentes quanto ao desconhecido que para lá do Cabo se encontraria.
Aquando da morte de D. João I, o seu filho mais velho (e irmão de D. Henrique), D. Duarte subiu ao trono, e entregou a este um quinto de todos os proveitos comerciais com as zonas descobertas bem como o direito de explorar além do Cabo Bojador.
O reinado de D. Duarte durou apenas cinco anos, após o qual, D. Henrique apoiou o seu irmão D. Pedro na regência, durante a menoridade do sobrinho D. Afonso V, recebendo em troca a confirmação do seu privilégio. Procedeu também, durante a regência, ao povoamento dos Açores.
Com um novo tipo de embarcação, a caravela, as expedições adquiriram um grande impulso. O Cabo Branco foi atingido em 1441 por Nuno Tristão e Antão Gonçalves. A Baía de Arguim em 1443, com consequente construção de uma feitoria em 1448.
Dinis Dias chegou ao rio Senegal e dobrou o Cabo Verde em 1444. A Guiné foi visitada. Assim, os limites a sul do grande deserto do Saara foram ultrapassados. A partir daí, D. Henrique cumpriu um dos seus objectivos: desviar as rotas do comércio do Saara e aceder às riquezas na África Meridional. Em 1452 a chegada de ouro era em suficiente quantidade para que se cunhassem os primeiros cruzados nesse metal.
Entre 1444 e 1446, cerca de quarenta embarcações partiram de Lagos. Na década de 1450 descobriu-se o arquipélago de Cabo Verde. Data dessa época a encomenda de um mapa-múndi do Velho Mundo a Fra Mauro, um monge veneziano.
Em 1460 a costa estava já explorada até ao que é hoje a Serra Leoa.
Entretanto, D. Henrique estava também ocupado com assuntos internos do Reino. Julga-se ter patrocinado a criação, na Universidade de Coimbra, de uma cátedra de astronomia.
Foi também um dos principais organizadores da conquista de Tânger em 1437, que se revelou um grande fracasso, já que o seu irmão mais novo, D. Fernando (o Infante Santo) foi capturado e ali mantido prisioneiro durante 11 anos, até falecer. A sua reputação militar sofreu um revés e os seus últimos anos de vida foram dedicados à política e à exploração.
Deixou como seu principal herdeiro o seu sobrinho, em bens, cargos e títulos, o 2º filho de seu irmão o rei D. Duarte já falecido, o Infante D. Fernando, duque de Beja, e que a partir dessa altura passa a ser Duque de Viseu tal como ele e a dirigir os Descobrimentos portugueses para o Reino de Portugal tal como o seu tio.

Vivaldi nasceu há 334 anos

Antonio Lucio Vivaldi (Veneza, 4 de março de 1678 - Viena, 28 de julho de 1741) foi um compositor e músico italiano do estilo barroco tardio. Tinha a alcunha de il prete rosso ("o padre ruivo") por ser um sacerdote de cabelos ruivos. Compôs 770 obras, entre as quais 477 concertos e 46 óperas. É sobretudo conhecido popularmente como autor da série de concertos para violino e orquestra Le quattro stagioni ("As Quatro Estações").

Filho de Camilla Calicchio e Giovanni Battista Vivaldi, era o mais velho de sete irmãos. Seu pai, um barbeiro, mas também um talentoso violinista (alguns chegam a considerá-lo como um virtuoso), ajudou-o a iniciar uma carreira no mundo da música, matriculando-o ainda pequeno, na Capela Ducal de São Marcos para aperfeiçoar seus conhecimentos musicais e foi responsável pela sua admissão na orquestra da Basílica de São Marcos, onde se tornou o maior violinista do seu tempo. Em 1703, Vivaldi tornou-se padre. Em 1704, foi-lhe dada dispensa da celebração da Santa Eucaristia devido à sua saúde fragilizada (aparentemente sofreria de asma), tendo-se voltado para o ensino de violino num orfanato de moças chamado Ospedale della Pietà em Veneza. Pouco tempo após a sua iniciação nestas novas funções, as crianças ganharam-lhe apreço e estima; Vivaldi compôs para elas a maioria dos seus concertos, cantatas e músicas sagradas. Em 1705 a primeira colecção (raccolta) dos seus trabalhos foi publicada. Muitos outros se lhe seguiram. No orfanato, desempenhou diversos cargos interrompidos apenas pelas suas muitas viagens. Em 1712 compôs o "Estro armonico", uma coleção de 12 concertos que repercutiu em toda a Europa e mais tarde teve seis obras transcritas por Bach, em 1713, tornou-se responsável pelas actividades musicais da instituição. Em paralelo com suas atividades sacras, Vivaldi obteve permissão para apresentar no teatro de Santo Ângelo suas primeiras óperas e alguns concertos: "Outtone in villa" e "Orlando Furioso" e entre outros concertos, "La Stravaganza". Em 1723 publicou o Opus 8, que contém "As Quatro Estações", sua obra mais conhecida.
Apesar do seu estatuto de sacerdote, é suposto ter tido vários casos amorosos, um dos quais com uma de suas alunas, a cantora Anna Giraud, com quem Vivaldi era suspeito de manter uma menos clara actividade comercial nas velhas óperas venezianas, adaptando-as apenas ligeiramente às capacidades vocais da sua amante. Este negócio causou-lhe alguns dissabores com outros músicos, como Benedetto Marcello, que terá escrito um panfleto contra ele.

Vivaldi, tal como muitos outros compositores da época, terminou sua vida em pobreza. As suas composições já não suscitavam a alta estima que uma vez tiveram em Veneza; gostos musicais em mudança rapidamente o colocaram fora de moda, e Vivaldi terá decidido vender um avultado número dos seus manuscritos a preços irrisórios, por forma a financiar uma migração para Viena. As razões da partida de Vivaldi para essa cidade não são claras, mas parece provável que terá querido conhecer Carlos VI, que adorava as suas composições (Vivaldi dedicou La Cetra a Carlos em 1727), e assumiu a posição de compositor real na Corte Imperial. Contudo, pouco depois da sua chegada a Viena, Carlos VI viria a morrer. Este trágico golpe de azar deixou o compositor desprovido da protecção real e de fonte de rendimentos. Vivaldi teve que vender mais manuscritos para sobreviver. Faleceu pouco tempo depois, no dia 28 de julho de 1741. Encontra-se sepultado na Universidade Tecnológica de Viena, Viena na Áustria. Foi-lhe dada sepultura anónima de pobre (a missa de Requiem na qual o jovem Joseph Haydn terá cantado, no coro). Igualmente desafortunada, sua música viria a cair na obscuridade até aos anos de 1900.


Chris Squire, dos Yes, faz hoje 64 anos

Christopher Russell Edward Squire, conhecido como Chris Squire (Londres, 4 de março de 1948) é um músico britânico, famoso por seu trabalho como baixista da banda de rock progressivo Yes, da qual é co-fundador e único membro constante.
O estilo do baixo de Squire é melódico, dinâmico e agressivo, o qual é sua marca. Ele usa caracteristicamente o baixo Rickenbacker 4001, que junto com seus ajustes pessoais gera um timbre inconfundível.
Squire foi considerado o 18º melhor baixista do milénio numa lista divulgada pela revista Guitar há poucos anos.

Para o meu amor...



Só Tinha De Ser Com Você


É,
Só eu sei
Quanto amor
Eu guardei
Sem saber
Que era só
Pra você.


É, só tinha de ser com você,
Havia de ser pra você,
Senão era mais uma dor,
Senão não seria o amor,
Aquele que a gente não vê,
O amor que chegou para dar
O que ninguém deu pra você.
O amor que chegou para dar
O que ninguém deu pra você.


É, você que é feito de azul,
Me deixa morar nesse azul,
Me deixa encontrar minha paz,
Você que é bonito demais,
Se ao menos pudesse saber
Que eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim.


É, você que é feito de azul,
Me deixa morar nesse azul,
Me deixa encontrar minha paz,
Você que é bonito demais,
Se ao menos pudesse saber
Que eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim.
Eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim.
Eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim.
Eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim

Porque hoje é Primavera em pleno Inverno...

(imagem daqui)

La reina

Yo te he nombrado reina.
Hay más altas que tú, más altas.
Hay más puras que tú, más puras.
Hay más bellas que tú, hay más bellas.
Pero tú eres la reina.

Cuando vas por las calles
nadie te reconoce.
Nadie ve tu corona de cristal, nadie mira
la alfombra de oro rojo
que pisas donde pasas,
la alfombra que no existe.

Y cuando asomas
suenan todos los ríos
en mi cuerpo, sacuden
el cielo las campanas,
y un himno llena el mundo.

Sólo tú y yo,
sólo tú y yo, amor mío,
lo escuchamos.


Pablo Neruda

Umberto Tozzi - 60 anos!

Umberto Tozzi (Turim, Piemonte, 4 de março de 1952) é um cantor, compositor e produtor musical italiano de música popular. Com mais de 45 milhões de álbuns vendidos, é um dos cantores italianos mais famosos de todo o mundo.

Em 1968, aos 16 anos, Tozzi se juntou ao Off Sound, um dos muitos grupos de rock que se apresentavam na cena noturna de Turim. Em Milão, ele conheceu Adriano Pappalardo, com quem formou uma banda de nada menos que treze membros e iniciou uma grande turnê por toda Itália.
Em 1974, aos 22 anos, Tozzi teve seu primeiro sucesso como compositor com a canção "Un corpo, un'anima", co-escrita com Damiano Dattoli e interpretada por Wess e Dori Ghezzi. A música ganhou destaque após aparecer em Canzonissima, programa musical da televisão italiana que foi ao ar entre 1956 e 1974.
Em 1976, Tozzi lançou seu primeiro álbum, intitulado Donna amante mia, do qual foi promovida a canção "Io camminerò", que anteriormente havia sido um sucesso na voz de Fausto Leali. No ano seguinte, Tozzi lança seu segundo álbum, que contém aquela que se tornaria sua primeira canção de sucesso internacional, "Ti amo". A canção permaneceu em primeiro lugar na parada de sucesso italiana por sete meses consecutivos, se tornando um dos compactos mais vendidos de todos os tempos no país. A canção também atingiu certo sucesso internacional no resto da Europa. Nas Américas, a canção fez sucesso primeiramente em discotecas. Na Austrália, o compacto foi certificado com o disco de ouro no final de 1979, apesar de ter atingido apenas a posição de número 25 na parada de sucesso do país.
Em 1978, Tozzi lança Tu e, no ano seguinte, lança aquela que talvez seja sua canção mais famosa, "Gloria". O cover da cantora norteamericana Laura Branigan para a canção, gravado em 1982, ajudou a divulgar o nome de Tozzi nos Estados Unidos. Branigan gravou a canção com o arranjador e teclista da versão original de Tozzi, Greg Mathieson, que co-produziu a canção com Jack White. A versão de Branigan atingiu a segunda posição do Billboard Hot 100 e rendeu-lhe uma indicação ao Grammy de melhor interpretação vocal feminina. Mais tarde, Branigan gravou mais duas composições de Tozzi, "Mama" e "Ti amo". O cover de "Ti amo" atingiu bom sucesso no Canadá e na Austrália, mas não repetiu o sucesso de "Gloria" nos EUA.
No início da década de 1980, Tozzi lançou Tozzi, seu primeiro álbum ao vivo, que foi gravado com uma banda de músicos norteamericanos. Após alguns anos de ausência da cena musical, Tozzi teve a ideia de fazer uma colaboração com Gianni Morandi e Enrico Ruggeri para o popular Festival de Sanremo. Assim sendo, o trio venceu a edição de 1987 do festival com a canção "Si può dare di più". No mesmo ano, Tozzi também representou a Itália no Festival Eurovisão daquele ano, onde interpretou "Gente di Mare" com Raffaele Riefoli. O dueto recebeu 103 pontos e ficou em terceiro lugar geral da disputa. No ano seguinte, Tozzi lança seu segundo álbum gravado ao vivo, The Royal Albert Hall. Ainda na década de 1980, a canção "Eva", do álbum homónimo, teve versão em português gravada pelo grupo de rock brasileiro Rádio Táxi.
Na década de 1990, gravou os álbuns Gli altri siamo noi (1991), Equivocando (1994), Il grido (1996) e Aria e cielo (1997). Ele também lançou duas coletâneas, Le mie canzoni (1991) e Bagaglio a mano (1999). Em 1997, a Banda Eva, ainda com Ivete Sangalo como vocalista, regrava a versão em português de "Eva", aquela que talvez seja a canção mais conhecida de Tozzi junto ao público brasileiro.
Em 2000 e 2005, Tozzi voltou a se apresentar no Festival de Sanremo com as canções "Un'altra vita" e "Le Parole", respectivamente. Entre as duas participações no festival, ele lançou um dueto com a cantora francesa Lena Ka de seu clássico "Ti amo", intitulado "Ti amo (Rien que des mots)". Tozzi também lançou um outro álbum com seus maiores sucessos, o duplo The Best Of, que incluía o single "E non volo". Em 2006, lançou dois álbuns: Heterogene e Tozzi/Masini, uma colaboração com Marco Masini. Em 2007, lançou La Più Belle Canzoni.




Gabriel o Pensador faz hoje 38 anos

Gabriel o Pensador, nome artístico de Gabriel Contino (Rio de Janeiro, 4 de março de 1974), é um rapper e compositor brasileiro. É filho da jornalista Belisa Ribeiro.
Um dos maiores nomes do rap brasileiro, Gabriel diferenciou-se de boa parte de seus pares (e chegou a ser criticado por eles) por ser garoto branco de classe-média. Mas desde o começo fez das letras de crítica social e moral, como acontece na música rap.

Filho da jornalista Belisa Ribeiro, ele apareceu no fim de 1992, quando ainda era estudante de Comunicação Social na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, com a música "Tô Feliz (Matei o Presidente)". O personagem da letra era Fernando Collor de Mello, que tinha acabado de renunciar ao cargo frente a um processo de impeachment (e de quem Belisa tinha sido assessora).
Contratado pela Sony Music por causa do sucesso da música (ainda que censurada), Gabriel lançou em 1993 seu primeiro e homônimo disco (Gabriel o Pensador), que ganhou as rádios com as ácidas, porém divertidas, "Lôraburra" e "Retrato de um Playboy", além de "Lavagem Cerebral".
Em 1995, lançou o álbum Ainda É só o Começo, que provocou polêmica com as músicas "Estudo Errado" e "FDP³", mas não repetiu o sucesso do primeiro álbum.
Dois anos depois, Gabriel voltou à carga com a irreverente e pop "2345meia78", que seria a primeira faixa de trabalho do disco Quebra-Cabeça. "Cachimbo da Paz" e "Festa da Música" estouraram depois, levando o CD a ultrapassar a marca do um milhão de cópias vendidas. Há também a canção "+ 1 Dose", baseada na canção "Por Que a Gente é Assim?", do Barão Vermelho, com a participação da banda.
Com o sucesso em Portugal, e após ser a atração escolhida pela banda irlandesa U2 para fazer a abertura de seus shows brasileiros em 1998, Gabriel deu prosseguimento aos seus trabalhos com o disco Nádegas a Declarar, lançado no fim de 1999. O disco, entre outras canções, contava com os sucessos "Tô Vazando", "Cachorrada" e "Astronauta", outra parceria com Lulu Santos. Há também as participações especiais de Fernanda Abreu na faixa-título e de Daniel Gonzaga, filho do cantor Gonzaguinha, na canção "Não Dá Pra Ser Feliz", recriada a partir de "Guerreiro Menino (Um Homem Também Chora", composição de Gonzaguinha gravada com sucesso por Raimundo Fagner.
Em 2001, Gabriel lançou seu quinto disco, Seja Você Mesmo (Mas Não Seja Sempre o Mesmo), que contou com músicas como "Se Liga Aí" e "Até Quando", e participações especiais como Digão, guitarrista dos Raimundos, em "Tem Alguém Aí", e o cantor Lenine, em "Brasa".
Em 2003, Gabriel lança em CD e DVD, o show MTV ao Vivo, com os seus maiores sucessos, como "Lôraburra", "Festa da Música" e "Cachimbo da Paz", as canções inéditas "Retrato de Um Playboy, Parte 2", "Mandei Avisar" e "Cara Feia", com participações especiais de Lulu Santos ("Astronauta"), Ana Lima, ex-esposa do cantor ("FDP³") e dos Titãs ("Cara Feia").
Cavaleiro Andante foi o sétimo disco de Gabriel, o Pensador, lançado em 2005. No novo trabalho, o rapper recriou "Pais e Filhos", sucesso da Legião Urbana, em "Palavras Repetidas", apresentando ainda mais dez composições marcadas por suas letras fortes e elaboradas. "Tudo na Mente", "Sem Neurose", "Sorria" (com participação do grupo Detonautas Roque Clube" e "Tempestade" são outros destaques do CD.
Foi casado com a atriz e cantora Ana Lima e tem dois filhos, Tom (em homenagem a Tom Jobim) e Davi. O casamento foi encerrado em 2008.
Gabriel foi jurado da segunda edição do concurso Soletrando, do programa Caldeirão do Huck, na Rede Globo.


Lucio Dalla nasceu há 69 anos

Lucio Dalla, Grand Officer, (4 March 1943 – 1 March 2012) was a popular Italian singer-songwriter and musician. He also played clarinet and keyboards.
Dalla was the composer of Caruso (1986), which has been covered by numerous international artists. A version of Caruso sung by Luciano Pavarotti sold over 9 million copies, and another version was a track on Andrea Bocelli's first international album Romanza, which later sold over 20 million copies worldwide. This piece is also on Josh Groban's album "Closer", which sold over 5 million copies in the United States alone. The song is a tribute to the emblematic opera tenor Enrico Caruso. Maynard Ferguson also covered the song on his album "Brass Attitude", after having previously paid tribute to Caruso with his rendition of Vesti la giubba (titled as Pagliacci) on the album "Primal Scream".

(...)

He began to play the clarinet at an early age, in a jazz band in Rome. The singer-songwriter Gino Paoli noticed Dalla's vocal qualities and suggested he attempt a solo career as an Italian soul singer. However, Dalla's debut at the Cantagiro festival in 1965 was unsuccessful probably due to his appearance and to his music, which was considered too experimental for the time. His first album, 1999, was released the following year. His next album, Terra di Gaibola (from the name of a suburb of Bologna), was released in 1970 and contained some early Dalla classics.
His first hit was "4 Marzo 1943", which garnered some success at the Sanremo Festival. Regardless of its title, the song became popularly known as "Gesù bambino". Also successful was "Piazza grande", which Dalla would sing again at Sanremo.

(...)

Dalla died in the morning of 1 March 2012, three days before his 69th birthday, right after having had breakfast. His death was due to a heart attack. He was in Montreux (Switzerland) for his new tournée. He performed as scheduled, the night before he died.


4 Marzo 1943 - Lucio Dalla

NOTA: quero dedicar esta música ao meu menino jesus, de seu nome José Joaquim, que os meus pais me deram quando eu tinha oito anos e que a minha professora primária me levou a ver, curiosamente no longínquo dia de 4 de Março (de 1976)...